quarta-feira, 18 de junho de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
041: (18.06.2014) Boa Tarde para Você, José Leite Lopes
Um amigo me felicitou por estes escritos, citando os tons de resgate e gratidão aos homenageados. Sugeriu-me que dedicasse uma página a ilustre falecido. Desculpei-me dizendo-lhe que o propósito era dirigir-me a pessoas vivas, com as quais ainda poderia dizer o que escrevo, até de viva voz. Mas, ele reagiu: - Não me diga que não guarda alguma frustração por não ter sido possível fazer isto que me diz? Fui para casa ruminando o que ouvira, e rebuscando a memória terminei por me encontrar em um destes momentos. Por isso, excepcionalmente, hoje relembro José Leite Lopes. Poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecê-lo. José Leite Lopes era um pernambucano que nasceu no Recife, em 28 de outubro de 1918. Foi um dos mais importantes cientistas do século XX. Tornou-se famoso porque criou, ou esteve junto aos que criaram algumas das mais importantes instituições brasileiras como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Escola Latino-Americana de Física (ELAF) e a Sociedade Brasileira de Física (SBF). Era PhD em Física, pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Nela, em 1944, aluno do prof. Albert Einstein, ele foi orientado pelo prof. Wolfgang Pauli, fundador da Mecânica Quântica, que no ano seguinte foi o Prêmio Nobel de Física. Por pouco, Leite Lopes não foi também um premiado, mas seus estudos serviram para que três outros pesquisadores chegassem lá, em 1979. Foi catedrático de Física na antiga Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil, integrando a geração de César Lattes e Mario Schoenberg. Na época da ditadura militar, foi acusado de comunista. Exilado, foi trabalhar na Universidade Louis Pasteur. Em 1970, transferiu-se para a Universidade de Strasbourg, também na França. Com a Anistia concedida, Leite Lopes foi tentado a voltar ao Brasil. Mas, somente em 1985 ele retornou para dirigir o CBPF, até 1989. Em 1978 eu era estudante num doutorado da USP. Tinha dificuldade em obter um produto químico para realizar o trabalho experimental para a minha Tese de Doutoramento. Recorri a amigos no Rio de Janeiro e o problema foi resolvido, o que me garantiu concluir no prazo, o mais importante projeto de minha vida acadêmica. Uns dez anos mais tarde eu soube que aquelas preciosas 25 gramas do produto tinham sido compradas, na França, por José Leite Lopes, com dinheiro de seu próprio bolso. Em 2005, na UFC, eu e centenas de professores o recebemos festivamente. No final da conferência, por um instante, eu comecei a dizer o quanto tinha a lhe agradecer. Um tumulto no auditório me impediu de completar a curta história. Nunca mais tive outra chance, pois foi a única vez que nos vimos e José Leite Lopes faleceu no ano seguinte, no Rio de Janeiro, em 12 de junho de 2006. Numa quase antevisão do que aí se frustraria, na primeira página de minha tese doutoral eu reproduzi a frase do prof. Albert Einstein: “Cem vezes ao dia eu lembro a mim mesmo que minha vida interior e exterior, depende do trabalho de outros homens, vivos ou mortos, e que devo esforçar-me a fim de devolver na mesma medida que recebi.”

 REABILITAÇÃO, JÁ
Da última viagem de José Leite de Sousa, nosso embaixador em Ilhéus (BA), quando esteve conosco, em animada reunião entre amigos, na praça Padre Cícero, na manhã do dia 7, recebemos este adesivo para propagar a campanha idealizada pelo www.portaldejuazeiro.com Zé Leite é um destes impacientes devotos que esperam, não mais pacientemente, que Roma tenha todo o tempo do Universo para rever a questão de nosso santo padrinho. Assim, ele propaga entre amigos e simpatizantes, custeando aos milhares estes adesivos para promover a conscientização pública de que estamos com pressa e queremos a reabilitação já. Por vezes ficamos pensativos para entender, se assim for possível, o que é esta misericórdia divina, no papel dos seus ministros terrenos. E até quando, não obstante tantos vivas e orações, será ou não será o filho obediente e servo de Deus. E é que a “turma” já foi bem avisada: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” (Mateus 18:18)

CINE ELDORADO
O Eldorado (Rua Padre Cícero) exibe hoje a comédia Febre de Juventude.  A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: I wanna hold your hand; Estados Unidos, 1978; Direção:Robert Zemeckis; Elenco: Nancy Allen (Pam Mitchell); Bobby Di Cicco (Tony Smerko); Marc McClure (Larry Dubois); Susan Kendall Newman (Janis Goldman); Theresa Saldana (Grace Corrigan); Wendie Jo Sperber (Rosie Petrofsky); Eddie Deezen (Richard "Ringo" Klaus); Christian Juttner (Peter Plimpton); Will Jordan (Ed Sullivan); Boyd "Red" Morgan (Peter's Father); Claude Earl Jones (Al); James Houghton (Eddie); Michael Hewitson (Neil); Dick Miller (Sgt. Bresner); Vito Carenzo (CBS Security Guard); Luke Andreas (Police Officer in Alley); Roberta Lee Carroll (Cafeteria Girl); Sherry Lynn (Cafeteria Girl). Sinopse: Nos anos 60 houve a revolução da música com os 4 garotos de Liverpool (Inglaterra) para o mundo. Especificamente no dia 8 de Fevereiro de 1964 os Beatles foram pela primeira vez aos Estados Unidos para fazer a turnê Americana. Eles começariam indo para Nova Iorque, seria uma apresentação para o programa do “Ed Sullivan”, onde causou muita histeria por partes dos fãs. Mas falando de “Febre de Juventude”, um dos filmes que mais demonstra a “Beatlemania”, ele nos mostra nada mais nada menos do que a história de 6 fãs dos Beatles (4 garotas e 2 garotos) que foram à Nova Iorque e onde eles farão de tudo pra conseguir as entradas para vê-los no programa do Ed Sullivan. Isso tudo logo após eles lançarem a música “I Wanna Hold Your Hand”. Sobre os personagens, começamos por Grace que era uma garota que tinha a ambição de ser fotógrafa e tirando fotos exclusivas dos Beatles não seria nada mal pra ela, para isso ela convence Larry (filho de um agente funerário) para conseguir a limosine do seu pai, para irem até o Plaza Hotel. Muitos dizem que Grace queria somente se aproveitar de Larry. Larry e Grace tentam conseguir os ingressos vendendo pedaços de um lençol, dizendo que um dos Beatles havia dormido com ele, e são desmascarados, mas não irei contar o final deles. Pam era a única que estava lá pra ver os Beatles simplesmente por estar, ela era tímida e de todas era a que menos sabia sobre os Beatles (era noiva também!), mas de todos foi a que teve mais sorte pois ela conseguiu entrar no camarim dos Beatles. Eainda tem uma cena que é umas das mais legais do filme, que é quando ela vê a guitarra do John Lennon e a toca como se estivesse tocando no próprio John Lennon, sem falar na hora que ela está embaixo da cama de Lennon e ela vê os pés de alguém que era o próprio John Lennon! A expectativa de ver alguém da banda é grande e essa era a maior graça do filme pois ela, assim como os outros garotos, não passavam de mero fã da banda e logo depois ela é descoberta e ganha um ingresso para ver os Beatles, mas tinha o detalhe que era noiva, e chegou ao ponto de terminar o noivado pra poder ver os Beatles. Rosie era uma das pessoas do grupo que mais adoravam os Beatles, em especifico Ringo Star e umas das que mais gritavam e nesse meio tempo ela conheceu Richard “Ringo” Klaus que era um outro fã que conhecia muito dos Beatles. Tem uma parte do filme onde ela pergunta pra ele se gostaria de namorar com ela e ele responde: "Não acredito! É só você ver coisa melhor que já trai o Paul McCartney!!!!" Tem uma outra cena em que Klaus fica literalmente pendurado na hora do show do Ed Sullivan. Tem uma outra logo no começo do filme com a Rosie ouvindo no carro que uma rádio está sorteando convite pro programa do Ed Sullivan e ela fala: "Quer parar esse carro senão eu pulo!". Tony que era um tipo nervoso que não gostava dos Beatles e numa cena ele até tenta boicotar o show destruindo a antena de transmissão, mas não consegue. Janis tinha o objetivo de ver os Beatles para provar o inútil dinheiro e badalação que rolava em cima da musica pop dos Beatles. Uma cena que merece ser lembrada que demonstra bem o estado histérico que as fãs ficavam pelos Beatles: sem querer um guarda pisa no pé de uma fã que está na frente do Hotel, ela começa a gritar e acaba gerando uma reação em cadeia em absolutamente todas as fãs que estavam ali. Esse foi o filme de estréia de Robert Zemeckis, que depois de 7 anos faria o “De volta para o futuro” umas das trilogias mais bem sucedidas do cinema nos anos 80 e ainda tem o dedo de Steven Spilberg que fez a produção do filme. Zemeckis também foi o diretor de outros sucessos, como: De Volta para o Futuro (II e III), Uma Cilada para Roger Rabbit, Tudo por uma Esmeralda e Contos da Cripta (série de TV). (por Roger de Souza) (Fonte: http://www.autobahn.com.br/filmes/febre_juventude.html )
Observação: Esta exibição está inserida na programação do Projeto Beatles que revisa filmes sobre o famoso conjunto de juventude dos anos 60.  


NÃO VENDA SEU VOTO
A criatividade do amigo e editor, Daniel Walker, logo gerou esta peça publicitária para a nossa campanha sobre o voto nas próximas eleições. E é sempre assim, a motivação, com argumentos inteligentes proporciona a vitória dos ideais que alimentamos. Esperamos continuar dispondo desta criatividade para propagar campanha tão necessária. Quem sabe, isto fará crescer em cada um de nós o espírito cidadão de responsabilidade e zelo quanto a gestão pública. Certamente é o melhor caminho para que os recursos municipais sejam melhor aplicados na promoção do nosso povo, através de programas de saúde, educação, saneamento, infraestrutura, etc. Evidentemente, se bem antes de ser eleito o safado já começa gastando, fruto da corrupção plantada no sistema, como esperar que deste mandato desonesto possa vir alguma coisa importante para o nosso povo?

GRANDES NOMES DO CARIRI: RAIMUNDO ARAÚJO
Dando continuidade à publicação de sua série, Grandes Nomes do Cariri, Marcel Bezerra, através do Jornal do Cariri, desta semana (17-23.06.2014) editou a seguinte matéria sobre Raimundo Araújo.


“Raimundo Rodrigues Araújo nasceu em Várzea Alegre no dia 2 de setembro de 1935, fruto de um relacionamento entre o fiscal fazendário Francisco Alves Ribeiro e a dona de casa Maria dos Anjos Rodrigues Araújo. Aos três anos, mudou-se para Juazeiro do Norte, onde morava a família da mãe. Lembra de ter conhecido apenas o avô paterno, cuja família residia em Várzea Alegre, e a avó materna. Ainda criança, já demonstrava dedicação por aquilo que lhe interessava. “Minha infância foi praticamente toda em torno de futebol. Nunca aprendi a nadar, mal andava de bicicleta. Era só futebol”, conta, ao reconhecer a falta de talento para o a prática do esporte. Medíocre como jogador, lançou-se à leitura de tudo que falasse do assunto, ao mesmo tempo em que tinha no rádio outra fonte de informação. “Quando aprendi a ler, passei a comprar tudo o que era de revista. Admirava craques como Zizinho e Ademir”, afirma ele, que costumava jogar pelada com os amigos na época em que morou na rua Nova, hoje rua Dr. Floro, no Centro de Juazeiro. Dos amigos da infância, cita Gilberto Sobreira, funcionário aposentado do Banco do Brasil e atualmente empresário bem sucedido no ramo da indústria, “um dos poucos ainda vivos”. As primeiras letras para a obtenção da “Carta do ABC” por Raimundo Araújo foram aprendidas na Escola Nossa Senhora da Sallete, com a professora Adelaide Mello, em Juazeiro do Norte. O curso primário se deu no Grupo Escolar Padre Cícero, até a admissão no ginásio do Colégio Salesiano São João Bosco, 1957, concluído no ano seguinte. As séries do “científico” foram cursadas no Colégio Diocesano do Crato, em 1961. Findos os estudos regulares, Raimundo Araújo ingressou no curso de Contabilidade da Escola Técnica de Comércio de Juazeiro do Norte, no ano de 1964, instituição onde atuou como professor posteriormente. Vinte anos depois, em 1984, ingressaria no Curso de Letras na antiga Faculdade de Filosofia do Crato. O interesse de Raimundo Araújo pela leitura e pela história de Juazeiro começou ainda na adolescência, depois que o futebol foi deixado de lado e proliferou mais adiante, com a influência da amizade de pessoas como o professor e jornalista Daniel Walker. “Indiretamente, Daniel me incentivou muito a conhecer ainda mais a história de Juazeiro. Somos amigos há quarenta anos. Ele é um homem muito bom, e nossa amizade nunca teve sequer um arranhão em todo esse tempo”, comemora. Embora sem precisar datas de forma exata, antes de se dedicar às pesquisas e à escrita em definitivo anos mais tarde, a trajetória de Raimundo Araújo incluiu dois anos como contador e trabalhos como revisor dos jornais O POVO, de Fortaleza (onde residiu por cerca de cinco anos), do Jornal do Commercio de Recife (PE), do Jornal A Tarde, de Salvador (BA), da Editora Jurídica Ltda. de Fortaleza (CE). Na capital cearense, Araújo afirma ter passado por dificuldades. “Nessa época eu trabalhava no jornal e ganhava muito pouco. Morei numa espécie de pensão na rua Conde D’ Eu. Era um lugar onde as condições não eram boas, eu vivia num tipo de sótão, já que não tinha como pagar por um lugar melhor. Um dia, sonhei com o Padre Cícero, que me disse: ‘vá embora, volte para Juazeiro, se possível hoje’. Quando acordei, um amigo chamado Francílio Dourado vinha num carro e começou a gritar insistentemente: ‘Raimundo vamos para Juazeiro?! Eu fiquei espantado. Como era possível, logo depois que eu acordei, sem ele saber do meu sonho, e acontecer uma coincidência dessas? Imediatamente arrumei minhas coisas, paguei a conta e voltei a Juazeiro”, questiona ele, que em Fortaleza diz ter trabalhado também na Secretaria Municipal de Educação. No final dos anos 70,  Raimundo Araújo havia sido acometido de uma doença quando morava em Salvador (BA), e mais uma vez retornara a Juazeiro. Foi então que passou a estudar no Centro de Formação Profissional Wanderillo Castro Câmara (Senai), onde também trabalhou. “Fazia esse cursinho, onde conheci minha mulher, que também  estudava lá”. A mulher com quem viria a se casar em 1979 chama-se Elza Bernardo Araújo, com quem Raimundo Araújo teve três filhos: Jânio, Maria Suêrda e Homero Wellington. A decisão de casar veio a bom tempo. “Casei com mais de 40 anos. Era boêmio, mas no bom sentido. Gostava muito de brincar, de dançar, de namorar. Quando casei, conciliava os trabalhos no Senai e na Câmara Municipal de Juazeiro”, explica. Raimundo Araújo foi professor de Português em diversas instituições como a Escola Técnica de Comércio de Juazeiro do Norte, a Escola de Comércio Dr. Diniz, o curso Pré-Vestibular Supreve, e o próprio Centro de Formação Profissional Wanderillo de Castro Câmara (Senai). Neste último, trabalhou antes na secretaria e como bibliotecário, em períodos que somaram cerca de 15 de dedicação. Consta também no currículo de Raimundo Araújo as atividades de consultor do Instituto José Marrocos de Pesquisas e Estudos Sócio-culturais (Ipesc), de redator da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, onde também editou o jornal A Voz do Legislativo de Juazeiro do Norte. Exerceu ainda os cargos de vice-diretor da Escola de 2º Grau Padre Francisco Murilo de Sá Barreto (1986), de assessor especial e de secretário de gabinete do Prefeito Manoel  Salviano Sobrinho (1987), além de ter integrado, em 2009, a Comissão Municipal Organizadora das Comemorações do Centenário de Emancipação Política do Município de Juazeiro do Norte. Alvo de diversas homenagens, classifica uma delas, a Cidadania Juazeirense, como uma das que mais se orgulha. A partir dos anos 1980, com a publicação dos primeiros dois livros – “Juazeiro Anedótico (1984) e Juazeiro Poético (1988) –, Raimundo Araújo passou a se dedicar às suas verdadeiras paixões. “Meu mundo hoje é escrever e ler”, coloca. De lá para cá, já são 16 livros e dois textos para publicações. Em 1994, lançou “Padre Cícero do Juazeiro” e “Centenário do Nascimento do Padre Azarias Sobreira – 1984- 1994”. No ano seguinte, viriam “Recordar é Viver” e “Juazeiro do Padre Cícero”. Em 1996, numa parceria com José Boaventura de Sousa e Daniel Walker, Raimundo Araújo assinou a autoria de “A Câmara Municipal em Ação – Memória do Legislativo Juazeirense”. Depois viriam “Administração José Firmino da Silva” (1998), “Dados Biográficos dos Homenageados em Logradouros Públicos de Juazeiro do Norte”, em parceria com Mário Bem Filho (2000), “Suco de Jiló” (2001), “Praxedes e sua época” (2002), “Resgatar é preciso” (2002), “Juazeiro Anedótico – 2ª Edição” (2002), “Mulheres de Juazeiro” (2004), “Vidas Paralelas (texto)” (2009), “Replicar é preciso (texto)” (2009), “Rostos de Juazeiro” (2011) e “Questionário Histórico (tomo I)” (2012). Em agosto de 2013, Raimundo Araújo lançou a antologia “Maria de Araújo, a Mártir de Juazeiro”. Prima em terceiro grau do escritor, a beata, que protagonizou o milagre das hóstias que viravam sangue, é considerada por ele uma das figuras mais importantes para a história de Juazeiro e do Padre Cícero. De acordo com Raimundo Araújo, a figura da beata, que se chamava Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo, tem sido historicamente relegada a um segundo plano, e somente recentemente seu papel vem sendo reposicionado e reconhecido por estudiosos e religiosos. Sobre Juazeiro, embora considere positivo desenvolvimento da cidade, Araújo se revela emotivo e saudosista. “Gosto mais do Juazeiro do passado. Nunca pensei que a cidade fosse crescer tanto. Eu tinha fé que isso ia acontecer, mas Juazeiro é uma cidade misteriosa, tem os dedos de Deus e do Padre Cícero”. Para ele, escrever é uma missão de vida, assim como defender a cidade e o Padre Cícero. “O meu foco é Juazeiro do Norte”, declara. Aposentado há cerca de 17 anos, Raimundo Araújo mora na rua São José, entre as ruas Santa Luzia e Conceição. Sua rotina de leitura e escrita também inclui a visita de amigos e pesquisadores, a quem recebe com satisfação. “A gente não tem sossego. Mas estou sempre em contato com meus amigos”, diz ele, ao citar Daniel Walker, Napoleão Tavares, Renato Casimiro e Renato Dantas, entre outros. Para o escritor Emerson Monteiro, Raimundo Araújo é “escritor vocacionado àquilo que se propõe, isto é, inventariar nas letras o testemunho do tempo que presencia, com ânimo e correção, próprio dos cronistas de época nas comunas interioranas”.
BRINCANDO COM O FLIGHTRADAR24




































Já tinha mencionado em edição bem anterior sobre este aplicativo do Google que serve para acompanhar voos de curso regional, nacional ou internacional. Trata-se de http://www.flightradar24.com/. Tinha uma suspeita de que os voos que se destinavam a Juazeiro do Norte não eram monitorados pelo aplicativo em todo o seu curso. Nesta última segunda feira, dia 16, acompanhei o voo da Avianca ONE 6378, proveniente de São Paulo e com escala em Fortaleza. Pelas imagens acima, ele saiu com atraso de Fortaleza (30 minutos) e daí o seguimos ao longo dos seus 390 km, passando por diversos pontos de referência no território cearense, até que ele pousasse no aeroporto de Juazeiro do Norte. E fomos tomando as imagens que estão anexadas acima, até o momento em que a aeronave toca a pista. No mínimo, uma boa brincadeira.