sábado, 6 de maio de 2017


BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que semanalmente estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de quartas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
255: (03.05.2017) Boa Tarde para Você, Pedro Jorge Pinho Malzoni
Eu não tenho dúvida alguma que ainda muito além de minha geração a história de Juazeiro do Norte estará sendo meticulosamente revista e ainda construída, e com isso quero especialmente me refirir a capítulos que distam de até mais de dois séculos, recuado no teatro do tempo. A ambiência do Juazeiro, entre o final do século XIX e os meados do século passado, parece resguardar parte da rica cena de fatos notórios e, igualmente, com uma valiosa presença de tipos e personagens que engalanaram essa história por capítulos indeléveis em narrativas emocionadas. Noutro dia constatei, por uma visita à página de Helaine Mendonça, no Facebook, meu caro Pedro Jorge, a riqueza pictórica que orna a residência do amigo, em se tratando de óleos sobre telas, diversas delas realizadas pela criatividade de Luis Karimai, reproduzindo cenas do Joaseiro Antigo. Disso, sobressaiu, como depoimento sincero, o encantamento de Helaine pelo acervo, a referir a sensibilidade do amigo pela guarda e dinamização desses recursos fotográficos como uma contribuição notável para a reescrituração dessa nossa história, desde a mais remota época. Já nos era notória a sua dedicação como colecionador de velhas fotografias e a novidade parece ser essa de ainda ter estimulado diversos artistas na transposição de tão belos retratos de velhos sobrados, derribados por picaretas de plantão que tanto insistem em enfeiar nossa pobre vila. Bastaria, Pedro Jorge, que essas saudades nos remetam ao entorno do velho Quadro Grande, hoje Praça Padre Cícero, para compararmos a pobreza de sua atualidade arquitetônica, diante de um passado de um século, onde o juízo de bons cidadãos se esmerou no embelezamento da cidade. Desses, ao lado de Francisco Alencar, de Manoel Vitorino, de Fenelon Pita, de Damião Pereira, de José Geraldo da Cruz, de José André de Figueiredo, de Doroteu Sobreira, dentre outros, devo ajuntar a figura pouco conhecida do comerciante João Baptista de Oliveira. Pouca coisa se lê ou se ouve falar desse cidadão, especialmente de duas ou três coisas mais notórias de suas andanças e realizações, figurando, especialmente, entre compêndios de dados e publicidade na nascente imprensa citadina, particularmente n´O Rebate de 1909, como comerciante de tecidos. Era o mercado do Juazeiro muito pródigo por aqueles tempos da década de 10, em tecidos – onde se dizia, “fazendas”, com destacados empresários como os já citados, Dorotheu e Fenelon, acrescidos de outros como João Victorino, José Eleuthério de Figueiredo, Ladislau Arruda e Nazário Landim. João Baptista de Oliveira era principalmente desse ramo de negócios, estabelecido na Rua Padre Cícero, 336, mas também se anunciava pelo jornal que vendia estivas, ferragens, chapéus, e mercadorias diversas, nessa dita loja, nomeada de Ao Barateiro, por preços sem concorrência. Falo, então, Pedro Jorge dessa sigular figura de João Baptista, a propósito da sua indagação sobre quem seria o proprietário daquele imponente bangalô, nascido apenas como residencial, e que ficava no centro da Praça, lado da Rua do Cruzeiro, hoje demolido e no local erguida a então residência de Ivan Bezerra, para ser hoje um aprecidado magazine da cidade, de rede nacional. De João Baptista falará o Patriarca Cícero, no epistolário de Roma para a família e amigos, noticiando o desprendimento do cidadão que deixou a cidade e seus negócios para se reunir a João David e José Lobo, indo visita-lo por uns dias em Roma, enquanto desterrado e sofrendo pela causa do milagre eucarístico do Joaseiro, não reconhecido pela hierarquia de sua Santa e Pecadora Igreja. Sumariamente, assim mencionado nas páginas de O Patriarca de Juazeiro, pelo centenário Pe. Azarias Sobreira Lobo, João Baptista é também lembrado por ser um daqueles cidadãos juazeirenses exemplares, cuidadoso na educação de seus filhos a quem legou exemplos. É, portanto, Dr. Pedro Jorge, essa curta e tão pouco expressiva biografia de um juazeirense um tanto obscuro que formou naquela boa força tarefa para prover o desenvolvimento que já antecipara o sucesso da emancipação do município, figurando mesmo como um desses grandes anônimos. Talvez da pouca vaidade de João Baptista sobressaia o seu gosto pela boa vestimenta, pois assim o encontramos em bela fotografia de abril de 1898, muito bem trajado, usando fraque e chapéu fino. A fotografia foi realizada no estúdio da Fotografia Lampo, ao lado do Castelo de Santo Angelo, nas proximidades de onde estava residindo o Pe. Cícero, que terminou mandando presentinhos para a família na bagagem do seu compadre João Baptista, no navio de volta ao Ceará.
(Crônica ainda não lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte)

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINE CAFÉ VOLANTE (FAMED, BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório da Faculdade de Medicina), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 12, sexta feira, às 19 horas, o filme O HOMEM ELEFANTE (The elephant man, EUA, 1980, 124min). Direção de David Lynch. Sinopse: A história de John Merrick (John Hurt), um desafortunado cidadão da Inglaterra vitoriana portador do caso mais grave de neurofibromatose múltipla registrado até então, tendo 90% do corpo deformado. Exibido como monstro em circos e considerado débil mental pela sua dificuldade de falar, é salvo por um médico, Frederick Treves (Anthony Hopkins). No hospital Merrick se libera emocionalmente e intelectualmente, além de mostrar ser uma pessoa sensível ao extremo. Sra. Kendal (Anne Bancroft), uma grande atriz, torna-se sua amiga e até a coroa britânica sensibiliza-se com o caso.

CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 12, sexta feira, às 19 horas, o filme GIORDANO BRUNO (Giordano Bruno,ITA/FRA, 1973, 115min). Direção de Giuliano Montaldo. Sinopse: Uma das principais obras do cinema político italiano dos anos 1970. Retrata um dos episódios mais polêmicos da história: julgamento e execução do astrônomo, matemático e filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600). Pensador audaz e independente, ele foi queimado vivo na fogueira da Inquisição em 17 de fevereiro de 1600, na praça de Fores, em Roma. No clímax, um dos inquisidores lhe pergunta: "E a verdade católica?". Giordano responde ironicamente com outra pergunta: "Existem duas verdades: uma católica e outra filosófica?". A fotografia do mestre Vittorio Storaro reproduz a luminosidade gerada por archotes.   

CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 17, sexta feira, às 20 horas, dentro do Festival Mazzaropi, o filme O CORINTIANO (Brasil, 1966, 95min ). Direção de Milton Amaral. Sinopse: Neste filme de 1967, Mazzaropi é 'Seu' Manuel, um barbeiro fanático pelo Corinthians Paulista. Em "O Corintiano", Mazzaropi é capaz das maiores loucuras para torcer pelo seu time do coração, como: andar com um burro preto e branco, bater boca com torcedores de times rivais, fazer promessas malucas, orações, sofrimento e “xingamentos” na arquibancada.

CINE JURIS (FAP, JN)
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE) está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para um sábado por mes, de 8:30 às 11:30h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: 3512.3299. Neste mês de MAIO, dia 6, estará em cartaz, o filme THE GOODWIFE (Bang, EUA, 2010, 45min). Direção de Rosemary Rodrigues. Sinopse: A série centra-se em Alicia Florrick, cujo marido Peter Florrick, um ex-advogado do estado de Condado de Cook, foi preso depois de um escândalo envolvendo sexo com prostitutas e corrupção. Depois de ter passado 13 anos como uma mãe atenciosa e dona-de-casa, Alicia retorna ao seu antigo trabalho como advogada e fica com a responsabilidade de criar os seus dois filhos. A série foi parcialmente inspirado no escândalo de prostituição envolvendo o ex-governador de Nova Iorque Eliot Spitzer, bem como outros escândalos sexuais proveniente de políticos norte-americanos, particularmente os de John Edwards e Bill Clinton.

CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 16, sábado, às 17:30 horas, o filme SE MEU APARTAMENTO FALASSE (The apartment, EUA, 1960, 125min). Direção de Billy Wilder. Sinopse: Um funcionário ambicioso (Jack Lemmon) descobre um atalho para subir na companhia em que trabalha: ceder seu apartamento para os encontros amorosos de seus chefes. A tática inicialmente dá certo, mas passa a ser ameaçada quando ele se apaixona pela amante de um de seus chefes (Shirley MacLaine).

V SIMPÓSIO: REPERCUSSÃO (5)
Continuamos destacando nessa Coluna a opinião que vem pela imprensa com respeito à realização do V Simpósio Internacional Sobre Padre Cícero. E transcrevemos abaixo um texto de Leonardo Boff, um dos convidados que esteve presente e que causou uma grande impressão por seu posicionamento. Vejamos.

O PADRE CÍCERO À LUZ DO PAPA FRANCISCO
Acompanhando, lendo e ouvindo as palavras e especialmente os gestos do bispo de Roma, como gosta de ser chamado, o Papa Francisco e a imagem que ele se faz do padre para os dias de hoje logo me veio à mente, o Padre Cicero Romão Batista. Surpreso disse para mim mesmo: o que ele está apresentando é exatamente aquilo que o Padre Cícero fazia. O estilo de padre vivido pelo Padre Cicero agradaria, seguramente, o atual Papa.
1.Características do Papa Francisco
Para começar, permitam-me dizer algumas palavras sobre Francisco, porque é uma das melhores bençãos que aconteceu para a Igreja e para a Humanidade nos últimos anos. Em primeiro lugar ele trouxe uma primavera para a Igreja depois de um longo inverno que significaram os pontificados de João Paulo II e de Bento XVI. Papas da de volta à grande disciplina e às doutrinas severas Em segundo lugar, fez da Igreja uma casa com portas e janelas abertas no lugar de uma fortaleza fechada e imaginriamente cercada de inimigos. Em terceiro lugar, ele quis se chamar bispo de Roma, em vez de Papa. Propô-se dirigir a Igreja com a caridade e não com o direito canônico. Disse claramente, excetuando os pedófilos e os ladrões do Banco Vaticano, não quer condenar ninguém.
Em quarto lugar, deixou o palácio papal e foi morar numa hospedaria onde os padres que vem a Roma se hospedam. Ele quis um quarto comum como o dos hóspedes. Come junto com todos, na fila, dizendo, com humor: “assim é mais difícil que me envenenem”. Em quinto lugar, prefere o encontro existencial com Cristo do que a proclamação de doutrinas sobre Cristo. E disse: é a pessoa de Cristo que nos salva não as doutrinas. Em sexto lugar deve-se passar da exclusão para a inclusão. A Igreja Católica deve incluir e reconhecer as outras Igrejas que também levam avante a herança de Jesus e juntas porem-se a serviço do mundo, especialmente dos mais pobres. E dialogar com total abertura com as demais religiões e caminhos espirituais. Em sétimo lugar, o centro não é ocupado pela Igreja mas pelo mundo que precisa de esperança, de alegria e de salvação. A Igreja deve ser uma espécie de hospital de campanha que não olha se o ferido é muçulmano, negro ou cristão. Basta saber que está sangrando e que deve ser cuidado. Em oitavo lugar, devemos passar do mundo aos pobres. Francisco deseja “em saida para as periferias existenciais”, antes de tudo uma Igreja dos pobres, com os pobres e para os pobres. Para onde chega, sempre vai visitar os pobres, entra em suas casas, abraça-os, beija-os e toma um cafezinho com eles. Em nono lugar, quer que os pastores, padres e bispos tenham cheiro de ovelhasquer dizer, que andam no meio do povo, que” tenham sempre um sorriso de um pai que contempla os seus filhos e os seus netos, que não tenham cara de vinagre, nem tristes como se fossem ao próprio enterro”. Que sejam testemunhos da alegria do evangelho, uma categoria essencial de sua pregação. Em décimo lugar quer que todos façam revolução da ternura e da misericórdia, acolhendo a todos com o coração aberto, exercendo a misericórdia ilimitada diante dos que fracassaram e pecaram, mostrando-se como o pai do filho pródigo que se alegrou com o filho que se perdeu e voltou à casa paterna. Estes são os pontos mais relevantes da figura de Francisco que veio do fim do mundo, do caldo cultural e eclesial que se criou na nossa América Latina. Depois de ouvir as lições da teologia da libertação na versão argentina, que é a teologia do povo oprimido e da cultura silenciada, isso o diz seu professor ainda vivo, Juan Carlos Scannone, ficou tão impressionado que já como estudante fez uma opção pelos pobres e prometeu visitar toda semana uma favela. Como Cardeal, não morava no palácio, ia de ônibus, de metro ou a pé. E fazia sua própria comida. Como bispo de Roma, se despojou de todos os títulos de honra e glória, especialmente o manto sobre os ombros cheio de joias, simbolo do poder absoluto dos imperadores e dos papas e começou a usar um mantozinho branco. A cruz é de prata barata sem qualquer adorno. E vai sozinho ao barzinho perto do Vaticano comer um pastel que gosta. E coisa espantosa, que nunca ocorreu antes na história da Igreja: por quatro vezes, tres em Roma e uma em Santa Cruz de la Sierra na Bolívia convocou os representantes dos movimentos sociais populares do mundo inteiro. Queria saber da boca deles os sofrimentos que padacem e que indicassem quem no mundo coloca essa cruz nas costas deles. Nenhum Papa antes deles condenou tanto a idolatria do dinheiro, e aqueles que saqueiam os escassos bens e serviços da Mãe Tera. Pensa sempre no capitalismo como um sistema anti-vida.
É dele a encíclica “Laudato Si: cuidando da Casa Comum” que o colocou, segundo os especialistas, na ponta da discussão ecológica integral, do mundo inteiro.
O Padre Cícero antecipador do tipo de padre querido pelo Papa Francisco
Vamos agora refletir rapidamente sobre a prática pastoral do Padre Cícero, o grande Patriarca do Nordeste, o Padrinho Universal, o Intercessor junto a Deus em todos os problemas da vida, o Santo cuja intercessão nunca falha. Os devotos e os romeiros sabem disso. Não vou resumir sua história que todos conhecem. Apenas digo que, para mim, há três fases principais na vida dele que têm a ver com aquilo que ensina o Papa. A primeira é a fase de Juazeiro que começa no dia 11 de abril de 1872Quando era jovem sacerdote de 28 anos foi chamado rezar uma missa em Juazeiro, uma vilazinha com duas ruas, 36 casas e uma capelinha dedicada a Nossa Senhora das Dores. Atendeu aquele povo mas não gostou do lugar. Pensava ser professor no seminário da Prainha em Fortaleza. Foi quando, cansado de ouvir confissões, foi tirar uma soneca na escolinha próxima. E ai teve um sonho que mudou a sua vida. Como sabemos, o sonho é uma forma como Deus se comunica, como com São José que nunca disse uma palavra mas que teve sonhos, nos quais acreditou. O Padre Cícero viu em sonho o Sagrado Coração de Jesus, sentado à mesa com os 12 Apóstolos. De repente entrou na sala uma multidão de retirantes, famintos e maltrapilhos. Jesus começou a falar com eles. E de repente voltou-se ao Padre Cícero e disse:”E você Padre Cícero tome conta deles”. O Padre Cícero, perplexo e até assustado, logo entendeu a mensagem: devia ficar em Juazeiro. Foi para Crato, trouxe a mãe, as duas irmãs e uma jovem escrava liberta e se mudou definitivamente para Juazeiro. A segunda é a fase do milagre do sangue na hóstia, fase da Maria de Araújo. Começa no dia primeiro de março de 1889. Às 5 da manhã o Padre Cícero deu a comunhão, antes da missa, às várias mulheres piedosas, chamadas de beatas. Deu a comunhão a Maria de Araújo, negra, costureira e lavadeira, de 28 anos. Sem nenhuma explicação ela caiu por terra e junto foi a hóstia consagrada. De repente viu que a hóstia estava tingida de sangue. O mesmo se repetiu por dezenas de vezes, sempre recolhendo o sangue num paninho. Para o Padre Cícero e assistentes, não havia dúvida: era o sangue sagrado de Cristo. Os panos foram colocados numa urna de vidro. Durante dois anos multidões do vale do Cariri começaram a chegar a Juazeiro par ver os panos e tocar na urna. Contam que aconteciam muitos milagres. O bispo de Fortaleza Dom Joaquim José Vieira mandou por duas vezes analisar a situação. Na primeira se concluiu tratar-se realmente de um milagre. Mas esse resultado não agradou o Bispo. Mandou teólogos ao lugar que acabaram concluindo tratar-se de um embuste. Esta versão foi acolhida pelo bispo. Devido a ocorrência cada vez maior de romeiros, o Bispo Dom Joaquim intepretrou aquele fenômeno como um cisma, quer dizer, uma divisão na Igreja. De forma muito autoritária suspendeu o Padre Cícero, proibindo-o de pregar, confessar e orientar os fiéis. Mas podia celebrar a missa. O bispo Joaquim, temeroso, mandou toda uma documentação para o Santo Ofício, a antiga Inquisição, em Roma. Esta não reconheceu o milagre. Ao contrario disse     que se tratava de “gravíssima e detestável irreverência e ímpio abuso à Santíssima Eucaristia”. Bastou esta declaração para o Bispo Joaquim interditar todos os atos religiosos em Juazeiro e proibir o Padre Cícero de celebrar Missa. Mais tarde em 1916 veio de Roma a excomunhão mas que nunca foi aplicada e nem o Padre Cícero teve conhecimento dela, creio que por medo do bispo Dom Joaquim da reação dos romeiros. Deixando para trás estes fatos, perguntamos: como agia pastoralmente o Padre Cícero? Aqui, me parece que ele se coloca na linha do que o Papa Francisco gostaria que todos os pastores fizessem. O Padre Cícero usava três métodos: 1) Convivência direta com o povo, cumprimentado a todos; 2) Visita a todas as casas dos sítios, falando com todos, abraçando as crianças e abençoando a casa, os animais e as pessoas. Andava quase sempre a pé com o seu bastão; 3) Orientar o povo nas pregações e nas novenas; ao anoitecer, diante da casa fazia reuniões diárias com povo onde incentivava a vivência dos bons costumes, o estudo nas escolinhas, encaminhava para os vários ofícios e dava dicas de ecologia como veremos logo a seguir. A fama correu pelo sertão todo. De longe vinham receber seus conselhos e suas bençãos, porque era inteiramente dedicado ao povo, sempre disponível, atento em ouvir, carinhoso em receber a todos até ricos que vinham conhecê-lo. Era impecável em sua vida pessoal, vivendo pobremente e não cobrava nada por seu trabalho pastoral (José Comblin, O Padre Cícero do Juazeiro, Paulus 2011). Era extremamente obediente. Nunca se queixou dos castigos pesados que recebeu. Amava profundamente a Igreja e respeitava a figura do Papa e dos bispos. De todas as partes vinham romeiros pedir-lhe conselhos. Tinha a fama de pacificador e de resolver todos os conflitos; conhecia as ervas e remedios caseiros para as doenças e até tinha a fama de bom casamenteiro. Ele se interessava pelo bem estar do povo: criou centros onde se aprendiam as profissões de marcineiro, ferreiro, alfaiate, artesão com couro ou palha e outros ofícios. Até criou uma relogoaria que fabricava bons relógios. Abriu 12 escolinhas particulares e duas publicas além de um orfanato e a primeira Escola Normal Rural. A Terceira fase é do Padre Cícero politico. As portas da Igreja se fecharam para ele. Mas para continuar a servir o povo entrou na política. Aqui cabe lembrar uma frase do Papa Francisco quando esteve no Brasil: “É uma obrigação para o cristão envolver-se na política. Devemos envolver-nos na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade”. Vai mais longe o Papa Francisco ao afirmar: ”Atualmente, se um cristão não é revolucionário não é cristão. Deve ser revolucionário da graça.” Importa esclarecer que o Padre Cícero entrou na política a contragosto, com a idade de 67 anos, mas aceitou para ser o mediador-conciliador entre vários coronéis em litígio. Por 20 anos até 1927 foi prefeito de Juazeiro, comparecendo como a figura mais respeitada do Cariri. Em 1912 foi eleito vice-governador do Ceará por dois mandatos. Mas cansado se retirou da política pública e atendia os romeiros e politicos em sua casa. Sua preocupação maior era poder continuar com sua missão pastoral e voltar a celebrar missa. Chegou ir a Roma em 1898 ficando lá oito meses. Conheceu os salesianos e entusiasmou-se com o seu caarisma a ponto de herder a eles quase tudo o que possuia em Juazeiro. Pôde encontrar-se rapidamente com o Papa Leão XIII que lhe permitiu rezar missa em Roma e na volta novamente em Juazeiro. Mas foi em vão. O bispo manteve a proibição. Mas vendo as multidões que vinham pedir conselho, ele, por amor ao povo, exerceu a desobediência leal: desobediência a uma lei eclesiástica e humana em função de uma lealdade ao mandamento maior do amor e do serviço aos pobres que ela amava do fundo do coração. Era tido como pai dos pobres. Foi padrinho de batismo de dezenas de crianças (daí a expressão “meu padim Padre Cícero),o consolador dos abandonados dos sertões. Distribuía com calma e serenidade, por horas a fio, conselhos e bençãos a todos os que o procuravam. Essa desobediência não era opor-se pura e simplesmente às autoridades eclesiásticas, mas etendender que o amor ao pobre e vulnerável possui autoridade maior, pois vem do Evangelho e de Jesus. O Padre Cícero, pai dos pobres, incansavelmente dedicou 62 anos de sua vida à causa dos deserdados do Nordeste. Faleceu a 20 de julho de 1934.
3.Qualidades do sacerdote pregadas pelo Papa e vividas pelo Padre Cícero.
Muitas vezes o bispo de Roma falou aos sacerdotes e aos estudantes dos vários colégios pontificios. Ai delineia qualidades para o sacerdote, qualidades essas que o Padre Cícero viveu em antecipação.
-Ao Espiscopado italiano em 16 de maio de 2016 diz ”O padre não pode ser burocrático mas alguém que é capaz de sair de si, caminhando com o coração e o ritmo dos pobres”. Não viveu a vida inteira assim o Padre Cicero? -Na missa do crisma na Basílica Vaticana no dia 17 de abril de 2014 afirma:”a disponibilidade do sacerdote faz da Igreja a casa dos pobres, o lar dos que andam pelas ruas, o acampamento dos jovens e o lugar da cura dos doentes”. Na vida inteira o Padre Cícero não fez outra coisa. -Aos bispos recém sagrados em 18 de setembro de 2016 proclama:”o pastor deve ser capaz de escutar e de encantar e atrair as pessoas pelo amor e pela ternura”. Essa era uma qualidade eminente do Padre Cicero, testemunhada por todos. – Falando aos seminaristas lombardos lhes diz:”busquem o caminho da simplicidade que facilita encontrar o outro, simplicidade na linguagem e evitar doutrinas complicadas de modo que todos os possam entender e encontrar o Cristo vivo, morto e ressuscitado”. A simplicidade extrema do Padre Cícero era notória e permitia que todos se aproximassem confiantes de serem abraçados por ele. -Num sermão de 6 de março de 2014 o Papa Francisco foi enfático ao dizer:” o sacerdote está chamado a ter um coração que se comove; deve ser uma pessoa de compaixão e de misericórdia. Deve ser como Jesus que se comovia diante do povo disperso e desalentado; deve estar cheio de ternura para com os excluidos e fracos; por amor é preciso consolar e curar as feridas dos machucados”. Foi o que o Padre Cícero viveu a vida inteira em seu contacto com o povo.
O Padre Cícero, antecipador da ecologia integral
Como é sabido, o Papa Francisco publicou uma importantíssima encíclica Laudato Si: cuidando da Casa Comum (2015). Não se trata de uma encíclica verde, meramente ambientalista, mas uma encíclica sobre a ecologia integral que incorpora a natureza, a sociedade, a política, a educação e a espiritualidade. Com grande surpresa nossa, o Padre Cícero publicou seus 10 famosos mandamentos ecológicos que me permito transcrever mas enfatizando apenas alguns, válidos até hoje: –não derrube o mato nem mesmo um só pé de pau; –não toque fogo nem no roçado nem na caatinga.
-não cace mais e deixe os bichos viverem; -não crie o boi nem o bode soltos: faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer; -não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira   muito em pé; –deixe o mato protegendo a terra para que a   água não a arraste e não se perca a sua riqueza; –faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água da chuva; –represe os riachos de cem em cem metros ainda que seja  com pedra solta; plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer até que o sertão seja uma mata só; –Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca; Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer; -Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só”. (Pensamento vivo do Padre Cícero, Ediouro, Rio de Janeiro 1988).
5.Conclusão: a atualidade do modelo sacerdotal do Padre Cícero.
Para a Igreja popular, o Padre Cícero sempre foi reconhecido como santo. Padeceu sob a mão dura do bispo de Fortaleza e da Inquisição, sem queixa e livre de qualquer amargura e sem deixar de amar a Igreja e seus pastores. Nunca se rebelou. Mas está chegando o o tempo de a Grande Igreja se reconciliar com com os romeiros que o veneram e com o Padre Cícero, tido como pastor ideal.
Vale uma Igreja que distribui sacramentos, missas, confissões, batismos, casamentos e enterra mortos embora corra o risco de se fazer burocrática. Mas é importante que a Igreja seja, além disso, a grande companheira do povo, participando de seus padecimentos e alegrias, acolhendo com ternura a todos, dando conselhos e benções. É esse tipo de Igreja, preferida pelo atual Papa, sem deixar de dar valor ao outro tipo mais tradicional. E é dessa Igreja popular que o povo mais aprecia e mais precisa não só no Nordeste mas no Brasil todo. Graças ao bispo local, Dom Fernando Panico, beneficiado com uma cura de um cancer incurável, pela intercessão do Patriarca do Nordeste e do Brasil, tudo está tomando o rumo da reconciliação. Dom Frei Luiz Cappio, meu ex-aluno em Petrópolis, conversou em 2010 com o Papa Francisco sobre a figura excepcional de sacerdote e de santo que foi o Padre Cícero. O Papa conhecia o caso e prometeu acelerar o processo de reabilitação e de reconciliação. A Congregação da Doutrina da Fé de 27 de outubro de 2014 afirmou num documento “não poder proceder à solicitação de reabilitação do sacerdote” Padre Cícero Romão Batista (primeiro Omnes). Mas, quase de forma contraditória assevera que “julga oportuna uma certa forma de reconciliação histórica…que coloque em luz também os lados positivos de sua figura”(segundo Omnes). Para entender esta aparente contradição devemos entender a forma como esta instância doutrinária profere suas sentenças. Estas são de suas ordens: de tuto e de vero. Afirmação de tuto significa afirmação de “segurança” e de “prevenção” sem querer decidir acerca da verdade do fato analisado. De vero é quando se quer decidir sobre a “verdade” do fato. Esta é a sentença mais peremptória. Tudo leva a entender, dada a segunda observação (Omnes 2) que a Congregação para a Doutrina da Fé se ateve ao aspecto da segurança (de tuto) que possui um valor menor e não ao aspecto da verdade(de vero) que fecharia totalmente a questão. Isso fica mais claro na carta do Secretário de Estado do Vaticano, a primeira pessoa depois do Papa em autoridade, o Card. Pietro Parolin, enviada ao bispo Dom Fernando Panico, bispo diocesano do Crato em 20 de outubro de 2015. Este documento vem de uma instância mais alta que aquela da Congregação da Doutrina da Fé. O Card. Parolin como Secretário de Estado é a primeira pessoa após o Papa. Explicitamente escreve em nome do Papa Francisco. Deixa para trás a discussão do passado, e vai logo ao centro da questão que é pastoral:”põe em realce a figura de Padre Cícero Romão Batista e a nova Evangelização, procurando concretamente ressaltar “os bons frutos que hoje podem ser vivenciados pelos inúmeros romeiros que, sem cessar, peregrinam a Juazeiro atraíados pela figura daquele sacerdote”. Insiste que se deve “por em evidência aspectos positivos de sua vida e figura, tal como atualmente é percebida pelos fiéis”. O ponto alto da afirmação do Card Parolin se encontra no númer 5 de sua carta onde afirma:”No momento em que a Igreja inteira é convidada pelo Papa Francisco a uma atitude de saída, ao encontro das periferiais existenciais, a atitude do Padre Cícero em acolher a todos, especialmente aos pobres e sofredores, aconselhando-os e abençoando-os, constitui, sem dúvida,um sinal importante e atual”. Por fim enfatiza que “a presente mensagem foi redigida por expressa vontade de sua Santidade o Papa Francisco”. Temos aqui, portanto, um pronunciamento da autoridade papal, a mais alta da Igreja, abrindo o caminho para a reconciliação. E dadas as virtudes eminentes do Padre Cícero e a conclamação a “agradecer ao Senhor por todo bem que ele suscitou por meio do Padre Cícero” se criam as condições para a sua beatificação e, por graça do Altíssimo e por amor dos romeiros, seja também oficialmente canonizado para ser santo não apenas do Nordeste, mas de toda a Igreja Universal, podendo ser venerado em todos os países onde há católicos. O Padre Cícero será o grande santo do novo estilo de caminhar com o povo, com “cheiro de ovelha” porque o ama e sabe conduzi-lo pelo caminho das verdes campinas e das águas límpidas como o diz o Bom Pastor do salmo 23. Que nossa geração possa ainda ver esta glória como veremos no dia 15 de agosto de 2017 a canonização pelo Papa Francisco, do bispo Dom Oscar Arnulfo Romero de El Savador, mártir dos direitos humanos e da libertação dos oprimidos. Estou seguro de que o dia chegará para o Padre Cícero Romão Batista: será beatificado e canonizado como um santo original e típico de nossa terra, batida pela seca e terra dos homens e das mulheres fortes e invencíveis e cheios de fé. (Leonardo Boff, teólogo e escritor.)
Bibliografia essencial
-José Comblin, O Padre Cícero do Juazeiro, Paulus, 2011.
-Ralph della Cava, Milagre em Juazeiro, Paz e Terra, 1985.
-Amália Xavier de Oliveira, O Padre Cícero que eu conheci, Editora Massangana, Recife 1981.
-Azarias Sobreira, O Patriarca de Juazeiro, Vozes, Petrópolis 1968.
-Therezinha Stella Guimarães e Anne Dumoulin, O Padre Cícero por ele mesmo, Edições INESP, Fortaleza, 2015.
-Annette Duloulin, Em sonho.. Uma boa conversa entre o romeiro Sebastião e Padre Cícicero, Paulinas, 2017.
-Antônio Romero Siqueira Dodou, De Tabuleiro a Juazeiro. Reflexões sobre Cícero:o homem, o padre e o líder, Edição do autor, 2016.
-Ercíclia Maria Braga de Olinda, Adriana Maria Simão da Silva (org.) Vidas em romaria, Ed UECE, Fortaleza, 2016.
-Pe. Neri Feitosa, Análise juridica das Pastorais de Dom Joaquim sobre o Padre Cícero e o milagre de Juazeiro, Canindé, 2005.
-Carlos Alberto Tolovi, Mito, religião e política: Padre Cícero e Juazeiro do Norte, Editora Primas, Curitiba, 2017.
-Maria do Carmo Pagan Forti, Padre Cícero e Dom Fernando: uma relação que deu certo, edição da autora, Juazeiro, 2013.
-Pe.José Oscar Beozzo, Pe. Cicero nos textos e no contexto do seu tempo Anaes do II Simpósio Internacional de 12 de outubro de 2004.
-Pe. José Oscar Beozzo, Uma cronologia comparada da vida do Pe.Cícero com os eventos eclesiásticos e civis de seu tempo, pesquisa inédita, São Paulo, 2004.
Obs.: O artigo UM PADRE COM CHEIRO DE OVELHAS: O PE.CICERO ROMÃO BATISTA, de autoria de Leonardo Boff, já publicado por essa Coluna, foi traduzido para o francês e o italiano e, por curiosidade pode ser consultado nos seguintes links, abaixo. Somos gratos por sua iniciativa, pois seu autor é pessoa muito influente na Europa.
1. UN PRETE CON ODORE DI PECORA: IL PADRE CICERO ROMÃO BATISTA
2. UN CURA CON OLOR A OVEJA: EL PADRE CICERO ROMÃO BATISTA

NOVO LOGRADOURO: HOMENAGEM
Uma nova rua da cidade presta homenagem a Maria Leandro Pereira. Vejamos o ato: LEI Nº 4717, de 06.05.2017: Art. 1º – Fica denominada de TRAVESSA MARIA LEANDRO PEREIRA (MARIA LEANDRO), a primeira rua paralela ao oeste da rua José Bernardo da Silva, sentido norte/sul, com início na rua Cecília Meireles, terminando na rua Hildegarda Barbosa (Linha Férrea), no bairro Cajuína. AUTORIA: Vereador Domingos Sávio Morais Borges.

RECONHECIMENTO PÚBLICO: IDJURC
O IDJURC passou a merecer o reconhecimento municipal através da LEI Nº 4718, de 06.05.2017: Art. 1º – Fica reconhecido de utilidade pública o INSTITUTO DOS DIABÉTICOS DE JUAZEIRO DO NORTE E REGIÃO DO CARIRI – IDJURC., também designado pela sigla IDJURC, fundado em 20 de fevereiro de 2014 como pessoa jurídica de direito privado, na forma de sociedade civil com autonomia administrativa e financeira, sem fins econômicos, sem cunho político ou partidário, constituída por tempo indeterminado, sendo uma associação civil de caráter sociocultural, organizacional, filantrópico, assistencial, promocional, recreativo, esportivo, como também nas áreas de saúde, e que se regerá pela legislação aplicável e pelo Estatuto. AUTORIA: Vereadora Auricélia Bezerra.

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES.
Em diversos atos, a municipalidade distingue algumas pessoas com o título de cidadania juazeirense. Vejamos esses atos.
RESOLUÇÃO N.º 840, de  25.04.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor MARCELO MOTA GURGEL DO AMARAL, pelos relevantes serviços prestados a esta comunidade. Autoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: José Nivaldo Cabral de Moura, Antônio Vieira da Silva, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, José David Araújo da Silva, Domingos Sávio Morais Borges, Márcio André Lima de Menezes, Valmir Domingos da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Damian Lima Calu, Luciene Teles de Almeida, Auricélia Bezerra, Rita de Cássia Monteiro Gomes e Jacqueline Ferreira Gouveia. (Na foto:Marcelo Mota é o atual presidente da OAB Ceará)
RESOLUÇÃO N.º 841, de 25.04.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre médico ANTÔNIO FERNANDO COUTINHO, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: José Barreto Couto Filho; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos, Paulo José de Macêdo, Francisco Demontier Araújo Granjeiro, Antônio Vieira Neto, Damian Lima Calu, Cícero José da Silva, Domingos Sávio Morais Borges, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Márcio André Lima de Menezes, José David Araújo da Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, Valmir Domingos da Silva, Jacqueline Ferreira Gouveia, Luciene Teles de Almeida e Auricélia Bezerra. (O homenageado é médico, clínico geral e cirurgião),
RESOLUÇÃO N.º 842, de 25.04.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Dr. GUSTAVO MARTINS DOS SANTOS, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Francisco Demontier Araújo Granjeiro; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos, Damian Lima Calú, Cícero José da Silva, Glêdson Lima Bezerra, Rubens Darlan de Morais Lobo, Márcio André Lima de Menezes, José David Araújo da Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, José Barreto Couto Filho, Cícero Claudionor Lima Mota, Rita de Cássia Monteiro Gomes e Luciene Teles de Almeida. (Gustavo Martins dos Santos é Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (2004). Médico Nefrologista com Residência Médica pela Universidade Federal do Ceará e Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Atualmente médico da Cental de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Professor Assistente da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte e Coordenador do Serviço de Clínica Médica do Hospital Regional do Cariri.)
RESOLUÇÃO N.º 843, de 02.05.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor JOSÉ BARRETO COUTO FILHO, pelos relevantes serviços prestados a esta comunidade. Autoria: Paulo José de Macêdo; Coautoria: Márcio André Lima de Menezes, José Adauto Araújo Ramos; Subscrição: Cícero Claudionor Lima Mota, Domingos Sávio Morais Borges, Valmir Domingos da Silva, Damian Lima Calú, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Glêdson Lima Bezerra, Antônio Vieira Neto, Luciene Teles de Almeida, Jacqueline Ferreira Gouveia, Rosane Matos Macêdo e Auricélia Bezerra. (JOSE BARRETO COUTO FILHO foi candidato a Vereador em Juazeiro do Norte. Sua candidatura foi pelo PPS-PARTIDO POPULAR SOCIALISTA através da coligação PPS - PARTIDO ISOLADO. Tem como atividade SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL e nasceu em 28.03.1956. Seu grau de instrução é SUPERIOR COMPLETO e seu estado civil CASADO).

RESOLUÇÃO N.º 844, de 02.05.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense à Senhora ELIANA NUNES ESTRELA, pelos relevantes serviços prestados a esta comunidade na área educacional. Autoria: Auricélia Bezerra; Subscrição: José Nivaldo Cabral de Moura, Cícero Claudionor Lima Mota, José David Araújo da Silva, Domingos Sávio Morais Borges, Márcio André Lima de Menezes, Valmir Domingos da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Damian Lima Calu, Francisco Demontier Araújo Granjeiro, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Paulo José de Macêdo, Glêdson Lima Bezerra, Cícero José da Silva, José Barreto Couto Filho, Luciene Teles de Almeida, Rita de Cássia Monteiro Gomes, Jacqueline Ferreira Gouveia e Rosane Matos Macêdo. (Eliana Nunes Estrela é Graduada em PEDAGOGIA pela Universidade Regional do Cariri (1996). Especialista em Administração, Supervisão e Orientação Educacional; e em Gestão Escolar. Atua na educação desde 1992, como professora e gestora. Atualmente é coordenadora da 19 CREDE - SECRETARIA DA EDUCAÇÃO CEARÁ. Cursando Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG.)