segunda-feira, 23 de abril de 2018

ACERVO DE SETEMBRINO DE CARVALHO (IV)
Continuamos com a publicação de indicações para a pesquisa sobre a Sedição de Juazeiro (1913-1914) através da consulta ao acervo do Marechal Fernando Setembrino de Carvalho, constante dos arquivos do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. 

DOCUMENTÁRIO DA SEDIÇÃO DE JUAZEIRO, 1913-1914.

ARQUIVO PESSOAL DE FERNANDO SETEMBRINO DE CARVALHO (FORTALEZA, CE), NO PERÍODO DE SUA INTERVENTORIA NO ESTADO DO CEARÁ. (ARQUIVO: CPDOC/FGV, Rio de Janeiro, RJ)
PARTE: 04
MAIO, 1914

1914.05.01: Telegrama de João Cavalcanti Tavares de Melo (Sobral, CE) a FSC informando que as buscas realizadas para apreensão de armas nas casas, não tiveram sucesso, mas que continuará com a inspeção. 

1914.05.01: Carta (fragmento) de (?) (Camocim, CE) a FSC pedindo sua ajuda.

1914.05.02: Telegrama do padre Cícero Romão Batista (Juazeiro, CE) a FSC agradecendo sua nomeação para intendente do município de Juazeiro.

1914.05.03: Telegrama de Firmino Araújo (Quixadá, CE) a FSC informando da captura de Salvino. 

1914.05.03: Telegrama de Inácio (?) (Rio de Janeiro, DF) a FSC colocando sob sua proteção o ex-cadete Francisco de Paula Martins de Albuquerque. 

1914.05.03: Telegrama de Domingos Marques e José Carneiro Messias (Santana, ?) a FSC. felicitando-o pelas acertadas nomeações de coletor, escrivão e intendente do município de Santana. 

1914.05.04: Telegrama de Vitoriano Maciel (Jaguaribe, CE) a FSC informando conflito em Pereiro, sendo necessário seguir tenente Pinto com 10 praças a fim de restabelecer a ordem. 

1914.05.05: Telegrama de José Feijó (Pentecoste, CE) a FSC informando a reorganização do Diretório do Partido Republicano Conservador no município de Pentecoste. 

1914.05.05: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que foi prorrogado o estado de sítio no Ceará até o dia 13 do corrente. 

1914.05.05: Correspondência do Grêmio Pro-monumento Capitão Penha (Fortaleza, CE) a FSC sobre a festa em benefício do Monumento Penha e as agitações de um grupo numa das noites. Em anexo, resposta de Setembrino a uma das cartas. 

1914.05.06: Telegrama de Vitoriano Maciel (Jaguaribe, CE) a FSC informando que o incidente no município de Pereiro foi sem importância, e que segue com todo o destacamento para Cachoeira. 

1914.05.06: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC cumprimentando-o pela maneira exemplar com que tem desempenhado sua função no governo do Ceará. 

1914.05.07: Telegrama do padre Quinderé (Fortaleza, CE) a FSC informando que Dom Joaquim chegou a Campinas sendo bem recebido. 

1914.05.07: Telegrama de João Cavalcanti Tavares de Melo (Itapipoca, CE) a informando que a Sociedade de Tiro 214 nunca estivera armada. 

1914.05.07: Telegrama de José Gomes Pinheiro Machado (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo a nomeação de Alencar Araripe para fiscal de iluminação de Fortaleza.

1914.05.08: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC pedindo a nomeação de Faustino, em vez de Henrique da Justa, candidato de José Lino, pois este só quer manter a família no poder em Pacatuba.

1914.05.08: Telegramas (?) (Uruburetama, CE) a FSC sobre os acontecimentos em Ibiapina, decorrentes de desordens provocadas por rabelistas. Ibiapina, Uruburetama. 

1914.05.09: Telegrama de Cícero Romão Batista (Juazeiro, CE) a FSC expondo as razões para a promoção de Djalma Soares. 

1914.05.10: Telegrama de José Gomes Pinheiro Machado (Rio de Janeiro, DF) a FSC de agradecimento.

1914.05.10: Carta de João de Paulo Lima (Coité, ?) a FSC informando do assassinato de Silvino Bento no município de Coité.

1914.05.10: Carta de Joaquim Correia da Silva (Fortaleza, CE) a FSC pedindo que tome a sua defesa a fim de sair da prisão.

1914.05.10: Telegrama de Vitoriano Maciel (Santa Maria, ?) a FSC pedindo para servir junto a sua pessoa.

1914.05.11: Telegrama de Rafael Duarte e Pompeu Camargo (Campinas, SP) a FSC informando da visita do prefeito e presidente da Câmara ao padre Quinderé, e agradecendo a gentileza em relação a Dom Vieira.

1914.05.12: Carta de Benjamim Liberato Barroso (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a possibilidade de sua posse, em julho, no governo do Ceará, a prorrogação do estado de sítio, e a nomeação dos oficiais de polícia Álvaro de Matos e José Chaves.

1914.05.12: Telegrama de (?) Fonseca (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre o crédito para o pagamento da Santa Casa. 

1914.05.12: Telegrama de Rivadávia Correia (Rio de Janeiro, DF) a FSC autorizando a alfândega a entregar ao comércio de Fortaleza, cobrando apenas um mês de armazenagem, as mercadorias que forem retiradas até o dia 31 de maio.

1914.05.13: Telegrama de João Santos Mourão (Soure, CE) a FSC informando que a violência praticada contra Alice Fortes não foi efetuada por seus comandados e sim pelos de Arlindo Correia. 

1914.05.13: Telegrama de Tomás Cavalcanti (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando da resolução de Rivadávia Correia quanto ao problema da redução de armazenagem. 

1914.05.14: Telegrama de Hermes Rodrigues da Fonseca (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo as felicitações enviadas por ocasião de seu aniversário. 

1914.05.14: Telegrama de Leontina Vilela de Carvalho (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo seu interesse pelo filho da lavadeira, e informando que sua filha Lila está boa. 

1914.05.14: Carta de Alfredo de Freitas (?, ?) a FSC pedindo perdão por falta cometida.

1914.05.16: Telegrama de Castelo Branco (Natal, RN) a FSC agradecendo as atenções dispensadas. 

1914.05.16: Telegrama de Floro Bartolomeu da Costa (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo a nomeação do tenente Flaviano, instrutor do batalhão de polícia.

1914.05.16: Telegrama de Waldetario (?) (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que ainda não foi aberto o crédito para o pagamento da Santa Casa de Fortaleza, por não ter esta instituição prestado contas ao Ministério da Justiça.

1914.05.16: Telegrama de Abílio Martins e outros (Ipu, CE) a FSC informando que o pleito realizado no município de Ipu se realizou na maior ordem, com a vitória dos candidatos do Partido Republicano Conservador. 

1914.05.16: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC congratulando-se com o povo cearense pelo clima de paz, para a realização das eleições de presidente e vice-presidente e a composição do Congresso Legislativo do Ceará.

1914.05.18: Ofício de Francisco da Costa Freire (?, ?) a FSC, em nome da Associação Comercial do Ceará, agradecendo sua interferência junto ao Ministro da Fazenda para obter a concessão sobre a armazenagem das mercadorias retardatárias na alfândega.

1914.05.18: Telegrama de Marcondes (Vitória, ?) a FSC cumprimentando-o pela data. Vitória.

1914.05.18: Carta de João da Rocha (Fortaleza, CE) a FSC denunciando a sua prisão como "conspirador" e as ameaças que vem sofrendo.

1914.05.18: Telegrama de Alexandrino Faria de Alencar (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo seu telegrama.

1914.05.19: Telegrama (fragmento) de FSC (Fortaleza, CE) a Vespasiano de Albuquerque (Rio de Janeiro, DF) informando o afastamento de alguns praças, atitude dos rabelistas, e sobre Dr. Jocelim, engenheiro chefe do distrito telegráfico. 

1914.05.19: Telegrama de Hermes Rodrigues da Fonseca (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo as congratulações enviadas a 13 de maio.

1914.05.19: Telegrama de José Gomes Pinheiro Machado (Rio de Janeiro, DF) a FSC recomendando o funcionário da Secretaria do Interior Licínio Nunes.

1914.05.19: Telegrama do padre Cícero Romão Batista (Crato, CE) a FSC sobre o procedimento irregular do pessoal do Crato que serve na polícia, e o envio de 50 homens para garantir a ordem. 

1914.05.19: Telegrama de Antônio Rosendo e outros (Iguatu, CE) a FSC pedindo para que intervenha junto ao representante da South American em Fortaleza a fim de abreviar o pagamento dos salários atrasados de seus operários. 

1914.05.19: Telegrama do padre Cícero Romão Batista (Crato, CE) a FSC pedindo o envio de um contingente da polícia a fim de ser espalhado pela zona do Cariri.

1914.05.19: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que o inspetor da fazenda tem ordem de entregar-lhe armas e munições de que precisar.

1914.05.19: Telegrama de Sila Carvalho do Rêgo Barros (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando já estar restabelecida, que sua família passa bem, e que o coronel Barroso segue para Fortaleza no dia 15 de junho.

1914.05.20: Memorandum a Hermila de Oliveira Nunes (Fortaleza, CE) a FSC reclamando de sua remoção da Vila de Porongaba para a Vila de Santa Quitéria.

1914.05.20: Carta de Lourenço (Feitosa?) (Tauhá, CE) a FSC enviando o artigo publicado no "Jornal do Pará" sob o título "Ditadura militar". 

1914.05.20: Telegrama de Lauro Muller (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo que reconheça provisoriamente Hermínio Barroso como encarregado do consulado alemão no Ceará. 

1914.05.20: Telegrama de Leontina Vilela de Carvalho (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo que agradeça a seus auxiliares a gentileza prestada.

1914.05.20: Telegrama de Urbano Vilela de Carvalho (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo os 50$000 que enviou. 

1914.05.20: Telegrama de E. Pamplona (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que devido a um defeito na linha foi interrompida a conversa com a sua esposa e família. 

1914.05.21: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo que siga com a maior urgência para Manaus, o farmacêutico Manuel Lopes Verçosa.

1914.05.21: Cartão de Álvaro Amarante Vieira da Cunha (Fortaleza, CE) a FSC a Setembrino de Carvalho felicitando-o pelas medidas acertadas que vem tomando na pacificação do Ceará. 

1914.05.21: Telegrama de Sebastião do Rêgo Barros (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando da satisfação de seus amigos ao lerem seu (FSC) telegrama relatando a festa do dia 21. 

1914.05.22: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC acusando o recebimento de seu telegrama na qual comunica ter realizado na mesma data as eleições para presidente e vice-presidente do Ceará, e deputados para a Assembleia Estadual.

1914.05.22: Telegrama de Eduardo Sabóia (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que concluiu a defesa do governo federal na Câmara, contestando os ataques de Moreira Rocha contra a intervenção no Ceará e sua (FSC) administração.

1914.05.23: Telegrama de José Gomes Pinheiro Machado (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que o caso do Ceará correu bem.

1914.05.23: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC informando que Hermínio Barroso acaba de demitir o coletor e escrivão do município de Cachoeira, segundo seus interesses e contra a política de unificação defendida pelo Partido Conservador. 

1914.05.23: Carta, (?) (Fortaleza, CE), com assinatura ilegível, a FSC desculpando-se pela sua ausência na festa do dia 21.

1914.05.23: Telegrama do padre Cícero Romão Batista (Juazeiro, CE) a FSC informando de sua satisfação pela escolha do major Ranulfo para delegado e comandante geral das forças do Cariri. 

1914.05.24: Telegramas de (?) (Aquiraz / Iguatu, CE) a FSC cumprimentando-o pela data.

1914.06.24: Telegrama de Herculano Nina Parga (?, MA) a FSC agradecendo a comunicação sobre a instalação da Assembleia Legislativa no Ceará.

1914.05.25: Telegrama de Antônio Rosendo e Casimiro Ramos (Iguatu, CE) a FSC agradecendo seu telegrama, e esperando que resolva suas aflições. 

1914.05.28: Carta de José Barbosa Gonçalves (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que atenderá o seu pedido de colocação para José Gomes Parente e Raimundo de Paula Avelino assim que ocorram vagas na Inspetoria de Estradas ou dos Portos.

1914.05.28: Carta de F. Alves Lima (Fortaleza, CE) a FSC protestando contra a sua exoneração do cargo de professor da Faculdade de Direito do Ceará.

1914.05.29: Telegrama de Leontina Vilela de Carvalho (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que recebeu suas cartas e que as encomendas seguirão até o dia 7.

1914.05.29: Telegrama de Rivadávia Correia (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando não ser possível a retirada pedida pela South American Railway que só poderá receber mediante apresentação das contas após devidas medições.

1914.05.29: Carta de Porfírio Cândido de Lima (Fortaleza, CE) a FSC informando as ações do Partido Republicano Conservador no município de Iguatu nas últimas eleições do dia 15. 

1914.05.30: Telegrama de Benjamim Liberato Barroso (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo que a vaga na Cadeira de História Natural no Liceu seja preenchida por Luís Costa, e informando que seguirá no dia 15.

1914.05.30: Carta de Antônio Florentino Cavalcanti (Fortaleza, CE) a FSC pedindo qualquer colocação devido a sua reversão às forças estaduais.
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI


CINE GOURMET (FJN, JUAZEIRO DO NORTE)
A Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN) agora também está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri. As sessões são programadas para as terças feiras, de 13:30 às 15:30h, no Laboratório de Informática do Bloco I, na Rua São Francisco, 1224, Bairro São Miguel, dentro do seu Projeto de Extensão denominado Cine Gourmet, sob a curadoria de Renato Casimiro. Informações pelo telefone: 99794.1113. No próximo dia 24, estará em cartaz, o filme ROMÂNTICOS ANÔNIMOS (Les emotifs anonymes, França/Bélgica, 2010, 80 min). Direção de Jean-Pierre Améris. Sinopse: Angélique Delange (Isabelle Carré) é uma talentosa confeiteira, que faz chocolates requintados reconhecidos por público e crítica especializada. Entretanto, como fica ansiosa quando olham para ela, Angélique prefere o anonimato e finge ser apenas uma entregadora. Sem emprego, ela consegue trabalho na Fábrica de Chocolates, que está à beira da falência. Só que, ao contrário do que imaginava a princípio, consegue a vaga de representante comercial da empresa. Ela pensa em pedir a mudança de cargo, mas é surpreendida com o convite para jantar de Jean-René Van Den Hudge (Benoît Poelvoorde), dono da empresa. O problema é que Jean-René, assim como Angélique, é extremamente tímido e possui muitas dificuldades em manter contato com outras pessoas. 
SESSÃO CURUMIM (JUAZEIRO DO NORTE)
A Sessão Curumim, projeto do CCBNB ocorre no próximo dia 24, terça feira, às 14 horas, no Orfanato Jesus Maria José (Rua Cel. Antonio Pereira, 64, Santa Tereza, em Juazeiro do Norte, com a exibição do filme POR ÁGUA ABAIXO (Flushed away, EUA/Reino Unido, 2006, 95 min). Direção de Sam Fell, David Bowers. Sinópse: Roddy é um rato de estimação que vive em um luxuoso apartamento em Kensington e tem dois hamsters, Gilbert e Sullivan, como mordomos. Um dia surge no local Sid, um rato sujo que é expelido pelo esgoto da pia. Sid acha que tirou a sorte grande, mas Roddy quer se livrar dele o mais rápido possível. Para tanto tenta enganá-lo, dizendo que a privada é na verdade uma banheira e tentando convencer Sid a entrar nela. Porém, Sid não é bobo e empurra Roddy para a privada, dando a descarga em seguida. Roddy passa pelos esgotos e chega à cidade de Ratópolis. Lá ele encontra Rita, uma ratazana que trabalha com seu barco e é a única que pode ajudá-lo a voltar para casa. 
CINE SESC (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine SESC (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), informações: (88) 3587 1065. Com entrada gratuita, está homenageando neste mês de abril o grande cineasta e diretor Ingmar Bergman, na passagem do seu centenário de nascimento. Assim, estará exibindo no dia 25, quarta feira, às 19 horas, o filme NA PRESENÇA DE UM PALHAÇO (Larmar och gör sig till, Suécia/Dinamarca/Noruega/Itália/Alemanha, 1997, 119 min). Direção de Ingmar Bergman. Sinopse: Num hospital psiquiátrico de Uppsala, em 1925, o ilusionista e autoproclamado inventor Carl Åkerblom (Börje Ahlstedt) está internado depois de ter tentado matar a noiva Pauline Thibault (Marie Richardson). Obcecado com a morte do compositor, depois de conversar com o também internado professor Osvald Vogler (Erland Josephson), Carl decide fazer um filme sonoro sobre isso, com actores a ler os diálogos por trás da tela. Uma exibição em Grånäs, terra de infância de Carl, corre mal, e a companhia tem de desempenhar a história teatralmente, para substituir o filme.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na quintas feira, dia 26, às 19:30 horas, dentro da Sessão CINEMA DE ARTE, o filme O JARRO (Khomreh/The jar, Irã, 86 min). Direção de Ebrahim Forouzesh. Sinopse: Numa aldeia iraniana, no deserto, um grande problema se inicia quando o jarro que serve para guardar água para os alunos da escolinha local trinca. A comunidade descobre a solidariedade que os une na tentativa de resolver o problema.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na sexta feira, dia 27, às 19:30 horas, dentro da Sessão LANÇAMENTOS, o filme THOR: RAGNAROK (Thor: Ragnarok, EUA, 2017, 131 min). Direção de Taika Waititi. Sinopse: Thor (Chris Hemsworth) está preso do outro lado do universo. Ele precisa correr contra o tempo para voltar a Asgard e parar Ragnarok, a destruição de seu mundo, que está nas mãos da poderosa e implacável vilã Hela (Cate Blanchett). 
SESSÃO CURUMIM (CARIRIAÇU)
A Sessão Curumim, projeto do CCBNB ocorre no próximo dia 27, sexta feira, às 19 horas, na Comunidade do Sítio Monte, Caririaçu, com a exibição do filme POR ÁGUA ABAIXO (o mesmo programado acima)

CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 27, sexta feira, às 19 horas, o filme CÃES DE ALUGUEL (Reservoir dogs, EUA, 1992, 99 min). Direção de Quentin Tarantino. Sinopse: Criminoso reúne seis bandidos para grande roubo de diamantes. Algo sai errado e um deles é ferido durante roubo e os bandidos precisam descobrir quem foi que os traiu, o que gera enorme tensão no grupo e enfraquece a todos.
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CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 28, sábado, às 17:30 horas, o filme MORTE EM VENEZA (Morte a Venezia, Itália/França, 1971, 130 min). Direção de Luchino Visconti. Sinopse: Baseado na obra de Thomas Mann, conheça a história de Gustav Aschenbach (Dirk Bogarde), um compositor que está passando férias no exterior quando vive uma grande e secreta paixão, que iniciaria sua verdadeira destruição.

IMAGENS ESQUECIDAS (XIX)
Entre o final de 1913 e meados de 1914 aconteceu o triste capítulo da história do Ceará, com a chamada Sedição de Joazeiro, no governo de Marcos Franco Rabello. Um dos ditos chefetes da sedição era o empresário, do ramo de padaria, Emílio Sá. Ele era muito conceituado, pois desde 1892, na antiga Rua do Barão do Livramento (atual Clarindo de Queiroz), ele tinha a Padaria Santo Antonio. Anos depois ele transfere esta padaria para a Praça do Ferreira, onde se tornou mais conhecido. Era exaltada figura de apoio aos rabelistas e é dele a idéia de mandar fundir um canhão para fortalecer belicamente o batalhão que se destinava a arrasar Juazeiro, matar ou capturar o Pe. Cícero e outros da liderança política contrária ao governo do Estado. Ele apelou e conseguiu o intento junto a Fundição Mamede, de Alfredo Mamede, então funcionando na Rua Tristão Gonçalves, em Fortaleza. A fundição já fazia trabalhos de ferreiro e serralheiro, confeccionando peças em ferro e bronze. A imagem que vemos é a do canhão já executado e com algumas balas espalhadas pelo chão.
IMAGENS ESQUECIDAS (XX)
Noutro flagrante, ainda na fundição, vemos operários reunidos, e curiosos, junto ao canhão e algumas balas espalhadas pelo chão, onde está de cócoras o proprietário da oficina, Alfredo Mamede. Junto aos demais está, em roupa branca e chapéu o sr. Emilio Sá. É interessante essa imagem, pois ela revela em detalhes como era a peça de sustentação do canhão, pois como veremos, ela se alteraria até nossos dias, como está na guarda do Memorial Padre Cícero. As rodas para deslocamento da pesada peça eram de aro de ferro e raios de madeira. A concepção inicial era a de que o canhão não atiraria balas, mas lançaria na frente de batalha bananas de dinamite para atingir as forças inimigas.
IMAGENS ESQUECIDAS (XXI)
Nesta foto, sem local definido, mas provavelmente, em janeiro de 1914, o canhão está na posse de forças policiais do Estado do Ceará, já no Cariri. De Fortaleza ele veio de trem até Iguatu, no fim da linha da RVC. De Iguatu até Crato, num percurso de 30 léguas, o canhão veio sendo empurrado pela tropa, acompanhada do seu “promotor” Emilio Sá. Face o inverno daquele ano, a viagem foi problemática para a peça e a tropa, pois havia áreas de grande alagamento e isso motivava um hercúleo esforço para retirar o canhão de atoleiros. A sua primeira utilização foi em 15.01.1914, quando o Major Ladislau, comandando a tropa, de 600 homens, veio de Crato para atacar e destruir Juazeiro do Norte. Ele dividiu o contingente em duas colunas e uma delas operaria o canhão. Os jagunços atacaram de surpresa as tropas estaduais na localidade de Santa Rosa, entre Juazeiro e Crato, determinando a fuga da milícia para Barbalha, levando o canhão. Em 24 de janeiro os jagunços atacaram o Crato e a batalha foi presenciada por Emilio Sá que, com outros, teve de fugir para Iguatu, e daí para Fortaleza.
IMAGENS ESQUECIDAS (XXII)
Nesta cena, o canhão assume definitivamente uma “pose” de troféu de guerra. Ele está rodeado de jagunços das tropas do “general” Floro Bartholomeu da Costa. Pode ser que a imagem seja nos arredores ou na sede de Juazeiro do Norte. Contudo, historicamente, o canhão foi capturado no município de Barbalha. Depois da tomada do Crato, as forças se concentraram para invadir Barbalha, onde se homiziara o Major Ladislau e sua tropa. Mas, estes preferiram bater em retirada de volta para Fortaleza, de passagem por Iguatu. Os jagunços de Juazeiro então capturaram o canhão abandonado em Barbalha e o trouxeram para Juazeiro. Não se sabe ao certo se foi de fato realizado, mas diz a lenda que o canhão foi enterrado de boca para baixo, em sinal de desprezo, no Quadro Grande (atual praça Pe. Cícero), para que, como se dizia ter dito o Pe. Cícero: “- Esse canhão de boca para baixo vai servir somente para as velhas baterem os cachimbos.”. Teria dito o sacerdote, em meio à gargalhada geral da tropa. Ainda conforme a tradição oral, os jagunços acreditavam que tinham vencido a batalha, vencendo o canhão e segundo eles próprios sob a bênção de Nossa Senhora das Dores que havia aparecido ao próprio padre Cícero e dito que nenhuma bala poderia feri-los e, se fossem mortos, ressuscitariam em três dias.
IMAGENS ESQUECIDAS (XXIII)
Não se tem uma informação concreta sobre a transferência do canhão das forças legalistas, de Juazeiro do Norte para Fortaleza. O certo é que ela foi requisitada, ou mesmo tenha sido doada por Floro ou Pe. Cícero para o Museu Histórico do Ceará. Ele fora criado pelo governador Carneiro de Mendonça, em 1932, e até 1957 funcionou na Praça da Sé, em Fortaleza. Por um tempo o Museu funcionou na Av. Barão de Studart, em frente o atual Palácio da Abolição, e aí o canhão foi fincado em uma base de alvenaria à entrada da sede. Com o remanejamento do Museu para a Assembléia Provincial, em 25.03.1998, o canhão foi removido e aí ficou até que atendendo a solicitação da municipalidade juazeirense, foi entregue à guarda do Memorial Padre Cícero. 

IMAGENS ESQUECIDAS (XXIV)
Quando o Governo do Estado cedeu em definitivo o canhão da Sedição de 1914, a peça veio isoladamente, como estava na antiga sede do Museu Histórico do Ceará. Não sabemos precisar quem a acondicionou nesse suporte de ferro e com rodas, bem ao estilo do que foram os registros de época, característicos do transporte desse armamento para o campo de batalha. Assim ficou no Memorial Padre Cícero por um tempo até que foi modificado, como abaixo ilustramos.

IMAGENS ESQUECIDAS (XXV)
Assim tem “repousado” o velho canhão de Emílio Sá, na sua derradeira morada do museu da Fundação Memorial Padre Cícero. A imagem indica que a sua base foi alterada para um suporte de madeira, incialmente com rodas laterais, já em segunda versão, pois de madeira, e por último apenas a base, sem rodas. Essa peça, embora esteja no Memorial, seria mais oportuna num museu da Cidade de Juazeiro do Norte, pois indiscutivelmente, como ele mesmo afirmou e deixou escrito, “eu não fiz a revolução”.

LOURIVAL MARQUES DE MELO
Estou me dando um longo prazo (até longo demais) para reiniciar as publicações sobre Lourival Marques de Melo, a propósito de meu interesse em biografá-lo. Provavelmente devo recomeçar a jornada tocando a questão da genealogia das famílias de suas origens. Da parte de Maria Luci Landim Marques (nesta foto de 1933, do Arquivo de sua filha Vania Maria Landim Previdente, RJ), suas heranças remontam a velhos troncos da colonização do Cariri, como Landins e Sobreiras (Missão Velha), gente da abundante genealogia traçada por Joaryvar Macedo (A Estirpe de Santa Tereza). Da parte de Lourival Marques de Melo, é necessário ainda aprofundar um pouco mais tanto a sua herança materna, firmada entre troncos tradicionais de Esmeraldos e Melos (Crato) e de Marques e Santos, pelo lado paterno (Pilar, AL), desconhecidos até então, pelo fato relevante de se tratar de família migrante, como gente romeira, a caminho e fixada no Juazeiro do Pe. Cícero. Além disso, será necessário retomar uma narrativa sobre sua carreira de radialista/jornalista/produtor, ainda na Nacional e outras emissoras, bem como sua grande contribuição para a televisão, ao tempo, iniciante em vários estados. É preciso fazer uma remissiva sobre uma inifidade de programas produzidos e distribuídos através de gravações em acetato, para mais de uma centena de emissoras do pais. Não será possível concluir esses escritos se não mergulharmos no reconhecimento que lhe foi tributado ao longo de extensa produção, destacando A Canção da Lembrança, e algumas outras produções, a exemplo dos grandes sucessos como foi Seu Criado, Obrigado. Também será desejável retornar ao conhecimento dos seus dias mais recentes, antes do falecimento em 30.04.1990 (data que citei erroneamente), através de pesquisa mais extensa, com o conhecimento de depoimentos registrados no Rio de Janeiro, imprensa e arquivos. 
OS NOMES DA PRAÇA

Noutra manhã de domingo, na roda costumeira da Praça Pe. Cícero, quando entre 9 e 12 horas muitos amigos se reúnem, tratamos brevemente de rever os velhos nomes da Praça. A saber: 1. De longa data, provavelmente ainda no fim do século XIX, a praça, em terrenos mais amplo, pois ia da futura rua São Pedro até a atual Mons. Joviniano Barreto, se denominava Quadro Grande. 2. Com a extensão da Rua Grande, antiga Rua do Arame (por se referir a linha do telegrafo, provavelmente de 1895) o depois denominada de Rua do Padre Cícero, a praça foi reduzida, mantendo-se a sua denominação. 3. Como o movimento pela emancipação, e depois do grande comício, como retratado em tela memorável por Francisco Matos, a praça ganhou o nome de Praça da Independência, até a sanção presidencial do Município. 4. Com a promulgação da lei de 22.07.1911, a praça passou a ser denominada de Praça da Liberdade. 5. Por ocasião da celebração do centenário da independência do Brasil, em 1922, a praça passou a ser denominada de Praça do Centenário, como acima se vê na ilustração da antiga Pharmácia dos Pobres, num documento de 1923. 6. Com melhorias introduzidas na ambientação da Praça, e a instalação do monumento ao Pe. Cícero, prestou-se uma homenagem ao então Ministro da Marinha, Almirante Antonio Alexandrino de Alencar. 7. Já durante o governo municipal do cap. Francisco Humberto Bezerra, e até nossos dias, a denominação foi alterada para Praça Padre Cícero. Em suma, foram essas as mutações acontecidas, desde o século XIX.