BOA
TARDE
Dou continuidade à publicação nesta
página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio
Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e
sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
091:
(05.12.2014) Boa Tarde para Você, Cícero Dantas de Queiroz
A tarde de ontem reservou para mim um momento de
grande enlevo, quando pude participar da banca que analisou e aprovou a
monografia de conclusão de curso de Comunicação Social, na habilitação de
Jornalismo, na Universidade Federal do Cariri, de Cícero Dantas de Queiroz. Vivi,
também ali, a sensação de mais uma conquista pessoal, desde quando, ainda no
começo dos anos setenta, eu tomei para mim a tarefa de resgatar um dos mais
preciosos documentos de nossa história política, e que aparece densamente
reproduzida nas páginas do nosso primeiro jornal impresso, O Rebate, entre 1909
e 1911, em 416 páginas de cento e quatro edições. Desejo agradecer a você, Cícero, novamente aqui e
publicamente, a oportunidade de ter feito a leitura privilegiada desta sua
pesquisa, cujo título “O Rebate: O Poder da Palavra na Luta pela Independência de Juazeiro.”, nos remete
às cenas eletrizantes do embate entre este nosso jornal e o também contundente
periódico cratense, Correio do Cariry. Se no caso do Rebate isto esteve em
parte facilitado por resgates anteriores, como os de Ralph della Cava e de
Paulo Machado, é de grande mérito a sua garimpagem e revelação sobre o sumido
Correio do Cariry, quase inexistente pela voragem do tempo, entre poeira,
chuvas e trovoadas, cupins e negligência. Por sorte, parte dele, parte de suas
edições foi exumada deste ostracismo imperdoável, identificado na hemeroteca do
Instituto Cultural do Cariri, em Crato, para a nossa leitura atenta, esperando
que uma atitude mais apropriada se faça por sua digitalização e definitiva
preservação. O seu painel, Cícero, em deliciosa narrativa, atraente e
instigante, coloca na superfície do nosso conhecimento e análise a própria
imprensa do Cariri dos primeiros anos do século passado, também sentida pelo
papel ainda por ser melhor explorado, do velho e primeiro Jornal do Cariry, de
José Bernardino, de José Marrocos e de
Soriano de Albuquerque, sem falar no que viria depois através do Cetama, ambos
de Barbalha. Lamentavelmente, porta-vozes de uma elite oligárquica e
truculenta, estes jornais deram a primeira e marcante nota do esfacelamento do
Cariri que parecia se organizar a partir das hegemonias de Crato e Barbalha, e
que ao tolerar, apenas ao tolerar o novo Joaseiro que se insurgia,
radicalizaram até os acordos de 1910, e o Pacto dos Coronéis, no ano seguinte,
mas deixaram marcas profundas que ainda se estendem entre nós, mesmo que já
estejamos vivendo um novo século. Por um lado, louvo sua iniciativa, Cícero,
bem como a sensibilidade do seu orientador, o prof. Anderson Sandes, em
enxergar esta lacuna que vai desembocar num mais amplo estudo, quem sabe, sua
tarefa de mestrado, para alargar nosso conhecimento sobre a história da
fascinante imprensa escrita do Cariri. De outra sorte, é significativo o papel
deste novo curso de nossa comunidade de ensino superior que renova olhares,
sentimentos e competências que se debruçam por sobre o fazer cotidiano das diversas
mídias e se refestela ao sabor destes novos e surpreendentes valores saídos da
academia, e que vamos encontrando com familiaridade, arrimados entre a
diligência e a generosidade de Cíceros, de Brunas, de Claras e de Nildênias. Salve!, salve!, com orgulho, estes novos tempos da Imprensa do Cariri.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM
Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 05.12.2014)
092:
(08.12.2014) Boa Tarde para Você, José Carlos dos Santos
Disse-lhe, meu caro amigo, prof. José Carlos, da
minha inteira concordância com os termos do abaixo assinado, pela luta em defesa
dos Romeiros de Nossa Senhora das Dores e do Padre Cícero, sobre as questões
que envolvem a utilização do caminhão Pau de Arara. Nesta antevéspera da
próxima quarta feira, quando você e demais membros da Pastoral de Romaria
estarão em Brasília para a audiência que tratará da revisão urgente, pela
alteração da Resolução 82, de 18.11.1998, reafirmo publicamente esta minha
convicção. Por suas omissões, e impiedosa frieza, nada mais justo que, não
obstante tantos anos de vigência e vexames, que esta Resolução seja reavaliada
e mudada. Você e eu, Zé Carlos, somos testemunhas desde quando isto, ainda no
seu nascedouro, foi angústia e sofrimento para Pe. Murilo que não media esforços,
em jornadas estafantes, noitadas indormidas para conciliar ânimos e rigores com
os quais as polícias estaduais agiam impiedosamente ao arrimo de tal pretenso
zelo pela segurança. Herdeiros desta luta de tantos anos, a Basílica Santuário
Nossa Senhora das Dores, a Comissão Diocesana da Pastoral de Romaria, os
romeiros do Padre Cícero e todos nós, cidadãos desta nação, não temos outra
oportuna chance, para em respeito a acolhida do romeiro, ir adiante com esta
proposta. É justo que se diga que não desejamos um privilégio infundado,
mudança a qualquer custo, como por exemplo, a simples revogação, por ser ação
cirúrgica e radical. Sem dúvida alguma, Zé Carlos, ocorre-nos principalmente o
aperfeiçoamento do dispositivo, de modo que ele continue existindo como parte
das atenções pela eficiência de um sistema nacional de trânsito e que assim
seja suficiente para proteger os viajantes, os romeiros, peregrinos destes
sertões nordestinos, limitados por diversas razões, ao acesso mais resolvido de
veículos pretensamente mais seguros. Na nossa visão, Zé Carlos, através da qual
vemos esta angustiante situação que se repete desde então a todas as nossas
datas mais expressivas, não há como desconhecer o papel relevante desta
concepção de transporte, não que seja a mais arcaica, a menos segura, mas a que
permite ao romeiro a intensa convivência no fraterno grupo, em idas e vindas,
em romaria, em oração. A petição que se assina e que segue os trâmites
regulares, em absoluta sintonia com os dispositivos que regulam a nossa cidadania
e o respeito ao Código Nacional de Trânsito, é destes exercícios
constitucionais que a lei maior nos assegura, na fé em Deus, e na crença pelos
gestos dos homens de boa vontade. Desejo a você, José Carlos, e assim também a
todos que seguem para este entendimento de tão grande mérito, o sucesso
desejável para esperança. E se é nossa esperança, aquilo que tanto anima a
nossa Igreja, creiamos primeiro em Deus, nossa fortaleza, pois como nos diz o
apóstolo Paulo, em carta aos irmãos de Cesaréia de Filipe, “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas,
diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graças.”
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM
Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 08.12.2014)
CINE
CAFÉ
O Cine Café do CCBNB estará
exibindo no próximo dia 13, às 17:30, o filme O Nome da Rosa (Der Name der
Rose, 1986). Trata-se de um filme do gênero Aventura/Drama/Suspense, produzido
por França/Itália/Alemanha, dirigido por Jean-Jacques Annaud baseado no romance
homônimo do crítico literário italiano Umberto Eco. Elenco: Sean Connery (William de Baskerville);
Christian Slater (Adson de Melk); Helmut Qualtinger (Remigio da Varagine); Elya
Baskin (Severinus); Michael Lonsdale (O abade); Volker Prechtel (Malachia);
Feodor Chaliapin, Jr. (Jorge de Burgos); William Hickey (Ubertino da Casale);
Michael Habeck (Berenger); Urs Althaus (Venantius); Valentina Vargas (A
garota); Ron Perlman (Salvatore); Leopoldo Trieste (Michele da Cesena); Franco
Valobra (Jerônimo de Kaffa); Vernon Dobtcheff (Hugh de Newcastle) Donald
O'Brien (Pietro d'Assisi); Andrew Birkin (Cuthbert de Winchester); F. Murray
Abraham (Bernardo Gui); Lucien Bodard (Cardeal Bertrand); Peter Berling (Jean
d'Anneaux); Pete Lancaster (Bispo de Alborea). Sinopse: Em 1327 William
de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian
Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de
Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve
doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos
que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso,
que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é
obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes
que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o
Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito
de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Como não gosta de
Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são
diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica
entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos
é lentamente solucionado. Prêmios e indicações: Prêmios - BAFTA: Melhor ator:
Sean Connery - 1988, Melhor maquiagem: 1988; César - Melhor filme estrangeiro:
1987; Bavarian Film Awards - Melhor filme: 1987; German Film Awards - Melhor
ator: Sean Connery - 1987, Melhor design de produção: 1987; David di Donatello
- Melhor filme: 1987, Melhor design de produção: 1987, Melhor figurino: 1987;
Prêmio René Clair: Jean-Jacques Annaud - 1987. Indicações: David di Donatello:
Melhor edição: 1987; Edgar Allan Poe Awards: Melhor filme: 1987; German Film
Awards - Melhor filme: 1987.
ANDRADE JUÁ
Desejo expressar a minha
satisfação pela estima e o meu conhecimento bastante atrasado do artista
multimídia, Andrade Juá. No último domingo, durante a confraternização de
administradores e técnicos da FM Pe. Cícero 104,9, ele me brindou com uma
caricatura que está mostrada nessa ilustração. E sem essa de dizer aqui que não
gostei, pois a caricatura não é um retrato fiel, mas a visão do artista sobre
seu personagem. De modo que isto revela, principalmente, o senso de humor do
artista, e a sua versatilidade no desenho. E para mim, Andrade Juá é um grande
artista, por tudo que já pude ver na sua produção. Ele começou a pintar em
1998, quando participou de um concurso de pintura mural no SESC onde obteve o
2º lugar. No ano seguinte como jurado ao lado de Luiz Karimai, obteve o 1º
lugar. Foi bem incentivado por Karimai, quando se referia que ele tinha talento
e muito futuro, palavras que o incentivam até hoje. É autodidata, nasceu em
Juazeiro do Norte em 1968. Sua primeira exposição foi no Salão do Banco do
Brasil em 2014. A segunda também em 2014, no Aeroporto de Juazeiro do Norte.
Participou de uma seleção do jornal O Povo em 2005 e foi selecionado para
participar do 2º festival Vida & Arte em Fortaleza, em 2009. Foi
selecionado e seus trabalhos participaram de três exposições na Áustria,
Alemanha e Suiça. Sempre gostou de caricaturas, mas foi a partir do ano passado
que resolveu se profissionalizar. Então foi convidado por Vandinho Pereira para
integrar seu programa (TV Verde Vale), onde todas as quintas feiras faz a
caricatura de um convidado. Esse ano foi convidado por Marleide Duarte e segundas,
quartas e sextas, também marca presença no programa "A Tarde é Nossa!
Para maiores informações sobre as
múltiplas atividades de Cícero de Andrade (Andrade Juá), acesse:
https://www.facebook.com/andrade.jua.35?fref=ts
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