BOM DIA! (83)
GERALDO APARECIDO BARBOSA
Por Renato Casimiro
Faleceu há poucos dias um querido amigo que bem o conhecemos um dia. Expresso a todos vocês da família o nosso profundo sentimento de tristeza pela morte de Geraldo Aparecido Barbosa. No início de 1972 tivemos a desventura do acidente vascular cerebral de Doralice Soares Casimiro, minha mãe. Dessa trombose ela se recuperaria razoavelmente, embora com algumas sequelas. Isso fez com que meu pai, comerciante estabelecido no comércio de Juazeiro do Norte, com a firma Centro Elétrico (Rua São Pedro, 619), ficasse privado do enorme apoio que minha mãe lhe oferecia com um trabalho solidário e de grande eficiência. Sozinho, meu pai tentou encontrar alguém que o ajudasse na empresa. Quase no fim desse 1972, e daí por diante, meu pai e nós, tivemos a imensa alegria de ter contado com toda a juventude de Geraldo Aparecido Barbosa, quando ele se tornou uma colaborador inestimável de nossa empresa. Filho de dona Nêga e de “seu” José Barbosa (então motorista do DAER – Departamento de Estradas de Rodagem, do governo do Ceará) ele foi reconhecido por minha tia Maria, à época cuidando dos interesses da COHAB-CE, junto ao primeiro conjunto de Casas Populares, ao redor da Rua São Benedito. Começou a trabalhar ba firma e muito cedo logo afloraram de sua pessoa algumas de suas qualidades, diria, virtudes. Foi um profissional corretíssimo. Um caráter excepcional, pessoa de uma idoneidade até dizer basta. De imensa fidelidade, foi inigualável. Depois daí, concluiu o curso secundário, em 1977, no então Segundo Grau, sendo minha irmã, Ana Célia sua madrinha de conclusão de curso. Fez vestibular e começou a cursar a Faculdade de Filosofia no Crato. Era incansável e juntava dia à noite, frequentemente jantando conosco para logo em seguida ir para a Faculdade. Mas em 1979 decidiu ir para São Paulo, seguiu carreira bancária, tendo sido empregado do Bradesco, e tendo se aposentado pelo Banco Santander. Fez estudos universitários, graduando-se como bacharel em Administração de Empresas, pela Faculdade São Marcos, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Procuramos sempre manter essa relação de proximidade a si e sua família, como a seus irmãos (Moésio, Neim, Paula, Donizete, Paulo e Ana Célia), sempre mediada por Geraldo, não obstante a distância e suas reduzidas viagens de volta a Juazeiro do Norte. Essa estima familiar terminou por ser lembrada na família, pois uma irmã de Geraldo tem o mesmo nome de minha irmã, Ana Célia, tendo sido adotado num gesto simpático do casal Nêga e José Barbosa, como se para nos homenagear. Ao se aposentar transferiu-se para a cidade de Tupã, SP, para se dedicar a outras atividades. Ultimamente era representante comercial da empresa Tapetes São Carlos, da progressista cidade de São Carlos, SP. Vez por outra sua família nos brindava com notícias suas, especialmente de suas vitórias, do seu brilho, da sua competência, valores que em parte tivemos a felicidade de vivenciar. Senti muito com essas últimas notícias do seu estado de saúde, até esse capitulo final de sua resistência, tendo se despedido da vida para ir ao encontro de seus pais na eternidade. Vai fazer falta... Faleceu onde residia, na cidade de Tupã, São Paulo, a 20 dias de quando completaria 60 anos de existência, tendo nascido nessa cidade de Juazeiro do Norte, em 28.08.1957. Seu corpo foi cremado em Tupã e as cinzas foram depositadas num cemitério da cidade. Rezaremos por seu repouso e manteremos em sua memória o sentimento inquestionável sobre suas grandes qualidades de homem a serviço do bem. Como bem o disseram: “Quando morremos, deixamos atrás de nós tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.” É o que nos faz pensar, de Geraldo Aparecido Barbosa, à hora amarga dessa partida.
(Postado, parcialmente, em Facebook: https://www.facebook.com/renato.casimiro1, em 11.08.2017)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
BIBLIOCINE (FAP, JUAZEIRO DO NORTE)
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE) está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para as terças e quintas feiras durante todo o mês de Agosto, nos dias 15, 17, 22, 24, 29 e 30, nos horários de 12:00 às 14:00h, e de 17:00 às 18:30h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: 3512.3299. Neste mês de Agosrto estará em cartaz, o filme DJANGO LIVRE (Django Unchained, EUA, 2013,164min). Direção de Quentin Tarantino. Sinopse: Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos. Ao realizar seu plano, Schultz libera Django, embora os dois homens decidam continuar juntos. Desta vez, Schultz busca os criminosos mais perigosos do sul dos Estados Unidos com a ajuda de Django. Dotado de um notável talento de caçador, Django tem como objetivo principal encontrar e resgatar Broomhilda (Kerry Washington), sua esposa, que ele não vê desde que ela foi adquirida por outros proprietários, há muitos anos. A busca de Django e Schultz leva-os a Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), o dono de "Candyland", uma plantação famosa pelo treinador Ace Woody, que treina os escravos locais para a luta. Ao explorarem o local com identidades falsas, Django e Schultz chamam a atenção de Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo de confiança de Candie. Os movimentos dos dois começam a ser traçados, e logo uma perigosa organização fecha o cerco em torno de ambos. Para Django e Schultz conseguirem escapar com Broomhilda, eles terão que escolher entre independência e solidariedade, sacrifício e sobrevivência. Este é um filme muito festejado, pois só em 2013 ele foi premiado fartamente: Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Chistoph Waltz); Oscar de Melhor Roteiro Original (Quentin Tarantino); Prêmio Globo de Ouro (Melhor Roteiro de Cinema (Quentin Tarantino); Prêmio Globo de Ouro (Melhor Ator Coadjuvante (Chistoph Waltz); Prêmio MTV Movie Award: Melhor Momento “Que p*** é Essa?” ( Samuel L. Jackson, Kamie Foxx); Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Ator Coadjuvante (Chistoph Waltz); Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Roteiro Original (Quentin Tarantino); Prêmio David di Donatello: Melhor Filme Estrangeiro (Quentin Tarantino); Prêmio Critic´s Choice Award: Melhor Roteiro Original (Quentin Tarantino); Prêmio NAACP Image Award (Melhor Atriz Coadjuvante (Kerry Washington); Prêmio NAACP Image Award (Melhor Ator Coadjuvante (Samuel L. Jackson); Prêmio Nastional Board of Review: Melhor Ator Coadjuvante (Leonardo DiCaprio); Prêmio BET Award Melhor Atris (Kerry Washington); Prêmio AACTA International Award Melhor Roteiro (Quentin Tarantino); Grande Prêmio do Cinema Brasileiro Melhor Filme Estrangeiro (Quentin Tarantino); Prêmio BET Award Melhor Ator (Jamie Foxx); Festival Film Bandung Untuk Film Impor Laga Petualagan Terpuji (Quentin Tarantino).
CINE SESC (CRATO)
O Cine SESC (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, desde o último dia 7 e se estendendo até o dia 28 de agosto, com ocorrência semanal, está promovendo uma pequena mostra da arte do gênio japonês Akira Kuerosawa, cujo tema é Viajando com Kurosawa ao Japão Feudal. Assim, já exibiu no último dia 7 o filme RASHOMON, e exibe no dia 14, segunda feira, às 19 horas, o filme A FORTALEZA ESCONDIDA (Kakushi-toride no san-akunin, Japão, 1960, 138min). Direção de Akira Kurosawa. Sinopse: Durante o Japão do século XVI, a caminho de casa, um poderoso homem escolta uma bela princesa fugitiva em meio ao território inimigo. Em sua viagem cruzam dois medrosos fazendeiros, que estão tentando retornar para casa depois de fugirem da Guerra Feudal.
CCBNB MOSTRA TROPICALISMO 50 ANOS
Para comemorar os 50 anos do Tropicalismo no Brasil, movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968, o Centro Cultural do Banco do Nordeste está promovendo uma mostra de cinema com a exibição de dois filmes bem representativos dessa época. As exibições serão no Auiditório do CCBNB. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram Caetano Veloso e Gilberto Gil, além de Gal Costa, Tom Zé, os Mutantes, o maestro Rogério Duprat, Nara Leão, José Carlos Capinan e Torquato Neto, formando um grupo que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais. Dia 16, quarta-feira, 16h - Uma Noite em 67 (Dir. Renato Terra/Ricardo Calil, BRA, 2010, 93 min). Sinopse: Final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, em 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos que disputavam os principais prêmios figuravam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil com Os Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista da célebre quebra do violão no palco e lançado para a plateia, depois das vaias para “Beto Bom de Bola”. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas como “Roda Viva”, “Alegria, Alegria”, “Domingo no Parque” e “Ponteio”, o filme registra o momento do tropicalismo, os rachas artísticos e políticos na época da Ditadura Militar e a consagração de nomes que se tornaram ídolos até hoje no cenário musical brasileiro.
Dias 17, quinta-feira, 16h e 19, sábado, 16h - Loki – Arnaldo Baptista (Dir. Paulo Henrique Fontenelle, BRA, 2008, 120 min). Sinopse: Documentário biográfico brasileiro de 2008 de longa-metragem dirigido por Paulo Henrique Fontenelle e produzido pelo Canal Brasil sobre a vida e a obra de Arnaldo Baptista, líder e fundador da banda Os Mutantes, um dos grupos musicais mais importantes da Música Popular Brasileira e fundamental no movimento conhecido por Tropicália. Além do próprio Arnaldo Baptista, vários artistas que acompanharam e participaram da trajetória dos Mutantes e da posterior carreira solo do músico, prestam longos e emocionados depoimentos.
CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 18, sexta feira, às 19 horas, o filme BASTARDOS INGLÓRIOS ( EUA/ALE, 2009, 153min). Direção de Quentin Tarantino. Sinopse: Segunda Guerra Mundial. A França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz), o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja um meio de se vingar.
CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 19, sábado, às 17:30 horas, o filme BYE BYE BRASIL (Bye bye Brasil, Arg./Brasil/França, 1979, 100min). Direção de Carlos Diegues. Sinopse: Salomé (Betty Faria), Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A eles se juntam o sanfoneiro Ciço (Fábio Jr.) e sua esposa, Dasdô (Zaira Zambelli), e a Caravana cruza a Amazônia até chegar a Brasília.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no dia 18, sexta feira, às 19 horas, dentro do Festival de Filmes Inesquecíveis, o filme SHENADOAH (Shenadoah, EUA, Data?, 105min). Direção de Andrew V. McLaglen. Sinopse: Na cidade de Shenandoah, em Virginia, nos Estados Unidos, o rico Charlie Anderson (James Stewart) mantém sua fazenda com a ajuda de sua família em meio à Guerra Civil Americana. Ele tenta manter a mulher e os filhos afastados do tumulto do conflito, mas é obrigado a contrariar seus princípios quando seu caçula é sequestrado por engano por soldados do Norte.
EXPO CAMINOS DE FE: ADRIANA PIMENTEL,ESPÃNA
No convite postado em minha página no Facebook vieram as palavras: “Com grande alegria e gratidão os convido para minha primeira exposição de fotografias! Próxima Quinta-feira, 10 (agosto) na Croqueteca, Barcelona! Venha!!! Vamos celebrar as vitórias da vida e conhecer um pouco sobre as Romarias do Padre Cícero Romão Batista, o Padim Ciço, de Juazeiro do Norte, Ceará - Brasil, meu pedacinho amado desse mundão! Gratidão a
Aline Mendes,
Valeria Pinheiro Lela, Photographic Social Vision,
Josy Maria,
Tim Oliveira pela linda e talentosa arte de divulgação, ele é o 'cara'. E a todos que ajudaram de alguma forma! Obrigada, Gracias, Merci! Esse é o recado de Adriana Pimentel sobre quem recolho na sua página da web o seguinte perfil: “SOBRE MIM: Fotógrafa, Jornalista com experiencia em televisão e Pedagoga. Nasceu no Rio de Janeiro, radicalizada no Ceará, Brasil e atualmente Vive em Barcelona, Espanha. Começam os estudos formais sobre a imagen no Curso de Jornalismo, na Universidade de Fortaleza – Unifor, logo especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem na Universidade Federal do Ceará, UFC. Curso de audiovisual no Porto Iracema das artes, Ceará. Em Barcelona curso Documental criativo e fotografia contemporânea no CFD Barcelona, Centro de fotografia e Medios Documentais. Experiencia como freelancer no Diário do Nordeste, jornal de circulação estadual no Ceará, como fotojornalista e fotografia comercial. E aniiversários, confraternizações, lançamentos, palestras, retratos, book, familia, Newborn Lifestyle. Com foco na fotografia de espetáculos tivemos a oportunidade de acompanhar a Cia Vatá por três anos, uma companhia de dança renomada con atuações nacionais e internacionais. Ainda nesta área fotografamos espetáculos de música, circo, performace, teatro e contação de histórias. Além de Desenvolver projetos autorais. Exposições: Participação em duas edições daBienal de artes plásticas XIII e XIVUnifor Plástica, Universidade de Fortaleza – Fortaleza- Ceará/Brasil; Participação do projeto coletivo de projeções No Olho da Rua – Brasil; exposições coletivas do Centre Cívic Pati Llimona – Barcelona; Mostra de Projetos do CFD Barcelona, Centro de fotografia e Medios Documentaiscom o projeto Estrelas Ocultas, sobre a condição de trabalho de camareiras de Hoteis. Publicações: Projeto documental publicado na Revista Online Pj:Pr da Universidade de São Paulo/Brasil; Revista Olho de Peixe - IX Bienal Internacional de Dança do Ceará; Revista Nossa Terra – Governodo Ceará; Brasil; Fazendinha – Supermercado. Folders, Cartaz e Cartão postais da Cia Vatá; Revista online: Directa – Barcelona/ Espanha. Jornalista com experiencia nas Televisões: Universidade de Fortaleza, TV Diário e RedeTv realizando as funções de produtora e repórter. A exposição Caminos de fe, com obras fotográficas de Adriana Pimentel foi aberta na Galeria Croqueta, em Barcelona, no último dia 10 e ficará em exposição até 10 de setembro. A exposição tem o apoio na sua realização por duas companhias de brincantes cearenses: a Cia Vatá, dirigida por Valéria Pinheiro, filha dos caririenses Mirian Luna (Barbalha) e Dorgival Pinheiro (Porteiras); e a Cia. Catirina, dirigida por Josy Maria Crispim.
IX SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FJN
A Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN promoverá a sua IX Semana de Iniciação Científica no período de 25 a 27 de outubro de 2017, com o tema: “Ética, Política e Competências para Reconstruir uma Nação.” A Semana de Iniciação Científica já é um evento consagrado no calendário acadêmico desta Instituição, com o objetivo divulgar e disseminar conhecimentos produzidos nas áreas exatas, humanas e saúde, para ensejar uma maior integração entre professores, alunos e a comunidade regional. Na Programação, constando de conferências, mesas redondas concursos de fotografia e literatura de cordel, a abertura será uma conferência a cargo do professor Rossandro Klinjey, palestrante e escritor, Psicólogo Clínico, Mestre em Saúde Coletiva e Doutor em Psicanálise, a acontecer às 19 horas no Centro de Convenções do Cariri. O palestrante é autor do livro Temas complexos: uma abordagem didática e coautor do livro Educando para a paz. Foi professor universitário por mais de dez anos, quando passou a se dedicar à atividade de palestrante. Hoje, ele atua nas áreas de recursos humanos, motivacional, liderança, perspectivas da educação, relações interpessoais, desenvolvimento emocional, gestão de pessoas, serviço público, cultura de paz, entre outros. Todas as demais etapas da programação, incluindo uma grande mostra de trabalhos científicos a cargo dos alunos da FJN, orientados por dezenas de professores dos diversos cursos (Sistema de Informação, Farmácia, Nutrição, Enfermagem, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis). A expectativa da FJN é que essa IX SIC será realizada com pleno êxito, e com a participação de cerca de mais de 700 inscritos.
AVIANCA E TAP: COMPARTILHAMENTO
As companhias aéreas Avianca Brasil e TAP Portugal anunciaram acordo de compartilhamento de voos (code share) para voos a partir do dia 7 de agosto. São cerca de 50 trechos englobados pela parceria. Há voos em Aracaju, Belo Horizonte (Confins), Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Goiânia, Ilhéus, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Maceió, Natal, Navegantes, Petrolina, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro (Santos Dumont e Galeão), Salvador e São Paulo (Congonhas e Guarulhos). Além disso, os programas de fidelidade Amigo, da Avianca Brasil, e Victoria, da TAP Portugal, podem utilizar os pontos e milhas acumulados na parceria e emitir passagens na Star Alliance. Na prática, isso fica mais fácil de se ter uma efetiva ligação com a Europa, a partir de Fortaleza. Por exemplo, na Ida, JDO-LIS, o roteiro pode incluir o trecho JDO-FOR através do Avianca 6378, partindo às 18:45 e com previsão para desembarque em Fortaleza às 19:45 (mas geralmente é menos, posto que o vôo dura cerca de 40min). Isso permite o reembarque para Lisboa, através do TAP 36, que decola às 23:05. Já para a VOLTA, o voo LIS-FOR chega a Fortaleza diariamente às 20:40, o que não permite mais reembarque próximo para Juazeiro, tendo que necessariamente o passageiro pernoitar em Fortaleza. Contudo, já foi noticiado anteriormente que a TAP estava disposta a um segundo vôo diário na rota FOR-LIS, mas até o momento, transcorrido mais que 8 meses do anunciado, isso não foi implementado. Pode ser que a nova administração do Pinto Martins enseje outra opção na rota de Portugal e até mesmo de outros destinos incluindo o aeroporto de Frankfurt. Mas, a notícia quente foi, como antecipou Daniel Walker no Portal de Juazeiro seria a “venda” do Aeroporto Regional do Cariri. A notícia chegou sacudindo a opinião em setores esclarecidos e interessados junto às classes produtoras, porque aparentemente contraditório, ao tempo em que a Infraero dá sinais de recuperação depois de brutais déficits, já se pensa em vende-la, em até 50% de seu patrimônio. O governo tem alimentado o noticiário e já se fala em concessões em três blocos. O Santos Dumont (RJ) encabeçaria um dos três blocos, que teria ainda outros cinco ativos: Vitória (ES), Macaé (RJ), Jacarepaguá (RJ), Pampulha (MG) e Carlos Prates (MG), num valor mínimo de R$ 1,7 bilhão. Recife comanda um lote de aeroportos localizados na região Nordeste, que teria ainda os seguintes terminais: Maceió, São Luís, João Pessoa, Teresina, Aracaju, Juazeiro do Norte (CE), Imperatriz (MA), Paulo Afonso (BA), Parnaíba (PI) e Campina Grande (PB), por um preço mínimo de R$ 2,2 bilhões. O terceiro lote seria formado pelos aeroportos de Mato Grosso. Cuiabá lidera e os outros menores seriam os de: Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças, por um preço de R$ 200 milhões. Dizem as fontes que cada lote está composto por pelo menos um que é o “filé”, que ase acompanharia com um contrapeso de osso, por se tratarem de aeródromos que não são superavitários o suficiente para se manter na esfera da Infraero. No caso de Juazeiro do Norte, sabendo-se o quanto é superavitário, o único osso duro de roer tem sido a má vontade expressa do governo brasileiro que coloca toda solução para o Regional do Cariri na conta de péssimos representantes políticos, a maioria não resistente a uma investigação séria. No duro, se vier mesmo isso que se chama de concessão, mas que de fato é uma venda disfarçada, é provável que alguém compre porque Recife é importante e o bloco seria formado. Aí, dificilmente ele seria inativado.
HOMENAGENS & NOVOS LOGRADOUROS
Apesar de se dizer que esta cidade está com mais de 95% de sua área territorial urbanizada, verificamos que pelas iniciativas de Câmara Municipal em nomear novas ruas não vai se extinguir facilmente. Mais ruas e seus homenageados através de Leis aprovadas e sancionadas pela municipalidade. Eis os atos:
LEI N.º 4.741, DE 24 DE JULHO DE 2017: Art. 1º – Fica denominada de RUA RONALDO MARQUES DA SILVA, a 1.ª rua paralela Leste a Avenida Ailton Gomes, entre as Quadras “36”, “37”, “45 e “46”, do Loteamento Lagoa Seca “B” com início na Rua Maria Auricélia Oliveira e término na Avenida Maria Letícia Leite Pereira, sentido Norte/Sul, Bairro Planalto, desta cidade. AUTORIA: Vereador Rubens Darlan de Morais Lobo; COAUTORIA: Vereador Antônio Vieira Neto.
LEI N.º 4.743, DE 24 DE JULHO DE 2017: Art. 1º – Fica denominada de RUA OZEIAS JUSTINO DA SILVA, a artéria com início na Avenida Valdelice Leandro Menezes Figueiredo, entre o Conjunto de Casas Populares da Prefeitura de Juazeiro do Norte e o Loteamento Blandina Sobreira, sentido Norte/ Sul, no bairro Aeroporto, desta cidade. AUTORIA: Vereador Márcio André Lima de Menezes.
LEI N.º 4.744, DE 24 DE JULHO DE 2017: Art. 1º – Fica denominada de RUA ESPEDITA JUSTINO DA SILVA, a artéria com início na Avenida Valdelice Leandro Menezes Figueiredo entre o Conjunto de Casas Populares da Prefeitura de Juazeiro do Norte e o Loteamento Jardim das Mansões, sentido Norte/ Sul, Bairro Aeroporto, desta cidade. AUTORIA: Vereador Márcio André Lima de Menezes.
LEI N.º 4.745, DE 24 DE JULHO DE 2017: Art. 1º – Fica denominada de RUA JOSEFA NONATO DE SOUZA, a primeira rua paralela Sul a Rua Luiz Geraldo, com início na Rua Zeferino Pedro dos Santos e término na Rua Argentina Evangelista Leite, sentido Leste/Oeste, Bairro Frei Damião, nesta cidade. AUTORIA: Vereador Domingos Sávio Morais Borges; SUBSCRIÇÃO: Vereador Antônio Vieira Neto.
LEI N.º 4.746, DE 24 DE JULHO DE 2017: Art. 1º – Oficializa o nome de TRAVESSA SANTA INÊS, do Loteamento Jardim José Viana de Sousa, Bairro Pio XII, primeira paralela leste à Rua 22 de Julho, sentido Sul/Norte, início na Rua Nossa Senhora do Carmo e cruza a Rua Santa Inês, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereadora Rosane Matos Macêdo.
LEI N.º 4.748, DE 03 DE AGOSTO DE 2017: Art. 1º – Fica denominada de AVENIDA ZECA DA CRUZ, a avenida localizada entre o Bairro Pio XII e o Bairro Pedrinhas, à direita do Loteamento Conviver Life e a esquerda com a linha férrea, neste Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador José David Araújo Grangeiro.
(Na foto: o homenageado José da Cruz Neves, “Zeca da Cruz”)
DELEGADO FELIPÃO E OS ESPADEIROS DE BONFIM
Transcrevo a seguinte notícia, no mínimo curiosa. Ao cumprir determinação do Ministério Público sobre a ilegalidade da pratica da guerra de espadas, o coordenador da 19ª Coorpim, em Senhor do Bonfim (BA), delegado Felipe da Silva Nery (nascido em Juazeiro do Norte), não sabia que o cumprimento da lei como é seu feitio, poderia resultar da perda do seu cargo no Município. Responsável pela expulsão do clã dos Aracuãs do Município, combatente ao tráfico de drogas na região, incisivo no combate a corrupção policial, Felipe Nery é uma referência no Estado da Bahia, por coordenar uma das mais produtivas coordenadoria de Polícia do Estado, mesmo com as condições de estruturas caóticas e limitadas. Ao cumprir seu dever, obedecendo determinação do Ministério Público e da Justiça e ao aborrecer parte da elite da sociedade Bonfinense, políticos da base do governador, estariam patrocinado junto a secretária de segurança pública, pedidos para retirada do delegado de Senhor do Bonfim. Consultados o deputado Bobô e o prefeito Carlos Brasileiro, negaram qualquer influencia ou interferência neste sentido e se tivesse de haver alguma mudança, seria de cunho administrativo do governo, pois mudança de comando é considerada normal dentro de uma estrutura de gestão. Brasileiro disse não crê que o comando da Policia Civil, troque um coordenador pelo simples fato em cumprir seu dever, embora ele, Brasileiro, entende que Felipão foi muito truculento com os espadeiros.
Para entender o caso: O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) havia vetado a realização da tradicional "guerra de espadas" que ocorre durante o período junino na cidade de Senhor do Bonfim, no Recôncavo da Bahia, e ainda suspendeu a lei municipal que tornava a prática um patrimônio cultural e imaterial da cidade. A decisão, que considerou um pedido feito pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) foi publicada na edição de 22.06 no Diário Oficial da Justiça. Quem descumprisse a medida podia ser preso e pagaria multa de até R$ 10 mil. A Associação dos Espadeiros do município informou que vai recorrer da decisão. A medida, no entanto, dividiu opiniões na cidade, porque alguns moradores defendem o fim da prática por conta dos perigos de queimaduras nos participantes. No São João de 2016, ao menos 19 pessoas tiveram ferimentos no município. A Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), realizou uma operação em que foi preso um homem e mais de uma centena de espadas. Apesar de perigosa, a tradição é mantida pelas famílias da cidade, que aguardam a chegada do São João para dar início a manifestação cultural. O bairro da Gamboa, no município, é ponto de encontro dos "Espadeiros da Gamboa", grupo com mais de 70 participantes que se reúne para guerrear há mais de 50 anos. Durante a guerra, os espadeiros usam roupas e capacetes para se proteger das espadas, mas não dispensam a oração para pedir proteção antes de dar início a tradição. Em média, cada espadeiro leva 100 espadas para guerra, e algumas famílias chegam a gastar mais de mil reais com o arsenal.
LIVRO: CIDADE DO PROGRESSO
Localizei num site de busca mais algumas contribuições sobre a história mais recente de Juazeiro do Norte, centradas em aspectos como crescimento urbano, atividades econômicas, eletrificação e desenvolvimento industrial. Desses títulos, como se verá abaixo, destaco o livro “Da Terra do Padre Cícero à Cidade do Progresso Ed. Pontocon, Salvador, 2015, 100p). Sobre a obra: Neste livro, Assis Daniel Gomes busca construir uma história cultural da cidade de Juazeiro do Norte, destacando como a cidade, surgida e reconhecida como “Terra do Padre Cícero” – e por isso vinculada a uma imagem feudal do país –, buscou se reinventar como “Cidade do Progresso” a partir dos anos 1950. Tal esforço se deu por meio da edificação de obras públicas e regulamentação das atividades econômicas, procurando disciplinar o crescimento e favorecer o desenvolvimento urbano – o que é relatado pelo autor por meio da análise da documentação oficial do município e de registros da imprensa local e regional. Os interessados poderão, ou compra-la diretamente no seu editor, Editora Pontocom (Alameda Joaquim Eugênio de Lima, 881, sala 412 Jardins Office Tower - CEP 01403-001, São Paulo – SP, ou pelo site: (
http://www.editorapontocom.com.br/)
A Editora, através de seu site, também deixa disponível que os interessados possam baixar no seu computador a versão eletrônica da obra, em pdf, bastando para isso acessar o link:
Sobre seu autor: Assis Daniel Gomes é graduado em História pela URCA, quando desenvolveu a monografia A "Cidade do Progresso": intervenções urbanas em Juazeiro do Norte (1950-1980)”, em 2013; Ele é Especialista em História Contemporânea pela Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN-Juazeiro do Norte), tendo desenvolvido a monografia "E surge uma nova cidade - a oficina e a fábrica nascem com ela": crescimento urbano em Juazeiro do Norte (1950 – 1980); Ele obteve o seu grau de Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com a Dissertação "Faça-se Luz": a eletrificação urbana no Cariri cearense (1949 – 1972)”, sob a orientação do prof. Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho. Atualmente, ele é Doutorando em História, na
Universidade Federal do Ceará, para desenvolver a Tese “O Projeto Morris Asimow e a industrialização do Nordeste brasileiro (1945 – 1973). Da sua extensa produção acadêmica, relacionamos o que mais interessa à bibliografia juazeirense e caririense.
GOMES, A. D. 'Do candeeiro às redes elétricas': a energização dos espaços urbanos juazeirenses e a Empresa Elétrica Padre Cícero (1945-1961). Sobre Ontens , v. 15, p. 1-22, 2016.
GOMES, A. D. Da CHESF ao Projeto Americano Morris Asimow: Modificações Técnicas no Nordeste Brasileiro (1945-1972). Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de História da Ciência, v. 10, p. 1-1, 2016.
GOMES, A. D. As sombras das imagens: a Guerrilha urbana no Cariri cearense em 1967. Mnemonise Revista , v. 6, p. 67-83, 2015.
GOMES, A. D. O Rio Civilizador e o Vale do Cariri: a eletrificação urbana do Sul d o Ceará (1949 - 1961). Espacialidades , v. 7, p. 171-195, 2014.
GOMES, A. D. História e Literatura: a seção 'Lyra Popular' no jornal 'Rebate' de 'Joaseiro'. (1909-1910). Miguilim - Revista Eletrônica do Netlli , v. 2, p. 27-44, 2013.
GOMES, A. D.; SILVA, J. D. S. E. A Cidade do Progresso: do transporte público aos dilemas com o abastecimento de água e luz em Juazeiro do Norte (1950-1980). Cordis: Revista Eletrônica de História Social da Cidade , v. 11, p. 299-321, 2013.
GOMES, A. D. As construções de sentidos e imagens de um urbano pelos poetas juazeirenses em 1987. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais , v. 3, p. 190-201, 2011.
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CHARM & VIVER BEM CARIRI
Na última quarta-feira, 9, foi realizado no King Maki, Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte o coquetel de lançamento das Revistas Charm e Viver Bem Cariri. O encontro reuniu editores, repórteres, fontes, leitores, anunciantes e interessados na 99ª edição da Charm e na 2º edição da Viver Bem. A intenção do coquetel foi comemorar a chegada da editora na região do Cariri e agradecer a população pela receptividade da revista. A administradora Marília Falcioni e o médico Rommel Apolinário são as capas dessas edições lançadas.
PADRE CÍCERO E A INVENÇÃO DO JUAZEIRO
Foi relançado, em terceira edição, no último dia 10 o livro de Alberto Farias, Pe. Cícero e a Invenção do Juazeiro. Quando Alberto escrevia esse livro nos tornamos muito amigos e ainda hoje nos conservamos. Foram muitas noites e até madrugadas trocando idéias e informações para contribuir com a realização dessa obra, vitoriosa na sua proposta. Quando já estava para ir para a gráfica, ele me concedeui o privilégio de fazer o prefácio. Eis como me expressei, com tais palavras, a merecer ainda hoje a consideração do autor, pois tendo sido um texto para a primeira edição, ele generosamente o conserva nas duas outras edições, como essa que acaba de sair.
“Por sorte e felicidade, coube-me a honra de formalizar oficialmente o município; dar-lhe foros de cidade; estabelecer a primeira lei orgânica; torná-la comarca jurídica e, por fim, fazê-lo representativo junto aos poderes constituídos do Estado e da Nação. Há, por ventura, quem possa negar este fato?” (Pe. Cícero, por Alberto Farias, nesta obra). Diz-se sempre, por motivos históricos e dentro de um critério cronológico, que o Pe. Ribeiro da Silva assentou os alicerces da futura notoriedade de Juazeiro do Norte, pelo fato de ter, nas terras do seu avô, brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, iniciado a construção de uma capelinha sob a invocação de Nossa Senhora das Dores. Morreria ainda jovem, e com obra inconclusa, apenas seis anos após aquele 15 de Setembro de 1827- data marco da “fundação”. Atribuiu-se, portanto, ao Pe. Pedro, a designação de fundador, como se fez a tantos outros que, tendo “construído igrejas, plantaram as bases de futuras e progressivas cidades”. Nada mais natural que Joaseiro estivesse inserida neste contexto. Entre a morte do Pe. Pedro, em 1833, e a chegada do Pe. Cícero, em 1872, 39 anos depois, passando por diversos capelães, o lugarejo não ascendeu, senão à condição de um miserável lugar de 32 casas de taipa e cobertas de palha, em cujas cercanias viviam poucas e abastadas famílias, de se contar pelos dedos de uma só mão. Os Bezerra de Menezes, os Sobreiras, os Correia de Macedo, os Rochas, os Landins e os olhe lá. Homem avexado no seu tempo, Pe. Cícero encontra esta “sociedade” ansiosa pela guarda espiritual e zelo pastoral, na festa da Natividade de 1871. Ele, padre de pouco tempo e de grande vitalidade, aceitou o convite, o desafio e o destino que lhe impunha o sonho, do sono do corpo cansado pela primeira tarefa, apenas. O miserável lugar do Joaseiro lhe instigaria a ações enérgicas e vigorosas para disciplinar na hora das desordens, nos “ariscos” em noitadas de sambas abeberados pela generosa cachaça dos engenhos de cana de açúcar e alambiques dos padres rapadureiros do Cariri. Homem avexado no seu tempo, Pe. Cícero é o sacerdote virtuoso de uma região. Compelido por energia “inesgotável”, cessante apenas aí pelos 60 anos de batalhas, ele se tornaria líder e colaborador decido da obra meritória pelo desenvolvimento da região, ainda no século passado. Impregnado pela mensagem do Padre-Mestre Ibiapina, Pe. Cícero é um agente deste serviço comunitário e, sobretudo, da sua ação evangelizadora. Em torno de si da gente humílima da Carirí reproduz-se o mundo e a civilização dos beatos. Neste contexto de fé e piedade, e não na ambiência de fanatismo, de tanto nos habituamos a ouvir falar, emoldurado pelas duras estiagens, Pe. Cícero sobreviveu com sabedoria, ombro a ombro, no coração da gente da nação degradada e filha das secas. E este o padre, cujas virtudes “enchiam o Vale do Carirí” que presencia o milagre da transformação da hóstia em sangue. Homem avexado no seu tempo, Pe. Cícero se empenha na discussão teológica do fenômeno. José Marrocos, primo e amigo dileto, é o apoio inestimável, pela cultura invejável, pela inteligência arguta e, sobretudo pela articulação com reconhecidos setores do clero. De nada adiantaria uma primeira comissão de doutores, se a Diocese se firmara na posição de não admitir o milagre. Suspensão, excomunhão, punições diversas a si e aos beatos. Afinal, “como pode Nosso Senhor Jesus Cristo deixar as terras da Europa para um milagre no miserável lugar do Juaseiro, do Crato? Não se leu em qualquer parte que alguém houvesse indagado a esta “inteligêntzia” como pôde Nosso Senhor Jesus Cristo ter nascido no miserável lugar de Belém, da Judéia? Então, Roma se pronunciou e a questão está encerrada? O caso do milagre é, sem dúvida, ainda, o cerne da questão. Juaseiro nasce pela ação pastoral do Pe. Cícero e os fatos ditos extraordinários, em 1889, representam este primeiro momento da cidadania dos romeiros. Nascemos todos os seus filhos, sob a graça de um fenômeno que não se encerrou historicamente por um decreto, pois nascemos sob o clima de grandes transformações, após a abolição, com a república e durante a romanização. Por isto tudo, se aquele milagre foi contestado, negado, como esconder, e onde, o verdadeiro milagre que é hoje a cidade de Juazeiro do Norte? Quem, como Alberto Farias, mergulhou fundo na gênese de suas questões religiosas, políticas, sociais e econômicas, não vai encontrar senão a certeza da invectiva, de que Juazeiro é o produto de uma invenção muito bem articulada entre as forças locais, do Estado e da Nação, e que alimentaram graves tensões entre os poderes civis e a própria hierarquia da Igreja. Tome-se a expressão inicial, posta nesta nótula introdutória, para que se conclua sobre o peso da sua verdade inconteste. Pe. Cícero, se não disse, explicitamente, o que aí está, teria razões sobejas para faze-lo, até com mais veemência. Neste ano da graça de 1994, oportunidade em que estamos celebrando, dentre outros eventos, os 150 anos do nascimento de Pe. Cícero Romão Batista, surgiu espontaneamente, o interesse de alguns estudiosos, como Alberto Farias, na realização de uma revisão mais aprofundada sobre a vida e obra do patriarca de Juazeiro. Este projeto coletivo de memória histórica vem se corporificando, passo a passo, na medida em que teses acadêmicas são resgatadas, o documentário se nos revela ainda mais rico e algumas obras são reeditadas, além, naturalmente, do que flui pela imprensa, e o que se permite em simpósios, estudos e leituras. Alberto Farias é um desses operários impenitentes nesta tarefa. Ao ter o privilégio de ler seus originais veio-me a impressão mais forte que a sua proposta é absurdamente pretensiosa e presunçosa. Quem, como Ana Teresa Guimarães e Annette Dumoulin, com longos anos de estudos e pesquisas em torno da personalidade e do personagem mais que complexo, não ousou senão a Faze-lo em seu estilo “Pe. Cícero, por ele mesmo”, usando da seleção de textos do rico documentário ainda dispersos em vários arquivos. O texto que agora o leitor tem à suas mãos, é muito mais ousado porque situa o Pe. Cícero como narrador da sua própria vida e, coincidentemente, da vida do Joaseiro, não se circunscrevendo ao limite já ampliado do documentário revelado e da farta bibliografia, mas dando espaço a uma discussão ampla e densa pelas leituras que modernamente se fazem através do instrumental analítico da história e, da sociologia, da antropologia, da psicologia, da psicanálise e dos estudos da paranormalidade. A narrativa de Cícero (ou de Alberto Farias) tem a preocupação de percorrer mais de um século, atenta às circunstâncias e aos detalhes que lhe conferem fidedignidade. Em alguns momentos parecerá esdrúxulo que as ilações não se façam mais com referenciais bem declarados, como seu imenso acervo epistolar. Ele fará, por exemplo, da repercussão sobre os estudos parapsicológicos, resgatando, de certa forma, a memória do simpósio sobre Pe. Cícero, Maria de Araújo e os Beatos de Juazeiro, havido em 1989, em cujo plenário lá ele estava, atento e fascinado. É tal o fascínio e a singularidade de sua narrativa que o encontramos despido de qualquer escrúpulo para atribuir ao Pe. Cícero a mais ampla intimidade com os fenômenos, as obras e as teorias de Freud, Jung, Adler, Quevedo etc. Em suma, esta é uma obra diferente, surpreendente. Intrigante e fascinante. Esclarecedora. Nem precisaria que alguém prefaciasse. Fi-lo em atenção à generosidade de seu autor que, brindando-me com a primeira leitura, me atirou uma gratificante e comovida tarefa.