sexta-feira, 24 de agosto de 2012



REVISTA EXAME DÁ DESTAQUE NACIONAL A JUAZEIRO DO NORTE.
A última edição da conceituada Revista Exame, que já está nas bancas com data de 22.08, dá um merecido destaque à cidade de Juazeiro do Norte. A capa da revista, inclusive, posiciona a terra do Padre Cícero no mapa do país. E ao referir ao novo mapa do consumo brasileiro, a revista nos fala em bem elaborada matéria, o que se reserva a diversos municípios brasileiros emergentes, dentre os quais a cidade de Juazeiro do Norte, citado como um dos líderes em vendas de massas.
O texto de Exame começa numa referência histórica do desenvolvimento de Juazeiro do Norte: "Nos anos 60, o americano Morris Asimow, professor de Engenharia da Universidade da California, em Los Angeles, acreditava que a indústria  seria capaz de levar o desenvolvimento para as áreas mais remotas do planeta. Foi com base nessa crença que, em 1961, Asimow liderou uma expedição ao sertão brasileiro. Eram os tempos da Guerra Fria, Fidel Castro acabara de se alinhar com o bloco soviético e os americanos, sob a liderança do presidente John F. Kennedy, queriam promover a democracia e o empreendedorismo no continente americano. Asimow e uma turma de estudantes americanos e brasileiros desembarcaram em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, com planos de lançar as sementes para a construção de pequenas indústrias de moagem de milho, de produção de farinha de mandioca e de cimento. Em alguns poucos anos a região de fato ganhou um exemplo de cada uma dessas indústrias. Até uma fábrica de rádios e de motores foi instalada na cidade, então com 68.000 habitantes. 
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Por décadas, a prin­cipal atividade econômica do município de Juazeiro do Norte foi o turismo religioso, alimentado pelos cerca de 2 milhões de romeiros que visitam anualmente a terra de Padre Cícero. Antes um polo de comercio popular, a cidade agora ostenta 17 concessionárias de carros (metade nem existia ali em 2007) e um dos maiores shopping cen­ters do interior do Nordeste. De acordo com o IBGE, em 2000, 44% da popu­lação economicamente ativa estava sem renda em Juazeiro do Norte. Em 2010, essa taxa já tinha caído para 34%. Em 2011, o município foi o segundo que mais criou empregos no interior do Nordeste - boa parte deles surgiu na construção civil. Nos últimos anos, Juazeiro do Norte também viu a ex­pansão de vagas de alta renda. Inaugu­rado em 2010, um hospital regional trouxe para a cidade centenas de pro­fissionais da área de saúde. Uma leva de faculdades, tanto publicas como pri­vadas, foi instalada nos últimos anos para atender a demanda da região. En­tre elas, veio o campus da Universida­de Federal do Ceara, com 11 cursos e professores que chegam a receber salários na faixa de 7000 reais. Natural de Fortaleza, Marcelo Santiago é um deles. Foi atraído para Juazeiro do Nor­te para coordenar o curso de engenha­ria de materiais. Mesmo morando ha pouco tempo na cidade, Santiago, a es­posa, Rita, e os dois filhos, Mateus e Raissa, já conseguiram identificar o ritmo das mudanças do lugar. "Todo dia abre uma loja ou um restaurante novo", diz Santiago. A situação para a família só não é perfeita porque os preços dos imóveis em Juazeiro do Norte dispara­ram nos últimos tempos, o que acabou atrasando um pouco o sonho da aquisição da casa própria. O caso dos Santiago e da cidade cea­rense é um entre muitos outros em to­dos os cantos do pais. Longe dos holo­fotes, centenas de municípios brasilei­ros estão vivendo silenciosamente um novo ciclo de prosperidade que tem co­mo combustível uma mistura de inves­timentos, empregos, educação e - sim - um aumento fora do comum do con­sumo. A transição que esta em curso no Brasil pode ser vista nas imagens notur­nas feitas por satélite. Hoje elas mos­tram uma faixa de luz quase continua no litoral, com pontos mais ou menos isolados fora dela, No futuro próximo, serão agregadas centenas de novas fon­tes de luz por todo o interior do pais - com mais ênfase na Região Nordeste. Aos céticos de plantão, um lembrete: ha dez anos, muitas empresas demoraram a perceber que o pais estava entrando numa fase de crescimento mais elevado e permitiram o avanço de concorrentes locais e de toneladas de produtos im­portados. Hoje o pais é o oitavo maior mercado consumidor do mundo. A previsão agora é que, até 2020, o Brasil de­verá ultrapassar França, Inglaterra e Itália e chegar ao quinto posto. Alguém ai esta disposto a pagar para ver?

Fonte: REVISTA EXAME, Edição 1022, de 22.08.2012.

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