BOA
TARDE
Dou continuidade à publicação nesta
página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio
Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e
sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
098:
(22.12.2014) Boa Tarde para Você, José Tarso Magno Teixeira da Silva
Amanhece esta segunda feira de uma quase
véspera da natividade em meio a notícias de grande vexame e que compromete mais
uma vez e de forma vergonhosa a casa que até poderia parecer a nossa certeza de
que todo o poder emana do povo. É profundamente triste para cada um de nós, Dr.
Tarso Magno, insignificantes e indefesos votantes desta comarca que não
encontram mais nenhum alento para que nos derramemos em respeito cívico pela
nossa representação no legislativo. Há poucos dias, embora não tenha me
dirigido particularmente a vossa senhoria, eu bradei daqui para que a câmara
municipal não aprovasse o tal projeto do PMAT, sob a vossa relatoria, pelos
motivos que beiravam o desrespeito na instrução, a leviandade dos ajustes e a
inoportunidade de se fazer algo que nos endividava em valor per capita
descomunal. Não encontrei na sua conduta, Dr. Tarso, felizmente, nada que não
se assemelhasse ao que se esperava de um representante que se esforçava para um
mínimo de decência a ponto de honrar esta dignidade que lhe foi conferida. Mas,
forças obscuras de plantão tornaram enfeada esta já triste e pobre cena do
legislativo, como se isto fosse a nossa cara. Onde foi que nos distraímos para
que o nosso zelo e preocupações se assemelhassem a este jogo sujo de conchavos
e de negócios imundos, entre legislativo e executivo? Felizmente, e escrevo
isto à altura de uma expectativa para que nada se reverta, por sua lavra e do
meritíssimo doutor juiz Acelino Jácome, a tal autorização negociada no escuso
das madrugadas, caiu pela evidência podre de um projeto, eivado de
ilegalidades, e marcado pela omissão de seus defensores. Não bastasse esta
queda que todos nós levamos, Dr. Tarso, pois isto encerra uma das muitas
frustrações desta presente legislatura, a besta voltou e nos deu um grande
coice para nos pregar a peça de que mais lama correu e ainda corre na velha
intendência. E novamente a Câmara Municipal de Juazeiro do Norte mergulhou nos
piores espaços das folhas da mídia para ser objeto de um caso policial, pois
gente daí foi denunciada pelo cometimento dos crimes de ordenação de despesa
não autorizada; aumento injustificado de despesa com pessoal; falsidade
ideológica; uso de documento falso; associação criminosa; peculato em concurso
de pessoas; crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. O que
mais, Dr. Tarso, vamos ainda esperar deste poder, a partir mesmo de um
ex-presidente, que chega a ser surpreendente pela ousadia, desfaçatez e
irresponsabilidade? Fatos como estes trazem para dentro de nós todas as
angústias da vivência de uma crise ética e moral destes novos e conturbados
tempos, coisa que se abate sobre todos nós, geradora de incertezas e
perplexidades, e extremamente perversa ao nos revelar a criminosa relativização
de valores que nos orientam para uma melhor visão do mundo. Deixamos entre
pessoas como vossa excelência, as esperanças desta pequena comunidade que desde
tão antigamente, ora e trabalha, fazendo uma parte substancial que lhe cabe
para prover todas as demais condições de nossa sociedade, enquanto apenas e
principalmente fazemos isto, como exercício digno e honrado de nossa cidadania.
Vá em frente, Dr. Tarso, propague entre outros de boa vontade o nosso
desconforto, a nossa indignação, a nossa revolta, e nunca caia em tentação a
ponto de nos trair, para que de tão diluído esforço ainda nos venha este
lenitivo com o qual sempre tentaremos superar as nossas próprias dificuldades,
custe lá o que custar.
(Crônica
lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em
22.12.2014)
PATRIMÔNIO
CULTURAL
Cabe-nos, quase diariamente, fazer uma
leitura do Diário Oficial do Município. Em muitos anos, a administração se
perde em rotinas do tipo: nomear, exonerar, pagar diárias, etc. Tudo
necessário, não fosse o ritual de todas as edições. Por isso mesmo, vez por
outra nos surpreendemos com atos que, mesmo oriundo da câmara municipal, aí são
registrados na forma de Lei que o executivo sanciona, após a aprovação
legislativa. É o caso desta que surge em meio a coisas mal resolvidas com
respeito ao tombamento de bens materiais. Trata-se do reconhecimento de que as
manifestações populares culturais denominadas “lapinhas, reisados ou folia de
reis, guerreiros, bandas cabaçais, maneiro pau, dança de coco, bacamarteiros e autos
natalinos”, agora são reconhecidos com patrimônio imaterial. Vejam a Lei: LEI N.º 4412, DE 05 DE DEZEMBRO
DE 2014. Declara patrimônio cultural e imaterial do povo juazeirense as
manifestações populares culturais denominadas “lapinhas, reisados ou folia de
reis, guerreiros, bandas cabaçais, maneiro pau, dança de coco, bacamarteiros e autos
natalinos”. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, Estado do Ceará. FAÇO
SABER que a CÂMARA MUNICIPAL decretou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art.
1º – Fica declarado patrimônio cultural imaterial do povo juazeirense, as
manifestações populares denominadas lapinhas, reisados ou folia de reis,
guerreiros, bandas cabaçais, maneiro pau, dança de coco, bacamarteiros e autos
natalinos”, amparado no art. 23, inciso III da Constituição Federal e no art.
15, incisos III e XI da Lei Orgânica Municipal de Juazeiro do Norte. Parágrafo
único – Em consonância com a Lei Municipal n.º 4001, de 14 de maio de 2012,
fica a Secretaria Municipal de Cultura e Romaria, através do Fundo Municipal de
Cultura – FMC, autorizada a financiar projetos culturais para promoção,
preservação, divulgação e execução da referida Lei. Art. 2º – Para fins do
disposto nesta Lei o Poder ExecutivoMunicipal de Juazeiro do Norte, procederá os
registros necessários nos livros próprios do órgão competente. Art. 3º – As
despesas decorrentes desta lei, correrão por conta das dotações orçamentárias
próprias ou suplementadas, se necessário. Art. 4º – A presente Lei será regulamentada
por Decreto no prazo de 60 (sessenta) dias. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor
na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Palácio
Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 05
(cinco) de dezembro de 2014 (dois mil e catorze). DR. RAIMUNDO MACEDO, PREFEITO
DE JUAZEIRO DO NORTE. AUTORIA: Vereadora Maria de Fátima Ferreira Torres; SUBSCRIÇÃO:
Vereadora Rita de Cássia Monteiro Gomes.
AEROPORTO DE JUAZEIRO
DO NORTE: PASSAGEIROS
Seguindo a nossa rotina mensal, voltamos
a apresentar as tabelas usuais com as quais mostramos o desempenho do Aeroporto
de Juazeiro do Norte, no contexto dos 60 aeroportos administrados e monitorados pela Infraestrutura Aeroportuária
do Brasil (Infraero). Temos procurado mostrar este desempenho entre aeroportos
Internacionais e Domésticos, tanto em todo o país, como nas regiões Norte e
Nordeste. Nesta edição estamos também ampliando esta visão para informar este
desempenho também com relação ao terminal de cargas, cuja expressão pode ser
vista nas tabelas de números 9a a 15, com as mesmas segregações (todos os
aeroportos, apenas os domésticos ou os domésticos do interior, e isto tudo,
para Brasil e regiões Norte/Nordeste. Com relação a passageiros, o que vem
sendo objeto mais antigo de nossas séries, sempre baseadas nos dados oficiais publicadas
pela Infraero, o aeroporto continua mantendo as suas posições relativas de
desempenho, como consta das tabelas 7a e 7b. Na prática, em razão de alguma
sazonalidade e da retirada de um vôo para Recife, o movimento de passageiros no
terminal sofreu pequeno declínio em Novembro, passando de 36.013 para 32.863
passageiros embarcados e desembarcados, respectivamente nos meses de outubro e
novembro. Isto decorreu principalmente porque estas operações tinham envolvido
em outubro um número de pousos e decolagens da ordem de 669, reduzindo-se em
novembro para 583. Como consequência, a redução foi de 3.150 passageiros em 86
operações de pouso e decolagem, com uma utilização frustrada da ordem de 37
passageiros por operação. No tocante a cargas, como esta é nossa primeira
abordagem, as tabelas mostram que o mais expressivo desempenho do nosso
terminal está no concerto de todos os aeroportos domésticos do interior do
Brasil, em número de 16, o nosso ocupa a sétima posição, tendo carregado e
descarregado o equivalente a 67.412 quilos de carga no mês de novembro, e já
acumulando um total de 755.994 quilos durante este ano de 2014. Por ser a
primeira abordagem, deixamos de apresentar a série histórica, remissiva aos
últimos 12 meses e daqui por diante vamos acumulando informações para uma
melhor avaliação. Contudo, convém verificar que comparando desempenhos de
transporte de passageiros e transporte de carga, o Aeroporto de Juazeiro do
Norte continua sendo um grande desafio para o poder público e para a
administradora Infraero, no sentido de um trabalho mais efetivo quanto a
ampliação e demais melhorias que o terminal necessita apresentar aos seus
usuários. Uma destas questões é a ampliação do pátio de estacionamento, muito
reduzido para todas as necessidades presentes. A outra, assim nos parece, pode
vir a mais longo prazo com a decisão do governo em realizar a ligação
rodoviária de Juazeiro do Norte-Missão Velha, bem como um redesenho do anel
viário da cidade, para que ele possa contemplar a região do aeroporto, Leandro
Bezerra, Betolândia, Tiradentes, Campo Alegre, Cidade Universitária e Lagoa
Seca. Vejam os dados, em todas estas tabelas e tirem suas conclusões.
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