BOA
TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta
página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio
Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e
sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
109: (19.01.2015) Boa Tarde para Você, Pe. Cícero
Gomes da Silva
Por nota inserida na página da Basílica de Nossa
Senhora das Dores, o Padre Cícero Gomes da Silva, após sete anos na
Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Grangeiro, foi nomeado vigário
paroquial de Nossa Senhora das Dores, por provisão que foi lida no último dia
13. Diz a nota que o Pe. Cícero Gomes da Silva é filho de Juazeiro do Norte e
veio para somar com os padres da Basílica Santuário nas celebrações e
confissões do povo desta cidade e dos fiéis romeiros da grande nação peregrina.
Seja bem vindo Pe. Cícero, e aqui se faça enquanto for possível, com a nossa
acolhida, a sua morada, seu canto de trabalho e serviço pastoral. Talvez nem
haja originalidade em saudá-lo desta maneira, pois no mínimo seria pertinente
indagar sobre qual Pe. Cícero nesta terra isto não se disse e se repetiu com
tanto prazer, tantas vezes? Se há algo em comum com esta nossa hospitalidade,
esta herança que recebemos de tantos corações nordestinos, isto se diz pelo
nome de Cícero, e em seu nome desde aquele que veio, o primeiro que aqui chegou
e ficou Patriarca até nossos dias. De vez em quando, um outro Cícero, também
sacerdote em Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque, nos aparece e até aqui
fica, como o último Cícero José, que agora consigo dividirá encargos desta
assistência espiritual tão necessária. Por isso, repito, seja bem vindo Pe.
Cícero, a esta terra de tantos outros Cíceros, homens fortes pelas lutas, gente
surpreendente do diário ora et labora, gente grata que agradece todos os dias
ao Deus do Universo, o pão que recebe com tal boa vontade, fruto da terra e de
seu trabalho, e que não se cansa de considerar que este é verdadeiramente o pão
da vida. Estamos felizes, Pe. Cícero Gomes, porque mais e mais há uma
sensibilidade tantas vezes e quase secularmente ignorada que impôs a este povo
de Deus espalhado pelo amplo território desta terra, a limitação de atenções
reclamadas. Ao
dizer-se que “Grande é a messe, mas poucos são os operários” foi sempre assim que
fomos nos confortando até que aos nossos rogos eles fossem chegando,
manifestando o seu entendimento sobre as nossas razões mais profundas, a fé que
cultivamos, os mistérios que vivemos. Talvez tenha sido por isto que a Graça de
Deus operou o grande milagre e se fez por intercessão de seus beatos a
permanência de sua mensagem salvadora que terminou por edificar esta nova
Jerusalém nordestina e sertaneja. Simbólicamente, se me permite, Pe. Cícero Gomes
da Silva, reparo que até por seu nome, não há como esconder esta
particularidade que o associa ao fato notável de uma construção de fé no mundo
beato, a lembrar destes dois primeiros entre nós, Cícero Romão Baptista e José
Lourenço Gomes da Silva. Desejo, sinceramente, Pe. Cícero, que sua existência
entre nós seja uma bela continuidade de sua missão de pastor na comunidade paroquial que assume, onde lhe cabe ouvir e orientar o povo e
suas famílias, atender os doentes, administrar os sacramentos e transmitir a
Palavra para maior glória de Deus que é nosso Pai. Que sua missão se exerça,
como se lê em Lumen Gentium: “Cada um dos que foram chamados à profissão dos
conselhos, cuide com empenho de perseverar na vocação a que o Senhor o chamou,
e de nela se aperfeiçoar para maior santidade da Igreja e maior glória da una e
indivisa Trindade, a qual em Cristo e por Cristo é a fonte e origem de toda a
santidade.” Seja bem vindo, Pe. Cícero Gomes da Silva.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde,
da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 19.01.2015)
100 IMAGENS DE
LAMPIÃO
As histórias do cangaço e dos
cangaceiros povoam a memória do brasileiros. Narrados em lendas, canções
populares e cordéis, seus feitos passaram a fazer parte de nossa cultura. O
fenômeno, que remonta ao século 18, se tornou mais conhecido e comentado no
momento em que os meios de comunicação passaram a divulgar os feitos de
Lampião, Maria Bonita, Corisco e tantos outros. Mais do que todos, Virgulino
Ferreira, o Lampião (1898-1938), fez uso desses meios, em especial da
fotografia, para popularizar o movimento, levando-o para as páginas dos
jornais, e também apresentar os seus seguidores. Na maioria das vezes, as
imagens foram realizadas por anônimos, que se encontravam com o bando no meio
do sertão, ou por fotógrafos como Pedro Maia e Lauro Cabral de Oliveira, que
registraram uma viagem de Lampião a Juazeiro do Norte, em 1927. Mas quem se
consagraria como o "fotógrafo oficial" de Lampião seria o mascate
libanês Benjamin Abrahão (1890-1938), que acompanhou a saga do rei do cangaço,
fotografando e filmando seus feitos. Parte desse acervo, já reunido no livro
Iconografia do Cangaço (Editora Terceiro Nome/2012), pertence ao pesquisador
Ricardo Albuquerque, diretor do Instituto Cultural Chico Albuquerque, em
Fortaleza. Agora, Ricardo Albuquerque selecionou 100 entre as melhores imagens,
feitas por vários profissionais, para lançar a Coleção Cangaceiros, um registro
sistematizado sobre o movimento no Brasil que não deixou de fora as volantes,
que eram grupos de policiais disfarçados contratados pelo governo para
perseguir os cangaceiros. Com texto de apresentação de Rubens Fernandes Jr., no
total, foram criadas 40 caixas destinadas a um público colecionador:
"Muitas das imagens não têm grande qualidade técnica, mas possuem um
incrível valor histórico. É um álbum fotográfico. São imagens soltas, sem texto
ou legenda", comenta ainda Albuquerque. A coleção será lançada na
quinta-feira, dia 22 de janeiro, na Mira Galeria de Arte. Além das imagens,
acompanha a caixa um audiovisual de 14 minutos, Lampião, filmado pelo próprio
Benjamin Abrahão, que será exibido na ocasião. A relação de Ricardo Albuquerque
com o acervo não é gratuita, visto que ele pertence a uma família que, desde
sempre, esteve ligada à fotografia e ao cinema. Seu pai, Chico Albuquerque, foi
um dos pioneiros da foto publicitária no Brasil, e seu avô, Adhemar
Albuquerque, foi quem ensinou o mascate libanês Benjamin Abrahão a fotografar,
na década de 1930: "Meu avô gostava muito de fotografar e fazer
documentários", explica Ricardo. "Em 1934, ele foi filmar o funeral
do Padre Cícero e ali conheceu Benjamin Abrahão, que, na época, era o
secretário do Padre Cícero." Abrahão já conhecia Lampião desde 1926,
quando Virgulino foi até Juazeiro do Norte pedir proteção para ele e seu bando.
Após a morte do padre, o libanês solicitou permissão ao rei do cangaço para
acompanhar suas andanças e registrar seus feitos. Foi aí que ele foi em busca
de Adhemar Albuquerque, que, além de lhe ensinar a utilizar a câmera fotográfica
e a filmadora, ainda lhe emprestou o equipamento. A maior parte das imagens é
de fotografias posadas, retratos e, muitas vezes, até encenações de batalhas.
Um material historicamente importante, um inventário que desvenda o cotidiano
desse movimento tão perseguido pelo governo de Getúlio Vargas. A maioria dos
registros foi feita entre 1936 e 1937, captando os últimos dois anos do bando.
Cenas do dia a dia que nos apresentam seus costumes, como viviam suas mulheres,
a alimentação, as danças, os esconderijos, até a clássica imagem das cabeças
cortadas dos sete líderes do cangaço, após a dissolução do movimento pelas
forças governamentais. Um registro histórico que foi sendo enriquecido com o
tempo e acabou por tornar visível e perpétuo o que a clandestinidade deveria
esconder. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
GENEALOGIA CARIRIENSE
Yony de Sá
Barreto Sampaio começou a elaborar a árvore genealógica de sua família aos 12
anos de idade. "Eu tinha muita curiosidade para entender as relações entre
meus parentes porque a minha família era grande", justifica. Quarenta anos
se passaram e a mania do menino Yony é a mesma. As pesquisas - no Brasil e
exterior - foram tantas que extrapolaram as barreiras dos sobrenomes ligados ao
professor e seus antepassados. Ele já estudou a origem de mais de cem
sobrenomes. "Faço isso por prazer". afirma. Sobre as suas origens,
Yony descobriu que a família Sá Barreto surgiu na Bahia, no ano de 1570, do
casamento de um membro dos Sá Souto Maior com um componente dos Barreto.
"Outra família Sá Barreto foi formada em Jaboatão, em 1730, da união de um
Bento Correia de Sá com uma Paes Barreto". Já o português de sobrenome
Sampaio do qual o professor é descendente chegou a Bahia em 1680. Yony disse
que foi difícil traçar a origem do Sampaio. "Houve muitas entradas de
portugueses com esse sobrenome no Brasil". Segundo ele, em Portugal, há
registros do sobrenome datados até do ano 1100. Em suas pesquisas, realizadas
até em período de férias, Yony estudou troncos de várias famílias antigas do
interior de Pernambuco e de outros estados do Nordeste. Do estado, ele já
levantou as raízes de sobrenomes tradicionais como Cavalcanti (com
"i" ou com "e", todos têm a mesma ascendência, segundo o
professor), Albuquerque, Souza Leão e Carneiro Leão. "Cada família dessa
tem uma única origem", explica. De acordo com o professor, no Nordeste, a
grande maioria das pessoas tem antepassados portugueses.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Dois assuntos tomam a nossa atenção
nesta coluna: os resultados da estatística mensal/anual, acumulada, da parte da
Infraero, posicionando o nosso aeroporto no contexto dos aeroportos administrados
pela companhia, como vimos fazendo vá muitos meses, agora acrescido do
movimento de cargas; e a questão objeto de recente reunião da Superintendência
da Infraero com autoridades municipais, com vistas a eliminação de obstáculos
no espaço aéreo de Juazeiro do Norte. Quanto a este último caso, leia a nota no
fim desta coluna. Sobre os resultados do desempenho do aeroporto, o ano de 2014
registrou um total de 7.277 operações de pousos/decolagens, com médias de 606
mensais ou 20 diárias, envolvendo 10 aeronaves; bem como 418.895 passageiros
embarcados/desembarcados por ano, numa média de 34.833 mensais ou 1.161
diários. Há pequeno sinal de recuperação face as questões de limite de
operações, destinos e as próprias condições do aeroporto, que felizmente tem
melhorado gradativamente. A posição relativa do nosso aeroporto continua
razoavelmente estável frente a outras conjunturas (Brasil e Norte/Nordeste),
mantendo sua posição inalterada quanto a este desempenho. No setor de cargas
embarcadas/desembacadas, o volume total em 2014 foi de 830.249 kg, sendo 69.187
a média mensal, e um movimento diário, médio, de 2.306 Kg. Neste ponto, o
aeroporto de Juazeiro do Norte ocupa a 33ª posição, diante dos 60 aeroportos
administrados pela Infraero.
OBSTÁCULOS NO
ESPAÇO AÉREO
Pela importância do fato, transcrevo
aqui a nota que a Assessoria de Imprensa da PMJN remeteu para a imprensa, na
tarde do dia 20. “Oito torres de empresas de telefonia móvel, a antena da Rádio
Vale FM e cerca de um metro da torre do Santuário de São Francisco terão que
ser reduzidos ou removidos em nome dos projetos de construção da nova estação
de passageiros e ampliação da pista do aeroporto de Juazeiro do Norte. Além
disso, oito árvores que ostentam boa altura em torno do campo de pouso e a Prefeitura
ficou na obrigação de remover e fazer o replantio noutro local atendendo as
exigências legais do COMAR (Comando Aéreo Regional). Na manhã desta terça-feira
o prefeito Raimundo Macedo e o Superintendente da Infraero, Nilson Suassuna, se
reuniram com secretários municipais parar tratar sobre essas determinações em
rebaixar alguns equipamentos que invadem o espaço aéreo, representando riscos
para a navegação das aeronaves. Se isso não ocorrer, o projeto de uma nova
estação de passageiros pode ser arquivado. Para a reunião de hoje só a TIM
mandou representante, sendo que dirigentes da Vivo, Claro e OI não
compareceram. Todas as empresas de telefonia serão notificadas sobre o assunto,
a exemplo da direção da Vale FM e a Igreja de São Francisco que terão prazo de
72 horas para apresentar resposta. O Coordenador de Turismo de Juazeiro,
Roberto Celestino, informou que eram 50 obstáculos em desconformidade
apresentados pelo COMAR e pelo menos 32 já foram corrigidos dentro da zona de
proteção do aeroporto. Segundo ele, existem antenas de telefonia com até 36
metros acima do que seria permitido e o Ministério Público Federal será avisado
sobre as notificações.”
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