BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
178: (10.08.2015) Boa Tarde para Você, Paulo de Souza.
Das melhores lembranças que guardo dos meus tempos de ginasiano nesta cidade, entre os idos de 1961 e 1964, uma delas inevitavelmente se refere à grande convivência com inúmeros colegas de bancos escolares, muitos dos quais contribuíram enormemente para a minha própria formação. É nesse contexto que lhes falo hoje de Paulo de Souza, cumprimentando-o nesta véspera de seu aniversário natalício, lembrando a mim mesmo a frustração de que, efetivamente, tivemos pouco relacionamento, tanto na passagem pelo Salesiano, como pelo distanciamento pessoal e profissional.
Nunca deixei de lembrar-lhe porque nós, os colegas, frequentemente fazíamos uma espécie de chamada geral onde localizávamos residência, vida e ocupação para não perdê-los de vista, tendo com alguma frequência a tristeza de más notícias por alguns falecimentos prematuros. Por um tempo, imaginávamos que Paulo de Souza seria uma destas necessárias vocações do ministério sacerdotal, pois o sabíamos matriculado no Seminário São José, em Crato ou no velho Seminário da Prainha em Fortaleza, até que voltou ao Juazeiro para terminar o segundo grau. Fomos sabendo à distância o itinerário bem sucedido de sua formação universitária, na Engenharia Civil, exemplarmente cumprido na Escola Politécnica de Campina Grande, que resultou tanto no seu exercício profissional, como hoje se realiza, como também contemplou o magistério superior. Mas, Paulo de Souza era exatamente uma dessas pessoas que nos surpreendia, pois vivendo em Campina Grande, entre 1970 e 1974, ele ainda arranjava tempo e esbanjava competência para ser repórter, redator e chefe de reportagem dos Diários Associados, no rádio, no jornal e na televisão. De volta ao Cariri, Paulo se dedicou completamente à sua vocação e profissão, em empresas da construção civil e aí começou a construir esta legenda que hoje se encerra numa menção obrigatória que o elege engenheiro civil de grande competência para cálculos e estrutura, e docente da URCA nas disciplinas de Pratica das Construções, Patologia das Edificações e Fundações de Edifícios. Bem recentemente, uns seis anos atrás, eu me surpreendi em saber que Paulo de Souza também cuidava e muito bem, de uma faceta notável de sua sensibilidade com a música, com ótima formação em teclados, escolarizada em academia e de composição musical bem elaborada. Foi quando tomei conhecimento de peças de sua autoria como os Hinos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Menino Jesus de Praga, do Jubileu de Ouro Sacerdotal de Dom Newton Holanda Gurgel e os do Congresso Eucarístico e do Centenário da Diocese de Crato, bem recente. Na passagem para o terceiro milênio, Paulo de Souza se fez peregrino à Terra Santa e ali, diante de tantos e magníficos ambientes e ritos, ele começou a produzir canções que constituíram um rico CD, com todas as peças executadas na interpretação exuberante do nosso Francisquinho das Igrejas. Ainda na ocasião do Centenário de Juazeiro do Norte, em 2011, felizmente, e antecipando-se à nossa indecisão, na Comissão do Centenário, Paulo de Souza sentiu que era a oportunidade de presentear sua terra com um hino que falasse deste grande momento. Assim, ele foi aos livros, fez exaustivas leituras para conhecer minuciosamente a história deste velho Tabuleiro e numa síntese admirável pôs em versos e canção o que aquele momento ensejava: “Sob o manto de Maria tu nasceste / E o amor do Padre Cícero Romão. / Haverá lugar bendito como este? / Quanta honra, luz e glória neste chão! Teu passado, Juazeiro, é glorioso. / Teu presente um pujante florescer. / Teu futuro é grandioso. / Construído com trabalho e com fé. Dos pequenos e dos grandes és guarida. / Acolher é tua nobre vocação. / És refúgio para os náufragos da vida, / Que da Virgem buscam amparo e proteção. Nesta terra, cada lar é uma oficina, / Oratório de labor e devoção. / A semente que se lança aqui germina, / Multiplica, gera fruto em profusão. Maravilha! Celebrar teu Centenário / Grande festa de beleza singular. / Te saudamos, ó cidade-relicário, / Hoje e sempre haveremos de te amar.” Este é, principalmente, o sentimento elevado e eloquente do Dr. Paulo de Souza, honra e glória deste chão amado do Juazeiro que o reconhece como filho dileto e valioso. Parabéns, Paulo! E que todas estas graças que sua obra expressa e invoca iluminem sua vida longa.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 10.08.2015)
BOA TARDE (II)
179: (12.08.2015) Boa Tarde para Você, Sílvio Grangeiro
Ainda muito jovem eu comecei a participar do ambiente festivo que era a feira semanal, aos sábados nesta cidade, atraído pela cena invulgar da presença de violeiros, cantadores e poetas da literatura de cordel, num espetáculo à parte entre a Praça e o estirão da Rua São Pedro. Nascia ali em mim um sentimento profundo de acolhimento, de gosto, de admiração e de grande interesse por estas manifestações que já se faziam entre nós como uma das expressões mais legítimas da nossa própria evolução social e cultural, através de grandes poetas e repentistas. Como para tantos que me precederam ou me sucederam, na mesma e providencial inspiração, esta cidade se tornou o grande palco, vistoso e preferencial, de toda esta produção poética, que saiu das ruas, das praças e das feiras para chegar exuberante em eventos de todas as mídias na atualidade. Logo mais, quando a noite cair sobre esta cidade, muitos estarão no Memorial Padre Cícero, em meio à realização do XI Festival Nacional de Viola e Poesia, ocasião em que estará sendo prestada ao poeta Sílvio Grangeiro uma expressiva homenagem pelo conjunto de sua vida e obra. Vem gente de vários Estados brasileiros, como Francinaldo Oliveira, Hipólito Moura, Zé Viola, Zé Cardoso, Gilmar de Oliveira, Jonas Bezerra, Moacir Laurentino, Valdir Teles, Gilvan Grangeiro, Cícero André, Cícero Dias, Marcos Ferreira, B. Caboclo, Damião Enésio, Augustinho de Oliveira, José Alves, Zé Fernandes, Cícero Cosmo, João Bandeira, Pedro Bandeira, Nascimento Araújo, Sirlan Grangeiro e Azarias, todos apresentados por Vandinho Pereira e Totó Dudé. E, certamente, por toda esta motivação que envolve poesia, viola e Sílvio Grangeiro, os poetas, cantadores e cordelistas comparecerão em peso, tributando-lhe merecida reverência, na recitação, nos desafios e quanto mais não for, pelo afeto que se derrama por homem tão generoso. No pano de fundo deste acontecimento e nesta data de hoje estará a celebração dos 72 anos de vida deste bravo sertanejo, Expedito Alves Grangeiro, homem nascido em Abaiara, degredado filho da seca de 1958, refugiado temporário em outras plagas, mas que vive conosco há mais de 45 anos. No ano próximo, em 18 de março, deveremos nos lembrar também que serão cinquenta anos de dedicação à cultura popular, desde aquela sua primeira cantoria, através da Rádio Clube de Deodápoles, no Mato Grosso, no início de carreira, vivendo canto e poesia, entre ruas e sertões. No ano passado, mercê desta sua longa cruzada de exercício, prestígio e tanta animação, Sílvio Grangeiro foi distinguido pela Unesco, através do Governo do Estado de Minas Gerais, com a outorga do título de Embaixador da Cultura no Cariri, por tudo aquilo que tem realizado neste pais. Com uma biografia vastíssima, Sílvio Grangeiro fez pelo rádio, como desde o início na antiga Rádio Iracema de Juazeiro do Norte, e a ele se mantem fiel até hoje pela Verde Vale, como um eterno aprendiz, sempre muito focado na sua produção poética bem esmerada. Homem de intensa agenda cultural, não é fácil contabilizar tudo aquilo que traduz a sua mais ampla dedicação à poesia popular, entre folhetos de literatura de cordel – mais de uma centena de edições; poemas - muitos declamados frequentemente por outros poetas de nosso país. Na sua versatilidade, compôs diversas canções e tem inúmeras participações em CDs e DVDs por todo Brasil, e em muitos destes eventos e produções ele figura como parceiro de muitos outros poetas e repentistas, alguns dos quais estarão hoje reunidos no Memorial. Neste cumprimento que lhe faço nesta tarde, meu caro Sílvio Grangeiro, louvo a sua existência, a sua intensa batalha pela cultura e pela vida, ao lado dos seus amados em família, Marismar, dos seus filhos Gilvaneide, Siliomar, Simone, Sirlan, Silmara, Siele, e dos seus seis netos. Sua luta, no melhor que a vida lhe permitiu, é como parte de cada um de nós, seus admiradores, conquistas e troféus que mencionamos e juntamos neste dia festivo para a mais justa homenagem. Por isso mesmo, meu caro poeta, me permita que aqui lhe homenageie, tão simplesmente, lembrando versos primorosos do poeta Pedro Ernesto Filho: “O Cariri tem razão / de mantê-lo em sua história, / sabe receber vitória / e evitar decepção, / exemplo de cidadão / por ser bom e verdadeiro, / ah! se todo brasileiro / fosse igual a esse cara! / - Um filho de Abaiara / Radicado em Juazeiro.”
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 12.08.2015)
BOA TARDE (III)
180: (14.08.2015) Boa Tarde para Você, Irmã Maria Neli Sobreira da Silveira
De acordo com dados oficiais do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro está hoje na marca dos 75 anos, e isto para mim é no mínimo surpreendente, pois no país em que nasci, nesta cidade de meus amores, em meados do século passado, não enxergávamos muita coisa além dos 46 anos. As pequenas e médias cidades brasileiras continuam ainda hoje convivendo com imensas diferenças, em cenas diversas que efetivamente não se alteraram tanto, tal a agressividade e a perversidade com que fatores sociais se acumulam sobre as populações menos favorecidas. Felizmente, cresce aos nossos olhos a celebração prazerosa sobre a vida de muita gente longeva, pessoas que até ultrapassam a marca de um século e que nos falam por atingi-la ainda saudável, com grande lucidez e com tantas vontades para continuar vivendo na esperança a graça destes anos. Esta sexta feira, 14 de agosto, assinala a passagem festiva dos noventa anos de existência de uma das mais extraordinárias mulheres de que tenho notícia, a Irmã Maria Nely Sobreira da Silveira, uma destas criaturas tocadas e iluminadas pela graça de Deus. Em sua família se desejou que ela seguisse o itinerário político e assim foi convencida e estimulada a ser uma das nossas primeiras vereadoras, tendo sido eleita muito jovem para um único mandato, fato que seguramente a inspirou a sua inexcedível dedicação para a promoção humana. Mas, como dizemos, Deus escreve certo por linhas tortas e em seus desígnios, Neli Sobreira optou pelo serviço religioso, ingressando em 10 de janeiro de 1949 na Congregação das Irmãs de Jesus Crucificado, ordem religiosa que havia sido criada e aqui estabelecida pelo Monsenhor Macedo. É desta época, junto a Congregação, a fundação de uma das mais meritórias instituições juazeirenses, o Dispensário Nossa Senhora das Dores, obra que prestou um imenso serviço às famílias carentes desta cidade e que funcionou na Rua São José até o início de 1972. A partir daquela data, o Dispensário se transferiu para o bairro do Limoeiro, que não era ainda senão um sítio, herança da família Correia de Macedo, antiga paragem do padre Climério, uma propriedade muito aprazível que passou a abrigar inúmeras ações filantrópicas. O Dispensário foi o grande esteio desta sua obra, e dela a Irmã Neli e todas as religiosas e voluntárias que se somaram a esta cruzada dali irradiaram ações as mais diversas para privilegiar, especialmente, as maiores demandas de incontáveis famílias carentes desta cidade. No caminho destas realizações, Madre Neli – como assim sempre nos referimos em respeitoso tratamento, realizou uma benemérita ação assistencial, protegida em parte por convênios e associações com os poderes públicos e a iniciativa privada. Entre 23 de setembro de 1976 e o final de 1994 os seus esforços foram assistidos com o apoio da Legião Brasileira de Assistência, com o qual a comunidade construiu um Centro Social e uma Escola, mas que também foi dotada de creche para atendimento da infância pobre. Por longos anos a Irmã Neli foi e continua sendo a alma grandiosa de toda esta inspiração que motiva e realiza obras sociais no Limoeiro e em outros bairros do seu entorno, uma criatura quase divina, para quem olhamos com ternura e carinho, procurando compreender tanto desprendimento. Juazeiro continua sendo uma terra de imensas desigualdades sociais e hoje cresce assustadoramente desafiando cada um de nós a assumir parte desta ação civilizadora que gente como Ir. Neli Sobreira foi capaz de se dedicar para resgatar a nossa própria cidadania. Essa responsabilidade social ela assumiu exemplarmente e sua vida é um atestado eloquente desta sua opção preferencial pelos pobres e desassistidos, como se ainda hoje sua missão se orientasse pela herança de velho tronco familiar que aqui estava, antes que todos nós aqui chegássemos. É humanamente impossível quantificar o que a Congregação das Filhas de Jesus Crucificado realizou em Juazeiro do Norte, a partir daquela pequena célula do Dispensário, depois agigantada pela missão do Ginásio Monsenhor Macedo, hoje resistente pelo serviço social no Limoeiro, para nos demonstrar a grande dimensão do serviço ao próximo. Saúdo você, querida irmã Neli Sobreira, nos seus noventa anos, para lhe agradecer e para lhe desejar uma vida muito mais longa, plena das graças de Deus.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 14.08.2014)
FLOR DOS TRÓPICOS
Recebi e agradeço ao poeta Ivan Fernandes Magalhães este ótimo CD que contém algumas de suas poesias mais recentes. Ivan Magalhães já publicou diversos livros. Ao apresentar um deles em lançamento em Fortaleza, eu assim me expressei: “ Ivan Magalhães é um dos lídimos poetas do Cariri, plantado por entre serras e vales, às margens de, outrora, saudáveis regatos. Assim, em Ivan Magalhães, poeta da margem direita do Salgadinho, vamos encontrar a evocação ao nosso rio de aldeia, numa rememoração continuada das experiências da juventude, quando as águas corriam fortes e menos poluídas pelo progresso.” Ele continua realizando uma grande poesia, e neste CD ele volta a eleger sua mulher, Francisca Mirtes Josino, a quem dedica sua poesia título Flor dos Trópicos, em um poema acróstico, interpretado por João Kyor, com acompanhamento de grande musicalidade.
FILMES
Em vários pontos da cidade podemos encontrar a preço muito barato diversos filmes que já foram realizados sobre o Padre Cícero, como os de Helder Martins, Wolney Oliveira e Jonas da Silva, dentre outros, documentários e reportagens. O de Wolnei Oliveira, por exemplo, vez por outra volta ao cartaz, como agora na reabertura do Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, na última quinta feira, dia 13. O filme, ambientado em Juazeiro do Norte, em 1889, reconstitui o fenômeno em que durante a missa, Padre Cícero preside a cerimônia de comunhão. Ao dar a comunhão a Maria de Araújo, a hóstia se transforma em sangue na boca da beata. Mas quem explora este mercado pirata das produções faz outras trapalhadas, como usar ilustrações de capas de livros, ou mesmo trocar os discos.
IRMÃ NELI SOBREIRA
E não era para menos: a festa de 90 anos da Irmã Maria Neli Sobreira da Silveira, na EMEI Monsenhor Macedo, no Limoeiro foi uma grande demonstração do afeto que a sua comunidade lhe tributa. Assim ela continua a realizar ali uma grande obra. Na ocasião, de presente, ela recebeu um projeto da arquiteta Gizelle Menezes, com o qual deverá dotar a creche com uma belíssima casa de bonecas, um dos seus mais ardentes desejos de complementação da área física daquele estabelecimento, com o qual as professoras e técnicas terão maiores recursos para desenvolver o aspecto lúdico da educação infantil.
EXCOMUNHÃO
Em breve será lançado mais um livro do Pe. João Carlos Perini, desta vez enfocando a questão sempre suscitada na biografia do Pe. Cícero e que nos remete ao conhecimento de uma excomunhão que teria sido aplicada ao sacerdote. O Pe. João Carlos fez exaustiva pesquisa para esclarecer o fato. Ele inicia seu trabalho revisando todas as sanções punitivas ao Pe. Cícero, pela sequência cronológica, como foram aplicadas pela hierarquia da Igreja, e finaliza provocando o leitor para reconhecer que o processo de Roma tem erros que precisam ser reconhecidos e reparados.
FESTA DA PADROEIRA
Estamos na contagem regressiva para mais uma tradicional festa da Padroeira de Juazeiro do Norte, Nossa Senhora das Dores. Esta devoção, como se sabe, vem de 15 de setembro de 1827. Portanto, esta data presente é a do ano 188 a partir da pedra fundamental da pequena capelinha na propriedade do brigadeiro Leandro Bezerra Monteira. Outrora, não faz muito tempo, esta romaria, com a vinda de peregrinos de todas as partes do Brasil, especialmente de gente nordestina, era a mais importante do ciclo de romarias, hoje suplantada pela romaria da Esperança, em 2 de novembro. Mas, continua sendo um grande momento de encontro do romeiro com seus santos, como aqui invocados, entre o Patriarca, Nossa Senhora das Dores, Maria de Araújo, José Lourenço, Frei Damião, etc. A Basílica Santuário está ultimando atenções para apresentar o templo com nova pintura e instalações bem cuidadas para atender a todos que virão.
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (SESC, Rua Cel. Francisco José de Brito, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 17, segunda feira, às 19 horas, o filme QUE BOM TE VER VIVA (Brasil, 1989, 95 min), dirigida por Lúcia Murat. Elenco: Irene Ravache. Sinopse: O filme Que bom te ver viva! retrata as histórias de mulheres sobreviventes da Ditadura (1964-1985) no Brasil. Contextualizando a obra historicamente, esse artigo pretende analisar as críticas do filme em relação ao que era dito e silenciado sobre as violências da Ditadura e tecer relações entre as transformações nessa memória e o processo de construção social e atuação política dos sobreviventes.
CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (SESC, Rua da Matriz, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 19, quarta feira, às 19 horas, o filme AS VINHAS DA IRA (The grapes of wrath, EUA, 1940, drama dirigido por John Ford, baseado do livro de mesmo título, de John Steinbeck). Elenco: Henry Fonda (Tom Joad), Jane Darwell (Ma Joad), John Carradine (Casy), Charley Grapewin (avô Joad), Dorris Bowdon (Rose-of-Sharon Rivers), Russell Simpson (Pa Joad), O.Z. Whitehead (Al Joad), John Qualen (Muley Graves), Eddie Quillan (Connie Rivers), Zeffie Tilbury (avó Joad), Tom Tyler (Deputado Casy), Rex Lease (Policial), Walter Miller (Guarda do Novo México), Bob Reeves (Deputado), Walter McGrail (Líder da gangue), George O'Hara (Caixeiro). Sinopse: Oklahoma, Grande Depressão. Tom (Henry Fonda), filho mais velho de uma pobre família de trabalhadores rurais, retorna para casa após cumprir pena por homicídio involuntário. Ele planeja levar os parentes até a Califórnia, onde dizem que trabalho não falta. Durante a viagem eles passam por diversos tipos de provações e quando finalmente chegam na "Terra Prometida" descobrem que é um lugar bem pior do que aquele que deixaram. Uma ótima análise do filme pode ser lido em http://www.telacritica.org/VinhasDaIra.htm, escrita por Giovanni Alves (2006).
CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande) (alternando), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 21, sexta feira, às 19 horas, o filme SONATA DE OUTONO (Hostsonaten, Alemanha/França/Suécia, 1978, 99 min), direção de Ingmar Bergman. Elenco: Ingrid Bergman (Charlotte), Liv Ullmann (Eva), Gunnar Björnstrand (Paul), Erland Josephson (Josef), Mimi Pollak (instrutor de piano). Sinopse: Após ter sido uma mãe ausente por anos, Charlotte (Ingrid Bergman), uma renomada pianista, vai até a casa de sua filha Eva (Liv Ullmann) para lhe fazer uma visita. Ela se surpreende ao encontrar sua outra filha, Helena (Lena Nyman), que tem problemas mentais. Eva tirou Helena da instituição que Charlotte a havia internado para cuidar dela em casa. A tensão entre mãe e filha começa a crescer devagar até elas colocarem tudo em panos limpos, dizendo tudo que sempre gostariam de dizer.
o/mr15-cristina-marcos.pdf
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 21, sexta feira, às 20 horas, o filme FÉRIAS DE AMOR (Picnic, EUA, 1955, 115 min), dirigido por Jushua Logan. Elenco: Kim Novak, William Holden, Susan Strasberg, Rosalind Russell, Betty Field, Cliff Robertson, Arthur O'Connell, Verna Felton. Sinopse: Hal Carter (William Holden) é um viajante errante, que chega em uma pequena cidade do Kansas para visitar e tentar conseguir emprego com um rico colega de faculdade, Alan (Cliff Robertson). Porém ele conhece e se apaixona por Madge Owens (Kim Novak), a linda namorada de Alan. Quando a mãe da jovem sente que esta paixão é correspondida entra em desespero, pois sonha ter a sua filha casada com o melhor partido da região.
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 22, sábado, às 17:30 horas, o filme KATYN (Polônia, 2007, 118 min). Direção de Andrzej Wajda. Elenco: Andrzej Chyra (Jerzy), Maja Ostaszewska (Anna), Artur Zmijewski (Andrzej), Wladyslaw Kowalski (Professor Jan), Sergei Garmash (Major Popov), Antoni Pawlicki (Tadeusz), Krzysztof Globisz (Professor de química). Sinopse: Em setembro de 1939, após a invasão da Polônia pelos nazistas, tropas soviéticas ocupam o leste do país. Milhares de oficiais poloneses são mantidos prisioneiros e enviados a campos de concentração. Anna (Maja Ostaszewska) aguarda na companhia da filha o retorno do marido, Andrej (Artur Zmijewski). Quando várias covas coletivas são encontradas os soviéticos informam que os poloneses foram assassinados pelos nazistas na floresta de Katyn. Anna, no entanto, encontra o diário do marido e descobre que a verdade é outra.
CIDADÃOS JUAZEIRENSES
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte concedeu novos títulos de cidadania a diversas pessoas. Vejamos os atos já publicados no Diário Oficial do Município.
RESOLUÇÃO N.º 775 DE 04.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido nos termo do artigo 198 e seguintes da resolução n.º 297/2001 – (regimento interno), o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor LUIZ GOMES DE MOURA. Autoria: João Alberto Morais Borges Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Nivaldo Cabral de Moura, Danty Bezerra Silva, José Ivan Beijamim de Moura, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Glêdson Lima Bezerra, José Adauto Araújo Ramos, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cícero Claudionor Lima Mota, Maria de Fátima Ferreira Torres, Rita de Cássia Monteiro Gomes e Auricélia Bezerra.
RESOLUÇÃO N.º 777 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor LUIZ ANTÔNIO JUVÊNCIO DE ALMEIDA, pelos relevantes serviços prestados a esta cidade e ao seu povo. Autoria: José Adauto Araújo Ramos. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva e Danty Bezerra Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Ivan Beijamim de Moura, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Paulo José de Macêdo, José Nivaldo Cabral de Moura, João Alberto Morais Borges, Glêdson Lima Bezerra, Rubens Darlan de Morais Lobo, Maria de Fátima Ferreira Torres, Auricélia Bezerra e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 778 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor GLAUCO ROBERTO FURLAN, pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Autoria: Maria Calisto de Brito Pequeno Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Ivan Beijamim de Moura, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Nivaldo Cabral de Moura, João Alberto Morais Borges, Glêdson Lima Bezerra, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Paulo José de Macêdo, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra.
RESOLUÇÃO N.º 779 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor FRANCISCO LEITE DE OLIVEIRA FILHO, pelos relevantes serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Auricélia Bezerra Coautoria: Glêdson Lima Bezerra, Paulo José de Macêdo e João Alberto Morais Borges. Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Antônio Vieira Neto, Rubens Darlan de Morais Lobo, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Danty Bezerra Silva, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 780 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor MARCOS AURÉLIO MACHADO, pelos relevantes serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Maria Calisto de Brito Pequeno. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, João Alberto Morais Borges, Glêdson Lima Bezerra, José Nivaldo Cabral de Moura, Paulo José de Macêdo, José Ivan Beijamim de Moura, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra.
XYCO SÁ
Estive na Mostra Casa Cariri, no último sábado, dia 15, para ouvir Xyco Sá, este caririense de Santana do Cariri e que residiu entre nós nos anos 80, jornalista muito apreciado por redações e oficinas de grandes jornais do pais, escritor muito lido e figura muito presente na televisão brasileira. Ao conhecê-lo de perto, não deixei de contar-lhe uma pequena história que aconteceu comigo, há uns 15 anos atrás, durante uma das primeiras Bienais do Livro do Ceará. Naquela ocasião eu recebi um convite do jornalista Lira Neto, então coordenador da coleção Terra Bárbara, da responsabilidade da Fundação Demócrito Rocha (Jornal O Povo). Tratava-se do lançamento na abertura da bienal de um pequeno livro de autoria do Xyco Sá, sobre o beato José Lourenço. E fui lá, na expectativa, inclusive, de conhecê-lo. Mas chegando lá, encontrei o livrinho exposto e com surpresa, a capa era a do beato Francelino, e não do beato José Lourenço. Imediatamente fiz com que isto fosse comunicado ao Lira, que ainda não havia chegado ao recinto e apresentei justificativa. A secretária entrou rapidamente em contato com o Lira e este orientou o procedimento, conforme minha recomendação, para que todo o estoque fosse recolhido para se consertar o erro. De fato, toda a tiragem retornou para a gráfica no dia seguinte e uma nova capa foi feita. Dias depois, ainda no ambiente da mesma bienal, o livro foi lançado, agora com a capa correta. Contei isto para ele que me disse que tinha sido notificado, daquele modo, pelo Lira e isto agora era dessas histórias pitorescas de editoria de livros. Ele mesmo tem um exemplar da capa antiga (veja acima), como eu também guardo, mas o exemplar dele foi mais difícil de encontrar, pois quase tudo tinha sido consertado. Terminamos a noite com boas gargalhadas decorrente de histórias como esta. Xyco voltará ao Cariri proximamente e vamos nos encontrar para muita conversa.
POSSIDÔNIO BEM, POR MÁRIO BEM
Já estão sendo distribuídos os convites para a sessão pública de lançamento do mais novo livro do escritor Mário Bem Filho, POSSIDÔNIO DA SILVA BEM – o legado. O evento será realizado no Memorial Padre Cícero, na noite do dia 29 próximo, às 20 horas. Desejo agradecer ao Mário a oportunidade de ter redigido o Prefácio da obra, excelente trabalho de pesquisa que ele realizou usando um farto documentário e ilustrações muito ricas sobre a vida e a obra deste grande médico que existiu entre nós. Encarecemos a todos para que reservem esta noite para uma grande sessão em homenagem ao Dr. Possidônio, merecedor de todas as nossas reverências.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Mais uma vez estamos voltando com o movimento do Aeroporto de Juazeiro do Norte, com dados coletados na página oficial da Infraero na internet, com respeito a números de passageiros embarcados e desembarcados, aeronaves em pousos e decolagens, e o volume de carga que transitou no aeródromo. Em primeiro lugar, realçamos que este mês de julho a que se referem os dados apresentados, foi o primeiro mês da regularidade do mais novo voo na rota Brasília-Juazeiro do Norte-Recife-Juazeiro do Norte-Brasília, operado pela TAM. Conforme se pode ver na última tabela apresentada nesta sequência, após situar o desempenho do Aeroporto, tanto no mês divulgado (julho), quanto no período considerado (janeiro-julho, 2015), como vimos fazendo, também apresentamos alguns dados que nos permite estimar as variações deste desempenho. E dois números estão salientes: 1. O movimento entre Junho e Julho deste ano cresceu cerca de 36,48% quanto ao número de usuários em embarques e desembarques; 2. O movimento de Janeiro e Julho, entre 2014 e 2015, com relação ao mesmo indicador - usuários em embarques e desembarques, elevou-se em 54,30%. São ótimos sinais que confirmam, como um todo, o desenvolvimento regional e que se refere também em carga transportada. Este último indicativo certamente tem alguns condicionantes remanescentes, mas o início das operações da TAM tem um impacto maior. Na semana passada, entre nós em visita e contatos, o Ministro Mangabeira Unger, instado a falar sobre a questão de pendências do nosso Aeroporto, não deixou de referir-se a sua convicção de que o governo tem que prestigiar com boas e prontas ações para o setor de transporte aéreo regional, onde neste caso Juazeiro do Norte, por todos estes indicativos tem um papel muito relevante. Enfim, de posse destes dados, cada um poderá fazer a sua leitura, inclusive para constar algumas alterações significativas das operações do nosso Aeroporto, como no contexto regional (Norte-Nordeste, e congêneres do interior),
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