sábado, 12 de maio de 2018



JUANORTE: TRISTE FIM DE UMA TRINCHEIRA (I)
Na semana que passou o jornalista Jota Alcides comunicou aos colaboradores do seu Juanorte o encerramento das atividades do jornal com a seguinte nota. "Finalmente, o fim. Depois de quase dois ,meses de muitas tentativas em três oficinas de SOS Informática de Brasília, chegamos ao fim. O  violento ataque de hackers ao  Juanorte no começo de março destruiu todos os seus programas e arquivos, inclusive backups. Foi tudo zerado. Ficamos sem condições técnicas até para dar esclarecimento aos leitores pelo próprio Juanorte. Foi um desastre; Diante disso, como não temos mais disposição para uma empreitada de remontagem do Juanorte, trabalhosa, exaustiva e estressante como  a montagem que fizemos há 10 anos, em 2008. infelizmente,estamos encerrando o Juanorte. Queremos agradecer a todos e a cada um - Menezes Barbosa, Geová Sobreira, Abraão Batista, Nivaldo Cordeiro, Thiago Magalhães, Pereira Gondim, João Dino, Fábio Tavares, Daniel Walker e Renato Casimiro - pela participação, pela colaboração, pelo companherismo, pela dedicação e pelo comprometimento. Fiquem, certos  de que o Juanorte foi uma experiência de amor ao jornalismo e de amor ao Juazeiro. Nosso muito obrigado para sempre. Abraços. Jota Alcides".  Depois Jota mandou uma nota maior, dirigida aos leitores do Juanorte a qual foi publicada no www.portaldejuazeiro,com.  Eu fui um dos redatores do jornal, desde o seu primeiro número, em 05.10.2008. Devo ter escrito uns 70 textos, até 02.05.2010, portanto, há uns oito anos atrás, quando por divergência com a orientação do jornal preferi “pedir as contas”, sem que Jota Alcides nada me devesse. Reconheço que ao lado de ter criado muita “encrenca” O Juanorte prestou um relevante serviço, especialmente de informação, mas também de intermediário para muitas questões que efetivamente contribuíram para avançarmos no nosso desenvolvimento. Lamento muito a sua saída da web. Resolvi, diante desse percalço, rever os textos que produzi para as suas edições semanais. E como tudo foi perdido, na informação do editor, vou me contentar em reapresentar aqui o que elaborei, em pacotes semanais de 10 textos, cada. Na medida do possível farei comentários para que haja uma certa atualização do entorno que motivou a redação do comentário original. Grato pela atenção, e espero que atitude seja satisfatória para a necessária informação sobre nossas questões. 


UM PROJETO PARA JUAZEIRO DO NORTE
Estive atento às falas dos candidatos à prefeitura de Juazeiro do Norte, na recente temporada de caça ao voto. Poderia, a esta altura, jogar um palavrão bem aplicado a esta situação que se verificou, em meio a tantas coisas surgidas no andamento da campanha. Certamente, não devo, até por civilidade. Mas, onde esteve, no mínimo, um pífio projeto para esta cidade e seu povo ? Procurei, mas não encontrei. Quem lembrou disto, coisa tão essencial, para saber o que fazer com este negócio de cuidar bem dos interesses representados pelos votinhos destes mais de cento e cinqüenta mil eleitores, na antevéspera do respeito cívico a uma terra quase centenária ? Somos inteligentes, mas incapazes de sublimar nossa hodierna problemática, de um centro nervoso, peculiar, complexo por sua natureza, sobretudo nas suas questões urbanas mais candentes. Não se trata de repousar por sobre velhas questões crônicas, como se, por milagroso decreto, todas viessem ao completo equacionamento. Na campanha, todos, sem diferenciação substancial, só foram capazes de dizer que elegiam como prioridades, as atenções esmeradas para com educação, saúde, vias públicas, emprego e renda, romarias, saneamento, transportes, etc. Metas pontuais. Algumas, ridículas, a revelar-lhes o flagrante despreparo. Nada estruturado. Fiquei desapontado, mas certo de que somos uma gente paciente e até nos habituamos a decidir na véspera, admitindo que ainda há algum tempo para se fazer o arremedo de um projeto de governo. Sinto que isto tem o tamanho exato da enganação que, historicamente, levou nossa pobre terrinha a inchar de tantos problemas e soluções adiadas. Nenhum de nós, isoladamente, e nem mesmo o candidato de nossa predileção, pode carregar a veleidade de um conhecimento profundo e da extensão de nossas carências. Isto nunca se resolveu com uma proclamação pública de boas e legítimas intenções. Outro aspecto representativo da campanha foi a permanência de lideranças que insistiram em nos provar que estão “reabilitados”, renovados e numa juventude exemplar. Juazeiro do Norte demanda inovação, respeito, honestidade de propósitos, jovialidade mental, agilidade e vitalidade que, via de regra, só se encontra na renovação de valores e costumes, muito mais que a mesma experiência já vivida e pouco acreditada, mesmo que centrada em um hall de realizações que, mais que o “gênio criativo”, foram determinadas pela impulsão que as contas e a barganha municipal impunham, na grandeza de sua presença e num contexto de grande centro urbano. Mas, como já diagnosticaram, “a política é muito dinâmica”, e já não resta a menor dúvida de que o eleito muito vai representar de esperança quando vier a nos revelar que projeto de governo elegeu para nossa cidade. Tenhamos fé. Mesmo porque, se todos eles também tivessem isso como premissa, como poderiam ser contra, entre si ? O poder já dividia Juazeiro em 1911, no nascimento. Não podemos aceitar que os péssimos exemplos de políticos que grassam por aí continuem a nos desafiar. Nisto, posso dizer, consciente e angustiado, que lamento a reprise de velho e gasto filme que nos acompanha e entra em cartaz a cada temporada eleitoral, quando o ingresso já foi pago.
(JUANORTE, 05.10.2008)

PAUTA INADIÁVEL EM JUAZEIRO
As urnas falaram e estão sacramentados os novos gestores. O PT chegou à prefeitura de Juazeiro do Norte como conseqüência de uma conjuntura que se iniciou com uma militância muito ativa nos anos 80, especialmente quando o partido é estruturado em 1984. Releve-se, igualmente, a carreira emergente de Manoel Santana (vereador e candidato a prefeito em duas campanhas, anteriores), beneficiado mais recentemente pela briga na convenção do PSDB e, principalmente, pela vontade do eleitor em mudar a cena política da cidade. As primeiras conseqüências desta eleição podem ser vistas com a alteração do quadro de nossas lideranças. Aparece-nos como “herdeiro” o deputado José Nobre, considerado outro grande vitorioso na disputa. Juazeiro do Norte, agora parece-nos, fará parte de sua base eleitoral. Por um lado, ele já é visto como parte indissociável da interlocução com o Planalto, ligação direta que a cidade não possuía antes. Na ressaca da festa comemorativa, já se fala num PAC municipal, pois com tal expressivo eleitorado e tão valiosa conquista, os planos nacionais para 2010 não poderão ignorá-lo. Na semana passada aqui falamos do vazio que foi a campanha recente, pela ausência de um projeto para Juazeiro do Norte. Os candidatos, e PT no meio deles, apresentaram um balaio de ideias, quase todas simpáticas aos ouvidos dos eleitores. Mas, não se disse como fazer. Agora, esta inserção de Juazeiro do Norte como parte da grande marcha do PT no Ceará, ainda mais legitimada pela base de sustentação do governo Cid Gomes, deverá garantir maior fluidez das metas e pleitos já postos (hospital regional, aeroporto, anel viário, centro de apoio ao romeiro, etc) e coisas outras de uma pauta inadiável que tanto a cidade reclama (saneamento básico, moradia, continuidade de ações dos gestores anteriores, eficiência em serviços públicos, melhor atenção para as romarias, etc). O novo prefeito promete inovar com a criação de Conselhos Populares de bairros, com os quais pretende construir um orçamento participativo. Na questão política, especificamente, já se pode antever que não haverá nenhuma baliza desta nova gestão, mesmo que consideremos que a câmara municipal se renovou em quase 62%. Ela se apresenta, momentaneamente, sem perspectiva de embaraço para o novo prefeito, pois a oposição está configurada, em princípio, entre 7 a 14%. De todas as coligações, onze partidos fizeram seus representantes. Na resolução de uma pendência de caso sub judice, o PTB poderá perder sua única posição. Levando-se em conta as alianças que ainda serão feitas, em busca de ajustes de campanha, de posições no secretariado e acomodações de suplentes, a sustentação está garantida numa proporção muito superior à que elegeu o prefeito (57%). E para início de governo, isto só é muito bom para quem assume. Para quem espera, ficará a impressão desconcertante de que o povo eleitor não acertou em tudo. Mas, ficou, provavelmente, aquela forte lembrança, de um grande momento vivido pelo país, há precisamente vinte anos atrás, no qual Ulisses Guimarães, na promulgação da nova Constituição Federal, afirmou: “A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar.” A Nação espera que o PT nunca esqueça isto.
(JUANORTE, 12.10.2008)

BASÍLICA E REABILITAÇÃO
Poucas vezes, com respeito às coisas de Juazeiro do Norte, a emoção me levou às lágrimas. Uma delas aconteceu há pouco tempo. No início deste ano, recebi a informação confidencial, diante de um pequeno grupo de amigos, que a Santa Sé havia posto sua assinatura no ato de elevação da nossa Igreja-Matriz a Basílica Menor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores. Por muitos dias, eu me perguntei que sensação foi esta, que na sua essência parecia guardar um misto de muita alegria, de grandes preocupações e de imensas saudades. Sentia, inicialmente, a alegria com a graça que recebíamos com esta distinção para aquela que fora uma capelinha minúscula na fazenda do Brigadeiro, matriz de nossa fé na Mãe de Deus. Começava a antever as grandes preocupações decorrentes destas responsabilidades que isto imporia a nós mesmos, mentores deste magnífico centro de romarias, a serviço de nossa crença. Era inevitável, também sentir, finalmente, saudades imensas daqueles que nos precederam, e que não estariam ali, fisicamente, para presenciar esta consagração, gente de família, tantos amigos que viveram e lutaram por esta caminhada de reconhecimento, especialmente o meu saudoso Mons. Murilo. A primeira impressão real deste ato é que ele traduz uma conquista deste povo romeiro, sertanejo, fiel a uma devoção à nossa Mãe das Dores, plantada em seus corações pela excelsa vocação missionária do Pe. Cícero, no pleno socorro espiritual de sua gente. Veio o grande dia e a festa mudou a cara e o coração do Juazeiro, pois raras vezes vimos uma romaria tão tocante, tão concorrida, tão festiva ao sabor de tão piedosa participação. Passado o burburinho citadino daqueles dias, ainda em meio à recente campanha eleitoral, persistem indagações daqueles que procuram entender estas novas atenções da Igreja para com a causa do Juazeiro. A Basílica é, de fato, um sinal evidente de que está próxima a reconciliação da Igreja com os romeiros do Nordeste ? A Igreja considera legítima uma iniciativa de reabilitar o Pe. Cícero, aceitando as preces dos seus devotos ? A quem interessa reascender, agora, a questão de uma nova Diocese no Cariri ? Nós veremos tudo isto ou será mais fácil aceitar que o tempo de Roma é mesmo eterno, como já referiu, pacientemente, o bispo D. Fernando ? Tão logo a Romaria da Padroeira foi encerrada, o debate foi transferido, momentaneamente, para o vetusto Seminário da Prainha, hoje transformado numa academia renovada, futura Faculdade Católica da Prainha, desarmada do sectarismo clerical do século XIX, pelo menos com respeito ao fenômeno do Juazeiro. Dentre as questões mais expressivas ali tratadas, releve-se o resgate de um novo e profundo estudo de natureza teológica, com vistas à atualização e uma visão mais contemporânea desta força que representa as romarias de Juazeiro do Norte. Também se vê com expectativa a consolidação de uma base documental que subsidie estes estudos, a partir de uma íntima e produtiva relação entre os vários detentores destes arquivos. São estas algumas pistas para a nossa melhor compreensão desta realidade, de onde emerge, com vigor e esperança, este novo sinal de uma Basílica que sinaliza com a próxima e esperada reabilitação do Pe. Cícero, numa reconciliação com os romeiros da Mãe das Dores, a quem se deve tudo isto que somos hoje em dia. 
(JUANORTE, 19.10.2008)

AEROENGANAÇÃO
Uma notinha perdida numa folha de jornal me chamou a atenção: “A Flex Linhas Aéreas inicia amanhã (19) as operações dos voos ligando o Rio de Janeiro a Recife, Campina Grande, Fortaleza e Juazeiro do Norte. A companhia informa que os voos terão frequência diária.” À primeira vista, parecia um único voo, com duas escalas. Vasculhando informações, encontram-se detalhes que justificam a notícia, pois de fato, durante um congresso da ABAV (2007), a parte da velha Varig que não foi vendida a Gol confirmava oficialmente sua primeira empresa de voos regulares. Nascia a Flex Linhas Aéreas que iria operar com as antigas rotas da Nordeste Linhas Aéreas. A nova linha da companhia seria iniciada em seguida, operando no trecho Rio de Janeiro-Salvador-Recife, com duas frequências diárias e com equipamentos Boeing 737-300. A companhia tem uma única aeronave e deve receber, até o fim do ano, mais quatro aparelhos. Diante desta notícia, percebe-se que os planos foram acomodados num acordo assinado entre a Flex e a VRG Linhas Aéreas em maio passado. Segundo informações encontráveis na internet, a Flex cede sua aeronave e tripulações, e garante manutenção e seguros para operar linhas da VRG. Unificando malhas aéreas da VRG e da GOL, a Flex passará a operar os voos 1818, 1819, 1824 e 1825, com frequências diárias que vão ligar o Rio de Janeiro a Recife, a Campina Grande, a Fortaleza e a Juazeiro do Norte. Sem qualquer alteração no formato do acordo entre as companhias, os voos permanecem na malha da VRG/GOL e continuam sendo comercializados pela empresa. No momento da venda dos bilhetes, o cliente será informado que o voo naquela rota faz parte de um acordo entre as duas empresas e que será operado pelo equipamento da Flex. Além disso, espera-se um comunicado anunciando a parceria entre as duas companhias. O voo 1818 deixa o Rio de Janeiro às 10:50h chegando a Recife às 13:30h, de onde decola em direção a Campina Grande às 14h, aterrissando 40 minutos depois. De lá, com o número 1819, sai às 16h, de volta a Recife onde chega às 16:40h. Às 17:10h, parte de volta ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, aterrissando às 20:10h. Do Rio, o voo 1825 parte às 21:05h em direção a Fortaleza, onde chega às 00:15h e parte às 00:45h para Juazeiro do Norte, aterrissando às 01:45h. Às 04:30h, a mesma aeronave, assumindo o voo 1824, sai de Juazeiro do Norte chegando a Fortaleza uma hora depois. De lá, às 06:00h, parte de volta ao Rio de Janeiro chegando às 09:25h. Resumindo: onde se lia, antes, Gol, nos voos 1824/1825, leia-se Flex Linhas Aéreas. Como se vê, não é uma nova rota que se inaugura, mas a sua cessão a uma nova operadora. Na prática, o acesso a Recife, a partir de Juazeiro do Norte, fica mesmo por conta do voo 1811, já em operação, saindo às 14:50. Se alguém desejava ir de Juazeiro do Norte a Campina Grande, só um reembarque quase 24 horas depois, no voo 1818. Até o presente momento, a página da Infraero na web não registrou nenhuma alteração, estando os referidos voos como operados pela Gol, e a Flex não é mencionada em nenhum dos aeroportos brasileiros. Saem os novos equipamentos 737-800, da dita “frota mais moderna do Brasil”, para o velhinho, quase aposentado 737-300, renascido das cinzas da Varig. 
(JUANORTE, 26.10.2008)

CULTURA POPULAR DE JUAZEIRO
Não é difícil a compreensão de que a principal força a impulsionar Juazeiro do Norte para o seu desenvolvimento passa, necessariamente, pelas manifestações da sua cultura popular. Aqui se deve entender que falamos de uma cultura não erudita, gerada a partir de seus produtores, dentre as classes excluídas socialmente, contrariamente àquela cultuada pelo pensamento científico, acadêmico, por parcela das elites sócio, política, econômica e socialmente estratificada. Também não é oportuno a segregação nefasta entre o bom e o inferior, daquilo que vem de uma e de outra. Assomou-nos por largos anos, neste particular, um certo complexo de inferioridade. Foi o bastante para marcar diversas gerações sob esta tacanha ótica de enxergar o atraso. Ele vinha, sem dúvida, pela ausência de escolas. Em verdade, não vinha só porque a opção foi a cultura do homem do povo habituado a se manifestar “intelectualmente” pelo vestir, pelo dançar, pelo cantar, pelo contar, pelo comer, pelo testemunho de vida na simplicidade do seu existir. Daí a sua expressão legítima, culturalmente, que abrigou uma reação desse povo, como agente dessa cultura, tornando a sua arte popular sempre contemporânea, não submetida ao desgaste dos modismos, das escolas, das tendências. Eventualmente, são influenciadas sem a cooptação. Nada mais internacional que o regional, o local e provinciano. É necessário falar desta realidade como forma de avançar a nossa compreensão por este momento que vivemos, no qual a cultura popular é objeto de estudos acadêmicos, pela dita cultura erudita. Então, não há sentido qualquer a diferenciação, especialmente de valor, o que conceitualmente nos afasta deste consumo que, na essência, é a razão da sustentação desta produção cultural. Em Juazeiro do Norte as pessoas necessitam enxergar os grandes valores guardados por entre as obras de centenas de artistas populares, no canto, na literatura, no teatro, na música, na dança, no artesanato, no cinema, na fotografia, nas novas mídias eletrônicas, onde for e se manifeste. Parece que há, entre nós, uma percepção discriminadora, profundamente enganosa, nos olhares sobre os artistas populares. Dá pena vê-los mendigar o auxílio necessário às suas manifestações, como se fosse uma gente degredada, filha da nossa ignorância cultural que prefere a dita cultura erudita, como se a deles fosse inferior. Para corrigir esta nossa cegueira cultural, urge que a nossas escolas descubram a força de tantos espaços culturais distribuídos generosamente por nossa cidade. Alguns, felizmente, mantidos pelo necessário mecenato das instituições públicas e privadas. A este novo governo, nada de panis et circus. Antes disto a nossa cobrança antecipada para o reconhecimento sensível desta tarefa imperiosa: proteger a nossa cultura popular para que ela forme novas plateias. Não são as nossas “esmolas” que eles esperam, senão a presença e seu aplauso, o que nos tornará, sem sombra de dúvida, admiradores e consumidores de sua arte. Nossa homenagem a José Stênio Silva Diniz, um dos Mestres da Cultura do Ceará. Bravo ! 
(JUANORTE, 02.11.2008)

CARGA TRIBUTÁRIA E JUAZEIRO
O governo tem anunciado, frequentemente, recordes na arrecadação de tributos (IR, IOF e CSLL, principalmente). Porque pagamos a conta, todos nós sabemos o quanto é alta a carga tributária no Brasil. E são números alarmantes. Por exemplos simplórios, tais como 40% da conta de energia, 36% do preço do café, 40% do doce do açúcar e 35% da delícia do biscoito, é que se desenha um quadro muito opressor sobre a debilitada economia do consumidor deste nosso emergente mercado interno. Mesmo com os incentivos para a cesta básica, os impostos ainda comem 18% do preço da carne e do feijão e 35% do macarrão. São expressões de indignação que colho de entendidos, pois ao consumidor, nós, pobres mortais, sequer, a mínima informação não vai parar na nota fiscal que, culpa nossa, muitas vezes, nem cobramos. Por conta deste escorchante assalto aos nossos bolsos, o governo vive prazerosamente e tripudia sobre a nossa combalida situação de compulsórios endividados. Bastaria a ele, agora, a racionalidade de conter a expansão dos gastos públicos com maior seriedade e determinação, para que a arrecadação, uma vez devolvida ao contribuinte, na forma em que os municípios esmolam, viesse a merecer mais alguma tolerância ao imperativo de uma profunda reforma tributária. Desçamos deste patamar de especulações para a realidade de nosso Juazeiro do Norte. Alguém aí sabe o que o governo arrecada entre nós ? Nos primeiros seis meses de 2008, o Brasil arrecadou exatos R$ 234.105.685.250,00. O Ceará contribuiu com R$ 1.814.152.396,00 e Juazeiro do Norte com R$ 52.001.567,00. Fortaleza ocupa momentaneamente a 26ª posição de arrecadação do país. Nós estamos na posição 121, com R$ 58.369.123,00, logo abaixo de Sobral, que é a de 120. Juazeiro do Norte é discretamente superior a Petrolina, a de número 123, com R$ 51.231.875,00. Este ranking, divulgado pela Receita Federal mostra, significativamente, pelo menos no caso do Ceará, as forças que orientam à configuração espacial de novas regiões, pretensamente metropolitanas, nos pólos de Litoral, Zona Norte e Cariri. Se cada juazeirense contribui com cerca de R$ 1,16/dia, ou R$ 423,40 ao ano, os números projetam que a arrecadação em Juazeiro do Norte deve crescer ainda quase 6% em 2008, na dependência dos resultados do segundo semestre, para atingir cerca de R$ 125 milhões na virada do ano. Convém salientar que estes valores não incluem a arrecadação previdenciária, mas apenas as receitas administradas pela SRF e estes números sinalizam com uma importância crescente da máquina arrecadadora em Juazeiro do Norte. Se pensarmos no retorno que isto pode promover, poderíamos ajuntar um modesto rol de investimentos do governo federal que não faz jus a este potencial. Vejam o caso do Aeroporto Regional do Cariri, para o qual se espera um total de recursos de até 30 milhões, e que esbarra numa questão que está transita entre a boa vontade do Governo para a doação do terreno e a corrida contra o tempo, para que tais recursos não caiam em exercício findo, uma vez que vinculados ao orçamento da União, por emendas da representação política. Aliás, historicamente, tem sido as péssimas regras do jogo político, aplicado a nossa cidade, um dos principais responsáveis por este estado de quase abandono que vivemos. Levanta, Juazeiro do Norte, é a tua hora, por méritos da sua força de trabalho. Pois, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. 
(JUANORTE, 09.11.2008)

JUAZEIRO DO NORTE, 42ºC
Na romaria recente, constatou-se, como de outros anos, o agravamento do nosso clima, já tornado quase insuportável por temperaturas elevadíssimas, de até 42ºC ao sol, pouco amenizado, pelos 38ºC, à sombra. Isto é apenas um indicador de como a questão se reflete entre nós, pela degradação ambiental, até num contexto mais amplo, regional. Não vale muito, neste espaço, digressões sobre este diagnóstico. A problemática parece-nos, está esclarecida entre o efeito-estufa e os descaminhos que tornaram áridos os velhos espaços do oásis de antigamente. Cabe-nos algum esforço sobre o que poderá ser a “solucionática”. Um dos problemas básicos que enfrentamos diz respeito ao baixo índice de vegetação na área urbano, ou urbano-marginais, o que nos remete às limitações dos nossos mananciais aquáticos. É necessário realizar alguma coisa que modifique o nosso microclima, para que ele possa oferecer alguma resposta, minimizando este grave desconforto. A companhia de águas vem realizando um projeto de reuso na agricultura, há alguns anos, a partir de seu efluente tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). A Cagece informa que está elaborando um plano diretor que contempla abastecimento e esgotamento sanitário para todo o Cariri. Há uns anos atrás, um bom trabalho feito por técnicos do Cefet e Centec demonstrou que as cinco bacias da ETE Malvas não eram suficientemente eficazes para reduzir os conteúdos de nitrogênio e fósforo das águas residuárias do esgoto doméstico de Juazeiro do Norte, segundo normas do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA. Em consequência, havia uma previsão, ainda não superada, de eutrofização – crescimento excessivo de algas nos espelhos de água do corpo receptor, o Rio Salgado. Mais recentemente, um outro trabalho feito pelo Centec reavaliou a situação e encontrou melhor estado de desempenho da ETE, com relação a matéria orgânica e nutrientes. A Cagece, segundo me informam, está empenhada em realizar outras melhorias nas suas instalações e não as fará solitariamente, pois é necessário que sejam igualmente implementados projetos integrados de melhor utilização dos recursos hídricos que contemplem outras finalidades. Com novas melhorias a serem introduzidas nos equipamentos da ETE, até que poderia ser também viabilizado o reuso no meio ambiente, para áreas recreacionais, contato acidental (pesca e canoagem), permitido a utilização em represas, lagos e lagoas estéticas, em que o contato com o público não é permitido, pelos riscos óbvios à saúde humana. Isto poderia nuclear um novo e verde parque na cidade, um bosque com vegetação característica de espécies xerófilas, típicas da região, como o juazeiro, fruteiras e parque de vegetação mais rasteira. Não se tem dúvida que o incremento de área arborizada está no foco de esforços para a geração de microclima saudável a uma convivência mais tolerável pela população, com reflexos sobre mais ampla área da região, agregando-se o lazer indispensável ao conforto e à saúde física e mental do cidadão. No caminho destas ações está o devido esclarecimento, a necessária educação ambiental para a superação destas dificuldades que sentimos na própria pele. Devemos relevar qualquer esforço inicial, neste sentido, como o que se verifica por iniciativa do Pe. José Venturelli, em todo o domínio salesiano da colina do Horto, pois é um passo inicial e valioso ao amplo reflorestamento e recuperação da Serra do Catolé. 
(JUANORTE, 16.11.2008)

QUEM LÊ JORNAL ?
Os dois principais jornais do Ceará, os mais lidos em Juazeiro do Norte, devem estar imprimindo cerca de 60 mil exemplares por dia, com circulação nacional. Há quem diga que o mercado não assimilaria mais que 40 mil, e até se calcula que um bom nível de assinatura, se pensarmos num leitor mais cativo, deve estar por volta de 30% disto, ou 12 mil exemplares. Abaixo ou acima está o prejuízo evidente, a não sustentabilidade do empreendimento. O potencial de Juazeiro do Norte, me diz a mesma fonte, gira em, no máximo, 500 exemplares diários, o que seria “assustador”, se a meta fosse atingida a curto prazo. Nesse contexto de desapreço ao jornal, a mídia eletrônica vem invadindo gradativamente este nicho de mercado, a mais baixo custo e ótimas vantagens, continuará alterando substancialmente esta relação com a mídia impressa, numa opção clara pelo modelo “fast news”. Uma evidência: a morte de uma edição impressa em 24 horas tem levado redações a redirecionar suas pautas com maior agressividade para a reportagem, mais que o noticioso, como o leitor vinha exigindo. Resiste, provincianamente entre nós, uma imprensa de “donos de jornais” repleto de colunas para satisfazer um pretenso leitor cativo e, infelizmente, pouco exigente. E isto é bem típico de nossa cultura. A opinião deve se consagrar como vocação primordial do jornal, um filão mais presente na versão impressa, diante das novas exigências atualizadas. O “furo de reportagem” se deslocou para a esfera do jornalismo investigativo e não é mais o requinte do noticioso corriqueiro das folhas, frequentemente assaltadas com o sensacionalismo das desgraças do mundo. E não é por acaso que a leitura da mídia impressa está em crise no mundo inteiro. Exatamente porque o leitor de jornal está se habituando a lê-los pela rede, ou a frequentar portais mais dinâmicos na web. Não se pode dizer categoricamente que o modismo não chegou à província. Juazeiro do Norte continua convivendo com uma sobrevivência de jornais diário, semanal, mensal e ocasional. Não há dúvida que estes heróis da resistência, mercê, especialmente de sua aperiodicidade, o patrocínio institucional e de comércio, indústria e serviços, tem bancado a existência de uma imprensa que, em um século, desde o Rebate de 1909, sobrevive com um catálogo de quase 300 títulos. Se a maioria não tem a expressão do que seria um jornal de bom porte, a serviço de interesses comunitários, a cidade se auto-proclama um autêntico cemitério de jornais. Pouquíssimos foram os que legaram uma memória jornalística expressiva para as nossas expectativas. A maioria sumiu, sem que tenhamos notícia, por vezes, de um segundo número. Na atualidade, felizmente em virtude do domínio da internet em nosso dia a dia, tem sido melhor tê-los na telinha para uma leitura cotidiana da vida da cidade e da região. Vamos aos poucos, como este Juanorte, substituindo o velho hábito de esperar pela folha nas bancas. Isto nos livra, em parte, do vexame de encontrá-los trazendo pouca coisa que se aproveite. Estamos certos de que na dinâmica deste ciclo evolutivo os desafios recaem sobre a qualidade de uma imprensa que guarda a herança meritória da combatividade, ao qual se associa uma resposta de rapidez e eficiência para não esquecer o mesmo leitor que também paga uma conta. Esta parece ser a consciência que vai continuar legitimando a luta pela existência e brilho da imprensa eletrônica, especialmente deste nosso Juanorte.
(JUANORTE, 23.11.2008)

O CENTENÁRIO DE CELESTINO
Em dezembro, a família, amigos e a sociedade estarão celebrando o Centenário de Nascimento de Antonio Corrêa Celestino, com a programação: Fortaleza–dia 4, 20:00 h–Lançamento do livro “Antonio Corrêa Celestino”, no Centro Cultural Oboé; Barbalha–dia 7, 11:00h–Missa Gratulatória, celebrada por Mons. Pedro Barreto Celestino, filho do homenageado, na Igreja-Matriz de Santo Antonio; Juazeiro do Norte–dia 7, 20:00h–Sessão Comemorativa do Centenário(Lançamento do livro), no Memorial Padre Cícero. Celestino nasceu em 07.12.1908 no Sítio Venha-Ver (Barbalha). Teve infância e juventude com a família, vivendo da agricultura e estudando. Em 1924, se iniciou no comércio. Trabalhou em Gondim Duarte & Sampaio, Casas Pernambucanas, Casas Lundgren Tecidos S.A., Alberto Lundgren & Cia. (Barbalha, Recife, Vitória de Santo Antão, Patos e Ribeirão). Constituiu, com Pedro Sampaio, Joaquim Sampaio e Manoel Coelho de Alencar, a firma Sampaio Alencar & Cia., e as lojas A Nova Aurora (Barbalha) e a Casa Alencar (Juazeiro do Norte). Foi um dos fundadores da Associação Comercial de Juazeiro do Norte, em 10.01.1924, ao lado de Odílio Figueiredo, José Geraldo da Cruz, Alberto Morais, Felipe Néri da Silva, dentre outros. Em 1938, com Sampaio & Cia., abriu nova loja de tecidos em Juazeiro do Norte (Casa Celeste). Em 1944 fundou nova firma (Celestino & Cia), com seu sobrinho Antonio Celestino. Do seu casamento com Luscélia Costa Barreto, tiveram 5 filhos: Dra. Ana Lusce Celestino de Moura, Mons. Pedro Barreto Celestino, Dr. Nicácio Barreto Celestino (falecido), Dr. José Roberto Barreto Celestino, e Dr. Tarcísio Barreto Celestino. Em 1955, Celestino fundou a Aliança de Ouro S.A. – Comércio e Indústria, da fusão de Celestino & Cia, Teixeira & Cia, Feijó de Sá & Cia e Aliança de Ouro Com. e Ind. Ltda., um exemplo de organização, uma S.A. precursora de experiência modelar de gestão empresarial, até com participação dos funcionários nos lucros das empresas. Celestino era acionista do Banco do Juazeiro S.A., com Edmundo Morais e Luciano Teófilo, que detinham o controle da instituição. Sob sua orientação, surgiram outros empreendimentos, como a ICASA, a CIGA (Iguatu), a IESA – Indústrias Eletromáquinas e o Curtume Santa Rosa. Celestino destacou-se como ativo líder de sua comunidade, permanentemente antenado por conquistas e melhorias para Juazeiro do Norte. Foram participações inesquecíveis as que nos garantiram agências bancárias (BB e BNB) e o Aeroporto Regional do Cariri. Em quase setenta anos, Celestino foi um dos mais eficientes interlocutores das lutas pelo desenvolvimento do Cariri, ao lado de Thomas Osterne, Alexandre Arrais, Antonio Costa, Raimundo Borges, Gregório Callou, Felipe Néri, Edmundo Sá, Hildegardo Belém, Edmundo Morais, Aderson Borges, Almino Loiola, e outros. Foi um dos líderes da campanha que gerou a CELCA, de capital local e que revolucionou o desenvolvimento da Região, com a chegada da energia de Paulo Afonso. Nos anos 50, Celestino liderou a instalação da primeira central telefônica, com 400 linhas. Depois veio a Companhia de Melhoramentos, com a construção do Hotel Municipal. Celestino faleceu em 2 de março de 1995, aos 86 anos de idade, tendo se conservado como um diligente operário até poucos dias antes de sua morte. Por todas estas razões, Antonio Corrêa Celestino é uma grande personalidade para ser lembrada eternamente.
(JUANORTE, 30.11.2008)

METROPOLIZAÇÃO DO JUABC
Desde que o assunto começou a ser falado, conceituamos metropolização como o processo em que as cidades do triângulo do Cariri vem experimentando a sua gradual transformação em “metrópole” por um indicativo primeiro, e simplório: – os núcleos urbanos principais, juntos, estão prestes a conter uma população de um milhão de habitantes. Momentaneamente, especialmente nas grandes romarias a Juazeiro do Norte, certamente esta questão recorrente é mais realista. Talvez por este balão de ensaio mais se eleve a nossa preocupação em preparar, já com algum atraso, a extensa pauta de equalização de problemas que agora mais celeremente faz parte do discurso governamental. O que significa isto ? Em primeiro lugar, sem dúvida a constatação de que a infra-estrutura urbana destas comunidades está excessivamente raquítica para alçar este foro “privilegiado”, a reclamar atenções e investimentos. O Cariri até que poderia ser uma região bem mais cuidada destas atenções, e por um tempo ainda poderia estar fora destas preocupações de “futura metrópole”. Mas, a defasagem, o tempo perdido, a inoperância político-partidária e as omissões da sociedade civil atrasaram sobremaneira o processo. Agora ficamos entre o “modismo”, a pressão urbana e o clientelismo. Mais provável é que por circunstâncias diversas, tenhamos de fugir de uma reengenharia governamental aplicada ao Vale, na busca de melhor cooperação entre os figurantes da cena política. Deste modo, tratamos a questão com a intransferível destinação setorial de equipamentos e seus investimentos: um hospital regional para cá, um centro de eventos para lá, um aterro sanitário para acolá. Esta distribuição, aparentemente sensata e conciliadora, mercê da barganha política local, faz a saída honrosa da distribuição à clientela. Ainda mais nestes tempos quando “todo mundo” renunciou ao privilégio das emendas no Orçamento da União. Transfere-se para adiante, por não ser do senso comum, o necessário entendimento para uma melhor proposta de políticas públicas aplicadas à Região que se pretende “metropolizar” por decreto. Sentimos, mas pulamos, da situação de conurbação, para esta outra, pretensamente mais avançada, supondo que os municípios do JUABC já fosse suficientemente integrados socioeconomicamente, a uma cidade central (?), com serviços públicos e infra-estrutura comuns. No caso do Cariri, seria desejável que esta nova configuração urbana não desencadeasse, obrigatoriamente a formação de uma “metrópole”, pois assim o fosso de desníveis inter regionais só tenderia a crescer. Como nada disso parece se verificar, como pressuposto do processo que se pretende implementar, alguns problemas urbanos ainda não são tratados em conjunto, mas isoladamente, com soluções apenas locais. Mergulhar mais fundo nestas questões, como transporte, abastecimento de água, esgotamento sanitário, o disciplinamento do uso do solo, etc, é tarefa que mexe com a reorganização da cultura de gestão pública caririense. Mas, felizmente, ao que se informa, corre pelo interesse da Cagece, como prestador de serviço urbano, a elaboração de um amplo projeto de um Plano Diretor para o JUABC, no que toca a sua competência de água e esgoto. E isto já é muito animador. O fato é que isto é muito bom para uma redescoberta do JUABC como núcleo privilegiado de novos e convenientes investimentos públicos de grande repercussão para aprimorar a qualidade de vida da região sul do Estado.
(JUANORTE, 07.12.2008)


O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI


SESSÃO CURUMIM (CARIRIAÇÚ)
O Centro Cultural BNB promove de forma itinerante (Arte Retirante) uma sessão de cinema para crianças, denominada Sessão Curumim, com entrada gratuita, exibe no dia 8, quinta feira, às 8 horas, na Comunidade do Sítio Monte, em Caririaçú, o filme JIMMY E NEUTRON – O MENINO GÊNIO (Jimmy Neutro: Boys genius, EUA, 2001, 90 min). Direção de John A. Davis. Sinópse: Jimmy Neutron é um garoto muito inteligente e criativo, mas que possui dificuldades em se relacionar com outros jovens da sua idade. A situação muda quando todos os pais da cidade são seqüestrados por alienígenas yokianos a mando do Rei Goboot. Isso faz com que Jimmy tenha que liderar uma expedição de crianças ao espaço sideral a fim de salvarem seus pais, que correm o risco de serem vítimas de um sacrifício. Uma aventura emocionante, divertida e cheia de perigos!
SESSÃO CURUMIM(JUAZEIRO DO NORTE)
A Sessão Curumim, do projeto Arte Retirante também ocorre no próximo dia 17, quinta feira, às 14 horas, no Orfanato Jesus Maria José (Rua Cel. Antonio Pereira, 64, Santa Tereza, em Juazeiro do Norte, o filme ANASTASIA (Anastasia, EUA, 1997, 85 min). Direção de Don Bluth e Gary Goldman. Sinópse: Aparentemente o Czar e toda a sua família morreram durante a Revolução Russa, mas, após alguns anos, surge um boato de que a Princesa Anastasia teria sobrevivido. Como sua avó, a grã-duquesa imperial que vive em Paris, ofereceu uma recompensa de 10 milhões de rublos para quem encontrasse sua neta, apareceram várias “Anastasias” sonhando ficar com a recompensa. Em Moscou, Dimitri e Vladimir se esforçam para encontrar uma jovem que se aparente com a princesa desaparecida e, assim, possam ganhar a recompensa. Quando estão quase desistindo encontram Anya, uma jovem órfã que não se lembra do seu passado, mas tem tudo para se fazer passar por Anastasia. Assim, começam a ensaiá-la e rumam para Paris, mas gradativamente Dimitri passa a acreditar que Anya é realmente a princesa desaparecida.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na quintas feira, dia 17, às 19:30 horas, dentro da Sessão GRANDES FAROESTES, o filme MAVERICK (Maverick, EUA, 1994, 127 min). Direção de Richard Donner. Sinopse: Em meio à uma série de aventuras, o inveterado jogador de pôquer Bret Maverick (Mel Gibson) tenta arrumar os três mil dólares que lhe faltam para participar de um jogo milionário em uma barca do Mississipi, no qual o vencedor vai receber meio milhão de dólares. Para entrar neste jogo poderoso, ele vai juntar forças com uma interessante e misteriosa jogadora.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na sexta feira, dia 18, às 19:30 horas, dentro da Sessão FILMES INESQUECÍVEIS, o filme SANGUE DE BÁRBAROS (Conqueror, EUA, 1956, 111 min). Direção de Dick Powel. Sinopse: O líder mongol Temujin (John Wayne) enfrenta uma dura batalha contra a tribo rival responsável pela morte de seu pai. Pior ainda é a guerra que ele enfrenta diariamente em casa, onde sua prisioneira de origem tártara, Bortai (Susan Hayward), tenta confundi-lo causando intrigas familiares.
CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 19, sábado, às 17:30 horas, o filme ORLANDO (Orlando, França/Holanda/Itália/Reino Unido/Rússia, 1992, 93 min). Direção de Sally Potter. Sinopse: O nobre Orlando (Tilda Swinton) é condenado pela Rainha Elizabeth I (Quentin Crisp) a permanecer eternamente jovem. A maldição se cumpre e Orlando atravessa os séculos experimentando vidas, parceiros, sentimentos e mudanças de gênero.
IMAGENS ESQUECIDAS (XXXIII)
Há pouco tempo atrás, Regi Belisário, da Secretaria de Cultura, por está realizando um amplo levantamento sobre a região da antiga Pracinha do Socorro (depois Praça do Cinquentenário, e hoje Praça do Memorial, ou mais precisamente, Praça José Sarney) me pediu que fornecesse algumas fotos antigas sobre a região. Juntei a estas uma em que eu mesmo apareço, datada de 1953. Na imagem, eu estou com uma camisinha de lã, em listas , preto,verde e vermelho (lembro bem, pois ela foi guardada por muitos anos até mais que minha adolescência). Minha irmã, Ana Célia aparece sentada no chão da escadaria da pracinha. Duas outras crianças estão aí. De roupa branca está o Ricardo José Vilar de Brito e sua irmã, de costas, Maria Auxiliadora Vilar de Brito, frente ao guarda que fazia o policiamento da área. Ricardo e a irmã eram filhos de amigos nossos, o empresário Aderson de Moraes Brito e sua senhora, Maria Hosana Vilar de Brito. Ele, ligado à empresa P. Machado, usina de algodão que havia na Rua São Francisco, esquina da Rua São Paulo. O escritório era do lado impar da rua, enquanto a Usina era do lado par, onde por muitos anos funcionou a Rádio Progresso. Até o final dos anos 60, o galpão ainda existiu, tanto que aí foi montado pelo escultor Armando Lacerda a maquete da estátua do Horto. Depois houve a reforma e o prédio passou a ser ocupado pela Citelc. Durante muitos anos eu não me lembrava do Ricardo José, incluindo, claro, seu nome. Mas há poucos dias, consultando assentamento de batismo da paróquia de Juazeiro do Norte, ali descubro que Ricardo José Morais de Brito é nascido em Juazeiro do Norte, no dia 14.05.1950, foi batizado por Mons. José Alves de Lima, em 28.05.1950. Quando estava procurando informação sobre Auxiliadora, fui informado que ela trabalhara na antiga Teleceará. Por uma pessoa amiga terminei sabendo que ela falecera precocemente há uns três anos, aqui em Juazeiro do Norte. 
NOVAS RUAS

A Câmara Municipal aprovou designações, como homenagens, para novas ruas da cidade, conforme os seguintes atos: 

LEI Nº 4838 DE 25 DE ABRIL DE 2018: Art. 1º - Fica denominada de RUA ANTÔNIO EMÍDIO DA SILVA, no Bairro Frei Damião, a Rua Projetada 27 do Loteamento Parque dos Terésios, sendo a primeira paralela Norte à Rua Maria Neli Gonçalves, com início na Rua Manoel Tavares Lopes, sentido Leste/Oeste. Autoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Coautoria: José Nivaldo Cabral de Moura.

LEI Nº 4840 DE 25 DE ABRIL DE 2018: Art. 1º - Ficam denominadas as artérias públicas do Loteamento Jardins de Juá, situado na Avenida Agricultor Pedro Furtado de Menezes, no Bairro Salgadinho, no Município de Juazeiro do Norte/ Ce., na forma abaixo: I – RUA ANTÔNIO MAURO COMIN, a via local 01 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Rua Mauro Martins do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; II – RUA MARIA ELIZA BIANCHI, a via local 02 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Rua Mauro Martins do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; III – RUA JUVENAL DE SOUSA, a via local 03 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Avenida Ednaldo Silva Sousa do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; IV – RUA FABÍOLA LUANA CARVALHO, a via local 05 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Avenida Ednaldo Silva Sousa do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; V – RUA SAPATEIRO JOAQUIM FERREIRA, a via local 07 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Avenida Ednaldo Silva Sousa do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; VI – RUA MARIA IVONEIDE DE MELO, a via local 04 do Loteamento jardins de Juá, com início na Rua Mauro Martins e término na Avenida Ednaldo Silva Sousa do mesmo loteamento, sentido Leste/Oeste; VII – RUA DIONÍZIA FERREIRA DE SOUSA, a via local 06 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Rua Mauro Martins e término na Avenida Ednaldo Silva Sousa do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; VIII – RUA ENGENHEIRO MARCO ANDRÉ PINTO, a via local 09 do Loteamento Jardins de Juá, com início na Rua Mauro Martins do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste. IX – RUA RUBERLANIO FERREIRA, a via local 08, com início na Rua Mauro Martins e término na Avenida Ednaldo Silva Sousa do mesmo Loteamento, sentido Leste/Oeste; X – RUA MAURO MARTINS, a via local 10 do Loteamento Jardins de Juá, com início na estrada vicinal Pedro Furtado de Menezes e término e na Rua Engenheiro Marco André Pinto do mesmo Loteamento sentido Norte/Sul. Autor: Damian Lima Calú.

LEI Nº 4850 DE 25 DE ABRIL DE 2018: Art. 1º - Fica denominada de RUA PROFESSORA MARIA FÁTIMA MOREIRA DE OLIVEIRA, a Rua 11 (prolongamento da Rua Antônio Vieira Sobrinho), Conjunto Habitacional São Sebastião II, 1ª paralela Norte à Rua Augusto Dias de Oliveira, início na Rua 01, Conjunto São Sebastião II, sentido Oeste/Leste no Bairro Professora Maria Gely de Sá Barreto. Autoria: Glêdson Lima Bezerra.

CIDADÃO JUAZEIRENSE (I)
A dignidade de Cidadão Juazeirense acaba de ser conferida a mais um servidor dessa cidade, conforme o ato: RESOLUÇÃO N.º 903 DE 19 DE ABRIL DE 2018: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor ALEXANDRE LOPES DA SILVA, pelos inestimáveis serviços prestados à esta comunidade. Autoria: Rosane Matos Macêdo, Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva e Glêdson Lima Bezerra; Subscrição: Cícero Claudionor Lima Mota, José Adauto Araújo Ramos, Francisco Demontier Araújo Granjeiro, José David Araújo da Silva, Damian Lima Calú, Antônio Vieira Neto, Rubens Darlan de Morais Lobo, José Barreto Couto Filho, Domingos Sávio Morais Borges, Herbert de Morais Bezerra, Luciene Teles de Almeida.
CIDADÃO JUAZEIRENSE (II)

A propósito de uma das últimas concessões de título de cidadania juazeirense, no caso a Miguel Benedito Peixoto, noticiado na nossa coluna de 29.04.2018, recebi o seguinte e-mail de um dos seus filhos, Dr. Miguel Marx. Transcrevo com grande prazer o seu texto sem em nada alterar, pelo carinho de registrar o perfil de mais um dos homenageado num dos logradouros públicos de nossa cidade. Agradeço ao Dr. Miguel Marx a gentileza de ter enviado e a seguir a sua publicação. “Biografia resumida: Miguel Benedito Peixoto gostava de dizer que tinha dois aniversários, nasceu em 3 de abril de 1958, uma quinta-feira santa, na pequena Ibaretama, à época distrito de Quixadá (CE). Seus pais Odete Benedito Peixoto e José Peixoto Lins eram agricultores e viviam do sustento das plantações das suas terras. Era irmão único de Hemetério Benedito Peixoto (deficiente mental). Deslocar-se seis léguas de jumento para chegar à escola foi rotina por muitos anos na zona rural. Na adolescência foi sacristão e sempre aluno destaque, apesar das dificuldades, a vontade de crescer era maior. Iniciou e concluiu a vida estudantil em escolas públicas, graduou-se Pedagogia na UECE em 1987 (destacando-se como líder estudantil). Foi aprovado no concurso público do Banco do Brasil no ano de 1979, ocasião em que obteve o 11o lugar nacional. Foi correspondente do Jornal O Povo e da Rádio Uirapuru, época em que comprava fichas telefônicas e realizava a transmissão ao vivo a partir de orelhões. Casou-se em 1979 com Maria das Graças de França Peixoto, junto dela, em 1985 abriu o primeiro comércio: Casa do Queijo, onde vendiam produtos da agricultura familiar (queijo, manteiga-da-terra e mel) produzido sítio de seus pais. O comércio cresceu e virou a “Doces & Balas”, em 2002 a tabacaria foi transformada em Comercial São Miguel, um dos maiores comércios varejistas local, gerador de trabalho e emprego. Os quatro filhos cresceram trabalhando no comércio dos pais e a partir dele lhes foram assegurados sustento e estudos. Hoje formados: Miguel Marx (1981), médico, advogado e acadêmico de Engenharia Civil, que mora e trabalha no Juazeiro do Norte há 18 anos; Odete Melba (1985) e Olga Lourdes (1987) ambas cirurgiãs-dentistas e Miguel Lenges (1989) advogado. A educação dos filhos foi sempre motivo de orgulho e que ele fazia questão de divulgar para os amigos. Integrado à Câmara de Dirigentes Lojistas e Rotary Club, eleito em ambas, Presidente por duas gestões. Costumava estar integrado aos circuitos sociais, de criar ideias e mobilizar pessoas. Grande incentivador da cultura de viola, cordelista, comandou o programa Momento da Viola, na Rádio Cultura. Promovia festivais de cantoria em várias cidades do interior cearense, convidando cantadores, repentistas de diversas cidades do Nordeste para eventos. Era escritor e poeta, escreveu o livro Parnaso Agreste. Produziu o CD Um Cantador Exemplar, Exemplo de cidadão, no qual homenageava os 120 anos de aniversário do Cego Aderaldo, nome nacional, poeta cratense. Faleceu precocemente aos 53 anos, na cidade de Quixadá (CE), em 26 de agosto de 2011, quando saía da agência do BB, onde ocupava a função de gerente, vítima da ação de criminosos que, com cinco tiros, o tiraram da família e amigos. Os bandidos, até hoje, recorrem em liberdade.” A coluna também tem o prazer de ilustrar essa nota com uma foto do homenageado que pode ser encontrada publicamente na internet através da busca com o Google.

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