sexta-feira, 29 de março de 2013

Revista Melhores

REVISTA MELHORES Encontra-se na internet (http://revistamelhores.com/) esta Revista Melhores, editada apenas eletronicamente, por uma equipe constituída por: Diretora Geral: Vanda Carneiro; Diretor Executivo, Projeto Gráfico e Jornalista Responsável: Dante Moreira; Diretor de Marketing Institucional: Igor Moreira. Sua proposta é a de veicular matérias sobre o desenvolvimento sócio-político-econômico e cultural do norte-nordeste brasileiro. Sua periodicidade é bimestral. Nos dois primeiros números disponíveis para leitura, a Revista foca em personalidades do nosso desenvolvimento, destacando especialmente o setor produtivo, cuja performance mais recente tem trazido grande animação a toda a cidade. Os dois números teriam sido veiculados no ano passado, mas em nenhum momento há uma data registrada para cada uma das duas edições. 

ESTATISTICAS Nas recentes celebrações de nascimento do Pe. Cícero, li pela imprensa a menção de que Juazeiro do Norte deve estar recebendo cerca de 2,5 milhões de visitantes por ano. Este número é uma estimativa quase sempre feita por uma amostragem que não se sabe que base técnica ou científica tem. Mas é o tal negócio: na hipótese de que seja falsa, de tanto repetir, virou verdade e o que era, há pouco, uns 2 milhões, agora se acresce mais uns 25%. E como por estes dias também foi divulgado uma listagem de destinos turísticos mais visitados no mundo, aproveito para por um pouco de discussão neste nosso dado. Vejam, na tabela abaixo, com dados que estão disponíveis na internet, os números de visitantes/ano em cinqüenta cidades, em todo o mundo. A prevalecer a nossa “verdade”, Juazeiro do Norte estaria num 33ª posição, acima de reconhecidos deste ranking. Faltam-me elementos concretos para avaliar e certificar esta nossa inserção neste hall. A maior suspeita é que isto é mentira. Ou, se alguém achar melhor, digamos, uma meia verdade. Veja o caso de Paris. As autoridades francesas divulgaram que a cidade recebeu em 2012 cerca de 15 milhões de turistas. Isto é bem mais que a tabela abaixo registra. 

CINE ROULIEN O que os nossos pais assistiam antigamente? Estamos procurando relembrar alguns dos cartazes da programação ordinária dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. Nesta época, ambos exibiam em sessões noturnas únicas, às 19:30h. Vamos relembrar o que estava no Roulien, no dia 26.01.1949: Uma Vida Roubada. Na ilustração, um cartaz de divulgação encontrável na internet. A ficha técnica da película é: Título original: A stolen life; Estados Unidos,1946; Direção: Curtis Bernhardt; Elenco: Bette Davis, Glenn Ford, Dane Clark, Walter Brennan, Charles Ruggles, Bruce Bennett e Peggy Knudsen; Sinopse: Drama no qual duas irmãs gêmeas, uma virtuosa e outra mentirosa, estão apaixonadas pelo mesmo homem. Vários acontecimentos levam a um acidente que muda o destino de todos. 
CINE ELDORADO O Eldorado exibia no dia 27.01.1949: Noite de Surpresas. A ficha técnica, sumariamente, era: Título original: Boston Blackie's Rendezvous; Estados Unidos, 1945; Direção: Arthur Dreifuss; Elenco: Chester Morris, Frank Sully, George E. Stone, Richard Lane, Steve Cochran, Nina Foch e Iris Adrian; Sinopse: Boston Blackie, um ex-ladrão de joias que torna-se detetive amador, ajuda um refém de um maníaco a fugir. Interessante observar que nesta semana, no dia 29, um sábado, o Eldorado iniciava a exibição de um seriado, cujo título era Bandidos das Selvas, que foi mostrado, em 15 capítulos, ao final da exibição do filme principal, com o neste caso, com A Diligência de Sonora (Sonora Stagecoach), produção americana de 1944, dirigida por Robert Emmett Tansey, que tinha no seu elenco, Hoot Gibson; Bob Steele; Chief Thundercloud; Gene Alsace; Betty Miles; Glenn Strange; George Eldredge, e cuja sinopse era: Rocky Cameron (Hoot Gibson) é acusado de um crime que não cometeu e pede ajuda ao Trail Brazers (Bob Steele) para provar sua inocência. Aliás, para saudosistas militantes, este seriado, em DVD, poderá ser encontrado em lojas especializadas, consultando pela internet. 

Azarias e Floro
AZARIAS Um dos juazeirense mais ilustrados que conheci foi o Mons. Azarias Sobreira Lobo (*Juazeiro: 24.01.1894; +Fortaleza: 14.06.1974, ordenado sacerdote em Cristo, em 22.04.1917). Vez por outra me lembro que seria desejável que alguém tomasse para si escrever-lhe um belo perfil biográfico, pois sua vida foi exemplar no ministério que assumiu. Agora sei, e com isto fico muito contente, que Geová Magalhães Sobreira está produzindo este texto para uma publicação próxima. Trata-se de um resgate histórico sobre um pioneiro dentre alguns que tem tratado da necessária revisão histórico-eclesial do Patriarca de Juazeiro. Aliás, esta sua obra prima, encerra um dos títulos mais adequados a padrinho de todos os sertões nordestinos. 
FLORO Voltou-se a falar de Floro Bartholomeu da Costa por ocasião da celebração dos 169 anos de nascimento do Pe. Cícero Romão Baptista. E no meu sentimento, com dois equívocos. Primeiro: No começo dos anos 70 eu visitei seu túmulo no Cemitério São João Batista, na Rua Real Grandeza, em Botafogo, Rio de Janeiro. Seus restos mortais continuam lá, e não em Salvador. Segundo: é um grande erro trazer o que restou deste pobre homem para junto do túmulo do Pe. Cícero. Até lembro a reação de Amália Xavier de Oliveira, ao tempo em que, no governo de Orlando Bezerra, se falou nesta hipótese, pela primeira vez. Quando lhe comuniquei que isto estava em gestação, ela prontamente se levantou da rede, fez-se um silêncio constrangedor e, finalmente me disse: É ele entrando por aquela estrada e eu saindo pelo Logradouro. Realmente, não era para menos, pois a perseguição que sofreu a família Xavier de Oliveira, especialmente o filho Toinho (Dr. Antonio Xavier de Oliveira) foi algo que começou pela publicação do livro Beatos e Cangaceiros e só foi terminar quando o doutor-coronel-deputado morreu no Rio de Janeiro, precocemente. 
UFCA No cronograma de apreciação do Projeto (PL 2208/2011) de criação da Universidade Federal do Cariri, em Juazeiro do Norte, já foi encerrado no dia 21, pp, o período de apresentação de emendas a serem submetidas à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Nenhuma emenda foi apresentada, e agora começou a transcorrer o prazo para que o relator, dep. José Nobre Guimarães (PT-CE) apresente o seu Parecer. Isto, certamente é tarefa de rápida execução, uma vez que o referido deputado, em outra comissão, já deu seu parecer favorável ao mesmo projeto. Aguardemos para os próximos dias novas noticias atualizadas através de: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=518566. Em breve conversa com o prof. Jesualdo Pereira Farias, inteiramente informado deste andamento, ele me assegurou que no mais tardar em agosto próximo será sancionada a lei de criação da Universidade Federal do Cariri. E aqui fica uma sugestão que faço ao magnífico reitor, aquele que será encarregado de fazer a transição UFC – UFCA: No dia 04.03.2014 (uma terça feira) alguns poderão lembrar que neste dia, há 100 anos, determinou-se pelo estabelecimento do Estado de Sítio no Ceará, o final da famigerada Sedição de Joazeiro. Não antes der ser perpetrada a violência dos ataques e tomadas de Crato, Barbalha e Missão Velha. Se esta data, apesar dos pesares, histórica, não puder ser apagada de nossas memórias, que em seu lugar surja uma nova celebração para este Cariri, hoje progressista e aparentemente pacificado, com a instalação, neste dia, de nossa Universidade, coincidindo, provavelmente, com a abertura do seu primeiro ano letivo, de uma longa história, que muitos de nós não assistiremos. Fica a sugestão. 

MUSEUS Como bem já nos advertiu o Mons. Murilo de Sá Barreto (“Juazeiro é uma terra de pouca Geografia e muita História”), nossa cidade é uma comunidade que ao se estabelecer e a exibir este primeiro século de cidadania, até merece um acréscimo na sua rede de museus. É preciso referir a datas, fatos e personagens que constituíram esta trajetória, antes que nos esqueçamos, ou que algum novo m modismo nos faça de memória curta. Por isto mesmo, louco a iniciativa do jornalista Demontier Tenório ao inserir na Revista Costumes (Mercadinhos São Luiz) uma pequena, mas expressiva menção sobre os museus da terrinha que estão se ocupando de revisar a trajetória do personagem mais ilustre. Seria só? Claro que não. Admitimos que Juazeiro do Norte tem razões de sobra para ter outros espaços para sua memória, como para romarias, imprensa, cidade, industria, folclore, etc. Até me preocupa o destino que poderão ter alguns dos imóveis velhos da cidade, em mãos de quem, nem sabemos, como o conjunto da Rua São José onde funcionou o velho Abrigo da SAM, o velho prédio que seria destinado à Diocese de Juazeiro e o sobrado de Agostinho Balmes Odísio. O que vai ser disso, entregues à sua própria sorte, sem conservação? 

SEU LUNGA A jornalista Adriana Negreiros, esposa do escritor Lira Neto, colocou no ar a sua página na internet (www.adriananegreiros.com) com diversas entrevistas que realizou enquanto participava das equipes de Veja, Cláudia e Playboy. Uma desta matérias saiu pela Playboy e até já comentamos nesta página, enfocava Seu Lunga. Ela veio ao Ceará, foi conhecer Seu Lunga em Juazeiro do Norte e produziu deliciosa matéria que pode ser lida em sua página, bem como de outras importantes e ótimas matérias e entrevistas. Boa leitura. 

LIVRO Desde o ano passado está pronto um dos mais novos livros do prof. Gilmar de Carvalho, e que trata de tirar do ineditismo nove folhetos de cordel de autoria do poeta Expedido Sebastião da Silva. Me diz o Gilmar, ao me presentear com um exemplar, que qualquer dia destes será lançado. Expedito foi um dos mais importantes colaboradores de José Bernardo da Silva, a partir de 1948, tendo ali ficado até o encerramento melancólico da velha Lira Nordestina. Os direitos de publicação destes nove folhetos foram adquiridos por Abraão Batista que o cedeu a Gilmar para o fim específico desta publicação (A Lira do poeta Expedito. Fortaleza: Expressão Gráfica, 176p, ilus.). O livro trás também um estudo introdutório sobre a obra de Expedito, além de entrevistas transcritas com o poeta. E bem ilustrado por João Pedro do Juazeiro, com xilogravuras. Um obra que deve ser celebrada, Sem dúvida, uma celebração à altura da memória de Expedito, que há pouco mais de 15 anos nos deixou. 

SEMANA SANTA NO HORTO O governo municipal baixou um Decreto (nº 15, de 27.03.2013, publicado no DOM da mesma data) através do qual se diz que: CONSIDERANDO as festividades alusivas à Semana Santa que ocorre na colina do Horto, onde os fiéis fazem suas visitas de fé e orações, e que à administração municipal compete controlar o uso e coibir abuso por parte de pessoas que visitam a Estátua do Padre com o fito de consumir bebidas alcoólicas e promover algazarras durante as festividades; Fica(m) proibido(s) a venda, distribuição, transporte e consumo em público de bebidas alcoólicas na Colina do Horto do Padre Cícero e adjacências; e que a proibição compreende o dia 28 (vinte e oito) quinta-feira santa até as 12:00 horas do dia 30 (trinta) de março de 2013, sábado de aleluia; e que as Secretarias Municipais de Turismo e Romaria e de Segurança Pública exercerão a fiscalização necessária ao cumprimento deste Decreto, podendo inclusive solicitar o auxílio da força policial. Comentários: A PMJN deveria, há mais tempo, ter estabelecido isto como Lei Municipal, propondo à CMJN, para evitar a reedição deste instrumento que é tão autoritário. Outra coisa é a natural delimitação da área em proibição. A menção de Colina do Horto não está clara, pois bem que poderia envolver, desde o início da Rua do Horto, até à entrada do espaço privado da Congregação Salesiana. Pois, como sabemos, embora com função social e pública, o Horto que freqüentamos, com todas as suas instalações, casarão, museu, etc, tem dono. Isto, no mínimo, merece uma discussão para esclarecer as pessoas onde pisam, e todos conheçam muito bem os limites entre o público e o privado. Afinal, até onde vai a competência do poder público em legislar sobre o assunto? 

ESTRADA Num velho mapa rodoviário do Estado do Ceará, de 1936, encontro a projeção de construção da estrada Joazeiro – Missão Velha. Ô estrada difícil de sair. Há bem pouco tempo alguns segmentos das sociedades destas duas cidades se mobilizaram e publicamente procuraram sensibilizar as autoridades para a sua necessária construção. Missão Velha, neste caso, não deve ser observada apenas como um atalho a um melhor acesso à rodovia federal que corta o Cariri. Temos que enxergá-lo, igualmente, diante do que está posto como ponto importante da futura ligação ferroviária, transnordestina. Outra coisa importante, é que a ligação se faz pela extremidade municipal a partir do aeroporto, algo que interessa muito para uma maior disponibilidade de toda esta região onde se situam municípios como Barro, Milagres, Aurora, Brejo Santo, apenas para referir os mais importantes. O descanso já foi satisfatório, precisamos voltar à trincheira, insistindo com nossas lideranças para que Juazeiro do Norte – Missão Velha saia do papel, deste velho papel só encontrado em arquivo, e olhe lá. 

DAVI BORGES O leitor me pede indicação de onde adquirir os livros que andei mencionando em colunas anteriores. Sempre tive estas preocupação de fazer um registro sobre textos de nosso interesse. Procurei recuperar no arquivo e constatei que a maior parte destas referências são da minha coleção pessoal que venho construindo há pelo menos uns 50 anos. A maioria pode ser encontrado pacientemente em sebos pelo Brasil. Em Juazeiro do Norte, mesmo, é possível encontrar alguns, mas em geral são edições já esgotadas e há raridades que não é possível encontrar. Lembro até o caso de um destes livros, de Xavier de Oliveira, que demorai perto de uns 30 anos para conseguí-lo. De modo que eu recomendo que através da internet vasculhe, desde o site mais reconhecido (www.estantevirtual.com.br) e outros, pois o mercado livreiro de antiquário é bastante dinâmico e há um sem número de pequenas, médias e grandes empresas disponibilizando seus acervos. 
MEMÓRIA FOTOGRÁFICA Em novembro de 1922, uma comissão de estudos do Nordeste, esteve em Joazeiro, como parte do longo itinerário que foi percorrido por um grupo de vinte pessoas, ocupando seis automóveis, dentre políticos e técnicos, e membros de suas famílias. Pe. Cícero os recebeu em sua casa e ofereceu um banquete. No livro que publicaria no ano seguinte, com o texto de uma conferência sobre esta comissão, Paulo de Moraes Barros fez pesadas críticas ao Pe. Cícero. Esta fato mereceu prontamente a repulsa do deputado Floro Bartholomeu da Costa que respondeu em longo discurso na Câmara Federal. Na foto 1, aspecto da comissão, numa parada pela estrada; Na foto 2, em frente à casa do Pe. Cícero na Rua Grande (atual Pe. Cícero), da esquerda para a direita, estão: Paulo de Moraes Barros, Pe. Cícero, Marechal Rondon e Ildefonso Simões Lopes; Nas fotos 3 e 4, aspecto do trânsito de automóveis pelas estradas, com membros da comissão sendo transportados por dois dos seis veículos. Algumas breves informações sobre estes visitantes: Paulo de Moraes Barros (*Piracicaba, 16.06.1866 — +São Paulo, 15.12.1940) foi médico sanitarista e político. Durante a República Velha foi encarregado da Secretaria dos Negócios da Agricultura, Obras públicas e Comércio do Estado de São Paulo. Exerceu por cerca de vinte anos a presidência da câmara municipal, tendo sido deputado federal e senador. Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon (*Santo Antônio do Leverger, 05.05.1865 — +Rio de Janeiro, 19.01.1958), foi militar e sertanista. Sua biografia é muito rica. Dentre outras funções, de 1919 a 1924, foi diretor de Engenharia do Exército. Foi nesta condição que, participando da Comissão, esteve em Joazeiro. Ildefonso Simões Lopes (*Pelotas, 19.11.1866 — +Rio de Janeiro, 04.12.1943) foi deputado estadual pelo Partido Republicano Rio-Grandense (1897-1904). Como deputado federal (1906-1908; 1913-1919; 1922-1930) participou das comissões de Viação, Agricultura, Fazenda, Especiais e Orçamento, da qual foi relator. Foi Ministro da Agricultura, Indústria e Comércio (1919-1922). 

FELIZ PÁSCOA Deixo convosco, leitores meus muito diletos, uma mensagem pela Paz entre os povos, na convicção de que a Fé no Ressuscitado é a nossa maior Esperança. Felicidades a todos.

domingo, 24 de março de 2013



AEROPORTO
A Infraero voltou a atualizar as suas estatísticas, divulgando para o público, por meio da sua página na internet, os números de Fevereiro, que como sabemos, acumula com os do mês anterior, para indicar os desempenhos de cada um dos 63 aeroportos sob sua jurisdição, no tocante a pousos e decolagens, movimentação de passageiros e cargas.  Na coluna passada demos a posição de Janeiro e hoje vamos continuar analisando a performance do Aeroporto de Juazeiro do Norte, frente aos demais. Como novidades, já anunciada, a Gol deixou de operar Fortaleza-Juazeiro do Norte direto no dia 27.02. E a Passaredo suspendeu suas operações em 02.03. Estes dois fatos, como já comentados, já dariam impacto sobre os números de março. Contudo, já agora em fevereiro, por algumas circunstâncias, o nosso aeroporto deu uma despencada, não muito expressiva, mas não foi capaz de segurar o que foi em janeiro. Hoje são 12 operações (pousos e decolagens) diárias (Avianca 06124/06125; 06376/0,6377 e 06378/06379; Azul 0477/0478; Gol 01630/01645), de acordo com o painel de informações da Infraero. Isto quer dizer que, computando a oferta de lugares nestes vôos, até 1.440 passageiros, aprox., podem transitar pelo nosso aeroporto, diariamente. Em fevereiro tivemos apenas 25.645, contra 40.632 em janeiro. Assim, aquele que era o melhor desempenho do Regional, frente aos congêneres domésticos do interior do Norte-Nordeste, passou da 2ª posição, logo abaixo de Ilhéus, para voltar à 3ª. colocação, abaixo de Ilhéus e Petrolina. Tempos melhores virão. 


CINE ROULIEN (I)
O que os nossos pais assistiam antigamente? Vamos procurar mostrar diversas produções do cinema que estavam em cartaz tanto no Cine Roulien (Rua São Pedro, 389), quanto no Cine Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. E começamos com este O Exilado, que segundo o Correio de Juazeiro estava sendo exibido naquele dia 16.01.1949, no Roulien, em sessão única às 19:30h. Na ilustração, a publicidade no jornal e um cartaz de divulgação encontrável na internet. A ficha técnica da película é: Título original: The exile; Estados Unidos,1947; Direção: Max Ophuls; Elenco: Douglas Fairbanks Jr., Maria Montez, Rita Corday, Henry Daniell, Nigel Bruce, Robert Coote, Otto Waldis, Eldon Gorst, Milton Owen, Colin Keith-Johnston, Ben Wright, Colin Kenny, Peter Shaw, Will Stanton, Ramsay Hill; Sinopse: Charles II, o rei da Inglaterra, se encontra em exílio na Holanda, onde ele se apaixona por uma bela menina da fazenda. Para assistir um pequeno trecho do filme acesse: http://saladeexibicao.blogspot.com.br/2013/01/o-exilado.html

CINE ELDORADO (I)
O segundo filme que estamos selecionando, Tarzan e a caçadora, esteve em cartaz tanto no Roulien (23.01.1949), como no Eldorado (25.01.1949). Título original: Tarzan and the Huntress; EUA, 1947; Direção: Kurt Neumann; Elenco: Johnny Weissmuller, Brenda Joyce, Johnny Sheffield, Patricia Morison, Barton MacLane, John Warburton, Charles Trowbridge, Ted Hecht, Wallace Scott; Sinopse: Para povoar novamente um zoológico após a 2ª. Grande Guerra, uma grande expedição de caçadores, consegue a permissão de um rei nativo para capturar um macho e uma fêmea de cada espécie de animal em uma área perto do rio sob a proteção de Tarzan. Tarzan, é claro, não vai deixar que capturem nada em seu lado do rio. Entretanto, o ganancioso sobrinho do rei faz um acordo com o chefe da expedição. Ele permite que os caçadores capturem todos animais que desejarem e, em troca, recebe uma grande soma em dinheiro. Esse acordo também inclui um tiro "acidental" que irá matar seu tio para que ele se torne o novo rei. Todo o plano parecia estar indo muito bem, até que Tarzan descobre que os caçadores estão capturando mais animais do que deviam e chama todos eles para seu lado do rio. Os caçadores ignoram os avisos e Tarzan e cruzam o rio atrás dos animais. Um grande confronto entre Tarzan e os caçadores tem início. Uma luta na qual Tarzan deverá empregar toda sua força para evitar que os animais sejam capturados e levados para fora da selva.

CASARÃO DO HORTO
Ainda não vi o resultado da nova pintura do casarão do Horto, como foi anunciado, para os dias 18 a 22pp. Soube apenas que um grande produtor de tintas ofereceu o serviço que, imagino, não deva ter custado aos Salesianos mais que um sincero agradecimento. Também a estátua do Pe. Cícero recebeu retoques. O informe diz que teriam gasto cerca de 180 litros de tintas das cores Azul Cabo Frio e Branco, produtos à base de resina acrílica ideal para superfícies com umidade excessiva e altamente suscetíveis à contaminação por fungos. Os técnicos da Sherwin-Williams  informaram que “Escolhemos este produto porque seus pigmentos resistem por um maior período de tempo sem desbotar”. Interessante que os pintores foram recrutados e capacitados pela indústria, dentre os moradores do Horto. Não obstante a generosidade do patrocinador, não se questionou em nada o retorno necessário ao antigo padrão do casarão. Seria desejável. Pessoalmente, confesso a minha total intolerância ao padrão adotado, desta tal cor azul cabo. Isto não tem nada a ver com o que era o velho casarão quando os Salesianos o receberam de presente.
    
MARIA DE ARAÚJO
O vereador Gledson Bezerra (PTB) deve ter apresentado o seguinte requerimento na Câmara de Veradores, ao tempo em que se colocou à disposição para mais sugestões. “REQUERIMENTO: Considerando que neste ano de 2013 estaremos comemorando o sesquicentenário de nascimento de Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo, a Beata Maria de Araújo; Considerando que a Beata Maria de Araújo é, indubitavelmente, uma das personalidades mais importantes da história do nosso município; Requeiro: 1 - Que seja enviado ofício à Secretaria de Cultura e Romaria, solicitando que promova eventos que enalteçam a data histórica, tais como realização de seminários e/ou simpósios, realização de concurso literário, bem como a construção de um busto em sua homenagem, a ser fixado no roteiro turístico deste município; 2 - Que seja enviado ofício à Secretaria de Educação, a fim de que sejam realizadas atividades junto aos alunos das escolas públicas, culminando com uma vasta programação artística, histórica e literária na semana do sesquicentenário; 3 – Que a Câmara Municipal promova uma sessão solene com participação de estudiosos e com a entrega de medalhas condecorativas às personalidades que se destacaram no estudo e divulgação da história dessa grande juazeirense; 4 – Que sejam enviados ofícios ao líder da bancada cearense no Congresso Nacional, para que intervenha junto ao Ministério das Comunicações, bem como ao diretor da Agência Nacional de Correios e Telégrafos, solicitando que seja criado um selo comemorativo, ação que, além de reconhecer a importância da homenageada, ajudaria na divulgação da nossa cidade pelo País.”

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (I)
Sobre Maria de Araújo, há ainda uma iconografia incerta. Duas imagens fotográficas aparecem em velhas publicações de livros e jornais. A primeira ( a partir da esquerda) aí apresentada parece ser a mais aceita. Contudo, na obra Mistérios do Joaseiro, de Manoel Pereira Dinis, de 1935, a segunda é mostrada como o retrato fiel da beata. Dr. Dinis era um homem muito criterioso, privou intimamente com o Pe. Cícero e deve ter mostrado a ele os originais de seu livro. Mas as duas são muito distintas. E nos perguntamos, qual seria a verdadeira? Pesa também na escolha da primeira o depoimento insuspeito de quem realmente a conheceu, como é o caso dos pais de Maria Assunção Gonçalves (por depoimento da própria), pois eram vizinhos na Rua Pe. Cícero. O fato é que qualquer trabalho mais recente, procurando reproduzir sua imagem, prefere utilizar a primeira foto, como se sobre ela não mais existisse nenhuma dúvida. Esta imagem tem ensejado uma série de recriações por parte de diversos artistas, tanto em aquarelas, como em óleo sobre tela e até mesmo em bico de pena.      

UFCA
Também, em coluna anterior, fizemos notificação sobre a escolha do relator na última comissão (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC) que analisará o Projeto 2208/2011, que cria a Universidade Federal do Cariri. Ali, de acordo com informação oficial da (CCJC), na página da Câmara Federal, o relator anteriormente escolhido, no dia 06.03.2013, Dep. Eduardo Sciarra (PSD-PR), foi substituído no dia 13.03, pp., pelo Dep. José Nobre Guimarães (PT-CE). Aliás, o referido Dep. Guimarães, como então membro da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e relator naquela Comissão, já tinha dado parecer favorável, em 31.10.2012, tendo sido aprovado por unanimidade. Esperamos que agora, nesta nova comissão, ele reafirme o seu parecer. 

COMENDA DÁRIO MAIA COIMBRA 
O Diário Oficial do Município de Juazeiro do Norte republicou o ato de criação da Comenda Dário Maia Coimbra, por conter imprecisões. Por isto mesmo, estamos também aqui republicando parcialmente o que saiu no Portal, pois além do equívoco identificado pela municipalidade, gostaríamos também de corrigir o nome de seu filho (Daíro, e não Dário) que foi por nós publicado e que nas duas publicações do Diário Oficial, também continua errado. Nossas desculpas. A expressão corrigida é: O patrono desta comenda é o cidadão DÁRIO MAIA COIMBRA, nascido em 12 de abril de 1932, e falecido em 22 de julho de 2001, aos 69 anos, filho de tradicional família Coimbra, sendo seus genitores Raimundo Fernandes Coimbra e dona Vicentina Fernandes Maia, de saudosa memória; Ele casou-se em 29 de junho de 1962, com a Sra. Cícera Silva Coimbra, (ex-vereadora de Juazeiro do Norte), com quem teve os filhos DAÍRO, casado com dona Vanúsia Tavares Coimbra e POLYANA, vereadora em Barbalha, casada com o Sr. Jorge Alberto Macedo Cruz; etc, etc. A comenda foi entregue ontem, em sessão acontecida no Memorial Padre Cícero, aos seguintes agraciados: Paulo Ernesto, da TV Verdes Mares Cariri; Elizangela Santos, do Diário do Nordeste; Murilo Siqueira, da Rádio Padre Cícero; Delton Sá, da Rádio Vale FM; Francisco Fabiano, da Rádio Tempo FM e Francisco Silva (Foguinho). Assim, foram agraciados grandes e merecidos nomes que fazem a imprensa local.

SEMANÁRIO LITÚRGICO
Em coluna anterior, referindo-me a novos jornais e edições, louvei a iniciativa da Basílica em substituir O Domingo pelo seu Semanário Litúrgico. Já estou com a terceira edição (17.03) e vejo que gradativamente os editores estão tratando de melhorar sua edição. Por exemplo, só a partir da segunda é que se identifica toda a equipe envolvida com a sua editoração. Mas, estou sabendo que há uma rejeição da parte dos fiéis pelo fato do jornal não inserir os textos da liturgia. Lamento também isto, bem como o que já referi, que não haja a indicação de leituras para os próximos 6 dias. Entendo as razões que levaram o Pe. Aureliano (Editor/Redator) a se justificar com base na falta de concentração pelo fiel na hora da leitura, procurando ele mesmo ler o texto. Mas, o texto, a meu sentimento, é fundamental. Deve figurar. Por questão de espaço, imagino, a diagramação poderia encontrar alguma solução fazendo a inserção dos textos com uma fonte que permita. Vejo que aos poucos surgem adesões para a sustentabilidade de sua tiragem, com patrocínios. Sugiro, também, que o seu título – Semanário Litúrgico, tenha maior destaque, para bem caracterizar o periódico, o que de fato ele é. Naturalmente, deverá prevalecer suas edições para a liturgia dominical, mas acredito que ele venha a circular em outras festas da igreja. Isso seria muito bom.   

LIVRO
Foi lançado no Museu do Ceará, no dia 21 pp, aqui em Fortaleza, o livro de poesias de Geová Sobreira, Canto Insone. Na programação, um recital de Daniel Sobreira, filho do autor, que interpretou ao violão algumas das mais bonitas canções de Luiz Gonzaga, Pixinguinha, Chico Buarque, Edu Lobo, Braguinha, Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Elomar Filgueira Melo. Usaram da palavra o ex-reitor da UFC, prof. Paulo Elpídio de Menezes Neto, o editor da obra, prof. Sebastião Moreira Duarte e o autor. Ao final, em meio a sessão de autógrafos, foi servido um coquetel no congraçamento de tantos convidados, dentre os quais podemos citar: o Secretário de Cultura do Estado do Ceará, prof. Francisco Pinheiro, o prof. Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes, o ex-governador Lúcio Gonçalo de Alcântara, o prof. Gilmar de Carvalho, o editor Raymundo Neto, o desembargador Durval Aires de Menezes Filho, o prof. Agamenon Bezerra, o jornalista Aldemir Sobreira, e o xilógrafo João Pedro de Carvalho Neto. Foi uma festa perfeita sob a coordenação da Diretora do Museu, Cristina Holanda.


MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (II)
Quem não lembra da família de Severino Alves Sobrinho? Empresário de grande sucesso no comércio de Juazeiro do Norte, ele era estabelecido com a sua grande empresa, A Vencedora, no ramo de miudezas, na Rua São Pedro, 524. A organização não mais existe, mas o então e imponente edifício construído pelo empresário ainda está lá, sendo ocupado por uma loja de eletrodomésticos. A família residia na Rua Pe. Cícero, 558, também numa casa cuja arquitetura a fazia um grande destaque. Mas, foi demolida e em seu lugar hoje existe um estacionamento para veículos, lamentavelmente. Na foto, de quase toda a família (estariam faltando duas filhas) vemos, da esquerda para a direita (De pé): Severino Alves Sobrinho, e os filhos Mário, José Maria e Marcondes. (Sentados): Marlene, Silvio (criança), Dona Marieta, Sávio (criança) e Marilê.


A MARCA PADRE CÍCERO
Resgato no arquivo da Universidade da Flórida (http://ufdc.ufl.edu/rdc) a cópia de interessante carta emitida de Recife, em 26 de abril de 1926, destinada ao Pe. Cícero Romão Baptista, assinada pelo tesoureiro da Companhia Agro Fabril Mercantil. Illmo. e Revmo. Padre Cícero, mui digno prelado de Joazeiro. Permita-nos a liberdade de vir a presença de V. Revma. Pedir sua valiosa atenção no que abaixo descrevemos. A nossa Companhia tendo em vista de criar diversas marcas de linhas de coser, procurou reunir os Diretores para tratar deste assunto. Das diversas marcas aventadas, destacamos a marca “Padre Cícero”, tendo um padre fotografado num dos topos do carretel, que julgamos não haver inconveniente algum, pois existe(sic) outras de procedência diferente, marca “Bispo”, etc. A marca projetada, é destinada ao consumo de zona sertaneja, e, assim sendo, pedimos a permissão de V. Revma. para usarmos da referida marca. Uma vez obtendo a permissão de V. Revma., impetramos sua valiosa recomendação aos seus obedientes servos de usarem-na. Enquanto não entramos em fabricação, enviamos a V. Revma., duas grosas de nossa marca “Estrella”, para V. Revma. distribuí-las, provando aos seus consumidores a superioridade desta marca, que será igual a marca projetada “Padre Cícero”. Outro sim: lembramos que, se porventura houver qualquer falta da nova marca, poderão os consumidores fazer uso da marca “ESTRELLA”, até ser a zona sertaneja suprida da nova marca em apreço. É oportuno lembrar a V. Revma., as amistosas relações sempre cultivadas entre V. Revma. E o nosso saudoso Chefe, Coronel Delmiro Gouveia, o criador de nossa indústria e fundador do Empório Fabril da Pedra, Alagoas, instalações hidroelétricas da Cachoeira de Paulo Afonso, etc., cujos herdeiros são hoje os dirigentes da nossa Companhia. Invocando, pois essas relações, apelamos para a reconhecida bondade de V. Revma., confiantes de que será amparada a nossa idéia, da qual claramente se traduz uma sincera homenagem ao patriótico vulto de V. Revma., de quem somos fervorosos admiradores. Nesta expectativa permanecemos, esperançosos de sermos contemplados com sua bondosa resposta, e, renovando os nossos protestos de alta estima e distinta consideração, nos firmamos, Attos. Servos & Admrs. Obgmos. Cia. Agro Fabril Mercantil, (ilegível) Baptista – Diretor Tesoureiro.  
Para se entender este momento que vivia a Companhia, é necessário revisar a sua história, pois esta correspondência ao Pe. Cícero se situa em meio a uma estratégia de tentativa de sua sobrevivência, já nas mãos de herdeiros de Delmiro Gouveia (assassinado misteriosamente em 1917), frente a pressão de mercado desenvolvida pelo grupo inglês Machine Cottons, cujos produtos de linhas para coser  exerciam um concorrência imensa aos produtos assemelhados e altamente competitivos da fábrica da Pedra. Por isto, sugiro a leitura da matéria do Diário de Pernambuco que está no link:
http://memo-delmirogouveia.blogspot.com.br/2008/12/o-desafio-de-delmiro.html
Sobre a carta, em si, observo duas coisas: 1. A ingenuidade do diretor ao fazer a proposta ao Pe. Cícero, sem nenhuma contrapartida pelo uso da marca; 2. Procurei encontrar uma resposta do Pe. Cícero a esta proposta, mas não localizei. Pode ser que tenha existido, embora desconheçamos, por esta época, algum produto assemelhado, com marca Padre Cícero. Pelos tempos, não resta dúvida, o nome Padre Cícero passou a conferir grande credibilidade a produtos comerciais. Alguns destes vemos com muita insistência (pomada, vinho, lojas comerciais, empreendimentos diversos, etc). Sem entrarmos no mérito desta propriedade, até lembraríamos a iniciativa da Ordem Salesiana, mais recentemente, em promover o registro de uma patente sobre o nome Padre Cícero, embora sem sucess

sábado, 16 de março de 2013



MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (I)

Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, em 1957. Nesta imagem, típica de uma formação de alunos em dia de festa, do lado de fora da Escola, na antiga Rua Nova (Av. Dr. Floro Bartolomeu), nas Malvas, quando todo o alunado se formava em filas, por turmas, desde os menores (separando meninos e meninas) para ingressarem no Auditorium da Escola, onde alguma data seria comemorada. Neste flagrante, podem ser identificados alguns: Antonio Germano Magalhães, César William Bezerra, Darival Grangeiro, Evilásio Amorim de França, Francisco Adonias de Morais Sobreira, Francisco Flávio Germano Magalhães, Francisdê Macedo, Frederico Assunção Feitosa, Frederico Feijó, Gildemar Grangeiro, Gualter Matos Cardoso de Alencar, Ivan Sobreira de Figueiredo, Jairo Santana, José Eudes Morais, Luiz Aécio Germano Magalhães, Maurício Cansanção, Oriel Limeira Lima, Orivaldo Limeira Lima, Pedro Sérgio Xavier do Vale, Robério Alencar Gonçalves, Roberto Landim, Teive Matos Cardoso de Alencar. Eu devia estar por aí, mas não apareço, bem como Jucier Figueiredo Filho, dentre outros. Há muitas outras carinhas conhecidas. Quem souber novos nomes, e-mail para a coluna e muito grato. (Esta foto, nós a inserimos na obra História da Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, de autoria de Amália Xavier de Oliveira).

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (II)
No tópico anterior eu me referi ao colega de bancos escolares, na Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, em 1957, Ivan Sobreira de Figueiredo, juazeirense nascido em 02.10.950, o caçula da família de Odílio e Edith Sobreira de Figueiredo. Devo ter a lembrança de uma convivência diária, na Escola, com Ivan até 1960. Depois disto já não me lembro. E a rigor, só nos reencontramos uns 50 anos depois, quando seu irmão, Odílio de Figueiredo Filho lançou o livro (Odílio Figueiredo – um juazeirense de expressão) promovendo um grande encontro de família e amigos, em noitada inesquecível na La Favorita. Foi neste dia que reencontrei o Ivan. E foi, lamentavelmente, pela última vez, pois soube tardiamente, há poucos dias, que faleceu recentemente. Fiquei com esta imagem que tive a sensibilidade de tomar, em julho de 2011, onde aí estão Angela Morais, Walmir Paiva, Ivan, suas irmãs Margarida e Aurélia, Célia Morais e Odílio de Figueiredo Filho. Saudades do Ivan. E que repouse em paz.  

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (III)
Eis aí um velho postal da Praça Alm. Alexandrino de Alencar. Postais como estes foram providenciados nos anos 60 pelo comerciante Raimundo Morais, proprietário da Casa Morais, loja que marcou uma época em nosso comércio, como primeira vitrine para compra de presentes. Ele tomou a iniciativa de mandar executar graficamente uma série destes postais que exibiam algumas das melhores imagens da cidade por esta época, inclui igrejas, edifícios, ruas, praças, vistas aéreas, monumentos, etc. Alguns dos elementos desta imagem já foram para o chão, como os sobrados de Fenelon Gonçalves Pita e de Damião Pereira da Silva. A praça, mesmo, já passou por diversas reformas, algumas de triste lembrança.  

BEATA E SANTO 
Há alguns anos atrás, de uma pessoa que não poderia ser classificada, na época, de fantasiosa ou mentirosa, ouvi uma resposta para a minha preocupação sobre a seguinte pergunta: Quanto custa fazer um santo? A resposta, sem maiores explicações era que rondava por volta de 1 milhão de euros. Achei de pronto que era muito dinheiro para o pretendido. Por estes dias encontro uma resposta mais bem fundamentada. No seu livro Como se faz um santo, D. José Saraiva Martins revela-nos os custos de um processo de canonização. Ele é um cardeal português que entre 1998 e 2008 dirigiu a Congregação da Causa dos Santos, dicastério romano que trata de beatificações e canonizações. Ele está hoje com mais de 80 anos. Diz ele que os emolumentos da Santa Sé, isto é, os custos processuais, não ultrapassam os 6.000 euros e o total dos honorários para médicos, teólogos e bispos que estudam e julgam as causas, anda à volta de 8.000 euros. A publicação da Positio, isto é, da causa da beatificação ou canonização, custa mais de 10.000 euros. São numerosas as regras estéticas e de impressão a que está sujeita por imposição da Congregação para as Causas dos Santos. Não se contabilizam milhares de horas de trabalho voluntário de uma equipe que é liderada pelo postulador e vice-postulador, nem as inúmeras viagens que é preciso fazer. O postulador tem de se deslocar ao Vaticano mais de 30 vezes, tendo de suportar viagens e estadias, cujos gastos, mesmo por baixo, nunca são inferiores a 20 mil euros. Na fase de canonização, o número de deslocamentos a Roma pode reduzir-se para metade, 10 mil euros, mas a Positio tem de voltar a ser publicada. Mais 10 mil euros. Assim, para se fazer um santo são necessários, pelo menos, 64 mil euros. Estes números foram propostos por D. José Saraiva Martins em 2009. A preços de hoje, isto gira ao redor de R$163.200,00. Mas, como ele mesmo adverte, há uma porção de outros custos que não são previamente especificados. Logo, o custo pode beirar uns R$300.000,00, dependendo do que será gasto na origem, quando o processo é aberto na Diocese respectiva. O caso da menina Benigna e, eventualmente, do Pe. Cícero não muda muito esta cena.


O PAPA E O PE. CÍCERO
A grande surpresa da escolha recente de Franciscus não arrefece a curiosidade de muitos sobre a velha pendência secular: O que é que este novo papa vai determinar sobre esta pauta de Cícero Romão Baptista? O conclave mostrou a quase inutilidade de um “vaticanista”. A rigor, muitos sabiam, por que teria vazado, que ainda na escolha de Ratzinger, o cardeal Mário Jorge fora o segundo mais votado no último escrutínio que sacramentou Bento XVI. Todos os que especularam recentemente sabiam que o argentino estava lá, era eleitor e elegível. Contudo, ninguém sugeriu, senão outro seu conterrâneo como um dos que integravam listas, embora não muito cotado. Mas é isto mesmo. Estamos felizes, pois só nos resta continuar dando muito crédito ao Santo Espírito para que esta nossa Igreja, devidamente iluminada, siga o seu caminho e Nele, de preferência, havendo oportunidade em seu tempo secular, a hierarquia enxergue a necessidade de uma breve e sucinta resposta à causa do servo fiel e quase esquecido.

ARQUIVO
Este Portal noticiou que o vereador Cláudio Luz (PT) apresentou proposição na última reunião da Câmara Municipal, na qual requer que o Poder Legislativo faça um compêndio de todas as leis municipais vigentes, contendo a data de aprovação e publicação da lei, o número do Diário Oficial do Município, os autores e coautores, o assunto, a ementa, entre outros dados úteis a facilitar a pesquisa. Louvo a sua iniciativa e espero que isto seja aprovado. A este propósito, seria desejável que, inicialmente, Câmara e demais organismos do Governo Municipal, juntamente com o setor competente da edição do Diário Oficial procedam à elaboração de um índice para melhor localização dos assuntos (Leis, Decretos, etc), pois desde 13.10.1998 o Diário Oficial circula no município e está no seu número 3.470 (até 12.03.2013). Destas edições, 1.015 já estão disponíveis no site da PMJN.  Portanto, pelo menos para disponibilizá-lo em via eletrônica, seja pelo site da PMJN, ou num outro a ser criado na CMJN, pouco esforço deverá ser despendido. Daí por diante, é recuar no tempo, antes de 1999 para completar o melhor acesso a todo o conteúdo de leis vigentes no município. Feliz idéia. Parabéns. 

EDUCAÇÃO
Encontro no Diário Oficial da PMJN (08.03.2013) os extratos de dois convênios com a Associação Instrutora da Juventude Feminina (Poço de Jacó, no Horto e Semeador, no Aeroporto). Na minha aritmética, cada um dos 449 alunos (200 no Horto e 249 no Aeroporto) recebe “benefícios” do município, algo em torno de R$ 0,33 (trinta e três centavos) por dia de aula, em regime integral de 8 horas, ou pouco mais de R$0,04 (quatro centavos) por hora de dedicação, num total de R$66,81/aluno/ano. Isto serve, conforme o contrato, para a merenda escolar e material de limpeza. Não há recursos para professorado porque a opção da instituição é manter-se conveniada e não integrante da rede municipal. Estes números me trouxeram a insatisfação e o desconforto de não saber exatamente o que seria razoável ponderar para sustentar com qualidade uma educação para escolas municipais entre nós. Esta é uma preocupação permanente dos que se envolvem com o financiamento da educação. E isto é muito variável. Relevo aqui uma pesquisa do MEC, ainda em 2005 que encontrou para o Estado do Ceará um valor da ordem de R$966,60/aluno/ano. Mas, na amostra da pesquisa (Levantamento do custo-aluno-ano em escolas de Educação Básica que oferecem condições de oferta para um ensino de qualidade – 2ª Etapa - Robert E. Verhine), se expurgada a então Escola Agrotécnica Federal de Crato, o valor caia para R$104,89.  

UFCA
Esta coluna em diversas oportunidades manifestou a preocupação pelo andamento da análise, na Câmara Federal, do Projeto PL 2208/2011, que “Dispõe sobre a criação da Universidade Federal do Cariri - UFCA, por desmembramento da Universidade Federal do Ceará - UFC, e dá outras providências.” Pelas circunstâncias próprias do funcionamento das Comissões e o ano eleitoral de 2012, o Projeto estava parado desde 01.11.2012, quando foi recebido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Esta é a quarta e última Comissão a apreciar a proposta, na Câmara Federal. Uma semana depois se soube que, em 08.11.2012, o Parecer da Comissão de Finanças e Tributação, a anterior, foi encaminhado à publicação no Diário da Câmara dos Deputados, e sairia no dia seguinte, 09.11.2012. De lá para cá, silêncio. Mas, no dia 06.03.2013, foi designado pela CCJC o Relator, Dep. Eduardo Sciarra (PSD-PR). Ele é um engenheiro civil e empresário, paranaense de Londrina, 60 anos. No dia seguinte, 07.03, por força regimental, determinou-se começar a ser contado o prazo de 5 sessões ordinárias, a partir de 08.03.2013, para que os membros desta CCJC ofereçam emendas ao Projeto. A CCJC tem como presidente, Décio Lima (PT/SC), e um dos vice-presidentes é Mauro Benevides (PMDB/CE). Outros cearenses integrantes desta comissão e que votarão para novo parecer são: Danilo Forte, Edson Silva e Vicente Arruda ou, eventualmente, sua suplente, a juazeirense Gorete Pereira. As Reuniões Deliberativas Ordinárias na CCJC são em número de 2 por semana. Assim, até o dia 25.03 os senhores deputados poderão propor emendas. A seguir, elas serão apreciadas pelo Relator. É mais provável que em meados de abril, se tudo correr bem, o Projeto da UFCA mude de casa e vá para o Senado Federal. Façamos, como faz o prof. Jesualdo Farias e muita gente mais, torçamos pelo bom êxito.   

AEROPORTO
Na edição anterior desta Coluna, apresentei breve justificativa pela não divulgação de dados relativos ao desempenho do Aeroporto de Juazeiro do Norte, como vínhamos fazendo em meses anteriores. Felizmente a Infraero voltou a divulgar os dados e novamente nos prestamos a analisar preliminarmente estes números num contexto de Brasil e da região Norte-Nordeste. As tabelas abaixo falam por si só. O que há de importante é que o melhor desempenho do aeroporto está na sua condição de aeroporto doméstico no interior da região Norte Nordeste. Não resta dúvida que isto é expressivo na medida em que nosso aeroporto é importante para o desenvolvimento da aviação regional, pela sua área de influências em diversos estados vizinhos. Nesta amostragem, são 11 aeroportos e em meses anteriores ele vinha como 5º, 4º, 3º e agora chega ao segundo lugar, logo abaixo de Ilhéus e superando Petrolina. Isto, por um lado mostra o poder de fogo do equipamento para galgar novas e expressivas posições. Por outro lado, as soluções que tardam preocupam, na medida em que duas companhias já alteraram suas operações (Gol reduzindo e Passaredo cancelando). As gestões do poder público municipal com autoridades de Ministério e Infraero estão nas manchetes dos jornais. Torcemos para elas cheguem a bom êxito. 

OBSERVADOR (1)
Leio com muita tristeza e apreensão a escalada absurda da violência urbana em minha cidade. Uma tristeza inominável. Dois tipos de ocorrências parecem as mais freqüentes: assaltos (empresas e pessoas) e a guerra civil promovida pelo tráfico. A população clama por maior efetivo de policiais nas ruas, como medida para inibir esta violência. Triste é saber que há inúmeras omissões dos poderes e de outros que deveriam contribuir para minimizar estas coisas. Por exemplo, é crônica a reclamação sobre a falta de iluminação pública e diversos locais já foram promovidos a novas cracolândias. O que é isto, para a gente entender melhor? Há taxa de iluminação pública cobrada na conta. Ela está calculada para fazer face à manutenção e ao consumo, imagino. E o que é, então? Falta pagamento? O arrecadado não cobre o “prejuízo” da Companhia? O que é?  Exigimos e pagaremos por serviço de qualidade.    

OBSERVADOR (2)
Leitor do Diário Oficial do município, já estou me aborrecendo com a quantidade enorme de nomeações e exonerações procedidas pelo executivo. Há o necessário e também, bem o sabemos, as sinecuras. Entra governo, sai governo e a marcha é a mesma. Quanto tempo mais a administração vai gastar para ajustar a equipe? Precisamos saber, pois nisto vai o nosso dinheirinho. E não é pouco. Na Câmara Municipal, por exemplo, eu levantei quantas foram as exonerações no fim do ano. (Veja o quadro, abaixo). Alguém aí calcula quanto era a sangria? Eram cerca de 80 assessores para tão poucos vereadores. Ocorreu-me fazer um confronto com os que, certamente, foram nomeados para os mesmos cargos, nesta nova administração. Pelo caminho, desisti. Isso ia terminar e fazendo muito mal.   




LIVROS
Eu dedico uma atenção especial à contribuição histórica de muitos autores que se debruçam sobre documentos e fatos que compõem a memória histórica de seus municípios de origem ou de adoção. Assim, tenho uma vasta prateleira sobre quase todos os municípios do Ceará. Uns mais alentados, outros mais modestos. Interessante que isto nasceu, até este zelo mais típico de bibliófilo, verificando que as questões de maior interesse em Juazeiro do Norte, frequentemente estão lá, por personagens, fatos, imagens, e acontecimentos de destaque. São particularidades que nos ajudam a compreender esta relação que tanto contribuiu para a realidade desta hegemonia que a terra do Pe. Cicero goza. Destaco nesta lembrança recente Venda grande d´Aurora, de João Tavares Calixto Júnior (Expressão Gráfica e Editora, Fortaleza: 2012, 300p, ilus.). O autor a produziu estilizando-a à maneira de uma cronologia, bem sistematizada, à moda de efemérides contadas desde os primórdios do atual município de Aurora, ainda no alvorecer do século XVIII. Um primor de trabalho, uma contribuição inestimável que fica para gerações futuras trabalhar em aprofundamentos e complementações com novas fontes. São tão poucas as referências em livro para uma melhor história de Aurora que o autor, ao meu sentimento, abriu enormes espaços para a continuidade destas pesquisas, envolvendo o seu crescimento social, a presença da religião católica, uma vereda para imprensa, etc. No caso de Juazeiro do Norte, a interface se dá, especialmente com a chegada de Floro Bartholomeu da Costa e do conde Adolphe Aquille van den Brule ao município, interessados em prospecção de cobre na região da fazenda Coxá, a sua demarcação e exploração do minério que ali ocorre. Junte-se a isto a participação de líderes políticos do município nos entendimentos para a emancipação e inauguração da vila de Joazeiro. Excelente trabalho que louvo e divulgo. Outra contribuição importante também foi dada por Elisandro Pereira de Carvalho ao publicar este Araripe: “lugar onde nasce o dia” – 100 anos de gênese documentada, tomo I (1859-1959) (Bureau de Serviços Gráficos: Juazeiro do Norte, 2011, 156p, ilus.). Neste caso, Araripe começa ter a sua história relatada em livros. Tudo o que importa ao conhecimento da história deste município parece ainda jazer em arquivo e velhos documentos do século XIX, em arquivo públicos. Enalteço o incentivo proporcionado pelo prefeito Humberto Germano Correia que compreendeu o alcance da empreitada de Elisandro Carvalho.        

sábado, 9 de março de 2013


COLUNA
A partir deste sábado estou voltando ao formato tradicional da minha modesta coluna neste Portal que se encarrega, primordialmente, de notícias diversas de nosso interesse, além de ilustrações com fotos de memória e comentários que me ocorrem fazer sobre temas relevantes. Não há muitas pretensões, senão este serviço que serve a muitos dos nossos leitores. Vez por outra somos privilegiados com algumas informações em primeira mão. Outras vezes, são comentários que acreditamos amadurecidos sobre temas do dia-a-dia de nossa região que julgamos oportuno fazer, no sentido de orientar a opinião pública (se isto não for pretensioso) mas, pelo fato expressivo de como nos situamos como observadores e críticos sobre tudo aquilo que nos cerca e preocupa. A Coluna se propõe a continuar neste diapasão.   

DANIEL
Isto acontece no exato momento do retorno de Daniel Walker às usas atividades diletantes como editor desta página. Ao lado do que foi o sofrimento do amigo, era inevitável que tivéssemos uma parada nas atividades para a sua completa recuperação, após a cirurgia realizada. Mesmo vivendo a expectativa deste tratamento, pessoalmente tivemos em diversas ocasiões conversas prolongadas, nas quais ficou evidenciado, como há tantos anos – uns 50, pelo menos, da nossa completa identidade com os propósitos a que este Portal serve, como uma atividade a que nos dedicamos compulsivamente, mercê da vocação que cada um assumiu de por esta mídia, continuar fazendo alguma coisa pelo desenvolvimento de nossa cidade. Assim, “companheiro”, com as minhas desculpas, mas “a luta continua”.  

João Maurício, Doro Germano e Expedito Ferreira
COMENDA
A Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro do Norte irá promover no próximo dia 20 de abril, no Recanto do Rei (Chácara do presidente Odival Limeira Lima) uma festa comemorativa do seu calendário anual de eventos. Trata-se da entrega da Comenda Memórias de Juazeiro do Norte, com a qual presta significativa homenagem a alguns juazeirenses ilustrados. Este ano, os três homenageados são Expedito Ferreira Lima, Teodoro de Jesus Germano e João Maurício e Silva. Nos próximos dias deverão ser remetidos os convites para que o quadro social da entidade, suas famílias, e as famílias dos homenageados estejam presentes a este acontecimento que já é uma tradição esta confraternização em meio ao merecido tributo que é prestado a aqueles que muito contribuíram para o desenvolvimento da terra do Pe. Cícero.

JORNAL (I)
Recebi um exemplar do mais novo título de boletim informativo de nossa cidade. Trata-se do Semanário Litúrgico, que cumpre a função de ser o roteiro da liturgia dominical da Paróquia Matriz, contendo textos, cânticos e orações da missa do domingo. Embora não esteja muito claro, e sendo da responsabilidade dos padres que dirigem a Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, este primeiro número trás uma excelente reflexão sobre o tempo Quaresmal, do Pe. Aureliano Gondim. Também há uma página sobre avisos paroquiais. Pelo que está implícito, a Paróquia Matriz tomou a iniciativa de assim substituir com esta publicação o tradicional jornalzinho O Domingo, editado em São Paulo pelos Paulinos. Gostaria de sugerir aos seus idealizadores que também incluíssem a menção de leituras dos livros sagrados para os demais dias da semana. Parabéns, está ótimo.
JORNAL (II)
Bem identificado com a leitura regular dos nossos jornais, chegam rotineiramente ao meu endereço em Juazeiro muitos jornais editados na província. É o caso de agradecer penhorado o compromisso assumido por Joaquim Pereira Muniz Barros que todos os meses me manda Tribuna Popular do Cariri. Na edição mais recente, a de número 157, com dezesseis anos de existência, referente a fevereiro, a folha dá destaque ao início de mais uma reforma do Escola Padre Cícero, que foi fechada sob ameaça de desabamento. Aliás, uma tristeza, pois todas a administrações públicas de Juazeiro do Norte já tiveram algum envolvimento neste sentido, e, definitivamente, não se faz um trabalho sério para manter ativo o mais importante e tradicional edifício escolar de nossa cidade, cuja existência vai marchando para um século. Parabéns Joaquim, e muito grato pela atenção.
JORNAL (III)
Também gostaria de manifestar a minha gratidão a Beto Fernandes e João Carlos Barbosa. Os dois firmaram uma parceria e resolveram reativar o Nação Romeira. Deste modo, saiu a edição 39, do seu ano VIII. Bem cuidado graficamente, belo trabalho de Cláudio Henrique Peixoto, o Nação, pelo menos para mim, é o atestado inequívoco que Juazeiro é capaz de manter, pelo menos por sua editoração e impressão gráfica um jornal semanal, pelo menos, senão diário, que é uma lacuna imperdoável da imprensa na cidade. Há bons valores que podem compor seu quadro de redatores e colunistas, mas há um gargalo impressionante de antipatia, se é que assim posso me referir, do jornal como empreendimento. Assim, nem temos hábito de ler e continuamos ignorando o pepel da imprensa impressa como alavanca de desenvolvimento. Uma pena.
JORNAL (IV)
Bacurejando velhos jornais do Juazeiro, de modo a completar o inventário de sua imprensa, esta semana descobri na Biblioteca Pública Menezes Pimentel, ao lado do Centro Dragão do Mar, aqui em Fortaleza, um microfilme do projeto de preservação da memória da imprensa do Ceará: 51 exemplares do velho Correio do Juazeiro, referente ao ano de 1949. O seu editor foi, nos anos 1949 e 1950, o jornalista Geraldo Menezes Barbosa. Não sabemos exatamente por quantas edições o jornal circulou. Temos conhecimento das primeiras 52 edições, desde 16.01.1949 e 08.01.1950. Do seu quadro de redatores destacamos: Dr. Mário Malzone, Espedito Cornélio, Elvídio Landim, Odílio Figueiredo, Taumaturgo Nogueira, João Barbosa, Dr. Carlyle Martins, Aderson Borges de Carvalho, Othon Mendonça de Matos, J. de Figueiredo Filho. Era um jornal semanal, que saia com 6 páginas em tamanho tablóide. Um autêntico documento para nossa história. 
JORNAL (V)
Os nossos periódicos são nominados de jornais, folhas, informativos, gazetas, etc. Não havia nada fora disto, em essência. Até que apareceu o Sem Nome. Esse jornalzinho, pelo pequeno porte, fez um estrago enorme, e provocou também um grande estrago em seu fundador, Gilvan Luiz. O Sem Nome nasceu para dar voz à grande insatisfação de parte da população juazeirense durante o período administrativo de Manoel Santana. O jornal passou a referir a sua indignação e a grande surpresa com que seus mentores viam o desastre da administração Santana. Foi um canal de denúncias de forma muito contundente. Deixou de funcionar quando foi perpetrado o crime de seqüestro e violência sobre seu editor, até hoje não apurado. Mas, por estes dias o Sem Nome voltou a circular com edições nos dias 26.02 e 05.03. Mais bonito com nova diagramação, pretende ser periódico e mais freqüente para nossa leitura. Saúdo seu retorno com entusiasmo. Bemvindo.  
JORNAL (VI)
PASCOM, ou Pastoral da Comunicação é o jornal informativo da comunidade paroquial de Nossa Senhora de Lourdes, sob a orientação espiritual do Pe. Francisco Luiz dos Santos. Este informativo, que já está no seu número 204, ano 15, cumpre as tarefas de orientação e informação aos paroquianos e igualmente ao seu grupo de ECC – Encontro de Casais com Cristo. Quando foi fundado e circulou pela primeira vez, tinha o nome de Visão Paroquial. Andei procurando pela coleção deste jornal, mas não encontrei informação melhor, senão as mudanças freqüentes de equipes dirigentes. Aliás, são vários estes jornais ligados às atividades dos ECCs, frequentemente bem regulares, mensais, embora tenham alguns que tiram várias edições em eventos programados pelas paróquias.
JORNAL (VII)
O jornal Folha da Manhã é, certamente, a minha convivência mais longeva com a imprensa de Juazeiro do Norte. Tenho a grande maioria dos seus exemplares, desde o raríssimo número Zero.  Esta semana chegou o mais recente, para mim, o de número 4771. Ele pode chegar atrasado, como seja. Para mim, jornal só é velho depois que o leio. Aí, vai ser bem guardado. Sou incapaz de jogar um jornal fora. Como não jogo fora a minha admiração por Demontieux Fernandes, e agora ao seu filho Eduardo Gomes de Brito Fernandes, por sua quixotesca jornada de mantê-lo vivo, altivo, crítico e presente, mesmo diante de suas adversidades, até materiais, o que o leva a um exercício diário de artesanato na impressão desta resistência. O Folha da Manhã é hoje o mais regular de todos os nossos jornais, tarefa heróica de mais de vinte anos de existência.

LIVRO (I)
No próximo dia 21, Geová Magalhães Sobreira estará lançando aqui em Fortaleza, no Museu do Ceará, o seu livro Canto Insone (Sotaque Norte Editora, Brasília, 105p). De Geová Sobreira, amizade mais recente, não imaginei poeta como agora se revela em escritos que se guardaram com zelo, por tal juvenil vaidade, de ser poeta. Poemas livres, descompromissados com a métrica, sonetos de grande sensibilidade. Foi assim que o aspirante a sacerdote em Cristo, o Geová – habitante dos seminários salesianos de Recife e Carpina “cometeu” esta primorosa coletânea poética, em circunstâncias narradas com grande requinte de detalhes pelo colega Sebastião Moreira Duarte, amigo e confidente da jornada que se interrompe pelo anos 1961. Um requinte esta apresentação, que dá um colorido especial aos versos insones deste poeta que só agora se revela, e para usar uma expressão de seu tio Azarias, “quase neste seu ablativo de vida.” 
LIVRO (II)
O padre do Juazeiro é matéria prima de vasta produção livresca. Mais uma vez aparece-nos pela mania recorrente de autores que procuram traçar paralelos, confrontos e contrastes entre os ícones do sertão brasileiro (Pe. Cícero, Lampião, Ibiapina, Conselheiro, Frei Damião, etc). Neste “Os mitos do sertão”, (Edições Bagaço, Recife, 160p, ilus.), Ivan (Bezerra) de Barros, autor de repleto inventário literário, apresenta o que denomina o resultado de uma pesquisa e de leituras por mais de 40 anos sobre Pe. Cícero, Frei Damião e Lampião. E, evidente, sua preocupação, além dos traços biográficos dos personagens, os confrontos entre eles. Com boas ilustrações o trabalho é uma prazerosa leitura. Agradeço a atenção de Luiz Palmeira (o abençoado) pela remessa do exemplar.
LIVRO (III)
Perboyre Lacerda Sampaio veio a esta capital e reuniu amigos. Infelizmente não pude comparecer ao ato que também se reservava para o lançamento local de sua obra – Felicidade. É um livro que se propõe fazer reflexões sobre a vida, e a ânsia determinada de se viver em paz e feliz. Um pouco do exercício médico de que é bem apetrechado, otorrino dedicado a cirurgia facial, poeta e músico, cidadão nascido em Pernambuco e criado em nossa terra, para daí ganhar o mundo, indo residir e trabalhar. Do seu exercício profissional esta preocupação com a felicidade. É um livro de auto-ajuda? Não deixa de ser, embora aí não haja a intencionalidade. Antes disto, é o testemunho sensível de quem se entrega às razões do viver, apaixonadamente. Por isso mesmo vale a pena ler, não é tão volumoso, mas deixará em cada um de nós a vontade de retornar às suas páginas e sorver lições de grande valia para nosso aperfeiçoamento humano. 
LIVRO (IV)
O Pe. Neri Feitosa não tem apego por obras densas. O que lhe preocupa mesmo é o esclarecimento mais objetivo de certas questões históricas. Por isso mesmo lançou mais um opúsculo (O Beato Amorim, Instituto Memória de Canindé, 2012, 16p, ilus.). A provocação, diz ele, fui eu mesmo quem deu, para que ele esclarecesse sobre o paradeiro de um certo beato Amorim, por preocupação acadêmica a mim encaminhada. O resultado é fascinante. O Pe. Neri foi a campo e descobriu coisas interessantíssimas sobre este servo de Deus, nominado de Antonio Fernandes de Amorim, um alagoano de origem que missionou, franciscanamente, entre o Cariri, Canindé, Recife e as Alagoas. Vale a pena ler este curtíssimo e valioso contributo à história da religião católica pelos sertões. 
LIVRO (V)
Com certa timidez, encontro a referência sobre este livrinho saído na Paraíba, dos autores, Pes. Cícero Gomes de Lira e João Aldcélio Ponciano, respectivamente, administradores paroquiais em Belém do Brejo da Cruz e Bom Sucesso, PB. (O livro não registra editor/gráfica, etc, 80p ilus.). O seu texto parte do princípio que Pe. Cícero Romão Batista é um fator importantíssimo na compreensão da religiosidade do povo sertanejo. Por isso mesmo, faz um pouco de biografia que percorre as múltiplas relações do personagem com o ambiente em que viveu, com seu povo, hierarquia da Igreja, o poder, e as diversas facetas que perpetuaram sua fama e grande presença na atualidade. 
LIVRO (VI)
O Adventismo na terra do Padre Cícero, de Ribamar Diniz (Sociedade Criacionista Brasileira, Brasilia, 2012, 188p, ilus.) é uma obra que contém a pesquisa prolongada deste caririense de Milagres, cuja dissertação de mestrado já versou sobre esta temática.Ele é teólogo e já possui outras obras lançadas. Nesta, ele analisa o histórico do adventismo, especialmente a ligada à Igreja Adventista do Sétimo Dia de Juazeiro do Norte, a partir da presença dos primeiros missionários que aportaram à cidade na década de 1930. Desta data, até ao redor de 1973 ele narra os primeiros tempos, os primeiros batisados (como Manoel Ludugério da Silva, o primeiro adventista da cidade, no ano de 1969). Livro interessantíssimo para se formar um amplo painel desta pluralidade religiosa da dita terra do Pe. Cícero, a nova Jerusalém. 

LIVRO (VII)
Recebi de Raimundo Araújo este seu último livro, Fragmentos do Passado (Gráfica e Editora Royal Ltda, Juazeiro do Norte, 326p, ilus.) que deve sem lançado em Juazeiro do Norte, proximamente, ainda sem data firmada. O que fez o autor para formatá-lo? Fez aquilo que os autores costumam fazer: reunir os esparsos pela imprensa e os velhos guardados de gaveta. Por assim dizer, limpou o arquivo, transferindo para estas páginas as suas emoções, revelações, opiniões, sentimentos próprios de um homem que se permite opinar pela experiência vivida. Raimundo é um preciosista, revisor de profissão perdida no tempo e, felizmente encontrável na boa parte de ler e corrigir as novas produções dos amigos, ele rebusca sua produção com um vocabulário que frequentemente se alberga no passado, por expressões até em desuso, mas com graça e coerente com sua proposta de ser um autêntico revisor da belezas do antanho, impenitente. Graças a Deus. Parabéns.
LIVRO (VIII)
Também registro o recebimento de dois folhetos de cordel, da lavra de Odilio Figueiredo Filho (Cordel Cearense do Bondinho Centenário, e Cordel do Mensalão). No primeiro, o autor revisa em sextilhas a história da construção do bondinho carioca que liga a praia vermelha ao morro da Urca e, a seguir, ao alto do Pão de Açucar, acrescendo a isto o contexto de atualidade, suas características e desempenho como equipamento de grande expressão para o turismo brasileiro. No segundo folheto, igualmente chocado com o vergonhoso processo que se denominou mensalão, Odílio faz uma síntese, até muito didática, de toda a maracutaia que solapou o país e a nação, por envolver nomes até então prestigiados da política nacional, especialmente no PT, mas também em outras legendas e no empresariado. A grande vergonha nacional, na indignação do poeta de cordel.  
LIVRO (IX)
O próximo ano, 2014, será um ano de centenários e muitas outras datas. Particularmente o dia 23.07, com o centenário da cidade. A municipalidade de Juazeiro do Norte deve se ligar para este momento que poderemos viver em meio a grandes realizações. Eu não me iludo mais, a partir das celebrações do Centenário da Emancipação (2011). Contudo, diversas tratativas foram realizadas para este fim. Um deles foi a coleção do centenário que bem poderia dar continuidade. Com o Banco do Nordeste, por exemplo, ficou acertado a publicação de mais 10 livros raríssimos que já foram pré-aprovados no ETENE. Seria o caso de indicar ao secretário Wellington Costa, bem como o presidente da Fundação Memorial Padre Cícero a continuidade dos entendimentos para esta finalidade. 

ESCOLAS
O que é mais triste: fechar escolas ou construí-las sem planejamento em atenção apenas à veia populista de gestores, realmente descompromissados com a sustentabilidade do município? Devem ser declaradas as ações de irresponsabilidades destes gestores quando assim procedem. E é o caso deste levante de agora, deste susto que tomamos, onde se fala de fechar cerca de 18 escolas das áreas rurais de Juazeiro do Norte. A área rural do município concentra menos que 5% da sua população. Mas, este mesmo populismo é aquele que já nos dizia que abrir escolas é fechar prisões. (Na verdade, elas continuam sendo muito necessárias; continuam sendo construídas; e há algo que não casa bem nesta afirmativa). O fato é que vão fechar, não obstante a generosidade do FUNDEB, cujo desvio mais recente, do que se fala, passou de 3 milhões.     

AEROPORTO (I)
Lamentei a retirada parcial da Gol e a total da Passaredo da rota Cariri, com pousos e decolagens no Aeroporto de Juazeiro do Norte. Uma regressão baseada, dizem, exclusivamente pelas condições do mercado. Tomara. Só assim sabemos, antecipadamente, que as coisas não são definitivas e poderá haver, naturalmente uma reversão do fato. Efetivamente, não era isto que esperávamos. Em repetidas ocasiões, ouvimos de interlocutores públicos e empresários, sobre gestões que pareciam caminhar na direção da chegada de uma TAM e de outras aero linhas. Penso que o mercado continua aquecido, de um modo geral. Por vezes as tarifas beiram os 100 reais (dizem que é a isca provocativa do consumismo), outras horas sobem à estratosféricas marca de 800 ou 900. Uma loucura. Já me explicaram isto, mas confesso que não fiz muito esforço para entender. 
AEROPORTO (II)
Nesta semana que passou, nossas autoridades foram para Brasília para conversar com o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, em busca de soluções que coloquem o nosso aeroporto numa posição de prioridade. Na pauta, e na companhia de José Roberto Celestino, o prefeito Raimundo Macedo foram lutar pela inserção de Juazeiro do Norte no Plano Nacional de Expansão dos Aeroportos Regionais criado pela Presidente Dilma Rousseff e que prevê investimentos da ordem de R$ 7,1 bilhões. Isto seria dinheiro para a execução do novo terminal com capacidade para 1,5 milhão de passageiros/ano, sete posições de estacionamento de aeronaves, terminal de carga com três posições e uma pista que suporte a operação de jatos para 300 passageiros como os Boeings 767-300. Para tanto há que ser implementado um Plano Diretor do Aeroporto de Juazeiro e a disponibilidade de recursos para desapropriações da área de 486 mil m2 destinadas à expansão. Destas tratativas ainda não temos resultados concreto.
AEROPORTO (III)
O que agora sabemos é que “técnicos da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República e engenheiros do Banco do Brasil virão a Juazeiro do Norte na próxima segunda-feira, dia 11, fazer um levantamento das necessidades do Aeroporto Orlando Bezerra.” Esse foi o resultado da audiência. Pelo que foi divulgado oficialmente, o próximo evento possível para o curto prazo, da parte da Infraero, é mesmo a inauguração das novas salas de embarque e desembarque, dos chamados Módulos Operacionais, para que o aeroporto tenha condições de receber até 800 mil passageiros/ano. O prefeito municipal, por sua vez, promete a execução das obras de ampliação da Avenida Virgílio Távora como acesso principal ao aeroporto. De forma mais ambiciosa e de médio a longo prazo, fica a possibilidade do início de obras de um novo terminal de passageiros para depois da Copa do Mundo.
AEROPORTO (IV)
Em diversas ocasiões fizemos neste espaço um relato bastante circunstanciado com as estatísticas da Infraero sobre o desempenho do Aeroporto Regional do Cariri. Mensalmente tomávamos os dados oficiais da empresa e fazíamos uma avaliação no que nos tocava, diante dos 66 aeroportos brasileiros sob as atenções da Infraestrutura Aeroportuária. Desde Janeiro interrompemos este procedimento porque os dados deixaram de ter visibilidade no link de estatisticas de www.infraero.gov.br. Quem abrir o link verá que os dados ali estão resumidos ao 10 últimos anos e sobre 2013 se encontram apenas os dados de transporte de carga, em bem cuidado relatório. Se os dados voltarem a ser divulgados, voltaremos também a apresentar um balanço mensal, como das vezes anteriores.  

ENSINO SUPERIOR
Em edição bem remota neste Portal, encontrável em seu arquivo, analisamos a questão da então atualidade dos números que transformaram Juazeiro do Norte num grande pólo de ensino superior. Naquela ocasião já nos incoformávamos pela simplicidade dos dados, pois não tínhamos números mais aprofundados para melhor imagem do setor. Naquela ocasião, 4 fatores eram mais destacados: primeiro: o grande papel da iniciativa privada, frente ao ensino público; segundo: a diversidade de cursos e níveis; terceiro: os números objetivos de então, com 14 instituições e 137 cursos de graduação e pós-graduação, diversos; quarto: o potencial que ainda se vislumbra com novas instituições, especialmente com a criação da Universidade Federal do Cariri, e transformação de outras em Centros Universitários ou mesmo Universidades. Voltaremos oportunamente ao tema, com melhor raio x.

GESTÃO MUNICIPAL
No dia 10 de abril chegaremos aos cem primeiros dias da atual administração municipal. Desta sabemos pouco de intenções e acertos. Já estamos nos habituando, como contribuinte do erário, a ter a devida paciência para ver como a carruagem segue. Juazeiro do Norte tem graves e crônicos problemas urbanos que desafiam, compulsoriamente, o otimismo de qualquer novo gestor que fale em 100 dias. Pelo que nos informam, nenhuma novidade. Antes, na campanha: ausência de um projeto a altura dos problemas e dos desejos, acordos e conchavos. Depois da posse: os embrulhos com equipe, as cobranças de acordos e conchavos e o plantão para apagar incêndio aqui ou acolá com os mal feitos dos antigos, e os nós dos parceiros que cobram tratos de campanha. Ah, meu Deus, quando é que resta tempo para se cuidar dos interesses desta nossa pobre terrinha? 

OLHARES SOBRE JUAZEIRO
Frequentemente, recebo consultas de pesquisadores de universidades para auxiliá-los em determinadas questões, geralmente com vistas a fontes primárias que suportem suas investigações. Disto dou conta pois é interessante propagar como esta gente está se debruçando sobre Juazeiro do Norte para continuar estudando com afinco, pois como já se disse, a cidade é um laboratório a céu aberto. Assim, um primeiro consulente, formado em Geografia pela URCA e cursando Mestrado em Geografia pela UECE, está se propondo a trabalhar a Memória da Cidade de Juazeiro do Norte, a partir de uma abordagem da Geografia Histórica Urbana. Outro, graduado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Pelotas pesquisa sobre a xilogravura e o cordel de Juazeiro do Norte. Ele pretende o mestrado em História na UFC e já se preocupa com seu projeto, estudando desde os seus primórdios com o jornal O Rebate, passando pelas tipografias de cordel, as peças publicitárias, até chegar nos dias de hoje, em que a xilogravura se transformou em um objeto de arte. Há uma aluna de um mestrado da UFC-Cariri que pretende fazer uma análise da paisagem urbana de Juazeiro. Finalmente outro mais, ligado a UNESP-Presidente Prudente, que propõe a seguinte pesquisa: Centro, centralidade e cidades médias cearenses: o papel do comércio e serviços na reestruturação da cidade de Juazeiro do Norte/CE. Enfim, nossa Juazeiro do Norte continua ensejando ótimas oportunidades de pesquisa para o aprimoramento de diversos profissionais universitários pelo país. Isto é bom. Aliás isto é muito bom.

O PAPA E O PE. CÍCERO
A grande surpresa da renúncia de Bento XVI não deixou de resvalar para cima da expectativa que muitos têm de ver uma solução para a petição do bispo de Crato com respeito à reabilitação de Padre Cícero. As indagações são as mais diversas e as tentativas de respostas nos deixam muito embaraçados. Tudo é dúvida. Nada é certeza. Piada corrente no Vaticano foi, em resposta ao que Bento XVI faria exatamente depois da renúncia, a quase certeza do porta-voz de que ele iria jantar. Bem, agora estamos na fase da bolsa de apostas para quem chega lá, na tal da fumaça branca. Que chance terá o Pe. Cícero de entrar na nova pauta do novo pontífice? Isto é algo que só nos cabe aguardar, pois toda e qualquer especulação se esvai na inevitável incerteza dos corredores que levam à Capela Sixtina. 

ROSEMBERG
Antonio Rosemberg de Moura, O Rosemberg Cariry de tantos afetos pelo Juazeiro, a impregnar sua obra cinematográfica e literária, acaba de presentear o Juazeiro com mais um gesto generoso de sua atenção. Me diz a Ir. Annette Dumoulin que o diretor se sensibilizou com a proposta que está em curso para a formação de uma orquestra de deficientes visuais em nossa cidade. E para ajudar destinou cerca de 295 unidades do seu DVD, Juazeiro a nova Jerusalém, para serem vendidos em prol da obra. Com tal produção, Rosemberg fez “um mergulho profundo nas maravilhas e misérias do cotidiano da Cidade Santa de Juazeiro do Norte e o filme conta a história do Padre Cícero e revela um universo desconhecido e fascinante para o espectador, onde o sonho se confunde com a própria realidade. Os interessados devem procurar a Ir. Annette para ajudar a esta meritória iniciativa, adquirindo um exemplar deste magnífico DVD, a preço muito módico. 
CCBNB
Recebo, costumeiramente, a agenda de eventos do Centro Cultural do Banco do Nordeste. Frustrante é não poder desfrutar desta rica programação mensal. Se residisse na Rua São José seria freqüentador assíduo. Este fato me leva a confessar um agradecimento profundo que eu e muitos de nós devemos ao Banco do Nordeste pela manutenção deste equipamento. Uma graça para nos remeter ao diletante, prazeroso e valioso momento de contato com expressões pessoais que transitam por música, artes plásticas, cinema, literatura e atenções com leitura e formação de platéias e profissionais. Há pouco, entre fim de fevereiro e começo de março aconteceram os Concertos do Nordeste, envolvendo cerca de 17 grupos de música erudita e outros 14 de manifestações culturais da tradição nordestina, com vasta programação para nos deixar babando.   

SEMANA DO PE. CÍCERO
Eis alguns destaques da XXXI Semana do Padre Cícero: Dia 19.03 - (Terça-feira); Local: Memorial Padre Cícero; 8:00h - Palestra: "O sertão se fez homem e habitou entre nós". Com o Dr. José Genildo Reges de Sousa, bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte e graduado em Letras pela Universidade do Estado de Goiás. Dia 20.03 (Quarta-feira); Local: Memorial Padre Cícero; 8:00h - Palestra: "O Juazeiro das Promessas e as promessas de Juazeiro - Pequenas reflexões antropológicas", com o bacharel em Ciências Sociais pela Universidade do Espírito Santo, e mestre e doutorando pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thiago Zanotti Carmini. Dia 21.03 (Quinta-feira); Local: Memorial Padre Cícero; 8:00h - Palestra: "Padre Cícero nas Canções", com o professor Paulo Leitão, mestre em Sociologia pela UFC; 19h30min - Apresentação de filmes e documentários sobre Padre Cícero para alunos da rede pública de ensino.
Dia 22.03 (Sexta-feira); Local: Memorial Padre Cícero; 8h30min - Lançamento de cordel coletivo da Academia dos Cordelistas de Crato; 10:00h - Palestra: "Histórias do Padre Cícero", com o Dr. Geraldo Menezes Barbosa. Dia 23.03 (sábado); Local: Memorial Padre Cícero; 8:00h - Fórum Salesianos de Palestras. "A Mulher sem Túmulo", com a doutora pela UFC, Nilce Costa. "A Mulher na Contemporaneidade", com a professora Zuleide Oliveira.

 NOVO BAIRRO
Pela Lei N.º 4159, DE 5 DE MARÇO DE 2013, o prefeito municipal de Juazeiro do Norte criou o Bairro Cajuína São Geraldo, desmembrado do bairro Antônio Vieira, com os seguintes limites e confrontações: ao NORTE, em dois segmentos, o primeiro, com a rua Hildegarda Barbosa / RFFSA e o segundo, com a rua Mestre José Caetano da Silva: ao SUL e LESTE, com a Avenida Padre Cícero (Rodovia Juazeiro / Crato); ao OESTE, em dois segmentos, o primeiro, com a rua Antônio Domingos dos Santos, e o segundo, com a rua Poeta José Bernardo da Silva. O novo bairro conterá as seguintes artérias públicas: I – AVENIDA PADRE CÍCERO, Prolongamento da Rua Padre Cícero, com início na rua Leão XII, sentido norte/sul, término na divisa dos municípios de Juazeiro do Norte/Crato, (bairros Salesianos, Santa Tereza, Triângulo, Cajuína São Geraldo, Antônio Vieira e São José); II – RUA ANTÔNIO DOMINGOS DOS SANTOS, primeira paralela leste à rua Jerônimo Freire dos Santos, com início na RFFSA, sentido norte/sul, com término na Avenida Padre Cícero, (bairros Cajuína São Geraldo e Antônio Vieira): III – RUA IZABEL LEAL, primeira paralela norte à Avenida Padre Cícero, com início na rua Poeta José Bernardo da Silva, sendo oeste/leste, (bairro Cajuína São Geraldo); IV – RUA DAS LARANJEIRAS, primeira paralela norte à Avenida Padre Cícero, com início na rua da Imprensa, sentido leste/oeste, e término na rua José Maria Filomeno Gomes, (bairro Cajuína São Geraldo); V – RUA CORONEL DAUDETH, primeira paralela sul, à rua Construtor José Sabino, com início na rua João Cândido Fontes, sentido leste/oeste, e término na rua da Imprensa, (bairro Cajuína São Geraldo); VI – RUA JOSEFA MACHADO, primeira paralela norte à rua Construtor José Sabino Pereira, com início na rua João Cândido Fontes, sentido oeste/leste, (bairro Cajuína São Geraldo); VII – RUA DORALICE LUZ GONDIM, primeira paralela sul à rua Ladislau Arruda Campos, com início na rua João Cândido Fontes, sentido oeste/leste, (bairro Cajuína São Geraldo); VIII – RUA NOÊMIA CRUZ, primeira paralela norte à rua Cecília Meireles, com início na rua Antônio Domingos da Silva, sentido oeste/leste, e término na rua José Maria Filomeno Gomes, (bairro Cajuína São Geraldo); IX – RUA DAS ORQUÍDEAS, primeira paralela oeste à rua das Acácias, com início na rua Hildegarda Barbosa / RFFSA, sentido norte/sul, e término na Avenida Padre Cícero, (bairro Cajuína São Geraldo); X – RUA ANTÔNIO ROSENDO, primeira paralela oeste, à rua da Imprensa, com início na rua Hildegarda Barbosa/RFFSA, sentido norte/sul, e término na rua Ladislau Arruda Campos, (bairro Cajuína São Geraldo); XI – RUA DA IMPRENSA, primeira paralela oeste, à rua João Cândido Fontes, com início na rua Hildegarda Barbosa/RFFSA, sentido norte/sul, e término na Avenida Padre Cícero, (bairro Cajuína São Geraldo); XII – RUA JOSEFA SARAIVA PINHEIRO, primeira paralela oeste à rua José Maria Filomeno Gomes, com início na rua Hildegarda Barbosa/RFFSA, sentido norte/sul, e término na rua Ladislau Arruda Campos, (bairro Cajuína São Geraldo); XIII – RUA CENTENÁRIO, primeira paralela leste, à rua da Imprensa, com início na rua Hildegarda Barbosa, sentido norte/sul, (bairro Cajuína São Geraldo). São também incorporadas ao novo bairro, as artérias públicas, já oficialmente denominadas: 1 – Rua Poeta José Bernardo da Silva – (Lei n.º 938, de 23/04/1982); 2 – Rua Mestre José Caetano da Silva – (Lei n.º 1515, de 16/02/1990); 3 – Rua Santo Expedito – (Lei n.º 2270, de 15/04/1998); 4 – Rua Teófilo Cavalcante – (Lei n.º 1628, de 27/03/1991); 5 – Rua Construtor José Sabino Pereira – (Lei n.º 1003, 18/03/1983);
6 – Rua Cecília Meireles – (Lei n.º 1603, 05/03/1991); 7 – Rua Maroli Gomes – (Lei n.º 2226, de 17/10/1997); 8 – Rua Ladislau Arruda Campos – (Lei n.º 889, de 18/09/1981); 9 – Rua Hildegarda Barbosa – (Lei n.º 956, de 08/06/1982); 10- Rua José Marias Filomeno Gomes – (Lei n.º 928, de 05/04/1999); 11 – Rua Maria Cornélio de Lira – (Lei n.º 2441, de 24/09/1999); 12 – Rua das Acácias – (Lei n.º 1121, de 04/03/1985); 13 – Rua João Cândido Fontes – (Lei n.º 821, de 17/10/1980); 14 – Rua José Pereira da Silva – (Lei n.º 790, de 29/08/1980).