sábado, 28 de novembro de 2015

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
204: (20.11.2015) Boa Tarde para Você, Valdimiro Alves
Tantos anos depois e o dia 21 de Janeiro de 1968 não me sai da memória por dois motivos: o primeiro é que eu e dezenas de juazeirenses aguardávamos ansiosamente a divulgação do resultado do vestibular da UFC e neste mesmo dia encerrava-se o XI Intermunicipal de Futebol da APCDEC. Lembro, particularmente, este último evento porque em memorável tarde esportiva no Estádio Presidente Vargas em Fortaleza, nós estávamos lá para ver o selecionado de Juazeiro do Norte finalmente conquistando o campeonato de 1967, vencendo o time de Ubajara pelo escore de 3x2. Na história das disputas dos Intermunicipais anteriores, Juazeiro do Norte havia logrado um vice-campeonato em 1943, mas ainda não tinha chegado a situar-se ao lado de outros, campeões, como Maranguape, Aracati, Sobral, Russas, Limoeiro, Caucaia, Cedro e Quixadá. Nestas ainda emocionadas lembranças, Lírio, rememoro aqui o que você e Luciano, Ramos, Zé do Carmo, Azul, Pirajá, Joãozinho, Cirineu, Neco, Gilson, Zé Iran e Zé Maria fizeram em campo para nos trazer no momento preciso aquele trofeu que tanto repercutiu sobre o nosso futebol. Guardo desse momento algumas imagens fotográficas tomadas durante a partida, uma das quais você, Lírio, e Azul desmontam o ataque do Ubajara em perigosa investida do atacante Wilson. Tal foi a importância desse acontecimento que eu gostaria de fazer aqui uma menção explícita a todos esses que denominávamos de heróis: Francisco Luciano de Araújo e José Ramos de Oliveira, fortalezenses, pertencentes ao Icasa; José do Carmo Silva, pernambucano de Santo Amaro, também do Icasa; Raimundo Freire de Assis (Azul), baturiteense, do Inboplasa; Antonio Batista Oliveira (Pirajá), Gilson Sobreira de Melo e José Maria Silva, muito jovem, aos 17 anos, todos juazeirenses e pertencentes ao Icasa; João Custódio da Silva (Joãozinho), fortalezense, do Icasa; Cirineu de Souza Lima, filho de Crateús, do Inboplasa; José Iran Maciel, de Limoeiro do Norte, que era do Icasa e já estava no Ceará Esporte Clube; E você, Lírio, nascido em Aurora em 23 de abril de 1939, que já vinha defendendo o nosso selecionado desde 1961, naquele campeonato jogou em todas as partidas, contra Crato, Quixeramobim, Itapipoca e Ubajara. Justiça se faça, e na verdade, esse selecionado de 1967 ainda tem que ser lembrado por todos os outros convocados, como Vitorino, Adailton, Lira, Da Silva, Lino, Galêgo e Zezinho. Louve-se também, Lírio, que esta jornada teve uma equipe técnica formada por Vicente Trajano que foi o primeiro técnico, seguido por Luis Veras e auxiliado por Praxedes Ferreira, contando com os trabalhos do ropeiro Cícero Tenório, do massagista Isaías Gomes, do médico Odílio Camilo e o camandante Ednaldo Dantas Ribeiro que terminou sendo chamado de Marechal da Vitória. Precisamos lembrar também, Lírio, que o grande êxito alcançado tinha uma mola mestra em sua comissão financeira que reuniu fundos para custear a grande jornada, nas pessoas de Orlando Bezerra, Pedro Bezerra, Mascote, Rafael Arruda, Sá e Silva, Reginaldo Duarte, Severino Duarte, Zé de Bezerrinha, Sulino Duda, João Barbosa, Cazuza Alves e Pe. Murilo de Sá Barreto. Podemos dizer, Lírio, e você era parte disto, que alguns anos depois da fundação do Icasa e do Inboplasa e desse XI Intermunicipal, o futebol juazeirense experimentava uma fase radiante fazendo explodir a grande campanha pelo Estádio Romeirão que receberia naquele ano o apoio do governo. A crônica esportiva da época, com pessoas como José Boaventura de Sousa, Luis Carlos de Lima, Wellington Balbino, e tantos outros, era unânime em afirmar que o Romeirão, nem ainda saira do papel, mas já era motivo de sobra para tanto entusiasmo, determinante dessa conquista em campo. E, realmente, de forma até quase profética, o que a imprensa bradava pela necessidade da construção do Romeirão ressoava e mais ainda se faria sentir por tudo quanto temos experimentado nos caminhos do esporte futebolístico e de outros esportes nesta cidade. Dois anos depois, em primeiro de maio de 1970, você Lírio, e vários outros daqueles nossos heróis do XI Intermunicipal estavam na inauguração do Romeirão, como eu também, assistindo ali, encantado, porque pelo esporte nossa cidade ultrapassava uma nova marca no seu desenvolvimento. Hoje, Lírio, você é uma veterana e gloriosa lembrança desta época, e nos seus 76 anos de vida está dedicado ao Estádio Romeirão que você viu nascer, ajudou a construir e em cujo gramado ainda demonstrou a sua competência, aquela mesma do zagueiro central que brilhava nos Intermunicipais.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 20.11.2015)
(Na foto acima, Valdimiro Alves, o Lirio (Lirão), está assinalado com uma seta, em pé.



DONA EXPEDITA DOS SANTOS DIAS
Uma das coisas que fascinam os historiadores, os sociólogos, os antropólogos, gente de ciências sociais, os que se debruçam sobre a construção contínua desta terra do Padre Cícero, diz respeito ao papel da formação de muitas famílias entrelaçadas por uma genética bem nordestina, por uma genealogia muito amorosa, fruto do encontro de migrantes, de romeiros que para cá vieram, e continuam vindo, como se de fato aqui vivêssemos numa Jerusalém celeste.

Com a família de dona Expedida dos Santos Dias esta cena se repete e não difere do que mais notável aqui se verificou, a lembrar da prédica beneditina de que cada casa construída, cada família constituída se abrigou ao calor de um recanto de oração e de uma oficina de trabalho.

Na pré-história do que temos a contar e a realçar nesta noite, os pais de Dita chegaram a este Tabuleiro Grande no início do século XX, há mais de cem anos passados.

Os relatos de família, na narrativa impecável, precisa, fluente e tão lúcida, como dona Expedita se regala em fazer, seu pai, Felipe José dos Santos, um alagoano de Maceió, também chegou a esta terra atraído pelas mesmas circunstâncias que trouxeram para cá, e continuam trazendo ainda hoje, tantos quantos ainda desejam viver esse privilégio de morar e trabalhar na terra do seu santo padrinho, o Patriarca desses sertões nordestinos.

Verdadeiramente, Padre Cícero Romão Baptista, mercê de sua pastoral de vocacionado ministério sacerdotal, ainda no século XIX plantou nestas terras a vivência de oração e trabalho, binômio que consagrou a sua pastoral diária, especialmente no acolhimento dos muitos que se fizeram degredados filhos das secas de 1877 e 1888.

Num dos primeiros anos do século passado, possivelmente 1903, Felipe, sua mulher e os filhos, já pela juventude, Domingos Felipe, Antônia e Maria Rosa estavam a caminho do Joaseiro, como romeiros, enfrentando léguas tiranas, estradas longas de pedra e areia. A mulher abortou e não resistiu às precárias condições, em que isto se verificou. 

O grupo viajante que era também composto pela beata Angélica de Jesus e Rosa, irmãs de Felipe, bem como outra irmã, Maria Januária, na companhia do marido João Vieira Melo e a criança, filha do casal, Maria Isabel, chegaram ao Joaseiro e como de praxe, foram se entender com o Padre Cícero, sobre sua permanência na vila. Outros tampos aqueles em que se dirigiam ao Patriarca e perguntavam: - o Senhor nos permite que aqui nossa família possa morar e trabalhar? Vindos para Joaseiro, Felipe, Angélica e Rosa haviam deixado ainda em Maceió uma grande família composta por outros 17 irmãos.

Por uns três anos, tendo adquirido um imóvel, a família passou a residir na então Rua Grande, antiga Rua do Arame, hoje Rua Padre Cícero, número 334, no local que posteriormente ficou muito conhecido na cidade como a residência da família de Fenelon Gonçalves Pita (depois de seu filho, Antonio Gonçalves Pita que foi prefeito dessa cidade), no velho Quadro Grande, hoje Praça Padre Cícero.

Conselheiro como era, o Padre Cícero, em 1906, terminou por recomendar a Felipe que adquirisse terras na região do Brejo Seco e para lá se transferisse e fosse cuidar da agricultura. Para isso, ele vendeu o imóvel da Rua Grande e em parte aplicou na compra do terreno e de outro imóvel no Quadro Grande, na esquina das atuais ruas São Pedro e São Francisco. 

Aliás, Padre Cícero foi para Felipe um ser privilegiado e por toda a sua existência sabia referir com desenvoltura sobre aspectos de sua biografia, de sua personalidade, falando sempre de suas previsões, tão comuns à gente romeira, como as misérias do mundo, as secas, as guerras, e um futuro tenebroso que viria onde irmão iria contra irmão, onde filho iria contra pai. 

Por outro lado, nessa mesma história, Maria Felizarda dos Santos, uma adolescente ainda com pouco mais de 13 anos de idade, filha de romeiros pernambucanos, de Caruaru, já vivia na cidade, e era recém-viúva pela morte prematura do marido, poucos meses após o casamento. 

Felizarda conheceu Felipe já residindo e trabalhando no Brejo Seco, casaram-se por volta de 1914 e continuaram construindo seu patrimônio familiar e vivendo da agricultura. Tiveram 20 filhos, mas somente Pastora, Angélica, Manoel Felipe e Expedita se criaram.

Pastora, do seu casamento gerou 22 filhos e este ramo hoje aqui existe, no convívio deste aprazível Brejo Seco – agora transmutado em zona urbana da cidade de Juazeiro do Norte, com o nome digno de uma homenagem extraordinária a essa desbravadora Maria Geli de Sá Barreto. Dos descendentes de Pastora vieram muitos netos, bisnetos e trinetos. 

A segunda filha, Angélica dos Santos, nascida em 24.06.1920 casou com meu tio José Soares da Silva e foram morar na Rua São Francisco, numa casa bem próxima a da Beata Angélica. Depois se mudaram para a Rua da Conceição onde a família comprou casa. Nesta cidade nasceram os seus 5 primeiros filhos (Antonio Carlos, Ângela Marta, Ana Lívia, Adauto e Ana Lúcia). Em 1949 partiram definitivamente para São Paulo, onde todos continuam residindo, embora José já tenha falecido e Angélica também, bem recentemente, antes de completar os seus 95 anos, em 24 de junho deste ano. Em São Paulo, Angélica e José tiveram os filhos Augusto, Aparecida e Aline, e a família se estende a muitos netos e bisnetos.

Aliás, deste relacionamento dos Soares, minha família, com os dos Santos, temos seguido ao que havia se iniciado ainda em 1929 porque a beata Angélica, juntamente com o Padre Cícero foram padrinhos de batismo de minha tia Maria Soares. Ainda hoje, esta memória da beata Angélica é presente na casa de nossa família, porque terminamos herdando um belíssimo quadro de São José, uma estampa vinda da Europa, belissimamente emoldurada e que lhe pertencera, figurando numa das paredes de sua casa. Tia Angélica o tinha de herança da tia-beata e quando partiu de mudança para São Paulo presenteou sua sogra, minha avó dona Neném, com este quadro que guardamos como relíquia. 

Manoel Felipe, o único irmão de Dita, teve dois casamentos e gerou uma prole numerosíssima de 32 filhos. Não há dúvida que já vivemos outros tempos, mas é notório que o “crescei e multiplicai-vos” foi cumprido fielmente em muitos aspectos da vida dos descendentes de Felipe, que também vinha de grande grupo familiar, ele e mais 18 irmãos. 

Desde o início, para o sustento da família, no imóvel adquirido no então povoado do Joaseiro, a beata Angélica, estabeleceu-se comercialmente, com uma loja, inicialmente vendendo tecidos por algum tempo, mas se definindo melhor por miudezas, aviamentos, material escolar e utilidades domésticas. Essa loja marcou época no comércio de Juazeiro do Norte, e ficou conhecidíssima como As Beatas, pois ao trabalho de beata Angélica, também se juntariam outras que não tinham relação familiar, como a beata Jovina e beata Bela. 

Nas festas natalinas, por exemplo, esta loja montava Presépio e Lapinha com tal requinte que atraia toda a cidade para aquele ciclo de festas, visitando por anos seguidos, sempre com grande entusiasmo e a admiração típica de uma destas maravilhas da história do Juazeiro antigo. As celebrações se iniciavam no início de dezembro de cada ano e o grande e belíssimo presépio era montado na sala mais interna da casa, porque a sala da frente era a loja. Diariamente, entre este início e o dia 6 de janeiro havia à noite funções religiosas para louvar o nascimento de Jesus, e além da beleza do presépio havia a composição da cena com crianças vestidas de anjos e pastores. No dia dos Santos Reis havia a cerimônia da queima das palhas do presépio. Nos anos 1935 e 1936 Maria Soares, Silvanir Soares, Zuleide Saraiva e Silva, Heloisa Helena Feitosa, Geneceuda Braz, Iracema Miranda, Terezinha e Alacoque Almeida eram algumas das garotas que participavam dos festejos, devidamente fantasiadas, compondo o ambiente e as funções onde havia cânticos, danças e orações. Essa foi uma época marcante que se esticou entre os anos 10 e o princípio da década de 40, quando falece a beata Angélica, em 1942. 

Angélica e Expedita, as primeiras filhas de Felipe e Felizarda ficaram na cidade, residindo com a beata Angélica que as criou e educou. O casal permaneceu no Brejo Seco, até falecer, Felipe aos quase 90 anos e Felizarda aos quase 68 anos. No Brejo Seco nasceu a maior parte dos 20 filhos, mas quase todos vieram a falecer, constituindo a família em apenas os quatro que se criaram: Manoel, Angélica Expedita e Pastora.

Anos adiante, com a morte da beata Angélica, a casa em que viveu foi doada por sua vontade expressa à Ordem Salesiana que, a despeito de recusa inicial dos Padres Antonio de Almeida Agra e Davino Ferreira, finalmente a Ordem a recebeu e hoje já não mais lhes pertence estando nas mãos de empresário local.

Já adolescente aos 18 anos, Dita ainda residia com a tia beata Angélica na Rua São Francisco, quase na vizinhança da Usina de Algodão de Antonio Pita, onde hoje é o Banco do Brasil. Em março de 1944 ela conheceu e começou a namorar o pernambucano de Salgueiro, um moço de 23 anos, de nome João Dias de Oliveira, mecânico empregado da Usina. Não demorou muito, entre praças, passeios, e afetos e apenas seis meses durou aquele namoro que os conduziu a noivado e ao altar da Mãe das Dores, em 13 de setembro de 1944. 

A convivência com a loja das Beatas terminou por qualificar e habilitar Dita para finos e requintados trabalhos artesanais em florística, com arranjos, buquês, grinaldas, velas para batizados e primeiras comunhões, coroas e decoração. E foi assim, por vários anos, quase vinte, que a luta diária para prover a família que crescia, vinha deste carinho e dedicação com trabalhos manuais. 

No início dos anos 60, por estimulação de sua irmã Angélica, Dita foi para São Paulo e lá se capacitou em assuntos de beleza, especialmente com relação a corte de cabelo e maquiagem. Voltando a Juazeiro, em 1962, decidiu montar o seu próprio salão de beleza, anexo à sua residência da Rua da Glória. Era este o segundo gabinete da cidade com esta especialidade, depois de Iolanda Magalhães, um pouco mais antigo, na rua da Conceição. Nestes 53 anos de atividades intensas, o Salão mudou para outros endereços, como agora, na Rua Boa Vista, sempre anexo à residência da família, tornou-se ponto marcante da cidade e principalmente de tudo o que foi possível fazer para educar esses filhos. Ainda hoje o Salão continua com atividade de algumas filhas, mas sempre com a presença inteira de Dita, que já nem precisa ditar normas de tão obedecida que foi. Num dia simples qualquer, não é de se estranhar que por ali transitem quase todos os filhos, numa reverência honrosa para a matriarca.

A vida doméstica e o trabalho profissional de Dita se associavam ao empreendimento de João Dias, que deixando a Usina de Antonio Pita se estabeleceu com seu próprio negócio em metal-mecânica, com a Oficina Santo Antonio. Anos depois, esta atividade ganhava novo status com a transformação em Fundição São José, com a qual João Dias de Oliveira ganhou notoriedade, especialmente após a eletrificação do Cariri, produzindo as afamadas bombas de água, de uso doméstico ou industrial, cuja marca vinha da inspiração familiar: Bombas Lucimar. Esta atividade ainda permanece ativa nas mãos dos filhos de Dita e João Dias, entre Juazeiro e Iguatu, sob as lideranças dos filhos Taumaturgo e Antonio Dias. 

Das diversas atividades e habilitações de dona Expedita, a família e muitos neste Juazeiro reconhecem a sua experiência e grande iniciação como homeopata, leiga, mas bem fundamentada. A convivência da família, entre o Brejo Seco e o Limoeiro, com a extraordinária figura do Cônego Climério Correia de Macedo levou-a a conhecer mais de perto a ciência de Samuel Hahnemann. Aos poucos, com leitura, ensinamentos e experiência rudimentar em anamnese e prescrições, Expedita se tornou expert em consultar o grande repertório do Dr. Nilo Cairo e com isto amenizar muitos sofrimentos. De um tudo ela tinha solução, entre gotinhas, bolinhas e tinturas, dos achaques mais simples e corriqueiros a desentortar perna de menina travessa, à base de calcarea carbonica. 

Do feliz casamento de Expedita dos Santos e João Dias de Oliveira nasceu e vem crescendo frondosa árvore genealógica de fortes raízes, de rígido tronco e de grande e exuberante copa. Foram 15 e destes se criaram até nós 13 filhos que constituíram 12 outros núcleos familiares, no amor e no grande relacionamento, como se cada um fosse uma daquelas 12 tribos de Israel. Recorro, e assim me permitam que relate, à elaboração genealógica e seus apontamentos sobre os dos Santos Dias, feita por Roberto Lima para lhes contar algo mais sobre a família.

Em 23.06.1945 nasceu a primogênita Maria Lúcia, a Marluce, a mascote da denominação das bombas, a Lucimar que casou com João Bosco Feitosa em 20.07.1977 e geraram Luciana, nascida em 16.12.1978. 

A segunda filha é Margarida, nascida em 11.04.1948, que casou com Euzébio Gomes e desta união geraram: Kleber que casou com Tizziana que são os pais de Giulia; Cícero Cláudio que casou com Raquel e são os pais dos bisnetos Vítor e Vinícius. 

A terceira filha é Cícera, nascida em 29.07.1949, que casou com Jamaci Gonçalves em união que gerou Jamille e Rafaela.

Antonio Dias, meu querido colega de vida escolar na velha Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte foi o quarto dos filhos, nascido em 03.09.1950, que casou com Raimunda Mirian Holanda Dias, de cujas núpcias nasceram quatro filhos: Ana Raquel, Rammy, Maria Danielle que contraiu matrimônio com Francisco Roberto da Silva Lima e deste geraram os bisnetos Letícia, Lívia e Lucas, e Ricardo Hélio que gerou a bisneta Ana Luiza; 

Francisco de Assis, o quinto filho, nasceu em 25.08.1951, casou-se com Isabel Cristina Picanço Dias e do casal nasceram Leonardo, Erick e Gustavo que está casado com Raylla Urtiga Dias que geraram o filho Mateus.

O sexto filho, José Taumaturgo, veio à luz em 10.01.1952, e convolando núpcias com Neide Duarte geraram os filhos Emerson Diogo e Eduardo que contraiu matrimônio com Isabelle Luz gerando o bisneto Pedro. 

Liduina Maria veio ao mundo como a sétima filha, nascida em 14.10.1956, permanece inupta, na casa matriarcal e por assim falar, é o marco que assinala toda a descendência de Dita e João em dois numerosos grupos, como se a nos dizer: o que foi dito antes é o AL (antes de Liduina), o que virá a seguir é o DL (depois de Liduina). 

Maria de Jesus é a oitava filha, cujo nascimento foi celebrado em 14.06.1957, é casada com Heraldo da Silveira e a união prosperou com o nascimento de João Lucas que esta casado com Maria Luana.

Marcos Aurélio nasceu em 20.11.1959, sendo o nono da confraria, casado como está com Fernanda Magda da Silva. 

O décimo filho é Geraldo Sérgio nascido em 11.07.1960 e que casou com Charlene Facundo, de cuja união nasceram Ingrid, Isadora e Angelina.

Rita de Cássia é a décima primeira dos filhos, pois veio a este velho mundo em 12.04.1963, contraiu matrimônio com Irlando Cruz e a união gerou os filhos Ilana, Ingrid e Isabelle que está casada com Gilvan Morais Neto Lira. 

Estas descendências de Expedita e João Dias, como vistas em nossos dias se fecham na sua segunda geração com o nascimento da mais jovem, Cristiana Maria, cuja chegada foi celebrada em 30.08.1965 e que ao verdor dos seus 20 anos, contraiu matrimônio com José Ronaldo Rodrigues Pinto tendo o casal gerado as filhas Eveline e Ellen, esta a doutora mais recente do clã. 

Num dia como este de hoje, em que todas essas alegrias ainda mais conspiram para a felicidade destes admiráveis viventes, dona Expedita, nos seus 90 anos de existência, seus 12 filhos aqui aconchegados, uma terceira geração de 24 netos irrequietos e preocupantes e uma quarta geração de sete bisnetos, buliçosa e barulhenta - Graças a Deus, recordam e depositam suas preces pelas saudades do João, que faleceu em 28 de janeiro de 1996, e igualmente de Ricardo e das perdas e danos de dois outros filhos que a Providência, sábia e generosa, retirou prematuramente desse inventário que um certo orgulho familiar construiu na fé, na esperança e no amor que se derramou por todas estas existências. 

No aperfeiçoamento continuado da vida de cada um destes herdeiros das velhas lições, Expedita dos Santos Dias contempla na extensão de sua planície de caminhada, ao encontro de um centenário almejado, no ablativo da vida longeva que tanto merece, as novas gerações, esta última já bem próxima da quinta, para lembrar aquela visão da velha beata Angélica dos Santos, como contado nas alegres histórias de família.

São eles todos bem crescidos e animados, na maioria profissionais que se capacitaram para servir à sociedade a qual se vincularam como gente competente, professores, médicos, farmacêuticos, advogados, administradores de empresas, comerciantes e técnicos de grande valia. 

Assim, dona Expedita Dias, receba nesta oportunidade o festejo, a celebração, os cumprimentos, as orações de todos estes seus, filhos, netos e bisnetos, de toda a sua família, de todos estes amigos que tem cativado, e desta sociedade para cujo bem sua vida foi um testemunho de doação e de zelo para que a partir de sua própria casa e do seu próprio trabalho, do sangue e do suor do rosto, tivéssemos um mundo melhor.

Nossos parabéns! E que todas as graças emanadas desse nosso eterno, e sempre recorrido - o Sagrado Coração de Jesus, se derrame ainda por sua existência, trazendo-lhe o conforto merecido e o prêmio indelével para quem cumpriu uma sagrada missão, protegendo a família que gerou, e procurando servir a Deus e à sociedade com grande dignidade.

Obs.: Abaixo reproduzimos a genealogia do casal Expedita dos Santos Dias e João Dias de Oliveira




NOVA HOMENAGEM EM RUA
O RADIALISTA Beto Fernandes é homenageado pela municipalidade em uma via pública. Vejamos o ato: LEI Nº 4551, de 19.11.2015: Art. 1º – Fica denominada de RUA SENASSIÊ COSTA FERNANDES – (RADIALISTA BETO FERNANDES), a rua projetada 02, no Loteamento Jardim dos Buritis, no bairro Jardim Gonzaga, na sede desta urbe, sentido norte/sul, com início no setor 02 e término no limite da cidade de Juazeiro do Norte e Barbalha, compreendendo dois quarteirões com quatro quadras, sendo duas de cada lado denominadas Q-02, Q-03, Q-33 E Q-34, com os seguintes limites: ao norte, com o setor 02; ao sul, com os limites das cidades de Juazeiro do Norte e Barbalha; ao leste, com a rua projetada 03 e ao oeste, com a rua Solon Pinheiro. AUTORIA: Vereador Tarso Magno Teixeira da Silva; COAUTORIA: Vereadores Cláudio Sergei Luz e Silva e Normando Sóracles Gonçalves Damascena.

sábado, 21 de novembro de 2015

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

BIBLIOCINE (FAP, JN)
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE), está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para as terças e quintas feiras, de 12:00 às 14:00h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: 3512.3299. Neste mês de Novembro, está em cartaz, o filme CURVAS DA VIDA (Trouble With The Curve, USA, 2012, 111min), direção de Robert Lorenz. Elenco: Clint Eastwood (Gus Lobel); Amy Adams (Mickey Lobel); Justin Timberlake (Johnny Flanagan); John Goodman (Pete Klein); Matthew Lillard (Phillip Snyder); Robert Patrick (Vince Freeman); Scott Eastwood (Billy Clark); Matt Bush (Danny); Bob Gunton (Watson); Ed Lauter (Max); Chelcie Ross (Smitty); Darren Le Gallo (Enfermeira); Rus Blackwell (Rick); Joe Massingill (Bo Gentry); Jay Galloway (Rigo Sanchez); Terry Wilson (Desportista); Peter Hermann (Greg). Sinopse: Gus Lobel (Clint Eastwood) é um veterano olheiro de baseball, daqueles que se recusam a trabalhar usando o computador e apostam todas as fichas em seu feeling sobre os jogadores. Restando apenas três meses para o fim de seu contrato, ele começa a ter problemas de visão devido a um glaucoma. Escondendo a doença de todos, Gus é enviado para analisar Bo Gentry (Joe Massingill), um promissor rebatedor que pode ser a escolha de sua equipe no próximo draft. Entretanto, ao desconfiar que há algo errado com o velho amigo, Pete Klein (John Goodman) pede à filha dele, Mickey (Amy Adams), que o acompanhe na viagem. Mickey trabalha como advogada e está prestes a se tornar sócia na empresa em que trabalha, mas passa por cima dos compromissos profissionais para acompanhar o pai, apesar deles terem um relacionamento problemático. Juntos, eles avaliam o potencial de Gentry e encontram Johnny Flanagan (Justin Timberlake), um ex-jogador de baseball que é agora olheiro de outra equipe. 
ARTE RETIRANTE (SESSÃO CURUMIM, CARIRIAÇÚ)
O Centro Cultural BNB promove de forma itinerante (Arte Retirante) uma sessão de cinema para crianças, denominada Sessão Curumim, no Colégio Maria Flosceli, Caririaçú, com entrada gratuita, exibe no próximo dia 26, quinta feira, às 17 horas, o filme DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO (Hoodwinked!, EUA, 2005, 80min), direção de Cory Edwards, Todd Edwards, Tony Leech. Elenco: Anne Hathaway, Glenn Close, James Belushi, Patrick Warburton. Sinopse: A tranquilidade da vida na floresta é alterada quando um livro de receitas é roubado. Os suspeitos do crime são Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, o Lenhador e a Vovó, mas cada um deles conta uma história diferente sobre o ocorrido. Cabe então ao inspetor Nick Pirueta investigar o caso e descobrir a verdade.
CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 25, quarta feira, às 19 horas, o filme LOLA (Lola, Filipinas/França, 2009, 110 min), direção de Brillante Mendoza. Elenco: Anita Linda, Rustica Carpio e Tanya Gomez. Sinopse: O neto de Lola Sepa foi assassinado por um ladrão de celular. Apesar de devastada por esta súbita e violenta perda, tem que arcar com todas as despesas do funeral. Ela e sua família são pobres e não têm dinheiro para comprar o caixão nem para abrir um processo legal contra o suspeito do assassinato. Mas esta senhora idosa está disposta, até mesmo, a pedir um empréstimo bancário para assegurar tanto um enterro decente quanto justiça para seu amado neto. Lola Puring, avó de Mateo, está totalmente empenhada em conseguir tirar seu neto da cadeia, embora ele tenha sido acusado de ter assassinado, cruelmente, o neto de Lola Sepa. Por sua vez, esta outra pobre mulher idosa, também não tem o dinheiro para pagar a fiança. Cada vez que visita o neto na prisão para levar comida para ele, volta de coração partido por vê-lo definhando atrá ;s das grades com inúmeros outros marginais. Logo na primeira audiência, as duas avós têm de ficar frente a frente. Ambas frágeis e pobres, cada uma está determinada a fazer o que for necessário por seu neto. Agora, o futuro do processo depende do amor das avós.

CINE CAFÉ VOLANTE (BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Parque da Cidade), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 27, sexta feira, às 19 horas, o filme CASABLANCA (Casablanca, EUA, 1942, 102 min), direção de Michael Curtiz. Elenco: Humphrey Bogart (Richard Blane), Ingrid Bergman (Ilsa Lund Laszlo), Paul Henreid (Victor Laszlo), Claude Rains (capitão Louis Renault), Conrad Veidt (major Heinrich Strasser), Sydney Greenstreet (Senor Ferrari), Peter Lorre (Ugarte), Madeleine LeBeau (Yvonne), Dooley Wilson (Sam). Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, , Rick Blaine (Humphrey Bogart)), um americano amargo e cínico, expatriado de causas desconhecidas, administra a casa noturna mais popular em Casablanca (Marrocos)), o "Café de Rick" . Esta também é uma casa de apostas que atrai uma clientela diversificada: as pessoas da França de Vichy, os funcionários da Alemanha Nazista, refugiados, políticos e ladrões. Enquanto Rick diz ser neutro em todos os campos, mais tarde revelou seu envolvimento no tráfico ilegal de armas para a Etiópia, que teria como objetivo combater a Invasão Italiana de 1935 e a Guerra Civil Espanhola junto a Segunda República Espanhola. Uma noite, um pequeno criminoso chamado Ugarte (Peter Lorre)), chega ao clube de Rick portando umas tais letters of transit ("cartas de trânsito"), que conseguiu após matar dois mensageiros alemães. Essas cartas são uma espécie de passe que permite o trânsito livre através do titular pela Europa controlada pelos Nazi e chegará até a cidade neutra de Lisboa (Portugal), onde poderia chegar nos Estados Unidos. Assim, os documentos são de valor inestimável para qualquer um dos refugiados à espera de sua chance de escapar de Casablanca. Ugarte planeja vender os passes naquela noite, mas antes da venda ocorre que Ugarte é preso pela polícia local sob o comando do capitão Louis Renault (Claude Rains), um funcionário corrupto na França de Vichy que só quer agradar de todas as formas possíveis os nazistas. Sub-repticiamente, Ugarte deixou as cartas sob os cuidados de Rick porque de alguma forma ele era o único de quem ele confiava. Enquanto isso o motivo de amargura de Rick chega de volta à sua vida. É a sua ex-amante, Ilsa Lund (Ingrid Bergman), que havia deixado Paris sem explicação e que com seu marido Victor Laszlo (Paul Henreid), entra no Café naquela noite com objetivo de comprar os passes. Laszlo é um renomado líder da resistência tcheca que enfrentava os nazistas. O casal precisava das cartas para deixar Casablanca e ir para os Estados Unidos, onde ele poderia continuar seu trabalho. Na noite seguinte, Laszlo, suspeitando que Rick tem as cartas, faz diversas perguntas a ele, mas Rick se recusa a dar os passes, pedindo-lhe para perguntar a sua esposa. (Ou seja, apenas duas pessoas podem ir, mas neste momento existem três pessoas que o querem.) O diálogo é interrompido quando um grupo de oficiais nazistas, sob o comando do Major Strasser (Conrad Veidt), começa a cantar "Die Wacht am Rhein"(O guarda no rio Reno), que foi considerado um hino patriótico na Alemanha nazista. Enfurecido, Laszlo pede à banda local interpretar a La Marseillaise, o hino nacional francês, mesmo antes da ocupação do país. Quando o mestre da banda está à procura de Rick com os olhos, ele acena. Laszlo começa a cantar, primeiro sozinho e depois o fervor patriótico de longa suprimida toma conta da multidão e toda a gente se junta o canto, abafando os alemães. Em retaliação, Strasser ordena fechar o clube. Rick está irritado com Ilsa, mas esta noite, ela o confronta uma vez que o café tenha sido abandonado. Quando ele se recusa a entregar os documentos, ela o ameaça com uma arma, mas era incapaz de disparar, ela confessa que ainda o ama e diz que quando conheceu e se apaixonou por ele em Paris, pensou que seu marido havia sido morto em um campo de concentração nazista. Mas quando ele descobriu que Laszlo tinha realmente conseguido escapar, ela o abandona deixando Rick sem explicação e voltando para o marido. Ela disse ainda que ele fingiu ter deixado a cidade para evitar Rick e para ficar observando os alemães. Rick muda sua atitude ao saber por que ela o deixou e sugere que ela vai ficar com ele quando Laszlo ir. Laszlo chega ao café, uma vez que foi embora e disse que percebeu que "algo" acontecendo entre ela e Rick. Na verdade, tenta fazer com que Ilsa e Rick levassem as cartas de livre trânsito, a fim de salvar sua vida. De qualquer forma, a polícia chega e Laszlo é preso sob a acusação de contravenção. Rick intervém e convence o Capitão Renault a liberar Laszlo, prometendo que ele pode ser cobrado à Gestapo por um crime muito mais grave: a posse das cartas. Quando questionado sobre a Renault porque ele está fazendo isso, Rick explica que Ilsa o vai deixar para os Estados Unidos. Mais tarde, Laszlo recebe cartas de Rick, mas quando Renault tenta prendê-lo Rick trai Renault, forçando-o a ponto de bala para permitir a fuga. No último momento, Rick leva Ilsa a embarcar no avião para Lisboa com o marido dizendo-lhe que ela ficará arrependida. "Talvez não hoje. Talvez não amanhã, mas em breve e para o resto de seus dias.” O Major Strasser chega num veículo, tendo recebido uma dica de Renault, mas Rick atira nele quando ele tenta intervir. Quando a polícia chega, Louis salva a vida de Rick ordenando "capturar os suspeitos do costume". E eles saem caminhando em meio a neblina com uma das linhas mais memoráveis ​​da história do cinema, Rick diz: "Louis, acho que este é o começo de uma bela amizade."
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 27, sexta feira, às 20 horas, o filme UM POUCO DE CAOS (Reino Unido, 2014, 117min), direção de Alan Rickman. Elenco: Kate Winslet (Sabine de Barra), Matthias Schoenaerts (André Le Nôtre), Alan Rickman (Rei Luís XIV), Stanley Tucci (Duke Philippe d'Orleans). Sinopse: O Rei Luís XIV (Alan Rickman) incumbe o famoso arquiteto André Le Notre (Matthias Schoenaerts) de projetar os jardins do Palácio de Versalhes. Ele contrata a bela e arrojada paisagista Sabine de Barra para auxiliá-lo, dona de um estilo oposto ao seu. Aos poucos as desavenças entre os dois desaparecem, a relação profissional logo torna-se mais íntima e fofocas chegam aos ouvidos da mulher de Le Notre (Helen McCrory).
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 28, sábado, às 17:30 horas, o filme A PROFESSORA DE PIANO (La pianiste, Alemanha/Austria/França/Polônia, 2001, 130 min), direção de Michael Haneke. Elenco: Susanne Lothar (Sra. Schober), Georg Friedrich (Homem no Drive-In), Isabelle Huppert (Erika Kohut), Benoit Magimel (Walter Klemmer), Annie Girardot (a mãe), Udo Samel (Dr. George Blonskij). Sinopse: Erika Kohut (Isabelle Huppert) trabalha como professora de piano no Conservatório de Viena. Ela não bebe nem fuma, vivendo na casa de sua mãe (Annie Girardot) aos 40 anos. Quando não está dando aulas Erika costuma frequentar cinemas pornôs e peep-shows, em busca de excitação. Logo ela inicia um relacionamento com Walter Klemmer (Benoît Magimel), um de seus alunos, com quem realiza vários jogos perversos.
NOVO LIVRO DO PE. VALDEMAR
Já pode ser adquirido na lojinha da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus (Salesianos) este novo livro do Pe. Valdemar Pereira dos Santos (SDB). Trata-se do Faíscas que não se apagam – reflexões em rimas e versos, RDS Editora, Fortaleza, 2014, 154p). O Pe. Valdemar é nascido em Iara, distrito de Barro, em 19.09.1939. Ingressou no Seminário de Carpina e ordenou-se aqui em Juazeiro do Norte em 26.07.1975. Ele tem formação em Filosofia, Teologia, Letras, Pedagogia, Administração e Espiritualidade, em cursos realizados em nosso pais e na Itália. Dirigiu o nosso Colégio em Juazeiro e outros pelas cidades de Natal, Carpina, Fortaleza e Salvador. Estreou com autor poético com o livro Facetas de minha vida, em 1975. Tem várias outras obras editadas como A Vocação Missionária de Dom Bosco, de 1994; Do Coração para a Mente, de 1998; e Cronicoerdelando, de 2004. O presente livro é um apanhado de registros captadeos nas entrelinhas dos conteúdos que animaram Encontros, Assembléias, Retiros, Reuniões e Festas das quais participou e os apresenta na forma de reflexões rimadas.
NOVA EDIÇÃO DE CARIRI REVISTA
Já está circulando a vigésima segunda edição da Cariri Revista, da Editora 309.A matéria de capa é uma ampla reportagem com Luisa Arrais, filha do conhecidíssimo produtor e diretor de cinema e Tv, Miguel Arrais de Alencar Filho. Outras matérias muito destacadas: Realeza Brincante, sobre o reizado no Cariri; Entre o Corpo e o Espírito, com três mulheres – uma rezadeira, uma médium espírita e uma mãe de santo, sobre o trabalho que realizam ajudando as pessoas; Meu Corpo Rabiscado, sobre tatuagens; Rasguei meu RG, sobre transexualidade; e muita coisa mais, interessantíssimas matérias sobre a cultura da região. Não deixe de ler.




NOVOS CORDÉIS DE ROSÁRIO
Maria do Rosário Lustosa da Cruz não ,para de produzir folhetos de cordel, antenada com todo o movimento cultural da região. Aí acima estamos apresentando os 4 últimos que ele nos encaminhou para o nosso prazeroso registro.


POEMA DE ADELINA MESQUITA
Adelina Maria Rocha Mesquita é uma poetisa juazeirense, odontóloga residente em Fortaleza. Tem sempre produzido ótimas reflexões poéticas sobre o cotidiano e não deixou passar de suas preocupações este momento dramático em que assistimos, quase impotentes, a tragédia nas Minas Gerais, no distrito próximo de Mariana. Ela nos manda e divulgamos com prazer este seu poema denominado DORES GÊMEAS, que reproduzimos abaixo.

DORES GÊMEAS
Adelina Mesquita

Da tragédia de Minas, minam lágrimas barrentas.
Minas no rio da cor de tijolos, de telhas, de casas que não mais serão.
Lágrimas de sede, que eu sempre chorei.
Não por Minas, festejada, coroada de pedras e ouro...
Por Minas da seca, Minas nordestina,
Lá do meu Nordeste sedento e sofrido, que o Brasil despreza.
Sem água.
Será que chove este ano?
Valei-nos!
E o meu Ceará?
Oh! Meu São José!
Como o gado vai beber?
Cadê o pasto?
Cadê meu canavial?
Cadê o Brasil, que não vê o Brasil?
Minas, com seu Rio Doce... Salgado por morte;
Ceará com seu Rio Salgado... Doce pela vida,
Mas tão malcuidado como as barragens de Minas.
Minas, Nordeste.
Minas, Brasil.
Sem água...
Sem esperança.
(Fortaleza, 19 de novembro de 2015)
Foto: Rafael Nunes, airlines.net
TUDO AZUL NA ROTA JUAZEIRO-RECIFE
Transcrevo a matéria que está na página de Aviadores do Cariri na data de hoje, 19.11 “Azul voltará à operar a rota Juazeiro do Norte – Recife. Hoje pela manhã a Azul Linha Aéreas teve um voo extra para Juazeiro do Norte aprovado pela ANAC-Agencia Nacional de Aviação Civil. Entretanto o voo será apenas nos finais de semana e será com a aeronave turbo hélice ATR72-600, esta que é super confortável com capacidade para 70 passageiros, e onde todas elas são novas e compradas diretamente da fábrica pela aérea. Os voos que partem de Recife será nas sextas-feiras. O voo AZU9242 decola às 22:50 da capital pernambucana e pousará às 00:25 no Cariri. A aeronave permanecerá em solo Juazeirense a noite inteira, onde a tripulação irá desembarcar para pernoite na cidade, e na manhã de sábado, às 06:50 a aeronave decola para Recife cumprindo o voo AZU9243, pousando às 08:25. A duração dos voos será cerca de 2h. A rota que era operada pela empresa TRIP Linhas Aéreas em 2012 até 2013 era muito famosa por ter um baixo custo, custando muitas vezes apenas R$75,00, caso comprada com antecedência. A rota era diária, após a Azul comprar a TRIP a rota foi desativada, a aeronave utilizada era o ATR72-500, uma versão anterior do 600. Nossa equipe registrou operação deste voo. As passagens já estão disponíveis para venda no site da empresa, e os voos começam a partir dia 01 de Janeiro de 2016, como é um voo extra não sabemos quanto tempo irá durar ou se a empresa irá permanecer esta rota.

sábado, 14 de novembro de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
201: (09.11.2015) Boa Tarde para Você, Ana Cláudia Lopes de Assunção
Há poucos dias por esta página dirigi-me a uma professora sobre sua pretensão de mergulhar mais fundo no conhecimento da vida e da obra de uma criatura notável destes velhos troncos do Juazeiro, educadora de grande relevo, a querida e inesquecível Maria Assunção Gonçalves. Quase ao mesmo tempo, Ana Cláudia, recebi nova provocação que você me impõe, dizendo-me que escolheu este tema para sua tese de doutoramento, sob o título de “Memórias Afetivas, Processos de Vida: Uma Análise da Pintura de Assunção Gonçalves, Artista do Cariri Cearense.” Relevo como de exatidão a sua justificativa, sensível à sua crença no ensino integrador, que busca elementos na própria cultura do aluno, e assim pensando está à procura de referências em artistas pintores da cidade de Juazeiro do Norte, centrando sua análise em Assunção Gonçalves. A Academia às vezes se fecha em seus muros e aqui não me furto de apresenta-la, e tomara que seja desnecessário ao citar Ana Cláudia Lopes de Assunção, Professora Assistente do Departamento de Artes Visuais da URCA, atualmente doutoranda da Escola de Belas Artes da UFMG. Você é gaúcha de Pelotas e na sua Universidade se graduou em Educação Artística, na habilitação de Artes Plásticas, prosseguindo em sua formação com cursos de aperfeiçoamento e mestrado, exercendo atualmente a Coordenação do Curso de Licenciatura em Artes Visuais na URCA. Tenho a satisfação de acolher sua proposta para um estudo sobre Assunção, por motivos os mais relevantes ao meu sentimento afetivo, seu amigo por tantos anos, e sobre quem ainda se deve elaborar estudo com respeito à sua temática pictórica, centrada essencialmente no Juazeiro antigo. Maria Assunção Gonçalves começou a desenhar, de forma mais vistosa, no final dos anos 20, normalista da velha Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, não se demorando muito a se munir de pincéis e tintas para ir produzindo telas com motivos religiosos, históricos e da natureza. A sua origem de família, os Telles de Menezes, velho tronco genealógico deste Tabuleiro, colateral aos desbravadores Bezerra de Menezes, foi um motivo excepcional para impulsioná-la para o caminho da memória e da representação pela pintura sobre fatos de nossa história. A obra mais recorrente, Ana Cláudia, é o Juazeiro Primitivo, de dezenas de versões, retratando a tradição da passagem dos tropeiros nas andanças pelo Cariri de 1827, na ambiência da paragem à sombra dos três pés de Joazeiro, recanto de refrigério e de repouso para as levas de viajantes. Esta memória histórica, alicerçada por longa convivência com primitivos habitantes do velho povoado foi uma construção lenta e aperfeiçoada na pintura de Assunção, sempre municiada pela história oral desenvolvida por gente de família e por uma pesquisa que lhe entusiasmava. Cada detalhe da composição era fortemente subsidiado para conter informações as mais precisas sobre personagens, locações, construções e geografia, pois era do seu maior interesse por na tela a imagem quase fotográfica do fato e suas circunstâncias. Isso aparece bem elaborado na obra prima do Juazeiro Primitivo, mas figura com intenso vigor nas telas do Pacto dos Coronéis, nas ruinas da Igreja do Horto, na Capelinha de Santa Terezinha, e também nos retratos que pintou para a família Xavier de Oliveira, Mestre Noza, e outros. Quanto ao fato de Assunção Gonçalves ser uma referência, é importante mencionar que ela influenciou alguns grandes valores da pintura local, mas também foi sobejamente influenciada por outras vertentes, como a de Agostinho Balmes Odisio que incluiu na decoração da Coluna da Hora, da Praça Padre Cícero, a sua versão sobre o Juazeiro primitivo, de 1827, data da fundação. Um dos maiores orgulhos manifestados por Assunção, Ana Cláudia, foi sem dúvida o seu aluno Marcus Jussier Maia de Figueiredo, filho de sua grande amiga Rici, que ela viu nascer e foi mentora de sua iniciação artística que o tornou brilhante como artista plástico, cenógrafo e figurinista. No tocante à biografia de Assunção, muitas coisas ainda deverão ser ditas e escritas, pois sua vida foi, felizmente, uma jornada longa e intensa, não obstante a artista tenha guardado os pinceis precocemente, por recomendação médica, em razão de processos alérgicos com pigmentos. Louvo a sua iniciativa, Ana Cláudia, para por novos olhares sobre esta querida amiga, artista maravilhosa que honrou brilhantemente a cidadania que este velho Tabuleiro lhe outorgou dos seus antepassados e que ornou sobejamente os nossos brios de filhos dessa terra. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 09.11.2015)

BOA TARDE (II)
202: (11.11.2015) Boa Tarde para Você, Antonio Vicelmo do Nascimento
Por muitos anos, na audiência diária de um jornal radiofônico, ouvir ao seu final em meio a uma vinheta a expressão “E era só...” sempre nos deixou a sensação de que o melhor, a notícia mais atualizada, o imprescindível fora dito, e se aí desligássemos o aparelho, carregaríamos para a vida a sensação de que nenhuma outra informação seria necessária para maior atualidade do que se ouvira. Quero crer que esta foi a tônica forte do rádio noticioso que cativou gerações desse Cariri por estes exatos cinquenta anos na voz do homem da notícia, Antonio Vicelmo do Nascimento, que chega a estas marcas etárias, de rádio e de existência, para nos contar em livro o que viveu intensamente, a partir de cada manhã, fazendo e lendo notícias. Estamos aguardando, Vicelmo, pois estamos ansiosos para assistir regalados esse momento impar e festivo que nos habilita para a leitura de uma revisão, mesmo abreviada, do seu exercício profissional, aquele que em parte ouvimos e assistimos em sua audiência diária, cativos ao pé do rádio. Sem dúvida alguma, nesta radiofonia noticiosa do Cariri, seu trabalho se impôs e a muitos viciou porque você o caracterizou por um estilo aparentemente estranho, de quem se libertava da tradição formal de uma leitura correta, sem chance de improvisos, certo de que cada ouvinte era o seu próprio censor. Mas, como já se disse, historicamente, e longe de nós para contrariar alguém que com tanta razão e propriedade já nos advertira de que o estilo é o homem, o modo de ser de Antonio Vicelmo se fez como mito e realidade deste rádio do Cariri e isso atravessou belas manhãs em anos quase incontáveis. Verdadeiramente, ao lembrar o papel que cabe a esta imprensa, até podemos falar dessa nossa região que tem exemplos de imensos valores, homens de rádio que aqui se fizeram nos microfones de simples amplificadoras e das primeiras e pioneiras emissoras de radio de nossas cidades. Podemos lembrar gente, entre serras e tabuleiros, homens de grandes recursos de voz e escrita, talentos de grande criatividade que saídos daqui foram bem mais longe, entre Ceará Rádio Clube, Jornal do Commércio, Rádio Piratininga, Rádio Nacional, BBC de Londres e inúmeras outras frequências. Você, Vicelmo, foi uma destas reservas valiosas que ficaram conosco nestes seus cinquenta anos de microfone, na autenticidade de seu estilo, ou como já se referiram, na contramão de padrões e estereótipos bem comportados que os estúdios sempre parecem reservar ao noticiarista. Como impressão pessoal de ouvinte de rádio, digo-lhe que ao meu sentimento em todos esses anos o seu trabalho foi muito além do tempo em que se cobrava do locutor, do noticiarista, estes critérios mais “plásticos” da performance, por voz entre volume, firmeza, pronúncia, timbre e impostação. A evolução da mídia e de outras mídias mais avassaladoras, rompendo padrões e levando a interação às raias do inimaginável, tornaram o rádio, e particularmente transferiram para os seus homens da notícia a maior parte daquilo que se espera e sejam os frutos verdadeiros do papel da notícia por prontidão, fidelidade e credibilidade. Ouvi noutro dia, e isso me trouxe uma grande alegria, a sua revelação de que esse seu livro que já está pronto apenas inicia esse “desembucha” do que se tem a contar, e como cada um de nós é um pequeno historiador do seu entorno, faço votos para que você ainda nos seja pródigo em suas memórias, sem limites, porque não “era só...”. No complemento desta revelação está a indicação de que em suas andanças e pesquisas você detém um inestimável acervo de milhares de cartas escritas e trocadas com o Padre Cícero, entre os textos do patriarca e as respectivas respostas de seus interlocutores, o que se reserva para o seu próximo livro, na nossa ansiedade. Antonio Vicelmo do Nascimento, de bem com a vida e diante do que esta mesma lida lhe reservou, na felicidade e no infortúnio, se diz feliz, amando intensamente e sendo amado por todos aqueles que têm o privilégio de ouvir-lhe em serviço ou de privar na convivência diária de sua amizade. A todos estes eu me junto afetuosamente para testemunhar-lhe uma admiração que não nasceu ao acaso, ou segundo uma idiossincrasia qualquer, destas que nem sabemos como explicar e que ganha corpo e alma pela empatia que merece respeito e crença ao sabor do bom serviço prestado. Ao transmitir-lhe esta mensagem que prazerosamente se associa a este momento com o qual celebramos o privilégio de tê-lo neste rádio caririense como uma legenda a ser imitada em caráter e competência, alego apenas o cumprimento simples que respeitosamente lhe é devido. Cumprimento-o, Antonio Vicelmo, por essa sua biografia viva, autêntica e respeitável, tão merecedora de uma consagração que se impõe por fazer justiça à enorme dedicação como você se deu ao Cariri que lhe viu nascer e que o guardou para a cidadania honrada que sempre exerceu.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 11.11.2015)

BOA TARDE (III)
203: (14.11.2015) Boa Tarde para Você, Dr. José Péricles Magalhães Vasconcelos
Andei perdendo algumas boas oportunidades para cumprir este item de minha pauta de pretenso cronista onde há muito anotara, entre duas ou três coisas, poucas informações sobre sua pessoa e seu trabalho, para me colocar diante do sentimento fraterno de cumprimentá-lo nessa tarde. Devo-lhe reverências, Péricles, pelo dia do médico, por seu aniversário, pela grande valia de suas dicas dominicais e radiofônicas nesta emissora e de coisas assim que pelo andar da carruagem vão me tornando endividado, reclamante usual de que os tempos passam e quase não nos vemos. Confesso-lhe minha admiração por nos acordar mais cedo nas manhãs domingueiras, até para iniciar mais cedo a sua semana fora do consultório e dos hospitais, para já esticar sua semana, certamente plena de muitas atenções diante desta quase calamidade que vivemos. Permita-me que assim trate este estado de coisas que nos assola, pois se de um lado, clínica como a sua e de tantos médicos desta cidade se abarrotam para o pronto atendimento de tantas necessidades e zelo pela saúde, o que não se dizer das agruras vividas pela grande legião dos mais necessitados. Parte disso já se sente com a interatividade dos seus ouvintes, ansiosos e desejosos de que seu esclarecimento os oriente para a superação do mais simples achaque, do mais aparente e insignificante desconforto sanitário, às mais graves perturbações que nem queremos experimentar. Essa, Dr. Péricles, é uma missão de imensa significação, dirigida a todos, mas especialmente demonstra parte de sua vocação privilegiada, que necessita ser mais animada pela numerosíssima classe médica desta cidade, não só à luz do grave juramento em dia de festa, mas pela responsabilidade social que deve existir em cada um, face os serviços profissionais dessa natureza. Gostaria de trazer para este momento as nossas apreensões sobre o descompasso que continuamos verificando entre esta questão da saúde pública e os vexames de como sentimos as atenções básicas de saúde, entre hospitais e demais equipamentos do atendimento público em nossa cidade. Na sinceridade dos nossos propósitos ao encarar estas reflexões, há um pano de fundo devido à conjuntura de um pais que vive perplexo o abandono de suas questões mais relevantes, pela sovinagem institucional que não atenta aos reclamados recursos para a saúde pública. Triste é essa nossa lembrança, e valho-me de sentimentos de médicos como você, Péricles, de que já nascemos e vamos peregrinando pelas mesmas vias dantes caminhadas, vivendo os lamentos que acumulamos no conhecimento desta sequência horrorosa de omissões diante das carências. Historicamente, Péricles, se percebe que o poder público lida pessimamente com uma das principais demandas da sociedade e sempre encontra uma maneira de continuar enganando, porque há vários lados, entre estes interesses quase sempre escusos, os serviçais e o povo sofrido. Veja, por exemplo, o caso dos hospitais, e dentre estes, aqueles que já tivemos, cuja memória triste, só dos escombros ou quase isto de suas sedes, as imagens nos servem de alerta entre Policlínica, Imijuno, Estefânia, Santo Inácio, sem falar do São Lucas, minguado no seu próprio território. Sobre o São Lucas, num atestado inconteste da incompetência da municipalidade, por sinal, dirigida por um médico, e isso é que é doloroso, agora assistimos a grande cena da desfaçatez e da irresponsabilidade ao propor a sua terceirização em bases de absoluta desonestidade. A realidade dos fatos, o que certamente se faria por informações precisas e só se faria exclusivamente pela postura correta do gestor público, vindo aos seus munícipes para explicar razões e circunstâncias, é coisa distante dos nossos olhos, para se encher a rua de boatos e histórias. A terceirização, por fatos muito antigos vividos por ai e por aqui também, é a porta inevitável da corrupção, da desonestidade e do desrespeito com o nosso rico dinheirinho que não chega para a gulodice desses aloprados de contas na Suíça, os velhos parasitas do poder público. O que me preocupa, Dr. Péricles, nessa atualidade, não é o barulho dos servidores da saúde, não são as vozes descompassadas da câmara municipal, nem essa orquestração irresponsável da sustentação política dos assessores, o que me preocupa mesmo é o silêncio da classe médica. Enfim, peço-lhe desculpas, Dr. Péricles, pois o que não podia passar de um simples e respeitoso Boa Tarde terminou por ser a exposição clara de minhas próprias vísceras, tão afetadas por este estomago embrulhado, como se a reclamar de sua competência: qual é o remédio, doutor?
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 14.11.2015)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINE CCBNB (JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), exibe nos próximos 16 (segunda), e 17 (terça) às 16:00 horas, a programação da MOSTRA SESC CARIRI DE CULTURAS, com uma série de curtas metragens. Veja a Programação, nos respectivos dias: 
Dia 16.11
O MENINO DO DENTE DE OURO, 15min, direção de Rodrigo Sena, Natal (RN;
MY NAME IS NOW, ELZA SOARES, 75min, direção de Elizabete Martins Campos, Belo Horizonte, MG.
Dia 17.11
CANDEEIRO ENCANTADO, 20min, direção de Jorge Baia, Salvador,BA;
AREIA LOTEADA,26min, direção de Nigéria Coletivo e Produtora, Fortaleza, CE; 
UMA FÁBULA PARA ELDORADO, 25min, direção de André Moura Lopes, Fortaleza, CE;
CONHECENDO O DESCONHECIDO, 20min, direção David Leitão Aguiar, Fortaleza, CE.

BIBLIOCINE (FAP, JN)
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE), está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para as terças e quintas feiras, de 12:00 às 14:00h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: 3512.3299. Neste mês de Novembro, está em cartaz, o filme CURVAS DA VIDA (Trouble With The Curve, USA, 2012, 111min), direção de Robert Lorenz. Elenco: Clint Eastwood (Gus Lobel); Amy Adams (Mickey Lobel); Justin Timberlake (Johnny Flanagan); John Goodman (Pete Klein); Matthew Lillard (Phillip Snyder); Robert Patrick (Vince Freeman); Scott Eastwood (Billy Clark); Matt Bush (Danny); Bob Gunton (Watson); Ed Lauter (Max); Chelcie Ross (Smitty); Darren Le Gallo (Enfermeira); Rus Blackwell (Rick); Joe Massingill (Bo Gentry); Jay Galloway (Rigo Sanchez); Terry Wilson (Desportista); Peter Hermann (Greg). Sinopse: Gus Lobel (Clint Eastwood) é um veterano olheiro de baseball, daqueles que se recusam a trabalhar usando o computador e apostam todas as fichas em seu feeling sobre os jogadores. Restando apenas três meses para o fim de seu contrato, ele começa a ter problemas de visão devido a um glaucoma. Escondendo a doença de todos, Gus é enviado para analisar Bo Gentry (Joe Massingill), um promissor rebatedor que pode ser a escolha de sua equipe no próximo draft. Entretanto, ao desconfiar que há algo errado com o velho amigo, Pete Klein (John Goodman) pede à filha dele, Mickey (Amy Adams), que o acompanhe na viagem. Mickey trabalha como advogada e está prestes a se tornar sócia na empresa em que trabalha, mas passa por cima dos compromissos profissionais para acompanhar o pai, apesar deles terem um relacionamento problemático. Juntos, eles avaliam o potencial de Gentry e encontram Johnny Flanagan (Justin Timberlake), um ex-jogador de baseball que é agora olheiro de outra equipe.
CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 20, sexta feira, às 19 horas, o filme MATAR OU MORRER (High Noon, EUA, 1952, 85min), direção de Fred Zinnemann. Elenco: Gary Cooper (delegado Will Kane), Thomas Mitchell (prefeito Jonas Henderson), Lloyd Bridges (Harvey Pell), Katy Jurado (Helen Ramirez), Grace Kelly (Amy Kane), Ian MacDonald (Frank Miller), Otto Kruger (juiz Percy Mettrick), Lon Chaney Jr. (Martin Howe), Harry Morgan (Sam Fuller), Eve McVeagh (Mildred Fuller), Morgan Farley (reverendo Dr. Mahin), Harry Shannon (Cooper), Lee Van Cleef (Jack Colby), Robert J. Wilke (Pierce), Sheb Wooley (Ben Miller), Tom London (Sam). Sinopse: Will Kane, o delegado de Hadleyville, se casou com Amy e se prepara para mudar da cidade. Mas durante os preparativos da mudança, é ouvido na cidade que Frank Miller, um homem que Kane havia prendido, saiu da prisão e chegará no trem do meio-dia para se vingar. A gangue de Miller o espera na estação para ajudá-lo a cumprir seu desejo de desforra contra Kane. Kane e sua esposa deixam a cidade, mas logo ele resolve voltar, perturbado pela sua consciência. Kane espera que seus amigos e moradores o ajudem contra a gangue de quatro homens. Mas para sua surpresa, ninguém quer se envolver na rixa. Até mesmo seu melhor amigo e auxiliar, Harvey Pell, o deixa sozinho. Sua esposa ameaça ir embora sem ele. Apenas a ex-namorada Helen Ramírez, procura ajudar Kane. Enquanto Kane tenta ajuda desesperadamente, o tempo vai passando... (o filme se desenrola em tempo real, com a edição colocando vários relógios que marcam a passagem do tempo, intercalados com as cenas de tensão). No clímax da história, Kane parte para o confronto final com os quatro homens.
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 20, sexta feira, às 20 horas, o filme UMA CRUZ À BEIRA DO ABISMO (The Nun´s Story, EUA, 1959, 149MIN), DIREÇÃO DE Fred Zinnemann. Elenco: Audrey Hepburn (Gabrielle Van der Mal / Irmã Luc), Peter Finch (Doutor Fortunati), Edith Evans (Madre-Superiora Emmanuel), Peggy Ashcroft (Irmã Mathilde), Dean Jagger (Doutor Van der Mal), Mildred Dunnock (Irmã Margharita), Barbara O´Neil (Irmã Didyma). Sinopse: O filme se inicia em 1930, quando a jovem Gabrielle, filha de um famoso cirurgião, entra para o convento de Bruges, na Bélgica. Ela quer trabalhar como freira-enfermeira no Congo Belga, mas a dificuldade em aceitar a rígida rotina da vida religiosa a leva a ter esse desejo atendido adiado, tendo que passar antes por três anos na enfermagem em um hospital psiquiátrico. Finalmente, consegue ir para a África onde vai trabalhar com o competente Doutor Fortunati.
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 21, sábado, às 17:30 horas, o filme GOTAS D´AGUA SOBRE PEDRAS ESCALDANTES (Gouttes d´Eau Sur Pierres Brulantes, França, 1999, 90 min), direção de François Ozon. Elenco: Bernard Giraudeau, Malik Zidi, Ludvine Sagnier. Sinopse: Alemanha, anos 70. Léopold (Bernard Giraudeau), um homem de negócio de 50 anos, seduz o jovem Franz (Malik Zidi), de 19 anos, que se apaixona perdidamente. Os dois passam a morar juntos e tudo fica bem até o dia que surge um pequeno detalhe, sem importância, em que os dois não conseguem concordar. A partir desse dia as desavenças entre os dois não param de acontecer, e o relacionamento deles muda.
AS JANELAS DE CINEMA
Transcrevo com grande interesse a apreço esta nota que foi posta por Elvis Pinheiro em sua página no Facebook: “Cada exibição de um filme é um evento único. Aguardo ansioso por cada filme que será exibido numa de nossas salas espalhadas pela região do Cariri. Em dezembro abriremos outra janela em Missão Velha! Cada janela aberta é a possibilidade que se abre para outras paisagens, para outras distâncias. Nestes espaços onde não reina o comércio e o público se confronta com obras que o instigam estética e intelectualmente, o entretenimento é rico de maiores possibilidades. Todo dia muitas pessoas querem um mundo melhor. Eu digo que um mundo melhor se constrói quando você facilita o acesso às obras de arte e a cultura de um modo geral e quando nos permitimos viver as mais variadas experiências estéticas. Até o final de outubro tínhamos funcionando com regularidade TODAS as segundas-feiras, às 19h a janela CINEMARANA no Teatro do SESC CRATO, TODAS as quartas-feiras, também às 19h, a janela CINEMATÓGRAPHO no Teatro do SESC JUAZEIRO, TODOS os sábados, às 17h30, a janela CINE CAFÉ do CCBNB e de 15 em 15 dias, sempre às sextas-feiras, a janela CINE CAFÉ VOLANTE em BARBALHA e a janela CINE CAFÉ VOLANTE em NOVA OLINDA. Estas cinco janelas são a esperança de filmes clássicos, raros, de diretores desconhecidos, de gêneros os mais variados e de inúmeros países e temas diversificados poderem aparecer e se encontrarem com um público crítico e cheio do desejo de ver! Apoie essa ideia e ajude a manter vivas e atuantes os espaços de cinema que fortalecem nossa alma e nossa mente! Pensem nisso! Elvis Pinheiro Mediador de cinema na região do Cariri desde 2003, editor da SÉTIMA (revista de cinema), coordenador do Grupo de Estudos SÉTIMA de Cinema e cinéfilo.”
NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
A cidade de Juazeiro do Norte, por atitude de sua Câmara Municipal, acaba de distinguir dois novos cidadãos juazeirenses. Vejamos os respectivos atos: Portaria 1021/2015 - GAB RESOLUÇÃO N.º 799, de 27.10.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadã Juazeirense a Senhora PAULINE DE FÁTIMA PEREIRA ALBURQUERQUE, pelos inestimáveis serviços prestados ao Juazeiro do Norte através da romaria. Autoria: Normando Sóracles Gonçalves Damascena; Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Danty Bezerra Silva, José Ivan Beijamim de Moura, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Nivaldo Cabral de Moura, Firmino Neto Calú, João Alberto Morais Borges, Rita de Cássia Monteiro Gomes e Auricélia Bezerra. 

RESOLUÇÃO N.º 800, de 27.10.2015: Art. 1.º - Fica concedido, nos termos do artigo 198 e seguintes da Resolução n.º 297/2001 (Regimento Interno), o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor RICARDO FERREIRA DA FONSECA. Art. 2.º - A honraria será entregue em Sessão Solene destinada a esse fim, em data a ser estabelecida pela Mesa Diretora da Câmara. Autoria: João Alberto Morais Borges; Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos, José Tarso Magno Teixeira da Silva, José Ivan Beijamim de Moura, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Nivaldo Cabral de Moura, Glêdson Lima Bezerra, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Paulo José de Macêdo, Francisco Alberto da Costa, Antônio Vieira Neto, Rita de Cássia Monteiro Gomes e Auricélia Bezerra.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Voltamos a publicar os dados oficiais da Infraero com respeito ao movimento de passageiros, carga pousos e decolagens no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, no período do mês de Outubro passado. Sobre o de setembro, fizemos menção ao fato de que já estávamos na segunda posição, na área de Norte e Nordeste, dentre os aeroportos domésticos. Este fato se repete com os números de Outubro, tanto para passageiros (embarcados e desembarcados), quanto para carga (carregada e descarregada). No mais, estamos nos mantendo com boa performance e agora aguardamos para o próximo mês de dezembro o inicio das operações por período limitado de um novo voo da GOL, na rota Guarulhos (SP) – Juazeiro do Norte. O outro voo em estudo para ser implementado, dependendo da liberação da ANAC e das providências da operadora diz respeito ao que já noticiamos, com a rota Foz do Iguaçu-Campinas-Juazeiro do Norte-Campinas-Foz do Iguaçu. Inicialmente se falava em Outubro, estamos em Novembro e ainda não se tem qualquer posição das partes. Todas estas coisas se associam às pendências já elencadas pelo O coordenador de turismo da PMJN, José Roberto Barreto Celestino, que “tem esperança que um aeroporto com tamanho movimento de aeronaves e passageiros transportados, receba investimentos da SAC (Secretaria de Aviação Civil), através da INFRAERO.” Conforme nota expedida pela PMJN, “ele cita necessidades como o reaparelhamento da pista, das taxiways e do pátio de estacionamento das aeronaves para receber aviões cargueiros de grande porte. Roberto Celestino ressalta as obras de intervenção da Prefeitura de Juazeiro no aeroporto atendendo solicitação da INFRAERO como nova avenida de acesso, ampliação do pátio de estacionamento de veículos e uma nova praça ao lado.”