sábado, 7 de abril de 2018

ACERVO DE SETEMBRINO DE CARVALHO (II)

Damos sequência à publicação de indicações para a pesquisa sobre a Sedição de Juazeiro (1913-1914) através da consulta ao acervo do Marechal Fernando Setembrino de Carvalho (FSC), constante dos arquivos do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. 

DOCUMENTÁRIO DA SEDIÇÃO DE JUAZEIRO, 1913-1914.

ARQUIVO PESSOAL DE FERNANDO SETEMBRINO DE CARVALHO (FORTALEZA, CE), NO PERÍODO DE SUA INTERVENTORIA NO ESTADO DO CEARÁ. (ARQUIVO: CPDOC/FGV, Rio de Janeiro, RJ)

PARTE: 02
MARÇO, 1914
1914.03.01: Telegramas de Leandro Osório (Aracati, CE) a João Brígido (dos Santos) (Fortaleza, CE) e FSC (Fortaleza, CE) informando do desembarque de rifles no município de Aracati. 

1914.03.01: Correspondência de (?) (?, CE) com FSC pedindo garantias de vida e propriedade para Paul Hachling, súdito alemão. 

1914.03.01: Carta de Antônio Lúcio (Quixadá, CE) a FSC sobre a situação do município de Quixadá, e pedindo sua ajuda. 

1914.03.01: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que os 2 telegramas dirigidos ao Club Militar foram publicados pela imprensa, e que a divisão deve sair às 9h30m. 

1914.03.01: Carta de Hermínio Barroso (Fortaleza, CE) a FSC enviando o telegrama de Floro Bartolomeu que comunica o projeto de invasão do Cariri por forças de Pernambuco; informando da posse de novos intendentes em vários municípios; e pedindo força federal.

1914.03.01: Telegrama de Batista Queirós e Raimundo Bezerra (Quixadá, CE) a FSC informando da chegada de homens armados no município de Quixadá, e pedindo para que tome providências.

1914.03.01: Telegrama de Francisco Linhares Filho (Guaramiranga, CE) a FSC informando do receio de um ataque ao município de Baturité por parte das forças rabelistas, e pedindo providências.

1914.03.02: Telegrama de Raimundo Bezerra (Quixadá, CE) a FSC informando que estão estacionados em Quixadá 500 libertadores, e que a situação é de ordem na cidade. 

1914.03.02: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que se for conveniente poderá excluir das fileiras do exército os aspirantes signatários do telegrama enviado do Club Militar.

1914.03.02: Telegrama de A. E. Sousa (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que foram dadas providências. 

1914.03.02: Telegramas de Marinho Góis e Sérgio Holanda (Quixadá, CE) pedindo para mandar força federal a fim de garantir suas propriedades. 

1914.03.02: Telegrama de várias pessoas (Acarape, CE) a FSC pedindo proteção contra a chegada das forças rabelistas. 

1914.03.02: Correspondência de FSC (Fortaleza, CE) com Marcos Franco Rabelo (Fortaleza, CE) sobre a interferência do governo federal x autonomia estadual, o papel de ambos no processo de pacificação, as medidas necessárias para conter a violência e a nomeação de FSC.

1914.03.02: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo proteção para os súditos ingleses domiciliados no Ceará. 

1914.03.02: Correspondência de Luciano M. Véras (Fortaleza, CE) com FSC e Francis Reginald Hull sobre a necessidade do governo federal de dar garantias a Estrada de Ferro de Baturité ou assumir o seu controle. 

1914.03.03: Telegrama de (?) (?, ?) a FSC informando que o Club Militar recebeu telegramas de Franco Rabelo, de senhoras e oficiais do Ceará pedindo providências diante da probabilidade de invasão de jagunços na cidade.

1914.03.03: Telegrama de João Nogueira (Juncos, CE) a FSC pedindo ajuda para a cidade de Quixadá. 

1914.03.03: Telegrama de Urbano Santos da Costa Araújo (?, MA) a FSC pedindo garantias para residência e casa comercial de João Albano.

1914.03.03: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo proteção ao escritório de obras contra a seca. 

1914.03.03: Francis Reginald Hull (Fortaleza, CE) a FSC pedindo força federal para garantia dos funcionários da South American Railway e da Brazil North-Eastern.

1914.03.03: Carta de Hermínio Barroso (Fortaleza, CE) a FSC convidando seus genros Andrade e Lafaiete Cruz para irem a sua residência, e enviando um telegrama de Ernesto Medeiros. 

1914.03.03: Cartão de José Lino da Justa (Fortaleza, CE) a FSC informando da grande agitação na Praça do Ferreira, com boatos de greve na Estrada de Ferro, pedindo que tome providências.

1914.03.03: Telegrama de (José) Barbosa Gonçalves (Ministro da Viação) (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo garantias de funcionamento para a Estrada de Ferro de Baturité.

1914.03.04: Carta de José Gentil Alves de Carvalho (Fortaleza, CE) a FSC agradecendo por ter atendido aos seus pedidos de garantia.

1914.03.04: Telegrama de Aurélio Amorim (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo garantias a residência de José Nogueira.

1914.03.04: Carta de Vicente Olimpio do Rêgo Goiabeira (?, ?) a FSC informando sobre a situação da Estrada de Ferro de Baturité que se achava ameaçada por uma greve de seu pessoal. 

1914.03.04: Ofício de Francis Reginald Hull (Fortaleza, CE) a FSC transcrevendo telegramas sobre pedido dos revolucionários que exigem a ida de um trem misto até Quixeramobim, e a situação de Quixadá entregue aos romeiros.

1914.03.04: Ofício de Francis Reginald Hull (Fortaleza, CE) a FSC informando de um possível ataque a sua casa pelos operários da Estrada de Ferro de Baturité, e pedindo o envio de uma força federal. 

1914.03.05: Carta de José Gentil Alves de Carvalho (Fortaleza, CE) a FSC pedindo que a força federal garanta as suas propriedades.

1914.03.05: Carta de Silvio Gentio Lima (Fortaleza, CE) a FSC pedindo a guarda da força federal a sua residência.

1914.03.05: Cartas de Benoit Levy (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias a sua residência.

1914.03.05: Carta de Reid (Fortaleza, CE) a FSC pedindo a proteção da força federal para a fábrica de gás.

1914.03.05: Carta de Odorico Castelo Branco (Fortaleza, CE) a FSC pedindo proteção da força federal para o Instituto Miguel Borges.

1914.03.05: Carta de Marcus Valente Cavalcanti (Fortaleza, CE) a FSC pedindo proteção a sua família e propriedade.

1914.03.05: Carta de J. Odorico de Morais (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias para o Asilo de Alienados de Parangaba. 

1914.03.05: Carta de Emílio (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias para o coletor federal de Maranguape.

1914.03.05: Carta de Antônio José Leite (Fortaleza, CE) a FSC pedindo proteção para sua residência.

1914.03.05: Telegrama de Januário Germano e Carmem (Soure, CE) a FSC pedindo garantias.

1914.03.05: Carta de Francis Reginald Hull (Fortaleza, CE) a FSC pedindo que aumente o número de praças que guardam a residência de súditos ingleses. 

1914.03.05: Carta de Barão de Studart (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias as propriedades e escritório da Booth Steamship Company pelas forças federais. 

1914.03.05: Ofício de (?) (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias a Usina e Estação de Bondes.

1914.03.05: Carta de Sílvio Gentio Lima (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias as propriedades de Carlos Mesiano, de nacionalidade italiana. 

1914.03.05: Carta de José Gentil Alves de Carvalho (Fortaleza, CE) a FSC pedindo proteção da força federal a seu escritório comercial, devido a ameaça de invasão de revoltosos em Fortaleza.

1914.03.05: Carta de Manuel (?, CE) ao cel. Adauto pedindo que interceda junto a FSC a fim de dar proteção para a residência do deputado Agapito dos Santos. 

1914.03.05: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que o capitão Pantaleão Teles Ferreira se encontra à sua disposição.

1914.03.05: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando mensagem de Rivadávia Correia pedindo que o inspetor militar de Recife, proteja a vida de Luiz Sabino que se acha ameaçada.

1914.03.05: Telegramas a José Pinto Carmo (Baturité, CE) a FSC informando que suas casas comerciais foram saqueadas e pedindo que tome providências quanto futuro ataque de jagunços.

1914.03.05: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando sobre a Assembléia realizada no dia 4 no Clube Militar em face dos acontecimentos que se desenrolam no Ceará, e que após a reunião houve grande tumulto.

1914.03.05: Carta do Barão de Studart (Fortaleza, CE) a FSC pedindo proteção da força federal para o Vice-consulado Britânico e o London Brazilian Bank. 

1914.03.06: Telegrama de Pamplona (Fortaleza, CE) a FSC informando que a situação no Rio de Janeiro é de calma pois a opinião pública acatou de forma favorável às medidas enérgicas tomadas pelo governo, e que as forças revolucionárias não atacarão Fortaleza. 

1914.03.06: Telegrama de Adonias (Viçosa, CE) a FSC informando que seus armazéns em Camocim foram saqueados, e pede que tome providências. 

1914.03.06: Telegrama de Celso Martins (?, PA) a FSC responsabilizando-o pela vida de sua família devido a invasão de sediciosos.

1914.03.06: Telegrama de Sérgio Holanda (Guaramiranga, CE) a FSC pedindo garantias para as famílias e propriedades do município de Guaramiranga. 

1914.03.06: Carta a Joaquim Miguel Simão (Fortaleza, CE) a FSC pedindo praças armados a fim de garantir seu estabelecimento comercial e sua residência. 

1914.03.06: Carta de José Eurico Dias (Fortaleza, CE) a FSC pedindo a guarda da sede da Inspetoria Agrícola Federal do 5º Distrito.

1914.03.06: Carta de Joaquim Barroso (Fortaleza, CE) a FSC pedindo proteção a sua residência, na qualidade de vice-cônsul da Áustria e Hungria.

1914.03.06: Telegramas (cópias) de (?) (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a intervenção federal no Ceará. 

1914.03.06: Carta de F. B. de Paula Pessoa (Fortaleza, CE) a FSC pedindo alguns praças da força federal a fim de dar proteção à Agência do Banco do Brasil de Fortaleza. 

1914.03.06: Carta de Hermínio Barroso (Fortaleza, CE) a FSC enviando telegrama de Tomás Cavalcanti que informa sobre a posição das forças "libertadoras" nas cercanias de Fortaleza, prontas para derrubar Franco Rabelo, caso não renuncie.

1914.03.06: Telegrama de Hermes Rodrigues da Fonseca (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que a intervenção da força federal no conflito do Ceará só se dará em caso de solicitação. 

1914.03.06: Telegrama de Hermes Rodrigues da Fonseca (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo que impeça por todos os meios o ataque das Forças Revolucionárias à Fortaleza.

1914.03.07: Carta de Emílio dos Santos (Recife, PE) a FSC pedindo sua ajuda para que consiga transferir-se para o 5º Batalhão de Caçadores.

1914.03.07: Carta de Antônio Russo (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias na qualidade de agente consular da Itália. 

1914.03.07: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC pedindo que um oficial leve algum dinheiro e avise a Pedro Silvino e José Borba que retornem com suas forças a Juazeiro.

1914.03.07: Telegrama de Pamplona (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que foi suspensa a publicação de alguns jornais, e pedindo para atender a requisição do chefe do distrito a fim de restabelecer as comunicações telegráficas.

1914.03.07: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC informando que escreveu a Pedro Silvino e Borba para agradecer sua ordem, e que enviou 2 contos aos libertadores. 

1914.03.08: Carta de Guilherme Alencar (Mecejana, CE) a FSC oferecendo 40 bois para a força federal, antes que rabelistas ataquem sua fazenda.

1914.03.09: Carta de Hermínio Barroso (Fortaleza, CE) a FSC informando da prisão de Vanzelotti e pedindo que, se possível, tome providências.

1914.03.09: Cópia de telegramas de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a intervenção federal no Ceará. 

1914.03.09: Carta de Guilherme César da Rocha (Fortaleza, CE) a FSC pedindo que o empregado da administração dos Correios do Ceará, preso pelas autoridades policiais, seja posto em liberdade.

1914.03.09: Carta de Francisco da Costa Freire (Fortaleza, CE) a FSC informando que em face da ameaça de invasão de Fortaleza pelos revolucionários o comércio desta cidade se encontra fechado, e pede garantias.

1914.03.09: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC informando de um ataque de 300 populares a Maracanaú; e que uma parte da esquadra deve estar estacionada em Pernambuco.

1914.03.09: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que foi decretado pelo presidente da República o estado de sítio do Ceará, sendo suspensas as garantias constitucionais até o dia 31 de março.

1914.03.09: Telegrama de Barbedo (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo a sua informação de que os revolucionários respeitaram os bens das pessoas que não se acham envolvidas na revolução.

1914.03.10: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que Franco Rabelo se mostrou satisfeito com o estado de sítio no Ceará, e dando notícias da família.

1914.03.10: Telegramas (cifrados) de (?) (Rio de Janeiro, DF) a FSC.

1914.03.10: Carta de Dukie (Fortaleza, CE) a FSC pedindo garantias para o desembarque de grupo de ingleses vindos da cidade de Senador Pompeu.

1914.03.10: Telegrama de FSC (Fortaleza, CE) a Leontina de Carvalho (?, CE) agradecendo sua carta de solidariedade e dos demais familiares, e pedindo que seu filho Carvalhinho escreva dando notícias do Rio de Janeiro.

1914.03.11: Telegrama de José Barbosa Gonçalves (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a situação da Companhia Arrendatária da Estrada de Ferro Baturité.

1914.03.11: Ofício de Sílvio Gentio Lima (Fortaleza, CE) a FSC pedindo a proteção da força federal para o bairro de Benfica. 

1914.03.11: Telegrama de Sabino Moreira (Cascavel, CE) a FSC informando que chefe marreta e jagunços tomaram a coletoria de Beberibe.

1914.03.11: Ofício de Francisco da Costa Freire (Fortaleza, CE) a FSC informando que o comércio de Fortaleza já se acha aberto, mas que ainda é necessário estender a ação federal por todo o sul do estado. 

1914.03.11: Carta de Franco Rabelo (Fortaleza, CE) a FSC relatando os atos de grupos armados que invadem as imediações da cidade e pedindo para que tome as necessárias providências. 

1914.03.12: Telegrama de Tomás Zeferino Veras (Parnaíba, PI) a FSC informando que força estadual comandada por Correia Lima está saqueando o município de Camocim, e pede para que tome providências. 

1914.03.12: Telegrama de José Gurgel do Amaral (Aracati, CE) a FSC pedindo que execute o decreto de estado de sítio no Ceará devido a gravidade da situação. 

1914.03.12: Carta de Francisco B. Castelo Branco (?, CE) a FSC transcrevendo telegrama que recebeu do Rio de Janeiro pedindo que lhe preste total apoio.

1914.03.12: Carta de Luciano M. Véras (Fortaleza, CE) a FSC apresentando José Uchôa Pinheiro, telegrafistas da Estrada de Ferro em Maranguape.

1914.03.12: Carta de Manuel de Matos Cabral (Recife, PE) a FSC dando explicações sobre um artigo publicado no jornal "Pernambuco". 

1914.03.13: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC pedindo para que interceda junto ao ministro da Guerra, à favor de seu sobrinho Virgílio Antônio Borba. 

1914.03.13: Carta de Hermínio Barroso (Fortaleza, CE) a FSC pedindo que siga para o Maranhão com o próximo contingente do 2º Sargento Cândido Barbosa Filho. 

1914.03.13: Telegrama de Adolfo Portela (Aracati, CE) a FSC informando que uma expedição de jagunços parte de Maracanaú em direção a Aracati com o objetivo de depor as autoridades constituídas, e pedindo para que tome providências.

1914.03.13: Ofício de Francisco Antônio de Oliveira Praxedes (Fortaleza, CE) a FSC pedindo a liberdade de João Cassiano de Oliveira que se acha preso sem o despacho de pronúncia. 

1914.03.14: Carta de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC enviando decreto pelo qual foi nomeado interventor federal no Ceará, e as instruções dadas a tal respeito pelo governo federal.

1914.03.14: Telegrama de FSC (Fortaleza, CE) a Vespasiano Albuquerque (Rio de Janeiro, DF) informando que partiram de Fortaleza elementos anarquistas em direção ao Rio de Janeiro com o intuito de assassinar o presidente da República, o senador Pinheiro Machado e outros chefes políticos.

1914.03.14: Carta de José Martins de Freitas (Fortaleza, CE) a FSC informando sobre um possível ataque dos revolucionários a Fortaleza. 

1914.03.14: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC comunicando o decreto pelo qual o presidente da República lhe investe no cargo de interventor federal do Ceará. 

1914.03.15: Termo de posse e inspeção de FSC dado pela IV Região de Inspeção Permanente do Ministério da Guerra (Fortaleza), como Interventor Federal do Estado do Ceará.

1914.03.15: Telegrama de Lourenço Feitosa (Tauá, CE) a FSC informando que o tenente Correia Lima mandou que praças retornassem ao município de Tauá. 

1914.03.15: Telegrama de Alfredo Dutra e outros (Baturité, CE) a FSC pedindo garantias de vida e propriedades, contra bandos armados. 

1914.03.16: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC enviando as instruções que deverá seguir enquanto interventor do Ceará.

1914.03.16: Telegrama de Argentina Moreira (Senador Pompeu, CE) a FSC informando que Manuel Rufino foi preso, e pedindo providências para que garanta sua vida. 

1914.03.16: Telegrama de Francisca Chagas Ferreira (Canindé, CE) a FSC pedindo garantias para a escola pública do município de Canindé. 

1914.03.16: Telegrama de Constância Ataíde (Pacatuba, CE) a FSC pedindo que ponha em liberdade o seu filho José Ataíde. 

1914.03.16: Telegrama de Regis de Oliveira (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que foi nomeado para embaixador em Lisboa.

1914.03.16: Telegrama de Luiz Gonzaga Sampaio (Guaramiranga, CE) a FSC pedindo proteção contra romeiros para a população do município de Pacoti. 

1914.03.16: Carta de Carlos Mesiano Filho (Fortaleza, CE) a FSC agradecendo o atendimento ao pedido da Comissão da Secretaria da Sociedade do Livro, incubida de solicitar a liberdade de João da Rocha Moreira. 

1914.03.16: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC perguntando se julga conveniente formar um batalhão provisório de caçadores com as unidades isoladas 1, 2 e 3.

1914.03.16: Telegrama de Aristides Rabelo e outros (Canindé, CE) a FSC pedindo proteção ao comércio e povo do município de Canindé, que se acham ameaçados por grupo de romeiros capitaneados por Domingos Vanzeloti. 

1914.03.16: Telegrama de Lourenço Feitosa (Tauá, CE) a FSC informando que a atitude de Correia Lima contra a vila de Tauá, fez com que reunisse pessoal armado para repeli-lo.

1914.03.16: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC informando que se encontram em Jacarecanga, alguns homens armados procedentes da força de Maranguape, e pedindo que envie alguém para lá a fim de fazer a força retroceder. 

1914.03.16: Telegrama de Monteiro Filho (Canindé, CE) a FSC informando que a expedição sob o comando de Vanzeloti Holanda e Mário se encontram estacionadas perto de Canindé, e que seria conveniente que regressassem a fim de evitar entrada na cidade. 

1914.03.17: Telegrama de Abílio Martins e Ubaldino Souto Maior (Ipu, CE) a FSC informando das depredações praticadas pelos cangaceiros armados do tenente Correia Lima, e pedindo providências urgentes.

1914.03.17: Telegrama de José Silvestre (Sobral, CE) a Hermínio Barroso (Fortaleza, CE) informando das ameaças de todos, a movimentação das forças rabelistas e pedindo providências a FSC. 

1914.03.17: Telegrama de Lourenço Feitosa (Tauá, CE) a FSC sobre as depredações feitas pela força de Correia Lima no município de Independência, e as nomeações para os cargos de intendente e delegado.

1914.03.17: Telegrama de Godofredo Cardoso e Manuel Vieira (Tauá, CE) a FSC pedindo providências para o município de Independência. .

1914.03.17: Telegrama de Érico Santiago (Iguatu, CE) a FSC informando que a linha de Estrada de Ferro de Iguatu se encontra sem novidades. 

1914.03.18: Telegrama de João José Pereira (Baturité, CE) a FSC informando que a Câmara Municipal de Vila Corte, eleita em 1912, protesta sua solidariedade. 

1914.03.18: Telegrama de Augusto Correia Lima (Sobral, CE) a FSC informando ter dado ordens às forças de divisão conforme suas instruções. Sobral.

1914.03.18: Telegrama de Floro Bartolomeu da Costa (Juazeiro, CE) a FSC felicitando-o pela pacificação do Ceará, e pedindo que seja providenciado o transporte das forças libertadoras em trem expresso.

1914.03.18: Telegrama de Érico Santiago (Quixeramobim, CE) a FSC informando que encontrou 1.200 romeiros em Quixeramobim.

1914.03.18: Telegrama de Jerônimo Lima (Ipu, CE) a FSC sobre a invasão das forças de Correia Lima no município de Crateús, e pedindo providências urgentes. 

1914.03.18: Telegrama de Raimundo Sindeans (Senador Pompeu, CE) a FSC informando que o tenente Érico Santiago passou pelo município de Senador Pompeu em paz, e que o ambiente no município é de calma. 

1914.03.18: Telegrama de Érico Santiago (Baturité, CE) a FSC informando sua chegada a Baturité.

1914.03.18: Telegrama de Cunha Vasconcellos (Itambé, ?) a FSC pedindo providências para a manutenção do Clube de Tiro Goiânia. 

1914.03.18: Telegrama de J. Saboya Albuquerque (Sobral, CE) a FSC informando que forças de Juazeiro ocuparam Santa Quitéria, e pedindo instruções.

1914.03.18: Telegrama de José Evangelista Santana (Iguatu, CE) a FSC informando que o ambiente no município de Iguatu é de calma. 

1914.03.18: Telegrama de Raimundo da Pinho e outros (Afonso Pena, CE) a FSC informando que por ordem de Floro Bartolomeu, estão sendo desarmados os grupos dispersos, mantendo-se calma a situação. 

1914.03.18: Telegrama de Pedro Silvino de Alencar (Maranguape, CE) a FSC informando que seguiu trem expresso conduzindo 682 libertadores, e que amanhã seguirão mais 720. 

1914.03.19: Ofício (cópia) de João Pereira Maciel Sobrinho (Rio Grande, ?) enviado a FSC, pelo seu desligamento do cargo de auxiliar da Delegacia de Direção Geral de Engenharia, para assumir o posto de Fiscal do 2º Batalhão de Engenharia. 

1914.03.19: Telegrama de Álvaro Oliveira (Crateús, CE) a FSC informando que segue no 1º vapor.

1914.03.19: Telegrama de João Batista (Sebastião Lacerda, ?) a FSC informando que Selídio Sobral continua a agredir empregados da Estrada de Ferro e pedindo garantias. 

1914.03.20: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a necessidade de Ildefonso Albano respeitar sua (FSC) autoridade como delegado do governo federal. 

1914.03.20: Telegrama de Anastácio Barroso (Itapipoca, CE) a FSC informando que um grupo armado sob a liderança de Antônio Liberato se dirige ao município de Itapipoca a fim de garantir as famílias. 

1914.03.20: Telegrama de Tomás Zeferino Veras (Granja, CE) a FSC pedindo garantias para o município de Camocim. 

1914.03.21: Telegrama de Cunha Vasconcelos (Recife, PE) a FSC informando que segue para Goiânia a fim de reorganizar o tiro de guerra.

1914.03.21: Telegrama de Augusto Correia Lima (Sobral, CE) a FSC informando das manobras da divisão norte.

1914.03.21: Telegrama de Petrônio Frota (Crateús, CE) a FSC sobre a situação da cidade de Crateús.

1914.03.21: Telegrama de Fontoura (Niterói, RJ) a FSC pedindo especial atenção para com Licínio Nunes. 

1914.03.21: Telegramas de Pedro Silvino Alencar (Maranguape, CE) a FSC pedindo para que providencie trem a fim de transportarem 120 homens para Iguatu.

1914.03.21: Telegrama de P. Coelho (Iguatu, CE) a FSC informando de sua chegada ao município de Iguatu. 

1914.03.21: Telegrama de Tomás Zeferino Veras (Granja, CE) a FSC informando sobre depredações efetuadas pelo tenente Correia Lima e seus correligionários. Granja.

1914.03.21: Telegrama de Eduardo Lavor (Iguatu, CE) a FSC informando que desde a retirada da força do município de Penha, restaurou-se a paz neste município. 

1914.03.21: Telegrama (?) (Sobral, CE) a FSC informando que seu (FSC) telegrama oficial para o tenente Correia Lima foi encaminhado para Camocim, onde se encontra o destinatário. 

1914.03.22: Telegrama de Amadeu Catunda (Crateús, CE) a FSC pedindo providências para o município de Cratéus.

1914.03.22: Telegrama de Moisés Freitas (Canindé, CE) a FSC pedindo providências contra ataque de romeiros.

1914.03.22: Telegrama de José Cordeiro Filho (Canindé, CE) a FSC pedindo garantias contra ataque de romeiros.

1914.03.22: Telegrama de Francisco Leandro (Angica, ?) a FSC informando da agressão feita a sua residência pelo tenente Correia Lima e pedindo providências. 

1914.03.23: Telegrama de Antônio Martins (Canindé, CE) a FSC pedindo providências contra ataque de romeiros. Canindé.

1914.03.23: Telegrama de José Augusto (São João de Souza, ?) a FSC pedindo garantias. 

1914.03.23: Telegrama de Benjamim Liberato Barroso (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a sua candidatura apresentada pelos representantes cearenses. 

1914.03.23: Telegrama de Lauro Muller (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo informações do parentesco de Ildefonso Albano com o coronel Franco Rabelo. 

1914.03.23: Telegrama de Pompílio Freitas e outros (Canindé, CE) a FSC pedindo proteção aos estabelecimentos comerciais que se acham ameaçados de ataques de romeiros. Em anexo 2 telegramas desmentindo tal situação. 

1914.03.23: Telegrama de Carlos Pinto (?, PB) a FSC apoiando a atitude do governo federal em relação ao movimento armado do Ceará, e pedindo que os chefes de todos os estados também manifestem seu apoio. 

1914.03.23: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC informando que enviou carta à bancada federal, a fim de que se empenhem junto a Hermes da Fonseca para conseguir verba que ajude aos expedicionários do Crato quando do retorno às suas famílias.

1914.03.24: Telegrama de Távora (Quixadá, CE) a FSC pedindo que informe a Belisário que sua família está em paz. 

1914.03.24: Telegrama de Castelo Branco (Recife, PE) a FSC pedindo que interceda junto ao almirante Matos em favor de Cândido Alencar Castelo Branco. 

1914.03.24: Telegrama de Anastácio Barroso (Itapipoca, CE) a FSC pedindo proteção para o município de Itapipoca.

1914.03.25: Telegrama de Távora (Rio de Janeiro, DF) a FSC agradecendo as notícias dadas sobre sua família.

1914.03.25: Telegrama de Fernando Vilela de Carvalho (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a nomeação de José dos Santos Carneiro para o lugar de tenente da polícia de Fortaleza. 

1914.03.25: Telegrama de Virgílio Antônio Borba (Rio de Janeiro, DF) a FSC pedindo que interceda junto ao ministro da Guerra para que seja transferido para Manaus ou Belém. 

1914.03.26: Telegrama de Castro Pinto (?, PB) a FSC informando as represálias de amigos do padre Cícero, e pedindo que tome providências.

1914.03.26: Carta de João Brígido dos Santos (Fortaleza, CE) a FSC enviando telegrama que informa da situação no município de Jaguaribe-Mirim, e pedindo que mande um oficial a fim de se dissipar a reunião dos adversários.

1914.03.27: Telegrama de Távora (Jaguaribe, CE) a FSC informando sobre a situação do município de Riacho de Sangue. 

1914.03.27: Telegrama de André Joaquim da Costa (Limoeiro do Norte, CE) a FSC informando que os adversários procuram tomar o seu cargo de coletor, e pedindo providências. 

1914.03.27: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a data que deverá ser marcada as eleições de presidente do Estado do Ceará.

1914.03.28: Telegrama de Salvador Aires Pinheiro Machado (Cabo de São Tomé) a FSC informando sobre a transferência do escriturário Ferreira de Carvalho, e cumprimentando-o pelo seu procedimento no governo do Ceará.

1914.03.29: Telegrama de Távora (Jaguaribe, CE) a FSC informando que segue para Quixadá. 

1914.03.29: Telegrama do padre Cícero Romão Batista (Juazeiro, CE) a FSC desmentindo a notícia de uma possível invasão de seus correligionários ao território da Paraíba. Juazeiro.

1914.03.30: Telegrama de Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva (Rio de Janeiro, DF) a FSC autorizando a exclusão do exército dos praças citados em seu (FSC) telegrama. 

1914.03.30: Telegrama de Herculano de Freitas (Rio de Janeiro, DF) a FSC informando que o Ministério da Viação considera como oficiais, os telegramas passados em serviço. 

1914.03.30: Telegramas de (?) (Rio de Janeiro, DF) a FSC sobre a abertura de uma conta no Banco do Brasil para o Estado do Ceará.

1914.03.31: Telegrama de Pinto Castro (?, PB) a FSC agradecendo seu interesse em tranquilizar os habitantes dos sertões da Paraíba.

UMA CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO
(Por Floro Bartholomeu da Costa)
TERCEIRA PARTE: O INIMIGO CEL. JOSÉ FRANCISCO ALVES TEIXEIRA
(-E sobre o coronel José Francisco Alves Teixeira, seu inimigo desde 1908?)
“Sendo o Padre Cícero, naquele tempo, o maior proprietário das “minas de cobre do Coxá” (como hoje já o é de toda ela), minas encravadas nos municípios de Aurora e Milagres, Estado do Ceará, e resolvendo demarcá-las para entrar em negócio com um sindicato francês, constituiu-me seu procurador juntamente com o advogado Pedro Onofre. A chegada ao Ceará do engenheiro francês sr. Frochot, enviado por um sindicato de capitalistas do seu país para estudar as referidas minas, causou naturalmente sensação, e constituiu como que uma revelação do grande valor daqueles terrenos. O coronel Alves Teixeira, homem de projetos ambiciosos, lançou as suas vistas gananciosas para o grande negócio que parecia viável. Entendeu entrar de qualquer modo naquilo, e como não fosse do número dos proprietários e encontrando dificuldade em adquirir partes de terra na área a demarcar, comprou uma pequena posse no sítio “Antas”, contígua à área demarcada, com o propósito único de embaraçar a marcha do negócio. Ao mesmo tempo, estimulava o coronel Antônio Leite Netto, chefe político de Aurora, para com o seu prestígio local, reforçar a sua ação perturbadora. O que é fato é que, dentro de pouco tempo, este chefe político tomou uma atitude de tal ordem que era corrente no Cariry que a demarcação não se faria e que eu seria assassinado... E tanto esses ruídos tinham fundamento que, conforme artigos publicados em 1910, no “Rebate”, jornal do Joazeiro, no dia 22 de novembro de 1908, eu ia sendo assassinado no sítio “Grossos” de Aurora, em companhia dos srs. Major José Ignácio, Padre Augusto Menezes, vigário de São Pedro, e Major Pedro Nogueira, tabelião de Milagres. E para dar a verdadeira luz a todos esses acontecimentos, ouvi no dia seguinte ao do atentado, da própria boca do referido coronel Antônio Leite Netto, quando discutia com o major José Ignácio no Riacho dos Cavalos, em casa do matuto Lourenço (entro nestas minúcias para autenticar a verdade do que avanço) o seguinte: “que a demarcação do sítio Coxá não se faria enquanto o coronel Teixeira existisse, nem mesmo que custasse a vida de quem quer que fosse!” Foi então que se me abriram os olhos e eu pude compreender que o planeador oculto de toda aquela trama era o Sr. Francisco Alves Teixeira. Escapamos dessa vez por um milagre, mas íamos sendo vítimas pela segunda vez no dia 127 de Dezembro do mesmo ano. Este dia era o designado para a primeira audiência de campo no sítio “Taveira”, da mesma área “Coxá”, e estava assentado que chegaríamos de véspera ao local, onde passaríamos a noite. Sucedeu, porém, que, partindo a comitiva de Milagres, em companhia do juiz e demais autoridades, não pudemos alcançar o sítio “Taveira” e pernoitamos no sítio “Barros”, a duas léguas de distância. Coisa singular! Pelas cinco horas da manhã foi o sítio “Taveira”, onde se julgava que nós tivéssemos passado a noite, atacado por mais de cem “cangaceiros”, os quais gritavam chamando a cada um de nós pelos nomes, acompanhados das piores ameaças. Neste assalto, ao qual, aliás, não se ofereceu resistência, morreu de ferimento por bala o irmão do atual chefe político de Aurora, que ali se achava, e ferido gravemente o ancião, capitão José dos Santos, proprietário do sítio. Os assaltantes arrombaram o açude da propriedade e queimaram todas as suas cercas. Deste ataque foi que resultou a famosa represália do coronel Domingos Leite Furtado, então chefe de Milagres, irado pela invasão do seu município, onde se acha encravado o sítio “Taveira”, e pela tentativa de morte contra o juiz Manuel Furtado de Figueiredo, seu parente e amigo. E o que há de mais significativo em tudo isso, e o que vem provar a conivência do coronel Teixeira no assalto ao “Taveira” é que os “cangaceiros” que o praticaram, encontraram refúgio no Crato, sob a sua proteção. E este homem, ferrenho nos seus propósitos, continuou a embaraçar de tal modo o negócio da venda das minas do “Coxá”, que os autos da demarcação andaram pelo Supremo Tribunal Federal, e ainda hoje rolam pelo Tribunal da Relação de Fortaleza, sendo o padre Cícero, como autor, forçado a gastar mais de sessenta contos, não se falando nos avultados prejuízos que teve o sindicato. O que mais me causa admiração é que o Sr. coronel Teixeira, estando certo de que eu sei de tudo isso, insista em me perseguir (ainda que à socapa, como é de seu costume) justamente em uma ocasião em que está pleiteando perante o Supremo Tribunal uma escandalosa indenização de mil e novecentos contos de réis, pelos prejuízos que diz ter sofrido na revolução do Joazeiro – importância esta que todo o Ceará sabe que ele nunca teve nem poderia ter. Estavam assim lançadas as bases da violenta inimizade com que me honra o Sr. coronel Alves Teixeira. Em 1913, durante o governo Franco Rabello, era chefe e prefeito do Crato o coronel Francisco de Brito, parente e amigo do meu digno colega deputado Sr. Hermenegildo Firmeza, e corria como certo em todo o Cariri que o coronel Teixeira trabalhava, de modo insidioso, junto aos chefes de Fortaleza, no sentido de obter o cargo de prefeito daquele rico município. Aproximando-se o movimento revolucionário, que chefiei, o coronel Teixeira, resolvido a tomar parte ativa na luta, fez previdentemente retirar sua família para a Fortaleza, a qual conduziu tudo o que possuía de uso particular e doméstico, até a própria louça da casa, ficando somente ele no Crato. Havendo finalmente rebentado o movimento, foi ele constituído o fornecedor de todas as forças armadas – policiais e cangaceiros – que se concentraram no Crato, para atacar o Joazeiro. E neste caráter, o coronel Teixeira só fornecia dinheiro e mercadoria depois que a casa Silva Porto, de Fortaleza (à qual logo após a revolução associou-se) estava embolsada do último fornecimento feito. Extremando-se a luta entre o Joazeiro e o governo estadual, o Sr. coronel Teixeira assumiu uma atitude mais saliente e mais combativa, que a do próprio chefe Francisco de Brito, e transformou a sua casa de residência, situada à entrada da cidade, em uma poderosa trincheira, resguardada por grande quantidade de sacas de algodão, onde vivia dia e noite numeroso grupo de cangaceiros, por ele mandados vir, os quais ele apresentava a todos como verdadeiros “oficiais de caveira”, denominação esta dada no interior do Nordeste aos indivíduos considerados assassinos. Poucos dias depois do recuo em debandada das forças do governo que, sob o comando do Cel. Alípio, no dia 29 de Dezembro de 1913, nos foram atacar no Joazeiro, o Sr. Alves Teixeira, prevendo a tomada do Crato, começou a retirar as mercadorias de melhor qualidade de sua casa de negócios fazendo-as transportar para a mesma casa Silva Porto, de Fortaleza, e também para Assaré e Picos e Jaicós no Piauí, onde ele tinha casas filiais. Conheço um dos freteiros, residente no Sítio Carás, que foi consultar ao Padre Cícero se podia transportar fardos de fazenda do Sr. Teixeira, dando o venerando sacerdote o consentimento que ele lhe pedia. Entre o dia 20 de Dezembro, dia do ataque ao Juazeiro e o da conquista do Crato, entre as nossas forças e as do governo deram-se diversos encontros sangrentos, bem como foram cometidos pelos nossos inimigos diversos assassinatos em pessoas indefesas que nada tinham com a luta e nem residiam no Joazeiro – inclusive o bárbaro trucidamento de mulheres. Entre outros casos poderei citar o do massacre de toda uma família de 18 pessoas no povoado Conceição; de um outro de 7 pessoas do lugar Baixa d'Anta, município do Crato, crime este revestido da mais requintada crueldade e friamento praticado por uma força de polícia e cangaceiros comandada pelo tenente Júlio Ladislau da Silva. Uma destas vítimas era uma donzela de 18 anos de idade, que foi assassinada depois de violada, tendo-lhe cortado a cabeça e enterrado o corpo, em uma rasa sepultura com a mesma cabeça – decepada, posta entre as pernas desnudas. Finalmente, o assassínio de um casal, no sítio “S. Sebastião”, cuja mulher, em estado de gravidez, depois de morta a tiros, foi apunhalada duas vezes no ventre. Além disto, ficou célebre o local denominado “Cerca de Pedras”, onde os cangaceiros e a força de polícia estabeleceram “tocaia” e onde perpetraram, nas pessoas de transeuntes enormes, os mais revoltantes assassinatos, cujos corpos transportados para o Crato, eram postos à frente da casa do Sr. Cel. Teixeira antes de serem enterrados. E é um homem como este que, ocultando a sua sinistra, aliás por todos conhecida, apresenta-se como uma vítima e me quer salientar como um bandido, eu que não tenho receio, de que apareça uma pessoa sequer, do Crato ou de qualquer localidade do Cariri que me dê a responsabilidade de um só crime ou de um só ato desonesto durante toda a minha estada naquela região e durante o curso da revolução. Nem mesmo os meus leais adversários de então me farão esta injustiça. - E o que me diz a respeito daquele seu bilhete, autógrafo cuja reprodução fotográfica foi publicada ultimamente por um vespertino desta capital? – Dir-lhe-ei já como o Sr. Cel. Teixeira com aquele bilhete que é meu e por mim assinado, iludiu a boa fé do seu digno advogado Dr. Alfredo Pinto, atual ministro da Justiça. No dia 24 de Janeiro de 1914, quando eu já não mais podia manter a defensiva no Joazeiro, em virtude da crescente escassez de víveres para a imensa população ali aglomerada, empreendi a tomada do Crato, o quartel-general das forças do governo, e o ponto mais importante, sob todos os aspectos do teatro da luta, - e comecei a ofensiva. Assim, naquele dia, fiz seguir contingente escolhido de mais de quinhentos homens, divididos em grupos e comandados por auxiliares de minha confiança. A dois quilômetros, mais ou menos, do Crato, junto ao “cemitério dos coléricos” as nossas forças encontraram-se com as do governo, e imediatamente entraram em renhido fogo. Recuando os inimigos, os revolucionários os perseguiram até à entrada da cidade, cerca de uma hora da tarde, estabelecendo-se aí novo combate, e sendo logo tomado o primeiro quartel das forças governistas. Às 4 horas da tarde, recebi comunicação da ocorrência e desde aquela hora os portadores cruzaram-se do Joazeiro para o Crato e vice-versa, conduzindo auxílios bélicos e trazendo notícias da marcha da luta. Pela manhã do dia 25, cerca de 7 horas, recebi a comunicação de que todas as trincheiras da cidade já estavam tomadas, exceto a da casa de residência do coronel Francisco Alves Teixeira, a qual fortemente ainda resistia, e da qual ele em pessoa havia se retirado naquela mesma manhã. Nessa ocasião foi que escrevi em um pedaço de papel o tal bilhete que reproduzo: “Quando liquidarem a casa do Teixeira, prendendo os bandidos, mandem-me dizer para eu ir. Não saiam daí sem deixem ninguém sair”. É clara e não precisa de comentários a significação destas palavras, bem diferente da que, sistematicamente, lhe quer dar o Sr. Coronel Teixeira. Recebendo, às 11 horas da manhã, o aviso da “liquidação” da trincheira da casa do Sr. Teixeira, para ali segui, à 1 hora da tarde, acompanhado de diversos amigos, entre os quais se achavam o coronel Pedro Silvino de Alencar, e o Dr. José de Borba Vasconcellos, candidato do partido do Sr. Belisário Távora, presente nesta capital para contestar o diploma do Sr. Marinho de Andrade, - e o qual poderá dizer se é verdade o que afirmo. Ali chegamos às 6 horas da tarde, e a primeira pessoa de responsabilidade que encontramos foi o Dr. Livino de Carvalho, então juiz de direito da comarca e atualmente juiz de casamentos de Fortaleza. Depois de ligeira refeição em casa de D. Tidinha, tia do coronel Pedro Silvino, hospedamo-nos na casa do Dr. Irineu Pinheiro, contígua à do coronel Antonio Luiz, de onde comecei a providenciar no sentido de manter a ordem na cidade. Cerca de meia noite, fui procurado pelo Sr. Fernando Marques, negociante da cidade, que me pediu para consentir que ele retirasse da casa comercial do Sr. Coronel Teixeira um “stock” de mercadorias que, segundo me afirmava, a ele havia comprado. Estas mercadorias, conforme a fatura apresentada pelo Sr. Fernando Marques constavam de sabão, açúcar, café, fósforos e outros gêneros de estiva. Acedi ao seu pedido, indo ele mesmo fazer a retirada de tais mercadorias. Disto tenho documento. Pela manhã do dia 26, o coronel João Leal, de S. Matheus, procurou-me para avisar-me de que a casa comercial do Sr. Teixeira estava aberta e pedir-me licença para fechá-la. Atendi, acentuando, porém, que assim o fazia, não deixando que o pouco que ele havia abandonado na sua casa comercial fosse arrasado, porque usava de seus processos. O coronel João leal chamou então o marceneiro mestre Lucas e com ele foi pregar a porta do estabelecimento que estava aberta. Minutos depois da saída deste, ainda procurou-me o coronel Abdon da Franca Alencar, para fazer-me o mesmo pedido, ao que respondi informando-o do que já dissera ao Sr. Coronel João leal. E este cavalheiro dentro em pouco voltou dizendo-me que efetivamente a porta do Sr. Teixeira havia sido fechada pelo mestre Lucas. Devido às mil ocupações e preocupações de que me achava assediado, só na tarde do dia 27 saí de casa pela primeira vez em companhia do Sr. Dr. José de Borba para dispensar meus cuidados médicos ao Tenente Lopes da polícia, que havia sido ferido no combate, voltando eu depois imediatamente. No dia 28, às 8 horas da manhã, entreguei a cidade ao Coronel Antonio Luiz Alves Pequeno, atual prefeito do Crato, e retirei-me para o Juazeiro. Em vista do exposto, como se poderá admitir que o Sr. Coronel Teixeira tivesse novecentos contos de mercadorias em sua casa comercial, quando é sabido que no balanço por ele dado em janeiro de 1913, os seus haveres importavam, em móveis, imóveis e semoventes, em 420 contos de réis? Como se poderá admitir ainda que o Sr. Teixeira, tendo tido a precaução de retirar a sua família com todos os seus bens de uso particular e doméstico, assim como o tendo saído à última hora, tivesse deixado no seu célebre cofre avultadas quantias e documentos de importância? Enfim, meu caro amigo, as outras deduções eu deixo à inteligência do público desta cidade, que me vai julgar, e ao alto critério da nossa Suprema Corte de Justiça, que brevemente irá julgar a questão de indenização de 1.900 contos movida pelo Sr. Coronel Teixeira contra a Fazenda Federal. O que posso garantir ainda mais é que o felicíssimo Sr. Teixeira, que segundo afirma perdeu todos os seus papéis, cobrou e recebeu, depois da revolução, quase todas as dívidas que deixara espalhadas pelo sertão – até mesmo custas mínimas de 1$200, como a que recebeu do meu amigo Djalma, então chefe da estação telegráfica de Crato. E quer saber mais? Logo após a sua chegada à Fortaleza, despojado como ele se dizia de todos os seus bens, associou-se à casa Silva Porto, comprou chácara, reconstruiu-a faustosamente e veio passear nesta capital. Quanto, especialmente, ao que diz o vespertino que me ataca, que o Dr. Wenceslau Braz opôs-se ao meu reconhecimento em 1915, fazendo-me referências deprimentes, não posso nisto acreditar, não só porque de modo muito contrário S. Excia. Me tratou em Itajubá, quando ali fui com ele entender-me, apresentado por honrosa carta do Sr. Dr. João Pandiá Calógeras, atual ministro da Guerra, como também, conforme é de notoriedade pública, porque se eu e meus companheiros não fomos reconhecidos, foi isto devido a rigorosas injunções da política do momento, as quais nada tinham que ver com as nossas qualidades ou de méritos pessoais. Foram meus companheiros de chapa o Sr. Dr. Francisco Sá, o único que se salvou, e os Drs. Virgílio Brígido, Agapito dos Santos, Ruy Monte, José Accioly e Gracho Cardoso. Aqui termino pedindo que diga no seu jornal que eu afirmo que sou um homem de honra e que não temo nenhuma devassa na minha vida pública e particular.”
(Gazeta de Notícias (RJ), 19.04.1921)
IMAGENS ESQUECIDAS (XIII)
Conforme uma informação na web, “Ilda Ribeiro da Silva nasceu em Poço Redondo, Sergipe, e tinha muitos irmãos. Sabia costurar, bordar e cozinhar. Ela entrou no Cangaço aos 14 anos. Foi escolhida (hoje seria sequestrada) por Zé Sereno, um dos homens mais famosos de Lampião. E lá se foi Sila, como era chamada, Sertão à dentro, arriscando a vida, quase uma menina, sem ter noção do mundo que iria encontrar e, sobretudo, que iria escapar do massacre de Angico. Foi uma sobrevivente e ficou famosa. É terceira, depois de Dadá e da rainha Maria Bonita. Sua vida no Cangaço foi de apenas dois anos. Testemunhou as mortes dos companheiros e das volantes. Foram cenas que ela jamais esqueceu, tanto que, depois de Angico, contou essas histórias para a imprensa. Seus depoimentos eram contraditórios e por esse motivo, muitos pesquisadores não a levavam a sério. Foi a cangaceira mais próxima a Maria Bonita. Muito solicitada pela mídia, até mesmo com a idade avançada, talvez isso tenha contribuído para ela confundir os fatos. Entretanto, uma característica Sila conservou: a vaidade. Sempre perfumada e bem vestida. Lembrava que, nos tempos do Cangaço, cheirava a Royal Briar, usava o pó facial Dorly e o óleo de lavanda nos cabelos. Escapando da morte em 1938, Sila foi morar na Bahia e depois São Paulo onde trabalhou no comércio e na TV Bandeirantes, sendo costureira dos figurinos das novelas. Seu marido, Zé Sereno era funcionário público. Teve cinco filhos. Escreveu um livro contando sua história.” Foi com este livro (Ilda Ribeiro de Souza: Sila – Memória de Guerra e Paz. UFPE, 1995.) que Sila percorreu boa parte do território nacional. Inclusive esteve aqui em Juazeiro do Norte. Ficou amiga dos escritores Aldenor Benevides e Generosa Alencar, com quem está proseando descontraidamente (Anos 80). Sila morreu em fevereiro de 2005.

IMAGENS ESQUECIDAS (XIV)
Horto 1942: Oito anos depois da morte do Pe. Cícero, a Colina aparenta o abandono. As portas e janelas do casarão foram arrancadas, na sua maioria, e agora estão estão fechadas com tijolos. Os únicos espaços em uso seriam a velha moradia de algumas “beatas”, na parte mais baixa do casarão, que aí ainda resistiram até os anos 60. Esse estado de abandono antecede à posse definitiva pela congregação Salesiana. Ao lado direito da imagem ainda aparecem os resíduos da demolição natural da construção da igreja. Natural porque não houve manutenção sobre a construção inicial. Aliás, isso vinha desde 1904, quando D. Joaquim proibiu a continuidade da construção do templo. Contudo, em nenhum momento o povo da cidade e os romeiros visitantes nunca deixaram de ali ir para conhecer ou para desfrutar do que aqueles espaços, sua vegetação e o velho casario ensejavam como lazer. Agora, em melhor estado e com as restaurações e inovações construídas e instaladas, o Horto, na velhíssima formação da Serra do Catolé continuará sendo destino de muita gente a cada ano, até o final dos tempos. Amália Xavier de Oliveira registra em seu livro O Pe. Cícero que eu conheci, que Rachel de Queiroz veio ao Cariri em 1930 e visitou essas ruínas da igreja proibida. Numa das paredes escreveu: “Olhos curiosos ou crentes, / Parai, atentai em mim: / A fé ergueu-me alterosa, / - E a própria fé caprichosa, / Levou-me a ficar assim.”
IMAGENS ESQUECIDAS (XV)
Algumas vezes em sua história, a Praça Pe. Cícero abrigou a realização de algumas competições esportivas, como é o caso desta enfocada neste registro dos anos 50, com disputa de equipes de voleibol. Os atletas de um destes times, ai mostrados, são, pelos números das camisas: 1. José Alcenor de Oliveira; 2. Antonio Brasileiro; 3. Francisco Romeiro; 4. Jim (James Reay) Wilson; 5. Moisés (?); e 6. Jota (?). A promoção foi do Seminário Batista do Cariri, sediado na Rua São Paulo. Outro detalhe desta foto é o monumento que ali na Praça foi “plantado” em 1944, por ocasião do centenário de nascimento do Pe. Cícero. Durou pouco. Logo foi arrancado e dele não se soube mais nada.
PELÚSIO CORREIA DE MACEDO
Nenhuma biografia é completa. É sempre uma “página”, mister é dizer, muitas, incompletas, uma peça em construção que se vai aos poucos completando pelos acréscimos desejáveis para melhor ilustrar a vida do homenageado. É o caso de Pelúsio Correia de Macedo que poucas palavras tem ganho a título de um ensaio biográfico sincero. Há pouco localizei na imprensa digitalizada na internet este texto que não deixaria de trazer à curiosidade de alguns iniciados sobre o perfil biográfico desse que foi um dos mais ilustrados dos cidadãos que ao lado de Cícero Romão Baptista contribuíram em muito para a construção desse nosso Juazeiro. Vejamos o que ele nos trás: “INEDITORIAIS. PELÚSIO CORREIA DE MACEDO. Acha-se nesta capital aonde veio, a fim de apresentar-se ao chefe do distrito telegráfico neste Estado, por conclusão da licença, em cujo gozo se achava, a cerca de oito meses, o cidadão Pelúsio Correia de Macedo, competente telegrafista em Juazeiro. Trata-se de um filho de uma das mais distintas famílias do Cariri, e que vem exercendo o cargo supra, desde 1899, data em que se inaugurou, naquela cidade, a respectiva estação telegráfica. Por ser muito inteligente e revelar-se um mecânico nato, foi então escolhido pelo Dr. Benjamim Accioly, para encarregado da referida estação a cuja frente esteve até fins do ano passado, sem nunca ter solicitado aos chefes do telégrafo licença alguma. O seu título de telegrafista foi fornecido pelo secretário do Interior, porque o telégrafo, naquele tempo, pertencia ao Estado. Passando o telégrafo estadual para a repartição geral o Pe. Cícero arranjou a colocação de Pelúsio como diarista, encarregado da Estação de Juazeiro, em 1908, a sua nomeação de telegrafista regional, cujo título foi transformado em telegrafista de quinta classe em 1915. Para poder ter acesso de classe, Pelúsio fez concurso telegráfico em 1923, sendo em 1924 nomeado telegrafista de quarta classe. Com auxílio do Padre Cícero, seu padrinho e protetor, o sr. Pelúsio fez os sinos e relógios das matrizes do Juazeiro e S. Pedro do Cariri – e outras, inclusive da Parnaíba, Estado de São Paulo, estando em vias de conclusão um outro relógio, que marca horas, meses e fases da lua, e que vai ser oferecido por aquele sacerdote à Catedral de Petrolina, E. de Pernambuco. Portador de tão ótimos predicados, é digno da estima e consideração daqueles que com ele privam mais de perto, não lhe sendo, portando, cabíveis as sátiras que, gratuitamente, lhe atiram os despeitados. Benjamim Abrahão, Juazeiro, 25 de Junho de 1929. (Firma reconhecida).” Publicado no jornal A RAZÃO (Fortaleza, CE), Ed. 94, 30.06.1929.
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINE GOURMET (FJN, JUAZEIRO DO NORTE)
A Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN) agora também está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri. As sessões são programadas para as terças feiras, duas vezes ao mês, de 15:00 às 17:00h, no Auditório do Bloco I, na Rua São Francisco, 1224, Bairro São Miguel, dentro do seu Projeto de Extensão denominado Cine Gourmet, sob a curadoria de Renato Casimiro. Informações pelo telefone: 99794.1113. No próximo dia 10, estará em cartaz, o filme COMER, REZAR, AMAR (Eat, Pray Love, EUA, 2010, 140 min). Direção de Ryan Murphy. Sinopse: Elizabeth (Julia Roberts) descobre que sempre teve problemas nos seus relacionamentos amorosos. Um dia, ela larga tudo, marido, trabalho, amigos, decidida a viver novas experiências em lugares diferentes por um ano inteiro. E parte para a Índia, Itália e Bali, para se reencontrar numa grande viagem de autoconhecimento.

CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na quintas feira, dia 12, às 19:30 horas, dentro da Sessão CINEMA NOIR, o filme INTERLÚDIO (Notorious, EUA, 1946, 102 min). Sinopse: Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que pergunta se ela concorda em ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, onde nazistas amigos do pai dela estão operando. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na sexta feira, dia 13, às 19:30 horas, dentro da Sessão CINEMA NACIONAL, o filme LISBELA E O PRISIONEIRO (Brasil, 2003, 110 min). Direção de Guel Arrais. Sinopse: Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).
CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 13, sexta feira, às 19 horas, o filme ATÉ O ÚLTIMO HOMEM (Hacksaw ridge, EUA, 2016, 140 min) Direção de Mel Gibson. Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Abdrew Garfield) se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas, porém, durante a Batalha de Okinawa ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso. 
CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 14, sábado, às 17:30 horas, o filme UMA AVENTURA NA ÁFRICA (The African Queen, EUA/Reino Unido, 1951, 105 min) Direção de John Huston. Sinopse: O African Queen é o pequeno, mas estimado, barco de Charlie. Durante a Primeira Guerra, na selvagem África, ele assume a responsabilidade de levar a irmã do recém-falecido reverendo Samuel, Rose, para a civilização, através do rio, utilizando o barco. Mas existem dois problemas: Rose e Charlie não combinam em nada e as margens do rio estão cheias de alemães.