sábado, 28 de novembro de 2015

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
204: (20.11.2015) Boa Tarde para Você, Valdimiro Alves
Tantos anos depois e o dia 21 de Janeiro de 1968 não me sai da memória por dois motivos: o primeiro é que eu e dezenas de juazeirenses aguardávamos ansiosamente a divulgação do resultado do vestibular da UFC e neste mesmo dia encerrava-se o XI Intermunicipal de Futebol da APCDEC. Lembro, particularmente, este último evento porque em memorável tarde esportiva no Estádio Presidente Vargas em Fortaleza, nós estávamos lá para ver o selecionado de Juazeiro do Norte finalmente conquistando o campeonato de 1967, vencendo o time de Ubajara pelo escore de 3x2. Na história das disputas dos Intermunicipais anteriores, Juazeiro do Norte havia logrado um vice-campeonato em 1943, mas ainda não tinha chegado a situar-se ao lado de outros, campeões, como Maranguape, Aracati, Sobral, Russas, Limoeiro, Caucaia, Cedro e Quixadá. Nestas ainda emocionadas lembranças, Lírio, rememoro aqui o que você e Luciano, Ramos, Zé do Carmo, Azul, Pirajá, Joãozinho, Cirineu, Neco, Gilson, Zé Iran e Zé Maria fizeram em campo para nos trazer no momento preciso aquele trofeu que tanto repercutiu sobre o nosso futebol. Guardo desse momento algumas imagens fotográficas tomadas durante a partida, uma das quais você, Lírio, e Azul desmontam o ataque do Ubajara em perigosa investida do atacante Wilson. Tal foi a importância desse acontecimento que eu gostaria de fazer aqui uma menção explícita a todos esses que denominávamos de heróis: Francisco Luciano de Araújo e José Ramos de Oliveira, fortalezenses, pertencentes ao Icasa; José do Carmo Silva, pernambucano de Santo Amaro, também do Icasa; Raimundo Freire de Assis (Azul), baturiteense, do Inboplasa; Antonio Batista Oliveira (Pirajá), Gilson Sobreira de Melo e José Maria Silva, muito jovem, aos 17 anos, todos juazeirenses e pertencentes ao Icasa; João Custódio da Silva (Joãozinho), fortalezense, do Icasa; Cirineu de Souza Lima, filho de Crateús, do Inboplasa; José Iran Maciel, de Limoeiro do Norte, que era do Icasa e já estava no Ceará Esporte Clube; E você, Lírio, nascido em Aurora em 23 de abril de 1939, que já vinha defendendo o nosso selecionado desde 1961, naquele campeonato jogou em todas as partidas, contra Crato, Quixeramobim, Itapipoca e Ubajara. Justiça se faça, e na verdade, esse selecionado de 1967 ainda tem que ser lembrado por todos os outros convocados, como Vitorino, Adailton, Lira, Da Silva, Lino, Galêgo e Zezinho. Louve-se também, Lírio, que esta jornada teve uma equipe técnica formada por Vicente Trajano que foi o primeiro técnico, seguido por Luis Veras e auxiliado por Praxedes Ferreira, contando com os trabalhos do ropeiro Cícero Tenório, do massagista Isaías Gomes, do médico Odílio Camilo e o camandante Ednaldo Dantas Ribeiro que terminou sendo chamado de Marechal da Vitória. Precisamos lembrar também, Lírio, que o grande êxito alcançado tinha uma mola mestra em sua comissão financeira que reuniu fundos para custear a grande jornada, nas pessoas de Orlando Bezerra, Pedro Bezerra, Mascote, Rafael Arruda, Sá e Silva, Reginaldo Duarte, Severino Duarte, Zé de Bezerrinha, Sulino Duda, João Barbosa, Cazuza Alves e Pe. Murilo de Sá Barreto. Podemos dizer, Lírio, e você era parte disto, que alguns anos depois da fundação do Icasa e do Inboplasa e desse XI Intermunicipal, o futebol juazeirense experimentava uma fase radiante fazendo explodir a grande campanha pelo Estádio Romeirão que receberia naquele ano o apoio do governo. A crônica esportiva da época, com pessoas como José Boaventura de Sousa, Luis Carlos de Lima, Wellington Balbino, e tantos outros, era unânime em afirmar que o Romeirão, nem ainda saira do papel, mas já era motivo de sobra para tanto entusiasmo, determinante dessa conquista em campo. E, realmente, de forma até quase profética, o que a imprensa bradava pela necessidade da construção do Romeirão ressoava e mais ainda se faria sentir por tudo quanto temos experimentado nos caminhos do esporte futebolístico e de outros esportes nesta cidade. Dois anos depois, em primeiro de maio de 1970, você Lírio, e vários outros daqueles nossos heróis do XI Intermunicipal estavam na inauguração do Romeirão, como eu também, assistindo ali, encantado, porque pelo esporte nossa cidade ultrapassava uma nova marca no seu desenvolvimento. Hoje, Lírio, você é uma veterana e gloriosa lembrança desta época, e nos seus 76 anos de vida está dedicado ao Estádio Romeirão que você viu nascer, ajudou a construir e em cujo gramado ainda demonstrou a sua competência, aquela mesma do zagueiro central que brilhava nos Intermunicipais.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 20.11.2015)
(Na foto acima, Valdimiro Alves, o Lirio (Lirão), está assinalado com uma seta, em pé.



DONA EXPEDITA DOS SANTOS DIAS
Uma das coisas que fascinam os historiadores, os sociólogos, os antropólogos, gente de ciências sociais, os que se debruçam sobre a construção contínua desta terra do Padre Cícero, diz respeito ao papel da formação de muitas famílias entrelaçadas por uma genética bem nordestina, por uma genealogia muito amorosa, fruto do encontro de migrantes, de romeiros que para cá vieram, e continuam vindo, como se de fato aqui vivêssemos numa Jerusalém celeste.

Com a família de dona Expedida dos Santos Dias esta cena se repete e não difere do que mais notável aqui se verificou, a lembrar da prédica beneditina de que cada casa construída, cada família constituída se abrigou ao calor de um recanto de oração e de uma oficina de trabalho.

Na pré-história do que temos a contar e a realçar nesta noite, os pais de Dita chegaram a este Tabuleiro Grande no início do século XX, há mais de cem anos passados.

Os relatos de família, na narrativa impecável, precisa, fluente e tão lúcida, como dona Expedita se regala em fazer, seu pai, Felipe José dos Santos, um alagoano de Maceió, também chegou a esta terra atraído pelas mesmas circunstâncias que trouxeram para cá, e continuam trazendo ainda hoje, tantos quantos ainda desejam viver esse privilégio de morar e trabalhar na terra do seu santo padrinho, o Patriarca desses sertões nordestinos.

Verdadeiramente, Padre Cícero Romão Baptista, mercê de sua pastoral de vocacionado ministério sacerdotal, ainda no século XIX plantou nestas terras a vivência de oração e trabalho, binômio que consagrou a sua pastoral diária, especialmente no acolhimento dos muitos que se fizeram degredados filhos das secas de 1877 e 1888.

Num dos primeiros anos do século passado, possivelmente 1903, Felipe, sua mulher e os filhos, já pela juventude, Domingos Felipe, Antônia e Maria Rosa estavam a caminho do Joaseiro, como romeiros, enfrentando léguas tiranas, estradas longas de pedra e areia. A mulher abortou e não resistiu às precárias condições, em que isto se verificou. 

O grupo viajante que era também composto pela beata Angélica de Jesus e Rosa, irmãs de Felipe, bem como outra irmã, Maria Januária, na companhia do marido João Vieira Melo e a criança, filha do casal, Maria Isabel, chegaram ao Joaseiro e como de praxe, foram se entender com o Padre Cícero, sobre sua permanência na vila. Outros tampos aqueles em que se dirigiam ao Patriarca e perguntavam: - o Senhor nos permite que aqui nossa família possa morar e trabalhar? Vindos para Joaseiro, Felipe, Angélica e Rosa haviam deixado ainda em Maceió uma grande família composta por outros 17 irmãos.

Por uns três anos, tendo adquirido um imóvel, a família passou a residir na então Rua Grande, antiga Rua do Arame, hoje Rua Padre Cícero, número 334, no local que posteriormente ficou muito conhecido na cidade como a residência da família de Fenelon Gonçalves Pita (depois de seu filho, Antonio Gonçalves Pita que foi prefeito dessa cidade), no velho Quadro Grande, hoje Praça Padre Cícero.

Conselheiro como era, o Padre Cícero, em 1906, terminou por recomendar a Felipe que adquirisse terras na região do Brejo Seco e para lá se transferisse e fosse cuidar da agricultura. Para isso, ele vendeu o imóvel da Rua Grande e em parte aplicou na compra do terreno e de outro imóvel no Quadro Grande, na esquina das atuais ruas São Pedro e São Francisco. 

Aliás, Padre Cícero foi para Felipe um ser privilegiado e por toda a sua existência sabia referir com desenvoltura sobre aspectos de sua biografia, de sua personalidade, falando sempre de suas previsões, tão comuns à gente romeira, como as misérias do mundo, as secas, as guerras, e um futuro tenebroso que viria onde irmão iria contra irmão, onde filho iria contra pai. 

Por outro lado, nessa mesma história, Maria Felizarda dos Santos, uma adolescente ainda com pouco mais de 13 anos de idade, filha de romeiros pernambucanos, de Caruaru, já vivia na cidade, e era recém-viúva pela morte prematura do marido, poucos meses após o casamento. 

Felizarda conheceu Felipe já residindo e trabalhando no Brejo Seco, casaram-se por volta de 1914 e continuaram construindo seu patrimônio familiar e vivendo da agricultura. Tiveram 20 filhos, mas somente Pastora, Angélica, Manoel Felipe e Expedita se criaram.

Pastora, do seu casamento gerou 22 filhos e este ramo hoje aqui existe, no convívio deste aprazível Brejo Seco – agora transmutado em zona urbana da cidade de Juazeiro do Norte, com o nome digno de uma homenagem extraordinária a essa desbravadora Maria Geli de Sá Barreto. Dos descendentes de Pastora vieram muitos netos, bisnetos e trinetos. 

A segunda filha, Angélica dos Santos, nascida em 24.06.1920 casou com meu tio José Soares da Silva e foram morar na Rua São Francisco, numa casa bem próxima a da Beata Angélica. Depois se mudaram para a Rua da Conceição onde a família comprou casa. Nesta cidade nasceram os seus 5 primeiros filhos (Antonio Carlos, Ângela Marta, Ana Lívia, Adauto e Ana Lúcia). Em 1949 partiram definitivamente para São Paulo, onde todos continuam residindo, embora José já tenha falecido e Angélica também, bem recentemente, antes de completar os seus 95 anos, em 24 de junho deste ano. Em São Paulo, Angélica e José tiveram os filhos Augusto, Aparecida e Aline, e a família se estende a muitos netos e bisnetos.

Aliás, deste relacionamento dos Soares, minha família, com os dos Santos, temos seguido ao que havia se iniciado ainda em 1929 porque a beata Angélica, juntamente com o Padre Cícero foram padrinhos de batismo de minha tia Maria Soares. Ainda hoje, esta memória da beata Angélica é presente na casa de nossa família, porque terminamos herdando um belíssimo quadro de São José, uma estampa vinda da Europa, belissimamente emoldurada e que lhe pertencera, figurando numa das paredes de sua casa. Tia Angélica o tinha de herança da tia-beata e quando partiu de mudança para São Paulo presenteou sua sogra, minha avó dona Neném, com este quadro que guardamos como relíquia. 

Manoel Felipe, o único irmão de Dita, teve dois casamentos e gerou uma prole numerosíssima de 32 filhos. Não há dúvida que já vivemos outros tempos, mas é notório que o “crescei e multiplicai-vos” foi cumprido fielmente em muitos aspectos da vida dos descendentes de Felipe, que também vinha de grande grupo familiar, ele e mais 18 irmãos. 

Desde o início, para o sustento da família, no imóvel adquirido no então povoado do Joaseiro, a beata Angélica, estabeleceu-se comercialmente, com uma loja, inicialmente vendendo tecidos por algum tempo, mas se definindo melhor por miudezas, aviamentos, material escolar e utilidades domésticas. Essa loja marcou época no comércio de Juazeiro do Norte, e ficou conhecidíssima como As Beatas, pois ao trabalho de beata Angélica, também se juntariam outras que não tinham relação familiar, como a beata Jovina e beata Bela. 

Nas festas natalinas, por exemplo, esta loja montava Presépio e Lapinha com tal requinte que atraia toda a cidade para aquele ciclo de festas, visitando por anos seguidos, sempre com grande entusiasmo e a admiração típica de uma destas maravilhas da história do Juazeiro antigo. As celebrações se iniciavam no início de dezembro de cada ano e o grande e belíssimo presépio era montado na sala mais interna da casa, porque a sala da frente era a loja. Diariamente, entre este início e o dia 6 de janeiro havia à noite funções religiosas para louvar o nascimento de Jesus, e além da beleza do presépio havia a composição da cena com crianças vestidas de anjos e pastores. No dia dos Santos Reis havia a cerimônia da queima das palhas do presépio. Nos anos 1935 e 1936 Maria Soares, Silvanir Soares, Zuleide Saraiva e Silva, Heloisa Helena Feitosa, Geneceuda Braz, Iracema Miranda, Terezinha e Alacoque Almeida eram algumas das garotas que participavam dos festejos, devidamente fantasiadas, compondo o ambiente e as funções onde havia cânticos, danças e orações. Essa foi uma época marcante que se esticou entre os anos 10 e o princípio da década de 40, quando falece a beata Angélica, em 1942. 

Angélica e Expedita, as primeiras filhas de Felipe e Felizarda ficaram na cidade, residindo com a beata Angélica que as criou e educou. O casal permaneceu no Brejo Seco, até falecer, Felipe aos quase 90 anos e Felizarda aos quase 68 anos. No Brejo Seco nasceu a maior parte dos 20 filhos, mas quase todos vieram a falecer, constituindo a família em apenas os quatro que se criaram: Manoel, Angélica Expedita e Pastora.

Anos adiante, com a morte da beata Angélica, a casa em que viveu foi doada por sua vontade expressa à Ordem Salesiana que, a despeito de recusa inicial dos Padres Antonio de Almeida Agra e Davino Ferreira, finalmente a Ordem a recebeu e hoje já não mais lhes pertence estando nas mãos de empresário local.

Já adolescente aos 18 anos, Dita ainda residia com a tia beata Angélica na Rua São Francisco, quase na vizinhança da Usina de Algodão de Antonio Pita, onde hoje é o Banco do Brasil. Em março de 1944 ela conheceu e começou a namorar o pernambucano de Salgueiro, um moço de 23 anos, de nome João Dias de Oliveira, mecânico empregado da Usina. Não demorou muito, entre praças, passeios, e afetos e apenas seis meses durou aquele namoro que os conduziu a noivado e ao altar da Mãe das Dores, em 13 de setembro de 1944. 

A convivência com a loja das Beatas terminou por qualificar e habilitar Dita para finos e requintados trabalhos artesanais em florística, com arranjos, buquês, grinaldas, velas para batizados e primeiras comunhões, coroas e decoração. E foi assim, por vários anos, quase vinte, que a luta diária para prover a família que crescia, vinha deste carinho e dedicação com trabalhos manuais. 

No início dos anos 60, por estimulação de sua irmã Angélica, Dita foi para São Paulo e lá se capacitou em assuntos de beleza, especialmente com relação a corte de cabelo e maquiagem. Voltando a Juazeiro, em 1962, decidiu montar o seu próprio salão de beleza, anexo à sua residência da Rua da Glória. Era este o segundo gabinete da cidade com esta especialidade, depois de Iolanda Magalhães, um pouco mais antigo, na rua da Conceição. Nestes 53 anos de atividades intensas, o Salão mudou para outros endereços, como agora, na Rua Boa Vista, sempre anexo à residência da família, tornou-se ponto marcante da cidade e principalmente de tudo o que foi possível fazer para educar esses filhos. Ainda hoje o Salão continua com atividade de algumas filhas, mas sempre com a presença inteira de Dita, que já nem precisa ditar normas de tão obedecida que foi. Num dia simples qualquer, não é de se estranhar que por ali transitem quase todos os filhos, numa reverência honrosa para a matriarca.

A vida doméstica e o trabalho profissional de Dita se associavam ao empreendimento de João Dias, que deixando a Usina de Antonio Pita se estabeleceu com seu próprio negócio em metal-mecânica, com a Oficina Santo Antonio. Anos depois, esta atividade ganhava novo status com a transformação em Fundição São José, com a qual João Dias de Oliveira ganhou notoriedade, especialmente após a eletrificação do Cariri, produzindo as afamadas bombas de água, de uso doméstico ou industrial, cuja marca vinha da inspiração familiar: Bombas Lucimar. Esta atividade ainda permanece ativa nas mãos dos filhos de Dita e João Dias, entre Juazeiro e Iguatu, sob as lideranças dos filhos Taumaturgo e Antonio Dias. 

Das diversas atividades e habilitações de dona Expedita, a família e muitos neste Juazeiro reconhecem a sua experiência e grande iniciação como homeopata, leiga, mas bem fundamentada. A convivência da família, entre o Brejo Seco e o Limoeiro, com a extraordinária figura do Cônego Climério Correia de Macedo levou-a a conhecer mais de perto a ciência de Samuel Hahnemann. Aos poucos, com leitura, ensinamentos e experiência rudimentar em anamnese e prescrições, Expedita se tornou expert em consultar o grande repertório do Dr. Nilo Cairo e com isto amenizar muitos sofrimentos. De um tudo ela tinha solução, entre gotinhas, bolinhas e tinturas, dos achaques mais simples e corriqueiros a desentortar perna de menina travessa, à base de calcarea carbonica. 

Do feliz casamento de Expedita dos Santos e João Dias de Oliveira nasceu e vem crescendo frondosa árvore genealógica de fortes raízes, de rígido tronco e de grande e exuberante copa. Foram 15 e destes se criaram até nós 13 filhos que constituíram 12 outros núcleos familiares, no amor e no grande relacionamento, como se cada um fosse uma daquelas 12 tribos de Israel. Recorro, e assim me permitam que relate, à elaboração genealógica e seus apontamentos sobre os dos Santos Dias, feita por Roberto Lima para lhes contar algo mais sobre a família.

Em 23.06.1945 nasceu a primogênita Maria Lúcia, a Marluce, a mascote da denominação das bombas, a Lucimar que casou com João Bosco Feitosa em 20.07.1977 e geraram Luciana, nascida em 16.12.1978. 

A segunda filha é Margarida, nascida em 11.04.1948, que casou com Euzébio Gomes e desta união geraram: Kleber que casou com Tizziana que são os pais de Giulia; Cícero Cláudio que casou com Raquel e são os pais dos bisnetos Vítor e Vinícius. 

A terceira filha é Cícera, nascida em 29.07.1949, que casou com Jamaci Gonçalves em união que gerou Jamille e Rafaela.

Antonio Dias, meu querido colega de vida escolar na velha Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte foi o quarto dos filhos, nascido em 03.09.1950, que casou com Raimunda Mirian Holanda Dias, de cujas núpcias nasceram quatro filhos: Ana Raquel, Rammy, Maria Danielle que contraiu matrimônio com Francisco Roberto da Silva Lima e deste geraram os bisnetos Letícia, Lívia e Lucas, e Ricardo Hélio que gerou a bisneta Ana Luiza; 

Francisco de Assis, o quinto filho, nasceu em 25.08.1951, casou-se com Isabel Cristina Picanço Dias e do casal nasceram Leonardo, Erick e Gustavo que está casado com Raylla Urtiga Dias que geraram o filho Mateus.

O sexto filho, José Taumaturgo, veio à luz em 10.01.1952, e convolando núpcias com Neide Duarte geraram os filhos Emerson Diogo e Eduardo que contraiu matrimônio com Isabelle Luz gerando o bisneto Pedro. 

Liduina Maria veio ao mundo como a sétima filha, nascida em 14.10.1956, permanece inupta, na casa matriarcal e por assim falar, é o marco que assinala toda a descendência de Dita e João em dois numerosos grupos, como se a nos dizer: o que foi dito antes é o AL (antes de Liduina), o que virá a seguir é o DL (depois de Liduina). 

Maria de Jesus é a oitava filha, cujo nascimento foi celebrado em 14.06.1957, é casada com Heraldo da Silveira e a união prosperou com o nascimento de João Lucas que esta casado com Maria Luana.

Marcos Aurélio nasceu em 20.11.1959, sendo o nono da confraria, casado como está com Fernanda Magda da Silva. 

O décimo filho é Geraldo Sérgio nascido em 11.07.1960 e que casou com Charlene Facundo, de cuja união nasceram Ingrid, Isadora e Angelina.

Rita de Cássia é a décima primeira dos filhos, pois veio a este velho mundo em 12.04.1963, contraiu matrimônio com Irlando Cruz e a união gerou os filhos Ilana, Ingrid e Isabelle que está casada com Gilvan Morais Neto Lira. 

Estas descendências de Expedita e João Dias, como vistas em nossos dias se fecham na sua segunda geração com o nascimento da mais jovem, Cristiana Maria, cuja chegada foi celebrada em 30.08.1965 e que ao verdor dos seus 20 anos, contraiu matrimônio com José Ronaldo Rodrigues Pinto tendo o casal gerado as filhas Eveline e Ellen, esta a doutora mais recente do clã. 

Num dia como este de hoje, em que todas essas alegrias ainda mais conspiram para a felicidade destes admiráveis viventes, dona Expedita, nos seus 90 anos de existência, seus 12 filhos aqui aconchegados, uma terceira geração de 24 netos irrequietos e preocupantes e uma quarta geração de sete bisnetos, buliçosa e barulhenta - Graças a Deus, recordam e depositam suas preces pelas saudades do João, que faleceu em 28 de janeiro de 1996, e igualmente de Ricardo e das perdas e danos de dois outros filhos que a Providência, sábia e generosa, retirou prematuramente desse inventário que um certo orgulho familiar construiu na fé, na esperança e no amor que se derramou por todas estas existências. 

No aperfeiçoamento continuado da vida de cada um destes herdeiros das velhas lições, Expedita dos Santos Dias contempla na extensão de sua planície de caminhada, ao encontro de um centenário almejado, no ablativo da vida longeva que tanto merece, as novas gerações, esta última já bem próxima da quinta, para lembrar aquela visão da velha beata Angélica dos Santos, como contado nas alegres histórias de família.

São eles todos bem crescidos e animados, na maioria profissionais que se capacitaram para servir à sociedade a qual se vincularam como gente competente, professores, médicos, farmacêuticos, advogados, administradores de empresas, comerciantes e técnicos de grande valia. 

Assim, dona Expedita Dias, receba nesta oportunidade o festejo, a celebração, os cumprimentos, as orações de todos estes seus, filhos, netos e bisnetos, de toda a sua família, de todos estes amigos que tem cativado, e desta sociedade para cujo bem sua vida foi um testemunho de doação e de zelo para que a partir de sua própria casa e do seu próprio trabalho, do sangue e do suor do rosto, tivéssemos um mundo melhor.

Nossos parabéns! E que todas as graças emanadas desse nosso eterno, e sempre recorrido - o Sagrado Coração de Jesus, se derrame ainda por sua existência, trazendo-lhe o conforto merecido e o prêmio indelével para quem cumpriu uma sagrada missão, protegendo a família que gerou, e procurando servir a Deus e à sociedade com grande dignidade.

Obs.: Abaixo reproduzimos a genealogia do casal Expedita dos Santos Dias e João Dias de Oliveira




NOVA HOMENAGEM EM RUA
O RADIALISTA Beto Fernandes é homenageado pela municipalidade em uma via pública. Vejamos o ato: LEI Nº 4551, de 19.11.2015: Art. 1º – Fica denominada de RUA SENASSIÊ COSTA FERNANDES – (RADIALISTA BETO FERNANDES), a rua projetada 02, no Loteamento Jardim dos Buritis, no bairro Jardim Gonzaga, na sede desta urbe, sentido norte/sul, com início no setor 02 e término no limite da cidade de Juazeiro do Norte e Barbalha, compreendendo dois quarteirões com quatro quadras, sendo duas de cada lado denominadas Q-02, Q-03, Q-33 E Q-34, com os seguintes limites: ao norte, com o setor 02; ao sul, com os limites das cidades de Juazeiro do Norte e Barbalha; ao leste, com a rua projetada 03 e ao oeste, com a rua Solon Pinheiro. AUTORIA: Vereador Tarso Magno Teixeira da Silva; COAUTORIA: Vereadores Cláudio Sergei Luz e Silva e Normando Sóracles Gonçalves Damascena.