sábado, 14 de julho de 2018


PADRE CÍCERO (VEJA O FILME E LEIA O LIVRO)
O livro Padre Cícero, o filme, de autoria de Raymundo Netto, estreia a Coleção Memória do Audiovisual Cearense, de fomento ao acervo e preservação do patrimônio audiovisual brasileiro. A obra traz uma história breve dos primeiros 50 anos do cinema no Ceará (1924-1974), recorte que vai desde a primeira exibição cinematográfica no estado até o ano em que o diretor e roteirista Helder Martins inicia a sua luta para filmar o primeiro longa-metragem colorido do Ceará e primeira obra audiovisual ficcional sobre a vida de padre Cícero, considerado ainda hoje o maior líder espiritual brasileiro. Padre Cícero: os milagres de Juazeiro (1976), um filme tão controverso quanto o seu personagem, foi filmado em vários sítios cearenses e teve um elenco composto por artistas de grande nome do cinema nacional da época e atores, hoje referências do teatro e da TV cearenses, como Jofre Soares, Dirce Migliaccio, José Lewgoy, Rodolfo Arena, Manfredo Colasanti, Cristina Aché e os cearenses Ana Miranda, Nildo Parente, Ricardo Guilherme, Seny Furtado, Haroldo Serra, Walden Luiz, Marcus Miranda, além de vinte e cinco técnicos, cem coadjuvantes e cerca de mil figurantes. O projeto, que contou com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e como patrocinadores M. Dias Branco, Estácio, Banco do Nordeste e Empresa Vitória, em vasta pesquisa, conta a sua história, desde a concepção e filmagens ao seu lançamento, incluindo a ficha técnica, curiosidades e fotos. Como anexo, a obra traz o roteiro original do filme (simulação de fac-similar), com notas, e o encarte da reprodução do pôster em tamanho original, com a ilustração de Benício, autor de diversos cartazes de filmes de sucesso na época. Também disponível estojo com 2 DVDs (filme original, trailer e documentário com a participação de membros da equipe técnica e atores, mais de 40 anos depois).

SERVIÇO
1. Lançamento documentário e livro Padre Cícero, o filme
Com a presença de Renato Casimiro, responsável pela pesquisa na equipe técnica (1975), e Valmi Paiva, membro da equipe de produção e ator coadjuvante (1975). Quando: 20 de julho, sexta-feira, a partir das 10h; Onde: Fundação Memorial Padre Cícero (Praça do Cinquentenário, s/n, Juazeiro do Norte)
Outras Informações: (88) 3511.4487
2. Lançamento longa-metragem “Padre Cícero: os milagres de Juazeiro” e livro Padre Cícero, o filme. Quando: 20 de julho, sexta-feira, às 18h; Onde: Teatro Centro Cultural Banco do Nordeste – Cariri (Rua São Pedro, 337, Centro, Juazeiro do Norte); Outras Informações: (88) 3512. 2855; Investimento: Livro (com roteiro original) + Poster + Kit-estojo (2 DVDs: Filme/Trailer + Documentário): R$ 60,00

JUANORTE: TRISTE FIM DE UMA TRINCHEIRA (X)
Estamos concluindo hoje a sequência às transcrições de artigo originalmente veiculados no jornal eletrônico JUANORTE, editado em Brasília pelo jornalista Jota Alcides, onde ali por mais de ano eu mantive uma coluna semanal, através de opinião pessoal sobre questões de interesse em assuntos juazeirenses. Pelo fato de um ataque de hackers e a destruição dos arquivos, o próprio editor resolveu desativar o jornal. Então eu resolvi reeditá-los aqui. A seguir, os últimos 7 destes textos.
AS MARAVILHAS
Recebi por e-mail, uma provocação de João Carlos Rodrigues de Menezes, com respeito à intenção da PMJN de nomear as Sete Maravilhas de Juazeiro do Norte, em vista do Centenário. Claro que, no dia 22.07, ao meio dia, haverá também uma crônica pelas emissoras locais. Para facilitar o nosso trabalho (hoje, em tudo a gente quer que alguém facilite nossa vida), a encomenda veio com a citação de um elenco de vinte indicações para que mais à vontade os votantes escolham o melhor. Os indicados foram: Aeroporto Regional do Cariri; Arco do Salesiano; Basílica Menor do Santuário de Nossa Senhora das Dores; Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Casa dos Milagres; Casarão do Horto; Centro Cultural Mestre Noza; Escola Normal Rural; Estação Ferroviária da Estrada de Ferro de Baturité; Estádio Municipal Dr. José Mauro Castelo Branco Sampaio (Romeirão); Estátua do Padre Cícero; Grupo Escolar Padre Cícero; Luzeiro do Século; Memorial Padre Cícero; Museu do Padre Cícero; Parque Ecológico das Timbaúbas; Praça Almirante Alexandrino de Alencar (Praça Pe. Cícero); Relógio Lunar (Coluna da Hora); Santuário de São Francisco das Chagas (Franciscanos); Santuário do Sagrado Coração Jesus (Salesianos). Antes de dizer-lhes e ao Joca, a minha seleção, é necessário ponderar algumas coisas. A primeira é que maravilha é alguma coisa de excepcional. Não pode ser escolhida por mera votação de Internet. Quem quer escolher seriamente apela para modos mais honestos e civilizados, embora resida aí a crítica que não é “moderno”, ou “prático”. A segunda, é que a lista, como está advertido, deve ser completada com coisas como o casario da Rua São José (a morada de Juvêncio Santana, as casas do Pe. Cícero e a sede do Bispado, o sobrado onde residiu Agostinho Odísio), etc. Um terceiro comentário é quanto lamentamos o que foi destruído nestes anos e ainda continuam a fazê-lo, como denunciei aqui a transformação da Casa Paroquial. Esta questão é séria e se arrasta há muito tempo. Uma quarta coisa importante é a vinculação deste patrimônio à sua significação no imaterial, no imaginário popular. Assim, o que aparentemente seria notável no Juazeiro, não tem o respectivo respaldo sob esta ótica (Luzeiro, Aeroporto, Romeirão?). Ou a idéia é só escolher cartão postal? Por último é para se dizer que é relevante uma escolha deste tipo através de uma boa enquete como esta, para que a PMJN possa avançar ainda mais com esta iniciativa, como recentemente no tombamento de bens materiais no entorno da Praça. Afinal, a oportunidade de celebrar o Centenário é não só o de reavivar a nossa memória, mas também de realizar um belo trabalho pela preservação da cidade naquilo que ela tem de maravilha. Por outro lado, não é só maravilhoso o que é antigo, ou no nosso caso, o que desapareceu ou está por isto. É maravilhoso também que a cidade se vista de modernidade, pois só assim ela contemplará a sua inserção neste dito mundo globalizado para auferir benesses de inovações que promovam o bem estar de sua gente. Desde que haja o respectivo respeito ao que foi maravilhoso em seu passado. Enfim, poderei chocá-los na minha escolha. Pelo que reflito sobre a maravilha que o Juazeiro representou para toda esta nação romeira, e apenas limitado a sete itens, os meus votos vão para: Basílica Menor do Santuário de Nossa Senhora das Dores; Casarão do Horto; Escola Normal Rural; Estação Ferroviária da Estrada de Ferro de Baturité; Grupo Escolar Padre Cícero; Praça Padre Cícero e Santuário de São Francisco das Chagas. 
(JUANORTE 26.12.2010)
CRESCIMENTO LESTE
Já estamos no ano do Centenário. Há quem dirá que estamos falando isto com o atraso de nove dias, pelo menos. Notícias dizem que bons ventos sopram para o Leste com estas primeiras chuvas. Olhando o mapa do município e as tendências que se observam em torno da ocupação urbana para as bandas de Betolândia, Vila São Francisco, Aeroporto, Brejo Seco, Pedrinhas, Marrocos, São Gonçalo, Sabiá, Touro e outras localidades, é inegável que a cidade cresce nesta direção. Parece que chegou a onda que nos impulsiona para um abraço mais afetuoso a Missão Velha, para completar este aconchego generoso de povo que nos presenteou com parte do seu próprio território, para nos fazermos município, há exatos 100 anos. Quem sabe, não só por este gesto concreto, mas também por este marco simbólico e expressivo, o Centenário, Juazeiro do Norte e Missão Velha passem a ser mais íntimos no seu desenvolvimento, mercê, não de uma reclamação antiga, mas de um novo, moderno e inovador processo de integração por um Cariri maior e melhor. Não faz muito tempo, o modelo de implantação do metrô do Cariri foi apresentado em grande fórum, longe daqui, como algo vitorioso na sua proposta de consolidar núcleos conurbados em vias de uma regionalização metropolitana. Devemos trabalhar para que seja esta a oportunidade de estreitar laços com esta Missão Velha, a quem tanto devemos, trazendo-a, de fato, mais para perto de serviços e facilidades que já são factíveis entre nós. O que se pode ver da cabeça da pista do aeroporto na direção leste não pode ser uma miragem, ao longe, tão poucos quilômetros nos separam. Há muitos anos atrás meu pai me deixou a inveja de ter feito o caminho entre a oficina Linard e o Juazeiro num jipe 54, por estrada que até hoje não conheço. Fiz noutro dia esta travessia pelo Google earth com a sensação de uma navegação fascinante e o gosto de ter desbravado terra desconhecida, até chegar nas proximidades do aeroporto. Nestes anos tenho me perguntado o que fez esta pobre e inexpressiva representação política do Cariri que ainda não tirou este rabisco de projeto de qualquer gaveta do armário da má vontade. O século XXI não comporta mais opções menores como as que se verificaram nas construções de rodovias como a 116 e a do algodão. Infelizmente, ainda hoje, em parte, este foi o modelo que perpetrou o trajeto alternativo da Pe. Cícero, a rodoenganovia de eleitoreiras virtudes, salvo em alguns trechos. Esse Brasil, do já trem-bala, tem que encarar, por seus homens públicos, as demandas mais modestas das médias cidades, por soluções criativas para sua infraestrutura, como a de vias de transporte. Sintomaticamente, é pelos caminhos de Missão Velha que vislumbramos horizonte mais próximo. A ligação entre Missão Velha e o Pecém, em construção, é a porta de uma nova saída para a produção do Cariri. Por isso, louvo a mínima sensibilidade da Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte quando firma parcerias com CEF e o setor privado para estimular a ocupação urbana com moradias populares na região leste do município. Também não era para menos. Com os preços que se praticam a especulação imobiliária entre Juazeiro-Barbalha e Juazeiro-Crato... Agora já pensamos mais alto e para isto necessitamos do concurso de novos líderes comprometidos com estes projetos ambiciosos. O Cariri procura outra vez por visionários, por malucos, por doidos varridos que já colecionamos na história recente desta região, para que tenhamos novamente a ventura de viver as grandes conquistas necessárias ao nosso melhor viver. (JUANORTE 09.01.2011)
JUAZEIRO (I)
Esta semana que passou ficará na história. Por ela, já tínhamos escrito a crônica da tragédia anunciada. O que nos perguntamos se reduz a um simplório questionamento: merecíamos, tudo isto? O que fizemos para merecê-lo? Ouvi de tantos esclarecidos o lamento que a página que não se virou ocorre em meio a uma véspera de centenário. Que centenário é este? Que povo é este? Que política é esta? Que personagens são estas? Que fatos são estes? De tudo nos perguntamos para nos reconhecermos perplexos diante do maniqueísmo a que somos submetidos, sem o menor escrúpulo. Bem se vê que não basta apenas dar um voto consciente. A verdade é que depois da dita diplomação, a delegação se aplica e adeus povo, adeus eleitor. Os que votaram no prefeito atual parecem que ainda são capazes de conceder-lhe a ovação pública, quando uma minoria pede a execração. Onde há o erro? Será que só se deseja dizer que se votou bem e é isto mesmo? Nada mais. Dizem os autos do que já foi escrito: houve roubo e há ladrões. Ou a jurisprudência do Tribunal equivocou-se, digam-nos. Os autos do que está para ser escrito prometem que aí também se falará de roubos, de ladrões, de desonestos e de inocentes “inúteis”. Haverá autos que levem em consideração denúncias de cinismo, de marginalidade, de traição, de corrupção? Ou não se falará de quem “está em casa, guardado por Deus, e contando o vil metal”, como diz o poeta? Pobre gente, esta minha gente simples, ordeira e trabalhadora do Juazeiro... Tão habituada ao apoucamento de suas exigências, como se nos disséssemos que sua felicidade é baratinha. Algo de satisfações menores, como recolher o lixo, não deixar faltar a água, passar o asfalto em frente de casa... Mas, se abusar, pedindo que se construa escola com verba do Fundeb, aí verás que o filho teu não é mais aquele... As imagens que vieram dos fatos dizem que houve convulsão, o inacreditável, o surreal de tão inesperado. Faz-se mergulhar em desânimo e descrença um povo que ainda não reagiu, como deve, à pouca importância que se dá aos seus tristes ais. Aí se sofre, aí se adoece. Esta semana, ainda lhes posso dizer, sofri, adoeci. Dizem que psicologicamente a imunidade caiu, e tudo pode acontecer quando isto ocorre. Tenho tentado viver sem o Juazeiro dentro de mim. Inútil. A ligação é visceral. É íntima demais. E quando não se concilia, há uma batalha intestina. Dolorosa, amarga e perversa. Houve uma batalha, um dia, em que se falava de dois lados: os filhos da terra e os que vieram de fora. Por vezes penso que esta primeira, a minoria degredada de hoje, concedeu por uma santa ingenuidade, o privilégio de uma tutela que nos carregou para um fosso imenso. Pensávamos que isto era passado, não fosse ele hoje o recrudescimento de coisas mal apreendidas, por atos de força que pareciam nos guiar em caminho seguro. Vã ilusão. Já, já estaremos novamente imersos na temporada de uma outra caça à esta crença benfazeja de eleitores incautos, onde estará proibido escolher quem quer que seja por critérios de probidade, de competência, de honestidade e de responsabilidade social. Quem sabe, nosso povo não vai estar lembrado desta gente, inculta e feia, despreparada para a missão e o serviço público. Se um dia contarem essas histórias, tin tin por tin tin, aos netos de nossos netos, talvez ainda se possa lembrar que momentos como os que vivemos recentemente (“deve ser a gota d’água...) nos inspiraram a tristeza e a angústia de uma missa de réquiem. (JUANORTE 2011.01.16)
JUAZEIRO (II)
2010 está se configurando como um ano que não quer terminar. A rigor, ele sempre vai nos remeter ao trauma de ter vivido uma coisa maluca, surreal, quando tantos foram acusados de ladroagem à sombra de generoso joazeiro centenário. A semana seguia, aparentemente em paz, quando eis que de repente, recebemos pelo correio, a remessa do relato sucinto das traquinagens do nosso parlamento tupiniquim. Agora, vamos sabendo que ao lado da troca de insultos que pareciam, de um lado, o esforço do executivo em acobertar o secretário deseducado, não demorou a contundência de averiguações do tribunal, revendo contas mal feitas e mal apresentadas para encobrir uma suposta sucessão de roubalheiras, perpetradas pelos legisladores. A peça se descreve como sendo um Processo, de número 29.164/10, originado no TCM, sobre Tomada de Contas Especial, investigado na CMJN, para o qual se responsabiliza seu presidente José Duarte Pereira Júnior, nos exercícios de 2009 e 2010. Na investigação foram constatadas irregularidades nos seguintes itens: LOCAÇÃO DE VEÍCULOS; AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E DERIVADOS; AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE CONSUMO; AQUISIÇÃO DE PRODUTOS JUNTO À EMPRESA “RAMOM MACHADO DA SILVA–ME”; CONTRATAÇÃO DA EMPRESA “CONSULTEC–CONSULTORIA E ASSESSORIA TÉCNICA LTDA.”; CONTRATAÇÃO DA “BOAVENTURA E LAVOR ADVOGADOS, CONSULTORES E ASSES. LTDA.”; CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PUBLICIDADE; e RETENÇÕES E REPASSES DO IRRF. Oferecendo informações que levam a quantificação do imbróglio, chegamos à soma de mais de 2,7 milhões. Só como exercício aritmético, para verificar a extensão da responsabilidade solidária entre presidente e seus pares, chega-se a um valor, per capita, ao redor de cem mil reais/ano. Evidentemente, os senhores legisladores virão a público, não tenho dúvida, para esclarecer este nosso estado de perplexidade que vai de juízes a pagadores de impostos. Logo vejo que isto não vai demorar para que todos se confessem desapontados, porque, afinal, ninguém sabia disto. Seria uma coisa horrorosa que em meio a este bate-boca que resiste, ainda tenhamos que suportar a revelação descabida de formação de quadrilha. Aí, no Juazeiro de meu santo padrinho, padre Cícero? Não é possível. Não, não é verdade. Isto é coisa de planaltos, nada de planícies. Em passado recente, este estilo, “não sei de nada, não vi nada, não ouvi nada, não conheço ninguém” já foi atribuído até ao presidente da república. Vejam só a leviandade a que se chega. Tomara que tudo isto não passe da ocorrência mais simples de “atecnias”, tal a complexidade de registros contábeis, quase sempre enigmáticos aos não iniciados. Ao confessar-lhe o meu desapontamento diante deste estado de crise em que temos mergulhado, espero que tenha ficado claro que nossa crença se desfaz ao sabor desta manipulação continuada que nos impõem estes ditos representantes, na infidelidade aos votos conquistados. O que me angustia reside na prevalência de uma claque inflamada que não reflete minimamente sobre este destroço com que se quer enterrar esperanças e sonhos por um Juazeiro melhor. Esta claque é absolutamente ignorante e servil, encontrável na manifestação fácil das mesmas ruas sujas, fétidas e esburacadas, na denúncia flagrante da omissão e do descaso de todos. Onde estamos que vamos ainda suportar isto por mais tempo? Já não temos o mesmo ânimo para ir protestar nas ruas com a mesma determinação com que enfrentamos, em outros tempos, o descaminho político alimentado por gente desonesta. Ai de ti Juazeiro, terra de eleitor menopausado, incapaz e incompetente, até para saber o que caçar e o que cassar. 
(JUANORTE 2011.01.23)
JUAZEIRO (III)
Quais são os principais impactos poluentes das águas do Rio Batateiras, que chega ao município de Juazeiro do Norte, para ser apelidado de Salgadinho? Fiz esta pergunta a um técnico da Companhia estadual e a resposta veio depressa: Primeiro - a carga de esgotos domésticos e a contribuição industrial lançado ainda no município de Crato, que não tem nem saneamento nem esgotamento sanitário, através do Rio Grangeiro; segundo – a carga poluente oriunda de frigorífico / curtume / ourivesarias em Juazeiro do Norte, e terceiro – o lançamento clandestino de esgotos domésticos urbanos em JN. O que se disser a mais é de pouca importância neste contexto. Faço esta consideração a respeito de algumas notícias que alinhavam olhares para com a região do riacho, numa expectativa de que ele ainda nos sirva, mais que nos angustie. O povo de Juazeiro do Norte, tutelado pela falta de visão de politiqueiros populistas inconsequentes fechou questão em não querer pagar pelo serviço de tratamento de esgoto. Já abordei isso aqui, estranhando que os números da cobertura da rede de esgoto não é das piores, mas na contra-mão, damos preferência a fossas, e ao lançamento indevido na via pública, do que pagar o legítimo pelo serviço. Se a tarifa não é justa, isto não impede que se faça algum entendimento com respeito a adaptá-la a um critério mais justo, em razão da enorme dificuldade de se custear serviços públicos. Penso, mesmo, que o próprio governo deveria tomar a iniciativa de propor uma estratégia que supere este impasse. Assim, ninguém vai resolver a questão do impacto ambiental sentido superficialmente até várias vezes ao dia, pela fedentina espalhada pela região central e adiante. Por vezes nem somos capazes de estender esta reflexão sobre a repercussão de mais longo custo, especialmente sobre o que nos faz um povo tão dependente de serviços e atenções de saúde. Também é aceitável que a Companhia não se estimule para prover melhorias ao serviço. É um critério cidadão aceitar que os serviços públicos devem ser remunerados. Não há engano nem mistérios. Quem vai pagar a conta? Se disserem que é a viúva, cabe a indagação: e quem sustenta a viúva? Ora, paga-se luz, água, telefone, etc., e por que não esgoto? A revitalização do Salgadinho é um projeto complexo e caro. De nada vai adiantar mexer na bacia do riacho se outras medidas não forem tomadas. Um fato de extrema gravidade vem a propósito que o Granjeiro e o Salgadinho são contribuições que chegam ao Salgado em péssimo estado. Crato e Juazeiro do Norte são as duas cidades que mais contribuem para a poluição do Salgado. Estima-se que pelo menos metade dos dejetos humanos e resíduos industriais destas duas cidades seja despejada no rio. De nada vai adiantar um programa de educação ambiental se não houver uma intervenção séria para revitalizar este trajeto entre os municípios de Crato e Juazeiro. Agora mesmo se fala numa possibilidade de se construir, como obra do Centenário, uma avenida junto à margem direita. Este projeto provavelmente será abortado porque a urgência da festa não vai sensibilizar nem demover a equipe técnica da Semace, a quem cabe licenciar a obra para sua implantação. Ela tem no seu traçado, numa de suas áreas, parte da terra degradada, marginal ao Salgadinho, nas proximidades da Basílica, num certo e chamado santuário de garças, considerado intocável. Bem, mas a questão central do foco na rede coletora e equipamento de tratamento de esgotos no Juazeiro do Norte já deveria ter sido um caso consagrado de eleição prioritária, tal a mazela que representa. A realidade é que estamos começando a aceitar a celebração com uma centena de outras obras, a começar pela número um que foi dedicada ao populismo político-eleitoreiro. Imagine a centésima... (JUANORTE 2011.01.30)
A COMISSÃO (I)
Na audição de uma entrevista pela Rádio Padre Cícero, na última quinta feira (03.02) fiquei sabendo pela viva voz de Diana Barbosa, nova “coordenadora” o que já se configurara informalmente há vários meses: a prefeitura municipal de Juazeiro do Norte desqualificou a primeira Comissão do Centenário, anteriormente constituída, sem pompa e circunstâncias. Suas alegações me pareceram por demais burocráticas e não são aceitáveis. Deve ter havido na última sexta feira uma segunda reunião promovida por esta nova coordenação, com a qual se pretendeu consolidar todas as ações preconizadas para a programação celebrativa do primeiro Centenário de nossa cidade. Nisto, eu como membro nato daquela primeira, e não sendo mais convocado para esta nova fase, nem por ato civilizado, me surpreendi pela desfaçatez com que algumas coisas se verificaram no caminho desta carruagem. No início, o prefeito municipal distinguiu seu tio, Dr. Geraldo Menezes Barbosa, figura que até então eu respeitava, como presidente da dita primeira Comissão. Este ato era frontalmente contrário à minha vontade expressa. Em gesto isolado, felizmente, face ao silêncio dos demais, formalizei de viva voz numa reunião, ainda em 2009, porque me rebelava contra aquele ato, surpreendendo a todos. O futuro presidente se antecipara trazendo ao nosso conhecimento uma minuta de decreto municipal, elaborado pela procuradoria, nomeando-o como tal, para nossa perplexidade. Era nítido o desapontamento de todos e compreensível que o respeito pessoal à criatura os levava a um silêncio respeitoso. Nascia, assim, a organização da Comissão em meio a um ato de pretenso domínio privilegiado, familiar, e por nítido tráfico de influência, contrário à postura do grupo que ainda discutia o modus operandi da Comissão, antes de se firmar em nomes para os cargos de “carregador de piano”, de “penitente de gabinetes”, de “saco de pancadas municipais” e, evidentemente, as demais funções honorárias. A primeira Comissão começou a trabalhar a seu tempo e a tempo hábil para a grande celebração, disto não reclamamos. A própria abertura da temporada de dois anos de comemorações, havida em 18.07.2009 – quando o centenário de O Rebate foi lembrado, até preconizava uma jornada imensamente produtiva e animadora para a festa que se desejava realizar. Um mínimum minimorum de facilidades, felizmente, foi concedido para que pudéssemos realizar uma lista enorme de eventos entre encontros com comunidades, viagens, relações com empresários, instituições, grupos expressivos da sociedade, de clubes de serviços, instâncias políticas (Fortaleza e Brasília). A pauta resultante configurou um elenco expressivo de obras estruturantes, com verbas aparentemente generosas. Íamos colecionando promessas e algumas, digamos, até muito sérias e convincentes, que já somavam recursos de mais cem milhões nas costas de dinheiros ministeriais, boa vontade do governador Cid Gomes, Programa de Aceleração do Crescimento II, para os quais contribuíram expressivamente as gestões pessoais de grandes amigos de Juazeiro do Norte. As maiores obras que prevíamos para o Centenário eram de pequeno número, mas um conjunto valioso para nossas demandas e expectativas de soluções para crônicos problemas urbanos. Só Deus sabe o que ainda tivemos de agüentar para corrigir certos rumos, renunciando a algumas propostas que estavam formuladas, depois da grande escuta que nos impusemos para buscar do seio desta gente o que seria a dimensão exata de uma festa como poucas. Continuarei. (JUANORTE 2011.02.06)
A COMISSÃO (II)
Desde o início das atividades da primeira Comissão do Centenário foi reclamado à municipalidade um mínimo de condições para que tantas demandas fossem atendidas. Um local para se reunir, papel para preparar os planos (nesta época não sabíamos que a Câmara gastava tanto papel inutilmente). As mínimas condições com reuniões só aconteceram porque eu estava dirigindo o Memorial. Não havia dinheiro, de espécie nenhuma. Era uma ilusão programar um Centenário às custas de promessas de deputados. Dos estaduais, disseram aí no Memorial, um dia, que só na feitura do orçamento para 2011. Sonho de uma noite de verão. Foi um banho de água muito fria. Dos federais até hoje criticam que só José Nobre tenha tido a sensibilidade de nos acompanhar nos gabinetes brasilianos. Ficou tão acintoso que um dia começaram a falar de Pacto pelo Centenário. Na verdade, a estratégia era outra. Era usar o Centenário para resolver outras questões político-partidárias, cujas diferenças geravam bate-bocas sobre quem ainda não destinara nenhum tostão para a terra dos milagres. Da parte da PMJN havia o compromisso de uma mensagem à Câmara para destinar parte do IPTU, como financiador dos gastos da empreitada. Em que ficou? O gato comeu. Idéias? Tinha muito mais de 200. Havia umas que só Deus realizaria. Mas a nossa missão era acolhê-las, sem discriminação qualquer. De que valeria falar aos setores que queremos manifestações, sugestões, se já ridicularizamos. Ridicularia tivemos que agüentar quando algumas destas idéias chegavam às altas esferas do executivo. “–Que história é esta de fazer rancho pra romeiro? Deixem isto para a iniciativa privada. Fazer para depois entregar, por privatização?” E lá se foi o Rancho Mons. Murilo, abortado no ridículo daquele momento. Portais da cidade? Que coisa mais cafona esta de encher (eram 5) esta cidade com estas coisas bestas e démodé? Bom, deixa pra lá. Agora, se tem a nítida impressão que os melhores itens reunidos naquela programação foram abandonados. Agora falam de cem obras. Como é um número cabalístico, vale tudo como a rótula do Rubão. Mas a rótula do Rubão não foi pedida pelos que nos deram a honra de dizer como seria o Centenário. Ninguém pediu fonte luminosa, senão que a Praça tivesse a sua restaurada. Pouca vergonha. Então, só tem sentido falar numa nova programação, porque é deste modo que se abandona o que foi pensado, para fazer o possível sob o mesmo rótulo. Posso lhes falar, especialmente, de uma seção deste elenco com o qual se desejava marcar, culturalmente, estas celebrações. Elaboramos, exclusivamente, com o apoio de Daniel Walker, José Carlos dos Santos e Renato Dantas, um programa editorial que seria negociado com instituições como os governos federal e estadual, UFC, BIC, BNB, FBB, CEF, etc. Cresceu uma lista de até 100 obras que seriam editadas, gradualmente. Isto está em curso com algumas ações: A UFC se comprometeu com a PMJN a reeditar, partilhado, o livro O Patriarca de Juazeiro, de Mons. Azarias Sobreira; a URCA está honrando a reedição de dois volumes (Efemérides do Cariri, de Irineu Pinheiro e Joaseiro do Padre Cícero, de Floro Bartholomeu da Costa), e o BNB deve assinar convênio com o Memorial Padre Cícero para que sejam reeditados e editados velhos títulos e novos estudos acadêmicos. O desprendimento dos que trataram deste objetivo tem sido exemplar. Poucos sabem o que isto representa de trabalho voluntário para mediar este propósito, pelo amor ao Juazeiro e a estima pessoal aos 20 autores. Espero, sinceramente, que para a finalização deste intento não haja mais nenhum atropelo. (JUANORTE 2011.02.13)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI


CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na quintas feira, dia 19, às 19:30 horas, dentro da sessão GRANDES FAROESTES, o filme MATAR OU MORRER (High noon, EUA, 1952, 85 min). Direção de Fred Zimmermann. Sinopse: Will Kane (Gary Cooper) é um xerife que fica sabendo na hora de seu casamento que ao meio-dia chegará um trem trazendo Frank Miller (Ian MacDonald), um criminoso que mandou para a cadeia e planeja se vingar. Apesar de Amy (Grace Kelly), sua noiva Quaker, argumentar que devem ir embora, ele acha que fugirá para sempre se não enfrentar a situação. A população (com raras exceções) se refugia sem ajudá-lo, apesar dele pedir aos cidadãos para enfrentarem o pistoleiro e seus cúmplices.

CINEMA (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões de cinema, com entrada gratuita, exibe no dia 20, Sexta feira, às 18:00 horas, o filme PADRE CÍCERO: OS MILAGRES DO JUAZEIRO (Brasil, 1975, 118 min). Direção de Helder Martins de Morais. Sinopse: A primeira metade da vida e da obra religiosa da figura polêmica e excêntrica de Cícero Romão Batista, mais conhecido como Padre Cícero, um padre que sempre exerceu suas funções às margens das diretrizes da Igreja Católica, tornando-se um personagem político influente e um líder religioso fervorosamente adorado por milhões de fiéis até os dias de hoje.
CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita, exibe no próximo dia 20, sexta feira, às 19 horas, o filme RATATOUILLE (Ratatouille, EUA, 2007, 110 min). Direção de Brad Bird. Sinopse: Paris. Remy (Patton Oswalt) é um rato que sonha se tornar um grande chef. Só que sua família é contra a ideia, além do fato de que, por ser um rato, ele sempre é expulso das cozinhas que visita. Um dia, enquanto estava nos esgotos, ele fica bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau (Brad Garrett). Ele decide visitar a cozinha do lugar e lá conhece Linguini (Lou Romano), um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar e precisa manter o emprego a qualquer custo. Remy e Linguini realizam uma parceria, em que Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini e indica o que ele deve fazer ao cozinhar.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe na sexta feira, dia 20 às 19:30 horas, dentro da sessão FILMES INESQUECÍVEIS, o filme O CONDE DE MONTE CRISTO (The Count of Monte Cristo, EUA, 1934, 113 min). Direção de Rowland V. Lee. Sinopse: Edmond Dantes (Robert Donat) é um marinheiro que tinha recebido há pouco uma promoção e estava a ponto de se casar a bela Mercedes (Elissa Landi). Raymond de Villefort Jr. (Louis Calhern), Fernand de Mondego (Sidney Blackmer) e Danglars (Raymond Walburn), todos secretamente partidários do deposto Napoleão (Paul Irving), fizeram de Dantes um bode expiatório em uma trama envolvendo Bonaparte. Embora inocente, Dantes foi preso e condenado à prisão perpétua no Chateau d'If, que era praticamente à prova de fugas, pois ficava em uma ilha. Ele padeceu durante anos neste presídio, tentando manter a esperança, mas envelheceu rapidamente em virtude dos maus tratos e da pouca comida. Em sua horrível solitária ele ficou sabendo que Villefort ficou ainda mais importante, Mondego casou com sua noiva e Danglars ajudou na sua condenação, para favorecer sua ascensão na carreira naval. Um dia Dantes houve uma batida na parede da sua cela e começa a cavar com uma colher. Dantes remove uma pedra e acha outro prisioneiro, Faria (O.P. Heggie). Os dois começaram a cavar um túnel juntos e, enquanto trabalhavam, Faria deu a Dantes seu vasto conhecimento acadêmico, que incluía a localização secreta de um grande tesouro de piratas na ilha de Monte Cristo. Quando Faria morreu, Dantes enterrou o corpo dele em um túnel e então tomou o lugar dele dentro do saco, onde deveria estar o corpo de Faria. Depois que o saco foi lançado no oceano Dantes lutou para se libertar e acabou sendo ajudado por piratas, para quem retribuiu o auxílio. Eles o levam até Monte Cristo, onde acha o fabuloso tesouro e se torna imensamente rico, se intitulando Conde de Monte Cristo. O porte dele e a coragem de intelectual, aprendidas com Faria, o ajudaram em estabelecer sua nova identidade. Mas, apesar de todo o dinheiro e poder que possuía, só vingança existia nos planos de Dantes. Entretanto ele não desejava simplesmente matar aqueles que o traíram e sim fazer que seus inimigos perdessem tudo que tinha, do mesmo jeito que aconteceu com ele.
CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 21, sábado, às 17:30 horas, o filme TRÊS ENTERROS (The three burials of Melquiades Estrada, EUA/França, 2005, 121 min). Direção de Tommy Lee Jones. Sinopse: Pete Perkins é o capataz de um rancho no Texas. Quando seu melhor amigo Melquiades Estrada é morto e enterrado, ele decide fazer com que um dos assassinos o ajude a desenterrar o corpo e levá-lo para sua família no México, cumprindo assim com uma promessa feita a Estrada. 
A SEMANA NA HISTÓRIA DE JUAZEIRO (IX)
Estamos continuando a publicação de efemérides da história de Juazeiro do Norte, agora em sua segunda edição, referente aos dias 15 a 21 de Julho.
15 de Julho de 1911: Uma semana antes da promulgação da Lei que criou a Vila de Joazeiro, a comunidade, tendo à frente os seus líderes Pe. Cícero Romão Baptista e Floro Bartholomeu da Costa, bem como muitos outros influentes comerciantes aqui sediados, escolheram o primeiro Conselho Municipal da Vila de Juazeiro, constituído dos seguintes membros: Efetivos: Major Fenelon Gonçalves Pita, João Bezerra de Menezes, José Eleutério de Figueiredo, Raimundo Nonato de Oliveira (Natim) (bisavô do atual governador do Ceará), Tenente-Coronel Cincinato José da Silva, Manoel Vitorino da Silva, Ernesto Rabelo (Farmacêutico), Fausto da Costa Guimarães. Membros Suplentes: João Gonçalves Sobreira, José Xavier de Oliveira, José Julio Carneiro, João Duarte Pinheiro, José Alves da Silva, Pedro Fernandes Coutinho, Firmino Teixeira Lima e João Batista de Oliveira. Essa escolha se antecipava numa prévia para a eleição da primeira Câmara Municipal do município.
16 de Julho de 1890: Em viagem o Pe. Cícero Romão Baptista chega a Fortaleza, atendendo um chamado do Bispo do Ceará, D. Joaquim José Vieira. Pe. Cícero é alvo de manifestações públicas de júbilo e curiosidade do povo da Capital. Essa convocação de D. Joaquim se prendia à repercussão que havia causado em certos setores da sociedade fortalezense, com respeito ao depoimento do médico Dr. Madeira, um dos que haviam participado na averiguação sobre o estado de saúde da beata Maria de Araújo, após os fatos extraordinários das transformações das hóstias dadas em comunhão às devotas. E, evidentemente, havia uma expectativa de que o Bispo da Diocese era instado a oferecer esclarecimentos.
17 de Julho de 1890: O Pe. Cícero Romão Baptista responde em Fortaleza o questionário ou “Auto de Perguntas” que lhe foi apresentado por D. Joaquim José Vieira, Bispo da Diocese, jurando com a mão direita num dos Santos Livros do Evangelho, dizer a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado”. Testemunhas presentes: D. Joaquim, Bispo Diocesano, Mons. Hipólito Gomes Brasil, Vigário Geral; Pe. Clycério da Costa Lobo, secretário ad-hoc. Este documento é peça fundamental para a compreensão dos fatos que aconteceram a partir de março de 1889 e é bastante longo e transcrito em diversos livros que tratam da história de Juazeiro, especialmente referindo-se ao seu Patriarca.
18 de Julho de 1909: O Pe. Joaquim de Alencar Peixoto funda em Juazeiro o “O Rebate” jornal que em suas edições assim se denominava: “Jornal pioneiro, fundado com o propósito da emancipação política da vila do Joaseiro do Cariry; Data de Circulação (Primeiro Número): 18.07.1909; Data de Encerramento (Última edição): 03.09.1911; Redator Chefe: Pe. Joaquim Marques de Alencar Peixoto, Gerente: Felismino de Alencar Peixoto; Colaboradores: Floro Bartholomeu da Costa, José Joaquim Telles Marrocos, Adolphe Achille van den Brule (Conde), Manoel Soriano de Albuquerque, Leandro Gomes de Barros; Redação, Gerência e Typographia: Rua Padre Cícero, 343 (Atualmente, imóvel sob a numeração 207); Dimensões: 38,0 cm x 50,0 cm; Periodicidade: semanal; Veiculação: Venda, assinatura e distribuição gratuita. Foram 104 edições. Coleções incompletas poderão ser consultadas tanto na Universidade da Flórida, quanto na Biblioteca Nacional, através dos seguintes endereços eletrônicos: 
19 de Julho de 1909: Um dos grandes personagens da história do Cariri, sem dúvida alguma foi José Joaquim Telles Marrocos. No início do século passado era um caririense como poucos: trabalhava incansavelmente pelo desenvolvimento das três cidades. Tinha escolas e jornais nas três cidades. Pela grande afinidade com seu primo, Pe. Cícero era particularmente dedicado ao Juazeiro. Para se conhecer um pouco mais sobre essa figura extraordinária, vejamos o texto de uma pequena carta que Marrocos escreve de Barbalha, nesta data, ao seu amigo de tantos anos, Pe. Cícero: “Todo o sábado (17 de julho de 1909) passei à espera da participação da festa inaugural da imprensa do Juazeiro; queria selar com minha humilde assistência o novo progresso duma terra que sempre foi de minha estima e por cuja prosperidade trabalhei o pouco que me foi possível. Esperei em vão e desapontado senão muito contrariado, assumi outros compromissos... em todo caso muito senti, não ter testemunhado o novo progresso do Juazeiro, mas creia-me que não sou nem posso ser-lhe indiferente e daqui mesmo exclamo: Viva o Juazeiro”.
20 de Julho de 1934: Faleceu em Juazeiro o Pe. Cícero Romão Batista, às 6h:30min, após 5 dias de grandes padecimentos. Às duas horas da manhã, recebeu o viático e a extrema Unção, oficiados pelo Vigário, Mons. Pedro Esmeraldo da Silva. Uma das mais expressivas manifestações, narrando o que aconteceu naquele dia foi elaborada pelo jornalista Lourival Marques de Melo, nos seguintes termos: “Acordei pelo tropel de gente que corria pela rua. Fiquei sem saber a que atribuir aquelas carreiras insólitas. Quando cheguei à janela tive a impressão de que alguma coisa monstruosa sucedia na cidade. Que espetáculo horroroso, esse de milhares de pessoas alucinadas, correndo pelas ruas afora, chorando, gritando, arrepelando-se... Foi então que se soube... O Padre Cícero falecera... Eu, sem ser fanático, senti uma vontade louca de chorar, de sair aos gritos, como toda aquela gente, em direção à casa desse homem, que não teve igual em bondade e nem teve igual em ser caluniado. 
Um caudal de mais de 40 mil pessoas atropelava-se, esmagava-se na ânsia de chegar à casa do reverendo. O telégrafo transbordava de pessoas com telegramas para expedição, destinados a todas as cidades do Brasil. Para fazer ideia, é bastante dizer que só em telegramas, calcula-se ter gasto alguns contos de réis. Logo que os telegramas mais próximos chegaram ao destino, uma verdadeira romaria de dezenas de caminhões superlotados, milhares e milhares de pessoas a pé, marcharam para aqui. Joaseiro viveu e está vivendo horas que nem Londres, nem Nova Iorque viverão jamais... O povo, uma onda enorme, invadiu tudo, derrubando quem se interpôs de permeio, quebrando portas, passando por cima de tudo. Pediu-se reforço à polícia, mas o delegado recusou, alegando que o Padre era do povo e continuava a ser do povo. 
Arranjaram, no entanto, um meio de colocar o cadáver exposto na janela, a uma altura que ninguém pudesse alcançar e, durante todo o dia, várias pessoas encarregaram-se de tocar com galhos de mato, rosários, medalhas e outros objetos religiosos, no corpo, a fim de serem guardados como relíquias. Milhares de pessoas continuavam a chegar de todos os pontos, a pé, a cavalo, de automóvel, caminhão, de todas as formas possíveis. 
Quatro horas da tarde... Surge no céu o primeiro avião do exército. Depois outro. Lançam-se de ponta para baixo, em voos arriscadíssimos, passando a dois metros do telhado da casa do Padre Velho. Duram muito tempo os voos. É a homenagem sentida que os aviadores prestam ao grande vulto brasileiro que cai... Desceram depois no nosso campo, vindo pessoalmente trazer uma riquíssima coroa, em nome da aviação militar. 
A cidade é uma colmeia imensa; colmeia de 60 mil almas, aumentada por mais de 20 mil, que chegaram de fora. Nenhuma casa de comércio, de gênero algum, barbearias, cafés, bares, nada abriu. A Prefeitura decretou luto oficial por três dias. O mesmo imitaram as cidades do Crato, Barbalha e outras. Todas as sociedades e sindicatos têm o pavilhão nacional hasteado a meio-pau com uma faixa negra, em funeral. (20 de julho de 1934).”
21 de Julho de 1934: Foi sepultado no dia 21, após a missa na Matriz e as demais cerimônias religiosas. Multidão enorme, calculada em 70 mil pessoas, acompanhou o corpo, chorando até a capela do Socorro, no Cemitério. Está sepultado ao pé do altar. O prefeito decretou luto oficial por três dias. Um avião vindo da base Aérea de Fortaleza, fez evoluções pela cidade fazendo cair uma coroa mortuária, homenagem dos seus amigos ausentes.
ESTUDOS ACADÊMICOS (VI)
Estamos continuando a publicação de informações sobre a produção acadêmica enfocando problemas educacionais, culturais, religiosos e econômicos da cidade de Juazeiro do Norte. Desejamos dar um pouco mais divulgação sobre essas relevantes contribuições para nosso desenvolvimento.
Título: Formação de Professores (as) Ruralistas em Juazeiro do Norte (CE) (1934-1973): Um Projeto Emancipatório;Autoria: Pedro Ferreira Barros; Tese de Doutorado; Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC), 2011; Resumo: O objetivo principal deste trabalho é conhecer como a formação recebida da Escola Normal Rural de Juazeiro – ENRJ contribuiu para a conquista de espaços de emancipação por alunas nas suas trajetórias de vida, para identificar práticas educativas e culturais usadas, que possam iluminar o processo de educação das gerações presentes contribuindo para a elaboração de políticas públicas. Para este fim foi enfocado o período de 1934 a 1973, tempo durante o qual foi desenvolvida nos níveis descritivo e explicativo como estudo de caráter sócio-antropológico e histórico, numa abordagem fenomenológica na perspectiva da etnometodologia. Os sujeitos da pesquisa foram professoras formadas pela ENRJ. Na execução do trabalho de campo foram colhidas através de entrevistas semi-estruturadas quatro relatos histórias de vida de ex-alunas formadas nos anos de 1938, 1942, 1950 e 1959, e, cinco depoimentos de ex-alunas, gravados do arquivo da Sala de Memória Amália Xavier de Oliveira, datada de 2009, narrando memórias de suas vivências na família, escola, sítios, cidades e práticas profissionais, os quais, como resultados da pesquisa foram analisados para resposta à pergunta central que relaciona formação e emancipação. Foram usadas fontes de outras naturezas como: registros escolares, discursos de autoridades, professores e alunos, e a fonte hemerográfica. No percurso teórico-metodológico a oralidade é destacada como importante fonte de pesquisa. Coloca-se, por este meio, no âmago da história educacional cearense de meados do Século XX, a mulher, a educadora, a professora normalista, sua formação ruralista em Juazeiro do Norte e a questão da sua emancipação pela educação e pelo trabalho. 
Título: Gestão da Imagem Organizacional da Biblioteca Pública na Sociedade da Informação: As Bibliotecas Polos do Estado do Ceará; Autoria: Maria Cleide Rodrigues Bernardino; Tese de Doutorado; Instituição: Universidade de Brasília (UnB), 2006; Resumo: Investiga a imagem organizacional da biblioteca pública a partir das variáveis propostas por Justo Villafañe, autoimagem (imagem que a organização tem de si mesma), imagem intencional (imagem que a instituição projeta para o público) e imagem funcional (estrutura tecnológica e comercial da instituição). A pesquisa se dá nas bibliotecas públicas do Estado do Ceará, especificamente nas bibliotecas polos, que é um projeto de descentralização da coordenação do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Estado do Ceará - SEBP/CE. Tem o objetivo de identificar a imagem organizacional da biblioteca pública no Ceará, revelando sua imagem pública na sociedade da informação. Tendo como pressuposto a hipótese que esta deve atuar significativamente na sociedade da informação, entretanto, construiu uma imagem de descaso e abandono, amparada pelos questionamentos: qual a imagem da biblioteca pública do Estado do Ceará na sociedade da informação? Qual a mudança operacional na imagem da biblioteca pública do Estado do Ceará, a partir da criação das bibliotecas polos? Como as bibliotecas públicas do Estado do Ceará se veem? Como essas bibliotecas se projetam para a comunidade usuária? Como essas bibliotecas estão estruturadas tecnologicamente e comercialmente? E como se relacionam com a comunidade usuária? O modelo conceitual se baseia nas Teorias da Gestalt (Psicologia) e Institucional (Administração), para a construção do campo organizacional da biblioteca pública. A metodologia é alicerçada no método dialético e nos métodos de procedimento comparativo – a partir do isomorfismo mimético (teoria estruturalista) –, e método monográfico e funcionalista (representação imagética da biblioteca pública). O delineamento foi a partir de uma pesquisa quali-quantitativa em quatro etapas e a mensuração dos dados coletados por meio da Escala de Likert, do modelo de quantificação adaptado de Villafañe e pela análise de conteúdo. Por fim, a investigação revelou uma imagem negativa da biblioteca pública na sociedade da informação no Estado do Ceará e as bibliotecas polos não representou nenhuma mudança organizacional para o SEBP/CE.
Título: Espaço, Indústria e Reestruturação do Capital: A Indústria de Calçados na Região do Cariri - CE; Autoria: Fábio Ricardo Silva Beserra; Dissertação de Mestrado; Instituição: Universidade Estadual do Ceará (UECE), 2007; Resumo: Em Espaço, Indústria e Reestruturação do Capital: A Indústria de Calçados na Região do Cariri – CE, analisa-se o processo de formação e desenvolvimento da indústria de calçados na Região do Cariri, localizada ao sul do Estado do Ceará. Esta indústria tem sua origem a partir da segunda metade do século XIX, em moldes artesanais e utilizando o couro como matéria-prima principal. Nos dias atuais a Região alcança destaque nacional, situando-se entre os três maiores produtores calçadistas do País e tendo sua produção distribuída por diversos lugares do mundo. A investigação privilegia os últimos 20 anos, Nesse período, a produção calçadista é alvo de uma sensível expansão, associada a uma série de transformações. A análise se propõe crítica e tem como perspectiva entender a indústria como atividade produtiva capaz de transformar o conteúdo do espaço geográfico. Este espaço é visto não como um palco da atividade humana, mas como uma produção histórica e social, condição e meio de toda a atividade humana. Este espaço é produto das relações alicerçadas na divisão do trabalho, vigente no sistema sociometábolico do capital. Nossos procedimentos metodológicos buscaram dar conta de registros, dados, indicadores, entre outros, elementos que foram fundamentais para a escolha das decisões, hipóteses e técnicas adotadas. Ainda foram realizadas entrevistas com alguns dos principais agentes do processo analisado. Também foram indispensáveis às pesquisas de natureza empírica, nas quais, com a apreensão da paisagem, pôde-se seguir na análise da produção do espaço regional caririense. Deste modo, o contato com a realidade pesquisada foi um instrumento metodológico fundamental no sentido de resistir à tentação de esquecer o conjuntural em nome de uma leitura generalizante. Acredita-se, ao realizar esta pesquisa, contribuir para o entendimento da realidade do Ceará, sobretudo no que concerne à atividade industrial e nas novas configurações do espaço cearense que essa atividade produz. Certos de que a discussão está longe de ser esgotada, a torcida é para que este trabalho auxilie no avanço das pesquisas analíticas sobre os rumos que tomam a industrialização no território cearense.
Título: Os Benditos Populares em Juazeiro do Norte: Vozes Ecoantes do Discurso Religioso; Autoria: Natália Brito Bessa; Dissertação de Mestrado; Instituição: Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 2008; Resumo: O presente estudo discute as relações entre o discurso, a história e a memória, a partir dos cânticos religiosos conhecidos como Os Benditos do Padre Cícero, na cidade de Juazeiro do Norte – CE; analisa os sentidos produzidos na prática discursiva da oralidade popular, sendo este viés oral da linguagem o principal meio de transmissão desses discursos religiosos. Os olhares compreendem, ainda, como os benditos religiosos constituem a cultura popular local, revelando sentidos e manifestações típicas daquele povo. O material de pesquisa constitui-se, essencialmente, dos benditos populares cantados pelos benditeiros do lugar, além de entrevistas com outras pessoas da comunidade, autoridades religiosas e pessoas devotas do Santo nordestino. A coleta de dados foi realizada, principalmente, pela observação da manifestação cultural das crianças benditeiras; consulta e análise de documentos de diversas modalidades: biografias sobre o Padre Cícero, publicações referentes ao “milagre” em Juazeiro do Norte, fotografias. Entretanto, o foco principal da investigação foi a observação da entoação dos benditos por parte dos meninos ali inseridos. A análise deste material procurou elucidar os sentidos da história que circulam nos benditos do Padre Cícero; analisa os aspectos referentes à memória histórica, reativada pelos sujeitos, nesta comunidade narrativa; discute a relação entre a língua, a cultura popular e história cotidiana, a partir das práticas discursivas dos sujeitos pelos discursos dos benditeiros; reconhece momentos significativos da história religiosa de Juazeiro do Norte, a partir da narrativa dos benditos, além de disponibilizar o registro destes, visto que os mesmos não têm registro oficial nenhum. Os fundamentos teórico-metodológicos que nortearam a pesquisa basearam-se nos estudos da Análise do Discurso, de orientação francesa, especialmente os postulados de Michel PÊCHEUX, Mikhail BAKHTIN e Michel FOUCAULT. Outras fontes de estudos também fundamentaram este estudo, a exemplo de LE GOFF, Walter BENJAMIN, Michel DE CERTEAU, dentre outros, no campo da história e cultura popular. Outras contribuições significativas para a pesquisa foram os estudos de Ecléa BOSI sobre as relações existentes entre a memória e a sociedade, além dos escritos de Sebe Bom MEIHY sobre a história oral, recurso metodológico principal utilizado para a coleta de dados. Constatou-se, pela presente investigação, que as narrativas orais dizem muito sobre a história cotidiana e as práticas culturais de um lugar, nesse caso, relembradas pelos discursos ideológicos, convertidos na construção de sentidos que emanam dos benditos do Padre Cícero.
Título: Padre Cícero Sociologia de um Padre Antropologia de um Santo; Autoria: Antônio Mendes da Costa Braga; Tese de Doutorado; Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2007; Resumo: Um dos maiores santos de devoção popular no Brasil – principalmente no Nordeste -, Padre Cícero Romão Batista foi e continua sendo um personagem capaz de suscitar muitas polêmicas dentro da Igreja Católica e no meio acadêmico brasileiro. É objeto de diversas pesquisas e sua vida suscita as mais diferentes interpretações. Inserindo-nos dentro do universo de estudos e debates acadêmicos que tem Pe. Cícero e sua devoção como temática, neste trabalho procuramos analisar sua vida e trajetória social, assim como o processo através do qual ele se converteu num importante líder religioso e, subsequentemente, num santo de devoção popular. O trabalho se inicia com uma análise de sua trajetória e vida social desde sua infância, passando por sua formação sacerdotal, sua ordenação, sua decisão de tornar-se capelão de Juazeiro do Norte e seus primeiros dezoito anos de capelania naquele povoado. Num segundo momento abordamos como o evento conhecido como o “milagre de 1889” influenciou e teve conseqüências para sua vida e a do Juazeiro, transformando esse lugar num importante centro de peregrinação no Nordeste e Pe. Cícero num grande líder religioso no Brasil das primeiras décadas do século XX. Interessa-nos também compreender como se desenvolveu a relação de Padre Cícero com seus seguidores – usualmente conhecidos como romeiros ou afilhados – pelos quais passou a ser tratado como o Padrinho Cícero. Por fim analisamos como se desenvolveu após sua morte o culto a sua santidade, notadamente em torno do Juazeiro sagrado e de suas romarias.

NEZINHO PATRÍCIO, IN MEMORIAM
Ao me presentear com esta nova edição da A Província Editora, dirigida exemplarmente por Jurandy Temóteo, Armando Lopes Rafael já me assegurou que a obra será lançada em Crato no próximo mês de setembro. Trata-se de um belo trabalho de Manuel Patrício de Aquino, com o título de Alguma Coisa (Poemas, Contos e Versos) que será dada a conhecer ao público neste belo trabalho gráfico, com grandes requintes de composição, diagramação e ilustração. Deverá ser, sem dúvida uma grande homenagem ao Nezinho que muito se empenhou para manter uma ação cultural voltada para a tradição de qualidade dentre os intelectuais do Cariri. Nezinho nasceu em Crato, em 04.09.1941, e faleceu também em Crato, em 23.05.2016, pouco antes de completar 75 anos de vida. Dirigiu o Instituto Cultural do Cariri (ICC) e nos seus três mandatos prestou um enorme serviço à instituição que dirigiu, bem como à comunidade do Cariri. Agradeço a Armando Lopes Rafael a gentileza do presente, pois já me permitiu conhecer mais a fundo a volumosa e expressiva produção de Manuel Patrício de Aquino.
CIDADÃO JUAZEIRENSE

Mais um cidadão é distinguido com a honraria de Cidadão Juazeirense. Vejamos o ato: RESOLUÇÃO N.º 911, de 03.07.2018. Concede Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. O Presidente do Poder Legislativo de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo, a seguinte Resolução: Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor MÁRIO GOMES DA SILVA, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Art. 2.º - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3.º - Revogam-se as disposições em contrário. Sala das Sessões da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 03 (três) dias do mês de julho do ano de 2018. Glêdson Lima Bezerra, Presidente. Autoria: Glêdson Lima Bezerra; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva, Paulo José de Macêdo, Damian Lima Calú; Subscrição: Rubens Darlan de Morais Lobo, José Barreto Couto Filho, Francisco Demontier Araújo Granjeiro, Antônio Vieira Neto, José David Araújo da Silva, Márcio André Lima de Menezes, José Adauto Araújo Ramos, Valmir Domingos da Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, Jacqueline Ferreira Gouveia, Auricélia Bezerra, Rita de Cássia Monteiro Gomes.