sábado, 25 de abril de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
147: (24.04.2015) Boa Tarde para Você, Rozelia Costa 
Celebro neste abril de 2015 os quarenta e nove anos de uma das mais prazerosas e fascinantes atividades que já pude encarar como hobby, colecionando compulsivamente, em todos estes anos, velhas fotografias que nos mostram pessoas, fatos e lugares desta mui amada cidade. Jamais imaginaria naquela época que chegaria hoje juntando mais de trinta mil imagens, a partir daquele presente simpático de Raymundo Gomes de Figueiredo, uma criatura muito amiga de meu pai, que me deixou este grande estímulo para constituir esse autêntico museu da imagem. Faço esta pequena revelação a você, Rozelia, porque vem desta data a minha mais completa admiração por fotógrafos, profissionais ou amadores, que tanto tem contribuído e muitíssimo com o registro histórico da nossa evolução, produzindo e guardando imagens que se eternizam. Quando recorro ao arquivo, vou relembrando nomes como Campello Júnior, o primeiro que talvez tenha aportado por aqui como fotógrafo ambulante, ainda no final do século XIX, para se seguir mencionando Lauro Cabral de Oliveira, Floro Bartholomeu da Costa, Adolphe Achille van den Brule, Benjamim Abraão Botto, Antonio Xavier de Oliveira, Edward McLain, Raymundo Gomes de Figueiredo, Francisco Targino, Raimundo Gonçalves, Roberto Piancó, Rosalvo de Souza, Roberto Bulhões, Demontier Tenório, Sérgio Bade, Tiago Santana, Nívia Uchoa, Elizângela Santos, Daniel Walker, Angela Moraes, Normando Sóracles, Serena Moraes, até chegar em você, Rozelia Costa. Em citar, pretensamente, todos a partir dos mais notórios, cometi seguramente algumas injustificadas omissões, fruto desta tentativa natural de não esquecer qualquer um destes quase anônimos que nos legaram lindas imagens desta terra surpreendente, captadas por suas lentes. Lindas e surpreendentes imagens desta terra, como as suas que encontro na rede social ou no site da nossa Basílica, algumas já figurando até com sua assinatura, personalizando esta modernidade do seu olhar por sobre o ambiente desta terra de milagres. Gostaria de lhe dizer, Rozelia, e agradecer principalmente, pelo quanto tem sido isto importante na contínua formação deste acervo que eu espero atravesse séculos, não apenas pela reportagem cotidiana do noticiário, mas pela documentação de uma época que isto encerra. Alguém já se antecipou ao que poderíamos dizer sobre seu trabalho, do que temos percebido em suas imagens, para dizer com muita fidelidade que como profissional, você é “gente que fotografa com amor”. Permita-me que lhe diga que apenas na superficialidade do meu sentimento mais incontido, eu enxergo o valor de seu trabalho como a demonstração sincera de que a sua lente capta e nos revela o quanto você se aproxima do fato, abrindo nossa imaginação e provocando emoções. E isso é tão importante, como no caso do seu registro sobre romarias, pois grande parte do valor destas fotografias está no quanto elas parecem congelar aquela realidade do momento, do tempo e do espaço, para que sigam comunicando e provocando interpretações. A fotografia é esse testemunho de uma época, algo que parece nos confundir entre realidade e ficção, uma arte que não depende essencialmente da tecnologia do momento, pois através dos tempos teremos com certeza uma fonte de luz, uma lente e uma superfície para revelar imagens. Das coisas que desconfio, Rozelia, uma destas é enxergar no seu trabalho essa ultrapassagem necessária do registro temporal para além do fato, do objeto fotografado, para que a imagem construa novas molduras e guarde o tempo em que se fez, na instantaneidade daquele clic. Vários dos velhos fotógrafos do Juazeiro tiveram a sensibilidade de por o seu olhar sobre o fato histórico que se vivia e terminaram por eternizar, por exemplo, preciosas imagens do nosso Patriarca e dos momentos mais relevantes que importaram na construção de nossa história. O que vejo no seu trabalho, Rozelia e com ele me emociono, não difere desta linguagem visual que parece se munir de todos os nossos sentimentos, pelos sons, pelas cores, para compor em cada imagem uma pequena obra de arte, com a mesma força com que gostaríamos de parar o tempo. Quero parabeniza-la por tamanha dedicação e zelo profissional, fatos que revelam a grande natureza de sua visão de mundo.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 24.04.2015)

A FARRA DO BOI: PARAÍSO DO TUIUTI, 2016
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso do Tuiuti (foto) é uma escola de samba sediada no município do Rio de Janeiro. Teve origem no Morro do Tuiuti, situada no bairro de São Cristovão. 
A Paraíso do Tuiuti anunciou o enredo que levará para o Carnaval 2016. "A Farra do Boi" vai contar a história do Brasil pitoresco, uma passagem da história no interior do Ceará, conhecida por poucos, onde o Padre Cícero ganha de presente um boi zebu, que foi batizado pelo nome de mansinho e ficou conhecido por ser um boi milagreiro. Através de seu mugido forte, ele trouxe a chuva ao sertão. Posteriormente, foi sacrificado em praça pública por conta da inveja de autoridades locais. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos. Eis a sinopse do enredo de A FARRA DO BOI, segundo o carnavalesco Jack Vasconcelos (foto): “Tão certo como com certeza que fé demais não cheira bem (isso o povaréu dos antigamente já dizia, mas nunca fez muita questão de praticar) e como história, causo e disse-me-disse são cousas que toda gente aprecia, quase sempre, a vida severina ao Deus dará, nos sertões cearenses, unia o útil ao agradável. A fé, que não costuma faiá, muito semeou a imaginação fértil daquelas terras secas e era o cajado fiel de toda boa alma e das nem tão boas assim também... Rezam os cordéis que o Cariri e vizinhança eram aperreados por lobisomens em noites pretas de lua cheia, mulas-sem-cabeça que trotavam encandecidas pelo Crato afora, flamejantes caiporas que zoavam Juazeiro adentro e por almas penadas que assombravam por todo canto, que nem reza braba de rezadeira feia e benzedeira véia dava jeito. Vixemaria! Nessa terra de crendices até quem não acredita, não duvida. Só mesmo Deus lá em riba e o Padim Ciço aqui em baixo pra acudir. E como Padre Cícero estava mais pertinho, era com ele que toda a gente se apegava nas horas de carecitude. O Padim era a fé do povo em pessoa. Um santo líder idolatrado pelos seus. Era comum o santo padre receber alguns presentes pelos pedidos atendidos, pois o que o povo tem de pidão, tem de agradecido. Entonce, por causo disso, certa vez, um importante industrial chamado Delmiro Gouveia regalou Padre Cícero com um mimo que deu muito pano pra manga. Diabéisso? Era um garrote diferente de todos já avistados por aquelas bandas. Um filhote de boi zebu branco, calminho por demais que o chamaram de Mansinho. Dizem que foi Deus quem alumiou a moleira do Padim, quando ele mandou o beato José Lourenço levar o boi Mansinho para o seu sítio, o Baixa Dantas. Com a nobre missão de escoltar o boizinho do santinho de Juazeiro até o Crato, o beato rendeiro arribou, avexado, estrada afora. No caminho, já com o quengo frito e o miolo amolecido por conta da quentura seca daquela estiagem que judiava dos viventes, proseou com o pequeno zebu. Pediu para que o novilho do santo Ciço ajudasse naquela situação, a qual já se imaginava até a casa do tinhoso ser mais fresquinha e prometeu lhe pagar botando o boi na sombra. Prontamente, os chifres do boi balangaram e seu mugido ecoou tão alto que até os zovido de São José escuitaram. O beato abilolado se arrupiou dos bicho-de-pé ao cocuruto, quando avistou a chuva banhar o sertão. Acreditando estar diante de uma visagem milagrosa, José Lourenço tratou ligeiro de fazer até surdo ouvir e cego ver que o boi manso fazia milagre acontecer. Arriégua! Começou o quiproquó! Nas terras do sítio Baixa Dantas, tudo o que se plantou, deu. O pomar abundou e as plantações cresceram. A fama do boi milagreiro se espaiou num pinote pelo sertão. O estábulo do próspero sítio virou local de peregrinação. Um bando de gente precisada chagava de todo canto em busca da bênção bovina. Juravam de pé junto que a reza pro zebu era um tiro certo contra toda sorte de urucas, urucubacas, quebrantos, gasturas, agouros, paúras, dor-nos-quarto e até espinhela caída. Das raspas dos cascos e chifres faziam unguentos que saravam o corpo das ziquiziras, curubas, lombrigas, bexigueiras e catipopéias. Santinhos, medalhinhas e relíquias eram ofertados a preços módicos pra ninguém voltar pra casa de mãos abanando. Mansinho era pajeado como um rei, ou melhor, como um santo. No conforto das almofadas que acomodavam seu sacrum fiofó, os fiéis bajulavam o bichinho com salamaleques, enchiam seu bucho com papinhas e faziam da hora de sua merenda um momento litúrgico. Os chifres eram enfeitados com fitas, flores e badulaques. Até um rico manto bordado ele ganhou dos devotos. Romeiros vinham adorar o "Boi Ápis do sertão" e a comparação com o boi sagrado egípcio ganhou fama inté na capital. Boi Mansinho se tornou uma divindade sertaneja. Porém, fé cega é faca amolada. Tamanho furdunço incomodou as autoridades. Dizem que profetizaram o rabo de seta do Sete Peles serpenteando meliantemente ao redor do santo boi antes de suceder a trairagem. Para acabar com a alegria do povo, o boizinho inocente e o beato José Lourenço foram mandados a pulso para o xilindró. Mas, foi pior a emenda que o soneto, pois o sacrifício do boi em praça publica foi bala saída pela culatra, ricocheteada no avesso da intenção. Para os zóio e coração dos fiéis a vaca tinha ido pro brejo, mas o boizinho foi pro céu. Mansinho se transformou em um mártir, um santo de fato. Ganhou o reino das alturas para pedir por eles pessoalmente, nem carecia mais do Padim. Oh, glória! Só para contrariar os que até tentaram negar sua existência, o boi santo pasta inté hoje na cultura brasileira. Causou um forrobodó em A Revolução dos Beatos, de Dias Gomes. Virou boi de barro nas mãos de Mestre Vitalino e dos artesãos populares. Também ainda vévi versado, talhado e gravado nos livrinhos de cordel. E para quem quiser dar uma de São Tomé, certamente o Boi Mansinho é encontrado multiplicado em arte bumbando pelos corredores do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas do Rio de Janeiro, a famosa Feira de São Cristóvão, às portas do paraíso... Do Paraíso do Tuiuti. (Fonte: http://www.sidneyrezende.com)

MEDALHA MESTRE NOZA
A municipalidade juazeirense acaba de criar uma comenda com o nome do grande artista Mestre Noza. Veja o ato formal: LEI Nº 4455, DE 15 DE ABRIL DE 2015. Cria a Medalha de Hora ao Mérito “ARTESÃO MESTRE NOZA” e dá outras providências. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, Estado do Ceará. FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Cria, a Medalha de Honra ao Mérito “ARTESÃO MESTRE NOZA”, pelo Município de Juazeiro do Norte, através da Secretaria Municipal de Cultura e Romaria do Município – SECROM, que será concedida anualmente, no dia 19 de março, às seguintes personalidades: I – 02 (dois) profissionais do artesanato juazeirense; II – 01 (uma) personalidade da sociedade civil; III – 01 (uma) instituição representante dos artesãos de Juazeiro do Norte. Parágrafo único – A medalha ora criada será confeccionada em bronze, com 8cm. (oito centímetros) de diâmetro, contendo numa face o brasão do Município de Juazeiro do Norte e na outra, a figura do Artesão Inocêncio Medeiros da Costa, o Mestre Noza. Art. 2º – O processo de escolha dos agraciados ficará a cargo uma Comissão a ser formada pelo Chefe do Poder Executivo, composta de cinco membros, a saber: I – 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Cultura e Romaria; II – 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho – SEDEST; III – 01 (um) representante da Federação dos Artesãos; IV – 01 (um) representante da CEART CARIRI; V – 01 (um) representante do Poder Legislativo Municipal.                    Art. 3º – A despesa gerada por esta Lei será suportada através de recursos oriundos do Orçamento Público Municipal, suplementados, se necessário. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogam-se as disposições em contrário. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 15 (quinze) de abril de dois mil e quinze (2015). DR. RAIMUNDO MACEDO. PREFEITO DE JUAZEIRO DO NORTE

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte está atribuindo novos títulos de cidadania para o músico João Martins Gonçalves e para a senhora Maria Socorro Nunes Alcântara. Vejamos os atos:
RESOLUÇÃO N.º 751 DE 14 DE ABRIL. Concede Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. O Presidente do Poder Legislativo de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, faz saber que a Câmara Municipal aprovou, e eu promulgo, a seguinte Resolução: Art. 1.º - Fica concedido, nos termos do artigo 198 e seguintes, da Resolução n.º 297/2001 (Regimento Interno), o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor JOÃO MARTINS GONÇALVES (foto). Autoria: João Alberto Morais Borges. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva e Danty Bezerra Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cícero Claudionor Lima Mota, Antônio Vieira Neto, Rubens Darlan de Morais Lobo, José Nivaldo Cabral de Moura, José Adauto Araújo Ramos, Firmino Neto Calú, José Ivan Beijamim de Moura, Gledson Lima Bezerra, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
Obs.: Este gesto generoso do vereador João Borges, com a adesão de todos os demais, é o resultado de sua sensibilidade para com o pedido que fiz em crônica dedicada ao músico João Martins, já divulgada nesta coluna e que foi lida na FM Pe. Cícero, durante o Jornal da Tarde, em 20.03 deste ano.
RESOLUÇÃO N.º 752 DE 14 DE ABRIL. Concede Título Honorífico de Cidadã Juazeirense e adota outras providências. O Presidente do Poder Legislativo de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, faz saber que a Câmara Municipal aprovou, e eu promulgo, a seguinte Resolução: Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadã Juazeirense a Senhora Maria Socorro Nunes de Alcântara, pelos inestimáveis serviços prestados a esta comunidade. Autoria: Maria de Fátima Ferreira Torres. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva e Paulo José de Macêdo. Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cícero Claudionor Lima Mota, Antônio Alves de Almeida, Rubens Darlan de Morais Lobo, João Alberto Morais Borges, José Tarso Magno Teixeira da Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, José Adauto Araújo Ramos, Firmino Neto Calú, José Ivan Beijamim de Moura, Maria Calisto de Brito Pequeno.

MOSTRA A DITADURA REVISITADA
O Cinematógrapho (SESC, Juazeiro do Norte), com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, dá prosseguimento a Mostra A Ditadura Militar Brasileira Revisitada, com a exibição de filmes sempre às 4as feiras, às 19 horas, no SESC Juazeiro do Norte-CE, com entrada gratuita. Já fizemos referência nesta Coluna sobre a excelente qualidade da seleção de títulos que integram a Mostra, e isto deverá ser acrescido com novas películas, como esta próxima, dia 29, sobre o ex-presidente João Goulart. Jango é um documentário brasileiro dirigido por Sílvio Tendler, que narra o governo de João Goulart enquanto presidente do Brasil (1961-1964). Lançado em março de 1984, o filme teve seu roteiro escrito por Maurício Dias e Sílvio Tendler, enquanto a trilha-sonora foi desenvolvida por Milton Nascimento e Wagner Tiso. A edição foi conduzida por Francisco Sérgio Moreira e os produtores associados foram Denise Goulart (filha do ex-presidente) e Hélio Paulo Ferraz. Jango levou mais de meio milhão de espectadores às salas de cinema, tornando-se o sexto documentário de maior bilheteria da história do cinema brasileiro. O primeiro e o quarto filmes da lista também foram dirigidos por Tendler: O Mundo Mágico dos Trapalhões, com um milhão e 800 mil espectadores, e Anos JK, com 800 mil espectadores. Sinopse:O filme refaz a trajetória política de João Goulart, o 24° presidente brasileiro, que foi deposto por um golpe militar nas primeiras horas de 1º de abril de 1964. Goulart era popularmente chamado de "Jango", daí o título do filme, lançado exatos vinte anos após o golpe. A reconstituição da trajetória de Goulart é feita através da utilização de imagens de arquivo e de entrevistas com importantes personalidades políticas como Afonso Arinos, Leonel Brizola, Celso Furtado, Frei Betto e Magalhães Pinto, entre outros. O sugestivo slogan do filme foi "Como, quando e por que se derruba um presidente". O documentário captura a efervescência da política brasileira durante a década de 1960 sob o contexto histórico da Guerra Fria. Jango narra exaustivamente os detalhes do golpe e se estende até os movimentos de resistências à ditadura, terminando com a morte do presidente no exílio e imagens de seu funeral, cuja divulgação foi censurada pelo regime militar. Foi premiado com o Troféu Margarida de Prata, da CNBB (1984), com o Prêmio especial do júri, prêmio do público e de melhor trilha-sonora do Festival de Gramado (1984) e com o Prêmio especial do júri no Festival de Havana (1984).