segunda-feira, 21 de abril de 2014

NOVOS CINEMAS

Com a reforma do Cariri Shopping (hoje, Cariri Garden Shopping) as então duas salas de cinema foram encerradas. Desde a sua reabertura temos cobrado insistentemente a reabertura das novas salas. Agora são seis novas salas, três delas com 3D, com 500 lugares. As fotos mostram o interior de uma das salas e uma visita realizada nesta semana ao local pelo cinéfilo Dr. Sávio Leite Pereira, ciceroneado pelo Sr. Franklin, um dos empresários da Multiplex Orient Filmes. Agora parece definitivo: os cinemas serão inaugurados no dia 25 de abril, uma sexta feira. Mas ainda não foi divulgada a programação. Com certeza ela está inserida na atualidade da programação dos grandes centros do país. Na página da empresa encontramos o seguinte release: “A Orient Cinemas está crescendo e espalhando cultura, entretenimento e lazer por todo o país, com mais dois cinemas a serem inaugurados pelo grupo: o Orient Cinemas Cariri Shopping e o Orient Cinemas Amapá Garden Shopping. Os amantes da sétima arte têm muitos motivos para comemorar, pois os novos complexos estarão entre os cinemas mais modernos do país. Buscando surpreender o público, a rede Orient Cinemas irá investir em alta tecnologia, projetores de última geração, salas com conceito premier e uma decoração sofisticada tornando o ambiente confortável com um toque de requinte.
O Orient Cinemas Cariri Shopping, que será instalado em Juazeiro do Norte, no Ceará, possuirá 6 salas com capacidade total para 1400 lugares, sendo que 3 salas serão 3D. Já o Orient Cinemas Amapá Garden Shopping, que será instalado na capital Macapá, terá 08 salas, sendo todas montadas com projetores 3D e, além disso, terá 2 salas vips. O objetivo da Orient Cinemas é oferecer o que há de melhor no mercado exibidor como as salas vips, salão para festas de aniversários, ambiente de luxo com poltronas altamente confortáveis, serviços corporate, programação de alto nível e mais algumas surpresas que em breve serão anunciadas. Por curiosidade, eis os filmes que estão em cartaz pelos cinemas desta mesma organização:
Capitão América 2: O Soldado Invernal (EUA, 2013 - 136 min. - Ação, Aventura - 12 anos); 
Confia em Mim (Brasil, 2013 - 85 min. - Suspense - 12 anos);
Hoje eu Quero Voltar Sozinho (Brasil, 2014 - 96 min. - Drama - 12 anos);
A Ascenção do Império (EUA, 2014 - 103 min. - Ação, Aventura, Guerra - 16 anos); 
Alemão (Brasil, 2013 - 109 min. - Policial - 16 anos);
As Aventuras de Peabody e Sherman (3D, EUA, 2013 - 93 min. – Animação, Comédia – Livre);
Noé (EUA, 2014 - 138 min. - Drama, Épico - 14 anos);
Rio 2(EUA, 2013 - 101 min. - Animação, Aventura, Comédia – Livre);
SOS Mulheres ao Mar (Brasil, 2014 - 90 min. - Comédia - 12 anos);
Tinker Bell: Fadas e Piratas (EUA, 2014 - 78 min. - Animação, Fantasia – Livre). 

WILKER: HISTÓRIA DE UM CASAMENTO 
A colunista carioca Hildegar Angel publicou em sua página no dia 13, pp., na internet a seguinte matéria: o casamento de José Wilker que a imprensa não contou e você não soube, aqui com foto e tudo. Eis a matéria transcrita: “O dia da morte de José Wilker, meu antigo companheiro de elenco na peça A mãe, em 1971, escrevi sobre ele aqui: O JOSÉ WILKER QUE EU CONHECI DE PERTO. Falei sobre a noiva psicanalista, noivado à moda antiga, aliança no dedo direito, almoço nos finais de semana com a família dela, num cenário totalmente burguesia Zona Sul, a antítese do Wilker transgressor daqueles anos, na vida e nos palcos. A noiva era a mítica “Elzinha”, nome cochichado discretamente, pois poucos no meio teatral a conheciam e sequer a haviam visto. Até que um dia, no auspicioso ano de 1974, depois de um longo noivado, eles enfim se casaram. Foi tudo dentro dos padrões burgueses da época, conforme vocês podem constatar na foto histórica abaixo. Os pais convidando, da noiva e do noivo, ambos vestidos de branco no altar da Igreja Nossa Senhora da Conceição, transpirando felicidade. A mãe de Wilker chamava-se Santinha, mas santa de fato aparentava ser a noiva, a jovem Elza Rocha Pinto, linda e angelical, como eram as noivas daqueles anos. O único toque inusitado foi o lay out do convite, evocando o de um programa de teatro (o formato era bem o dos programas teatrais daqueles anos) como se “O Casamento” fosse o título de um espetáculo e se, além dos noivos, houvesse um “grande elenco”. Ah, e a entrada era “franca”. Wilker e Elzinha não chegaram a ser “felizes para sempre”, uma pena, porém o matrimônio durou uns bons e longos 12 anos, até se separarem e ele contrair novos laços de casamento com a atriz Renée de Vielmond, posteriormente com Mônica Torres e por fim com Guilhermina Guinle, de quem também se separou. Por mais que desejasse se enquadrar em parâmetros convencionais, a inquietude estava impregnada em sua alma. Volto ao tema porque não li em qualquer dos muitos obituários publicados referência a este que talvez tenha sido o mais longo e planejado dos casamentos de José Wilker, e aquele que, seguramente, foi o único precedido de noivado, iniciado com ele jovenzinho, na flor de seus 20 e poucos anos.
 NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES

A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte concedeu os seguintes Títulos Honoríficos de Cidadão Juazeirense:
RESOLUÇÃO N.º 690 DE 20 DE MARÇO DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor PAULO JOSÉ DE MACÊDO. Autoria: Glêdson Lima Bezerra Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Francisco Alberto da Costa – José Adauto Araújo Ramos – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Firmino Neto Calú – José Ivan Beijamim de Moura – José Nivaldo Cabral de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Cláudio Sergei Luz e Silva – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha – Danty Bezerra Silva – João Alberto Morais Borges – Cícero Claudionor Lima Mota – Maria Calisto de Brito Pequeno - Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 691 DE 20 DE MARÇO DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor JOÃO ALBERTO MORAIS BORGES. Autoria: Glêdson Lima Bezerra e José Tarso Magno Teixeira da Silva Subscrição: José Adauto Araújo Ramos – José Ivan Beijamim de Moura – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha – Danty Bezerra Silva – Maria Calisto de Brito Pequeno - Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 692 DE 03 DE ABRIL DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadã Juazeirense a Senhora Rejane Maria Maciel Sales. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura
Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Glêdson Lima Bezerra – Francisco Alberto da Silva – Paulo José de Macêdo – Antônio Vieira Neto – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Cláudio Sergei Luz e Silva – Rubens Darlan de Morais Lobo – Francisco Alberto da Costa – Danty Bezerra Silva – José Tarso Magno Teixeira da Silva - Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 693 DE 03 DE ABRIL DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor Luiz Carlos Simão de Macêdo. Autoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva Coautoria: Danty Bezerra Silva Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Glêdson Lima Bezerra – Paulo José de Macêdo – Antônio Vieira Neto – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Rubens Darlan de Morais Lobo  – José Ivan Beijamim de Moura – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha – Cícero Claudionor Lima Mota – João Alberto Morais Borges – José Nivaldo Cabral de Moura – Rita de Cássia  Monteiro Gomes e Maria de Fátima Ferreira Torres.
RESOLUÇÃO N.º 694 DE 03 DE ABRIL DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense  ao Senhor Luiz Wagner Mota Sales. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Glêdson Lima Bezerra – Paulo José de Macêdo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Rubens Darlan de Morais Lobo – Cícero Claudionor Lima Mota - José Tarso Magno Teixeira da Silva – Antonio Vieira Neto – Francisco Alberto da Costa – Cláudio Sergei Luz e Silva - Danty Bezerra Silva – Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 695 DE 03 DE ABRIL DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor Moacyr Mondardo Júnior. Autoria: Cláudio Sergei Luz e Silva Coautoria: Danty Bezerra Silva Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Glêdson Lima Bezerra – Paulo José de Macêdo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Rubens Darlan de Morais Lobo – José Ivan Beijamim de Moura – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha – Cícero Claudionor Lima Mota – João Alberto Morais Borges - José Nivaldo Cabral de Moura – José Tarso Magno Teixeira da Silva - Rita de Cássia Monteiro Gomes – Maria Calisto de Brito Pequeno e Maria de Fátima Ferreira Torres.
RESOLUÇÃO N.º 696 DE 03 DE ABRIL DE 2014 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Reverendíssimo Padre César Casetta. Autoria: Maria de Fátima Ferreira Torres Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Glêdson Lima Bezerra – Paulo José de Macêdo – Antônio Vieira Neto – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Rubens Darlan de Morais Lobo – Cícero Claudionor Lima Mota – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Antônio Vieira Neto – Francisco Alberto da Costa - José Nivaldo Cabral de Moura - João Alberto Morais Borges – José Ivan Beijamim de Moura - Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
(Na foto: João Alberto Morais Borges, Rejane Maria Maciel Sales e Moacyr Mondardo Júnior, Padre César Casetta). 

DETETIVES DA HISTÓRIA 
Com direção geral de Belisario Franca e direção de Sylvestre Campe, o The History Channel contratou a GIROS para pesquisar mistérios da história e produzir a primeira série com conteúdo brasileiro: DETETIVES DA HISTÓRIA. A série é apresentada pelos atores André Guerreiro Lopes e Renata Imbriani, uma dupla de “historiadores-investigadores”. Os episódios desvendam os mistérios escondidos por trás de pequenos tesouros familiares e construções enigmáticas, que por muito tempo estiveram esquecidos nas estantes, porões e paisagens de cidades brasileiras. Detetives da História é uma série original para TV que usa mistérios locais e objetos achados pelos telespectadores como ponto de partida para um processo de investigação. Apresentada por uma dupla de “historiadores-investigadores”, a série irá desvendar os mistérios escondidos por trás de pequenos tesouros familiares e construções enigmáticas que por muito tempo estiveram esquecidos nas estantes, porões e paisagem de cidades brasileiras. Cada episódio começa com nossa dupla de apresentadores visitando a casa do telespectador e discutindo sua conexão pessoal com o objeto ou fato misterioso. Nossas lentes irão acompanhar todo o processo de investigação enquanto os investigadores visitam historiadores, arqueólogos, genealogistas, arquitetos, restauradores, estudiosos de cultura popular e detetives profissionais para revelar a origem secreta destes enigmas da vida privada. Ao longo do programa, teremos a chance de investigar e desvendar fatos surpreendentes sobre alguns capítulos da história do Brasil, seus mitos e costumes. A série é uma oportunidade para conhecer fatos, por vezes surpreendentes, sobre acontecimentos da história do país. O processo se inicia com o contato de telespectadores que desconfiam da importância histórica de determinado objeto, construção ou local. Os episódios acompanham todo o processo de investigação em entrevistas a historiadores, arqueólogos, genealogistas, arquitetos, restauradores, estudiosos de cultura popular e detetives profissionais. O History Channel pode ser assistido através das seguintes operadoras de Tv a cabo: SKY (54); NET (83) ou HD (583); CLARO TV (108) ou HD (608); OI TV (83); GVT (61); VIVO CABO (33); VIVO FIBRA (33); VIVO DTH (347) ou HD (835). Este colunista está tomando a iniciativa para provocar na equipe produtora uma revisão sobre o desaparecimento do corpo da beata Maria de Araújo. Para tanto, estamos remetendo material bibliográfico para a equipe, solicitando deles um estudo sobre esta possibilidade. 
  
ORAÇÃO PARA DONA HELOÍSA
Por ocasião do velório de Dona Heloísa Assunção Feitosa, (ex-primeira dama do município de Juazeiro do Norte, ao tempo dos mandatos prefeiturais de seu esposo, Dr. Antonio Conserva Feitosa), o advogado José Guedes de Campos Barros pronunciou o seguinte discurso: 
Quando, pelo primo Frederico, o nosso querido Fred, fui informado de sua partida, depois de dezesseis dias de muito esforço, de muita luta e de muita esperança, buscando adiar o seu atendimento ao chamado de Deus, que a nós, cá neste plano finito, não é dado imaginar os seus divinos desígnios, passei a assistir, em reprise, a um filme que marcou profunda e indelevelmente a vida das nossas famílias. Ele começou com a chegada de vocês à minha querida Fortaleza, nos idos de cinquenta, quando seu muito amado Feitosinha, o então deputado Antônio Conserva Feitosa, para lá foi mandado como deputado estadual, representando a vontade deste nobre povo do Juazeiro e do Cariri, a quem ele serviu, com amor, com competência e com valentia, por tanto tempo, como médico e como homem público, do mais alto nível. A chegarem: Feitosinha, a senhora, a Neneca, o Fernando, a Lígia (com seus belos cabelos que chegavam à cintura), a Mirtes, o Eduardo (o Dudu dos “dois pão e um bolo”), a Miriam (sua herdeira nas artes culinárias), o Marcos (marquinho pintor, poeta, musicista, explorador de tantas minas, sertões e amazônicas florestas) e o Fred, o afilhado do papai e da mamãe (Góes e Neuza), esse sempre manso, sempre cordato, sempre meigo e fazedor de amizades. A receberem: o primo-irmão-amigo major Góes – o colega do primário no colégio marista, lá da serra de Triunfo, das famosas rapaduras, Neuza, aquela que nasceu no dia 29 de agosto, como a senhora, faz noventa anos, a Neuza a quem a senhora adotou por irmã única e que findou , também, sua comadre, o João, o Helinho, este José que, em nome deles todos, busca falar-lhe, em tom de oração, trazendo amor, carinho e saudade, a Neusinha, a Celinha, o Chico e o Marcelo, o nosso compositor e cantor de além mar.  E, dentre tantos momentos alegres e felizes dessas que são uma só família, lembro do bolo, bolo obra de arte, como todos os que a senhora fazia, presente que me foi dado quando da minha primeira comunhão, que comemoramos juntos, lá no km 8, perto de Parangaba, com as presenças dos meus padrinhos Clóvis e Edméa  Mendes, vovô Álvaro Wayne e vovó Maria José, doutor Josa Magalhães e dona Aurinha, doutor Leite Maranhão e dona Ercília, dentre tantos outros amigos. E também vieram-me à mente as brincadeiras, os jogos de futebol e voleibol, os festejos juninos, os natais e aniversários, os fins de semana, quando nós, meninos e meninas, absolutamente despreocupados e felizes, sob a batuta de duas grandes, belas, despojadas e corajosas mulheres, a senhora e mamãe, fiéis e leais companheiras de dois guerreiros, Feitosinha e papai, cujos maiores “defeitos” foram em verdade virtudes: a coragem invulgar, a decência, a lealdade, a firmeza, em suma, a integridade, coisa hoje em dia tão em falta. E não vou falar de fatos da vida política do papai e do Feitosinha, alguns pitorescos, outros graves, em face do temperamento e do caráter dos patriarcas, mas faço questão de proclamar, porque de justiça, que, naquelas horas mais difíceis, prevaleciam e prevaleceram a sensatez, o equilíbrio, o bom senso e a coragem com mansidão, tanto da senhora como da mamãe, as belas matriarcas, como ponto de equilíbrio. E os anos foram passando...e nós, seus meninos e meninas, constituímos novas famílias, trazendo-lhes, também como bênçãos de deus, novas meninas e novos meninos, que já lhes deram bisnetos...e por aí vai a continuidade da vida. Depois vieram os dissabores inesperados, aquilo que nos maltrata muito, porque subverte o que deveria ser, para nós, a ordem natural da vida: a perda da doce e boa neneca, sempre aquele ser angelical, os genros e netos queridos, as amigas, os amigos e os parentes, tão bem lembrados pelo chico buarque, no seu inesquecível “oh! Pedaço de mim; oh! Pedaço arrancado de mim...” Porém, dona Heloísa querida de todos nós, muito querida mesmo, graças a deus, clemente e misericordioso, também houve reencontros agradabilíssimos, momentos deliciosos que eu lhe peço licença para lembrar, de um deles, pelo menos: Foi quando, solidários com a Mirian que há pouco ficara viúva, Feitosinha, a senhora e a Mirian, vieram passar uns dias lá em Paracuru, no sítio-casa de praia, que nós tínhamos (papai, mamãe, tio Hélio e Celinha, os proprietários), faz menos de vinte anos. Conhecedor dos gostos da senhora, do velho Conserva Feitosa e da prima, combinado com a minha mulher Fátima, com papai e mamãe, que estavam morando em Brasília, simplesmente larguei todos os meus afazeres, tirei férias por uns dias, pedi emprestado um bugre do meu vizinho e amigo Nilson, então primeiro prefeito da sua Ipaporanga, lá pras bandas do norte, na parte setentrional do maciço da Ibiapaba, abastecí-o com camarões e lagostas, sem esquecer-me das garrafas de uísque old eight e teatcher’s, e fui ter com os tios e a prima. E..., como foi bom aquele reencontro, por menos de uma semana, posando de motorista-bugrista da família; levando-os a conhecerem, nas alvoradas e ao por do sol, as belezas daquelas praias,  seus coqueiros açoitados pelos alíseos, suas dunas e sua paz. E, querida dona Heloísa, tendo ainda o direito de degustar daqueles manjares, frutos do mar, transformados delícias dos deuses do olimpo, por suas mãos de maestrina, bem acolitada, é claro, pelo prima Mirian. Foi uma das semanas mais gratificantes da minha vida, Fátima e meus filhos o sabem, dito por mim, à época, porque vi alegria e felicidade nos olhos da senhora, nos olhos do Feitosinha e da Miriam, e por isso senti-me feliz e recompensado. Tudo porque, dona Heloísa, mais que tia Heloísa, naqueles breves dias eu senti que a senhora estava sabendo o quanto fora importante para mim aquele bolo da primeira comunhão; o quão importante fora para papai, mamãe e meus irmãos, ter tido a felicidade de compartilhar da sua generosidade, por tantos anos. Agora, que o filme é por demais longo e só poderá ser de todo assistido no plano maior, onde não há limite de tempo, permito-me dizer-lhe algo que disse ao papai, seu compadre Góes, no dia 22 de dezembro último, em sua missa da ressurreição: Sua partida, que foi triste para nós, não foi uma “triste partida”, como aquela do sempre saudoso Patativa do Assaré. “Porque a senhora nem partiu triste, nem partiu sem rumo definido.” “A senhora apenas voltou para o seio da mãe terra, que é parte do todo, que é deus, clemente e misericordioso.” Por derradeiro, dona Heloísa, peço-lhe permissão  para dizer, para a senhora e para o patriarca Feitosinha, que fará cem anos conosco daqui a sete dias, um soneto do Júlio Salusse, que eu dizia no jantar de confraternização da minha turma de direito, a turma de 1966, da UFC, no Marinas, na minha Fortaleza, em homenagem ao papai e à mamãe, sem saber que, àquela hora, perto de uma da manhã do dia 17 de dezembro, papai, o seu compadre Góes, estava, em sua casa, bem pertinho dali, entregando sua alma ao criador: 

“OS CISNES”  
A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul sem ondas, sem espumas,

Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinais, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas.

Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a água se tisne,

Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne!

Dona Heloísa, muito querida. Em nome de mamãe, sua comadre e irmã Neuza, da Fátima, dos meus filhos e netos, dos meus irmãos, irmãs, cunhadas e cunhados, sobrinhos e sobrinhas, por ter sido a senhora, durante toda sua loga vida, uma mulher portadora de todas as virtudes humanas, como filha, irmã, esposa, mãe, amiga e matriarca, primando pela caridade e submissão a deus, peço que interceda junto a Deus, único e verdadeiro, clemente e misericordioso, em cuja visão encontra-se, no paraíso celestial, para que nos dê forças para bem aceitar a momentânea separação, tanto quanto para lembrá-la sempre com alegre saudade. Por derradeiro, peço que interceda junto a Deus, justo e bondoso, para que dê muita força ao patriarca Feitosinha, o “cisne vivo, cheio de saudade”, para que, doído mas compensado pelo amor e pela fé, comemore conosco, no dia 14 que vem, o seu centenário, dando-nos ainda muitos e muitos anos de felicidade, por tê-lo em nosso meio.  Amém! De Fortaleza para Juazeiro do Norte, 06 de janeiro de 2007. Jose Guedes de Campos Barros, pela família.

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
014: (14.04.2014) BOA TARDE PARA VOCÊ, ODILON BEZERRA MORAIS.
AMANHÃ, DIA 15, ESTAREI COM SUA FAMILIA E AMIGOS, NA IGREJA DO NOVO JUAZEIRO, PARA ABRAÇÁ-LO PELA PASSAGEM DA SUA DATA NATALÍCIA. EM ASSIM SENDO, ESTAREMOS JUNTOS, AGRADECENDO A DEUS POR ESTE DOM DE SUA VIDA. BEM SABEMOS, ODILON, QUE ESTE NÃO É UM FATO QUALQUER, CORRIQUEIRO. AFINAL, VOCÊ ESTÁ COMPLETANDO CENTO E DOIS ANOS DE VIDA. DE ALGUM TEMPO PARA CÁ, VOCÊ JÁ FAZ PARTE DESTE SELETO CLUBE PATRIARCAL, DE LONGEVOS E FELIZES QUE, DENTRE OUTRAS COISAS, PODEM OLHAR PARA TRÁS E DIZER: - MINHA NETA, ME DÊ CÁ A SUA NETA. DIZEM AS ESTATISTICAS QUE SUPERAMOS A VIDA MÉDIA DE 73 ANOS. MAS, PARA VOCÊ, ODILON, ISTO JÁ É COISA MIÚDA. O QUE NÃO É POUCO, ISSO SIM, É REUNIR CINCO GERAÇÕES DE UMA MESMA FAMILIA, FESTIVA E ANIMADA, EM DATAS COMO A DE AMANHÃ. SÓ VOCÊ MESMO, ODILON, UM CABRA DESTEMIDO E DETERMINADO, QUE DEIXOU SUA PACATA SERRA DE SÃO PEDRO PARA VIR TRABALHAR PELA GRANDEZA DESTA SUA TERRA ADOTIVA. QUANDO ALGUÉM FAZ ISTO, E COMO VOCÊ, DEIXANDO A CASA PATERNA, DE TÃO BOA PROTEÇÃO, SOB OS CUIDADOS E ZELO DE CARRIM E MIGUELINA, E TRAZENDO PARA CÁ A RESOLUÇÃO PARA EMPREENDER PROFISSIONALMENTE, CERTAMENTE NÃO DEVE TER ENCONTRADO OBSTÁCULOS, SENÃO DESAFIOS QUE VOCÊ FOI, UM A UM, VENCENDO COM GALHARDIA. E A NÓS, PARECE, EXCEDEU A TODOS OS LIMITES, NÃO SÓ OS DA EXISTÊNCIA, PARA SER HOJE ESTA FIGURA QUERIDA DE UM HOMEM VENCEDOR. QUANDO VOCÊ COMPLETOU CEM ANOS, VI PELA INTERNET ALGUMAS IMAGENS SUAS, JUNTO AOS FILHOS, ALGUNS DOS QUAIS MEUS CONTEMPORÂNEOS DE JUVENTUDE. AO VÊ-LOS, NÃO ME FURTEI DA EXPRESSÃO: - MEU DEUS, COMO ESTA GENTE ESTÁ ENVELHECIDA! COMO EU, MESMO, RECONHEÇO. MAS VOCÊ, NÃO. ODILON, VOCÊ NÃO ENVELHECEU. VOCÊ DEVE ESTAR ESCONDENDO EM ALGUM LUGAR DAS MALVAS A TAL FONTE DA JUVENTUDE, ONDE SE BANHOU DIARIAMENTE, POR TANTOS ANOS. COM CERTEZA FOI ENTRE A VELHA RUA NOVA, AS MALVAS E A RUA SÃO SEBASTIÃO QUE OUVI FALAR, E PASSEI A ADMIRAR, ESTE HOMEM SIMPLES QUE VIVIA PARA O TRABALHO E PARA A FAMILIA. DOS SEUS EMPREENDIMENTOS, LEMBRO BEM DA VELHA SERRARIA SÃO SEBASTIÃO, AQUI NO COMEÇO DA HOJE DELMIRO GOUVEIA, QUE BENEFICIAVA MADEIRAS PARA CONSTRUÇÃO E FAZIA ESQUADRIAS. E A CONFIAR NA EXPRESSÃO SINCERA DE SEU LUIZ CASIMIRO, ERA PARA SE DESFRUTAR DE SUA ATENÇÃO, SER BEM SERVIDO, E AINDA, COMO SE DIZIA, PARA SE TER OS MELHORES PREÇOS DA PRAÇA. NA CAMINHADA, DE TAL EXEMPLAR LEGADO, VOCÊ – ODILON E DONA JUNILIA PRODUZIRAM FRUTOS BEM CONCEBIDOS DE UMA FAMILIA, QUE DE TÃO NUMEROSA, MAIS PARECE UMA DAQUELAS 12 TRIBOS DE ISRAEL. É INEVITÁVEL QUE LEMBREMOS AQUI A SUA COMPANHEIRA, DONA JUNILIA, SOLIDÁRIA EM TODAS AS LUTAS E ATÉ NO PERCURSO CENTENÁRIO DO CASAL. ESTAS LEMBRANÇAS, INADIÁVEIS, MAIS NOS ENCHEM DE SAUDADES, ESPECIALMENTE, NESTAS HORAS DE CELEBRAÇÃO À VIDA. ASSIM, RECEBA DE TODOS NÓS OS VOTOS DE UMA VIDA AINDA MAIS LONGA E TODO O NOSSO AFETO QUE ESTAS ALEGRIAS ENCERRAM.

015: (16.04.2014) BOA TARDE PARA VOCÊ, JOSÉ BERNARDO DA SILVA NETO.
EM JULHO PRÓXIMO, NOSSA CIDADE CELEBRARÁ O CENTENÁRIO DE SUA ELEVAÇÃO. ALGUNS DIAS ANTES, O JORNAL FOLHA DE JUAZEIRO TERÁ CHEGADO AO MÁXIMO DA LONGEVIDADE DE NOSSA IMPRENSA ESCRITA. SOB A SUA DIREÇÃO, E BEM ASSIM, DE SUA MÃE, MARIA ANA SILVA BARBOSA, NOSSA QUERIDA ZUZINHA, HÁ 45 ANOS O FOLHA RESISTE BRAVAMENTE ÀS INTEMPÉRIES DESTE NOSSO, SEMPRE LEMBRADO, CEMITÉRIO DE JORNAIS. É BEM VERDADE QUE SEU FUNDADOR, SEU PAI, JACKSON PIRES BARBOSA, TRATOU DE INSERIR NA SUA PRIMEIRA PÁGINA O SLOGAN DE QUE SE TRATA: “A FOLHA QUE NÃO CAI”.  REALMENTE, BERNARDO, SOU TESTEMUNHA DE QUE VIERAM MUITOS VENTOS, GRANDES TEMPESTADES COM CHUVAS INTENSAS, MAS O FOLHA NÃO CAIU. PROVAVELMENTE, QUANDO PLANTARAM ESTA SEMENTE, JACKSON E ASSIS SOBREIRA, ELES O FIZERAM EM BOM TERRENO E BOA REGA, PARA GARANTIR-LHE RAIZES MAIS FUNDAS PARA SUA SUSTENTAÇÃO. MESMO ESPAÇANDO MESES, DOIS, TRÊS MESES E ATÉ LAPSO MAIOR, O FOLHA DE JUAZEIRO RETORNOU PARA NOSSA LEITURA, NA SIMPLICIDADE DE SUA PROPOSTA. NÃO A DE SER UM PERIÓDICO QUE NOS SURPREENDA COM A INSTANTANEIDADE DA MÍDIA ELETRÔNICA, MAS PELA FIDELIDADE AO REGISTRO DE UMA CRÔNICA QUE SE FAZ HISTÓRICA A CADA EDIÇÃO. O JORNAL, PRINCIPALMENTE ESTES NOSSOS INTERIORANOS, NÃO PODE FAZER APENAS A RESENHA DE UMA VULGARIDADE CONTEMPORÂNEA. DE TÃO EFÊMERA, ESTA É A VIA LIGEIRA PARA ENCERRAR E SEPULTAR BONS PROPÓSITOS. O OUTRO GUME DESTA FACA É A VINCULAÇÃO PARTIDÁRIA, POR VEZES TÃO SECTÁRIA E INFLAMANTE, FINANCIADOR BARATO DE UMA IMPRENSA DE OPORTUNIDADE. FELIZMENTE, BERNARDO, ENXERGO NA EXISTÊNCIA DO FOLHA DE JUAZEIRO A DISTÂNCIA MAIS QUE REGULAMENTAR DESTAS TENTAÇÕES, TÃO BEM IDENTIFICADAS NESTE JORNALISMO INTERIORANO PROVISIONADO, QUASE SEMPRE EGRESSO DA RADIODIFUSÃO. QUERO LOUVAR NESTA SAUDAÇÃO, O PAI, O FILHO E O SANTO ESPÍRITO, TODOS DE PLANTÃO NA REDAÇÃO DE FOLHA DE JUAZEIRO, POR TODOS ESTES ANOS. NA SIMPLICIDADE DE SEU ESCRITÓRIO, EM ENDEREÇO TÃO FAMILIAR, O FOLHA SE DESPOJOU DO ESTÚDIO REQUINTADO A QUE TINHA DIREITO, PARA SE FIRMAR NA OFICINA RÚSTICA QUE TANTO CARACTERIZOU OS JORNAIS DESTA FASE. A OFICINA DE ENTÃO JÁ ERA UMA BOA ESCOLA DE JORNALISMO, CENTRADA NA GRÁFICA DE JOSÉ BERNARDO DA SILVA, SEU AVÔ. ALI, NA RUA SANTA LUZIA, À ESPREITA DE MINHA JANELA, VI DE LÁ SAIREM MUITAS EDIÇÕES DESTE E DE OUTROS JORNAIS. TODOS, CARREGADOS DAQUELA ESPERANÇA POR UMA IMPRENSA ATUANTE, CONTUNDENTE E INOVADORA. NEM TUDO FOI EXATAMENTE ASSIM. MAS, SE HOJE, CONTABILIZAMOS CERCA DE 310 EDIÇÕES PARA O FOLHA, DISSO DAMOS GRAÇAS PELA VIGILANTE ATIVIDADE QUE NOS INFLUENCIA E NOS PROMOVE. PARA O JUAZEIRO DE HOJE, NESTE CARIRI CONTEMPORÂNEO, ESTAMOS EXIGINDO UMA IMPRENSA DIÁRIA, E NOS CONFORMANDO COM OS QUE CONTINUAM E NOS CHEGAM SEMANAIS, MENSAIS, OU COM UMA PERIODICIDADE INCERTA, OCASIONAL, COMO JÁ LEMBRAVA SEU PAI, JACKSON, EM TIRADAS BEM HUMORADAS, DAS RODAS ENTRE AMIGOS. TUDO ISTO, BERNARDO, EU LHE DIGO PARA LHES AGRADECER POR TANTO SERVIÇO, PARA LHES MANDAR UM ABRAÇO E DIZER QUE ANDO COM SAUDADE ENORME DO FOLHA DE JUAZEIRO. NÃO DEMORE PARA NOS TRAZÊ-LO. 

016: (18.04.2014) BOA TARDE PARA VOCÊ, EXPEDITO VIEIRA COSTA.
MUITO PROVAVELMENTE VOCÊ JÁ DEVE TER VISTO O FILME CINEMA PARADISO. É UM FILME EXTRAORDINÁRIO, PELO MENOS PARA MIM, EXPEDITO. IMAGINO QUE PARA VOCÊ, TAMBÉM, PELA RAZÃO MAIS SIMPLES DE COMO O ENXERGAMOS: UM CINÉFILO BEM QUALIFICADO. AFINAL, EM SUA VIDA VOCÊ JÁ POSSUIU 17 SALAS DE CINEMA ENTRE A PARAÍBA E ESTE CEARÁ, ATIVIDADE QUE LHE ANIMOU, PESSOAL E PROFISSIONALMENTE, POR MAIS DE 50 ANOS. CINEMA PARADISO NA SUA ESSÊNCIA, E COMO DISSO VOCÊ SABE, EXPEDITO, FALA DO CINEMA E COMO ESTA ARTE ENCANTOU E CONTINUA DESLUMBRANDO TANTA GENTE. PARTICULARMENTE, ACHO QUE O FILME TAMBÉM CONTERIA CENAS ANTOLÓGICAS DE COMO, TAMBÉM ENTRE NÓS, VIVEMOS UM DIA ESTA ÍNTIMA INTERAÇÃO COM A ARTE CINEMATOGRÁFICA. NÃO ENTRO NO MÉRITO PARA DISCUTIR O QUANTO VIMOS DE PÉSSIMOS FILMES. CHANCHADAS BRASILEIRAS, DRAMALHÕES MEXICANOS, FAROESTES ITALIANOS, E ATÉ MUITA PORNOGRAFIA. O PARADISO, PARA NÓS, JÁ PODERIA TER SIDO AS SALAS DA MINHA INFÂNCIA, COMO O AVENIDA, O GURI, O LUZ E O ROULIEN. OU MESMO OS DA JUVENTUDE MARCADOS POR SESSÕES INESQUECÍVEIS ENTRE CAPITÓLIO, ELDORADO E PLAZA. NAS ÚLTIMAS CENAS, COMO NO PARADISO, VÊ-SE O INEVITÁVEL DILEMA DAS TRANSFERÊNCIAS DOS TRADICIONAIS CINEMAS DE RUA, PARA AS SALAS LOCALIZADAS EM CENTROS COMERCIAIS. AQUI TAMBÉM NÃO FOI DIFERENTE. PRECISAMOS FALAR DESTE SOFRIMENTO VIVIDO POR PESSOAS COMO VOCÊ, EXPEDITO, QUE VIVERAM POR DENTRO ESTA TRANSIÇÃO, COM O FECHAMENTO DE TRADICIONAIS SALAS PARA CONVERTÊ-LAS EM LOJAS COMERCIAIS, CLUBES, IGREJAS, ESTACIONAMENTOS E CASAS NOTURNAS DE PÉSSIMA FAMA. FINALMENTE, ANUNCIA-SE PARA BREVE A REABERTURA DOS CINEMAS DO SHOPPING. ALEGRIA, ALEGRIA!! VOLTAMOS AOS CINEMAS PARA O NOSSO DELEITE, COMO DOS NOSSOS MELHORES HÁBITOS. ESTE MOMENTO PRESENTE ME PERMITE REVERENCIÁ-LO, EXPEDITO, COMO TAMBÉM NUNCA DEIXAREI DE FAZÊ-LO A OUTROS PIONEIROS, COMO PELÚSIO CORREIA DE MACEDO – COM O SEU PIONEIRO CINE IRACEMA, NA RUA PE. CÍCERO; UM PIMPIM ALMEIDA – PELO VELHO CINE-TEATRO ROULIEN, NA RUA SÃO PEDRO; OS IRMÃOS JOSÉ E OTACÍLIO ALMEIDA – COM A EMPRESA GURI E, ESPECIALMENTE, COM CAPITÓLIO E ELDORADO, NASCIDOS NA RUA SANTA LUZIA; E UM LUIZ DANTAS DE MACEDO – COM SEU MODESTO CINE LUZ, NOS FRANCISCANOS. QUANDO VOCÊ HERDOU TUDO ISTO, TODA ESTA TRADIÇÃO PARECIA SE INSTALAR NO CINE PLAZA PARA CONTINUAR REALIZANDO SESSÕES PARA O NOSSO ENCANTO POR ATORES E ATRIZES MEMORÁVEIS, EM FILMES INESQUECÍVEIS. AGORA EM 2014 VOCÊ ESTÁ CHEGANDO AOS 70 ANOS. QUE SEJAM ESTAS NOVAS SALAS DE CINEMA QUE VAMOS GANHAR NOS PRÓXIMOS DIAS, COM REQUINTES DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS, UM BRINDE À SUA FELICIDADE, UM PRESENTE AO MERITÓRIO ESFORÇO QUE VOCÊ FEZ PARA QUE NESTA TERRA NUNCA MAIS SE TENHA UMA ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA, SENÃO DAQUELAS NOS FINAIS DE NOITES, QUANDO TANTOS SONHOS SE EMBALARAM.

016: (21.04.2014) BOA TARDE PARA VOCÊ, REVERENDO DR. AUGUSTUS NICODEMUS GOMES LEITE
QUANDO ESTA MENSAGEM CHEGAR AO SEU DESTINO, É PROVÁVEL QUE O SENHOR ESTRANHE ESSE CUMPRIMENTO QUE LHE FAÇO. AFINAL, NUNCA NOS VIMOS. NO ENTANTO, QUANDO LHE DESCOBRI, ACIDENTALMENTE, NÃO DEIXEI DE MANIFESTAR O PRAZER DESTE ACHADO, REGISTRANDO-O, TEMPOS ATRÁS, NUMA PÁGINA DA WEB. A SEU RESPEITO, DR. AUGUSTUS NICODEMUS, HOJE SEI, POR INFORMAÇÕES PÚBLICAS, QUE O SENHOR NASCEU NA PARAIBA, É CASADO COM MINKA LOPES E TÊM QUATRO FILHOS. É PASTOR DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. FEZ SEU CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA NO SEMINÁRIO PRESBITERIANO, EM RECIFE. OBTEVE O TÍTULO DE MESTRE NA ÁFRICA DO SUL, NA UNIVERSIDADE CRISTÃ DE POTCHEFSTROOM. DEPOIS DE SERVIR COMO PROFESSOR E DIRETOR DESTE SEMINÁRIO PRESBITERIANO, BEM COMO O DE PASTOR DA PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DO RECIFE, OBTEVE O GRAU DE DOUTOR EM HERMENÊUTICA E ESTUDOS BÍBLICOS, PELO SEMINÁRIO TEOLÓGICO DE WESTMINSTER, NA FILADÉLFIA, ESTADOS UNIDOS. E FEZ  ESTUDOS ADICIONAIS NA UNIVERSIDADE REFORMADA DE KAMPEN, NA HOLANDA. O SENHOR FOI PASTOR DA IGREJA EVANGÉLICA SUIÇA DE SÃO PAULO, PROFESSOR E DIRETOR DO CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER, E É AUTOR DE DIVERSOS LIVROS SOBRE A BÍBLIA E ESPIRITUALIDADE. MAIS RECENTEMENTE, E POR 10 ANOS, O SENHOR FOI REITOR E CHANCELER DA FAMOSA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE, DE SÃO PAULO. DESDE QUE COLHI ESTAS PRIMEIRAS INFORMAÇÕES, NÃO DEIXEI DE ASSOCIAR SUA PESSOA À FIGURA INESQUECÍVEL DE NICODEMOS LOPES PEREIRA. O CARIRI DEVE UM GRANDE RECONHECIMENTO AO SEU PAI, AQUELE ENGENHEIRO DA CHESF QUE VEIO DO RECIFE PARA, DE JUAZEIRO DO NORTE – PRESIDINDO A CELCA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO CARIRI, CONDUZIR A MAIS IMPORTANTE OBRA DE QUE TEMOS NOTÍCIA, EM TODA A NOSSA EXISTÊNCIA: A ELETRIFICAÇÃO DO CARIRI. NAQUELA ÉPOCA, O SENHOR ERA UMA CRIANÇA E AQUI RESIDIU POR UNS SEIS ANOS, JUNTO À SUA FAMILIA, NA LAGOA SECA. RECENTEMENTE, SOUBE DE SUA PRESENÇA DISCRETA NESTA CIDADE, OPORTUNIDADE EM QUE PROCUROU REENCONTRAR ESPAÇOS DAQUELA MEMÓRIA DE INFÂNCIA. E SOUBE TAMBÉM QUE VISITOU A ANTIGA RESIDÊNCIA AÍ DEMORANDO UM POUCO, REVENDO SALAS, RECANTOS E APOSENTOS. QUEM LHE PERMITIU E O RECEBEU COM TÃO BOM ACOLHIMENTO, REVELOU-ME O QUE VIU. NAQUELA BREVE VISITA, O SENHOR ERA UM HOMEM EMOCIONADO, A PONTO DE TER LÁGRIMAS ROLANDO PELA FACE.  DURANTE VÁRIOS ANOS, PELA IMPRENSA, USANDO UM ESPAÇO DE JORNAL IMPRESSO, EU – VASCULHADOR DE ANTIGUIDADES, OUSEI REVELAR ASPECTOS DESTA ÍNTIMA E SENTIMENTAL VINCULAÇÃO DE MUITA GENTE COM O JUAZEIRO. EM TANTOS CASOS, EU ENCONTREI ESTE MESMO SENTIMENTO QUE ADAIL MENDONÇA ME DESCREVEU A SEU RESPEITO. ERAM, COMO AINDA HOJE POSSO FAZÊ-LOS, COMENTÁRIOS SOBRE ESTE JUAZEIRO, POR AI, SURPREENDENTE EM AFETOS E GRANDIOSO NAS RELAÇÕES QUE SE ESTABELECERAM ENTRE ESTA CIDADE E OS HOMENS QUE PARA CÁ VIERAM. DR. NICODEMOS E SUA FAMILIA NOS LEGARAM ESSE CARINHO, ESSE AFETUOSO TRATO HUMANÍSTICO COM O QUAL A CIVILIZAÇÃO SE ENRIQUECE E NOSSAS OBRAS SE ETERNIZAM. VOLTE QUALQUER DIA A ESTAR CONOSCO. CERTAMENTE SERÁ UM ENORME PRAZER PARA ESTA, TAMBÉM SUA CIDADE – TÃO DESMEMORIADA, DR. NICODEMUS, RENCONTRÁ-LO OUTRA VEZ.