sábado, 4 de maio de 2013

Pacto dos coroneis


O meu enorme interesse pelos registros fotográficos sobre a história de Juazeiro do Norte não esqueceu de tentar reconstituir a memória de uma dos capítulos mais importantes da cidade: a reunião de chefes políticos, mais frequentemente denominada de Pacto dos Coronéis, na data da inauguração da vila de Joaseiro, em 04.10.1911. E uma das preocupações reside num melhor conhecimento destas figuras de homens públicos que participaram do evento. Aos poucos, temos encontrado dados e imagens sobre estes coronéis. Em datas oportunas, continuaremos a fazer algum esforço para reunir a iconografia destes personagens, bem como a elaboração de seus perfis biográficos. Aliás, desde que iniciamos o nosso trabalho, até remontado ao antigo Juaonline, pelo menos umas 5 vezes nos ocupamos deste mister, tentando biografar alguns destes coronéis.

Hoje vamos nos ocupar do Cel. Antonio Correia Lima, chefe político do município de Várzea Alegre. Ele é avô de um empresário, de cujo empreendedorismo Juazeiro do Norte muito se beneficiou – Raimundo Ferreira, que se notabilizou pelo conjunto de empresas denominado de GERF – Grupo Empresarial Raimundo Ferreira. Para início desta matéria, transcrevemos o texto oficial da ata do evento de 1911:

Aos quatro dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e onze, nesta vila de Juazeiro do Padre Cícero, Município do mesmo nome, Estado do Ceará, no paço da Câmara Municipal, compareceram à uma hora da tarde os seguintes chefes políticos: Coronel Antônio Joaquim de Santana, chefe do Município de Missão Velha; Coronel Antônio Luís Alves Pequeno, chefe do Município do Crato; Reverendo Padre Cícero Romão Batista, chefe do Município do Juazeiro; Coronel Pedro Silvino de Alencar, chefe do Município de Araripe; Coronel Romão Pereira Filgueira Sampaio, chefe do Município de Jardim; Coronel Roque Pereira de Alencar, chefe do Município de Santana do Cariri; Coronel Antônio Mendes Bezerra, chefe do Município de Assaré; Coronel Antônio Correia Lima, chefe do Município de Várzea Alegre; Coronel Raimundo Bento de Sousa Baleco, chefe do Município de Campos Sales; Reverendo Padre Augusto Barbosa de Meneses, chefe do Município de São Pedro de Cariri; Coronel Cândido Ribeiro Campos, chefe do Município de Aurora; Coronel Domingos Leite Furtado, chefe do Município de Milagres, representado pelos ilustres cidadãos Coronel Manuel Furtado de Figueiredo e Major José Inácio de Sousa; Coronel Raimundo Cardoso dos Santos, chefe do Município de Porteiras, representado pelo Reverendo Padre Cícero Romão Batista; Coronel Gustavo Augusto de Lima, chefe do Município de Lavras, representado por seu filho, João Augusto de Lima; Coronel João Raimundo de Macedo, chefe do Município de Barbalha, representado por seu filho, Major José Raimundo de Macedo, e pelo juiz de direito daquela comarca, Dr. Arnulfo Lins e Silva; Coronel Joaquim Fernandes de Oliveira, chefe do Município de Quixadá, representado pelo ilustre cidadão major José Alves Pimentel; e o Coronel Manuel Inácio de Lucena, chefe do Município de Brejo dos Santos, representado pelo Coronel Joaquim de Santana. A convite deste, que, assumindo a presidência da magna sessão, logo deixou, ocupou-a o Reverendo Padre Cícero Romão Batista, para em seu nome declarar o motivo que aqui os reunia. Ocupada a presidência pelo Reverendo Padre Cícero, fora chamado o Major Pedro da Costa Nogueira, tabelião e escrivão da cidade de Milagres, que também se achava presente. Declarou o presidente que, aceitando a honrosa incumbência confiada pelo seu prezado e prestigioso amigo Coronel Antônio Joaquim de Santana, chefe de Missão Velha, e traduzindo os sentimentos altamente patrióticos do egrégio chefe político, Excelentíssimo Senhor Doutor Antônio Pinto Nogueira Acioli, que sentia d'alma as discórdias existentes entre alguns chefes políticos desta zona, propunha que, para desaparecer por completo esta hostilidade pessoal, se estabelecesse definitivamente uma solidariedade política entre todos, a bem da organização do partido, os adversários se reconciliassem e ao mesmo tempo lavrassem todos um pacto de harmonia política. Disse mais que, para que ficasse gravado este grande feito na consciência de todos e de cada um de per si, apresentava e submetia à discussão e aprovação subseqüente os seguintes artigos de fé política: 
Art. 1° Nenhum chefe protegerá criminosos do seu município nem dará apoio nem guarida aos dos municípios vizinhos, devendo pelo contrário ajudar a captura destes, de acordo com a moral e o direito. 
Art. 2° Nenhum chefe procurará depor outro chefe, seja qual for a hipótese. 
Art. 3° Havendo em qualquer dos municípios reações, ou, mesmo, tentativas contra o chefe oficialmente reconhecido com o fim de depô-lo, ou de desprestigiá-lo, nenhum dos chefes dos outros municípios intervirá nem consentirá que os seus municípios intervenham ajudando direta ou indiretamente os autores da reação. 
Art. 4° Em casos tais só poderá intervir por ordem do Governo para manter o chefe e nunca para depor. 
Art. 5° Toda e qualquer contrariedade ou desinteligência entre os chefes presentes será resolvida amigavelmente por um acordo, mas nunca por um acordo de tal ordem, cujo resultado seja a deposição, a perda de autoridade ou de autonomia de um deles. 
Art. 6° E nessa hipótese, quando não puderem resolver pelo fato de igualdade de votos de duas opiniões, ouvir-se-á o Governo, cuja ordem e decisão será respeitada e estritamente obedecida. Art. 7° Cada chefe, a bem da ordem e da moral política, terminará por completo a proteção a cangaceiros, não podendo protegê-los e nem consentir que os seus munícipes, seja sob que pretexto for, os protejam dando-lhes guarida e apoio. 
Art. 8° Manterão todos os chefes aqui presentes inquebrantável solidariedade não só pessoal como política, de modo que haja harmonia de vistas entre todos, sendo em qualquer emergência "um por todos e todos por um", salvo em caso de desvio da disciplina partidária, quando algum dos chefes entenda de colocar-se contra a opinião e ordem do chefe do partido, o Excelentíssimo Doutor Antônio Pinto Nogueira Acioli. Nessa última hipótese, cumpre ouvirem e cumprirem as ordens do Governo e secundarem-no nos seus esforços para manter intacta a disciplina partidária. 
Art. 9° Manterão todos os chefes incondicional solidariedade com o Excelentíssimo Doutor Antônio Pinto Nogueira Acioli, nosso honrado chefe, e como políticos disciplinados obedecerão incondicionalmente suas ordens e determinações. Submetidos a votos, foram todos os referidos artigos aprovados, propondo unanimemente todos que ficassem logo em vigor desde essa ocasião. Depois de aprovados, o Padre Cícero levantando-se declarou que, sendo de alto alcance o pacto estabelecido, propunha que fosse lavrado no Livro de Atas desta municipalidade todo o ocorrido, para por todos os chefes ser assinado, e que se extraísse uma cópia da referida ata para ser registrada nos livros das municipalidades vizinhas, bem como para ser remetida ao Doutor Presidente do Estado, que deverá ficar ciente de todas as resoluções tomadas, o que foi feito por aprovação de todos e por todos assinado. 
Eu, Pedro da Costa Nogueira, secretário, a escrevi. Padre Cícero Romão Batista - Antônio Luís Alves Pequeno - Antônio Joaquim de Santana - Pedro Silvino de Alencar - Romão Pereira Filgueira Sampaio - Roque Pereira de Alencar - Antônio Mendes Bezerra - Antônio Correia Lima - Raimundo Bento de Sousa Baleco - Padre Augusto Barbosa de Meneses - Cândido de Ribeiro Campos - Manuel Furtado de Figueiredo - José Inácio de Sousa - João Augusto de Lima - Arnulfo Lins e Silva - José Raimundo de Macedo - José Alves Pimentel.

Com base em informações fornecidas por Acelino Leandro da Costa (genro de sua filha Constância, residente à Rua Cel. Antonio Correia, 79 – Várzea Alegre, em 24.07.2003) vamos traçar-lhe breve perfil biográfico.

O Cel. Antonio Correia Lima era filho do Cel. Joaquim Correia Lima e de Clara Bezerra Lima, também conhecida como “Mãe Boa”. Ele nasceu no Sítio Varzinha, no dia 17 de julho de 1864. Foi da sexta geração de um dos fundadores do município de Várzea Alegre – o Alferes Bernardo Duarte Bezerra. Teve 11 irmãos: Raimunda, Joaquim, José, Pedro, Gervásio, Dr. Leandro, Cel. Gustavo, Cel. Virgilio, Petrolina, Emília e Maria, todos nascidos no Sítio Varzinha e todos com o sobrenome Correia Lima. Casou-se em 17 de julho de 1881, aos 17 anos de idade, com Maria Vitória Correia Lima, nascida em 24 de setembro de 1862, de cujo matrimônio nasceram 11 filhos, três deles faleceram enquanto crianças, restando sete mulheres e um homem: 1. Metilde, que casou com Antonio Ferreira e foram pais de Joaquim, José, Manoel, Raimundo, Anísia, Maria Edite, Maria Luisa, Teresinha e Rosa. 2. Emília, que casou-se com José Vitorino e não tiveram filhos. 3. Constância que casou-se com Joaquim Onório e foram pais de Antonio, Otacílio, José Odimar, Luis, Isabel, Maria Luiza e Aldemir. 4. Santa que casou-se com Antonio de Norões Moreira e foram pais de José, Luiza, Raimundo e Maria. 5. José Sobrinho que casou-se com Isabel de Figueiredo e foram pais de Adelgides. 6. Ester que casou-se com Vicente Honório e foram pais de Valdízio, Francisco, Lindoval e Socorro. 7. Anália que casou-se com o Dr. Leandro Correia Lima e foram pais de Gilvanira, Gisalda e Edilmo. 8. Edite que casou-se com Vitorino Bezerra de Alcântara e foram pais de Luis, Joaquim, Osarina, Marta e Maria Edir. 

Dentre os 33 netos do Cel Antonio Correia Lima (até o dia 18.07.2003 – quando estes apontamentos foram tomados), estavam vivos: Filhos de Metilde: Raimundo Ferreira (empresário residente em Juazeiro do Norte), Manoel, Maria Edite, Maria Luiza e Terezinha. Filhos de Constância: Maria Luiza e Luis, residentes em Fortaleza. Filhos de Santa: José Norões, Raimundo e Luiza (residente no Rio de Janeiro) e Maria (residente em Fortaleza). Filho de José Sobrinho: Adelgides. Filha de Ester: Socorro. Filhas de Anália: Gizalda e Gilvanira. Filhos de Edite: Joaquim e Osarina (residentes em Recife), Maria Edir e Marta (residentes em Fortaleza). 

Antonio Correia Lima trazia junto ao nome o título de Coronel decorrente do fato de ter sido de um homem próspero, além de chefe político, como de costume na sua época, embora nem sempre tenha sido assim, pois é notório que o mesmo é proveniente de origem humilde. Filho de agricultor, rapaz destemido e determinado que se casara aos dezessete anos de idade, não se renderia à sua condição de pobreza. Iniciou a sua vida como agricultor a exemplo do pai, posteriormente se tornou comerciante, foi dono de usina de beneficiamento de algodão, além de ter exercido o cargo de prefeito do município de Várzea Alegre durante dezesseis anos, função esta que data do ano de 1912 até o ano de 1926, sempre se reelegendo. Em 1937, assumiu novamente o cargo de prefeito após ter sido nomeado pelo então interventor do Estado, Francisco de Menezes Pimentel,m assim permanecendo até o dia 30 de março de 1939, quando foi súbita e lamentavelmente vitimado por um colapso, vindo falecer. 

Morou na Rua Major Joaquim Alves, 221. Foi proprietário das terras que marcam desde a ponte, próxima ao cemitério até o Sítio Sanharol e foi daí, deste pedaço de terra que o Cel. Antonio Correia Lima demarcou o que seria não só a sua morada definitiva, mas a de toda a sua família, pois o mesmo tão logo construiu a sua casa (Rua Cel. Antonio Correia, 168) tratou de juntar a ele todos os seus genros e de tal forma que todas as casas eram interligadas, ou seja, comunicavam-se internamente umas com as outras. Isto explica o fato do local, eventualmente, ser chamado de “Praça dos Correias” apesar de denominar-se atualmente de Praça Santo Antonio. No referido local, além das residências, o Cel. Antonio Correia construiu no ano de 1922 e com recursos próprios a Capela de Santo Antonio e desde então a capela se encontra aos cuidados de sua família. O Cel. Antonio Correia Lima faleceu em 30 de março de 1939, e sua esposa, Maria Vitória, faleceu em março de 1946. 

Após o falecimento do seu Antonio Correia, a Capela ficou aos cuidados de D. Emília Correia, posteriormente de D. Constância e atualmente encontra-se aos cuidados de D. Maria Luiza (esposa do Sr. Acelino Leandro). A Praça Santo Antonio foi construída em 1952, pelo então prefeito Adelgides, neto do Cel. Antonio Correia. Em 17 de julho de 1964, foi feita uma homenagem ao Cel. Antonio Correia, por ocasião do seu centenário. O então vice-governador na época, Figueiredo Correia, sobrinho do homenageado, reuniu a família e juntos mandaram fazer um busto e colocaram num pedestal na Praça Santo Antonio. Alguns dos seus sobrinhos discursaram durante o evento, entre eles: Hamilton (Francisco Correia Lima), Lourival e Figueiredo que manifestou publicamente o desejo de que no bicentenário da vida de seu tio Antonio Correia, no qual se referia carinhosamente como Padrinho Tonho, alguém da família repetisse aquele ato e novamente o homenageassem. Filho de pais humildes, mas que ainda em vida lhe contemplaram das virtudes que seriam à base do seu patrimônio – a inteligência, determinação, espírito de liderança e acima de tudo coragem para trabalhar, entre outras coisas. 

O Cel. Antonio Correia Lima tornou-se um homem rico, deixando uma herança razoável para os filhos, mas principalmente, deixou para todos a herança sem valor mensurável, o exemplo admirável de um homem trabalhador.Em 1939, após a morte de Antonio Correia Lima, na época prefeito Municipal de Várzea Alegre, por um longo período, ele foi substituído pelo seu genro Vicente Vieira de Oliveira que escolhido por unanimidade pelos seus concunhados permanecendo desde essa época até o ano de 1945, com a realização de grandes feitos, além de haver continuado como chefe político do PSD (Partido Social Democrático) havendo permanecido até o seu falecimento em 1969. 

(Na ilustrações da coluna, usamos duas fotos: Na primeira, em data incerta, mas próxima de 1911. Na segunda, também em data incerta, nas proximidades de seu falecimento.)
CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 18.03.1949 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme Justiça Sangrenta. A ficha técnica da película é: Título original: Law of the Canyon; Estados Unidos, 1947; Direção: Ray Nazarro; Elenco principal: Charles Starrett, Smiley Burnette, Nancy Saunders, Fred Sears, Texas Jim Lewis e seus Lone Star Cowboys. Sinopse: A partir do ano de 1940, o ator Charles Starret passou a figurar como ator principal de 64 filmes com o personagem Durango Kid. Este conjunto de filmes marcou época e ainda hoje é muito lembrado. Neste filme, vagões de trens estão sendo roubados por um bando. Um agente do governo Steve Langtry (e seu alter ego Durango Kid) é enviado para capturar o bando que está por trás dos furtos. Os últimos dias do século XIX viu o Ocidente dilacerado por turbulência e conflitos, invadido por bandidos.  Antes deste ataque, a justiça falhou e a lei ficou impotente.  A vida se encheu de terror e ninguém podia confiar em outro.  Então, para o tumulto e caos da anarquia, uma figura misteriosa se levantou e veio em auxílio do povo. Chamavam-lhe Durango Kid! 
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 20.03.1949: Capitão Kidd. A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: Capitain Kidd; Estados Unidos, 1945; Direção: Rowland V. Lee;  Elenco principal: Charles Laughton, Randolph Scott, Barbara Britton, John Carradine, Gilbert Roland, John Qualen, Sheldon Leonard, William Farnum, Henry Daniell, Reginald Owen; Sinopse: O Pirata e capitão William Kidd (Charles Laughton) se passa por um construtor de navios tentando se aproximar das embarcações que transportam tesouros do rei da Inglaterra pelas águas infestadas de piratas de Madagascar. Curiosidade: quatro anos antes desse filme, Laughton estrelou ''Raio de Sol'', no papel de Jonathan Reynolds. Em determinada cena, ele comenta que deveria ter nascido dois séculos antes. Outro personagem, como resposta, diz que sendo assim ele poderia certamente ter sido o Capitão Kid. 

FÉRIAS LEGISLATIVAS
A pressão pelas redes sociais rendeu o resultado necessário. Os senhores vereadores voltaram atrás com respeito à imoralidade que haviam perpetrado dias antes, com vistas às suas férias de 90 dias ao ano. Tentaram se resguardar do ato irresponsável através da Lei Magna (a constituição do município de Juazeiro do Norte, que apareceu em nova versão, logo depois da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988). Lá, na Lei Magna, está dito que a atividade parlamentar tem 90 dias de recesso. Assim, mutatis mutandis, pensavam, eles, estaria assegurado o período de férias em dois ou três estágios. É muita cara de pau tentar sustentar uma coisa desta para quem, efetivamente, só trabalha duas tardes (de duas ou 3 horas) por semana. As justificativas, dizem eles, são, pelo menos, o atendimento às “bases” e a falta de local para despachos. Realmente, seria necessária uma sede que oferecesse um birozinho para cada um dos 21, e salas para o funcionamento das comissões, além de gabinetes para a centena de assessores (aspones). Agora, de bom senso, eles estão se sensibilizando para modificar a Lei Magna, de modo a definir férias de apenas 30 dias (e que sejam corridos, e não úteis, como a malandragem pode novamente perpetrar. E para fechar a pantomima ainda tivemos que ouvir que o presidente da casa dissesse pelo rádio que o desejável era que não tivesse férias. E cá para nós, ser eleito vereador não é emprego, é privilégio. E para comportá-lo, tem que trabalhar muito, e de preferência não sair de férias.  

CÉREBRO
Minha amiga Rosângela Tenório escreveu belo artigo pelo jornal e pelo menos nós aqui reproduzimos. Estou atrasado para me congratular com suas ideias, especialmente em torno de um grande projeto para nossa Juazeiro do Norte. Seguramente o que nos falta e muito é o planejamento adequado para nossa caminhada. Tudo no Juazeiro demanda grande esforço, pois a fragilidade dos períodos administrativos, de prefeitos improvisados, desde os anos 70, nos fez credor desta missão, pelo fato relevante de que ninguém fez o exercício de casa, plenamente. Há muitos anos vemos falar deste tal de Plano Diretor e não vemos amadurecer, nem o Plano, nem o Diretor. Portanto, em se tratando de planejamento, estamos virgens, donzelos. Aparentemente temos tido gestores arejados, gente bem experimentada, particularmente nos meandros políticos. Na verdade, o elo comum entre eles é o despreparo real para a gestão pública. São aventureiros, gente que vai apagando fogo na medida em que a labareda cresce. Por isto, de fato, tem razão completa nossa Rosângela Tenório quando preconiza a permanência no serviço público de pessoas que não tenham apenas caixa craniana, coco duro até para receber cascudo. Mas gente de nomeada, pessoas sensíveis, preocupadas com o nosso desenvolvimento. Não por ouvir dizer, mas por algo testado na vida, nas empresas, nas instituições e em íntima relação com as demandas populares. Se não for assim, claro, Juazeiro do Norte, continuará crescendo, melhor dizendo, inchando com seus problemas acumulados. Mas, muito longe de ser a cidade de que necessitamos para deixar para os netos de nossos netos. 

VATICANO
Como católico apostólico romano, pessoa temente a Deus e que diariamente pede ao Espírito Santo para que sua mente seja iluminada para que isto o fortaleça na Fé, não posso deixar de expressar a minha indignação quando muita coisa é vomitada pela imprensa com respeito a esta Igreja à qual pertencemos. A renúncia de Bento XVI ainda repercute porque, seguramente ela, a renúncia, foi um ato de extrema coragem para permitir, quem sabe, seja esta Igreja, especialmente em sua hierarquia e povo, renovada para o testemunho que este mundo tanto carece. Mas uma destas noticias que me deixou perplexo foi a que dava conta do uso indevido da internet no interior do Vaticano, com respeito ao acesso de material pornográfico, especialmente filmes. Como se sabe, o Vaticano tem uma população de aproximadamente 800 pessoas. Muitos destes têm uma máquina ao seu dispor e pelo IP do equipamento é possível se obter um relatório de quem acessa o que. O constrangedor é que da relação de sites, de onde muito material foi baixado, foram encontrados alguns títulos pornô de temática sadomasoquista. 

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
Presto aqui uma singela homenagem a uma figura exponencial da vida social de Juazeiro do Norte: Luiz Bezerra de Sousa, ou como mais frequentemente o chamávamos, Luiz de Souza. Mais de perto, eu o conheci quando meu pai, nos anos 70, passou a integrar o quadro social do Rotary Clube de Juazeiro do Norte. Naquela época era o único clube, diferentemente de hoje, quando são vários. Luiz de Souza era insistente e, provavelmente foi um dos que mais pesou para que meu pai decidisse sair de seu conforto familiar para viver a experiência de um clube de serviço, estando ao lado de figuras notáveis como eram Argemiro Mota de Carvalho, Aderson Borges de Carvalho, Mário Malzoni, Arnóbio Bacelar Caneca, Abinadabe Bezerra, Valdir Pereira, José Maurício Xavier de Oliveira, José Amâncio de Souza, e outros. Luiz Bezerra e sua mulher Valba Gondim eram presenças frequentes, constantes, indispensáveis. Animadores por excelência, especialmente quando o Clube se lançava em meritórias e inesquecíveis campanhas de promoção humana. Tinha sempre algo a dizer. Era dos rotarianos mais informado, mais sintonizado com a existência da agremiação pelo mundo. Era esclarecedor, ritualístico, não permitindo que o clube se visse tomado por aventureiros, primando sempre pelo critério de manter um grupo de bom relacionamento. Assim, marcou época. Foi de tudo, de simples rotariano a presidente do clube. Nas fotos acima, em duas oportunidades: 1. Quando assumia a presidência do clube, substituindo a Argemiro Mota de Carvalho, e 2. Numa reunião festiva, na companhia de Luiz Gonçalves Casimiro e Valdir Pereira e suas senhoras. 

QUE JUAZEIRO É ESTE?
Com este título e em matéria excelente, de ótima oportunidade, Dantas de Sousa nos remete a um bom exercício de reflexão sobre a cidade que vivemos e a que desejamos. Felizmente o texto está aqui neste Portal e o leitor, ao seu interesse poderá lê-lo, sem que tenhamos que repetir qualquer de suas linhas. E me arvoro a dialogar com o amigo para expor, principalmente, pontos de nossa convergência, pois em tais preocupações, de bom senso, não assomam divergências. A primeira questão diz respeito a pauta essencial, tantas vezes transferida, e que nos toca como professores. Onde foi parar, por estes anos, a visão de nossos gestores pela causa da educação? Fala-se tanto, reclama-se tanto, e a despeito de verbas mais generosas, continuamos na mesma. Noutro dia fiquei procurando por algo, inovador e determinado, que tivesse nos acompanhado desde os anos 70, na educação fundamental em nossa cidade. Hoje falamos de uma cidade cuja quinta vocação “econômica” (antes, parece consenso: romaria, calçados, joalheria e comércio varejista) se assenta num polo universitário que se instala em meio a um legado de qualidade, pouco convincente, não obstante a nossa curta memória de outrora grandes estabelecimentos educacionais. Enfim, um Juazeiro com muito por realizar em busca de tempos perdidos, décadas que engoliram prioridades que afinavam com nosso desejo de povo civilizado e desenvolvido. Na verdade, há muitos anos nós nos deparamos, não com a indagação Que Juazeiro é este(?) mas com a Que juazeirenses somos nós(?). Historicamente, esta é uma questão que remonta a quase cem anos quando a pequena vila já questionava os olhares e interesses diferenciados, daquilo que a história “oficial” passou a reportar como o conflito entre filhos da terra(as poucas famílias tradicionais, da elite rural) e os adventícios (os romeiros que ganharam a terra que se abriu generosa para recebê-los). Não se trata de reclamar. mais para um que para outro. o amor e o melhor interesse pela terra que os abriga. Na intimidade, nada de diferença poderia existir nesta premissa básica. Quem ama, zela. Quem não ama, faz o quê? Onde está o compromisso cidadão que cada um de nós tem que honrar para merecer a cidade dos seus sonhos? O que mais vemos hoje é este gesto concreto de absoluta irresponsabilidade, quando se delega competência para que, via de regra, outros – que nem conhecemos, façam por nós aquilo que povoa nossas expectativas. É demais, e com muita ingenuidade, acreditar que isto tudo flua satisfatoriamente, em razão de que fomos nos habituando a entregar nossos destinos a gente de origens, vontades e idoneidade, discutíveis e suspeitosas, nos postos de comando municipal. Realmente, ninguém está satisfeito do que se negocia na calada da noite e que apenas se empenha na total falta de escrúpulo para com o patrimônio público, em detrimento dos seus interesses mais medíocres e mesquinhos. Só assim, bem sabemos, tem muita razão que se deixe no ar e “corte, feito faca cega, a carne de vocês” uma indagação como esta: Que Juazeiro é este? O recente episódio da chamada Lei da Preguiça nos mostrou claramente a quem estávamos nos entregando. Felizmente, tivemos a sanidade de reagir a esta imoralidade e com isto ir um pouco mais adiante para que esta esfera se ponha mais dignamente em nosso nome, já que de nós emana o seu poder. Será? Agora é não desistir para que se faça a revisão do dispositivo constitucional, com o qual cada um dos nossos representantes no parlamento municipal faça aquilo que serve a Juazeiro do Norte: Trabalho, e muito trabalho. 

O REBATE
Das preciosidades que guardo em casa uma é a coleção parcial de O Rebate que pertence à Comunidade do Semeador, das irmãs, Cônegas de Santo Agostinho. A encadernação está um tanto maltratada e é necessário fazer uma restauração e a digitalização de suas páginas para que cesse o manuseio, mesmo por pesquisadores, que agora disporiam da forma eletrônica. Consegui a simpatia do prof. Gilmar de Carvalho e do diretor do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, prof. Pedro Eymar. Assim, por ter a UFC competência e disponibilidade de equipamento, nos próximos dias iniciaremos o trabalho de digitalização das quase 200 páginas deste primeiro e precioso periódico de Juazeiro do Norte, origem da nossa imprensa centenária. 

LINHAS PADRE CÍCERO
Na nossa coluna de 23.03, pp. eu fiz menção ao pedido procedente da Companhia Agro Fabril Mercantil, organização industrial fundada por Delmiro Gouveia, para que Padre Cícero permitisse o uso de seu nome num dos produtos que se chamaria Linha Padre Cícero. Ao final da nota, manifestei a minha ignorância, por não saber a resposta do Pe. Cícero e se, de fato havia sido produzida a tal linha. No dia 30, pp, recebi o seguinte e-mail: Após ler seu brilhante texto, no Cariricangaço, a respeito do pedido para uso da marca Padre Cícero, pela fábrica de linhas da Pedra, ao próprio, estou enviando para você a com seção e como prova os cartazes dos mesmos, autorizados pelo P. Cícero, espero que isso o ajude na sua pesquisa e que continue sempre nessa caminhada de mostrar a verdadeira história do Brasil e principalmente do nosso amado nordeste, abraços Gilmar Teixeira. Quero consignar aqui o meu agradecimento a Gilmar Teixeira dos Santos por ter feito a comunicação esclarecedora, bem como pelo envio das ilustrações acima. Relembrando, o pedido da empresa havia sido feito em 26 de abril de 1926, e a publicidade está inserta num dos números do Almanaque d´O Bacurau, publicação de Maceió, de Dezembro de 1927. 

CAMPANHA NÃO ESQUEÇA O PE. CÍCERO
Foi ensaiada por uma rede social uma campanha em que se procuraria lembrar ao Santo Padre, Papa Francisco, a necessidade de uma finalização do processo de reabilitação do Padre Cícero. Já não se pode duvidar mais da força destes veículos, exatamente porque o nosso destinatário pode estar muito próximo de nós. Lembrei-me de rever uma informação que tinha sobre uma teoria, denominada six degree of separation. A teoria dos seis graus de separação originou-se a partir de um estudo científico, que criou a teoria de que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. No estudo, feito nos Estados Unidos, buscou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer de suas relações que tivesse maior chance de conhecer a pessoa alvo. A pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo estudo. Por isto, baseado nesta crença, não temos dúvida alguma que muito rapidamente sua santidade irá receber o lembree que os romeiros do Juazeiro estão lhe mandando.

ANEL VIÁRIO
Tudo faz crer que teremos um anel viário para facilitar a vida de Juazeiro do Norte. Vez por outra temos algum susto que nos empurra para lá. Uma delas já vinha sendo o crescimento da frota em demanda ao centro comercial. A outra foi o inicio de operações da estrada Pe. Cícero. Dentro em breve o funcionamento do Aterro Sanitário traria um grande embaraço com a circulação de carros da coleta de lixo pelo centro da cidade. Sem falar da demanda por melhor acesso para aeroporto e demais equipamentos da cidade. Mas, não basta que se diga que o teremos. Também lembro que um dia, há muitos anos atrás se disse que teríamos um Centro de Apoio ao Romeiro. E deu no que deu para até hoje ser uma promessa. Mas, ainda não sabemos muita coisa sobre isto, a não ser que se fará inicialmente uma primeira etapa, entre a Bela Vista e a Av. Paulo Maia. Na minha cabeça, este anel viário tem algumas características primárias: sua largura, a inclusão de ciclovias, cruzamentos eventuais como túneis ou viadutos, arborização em canteiro central largo. Se estas coisas não forem arrogantes, no sentido de se construir com isto a maior avenida que teremos, ela já nasce saturada, como são outras mais antigas. Seria interessante que os colegas da imprensa procurem detalhar as informações sobre este projeto para melhor esclarecimento da população.

SECRETARIA DE CULTURA
Quem se habilita a ocupar o cargo de Secretário de Cultura? O cargo só não está vago porque vem sendo ocupado cumulativamente por um outro secretário. Mas é triste este fato. Não que não tenhamos valores adequados para esta gestão, mas porque o atual governo não inspira confiança de setores ligados a cultura. Isto decorreu da manipulação através da secretaria de cultura no propalado evento do Juá Forró, na primeira gestão do atual gestor. Enquanto isto, não se tem a menor informação do que este setor está amargando pela omissão do comando municipal, bem como pela ausência de alguém de grande sensibilidade para tal. Antigamente se dizia que Juazeiro não era propriamente um centro cultural, embora tantas manifestações aí teimassem em continuar existindo e resistindo às investidas. Agora se vê que a expressão cultural da cidade inspira maiores cuidados. Mas, com este estilo de gerenciamento municipal, ninguém se aventura a passar o maior vexame por não contar com dinheiro e nem autonomia para as necessidades do setor. E assim, não vai ser muito fácil escolher um secretário de cultura para Juazeiro do Norte. Uma pena.

TELEFÉRICO E LETREIRO
Já ocuparam a imprensa local as notícias de novos equipamentos para o Horto, a saber: um teleférico e um grande letreiro na encosta. Manifesto a minha divergência com aqueles que indicam que isto vai dessacralizar o Horto. Acho que todos sabem que a parte mais importante da colina é uma propriedade privada. E na propriedade privada não acontece o que se quer, a não ser que o dono permita. A Congregação Salesiana é a proprietária do que há de mais importante ali. Cabe a ela permitir que ali os agentes da dessacralização operem ou não. O que não estou conseguindo enxergar, certamente por minha acentuada miopia, é porque esta dessacralização acontece por quem chega de teleférico e não acontece por quem chega na colina, vindo de carro, caminhão, ônibus, bicicleta, ou à pé. Qual é o espaço entre o público e o privado na colina do Horto? É preciso esclarecer, antes, para se saber se a Congregação Salesiana se acha ameaçada e esta ameaça se estende ao seu espaço e aos espaços sagrados do Horto. A localização deste teleférico, pelo que se avaliou, preliminarmente, ficaria a uns 400-500 da estátua. Não há possibilidade de fazê-lo, de instalá-lo em maior proximidade, uma vez que deverá ligar o Multiuso à Colina. Quanto ao letreiro, não vejo maior ameaça. Apenas acho que é uma expressão desnecessária, um tanto arrogante, porque Fé é algo que devemos fomentar por nossa crença, e não na crença da mídia. Dos males o menor. Caberia também aos Salesianos vetar, por se instalar em área de sua propriedade? Não sei... 

ICASA, 50 ANOS
Foi graças ao ICASA que eu fui a um estádio de futebol pela primeira vez, aos 14 anos de idade. Isto aconteceu porque a sua fundação foi algo que mudou o panorama do futebol entre nós, praticamente dependente de Treze e Guarani. E aqueles primeiros momentos nos entusiasmaram muito. Particularmente lembro que em 1964, menos de um ano de existência do novo esquadrão, organizado entre empregados da indústria de algodão e outros egressos do encerramento das atividades do então Volante Atlético Clube, eu era então ginasiano no Salesiano, e junto com os demais estávamos nos preparando para a excursão de fim de curso, em julho de 1964, para o Rio de Janeiro. E foi exatamente com o Icasa que fomos obter apoio, pela compreensão de Doro Germano, seu fundador e presidente, para que nós organizássemos uma tarde futebolística na velha Liga Desportiva Juazeirense (LDJ), promoção com a qual pudemos reunir mais algum dinheiro para custear os pagamentos de ônibus e outros gastos, porque fizemos a venda antecipada dos ingressos. Foi uma tarde ótima, vibrante e muito divertida para nós que tivemos neste apoio um marco em nossas vidas, pois a viagem com duração de 15 dias, residindo em Niterói, foi algo do qual não conseguimos esquecer. Parabéns ao ICASA e vida longa com muitas vitórias.

DOUTORA HONORIS CAUSA
Não há como não reconhecer a atitude acertadíssima do egrégio Conselho Universitário da Universidade Regional do Cariri (URCA), pela concessão do título de Doutora Honoris Causa à professora Luitgarde. Oliveira Cavalcante Barros (UERJ). Necessariamente, esta escolha não leva muito em conta o fato de que o homenageado tenha “prestado relevantes serviços à instituição”. Há muitos casos em que as Universidades o fazem pelo reconhecimento imperioso dos valores pessoais, técnico-científicos e culturais dos distinguidos. Mas neste caso, a professora Luitgarde é um caso de relevantes serviços à URCA. Bastaria citar o seu empenho em nos auxiliar quando da existência do então Instituto José Marrocos de Pesquisas e Estudos Sócio-Culturais (IPESC). E não foi só. Em diversas ocasiões, a sua presença em eventos, ministrando cursos e auxiliando alunos e professores nos seus interesses acadêmicos

FRACASSO DO METRÔ
Leio pelos jornais da cidade o anuncio sobre o fracasso do nosso metrô. Isto se dá no momento exato em que a empresa que forneceu o equipamento assina vultoso contrato para fornecer trens do tipo VLT para a cidade de Natal, RN. Mas as queixas são antigas, espelhadas no que se vê por aí. Não é possível que o metrô, por si só cubra todas as demandas de destinos no plano da cidade. Isto é impossível, até para o mais dinâmico dos metropolitanos, como o de Paris, por exemplo. Há que se fazer um esforço para que ele seja imediatamente integrado à linhas de ônibus para completar a malha de cobertura sobre a cidade e seus bairros. Há algo que não compreendemos, quando não se explica qual a grande dificuldade em fazer este entendimento com as demais empresas concessionárias de transporte autoviário na cidade e na região. O que é, enfim, obstáculo intransponível neste setor? Enquanto isto, começamos a saber que a prática de algumas tarifas, sem flexibilidade, poderá levar a falência de algumas empresas. Será? Enquanto isto, a população espera que o metrô não seja passageiro, seja eficiente, possa alcançar mais alguns bairros na direção do aeroporto, exatamente em algumas áreas densamente ocupadas, incluindo-se aík as contruções mais recentes do programa de habitação do governo.