sábado, 17 de outubro de 2015


BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
196: (12.10.2015) Boa Tarde para Você, Francisco Bruno Elias da Silva
Somente no começo dos anos setenta, já professor de ensino superior, eu descobri a grandeza cultural do meu povo, através do imenso acervo do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, especialmente pela figura marcante de Inocêncio da Costa Nick e sua obra xilográfica. Desde então, como dessas coisas de amor à primeira vista, eu me danei a conhecer tudo o que dizia respeito a existência deste fazer artístico e artesanal, abordando diversos mestres da primeira geração da xilogravura juazeirense, como Noza, João Pereira, Antonio Relojoeiro, e outros. Tantos anos depois, nessa atualidade, eu me mantenho fiel ao abrigo da construção de um acervo pessoal que ultrapassa dezessete mil peças de mais de 70 artistas, dentre os quais eu passei a incluir nesta semana o seu nome, Bruno, xilógrafo que desconhecia, nesta que considero a quarta geração. Agradeço-lhe por seu contato e dele me sobressai me sobressai a sua identidade de juazeirense aqui residente e que foi forte e fartamente influenciado pela literatura de cordel, por sua avó materna que lhe recitava trechos da “Chegada de Lampião no Inferno”, despertando o seu interesse pelos folhetos e romances e daí para a xilogravura, de tão íntima relação com a literatura. Tudo isto se desenrolou, como você reconhece, à sobra da figura do Padre Cicero que sempre lhe encantou, pois você, Bruno, cresceu visualizando, muito perplexo, as multidões de devotos que todos os anos lotam Juazeiro, e onde nestes períodos de romaria eu ajudava a minha mãe vender frutas aos romeiros nas ruas do centro da cidade. É nesse contexto que relevo o marco maior da sua trajetória pessoal que começo a conhecer, através de uma oficina de xilogravura que, felizmente, ainda está agregada à Lira Nordestina, da Universidade Regional do Cariri, e trata de revelar novos valores que revitalizam esta arte. A Lira Nordestina, em diversos momentos, vista atualmente, como sucessora da velha tradição da família de José Bernardo da Silva, entre cordel e xilogravura, por minha voz, já mereceu discurso indignado em vista de seus caminhos e descaminhos, especialmente em sua gestão. Mas, jamais, Bruno, eu seria insensato a ponto de não reconhecer ali e naquele grupo de grandes xilógrafos um trabalho notável de resistência, de permanência, de grande dedicação na descoberta e na formação dos novos valores dessa arte, e bem ou mal a URCA merece este apreço pelo mínimo que vem fazendo para que esta instituição continue existindo, ligada à sua Pró Reitoria de extensão. Exatamente porque seu testemunho inequívoco, Bruno, se refere a um dessas oficinas onde você aprendeu as primeiras técnicas da gravura na madeira, dando-lhe régua e compasso para gravar suas primeira peças, a primeira coleção que não se esquece, e que é hoje seu caminho nas arte. Folgo em sabê-lo que isto foi apenas o marco inicial que o leva a encarar a xilogravura como opção diletante, solidamente embasada na sua formação cultural, mas que lhe permite uma fonte de renda e o coloca hoje na linha de formação dos jovens que também se interessam por esta manifestação. E por isso, não tardou vir daí o reconhecimento necessário, a partir da mostra “Reverência” que homenageou o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga no ano de 2012, e a justa menção no livro “A Xilogravura de Juazeiro do Norte”, de 2014, do professor Gilmar de Carvalho. Seu aprendizado evoluiu muito rapidamente, integrado à literatura de cordel, através de seu primeiro folheto em 2013, intitulado “O Diálogo do Padre Cicero com um pé de Juazeiro” dentro do Projeto SESC Cordel Novos Talentos de Juazeiro do Norte, e outros que se seguiram. Louvo a sua vinculação como agente local no projeto Prospecção e Capacitação em Territórios Criativos, parceria da Universidade Federal Fluminense, e Ministério da Cultura com a coordenação local do professor Francisco Renato Sousa Dantas. Enfim, meu caro Bruno, agradeço a você, em quem reconheço que para si também conspiraram forças da natureza de modo que a xilogravura do Cariri, tão plena de grandes valores nestas nossas cidades se mantenha como forte indicador de nossa criatividade artística e cultural. Mesmo ainda tão jovem, e sob tão fortes estímulos e motivações, por tudo o que até agora lhe foi possível realizar, seu nome já está inserto na pequena história desta grandeza e do nosso orgulho pessoal em vivermos plenamente esta realização cultural.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 12.10.2015)

BOA TARDE (II)
197: (14.10.2015) Boa Tarde para Você, Marcos Aurélio dos Santos Dias
Meu caríssimo amigo, Marcos, a propósito de nossas saborosas conversas dominicais, não posso deixar de agradecer-lhe e o faço bem sensibilizado por sua gentileza de me ter presenteado com uma gravação do original da trilha sonora da velha novela Nino o italianinho. Os jovens dos anos 70, já vidrados em telenovelas, devem lembrar muito bem de suas cenas e músicas, produzidas pela então Tv Tupi, tendo ela ido ao ar em todo o Brasil, e aqui a víamos pela Tv Ceará, entre 1969 e 1970, escrita e dirigida pelo competentíssimo Geraldo Vietri. Ambientada no velho reduto da colonia italiana paulistana, no bairro do Bexiga, aí se desenvolveu uma trama de amores, ciumes, conflitos, bem típicas da dramaturgia televisiva, mirada em modelos latinoamericanos, quase sempre com forte apelação para os melodramas. Uma coisa que nos enchia a alma era o seu elenco fabuloso, com atores como Juca de Oliveira, Aracy Balabanian, Bibi Vogel, Uccio Gaeta, Myrian Muniz, Elizabeth Hartmann, Dirce Migliaccio, Marcos Plonka, Paulo Figueiredo, Dênis Carvalho, Tony Ramos, Chico Martins e outros. Como ainda hoje as novelas da Tv terminam por produzir gravações de suas trilhas sonoras, também já em Nino, o italianinho, isto ficou famoso com belas canções, tanto de versões do original italiano, bem como de outros cancioneiros, inclusive a jovem música brasileira dos anos 60. Aliás, Marcos, como você bem experimentou, os anos sessenta nos marcou profundamente por este lado da música por alguns gêneros que se tornaram grande coqueluche, como foi a música da jovem guarda, nas jovens tardes de domingos, a música italiana, a boa música brasileira por grandes intérpretes e um rastro final das big bands americanas e de outros cantos. Você deve estar lembrado, Marcos que aqui no Juazeiro, nos anos 60, através da emissora pioneira, a Rádio Iracema, havia um programa musical de alto nível, denominado Spotlight Sonoro, apresentado por Coelho Alves e Alceli Sobreira, sempre aos domingos, no início das tardes. Esta lembrança, e não é que aqui eu esteja apenas manifestando o nosso saudosismo, vem a propósito da ausência que sentimos hoje, pois o Rádio tem achado que seleções como essas são caretas demais e pouco se dá vez a uma boa música, contraposta à vulgaridade contemporânea.
Pessoalmente, é o meu desejo de que o Rádio mais valorize essa expectativa de seus ouvintes que aguardam momentos de grande alegria e enlevo, mais que esta barulheira que nos assola hoje em dia e esta maior prevalência de sertanejo, gospel e brega tem nos tirado do sério. Procurei, noutro dia recordar algumas destas tendências do repertório que era apresentado: canções italianas e tradicionais peças das big bands americanas e de outros paises, incluindo o Brasil. Cito, por exemplo, Marcos, alguns cantores italianos de grande prestígio naquela época: Adriano Celentano, Bobby Sollo, Edoardo Vianello, Emílio Perícoli, Fred Bongusto, Gianni Morandi, Gigliola Cinquetti, Gino Paoli, Jimmy Fontana, Luigi Tenco, Nico Fidenco, Ornella Vanoni, Peppino de Capri, Pino Donaggio, Rita Pavone e Sergio Endrigo, dentre outros. Além destes, não é possível omitir as inesquecíveis canções, eternizadas por grandes orquestras deste período, dentre as quais: Billy Vaughn; Benny Goodman; Bert Kaempfert; Carmen Cavallarro; Eddie Calvet; Fausto Papetti; Franck Pourcel; Glenn Miller; Harry James; Helmut Zacharias; Herb Alpert and Tijuana Brass; Lafayette e seu conjunto; Henry Mancini; Laurence Welk; Liberace; Lírio Panicalli; Mantovanni; Orquestra Brasileira de Espetáculos; Cassino de Sevilha; Caravelli; Simonetti; Radamés Gnatalli; Paul Muriat; Percy Faith; Perez Prado; Ray Anthony; Ray Connif; Ribamar e seu conjunto; Românticos de Cuba; Severino Araújo e a Orquestra Tabajara; Sylvio Mazzucca; Tommy Dorsey; Ubirajara e solovox de ouro; Valdir Calmon; Velhinhos Transviados e Xavier Cugat, para não ir mais adiante. Em em meio a tudo isto que já era magnífico, dizíamos festivamente que nossos corações e mentes também eram para The Beatles, e – claro, “forever”, sem nem imaginar que seriam por tão pouco tempos, mas eternamente. Quero, portanto, ao cumprimenta-lo neste dia, meu caro Marcos, louvar o seu gosto musical, a sua imensa fidelidade a esta música maravilhosa de todos os tempos, e especialmente esta sensibilidade que o faz admirador e grande divulgador daquilo que houve e continua havendo de melhor.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 14.10.2015)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 19, segunda feira, às 19 horas, o filme RASTROS DE ÓDIO (The Searchers, EUA, 1956, 119 min), direção de John Ford. Elenco: John Wayne (Ethan Edwards), Jeffrey Hunter (Martin Pawley), Vera Miles (Laurie Jorgensen), Ward Bond (Rev. Capt. Samuel Johnston Clayton), Natalie Wood (Debbie Edwards), John Qualen (Lars Jorgensen), Olive Carey (Mrs. Jorgensen), Henry Brandon (Chefe Cicatrice),Ken Curtis (Charlie McCorry), Harry Carey, Jr (Brad Jorgensen), Antonio Moreno (Emilio Figueroa), Hank Worden (Mose Harper). Sinopse: Em 1868, o veterano e-oficial confederado Ethan Edwards retorna da Guerra Civil Americana e vai para o rancho de seu irmão na zona rural do Texas. Pouco tempo depois de sua chegada, os Comanches matam seu irmão e sua cunhada e raptam as duas filhas, uma delas ainda menina. Com a ajuda do filho adotivo de seu irmão, Martin Pawley, mestiço índio, Ethan, que odeia todos os ameríndios, começa a perseguir os Comanches para resgatar as sobrinhas. Para ele e também para os que o cercam (exceto Martin), é melhor "certificar-se" de que elas estão mesmo mortas e não vivas e abusadas pelos selvagens (um dos temas do filme é a discussão do racismo. Ethan se mostra obcecado e próximo de psicótico em sua perseguição, havendo suspeitas de que seu amor pelas sobrinhas se deve ao fato de ter amado a mãe delas, a esposa de seu irmão. Mais tarde, Ethan encontra o corpo assassinado da mais velha, Lucy. Recrudescem os esforços na busca da mais nova, Debbie. A procura tomará mais cinco longos anos.
BIBLIOCINE (FAP, JN)
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE),está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para as terças e quintas feiras (dias: 20, 22, 27 e 29), de 12:00 às 14:00h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: (88) 3512.3299. Para este mês de Outubro o filme que estará em cartaz é: O CONDE DE MONTE CRISTO (The Count of Monte Cristo, EUA, 2002, 131min), dirigido por Kevin Reynolds. Elenco: Jim Caviezel (Edmond Dantes), Guy Pearce (Fernand Mondego). Richard Harris (Padre Abade Farias), James Frain (J.F. Villefort), Dagmara Dominczyk (Mercedes), Henry Cavill (Albert Mondego), Luis Guzmán (Jacopo). Sinopse: O filme retrata bem a ilha de Elba, onde Napoleão Bonaparte estava exilado. Esta história tem uma mensagem de Edmond Dantes. Com um sentimento de vingança, o atual Conde de Monte Cristo mostra que não basta usar a espada para se vingar de alguém, porém o seu traidor prefere o duelo final a viver sem toda a fortuna que ele teria conseguido. O Conde de Monte Cristo (The Count of Monte Cristo) é a clássica história de Alexandre Dumas sobre um jovem inocente que erroneamente, mas deliberadamente, é preso, e de sua brilhante estratégia para se vingar daqueles que o traíram. O jovem e destemido marinheiro Edmond Dantes é um rapaz honesto e sincero, cuja vida pacífica e planos de se casar com a linda Mercedes são abruptamente destruídos quando Fernand, seu melhor amigo, que deseja Mercedes para ele, o trai. Com uma sentença fraudulenta para cumprir na infame prisão da ilha do Castelo de If, Edmond se vê aprisionado em um pesadelo que dura 13 anos. Assombrado pelo curso que tomou sua vida, com o passar do tempo ele abandona tudo que sempre acreditou sobre o que é certo e errado, e se consome por pensamentos de vingança contra aqueles que o traíram. Com a ajuda de outro preso (Richard Harris), Dantes planeja e é bem-sucedido em sua missão de escapar da prisão e se transformar no misterioso e riquíssimo Conde de Monte Cristo. Com uma astúcia cruel, ele se envolve com a nobreza francesa e sistematicamente destrói os homens que o manipularam e o aprisionaram.

CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 21, quarta feira, às 19 horas, o filme ADEUS, MENINOS (Au Revoir les enfants, França/Alemanha/Itália, 1987, 104min), direção de Louis Malle. Elenco:  Gaspard Manesse (Julien Quentin), Raphael Fejto (Jean Bonnet), Francine Racette (Madame Quentin), Stanislas Carré de Malberg (François Quentin),
Philippe Morier-Genoud (padre Jean), François Berléand (Michel), François Négret (Joseph), Peter Fitz (Müller), Pascal Rivet (Padeiro), Benoît Henriet (Ciron), Richard Lebouef (Sagard), Xavier Legrand (Babinot), Irène Jacob (Davenne). Sinopse: Durante o inverno de 1943-44, a Segunda Guerra Mundial divide a França ocupada entre os invasores nazistas e os "colaboracionistas" (cidadãos franceses que ajudam os alemães) de um lado e os opositores (chamados de "resistência" quando clandestinos) e demais habitantes de outro. Julien Quentin, filho de uma família rica do norte da França, é enviado juntamente com seu irmão mais velho para o colégio interno Sainte-Croix, onde meninos de diferentes idades assistem aulas dadas e organizadas por padres cristãos. Ele volta entristecido das festas de Natal para a tediosa rotina no internato. Suas aulas parecem sem novidades até o padre Jean, o diretor, aceitar quatro novos alunos. Um deles, Jean Bonnet, é da mesma idade e turma que Julien. Este fica intrigado com Bonnet, pelo fato dele ser um menino muito inteligente e introspectivo e ficar marginalizado pelo resto da classe. Depois de um tempo, eles se aproximam e criam um vínculo muito próximo de amizade. Mas, uma noite, Julien descobre que Bonnet veste um solidéu e reza em língua hebraica.
CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Teatro da Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 23, sexta feira, às 19 horas, o filme O ÓDIO (La Haine, França, 1995, 97min), direção de Mathieu Kassovitz. Elenco: Abdel Ahmed Ghili (Abdel), Abdel-Moulah Boujdouni (jovem empresário), Arash Mansour (Arash), Benoît Magimel (Benoît), Bernie Bonvoisin Plainclothes (Policial), Choukri Gabteni (irmão de Saïd), Christian Moro (Jornalista), Christophe Rossignon (Taxista), Cut Killer (DJ), Cyril Ancelin Plainclothes (Policial), Edouard Montoute (Darty), Eric Pujol (Policial), Fatou Thioune (Irmã de Hubert), Félicité Wouassi (mãe de Hubert), François Levantal (Astérix), François Toumarkine (Policial), Héloïse Rauth (Sarah), Hubert Koundé (Hubert), Jose-Philippe Dalmat (Policial), Karim Belkhadra (Samir), Mathilde Vitry (Jornalista), Medard Niang (Medard), Philippe Nahon (Chefe de Policia), Rywka Wajsbrot Vinz's Grandmother Saïd Taghmaoui (Saïd), Vincent Cassel (Vinz). Sinopse: O filme aborda o conflito entre a juventude francesa e a polícia em Paris e outros problemas enfrentados pela periferia da cidade francesa. Toda a história se passa em um período de 24 horas em que os protagonistas, três jovens franceses, enfrentam a polícia, encontram uma arma perdida e tem que decidir o que fazer com ela, encontram gangues e skinheads e quando finalmente voltam para casa, se deparam com uma surpresa.

CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 23, sexta feira, às 20 horas, o filme UMA LONGA JORNADA (The Longest Ride, EUA, 2015, 123min), direção de George Tillman Jr. Elenco: Britt Robertson (Sophia Danko), Scott Eastwood (Luke Collins), Alan Alda (Ira Levinson), Jack Huston (o jovem Ira), Oona Chaplin (Ruth) Melissa Benoist (Marcia), Lolita Davidovich (Kate Collins), Peter Jurasik (Howard Sanders). Sinopse: Aos 91 anos, com a saúde debilitada e sozinho no mundo, Ira Levinson (Alan Alda) sofre um acidente de carro e se vê abandonado em um lugar isolado. Ele luta para manter a consciência e passa a ver sua amada esposa Ruth (Oona Chaplin), que faleceu há nove anos. A poucos quilômetros de distância, a bela Sophia Danko (Britt Robertson) conhece o jovem cowboy Luke (Scott Eastwood), que a apresenta a um mundo de aventuras e riscos. De forma inesperada, os dois casais vão ter suas vidas cruzadas.

CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 22, sábado, às 17:30 horas, o filme Z (Z, Argélia/França, 1969, 120min), direção de Costa-Gavras. Elenco: Yves Montand (Deputado), Irene Papas (Helene, esposa do deputado), Jean-Louis Trintignant (Juiz de instrução), Jacques Perrin (Fotojornalista), Charles Denner (Manuel, correligionário do deputado), Bernard Fresson (Matt, correligionário do deputado), Pierre Dux (General Missou da polícia), Julien Guiomar (Coronel da polícia), Jean Bouise (Deputado Georges Pirou), Georges Géret (Nick, testemunha), Magali Noël (Irmã de Nick), Marcel Bozzuffi (Vago), Renato Salvatori (Yago), Clotilde Joano (Shoula), François Périer (Procurador), Jean Dasté (Ilya Coste). Sinopse: O filme se inicia com a advertência nos créditos iniciais de Costa-Gavras e Jorge Semprun que qualquer semelhança com eventos e pessoas da vida real não é coincidência - é intencional. Suspense político, trata de fatos reais ocorridos em 1963 na Grécia. Em cenário político tenso, professor de medicina e deputado grego, um dos líderes da oposição esquerdista, organiza juntamente com correligionários Shoula, Matt e Manuel e o deputado George Pirou, uma reunião pela paz e contra a permissão de instalação de mísseis balísticos americanos em território grego. Com dificuldades, a reunião é realizada mas ao concluir sua fala, o deputado é atropelado e acaba morrendo dias depois. A polícia conclui que foi um acidente mas há indícios que levam o juiz de instrução a suspeitar da versão da polícia e aprofunda a investigação. Com ajuda indireta de um fotojornalista, e testemunhas como Nick, ele consegue revelar uma trama de membros do governo grego, como o general de polícia, o coronel da polícia, outros militares e Yago e Vago, os autores do crime. São todos indiciados mas as testemunhas morrem em circunstâncias estranhas e os envolvidos são condenados a penas leves. Pouco tempo depois os militares lançam um golpe militar. O novo regime persegue os aliados do deputado morto, o fotojornalista e o juiz de instrução. Proíbem comportamentos e assuntos como a matemática moderna, liberdade de expressão, e a letra z, em grego antigo significa "ele está vivo".
LIVRO: REISADO
Pode ser encontrado na internet, uma parte do ótimo trabalho Reisado Cearense, uma proposta para o ensino das africanidades, de autoria de Cícera Nunes.
O livro tem muitas informações sobre o Reisado de Juazeiro do Norte, com a participação do prof. Renato Dantas e trata especificamente das origens do reisado, inclusive entre nós, bem como aspectos da educação em Juazeiro do Norte, voltada para o ensino das africanidades. Trata-se de uma Dissertação de Mestrado em Educação Brasileira, na Universidade Federal do Ceará, sob a orientação de Henrique Antunes Cunha Jr., defendida em 2007.  Cícera Nunes, possui Doutorado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2010). É Mestre em Educação Brasileira também pela Universidade Federal do Ceará (2007). Pedagoga e Especialista em Arte-Educação pela Universidade Regional do Cariri (2003). Foi professora da Universidade Federal de Alagoas - UFAL (2008-2010) e da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (2010-2011). Atualmente é Professora Adjunta I da Universidade Regional do Cariri - URCA. Coordenadora do Núcleo de Estudos em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais - NEGRER/URCA.Tem experiência na área de Educação atuando principalmente nos seguintes temas: reisados, formação de professores, negro e africanidades.
Quem desejar lê-la na sua integralidade, pode procurar em:

IMPRENSA: 
GUIA AUTOMOTIVO CARIRI
Já está em circulação o Guia Automotivo Cariri, com 14 páginas, servindo ao mercado de negócios sobre automóveis, incluindo as opções de compra e venda de veículos e serviços em geral. Esta primeira edição, de agosto de 2015, teve uma tiragem de 4 mil exemplares e é direcionada proprietários de veículos em toda a região do Cariri, concessionários e revendas, de novos e seminovos. O editor é Cloves Deodato Ferreira.

LUGARES (IX): PRAÇAS PADRE CÍCERO
De tantos lugares por este país em que se fazem homenagens ao Patriarca dos Sertões, as praças públicas parecem ser os locais mais prediletos. Quem começa consultando o catálogo do Correio vai encontrar pelo menos 11 destas praças, devidamente identificadas pelo seu Código de Endereçamento Postal (CEP), em apenas 5 dos estados brasileiros (Alagoas, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco). (Veja o quadro abaixo).

Mas, logo se estranha, pois Juazeiro do Norte, com maior propriedade tem uma Praça Pe. Cícero. Apenas se verifica que neste caso, o endereçamento de correspondência se faz mediante a melhor especificação do local, nas ruas do entorno (São Pedro e Padre Cícero, São Francisco e Cruzeiro).  Contudo, mesmo sem CEP, uma rápida busca na internet nos revela dezenas de endereços “Praça Padre Cícero) por muitas cidades brasileiras. Apresentamos abaixo (Veja o quadro) uma pequena relação com as primeira 20 destas praças, espalhadas por sete estados da Federação (Alagoas - com o maior número, 11; Ceará, 1; Paraíba, 2; Pernambuco, 3; Sergipe, 1; São Paulo, 1 e Tocantins, 1). Em outra oportunidade continuaremos registrando estas ocorrências e fazendo comentários.

PAGADORES DE PROMESSAS
A imprensa ainda se permite divulgar o fato abaixo como “inusitado”, ao se referir ao fato de que no interior de Pernambuco, um prefeito-padre caminha a pé até Juazeiro do Norte para pagar promessa e tentar espantar a crise. Diz a nota do Jornal de Luzilândia, em Teresina, PI: “O Prefeito de Iati, Padre Jorge (PTB), iniciou nas primeiras horas de sexta-feira, dia 9, uma caminhada de peregrinação a Juazeiro, no Ceará, a Terra do Padre Cícero. Acompanhado por outros dez peregrinos, o Governante Iatiense vem percorrendo, a pé, os cerca de 500km que separam Iati de Juazeiro. “Fiz uma promessa ainda durante a campanha de 2012 e chegou a hora de cumprir esse compromisso. Vou aproveitar essa penitência para pedir a Deus, ao Padre Cícero, a Nossa Senhora das Dores e a todos os Santos que nos abençoe, e nos ajude a passar essa grave crise financeira que assola o nosso Município”, pontuou o Padre Jorge. Para que se tenha uma ideia do atual quadro vivenciado pela Prefeitura de Iati, o Prefeito, depois de se reunir com os seus Secretários, decidiu demitir servidores temporários no último mês de setembro. Também foram adotados cortes em todas as gratificações e os salários do Prefeito, secretários e cargos comissionados sofreram uma redução de 30%. Também foram adotadas medidas de economia de combustível e consumo de energia elétrica, inclusive, com a redução do expediente da Prefeitura em uma hora. “Já cortamos e enxugamos os gastos da Prefeitura. Vamos realizar essa peregrinação, que estimamos ter uma duração de 12 dias. Ao chegarmos, vamos acompanhar os reflexos dessas medidas e se não tiverem sido suficientes, vamos ter que adotar medidas de maior arrocho nos gastos. A meta é equilibrarmos as contas da Prefeitura”, pontuou o Prefeito Padre Jorge. Vale registrar que com a crise, o Governo de Iati vem deixando de honrar compromissos junto a servidores, prestadores de serviço e fornecedores. “A situação é muito difícil. Estamos rezando para que esse momento amargo passe o mais rápido possível”, finalizou o Padre Jorge.”

POLO GASTRONÔMICO DA LAGOA SECA
Ainda pelos anos 50, 60, a Lagoa Seca era reconhecida como parte da zona rural de Juazeiro do Norte, entre o triângulo e o limite com Barbalha. Neste então latifúndio se salientavam as propriedades de alguns homens de negócios como Manoel Francisco Germano e Manoel Raimundo de Santana, mais conhecido como Manoel Pires. Depois a Lagoa Seca começou a se desenvolver por ser uma espaço de novas moradias, o Colégio Santo Inácio (depois Hospital Santo Inácio) até que seus proprietários fizeram desmembramentos e loteamentos (Jardim Gonzaga, por exemplo). Mais recentemente, com a sua completa transformação em zona urbana, cresceu o interesse de ali também se estabelecer comércio, indústria e serviços. Já de uns bons anos para cá, também se tornou um polo gastronômico. No dia de hoje, por exemplo, em que se anuncia oficialmente o fechamento (lamentamos) da mais conhecida casa de gastronomia da região, La Favorita, (trinta e dois anos de existência, desde 1983) o Diário Oficial do Município divulga uma Lei que foi aprovada e sancionada, criando o Polo Gastronômico da Lagoa Seca. Vejamos os seus termos: LEI Nº 4536A, de 08.10.2015. Dispõe sobre a criação do polo gastronômico da lagoa seca no Município de Juazeiro do Norte e adota outras providências. FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei: Art. 1º - Fica criado no âmbito do Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, o Polo Gastronômico da Lagoa Seca. Parágrafo Único - Para efeitos desta Lei, o Polo Gastronômico da Lagoa Seca terá a seguinte delimitação: PONTO INICIAL: Pelas Ruas Maria Diva Sobreira de Carvalho e Virgínia de Mendonça, sentido leste/oeste, seguindo por estas até a Avenida Prefeito Ailton Gomes, sentido sul, indo por esta até a Rua Frei Damião, indo por esta até a Rua Odilon Figueiredo, sentido oeste, indo por esta até a linha imaginária de limites dos municípios Juazeiro/Barbalha, sentido sul, indo por esta linha no sentido leste, até a Rua Dra. Ângela de Albuquerque Matos, sentido leste, até a Rua José Sebastião de Carvalho, indo por esta no sentido norte, até o cruzamento com as Ruas Maria Diva Sobreira de Carvalho/Virgínia de Mendonça – PONTO FINAL. Art. 2º - A área delimitada poderá ser objeto de regras específicas relativas ao uso do solo, às obras e às posturas municipais pelos estabelecimentos enquadrados no perfil sócio econômico do referido corredor. Art. 3º - O Polo Gastronômico da Lagoa Seca tem por objetivo: I - promover desenvolvimento sustentável da atividade econômica, ali espontânea, já instalada; II - atrair novos investimentos dentro do perfil vocacional da área; III - assegurar o controle urbano e o ordenamento do uso do solo, com ênfase ao combate às poluições sonora, visual e do ar; IV - favorecer o trânsito de pedestres na área e melhorias na circulação de veículos; V - otimizar o uso coletivo de estacionamentos, bem como a ampliação da oferta de vagas no entorno; VI - realizar campanhas publicitárias objetivando a divulgação do corredor; VII - patrocinar festivais e encontros gastronômicos. Art. 4º - Condicionamento ao ordenamento urbano, respeito ao passeio, combate às poluições visual, sonora e do ar, poderá o Município firmar parcerias com os estabelecimentos, diretamente ou através de associações representativas dos momentos, bem como com outras entidades da iniciativa privada, com o objetivo de promover o desenvolvimento da atividade e do seu potencial turístico, de forma ambientalmente sustentável. Art. 5º - Fica o Município autorizado a incluir o Polo Gastronômico da Lagoa Seca como atração em suas publicações e campanhas destinadas a promoção turística. Art. 6º – O Poder Público Municipal fica autorizado a criar o Selo de Responsabilidade Urbanística, que será conferido anualmente aos estabelecimentos que se adequarem às regras e aos critérios estabelecidos nesta Lei, conforme dispuser regulamento. Art. 7º - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, quinta-feira, 08 (oito) de outubro de dois mil e quinze (2015). Dr. Raimundo Macedo, Prefeito de Juazeiro do Norte.

NOVO CD: CILA BRAZ
Quero agradecer a imensa cordialidade e a gentileza de Cila Braz que veio me trazer o seu mais novo CD que tem um título longo, mas muito expressivo: “Um gesto de amor e gratidão a minha terra querida Juazeiro do Norte”. Seu conteúdo é de apenas 2 músicas: Canção da minha terra, composta pelo inesquecível José Brasileiro e o Hino de Juazeiro do Norte, de autoria do Dr. Geraldo Menezes Barbosa. Os arranjos, a execução e a gravação foram de J. Fernandes. Já ouvi e atesto que o trabalho ficou maravilhoso, fazendo jus ao grande esforço e esta amorosa declaração de Cila à sua terra.