sábado, 5 de agosto de 2017


BOM DIA! (82)
UM ESTRANHO EM MINHA RUA
Por Renato Casimiro
Há vários anos atrás, com muita curiosidade, eu me danei a verificar o que de patrono de ruas nessa cidade ainda continuava desconhecido. Fui para as obras preciosas de Mário Bem Filho e de Raimundo Araújo para constatar o óbvio: muitos nomes continuam no completo anonimato e a Câmara Municipal não tem uma sistemática para adotar nomes de grande valor histórico para a nomenclatura de nossos logradouros. Infelizmente é assim. 

Houve tempo que alguns de nós, pessoas incomodadas com essa omissão, até chegamos a elaborar listas para melhor orientar a santa ignorância de nosso parlamento. Na própria imprensa local, vamos colhendo flagrantes dessa atitude, por uns considerada absolutamente irresponsável, pois sob a alegativa de “relevantes serviços prestados à cidade”, os nomes de senhores e senhoras, na maioria desconhecidos, seguramente gente de bem, mas num gesto verdadeiramente eleitoreiro, de quem está fazendo uma gentileza para merecer o favor do voto da família do homenageado(a), deixando-se ao esquecimento pessoas que, verdadeiramente, e já em idos tempos, deveriam ser homenageadas por nossa cidadania. 

Desse modo, por exemplo, não sei de quem, nem quando partiu a idéia de nomear uma rua de nossa cidade com o nome de Dr. José Paracampos. Há merecimento, claro, mas desconhece-se que isso tenha sido verdadeiramente propalado. Contudo, minha surpresa.

Das referidas obras de Mário Bem e Raimundo Araújo, reproduzo os dados seguintes. Na obra sobre Juazeiro do Norte, seu espaço físico, na última edição (4ª.), de 2013, assim Mário descreve; “Primeira paralela Sul à Rua Joaquim de Souza Menezes, sentido Oeste/Leste, início na Rua Beata Maria de Araújo, término na Av. Antonio Pereira da Silva, (Bairros Romeirão e José Geraldo da Cruz); Lei nº 528 de 02 de Setembro de 1975, CEP 63.050-640 p/o Bairro Romeirão, 63.051-060, para o Bairro José Geraldo da Cruz.” 

A referida Lei é anterior ao ano 2000, quando Mário e Raimundo publicaram os Dados Biográficos dos Homenageados em Logradouros Públicos de Juazeiro do Norte. Certamente, pela dificuldade de dados pessoais sobre Paracampos, ali não consta sua biografia. O proponente, vereador à Câmara Municipal, talvez não tenha anexado nada ao seu requerimento, em torno do homenageado, a não ser que foi um médico muito festejado em Fortaleza, patrono de diversas unidades de atendimento de saúde, e aparentemente sem relação com Juazeiro. Ainda hoje, mesmo através da rede mundial de computadores, em sites de busca, quase nada se sabe a respeito de Paracampos. 

Em muitas leituras de nossa bibliografia, aparece-nos a citação de que foi médico de Floro Bartholomeu da Costa. Em Janeiro de 1926 Floro está muito doente em Campos Sales, porque acometido de sífilis, era visível a sua intoxicação pelos medicamentos que tomava. Sem maiores detalhes, sabe-se que alguém em seu nome fez vir de Fortaleza o médico Dr. José Paracampos que teria cuidado dele entre Campos Sales e o seu retorno a Juazeiro. Sabe-se que daí por diante Floro teve que esquecer todo o seu envolvimento com o Batalhão Patriótico, e a chegada de Lampião a Juazeiro, missão que assumira perante a República para impedir a entrada da Coluna Prestes no Ceará. Floro então foi transferido, provavelmente em veículo usado pelo mesmo Dr. Paracampos, em grave estado, para ir a Fortaleza. Foi mantido em um setor de atendimento médico na Escola de Aprendizes Marinheiros, até quando embarca de navio para o Rio de Janeiro. Aí ele não resistiria e faleceu no dia 06.03.1926. Então, na história de Juazeiro do Norte, parece ser essa a única relação do médico José Paracampos para com a cidade.

À margem dessa breve nota, eu fui procurar algo a respeito de José Paracampos. Não faz muito tempo, recebi de presente um excelente trabalho em livro que me foi presenteado pelo padre José Adelino Martins Dantas, pároco de São José do Limoeiro. Trata-se do livro Os Italianos de Picos, de autoria de Graziani Gerbasi Fonseca, em edição de 2004. O livro trata de relacionar e historiar o fenômeno da imigração de diversas famílias italianas para o Piaui, a partir de 1870. São essas famílias citadas: Stoppelli, Lanziano, Biscardi, Reinaldo, Magaldi, Fiorito, Linard, Petroli, Paracampo, Cortese, Marsilia, Dall´Duca, Fasanaro, Sapienza, Petrola, Gerbasi e Prota. E com suas informações, relativamente sumárias, eis a seguir o que podemos dizer de José e sua familia. 

Nesse livro está referido que Giovanbattista Lanziano Paracampo foi dos primeiros italianos a chegar em Picos, pelo ano de 1875, aos 22 anos de idade. De outra família, já residente em Picos anteriormente, os Stoppelli, nasceria em 1873 Eudoccia, com quem Giovanbattista se casaria em 1890. Desse casamento nasceria o primeiro filho em 07.11.1891, que seria também considerado o primeiro neto de italianos em Picos, pois Eudoccia também aí nasceu. Foi José, cujo nome completo é José Stoppelli Paracampos. Pequeno detalhe é que não foi observada a grafia original e daí por diante vamos verificar em assentos cartoriais e eclesiásticos o termo Paracampos. José foi batizado em 17.10.1892 e a crônica registra que foi a maior de todas as festas realizadas entre famílias italianas que fizeram vir convidados de várias cidades do Nordeste, italianos principalmente que já habitavam Iguatu, Quixadá, Fortaleza, com confraternização por vários dias, com cardápio gastronômico extraordinário, desfile exuberante de elegância entre as senhoras e senhores, com vestimentas de estilo europeu. 

A família demorou-se pouco em Picos, pois Quixadá (onde já residia o irmão de Giovanbattista, Isidro) começou a experimentar largo progresso com a movimentação comercial, a construção do Açude Cedro, a chegada da ferrovia para Fortaleza, etc. A morte do irmão Isidro levou Giovanbattista a transferir a família para o sertão do Ceará em 1895. Aí a família cresceu e o primogênito José, filho do agora denominado, mais brasileiramente, de João, ganhou os irmãos: Pasqual, Anunciada, João, Carmélia, Nirvanda, Hélio e Ester. Nesse livro, consta que seriam 9 irmãos, mas um deles não é mencionado. José fez seus estudos entre Picos e Quixadá, referente aos antigos graus primário, ginasial e científico. Para os estudos acadêmicos, seus pais o encaminharam para a Faculdade de Medicina da Bahia, onde se formou em 1915. Entre essa data e o fim de 1918 não há qualquer registro sobre a atividade profissional, médico, se em Quixadá ou Fortaleza, ou permanecendo na Bahia. Em seguida ele vai para Paris para fazer a sua Pós Graduação, por dois anos, optando por uma especialização em pediatria. Depois se demora na Europa por mais um ano, fazendo estágios na sua especialidade. Retornando, já no início de 1922, José já é citado como autor de um “Relatorio Apresentado ao Ex.mo Snr. Dr. Manoel Leiria de Andrade, Secretario dos Negocios do Interior e da Justiça, pelo Dr. José Paracampos, Director de Hygiene. Abril de 1922”. 

Como médico pediatra, José se estabeleceu com uma clinica na Farmácia Francesa, numa das esquinas da Praça do Ferreira (Major Faculdo com Ouvidor) e residia no bairro do Bemfica, na Travessa Joazeiro. Credita-se a José Paracampos todo o trabalho como precursor dos serviços de puericultura no Estado do Ceará, que foi implantado no ano crítico, de grande seca, de 1932, como um marco da medicina, posto que o cenário era de índices alarmantes com respeito à mortalidade de gestantes, neonatos, parturientes e crianças. Juazeiro do Norte, mesmo, teve um Posto de Puericultura, por sua ação, instalado no antigo endereço da Av. Leandro Bezerra. 

Toda a vida ativa do médico José Paracampos foi de inteira dedicação à causa da criança. Não se casou. Dizem que teve muitas namoradas, mas sempre esteve ao lado de sua mãe e irmãs solteiras, Eudoccia e Anunciada, Carmélia, Ester e Nirvanda, todos residentes na mesma casa do Bemfica. Sua mãe faleceu em 1964, e suas irmãs: Anunciada, em 1940; Nirvanda, em 1956; Carmélia, em 1975 e Ester, em 1995. Seu pai, João, faleceu acometido de hanseníase, em 1934 em Fortaleza. Dr. José Stoppelli Paracampos faleceu em Fortaleza, em 14.12.1972. A informação diz que foi aos 89 anos, mas ele só viveu mesmo 81 anos, como seu pai.
(Postado em Facebook: https://www.facebook.com/renato.casimiro1, em 05.08.2017)
BOM DIA! (81)
MARIA CONSUELO DE FIGUEIREDO
Por Renato Casimiro
Há vários anos a AFAJ, Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro do Norte, sediada em Fortaleza, faz a celebração da Festa da Padroeira, Nossa Senhora das Dores numa das Igrejas da Capital. Em 2011 ela foi realizada na pequena Capela de Nossa Senhora das Graças, anexa ao Hospital Militar. Como sempre acontece, uma das filhas de Juazeiro do Norte é destacada para receber uma homenagem e na ocasião, além de ser lido um texto sobre a sua vida, ela é presenteada com uma bela imagem da Padroeira. No ano do centenário de nossa cidade, e dos 184 anos dessa celebração, a homenageada foi a sra. Maria Consuelo de Figueiredo.

Há poucos dias tivemos notícia de agravamento de seu estado de saúde, posto em rede social por sua sobrinha, Zulmira Maria de Figueiredo Temóteo. Efetivamente, dona Consuelo Figueiredo faleceu no dia 2 passado e foi sepultada em Fortaleza. 

Em Setembro de 2011 eu e Francisco Neri Filho tivemos uma longa conversa com dona Consuelo e dessa entrevista eu elaborei um texto procurando escrever-lhe uma biografia bem reduzida. Em sua homenagem vamos reproduzir esses dados sobre sua pessoa, aos quais juntamos nossas orações pelo repouso eterno de sua alma.

Maria Consuelo de Figueiredo nasceu na rua do Padre Cícero, então Rua Grande, na casa de número 152, no dia 31 de maio de 1920. Seus pais eram João José de Figueiredo, que se conhecia mais como João Alencar de Figueiredo, por alteração do próprio nome na sua maturidade, e Zulmira Roza de Figueiredo. Antes de vir morar em Joazeiro, João Figueiredo havia sido um dos soldados da borracha, que se alistara para o desbravamento e o alargamento da fronteira do país para o norte, na região amazônica, no então território do Acre, no começo do século. Ali também explorara jazida de ouro e pedras, talvez tendo sido por isto que terminou por aportar na cidade que já se consolidava como pólo joalheiro, com grande número de ourivesarias, mercê do seu apurado artesanato. Nas suas origens, João era filho do português Antonio Maria de Figueiredo e de Ana Tranquilina Bastos de Figueiredo. De Zulmira, se sabe que era uma das filhas do casal Antonio Paz da Silva Roza e de Jacinta Umbelina Brasileiro Roza. 

Com menos de um mês do nascimento da filha Consuelo, seus pais procuraram o Padre Cícero para que apadrinhasse a garota que seria batizada na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, oficiada pelo primeiro vigário da paróquia, Pe. Pedro Esmeraldo da Silva. Pelas penas impostas ao velho patriarca, Padre Cícero teve que submeter ao seu bispo diocesano uma petição onde se lia: “Ilmo. Sr. Bispo do Crato. O Padre Cícero Romão Baptista, presbítero secular, residente em Joazeiro, nessa Diocese, humildemente pede a V. Excia. que se digne conceder-lhe licença para ser padrinho de uma criança, filha legítima dos Sr. João Alencar de Figueiredo e da sra. Zulmira Roza de Figueiredo, residentes nesta cidade. Nestes Termos. Pede Deferimento. Joazeiro, 28 de junho de 1920. Pe. Cícero Romão Baptista.” No mesmo documento, o bispo diocesano despachou prontamente: “Como pede. Crato, 01.07.1920. D. Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva.” 

Nesta época em que nasceu Consuelo, seu pai era próspero comerciante no ramo de artigos religiosos, estabelecido com loja bem situada na rua Nova, esquina de Padre Cícero, onde muitos anos depois foi instalado o Ginásio Santa Terezinha e depois Monsenhor Macedo. Dentre os seus colaboradores na loja, Consuelo lembra particularmente de José Edwiges e Joaquim Estevão Barbosa (Joaquim Mansinho). Este último, por sinal, ingressaria também e com sucesso, no comércio varejista de produtos religiosos. Além desta atividade, João Figueiredo era escrivão da Coletoria Federal, ao tempo em que o titular era Fausto da Costa Guimarães. Num dos mandatos do prefeito José Geraldo da Cruz, João Figueiredo foi dedicado funcionário administrativo da municipalidade. 

Consuelo foi a penúltima dos filhos, do primeiro casamento de seu pai. Antes dela vieram Edgar Roza de Figueiredo, que casou com Maria do Carmo e a família viveu na Bahia; Violeta de Figueiredo Galvão, que casou com Antonio Lacerda Galvão e residiriam em Recife; João Figueiredo Filho, que casou com Raimunda Pereira de Figueiredo, filha do grande mestre artesão João Pereira, e que ainda hoje reside em Juazeiro; José Maria de Figueiredo, que casou com Maria Alacoque Bezerra, sempre residentes em Juazeiro do Norte, e Mirian Figueiredo que casou com Eustáquio. Complicações no parto de Mirian determinariam o falecimento precoce de dona Zulmira. Consuelo perdeu sua mãe com a idade de três anos. Três meses depois deste fato, João Figueiredo se decidiu por contrair novo casamento. Sua segunda mulher se chamava Hilda Bezerra Figueiredo, e lhe deu duas filhas: Julieta de Figueiredo e Ana Matos de Figueiredo (Nininha). Na terceira gravidez, Hilda não resistiu e faleceu. Novamente, João Figueiredo se casa com Maria Soledade de Figueiredo, com a qual teria os filhos Antonio Figueiredo Sobrinho, Nelson Alencar de Figueiredo e Gilda Alencar de Figueiredo Moreira.

No Joazeiro, Consuelo frequentou, entre 1928 e 1932 a escolas particulares de Adelaide Melo, de Amália Xavier de Oliveira e dona Nina Milfont, esposa do prof. Edmundo Milfont, que também tinha escola particular para rapazes. Nesta escola, que funcionava onde depois se instalaria a conhecida Farmácia Brasil, de Dr. Belém, Consuelo cumpriu parte dos anos da sua formação primária. Antes de concluí-los, decidiu ir morar em Recife, junto a sua irmã Violeta, e aí continuou os estudos no Grupo Escolar de Olinda. Aí se demorou por quatro anos, retornando a Juazeiro para fazer o então exame de admissão e ingressar na Escola Normal Rural, em busca de sua formação de professora ruralista, o que obteve entre 1936 e 1940. Em 1940, no dia primeiro de dezembro, no palco do Cine Roulien, Consuelo recebeu o seu diploma de professora, numa turma de 25 concludentes, paraninfada pelo Dr. José Martins Rodrigues, onde se destacavam, dentre outras, pessoas estimadíssimas como Mundinha Paiva, Luzieta Melo, Argina Figueiredo, Maura Almeida, Miguelina Araújo, Aila Almeida, Carmelita Guimarães, Celina Callou, e Haidê Maia. 

Entre 1941 e 1942, Consuelo dedicou-se ao magistério em escola particular em Juazeiro. Em 29.08.1942 casou com Jasson Conrado Brasileiro e o casal foi residir em Missão Velha. Deste relacionamento não houve descendência. Em 1944 o casal muda-se para Fortaleza, onde Consuelo passou a ministrar aulas num colégio público municipal do bairro do Alto da Balança, graças ao apoio do ex-prefeito Antonio Conserva Feitosa e do então prefeito de Fortaleza, Acrísio Moreira da Rocha. Em 26 de novembro de 1945, ausente de Juazeiro, Consuelo perde seu pai, falecendo com pouco mais de 64 anos de idade. Na gestão municipal do prefeito Paulo Cabral de Araújo, Consuelo é empregada no Instituto de Previdência de Fortaleza (IPM), a partir de 1954. Posteriormente prestou concurso e foi efetivada, mantendo-se no cargo até a sua aposentadoria. No órgão, respondeu pelas chefias dos setores: Serviços Gerais, Assistência, Expediente, e Pessoal. Na sua capacitação realizou cursos de formação em Reforma Administrativa (1969), Relações Públicas (1973), Relações Humanas (1973), Chefia de Pessoal (1975), Administração Pública (1975), Administração de Pessoal (1975), Gestão de Pessoal (1975) e Redação (1976). Ainda no IPM, na gestão do prefeito Murilo Borges Moreira, Consuelo foi designada presidente do órgão a que servia, por três meses. O presidente anterior, vereador Roberto de Carvalho Rocha teve de reassumir o seu mandato, tendo antes feito a indicação de sua substituta. Consuelo foi, deste forma, a primeira mulher a ocupar um cargo de Diretoria num órgão público municipal no Ceará. Com a sua aposentadoria do IPM, com grande vitalidade e disposição, Consuelo assumiu, na administração do então prefeito Evandro Aires de Moura, a partir de 1973, as funções de Diretora Administrativa na Fundação Educacional de Fortaleza (FUNEFOR). Ali trabalhou por 16 anos ininterruptos. E só parou de trabalhar quando a compulsória lhe chegou, em 1990, tendo sido aposentada por ato do então prefeito Juraci Vieira Magalhães, em 21.08.1990. 

Ainda na sua juventude, por quase 14 anos, Consuelo recorda que viveu muito intimamente ligada à casa do Padre Cícero, pelos laços de grande amizade de sua família e a casa do Patriarca. Aliás, o comércio de artigos religiosos da família, a sede da Coletoria Federal e a residência de Padre Cícero e Floro eram três casas juntas na antiga Rua Nova. Quando Padre Cícero faleceu, Consuelo não foi uma das que estiveram presentes ao seu velório, ainda residia em Olinda, e esta foi das mais profundas tristezas que a vida lhe reservou. Na casa de Consuelo, frequentemente, o mestre Chiquinho barbeiro ia cortar o cabelo Padre Cícero, que ali sempre trocava de batina, deixando-a para ser lavada. Por muitos anos, Consuelo guardou com carinho uma destas preciosas batinas, um presente que o patriarca lhe destinara.

Recentemente, em 22.07.2011, Consuelo Figueiredo recebeu homenagens da municipalidade juazeirense, com uma placa comemorativa e da Comissão do Centenário de Juazeiro do Norte, um diploma de Honra ao Mérito pela sua colaboração ao desenvolvimento da cidade, entregues em cerimônia no Memorial Padre Cícero. Quem hoje visita Maria Consuelo de Figueiredo, a Consul – o tratamento carinhoso para com a amiga afetuosa, fiel e devotada, em sua acolhedora residência da rua Pinto Madeira vai encontrar naquele recanto que lhe cerca no dia-a-dia a imagem plena de uma mulher realizada, feliz e em paz com a vida e com os seus. Expressa com alegria e espontaneidade a gratidão por pessoas que foram muito importantes na sua vida, como os irmãos Bezerra (Alacoque, Adauto e Humberto, especialmente), bem como da inesquecível amiga e professora Generosa Ferreira Alencar, dentre muitos outros, mercê de seu reconhecimento. São de Alacoque e Generosa os termos destas homenagens a Consuelo:

“Consul, você é uma das pessoas mais queridas que tenho. É uma irmã adorável que tenho e que quero conservá-la a vida inteira. É desejo meu terminarmos juntas para alegria minha e sua. Um beijão, Alacoque.”

Consul, irmã amiga: A amizade é uma árvore plantada no coração. Cria raízes profundas, flores e frutos. A amizade que te dedico desde a tua infância, é perene. Tem raízes na tua família e na ligação da mesma com o Padre Cícero. Ela não morrerá e será tão duradoura quanto couber na minha e na tua existência. Um amplexo carinhoso da amiga que te dedica muito afeto e carinho. Generosa Ferreira Alencar” 

Sorridente e brincalhona ela recorda diariamente o povo e o lugar do Juazeiro. Não tendo constituído família, vive esta plenitude de dedicação a tantos sobrinhos e sobrinhos-netos que lhe cercam com o afeto que expressam a gratidão por todo este serviço espontâneo e duradouro de sua existência. Adotou, criou e educou para vida o Jasson, hoje um oficial saído das Agulhas Negras, tenente da carreira militar no Rio de Janeiro. Na sua sala de estar, as paredes revelam, ao primeiro contato, a reprodução fiel deste calor que foi emanado do seu Joazeiro, desde a meninice buliçosa de uma garota que entrava e saia da casa do Padre Cícero, onde ali se reservava um prato farto de almoço, a bênção do santo padrinho e a convivência com os da casa, como se esta fosse a sua própria. E não precisava muito. Bastava dizer: “ - Mestre Antonio, é a Consuelo!!!” e a porta se lhe abria. Como todo juazeirense, devota de Nossa Senhora das Dores, fiel à herança do Patriarca Padre Cícero Romão Baptista, Maria Consuelo de Figueiredo é merecedora de nossa admiração e das nossas homenagens, na oportunidade em que rogamos, com nossas orações aos nossos santos, para que sobre si e sua família inteira, se derramem graças por todos os anos de sua existência benemérita. É este o tamanho do nosso orgulho e do nosso carinho. 

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI


CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 11, sexta feira, às 19 horas, o filme OS OITO ODIADOS (The Hateful Eight, EUA, 2016, 168 min). Direção de Quentin Tarantino. Sinopse: Durante uma nevasca, o carrasco John Ruth (Kurt Russell) está transportando uma prisioneira, a famosa Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), que ele espera trocar por grande quantia de dinheiro. No caminho, os viajantes aceitam transportar o caçador de recompensas Marquis Warren (Samuel L. Jackson), que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix (Walton Goggins), prestes a ser empossado em sua cidade. Como as condições climáticas pioram, eles buscam abrigo no Armazém da Minnie, onde quatro outros desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes no local começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável confronto entre eles.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no dia 11, sexta feira, às 19 horas, dentro do Festival Mazzaropi, o filme UMA PISTOLA PARA JECA (Brasil, 1970, 90min). Direção de Ary Fernandes. Sinopse: Gumercindo trabalha em uma fazenda e tem uma filha chamada Eulália. Esta é seduzida por Luiz, filho do fazendeiro coronel Arnaldo, que a engravida. Nove anos depois, a criança com o nome de Paulinho é alvo de fofocas dos colegas por não ter pai. Gumercindo pressiona seu patrão, cel. Arnaldo, para que exija o casamento de Luiz com Eulália, afim de resolver o problema do neto. Mas o fazendeiro é um homem sem escrúpulos, ladrão de gado e expulsa Gumercindo de suas terras. Este, então, une-se a fazendeiros vizinhos para o ajuste de contas. Luiz, prestes a casar-se com a filha do cel. Bezerra, é assassinado, recaindo as suspeitas sobre Eulália.
CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 12, sábado, às 17:30 horas, o filme ENTRE A LOURA E A MORENA (The Gang’s All Here, EUA, 1943, 103min). Direção de Busby Berkele. Sinopse: Uma cantora chamada Edie Allen conhece o Sargento Andy Mason, mas este deve cumprir uma missão no Pacífico. Após uma festa onde eles se reencontram, Edie descobre que Andy e seu pai são ricos e, além disso, ele está prestes a se casar com uma moça chamada Vivian.

INFORMATIVO ROMARIA
Já está circulando, sendo remetido para os mais distantes rincões dessa Nação Romeira mais uma edição do Informativo Romaria, editado pela Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores. É a edição 74, no seu sexto ano de comunicação com o povo da Mãe de Deus. Nessa edição, uma matéria especial sobre as Vocações em que procura saber qual a influência teve o Pe. Cícero na vocação sacerdotal de alguns padres, como o Pe. Cássio Santos de Souza (Pároco da Paróquia São José de Anchieta da Arquidiocese de Aracaju, SE; do Pe. José Alex (Pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Brotas, Arquidiocese de Maceií, AL e do Pe. Robson Paulo (Vigário Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, em Macau, da Arquidiocese de Natal, RN).



NOVOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
LEI N.º 4.738, DE 27 DE JULHO DE 2017: Art. 1º - Fica denominada de RUA DANIEL TAVARES DE LIRA, a rua conhecida como Rua 15 de Novembro, sendo a primeira paralela Leste a Rua São Jorge, como início na Rua do Cruzeiro e término na Rua Santa Luzia, sentido Norte/Sul, no bairro São Miguel, nesta cidade. AUTORIA: Vereador Márcio André Lima de Menezes. COAUTORIA: Vereador José Adauto Araújo Ramos. 

LEI N.º 4.740, DE 27 DE JULHO DE 2017: Art. 1º - Ficam denominadas as artérias públicas do Loteamento BENFICA, no bairro Leandro Bezerra de Menezes, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, a saber: I – RUA EXPEDITO RAMOS DA SILVA, a rua projetada entre as Quadras “A” e “B” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 01, nesta cidade; II – RUA ERIDON TAVARES RIBEIRO, a rua projetada entre as Quadras “B” e “C” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 01, nesta cidade; III – RUA MARIA DE FÁTIMA GONÇALVES CRUZ, a rua projetada entre as Quadras “C” e “D” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 02, nesta cidade; IV – RUA ELOÍSA ASSUNÇÃO FEITOSA, a rua projetada entre as Quadras “D” e “E” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 02, nesta cidade; V – RUA ANTÔNIO CONSERVA FEITOSA, a rua projetada entre as Quadras “E” e “F” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 03, nesta cidade; VI – RUA MIRABEU ALVES FEITOSA, a rua projetada entre as Quadras “F” e “G” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 03, nesta cidade; VII – RUA BRENDA FERNANDES BEZERRA, a rua projetada entre as Quadras “G” e “H” do Loteamento Benfica, com início na Rua Otílio Gomes de Souza, sentido Norte/Sul, e final na Travessa Projetada 04, nesta cidade; AUTORIA: Vereadora Rita de Cássia Monteiro Gomes.

JUAZEIRO & PADRE CÍCERO: TESE
Recebi e agradeço a gentileza do amigo Daniel Walker que me remeteu a via eletrônica de uma Tese de Doutoramento de JOAQUIM IZIDRO DO NASCIMENTO JUNIOR, sob o título de COMO PENSAM OS MORTOS: IDEOLOGIA MODERNA, CATOLICISMO E ESPIRITISMO KARDECISTA EM JUAZEIRO DO NORTE/CE. Essa tese foi apresentada, defendida e aprovada perante o Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Antropologia, em 24.02.2017, cuja BANCA EXAMINADORA foi composta por : Profª. Drª. Roberta Bivar Carneiro Campos (Orientadora, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE); Profª. Drª. Mísia Lins Reesink (Examinadora Interna, UFPE); Profª. Drª. Ana Cláudia Rodrigues da Silva (Examinadora Interna, UFPE); Profº. Dr. Delcides Marques (Examinador Externo, UF do Vale do São Francisco) e Profº. Dr. Antonio Mendes da Costa Braga (Examinador Externo, Universidade Estadual Paulista-UNESP).

Eis o RESUMO da Tese: “A pesquisa busca compreender o espiritismo kardecista na cidade de Juazeiro do Norte, importante centro de peregrinação católico, localizada ao sul do estado do Ceará. Utilizando, como perspectiva, a teoria Ator-Rede, do antropólogo Bruno Latour, o trabalho apresenta trajetórias individuais que perpassam vários contextos históricos, bem como percursos de interlocutores espíritas moradores da cidade. O principal argumento é de que o espiritismo kardecista pode ser considerado um exemplo emblemático de uma ideologia moderna, que apresenta o individualismo e a hierarquia como valores centrais, conforme ideias do antropólogo Louis Dumont. Ainda que o trabalho tenha levado em conta as diferenças entre os mais diversos contextos, ele aponta para a renovação dessa mesma ideologia nos exemplos trazidos. A pesquisa problematiza a classificação dicotômica entre espiritismo francês e brasileiro e sugere enunciados comuns entre essas duas versões. Nas considerações finais, a análise mitológica é utilizada na identificação de relatos recombinados em redes, que geram novas explicações e incluem a percepção de que tanto o espiritismo como a antropologia guardam, em suas concepções de mundo, elementos associados aos mitos e rituais.” 

Nas suas 195 folhas, a Tese contempla os seguintes capítulos, nos quais são tratados os seguintes temas: 1.INTRODUÇÃO (O campo de pesquisa; Antropologia da Religião; A modernidade e a multiplicação de fronteiras; A construção dos modernos; Trajetórias individuais e a tese em capítulos); 2.A SALVAÇÃO EM NOME DE DEUS (Os capuchinhos e os Cariri; Entre a ilusão e o real; O vale do Cariri e os Padres; O fenômeno sobrenatural; Os novos missionários em espiral; Catolicismo oficial versus Catolicismo popular; Juazeiro do Norte, o “bico do compasso”); 3. O ESPIRITISMO NA FRANÇA (Rivail, o pedagogo; Os livros queimados; Ciência, filosofia e religião; Kardec e o Espiritismo; Algumas outras explicações); 4 O ESPIRITISMO KARDECISTA NO BRASIL (Os mesmos enunciados; O contexto brasileiro; O médico dos pobres; Algumas inferências; A Federação Espírita Brasileira; A prática da caridade; Francisco Cândido Xavier; Chico Xavier e Humberto de Campos; Chico Xavier e a Caridade; As últimas décadas e o “desencarne”; Chico Xavier e o catolicismo); 5. SEGUINDO PESSOAS (“Quando eu li esse livro, aí foi como se o mundo abrisse”; “Se você não procurar um tratamento espírita você não vai ficar boa, porque medicina nenhuma lhe cura”; “Vai ter outro centro entrando”; “Vamos ler, vamos estudar”; “O destino de cada um tá nas mãos de Deus”; “Dentro da boca do lobo”; “Ninguém veio ao mundo pra sofrer, a gente veio pra ser feliz”; “Cada um tem seu nível”); 6. PRÁTICAS EM DOIS CENTROS ESPÍRITAS (Centro Espírita Paz e Amor (CEPA); Diálogo fraterno; O trabalho social; Centro Espírita Caminho da Luz (CECL); A mesa mediúnica); 7. O ESPÍRITO DE LUZ CÍCERO ROMÃO BATISTA (“O Padre Cícero era kardequiano”; “Um espírito altamente evoluído”; “O Padre Cícero que hoje eu conheço não é o Padre Cícero que hoje a Igreja Católica fala”); 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS (O mito; O ritual; A antropologia como mito e ritual); 8. REFERÊNCIAS (bibliografia geral). 

Destaque-se aqui na comissão que participou da avaliação dessa Tese a orientadora Roberta Bivar Carneiro Campos que tem uma grande intimidade com o ambiente de Juazeiro do Norte, já tendo debruçado suas atenções para com manifestações da religiosidade popular da terra. Ela possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (1992), mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1995) e doutorado em Antropologia Social - University of St. Andrews (2001). Atualmente é professora associada I da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora e vice líder do Núcleo de Estudos do Cristianismo (UERJ), membro do LEC da UFPE Laboratório de Estudos avançados de Cultura Contemporânea, onde coordena o Observatório de Cultura, Religiosidades e Emoções (OCRE). Ela é ainda membro de comissões editoriais de diversas revistas entre elas, Revista Anthropológicas (UFPE), Altéra (UFPB), Vivência (UFRN), Interface (UNESP) e da Coleção Cadernos do GREM (UFPB). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em emoções, atuando principalmente nos seguintes temas: ritual e religião, cultura e identidade, emoções, corpo e moralidade, materialidade e textualidade do sagrado. 

Destaca-se ainda em suas pesquisas sobre a história da antropologia no Brasil, das relações entre psiquiatria e antropologia, com especial foco no período da institucionalização da antropologia em Pernambuco. Mais genericamente seus trabalhos têm por preocupação investigar como a religião (através do corpo, emoções, textos e objetos) constitui as pessoas e suas relações sociais. Em sua produção intelectual podemos citar diversas contribuições da professora Roberta Campos, como os artigos em revistas: 

Em Juazeiro do Norte Nossa Senhora é Deus-Mãe: um feminismo mariano?. Religião e Sociedade, v. 33, p. 174-197, 2013. Contação de "causos" e negociação da verdade entre os Ave de Jesus, Juazeiro do Norte-CE.. Etnográfica (Lisboa), v. 13, p. 31-48, 2009. Como Juazeiro do Norte se tornou a Terra da Mãe de Deus: Penitência, Ethos de Misericórdia e Identidade do Lugar.. Religião & Sociedade (Impresso), v. 28, p. 146-176, 2008. Para além do Milagre do Juazeiro: sofrimento como sacralização do espaço, o caso dos Ave de Jesus-Juazeiro do Norte.. Estudos de Sociologia (Recife), v. 13, p. 165-174, 2007. Penitência como Cultura: penitência, "herança cultural" e modo de vida no Juazeiro do Norte.. Interseções (UERJ), v. 2, p. 111-126, 2006. Utopia e Sociabilidade: imagem de sofrimento e caridade numa comunidade de penitentes do Juazeiro do Norte. Revista de Antropologia (São Paulo), São Paulo, v. 46, p. 211-250, 2003. Imagens de Sofrimento e Caridade no Juazeiro do Norte: uma Visão Antropológica das Emoções na Construção da Sociabilidade. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, João Pessoa-PB, v. 1, n.1, p. 18-38, 2002. A Compadecida no Juazeiro do Norte: performance de imagens bíblicas e emoções entre os Ave de Jesus. Ilha. Revista de Antropologia (Florianópolis), Florianópolis, v. 4, p. 115-132, 2002.

Sofrimento, misericórdia e caridade em Juazeiro do Norte. Ciência e Trópico, Recife, v. 30, p. 253-266, 2002. Contação de Causos e Negociação da Verdade entre os Ave de Jesus - Juazeiro do Norte-CE.. In: 31o Encontro Anual da Anpocs, 2007, Caxambu. 31o Encontro Anual da ANPOCS, 2007.

Já o prof. Antonio Mendes da Costa Braga, que é professor e pesquisador do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, SP, Brasil. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atua nas áreas de Antropologia da Religião e Antropologia das Migrações. Ele também, além de ter integrado a Comissão instituída na Diocese de Crato para promover a Reabilitação do Padre Cícero, realizou uma pesquisa muito importante e que resultou no livro “Padre Cicero: Sociologia de um Padre, Antropologia de um Santo”. 1. ed. Bauru: EDUSC, 2008. v. 1000. 366p. Também é dele essa série de artigos em revistas: 

A Subida do Horto: Ritual e Topografia Religiosa nas Romarias de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. Debates do NER (UFRGS. Impresso), v. 1, p. 197, 2014. Devoção, lazer e turismo nas romarias de Juazeiro do Norte, CE: reconfigurações romeiras dos significados das romarias a partir de tensões entre as categorias turismo e devoção. PLURA, Revista de Estudos de Religião, v. 1, p. 149-161, 2010. Romeiros e romarias em todas as idades: Diferenças entre gerações e os sentidos e práticas romeiras nas romarias de Juazeiro do Norte, Ceará.. In: 25a. Reunião Brasileira de Antropologia, 2006, Goiania. 25a. RBA - Saberes e Práticas Antropológicas desafios para o século XXI, 2006. Mães romeiras do Juazeiro, Senhora Mãe das Dores: Representações e relações sociais relativas à figura materna nas romarias de Juazeiro do Norte - CE.. In: XXIX Encontro Anual da ANPOCS, 2005, Caxambu. 29° Encontro Anual da ANPOCS. São Paulo - SP: ANPOCS, 2005.

RECONHECIMENTO PÚBLICO
LEI N.º 4.739, DE 27 DE JULHO DE 2017: Art. 1º - Fica reconhecido de utilidade pública o INSTITUTO CULTURAL KARIRIS – INCKA, fundado em 24 de agosto de 2003, com sede e foro na cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, constituído como sociedade civil sem fins lucrativos, de caráter genuinamente democrático, sem qualquer distinção de raça, cor, sexo, credo religioso ou ideologia política e partidária, com objetivos de contribuir com o desenvolvimento social, educacional e cultural da comunidade, de duração por tempo indeterminado, regendo-se por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. AUTORIA: Vereador José David Araújo Silva.

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