sábado, 19 de agosto de 2017


BOM DIA!
NOSSO ESPAÇO GEOGRÁFICO
De vez em quando eu estiro sobre a mesa um desses mapas recentes de Mário Bem Filho para admirar o extraordinário crescimento do nosso espaço geográfico municipal. Devagarinho me deixo ficar tomado por alguns grandes espantos, à medida que reflito sobre erros e acertos que me parecem, como cidadão e experimento nesses mais de cem anos de construção. Uma visão simplista, obrigatoriamente me aparece no confronto com velhos mapas, como o de Octávio Aires de Menezes, referindo-se ao lugarejo do Joazeiro de 1875, já um ponto no mapa do Ceará, de Marcos Macedo, um pedacinho de papel que cabe de sobra numa folha de impressora. Bem recentemente, e nem me lembro ao certo onde fui encontrar, juntei ao meu acervo esse outro mapa que localizei, aqui encimado. Acredito que ele é da fase preliminar das abordagens de Conde Adolphe, Floro Bartholomeu e Pelúsio Macedo, quando estavam tratando de disciplinar a área urbana do futuro município. Nesse mapa que acima reproduzo, veja-se, há a notação de Praça da Liberdade. Esse termo é muito efêmero na história, pois ele aparece relatado no movimento do entorno do 07.09.1910, quando o debate pela emancipação foi para as ruas, orquestrado pela banda de Pelúsio, animada pela primeira página d´O Rebate, e indignada pela fluência verbal de Alencar Peixoto em arrogantes pronunciamentos de comícios no Quadro Grande. Pouco tempo depois, a curta permanência do nome Liberdade cederia para a Praça da Independência, cujo registro aprece-nos em reclames do mesmo O Rebate, mais em cima das ocorrências de 1911. Então para mim, salvo melhor juízo, essa Planta Parcial de Joazeiro, ou é cópia de um original de 1910, ou é uma reconstituição do que se pensou para a época. Macroscopicamente, como sabemos, a vila situa-se às beiradas de terras elevadas como Araripe, Catolé (Horto) e São Pedro (Caririaçú). A interligação do município com a vizinhança no Vale já se via pelas insipientes veredas, estradas precárias existentes nas direções de Iguatu, Crato, São Pedro, Aurora, Missão Velha e Barbalha, basicamente para animais de montar, anteriores aos primeiros fordinhos de bigode que trouxeram para cá a bom peso de dinheiro. Esses primitivos leitos são hoje aberturas bem consolidadas para o que de viário se tem na atualidade, a não ser o acesso para Missão Velha, projetado e em construção, e a velha passagem para Aurora que agora se faz moderna, via Caririaçú. Mas, também, como essa que agora se requinta, até com viaduto, a velha Rodagem, dos tempos do Dr. Coronel Floro, caminho para matar gente desafeta. O mapa só identifica a rua principal, a velha Rua do Arame, por um tempo conhecida como Rua Grande, e desde a informalidade, e sempre, a Rua do Pe. Cícero. Mas, sem melhor identificação podemos relatar outras como se seguem: Rua da Capela (depois, da Matriz), Rua dos Brejos, Rua Nova, as futuras Ruas São José, São Pedro, São Paulo, da Glória e São Jorge. Contudo essa projeção, pelo caráter primário do traçado, parece justificar a larga extensão da praça da Liberdade, permitindo que todas essas ruas nasçam e sigam sentido oeste a partir da futura rua São Francisco. Pelo traçado, essas ruas seriam deslocadas no seu curso para a direção noroeste, como se para atingir a direção de Crato, como saída da cidade. O que podemos ver para pelo menos duas delas no traçado de hoje é ao, contrário, ou desvios nos trechos de Santa Luzia, Alencar Peixoto, para as São Pedro e São Paulo. A Glória ficou mesmo interrompida e mudou de nome. O mapa contempla uma informação que talvez se possa revelar com uma escavação prospectiva, no sitio do Horto, onde Pe. Cícero já tinha seu refrigério, capela e sobrado. Mas aí aparece a citação de um certo “subterrâneo da capela” que provavelmente ninguém saberá explicar, se usual para alguma guarda ou acesso fácil, ou depósito de mantimentos. O “arisco” era muito próximo do que eu mesmo senti na juventude pelos anos 50. Uns duzentos metros para adiante da Praça já assim se nomeava, digamos, na altura da futura, hoje, Rua Santa Luzia, depois da Conceição que também nem se projetava ainda. Na área privilegiada da Rua Padre Cícero no mapa se desenha a existência, provável, de um largo casario de propriedade do patriarca, incluindo residência, “fábrica” e um “lugar de onde se dar as bênçãos”. A considerar que o croquis é fiel ao que de fato se vivia por aquele tempo, esse já era um enorme patrimônio, nascendo na altura da Rua Nova e extremando com a futura Rua São Francisco. A dúvida é que Pe. Cícero reconhecidamente só morou nas proximidades da capela. Essa pode ser vista no desenho com seu formato original, isto é de 1875, retangular, pois só pelos anos 35 em diante adquiriria o perfil de um crucifixo, ampliado e acrescido das capelas lateria (N.Sra. de Lourdes e SS Sacramento, por obra e graça do artista Agostinho Balmes Odisio. Enfim, uma pequena preciosidade perdida no tempo, esse mapa ou sua pretensão encerra detalhes, se verdadeiros, interessantes, como a locação do velho mercado, a estação telegráfica aqui vista fora da residência de Pelúsio, a velha capela no alto do Horto, sob a cura do beato Elias, o italiano que tendo assassinado a mulher, em seu pais, tornou-se ermitão no Joazeiro. Bom dia!

(Postado em Facebook: https://www.facebook.com/renato.casimiro1, em 19.08.2017)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINE SESC (CRATO)
O Cine SESC (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, desde o último dia 7 e se estendendo até o dia 28 de agosto, com ocorrência semanal, está promovendo uma pequena mostra da arte do gênio japonês Akira Kuerosawa, cujo tema é Viajando com Kurosawa ao Japão Feudal. Assim, já exibiu no último dia 7 o filme RASHOMON, e exibe no dia 21, segunda feira, às 19 horas, o filme os sete samurais (Shichinin no Samurai, Japão, 1954, 207min). Direção de Akira Kurosawa. Sinopse: No século XVI, durante a era Sengoku, quando os poderosos samurais de outrora estavam com os dias contados pois eram agora desprezados pelos seus aristocráticos senhores (samurais sem mestre eram chamados de "ronin"). Kambei (Takashi Shimura), um guerreiro veterano sem dinheiro, chega em uma aldeia indefesa que foi saqueada repetidamente por ladrões assassinos. Os moradores do vilarejo pedem sua ajuda, fazendo com que Kambei recrute seis outros ronins, que concordam em ensinar os habitantes como devem se defender em troca de comida. Os aldeões dão boas-vindas aos guerreiros e algumas relações começam. Katsushiro (Ko Kimura) se apaixona por uma das mulheres locais, embora os outros ronins mantenham distância dos camponeses. O último dos guerreiros que chega é Kikuchio (Toshiro Mifune), que finge estar qualificado mas na realidade é o filho de um camponês que almeja aceitação.

SESSÃO CURUMIM (EEF. JULITA FARIAS, CARIRIAÇÚ)
O Centro Cultural BNB promove de forma itinerante uma sessão de cinema para crianças, denominada Sessão Curumim, com entrada gratuita, exibe no dia 22, terça feira, às 8 horas, na E. E. F. Julita Farias, em Caririaçú, o filme MADAGASCAR(Madagascar, DreamWorks, EUA, 2005, 86 min). Sinopse: O leão Alex é a grande atração do zoológico do Central Park, em Nova York. Ele e seus melhores amigos, a zebra Marty , a girafa Melman e a hipopótamo Gloria, sempre passaram a vida em cativeiro e desconhecem o que é morar na selva. Curioso em saber o que há por trás dos muros do zoo, Marty decide fugir e explorar o mundo. Ao perceberem, Alex, Gloria e Melman decidem partir à sua procura. O trio encontra Marty na estação Grand Central do metrô, mas antes que consigam voltar para casa são atingidos por dardos tranquilizantes e capturados. Embarcados em um navio rumo à África, eles acabam na ilha de Madagascar, onde precisam encontrar meios de sobrevivência em uma selva verdadeira.
CINEMA NORDESTE (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema, com entrada gratuita, em seu Auditório, exibe no dia 23, quarta feira, às 18:00 horas, uma mostra sobre o Cinema do Rio Grande do Norte, constando dos seguintes filmes: 

EM TORNO DO SOL (2016, 12 min). Direção: Julio Castro e Vlamir Cruz. Produção: Coletivo For All. Sinopse: Em 1989 uma intensa tempestade solar causou o histórico blackout que assolou o Canadá e os EUA... Tempos depois o aumento das interferências solares tornou os equipamentos eletrônicos obsoletos... O uso de eletricidade é raro.

O MENINO DO DENTE DE OURO (2014, 14 min). Diretor: Rodrigo Sena. Produção: Ori Audiovisual. Sinopse: O curta-metragem conta a história de Wesley, 12 anos, que na ida para o colégio acaba se envolvendo em uma trama perigosa e lucrativa.

CABOCO (2016, 17 min). Direção: Stephanie Bittencourt. Co-realização: Jaya Lupe. Produção: Coletivo Mandinga. Sinopse: Do asfalto à terra semeada, da cultura consumista, carnívora e individualista ao despertar para a sabedoria ancestral, ideais de cooperativismo e busca pela reintegração humano-natureza. O curta documentário etnográfico “Caboco” traz para a tela a vivência na permacultura do agricultor e artesão Aurélio Dantas, guardião do Sítio Alice, em Poço Branco - Rio Grande do Norte. 

JESUÍNO BRILHANTE: O CANGACEIRO (1972, 1h:33min). Direção: William Cobbett. Sinopse: Final do século XIX. Por conta de um primo, assassinado por coronéis da região, Jesuíno adota os ideais abolicionistas e republicanos e jura vingança e sua fama de homem valente se espalha. Arma um grupo e dizima soldados do contingente do Governo. Os coronéis decidem prender o pai de Jesuíno a fim de atrair o rebelde para uma cilada. Jesuíno invade a cidade, mas, traído por um capanga, cai baleado depois de chacinado seu bando. 
CINE CAFÉ VOLANTE (URCA, MISSÃO VELHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Missão Velha (URCA, Campus Missão Velha, Rua Cel. José Dantas, 932 – Centro), com entrada gratuita, exibe no próximo dia 24, quinta feira, às 19 horas, o filme O CLÃ (El Clan, Dir. Pablo Trapero, 2015, ARG, 110min). Sinopse: Baseado na história de uma das gangues mais conhecidas da Argentina, os Puccio, o filme narra sobre essa família que ficou conhecida na década de 1980 por sequestrar e matar várias pessoas. O clã estava composto pelo pai da família, Arquímedes, seus dois filhos, Daniel e Alejandro, o militar aposentado Rodolfo Franco e mais dois amigos, Roberto Oscar Díaz e Guillermo Fernández Laborde.
CINE CAFÉ VOLANTE (FAMED, BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório da Faculdade de Medicina, FAMED-UFCA), com entrada gratuita, exibe no próximo dia 25, sexta feira, às 19 horas, o filme DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO (Suddenly, Last Summer, Dir. Joseph L. Mankiewicz, EUA, 1959, 114min). Sinopse: Violet Venable (Katherine Hepburn) é uma rica mulher, que contrata um neurologista (Montgomery Cliff) para tentar descobrir uma maneira de ajudar sua sobrinha (Elizabeth Taylor).

CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita, exibe no próximo dia 25, sexta feira, às 19 horas, o filme O ÚLTIMO DOS MOICANOS (Dir. Michael Mann, EUA, 1992, 122 min). Sinopse: No período colonial, durante a guerra entre Inglaterra e França, o homem criado por índios Hawkeye (Daniel Day-Lewis) luta pela justiça e segue os valores moicanos. Ele se apaixona por Cora Munro (Madeleine Stowe), a filha de um oficial britânico e deve enfrentar o desacordo deste.
CINE CAFÉ (CCBNB, JUAZEIRO DO NORTE)

O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no dia 26, sábado, às 17:30 horas, o filme O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE (L'Armata Brancaleone, Dir. Mario Monicelli, Espanha/França/Itália, 1966, 120min). Sinopse: Brancaleone de Norcia é um cavaleiro errante que é contratado como líder de um pequeno e diversificado grupo que roubaram um pergaminho que lhes dava a posse do reino de Aurocastro.