sexta-feira, 29 de agosto de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
071: (29.08.2014) Boa Tarde para Você, Felipe Neri Coelho
Nós, os juazeirenses, temos sido nestes recentes anos, profundamente incomodados e magoados com uma série muito diversa de problemas urbanos. O crescimento desordenado desta cidade tem gerado um extraordinário desconforto aos seus habitantes e aos seus usuários, como em poucas oportunidades tem sido isto patenteado em cidades emergentes como a nossa. Diz-se, frequentemente, que aqui tudo ocorre sem um planejamento eficiente que contorne estas angústias antecipadas. Meu caro doutor Felipe Neri Coelho, quero crer que você deve saber que o primeiro esforço sensato para dotar esta cidade de um plano diretor, se verificou aí pelo ano de 1909, e já no primeiro dia daquele ano, Pelúsio Correia de Macedo colocou na mesa do Padre Cícero um relatório que registrava o levantamento sobre as ruas do povoado, o número de seus habitantes, e detalhes sobre profissionais, comércio, pequena indústria e serviços públicos existentes. Éramos, exatos 15.050 viventes neste chão do Juazeiro. Com este pequeno mergulho, Felipe, ainda tão superficial, e mais adiante com o apoio técnico do engenheiro Conde Adolphe Achille van den Brule que acabara de chegar, pôs-se em andamento, o esboço de um plano de desenvolvimento urbanístico, que nos preparava para a emancipação. A herança destes primeiros passos foi muito mal cuidada pelas administrações públicas dos anos subsequentes. Lamentavelmente não tivemos muita sensibilidade para desenhar este futuro que já se prenunciava, não só quando vimos que o fenômeno religioso teria grande curso, e bem assim quando as máquinas começaram a tomar de conta das ruas, trazendo gente e mercadorias, e aqui plantando toda a diversidade de atividades econômicas que nos transformaram. Então, Dr. Felipe, vive-se hoje na cidade velha os vexames das ruas estreitas, das calçadas apertadas, de mal traçadas ruas e de critérios vesgos que fizeram a ocupação do solo no perímetro urbano completamente em desacordo com esta modernidade que se conquistava por aeroporto, eletrificação, industrialização, e o crescimento populacional que explodiu em demanda da casa própria. Este dito perímetro central tornou-se a essência destes vexames pela falta de uma disciplina que não impediu que largos espaços fossem tomados para estacionamentos e que nada de novo tenha surgido dentro de um pretenso código de posturas que pudesse regular a reforma continuada das edificações e equipamentos urbanos, quase sempre mantidos por uma arquitetura feia, desajeitada, sem funcionalidade diante de novas demandas de acessibilidade e adequação. Hoje, Felipe Coelho, penso que a cidade está entregue à sua própria sorte para seguir aos trancos e barrancos, sem que nenhuma intervenção sensata lhe seja assegurada para que possamos ainda conviver com alguma harmonia entre a velha cidade e os promissores e exuberantes espaços de uma nova cidade que se estica desde o Brejo Seco, passando pela Betolândia, pelo Novo Juazeiro, Tiradentes, Campo Alegre, Cidade Universitária, Lagoa Seca, Distrito Industrial e Frei Damião. Por estes alinhavados argumentos, meu caro doutor, tenho acompanhado, um tanto à distância, a trajetória cidadã e profissional de Felipe Coelho, empresário da construção civil, líder sindical e homem de sensibilidade que não recua diante da pauta que o insere civilizadamente no foco das discussões, quando pensamos em melhores dias. Recai sobre você e esta geração mais inquieta, parte destas preocupações com as quais gostaríamos de ver implementadas as soluções inteligentes para solucionar estas perturbações. Essa é a nossa cidade, Dr. Felipe, e me perdoe se numa visão tão simplificada, mas com seus erros e acertos, e de uma herança atávica e generosa dos que nos precederam, fruto deste sangue velho de avós que ainda hoje correm por nossas veias, nos inspiram na luta e entre sístoles e diástoles de corações apaixonados, nos fortalecem, como a nos dizer, em todos os dias de nossas vidas, “... e verás que um filho teu não foge à luta”.   
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 29.08.2014)

ICVC: DIRETORIA E NOVA SÉDE
Depois da nova eleição para a escolha da equipe dirigente para o período 2015-2016, o ICVC tivemos no dia 19 pp, a eleição para a nova diretoria, o Instituto Cultural do Vale Caririense – ICVC se volta para a sua instalação em novo endereço. Fomos expulsos da Biblioteca Pública Municipal Dr. Possidônio da Silva Bem. Tivemos que retirar às pressas os nossos móveis e a nossa biblioteca. Lamentavelmente, todos os nossos livros foram etiquetados como se pertencessem à biblioteca municipal, numa apropriação indevida daquela instituição. Agora estamos ocupando um novo espaço. Trata-se de uma concessão da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN) que, sensível ao nosso pedido, nos cedeu em comodato uma sala, em ótimas condições e com ar condicionado, para a qual foram levados todos os pertences do ICVC (móveis, biblioteca, etc). Também, neste endereço (Rua da Conceição, 1.362, Bairro São Miguel CEP 63.010-220, Juazeiro do Norte, CE, vide foto acima), teremos a facilidade de acesso em horário comercial, bem como ao uso de área comum, e um pequeno auditório.  Continuaremos, conforme o combinado, também utilizando o auditório maior da FJN, sito à Rua São Francisco, onde se realizou a votação do dia 19. Poderemos usá-lo em nossas reuniões mensais e em outros eventos. Contudo, continuaremos nossa luta para uma sede definitiva. Nos próximos dias a atual diretoria se posicionará sobre o agendamento da data para a posse da nova diretoria e, principalmente, a celebração dos 40 anos do ICVC.

CIDADÃO JUAZEIRENSE
Tem novo Cidadão Honorário a cidade de Juazeiro do Norte, mediante a Resolução N.º 720, de 21 de Agosto de 2014, do Presidente da Câmara Municipal, com a qual fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor Maxwell Pariz Xavier, pelos inestimáveis serviços prestados à esta comunidade. Autoria: José Adauto Araújo Ramos; Subscrição: Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Firmino Neto Calú – Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Danty Bezerra Silva – João Alberto Morais Borges – Francisco Alberto da Silva – Paulo José de Macêdo – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Maria de Fátima Ferreira Torres - Maria Calisto de Brito Pequeno – Rita de Cássia Monteiro Gomes e Auricélia Bezerra. Formado em Pedagogia e Direito, Maxwell Pariz Xavier é comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso. Professor universitário de Direito Constitucional, leciona também Direito Público na Escola de Administração de Justiça – ESAJ e em diversos cursos preparatórios para concursos. É titular do Cartório do 1º Oficio de Juazeiro do Norte.


MEDALHA ZUMBI DOS PALMARES
Pela  Resolução N.º 721, de 21 de Agosto de 2014, o legislativo municipal instituiu a MEDALHA ZUMBI DOS PALMARES, em consonância com a Lei Federal n.º 12.519, de 10 de novembro de 2011, e que será concedida a pessoas físicas ou a entidades públicas e privadas que hajam prestado relevantes serviços ao Município de Juazeiro do Norte, contribuindo de alguma forma na conscientização e na formação da identidade negra do povo brasileiro.  A Medalha Zumbi dos Palmares, como Comenda do Poder Legislativo, será entregue pela Edilidade Juazeirense, anualmente, no mês de novembro, pela Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, sempre durante a Semana das Tradições e Artes Negras Contemporâneas. Caberá a cada Vereador entregar uma única Medalha, uma vez por ano. Autoria: Maria de Fátima Ferreira Torres; Coautoria: Glêdson Lima Bezerra; Subscrição: Rita de Cássia Monteiro Gomes e Maria Calisto de Brito Pequeno 

 DESPERDÍCIO DE ÁGUA
Importante matéria foi veiculada pelo Portal G1, da responsabilidade do sistema Verdes Mares de Comunicação, com respeito ao desperdício de água em nossa cidade. Vale apena transcrever aqui para sua leitura e reflexão. “Fortaleza desperdiça 43% de toda água distribuída na cidade, segundo o ranking de saneamento básico, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Trata Brasil. O estudo contempla as 100 maiores cidades do Ceará, e Fortaleza ficou em 66º na lista dos municípios que mais perdem água na distribuição. Ainda segundo o estudo, Juazeiro do Norte também perde 43% da água tratada e Caucaia, 46%. Os dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. A última atualização é referente a 2012. O diretor de operações da Cagece, Josineto Araújo, afirma desde 2012 a companhia responsável pela distribuição de água no Ceará já adotou medidas para reduzir esse número. "Em Caucaia já foram feitas algumas obras para reduzir a perda de água. Também estamos com a equipe de caça-vazamentos, isso faz com que a gente reduza a perda desse faturamento. Todas as cidades têm trabalho com foco na redução de perda, estamos buscando isso". Segundo Josineto Araújo, e média de perda de água no Ceará é de 24%. A meta é reduzir esse índice para 20% até 2020. O estado do Ceará sofre a pior seca dos últimos 50 anos. Cento e sessenta e nove das 184 cidades do estado tiveram situação de emergência decretada pelo governo estadual e reconhecida pelo Governo Federal, segundo a Defesa Civil. De acordo com o estudo, as perdas se refere à água que foi tratada e fornecida para consumo, mas que não foi cobrada porque se perdeu em vazamentos, foi roubada em ligações clandestinas ou teve erros na medição. Segundo a ONG, sem o retorno do dinheiro gasto com energia e produtos químicos para tratar a água, as empresas investem menos na melhoria do sistema. Segundo o levantamento, em 62 das 100 cidades analisadas, se perdeu entre 30% e 60% da água tratada para consumo no ano de 2012. Em cidades como Porto Velho e Macapá, a cada 10 litros de água produzidos, sete foram perdidos. Somente quatro cidades mantiveram as perdas abaixo de 15%. “Isso é preocupante vindo de cidades que têm poder econômico para resolver essas perdas e que deveriam impulsionar a melhora deste indicador, que tem uma influência grande na expansão do sistema de saneamento básico”, afirma o presidente-executivo da Trata Brasil, Édison Carlos. Para Édison Carlos, as cidades que desperdiçam mais de 70% da água têm um "descontrole total” da distribuição. “Não há controle de vazão, de pressão das linhas. As perdas são altíssimas.” Desde 2009, o Instituto Trata Brasil elabora o ranking que avalia as condições de saneamento básico em 100 cidades brasileiras com mais de 250 mil habitantes. São analisados critérios como rede de fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, além das perdas de água. Pela primeira vez, o Instituto Trata Brasil fez uma projeção com as 20 piores e as 20 melhores cidades para saber se elas alcançarão a meta do governo de universalização do saneamento básico até 2033 – 92% da população com serviço de coleta e 86% do esgoto tratado. Caso mantenham o ritmo de poucos avanços no setor, 19 das 20 piores cidades não alcançarão a meta – a exceção é Manaus. Entre as 20 melhores, 14 já atingiram a universalizazção, e outras 6 precisam manter o ritmo de investimento no saneamento para alcançar a meta do governo federal. As 20 melhores e as 20 piores do ranking do saneamento: 1- Franca (SP); 2- Maringá (PR); 3- Limeira (SP); 4- Santos (SP); 5- Jundiaí (SP); 6- Uberlândia (MG); 7- São José dos Campos (SP); 8- Sorocaba (SP); 9- Curitiba (PR);  10- Ribeirão Preto (SP);11- Ponta Grossa (PR); 12- Taubaté (SP); 13- Londrina (PR); 14- Niterói (RJ); 15- São José do Rio Preto (SP); 16- Volta Redonda (RJ); 17- Praia Grande (SP); 18- Belo Horizonte (MG); 19- Uberaba (MG); 20- Piracicaba (SP); 81- Natal (RN); 82- Manaus (AM); 83- Várzea Grande (MT); 84- Cariacica (ES); 85- Aparecida de Goiânia (GO); 86- Belford Roxo (RJ); 87- Canoas (RS); 88-Juazeiro do Norte(CE); 89- Teresina (PI); 90- São Gonçalo (RJ); 91- Santarém (PA); 92- Gravataí (RS); 93- Duque de Caxias (RJ); 94- São João de Meriti (RJ); 95- Nova Iguaçu (RJ); 96- Macapá (AP); 97- Belém (PA); 98- Jaboatão dos Guararapes (PE); 99- Ananindeua (PA); 100- Porto Velho (RO).

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

 BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
070: (27.08.2014) Boa Tarde para Você, Demétrio Jereissati
Desde os anos 60, quando passei a residir em Fortaleza eu me mantenho curioso sobre os capítulos da história da migração libanesa para o Ceará, a partir de 1888. Posso dizer-lhe, meu caro Demétrio Jereissati, que só mais recentemente a historiografia produziu alguns textos substanciosos, em livro, a ponto de relatar mais amiúde a chegada e a vida de muitas destas famílias que atendem pelos sobrenomes de Ary, Buhamara, Romcy, Otoch, Lazar, Salomão, Dummar, Hiluy, Bachá, Asly, Rabay, Kayatt e Jereissati. Essa curiosidade se dá a partir de alguns relatos de minha gente de família que já registravam entre os anos 20 e 30, nesta cidade do Padre Cícero, as primeiras presenças de libaneses entre nós. Não há dúvida alguma em dizer que foi o Benjamim Abraão, nascido em Zahle, o primeiro que aportou por aqui. Tão bem recebido na casa do Patriarca, Benjamim terminou por ser um dos seus secretários, tendo aqui também se estabelecido como comerciante no ramo de tecidos e, coincidentemente, Demétrio, como você, com hotelaria. É bem verdade que a hotelaria do Juazeiro naqueles anos recuados e também por muitos adiante era quase que exclusivamente de ranchos para romeiros. Outro fato expressivo e convergente é que a maioria desta gente vinha da cidade de Zahle, que é a capital da província de Begaa, com população hoje estimada em cerca de 120 mil habitantes, em sua maioria cristãos, a terceira maior cidade do Líbano, muito considerada por seus hotéis e resorts e a principal referência gastronômica libanesa. Minha família, Demétrio, lembra ainda hoje que no início dos anos 30 convivia até intimamente com seus vizinhos Jereissati, Jamil, Fauzer e Baraquete, residindo em datas distintas, numa mesma e aprazível casa ainda hoje existente na Rua São Francisco, com a mesma arquitetura, o que nos permitia situá-la como a casa dos Jereissati. A Casa Santa Therezinha era sua firma situada na então Praça Almirante Alexandrino, e negociavam com miudezas, sendo um grande magazine de utilidades domésticas para varejo e atacado. Depois, Jamil e Baraquete criaram a Jereissati & Irmão que vendia, como dizia a propaganda da época “deslumbrante sortimento de qualquer tecido grosso ou tecido fino, delicadas meias para homens, senhoras e crianças, do mais barato ao mais caro, delicado perfume nacional ou estrangeiro, chapéus de variados tipos e preços, gravatas e, enfim, tudo que se pode comprar de melhor e mais barato nesta cidade.”  Não vou me alongar mais nesta história, Demétrio, pois certamente você é conhecedor de alguns destes detalhes mencionados. Pena, e ainda lamento, que esta contribuição dos libaneses ainda não tenha sido relatada com melhor detalhamento, especialmente aqui no sul do Estado, a tirar pelas últimas referências escritas, como em “Libaneses no Ceará. Um pequeno ensaio sobre os primórdios de uma imigração” de Zaíra Ary, “Trajetórias, narrativas e memórias de imigrantes libaneses no Ceará”, de Ruben Maciel Franklin e “Príncipes da Mente, as famílias libanesas no Ceará”, de César Aziz Ary. Gostaria apenas de realçar a sua presença em nosso meio, esta retomada de um empreendimento com esta origem libanesa, para situar o caso recente da sua dedicação em dotar este Cariri com um hotel da qualidade do Iuá, fato que o trade turístico festeja com o brilho de quatro estrelas, e nós celebramos como um novo marco do nosso desenvolvimento. Empreendedor, inquieto, inovador arrojado, você Demétrio Jereissati, por tudo que já está articulando para novas empreitadas que, seguramente, mais contribuirão para uma nova feição desta cidade, é credor de nossa admiração e dos nossos elogios. E eu não tenho, ao lado de ter tido enorme prazer em conhecê-lo, senão o de felicitá-lo e desejar um enorme sucesso em tudo o que você ainda irá realizar aqui conosco. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 27.08.2014)

CINEAFÉ
O Cine Café, estará exibindo no próximo dia 30, sábado, no Centro Cultural BNB, às 17:00 horas, o filme Salve o Cinema (Salaam Cinema) que é um documentário iraniano de 1995, produzido e dirigido por Mohsen Makhmalbaf. Elenco: Shaghayeh Djodat (Ele mesmo), Behzad Dorani (Ele mesmo), Feizola Gashghai (Ele mesmo), Maryam Keyhan (Ela mesma), Mohsen Makhmalbaf (Ele mesmo), M.H. Mokhtarian (Ele mesmo), Mirhadi Tayebi (Ele mesmo), Azadeh Zanganeh (Ela mesma), Moharram Zaynalzadeh (Ele mesmo). O diretor coloca um anúncio no jornal a quem quisesse trabalhar no novo filme dele, em 1995, no centenário do cinema. Foram mais de mil pessoas para participar do elenco, Mohsen, querendo filmar a todos aproveita a ocasião e filma um documentário sobre pessoas que querem ser artistas. O diretor interroga 100 pessoas sobre o que fariam para entrar no cinema. Faz testes com essas pessoas com frases como: "Você prefere ser bondosa ou uma artista?". O diretor, Mohsen interroga cidadãos iranianos e estrangeiros sobre a busca pela fama e seus limites. No final todos as 100 pessoas entram para o cinema, no filme de Mohsen Makhmalbaff.

CINE ELDORADO
Rastros de Ódio (The Searchers, EUA, 1956, 119 minutos) do gênero Western, dirigido por John Ford. Provavelmente baseado na lendária história da jovem Cynthia Ann Parker (mãe do líder comanche Quanah Parker), que em 1836 foi raptada por guerreiros Comanches. Filmado no cenário favorito de Ford, o Monumental Valley, Utah. Algumas cenas adicionais foram feitas em Mexican Hat, Utah, e Bronson Canyon em Griffith Park, Los Angeles. Quando do lançamento, o filme teve uma modesta repercussão, mas com o tempo passou a ser considerado um clássico do cinema. No Brasil, o filme foi lançado em 07.05.1956. Elenco: John Wayne (Ethan Edwards); Jeffrey Hunter (Martin Pawley); Vera Miles (Laurie Jorgensen); Ward Bond (Rev. Capt. Samuel Johnston Clayton); Natalie Wood (Debbie Edwards); John Qualen (Lars Jorgensen); Olive Carey (Mrs. Jorgensen); Henry Brandon (Chefe Cicatrice); Ken Curtis (Charlie McCorry); Harry Carey, Jr.(Brad Jorgensen); Antonio Moreno (Emilio Figueroa); Hank Worden (Mose Harper); Beulah Archuletta (Wild Goose Flying); Ruth Clifford (Muher demente no forte,não-creditada). Sinopse: Em 1868, o veterano ex-oficial confederado Ethan Edwards retorna da Guerra Civil Americana e vai para o rancho de seu irmão na zona rural do Texas. Pouco tempo depois de sua chegada, os Comanches matam seu irmão e sua cunhada e raptam as duas filhas, uma delas ainda menina. Com a ajuda do filho adotivo de seu irmão, Martin Pawley, mestiço índio, Ethan, que odeia todos os ameríndios, começa a perseguir os Comanches para resgatar as sobrinhas. Para ele e também para os que o cercam (exceto Martin), é melhor "certificar-se" de que elas estão mesmo mortas e não vivas e abusadas pelos selvagens (um dos temas do filme é a discussão do racismo). Ethan se mostra obcecado e próximo de psicótico em sua perseguição, havendo suspeitas de que seu amor pelas sobrinhas se deve ao fato de ter amado a mãe delas, a esposa de seu irmão. Mais tarde, Ethan encontra o corpo assassinado da mais velha, Lucy. Recrudescem os esforços na busca da mais nova, Debbie. A procura tomará mais cinco longos anos. Ethan odeia os comanches mas, fiel ao mandamento militar de "conheça seu inimigo", se mostra um conhecedor do modo de vida dos nativos. Algumas "lições": 1) Ethan diz que os comanches amarram as montarias a si próprios, quando dormem, evitando que seus inimigos espantem os cavalos; 2) Ethan diz que um comanche em fuga, ao contrário de um homem branco que desmonta quando o cavalo está cansado, continua a cavalgada até escapar ou o cavalo morrer. E depois disso, come o cavalo; 3) Ethan atira nos olhos de cadáveres de índios. Explica que é uma vingança, pois segundo a crendice comanche isso é uma das piores coisas que podem acontecer, pois eles acreditam precisarem dos olhos intactos para se guiarem no "outro mundo".

CINEMA E TEATRO NO HORTO
Por indicação de Olga Paiva, encontro no Facebook duas notinhas sumárias a respeito do que estará acontecendo em Juazeiro do Norte nos próximos dias 30 e 31. E a primeira nota diz: “Amigos, vamos pra Juazeiro do Norte pra inauguração do Teatro Oswald Barroso, nos dias 30 e 31 de agosto, no caminho do Horto! Ainda não será nossa mudança definitiva, infelizmente! Nossa casa em Fortaleza ainda está à venda! Compartilhem a notícia e vamos todos passear e comemorar com o povo de Juazeiro, com o povo do Padim Ciço!! O teatro fica na estação do Horto, Pedra do Joelho, um dos lugares mais sagrados de Juazeiro do Norte!!!!”  Na outra nota, mais sumária ainda, se fala da abertura das atividades de uma Sala de Cinema no "PONTO DAS TRADIÇÕES", na Colina do Horto, e que vai ter o nome do Grande Mestre Rosemberg Cariry. Que maravilha!!! Assim serão mais dois pontos obrigatórios no nosso circuito de Arte&Cultura. Outra coisa que indica a primeira nota, postada por Andréia Jerônimo, mulher de Raimundo Oswald Cavalcante Barroso (foto, com seu filho curumim) é que o casal e filho estariam de mudança de domicílio, exatamente para vir morar conosco em Juazeiro do Norte. Se confirmado, estaremos muito felizes com vocês por perto.  

PROGRAMA CAFÉ COM LEITTE
Na próxima sexta feira, dia 29, às 21:30 horas na Tv Verde Vale, canal 13, de Juazeiro do Norte, haverá a reprise do Programa Café com Leitte, no qual eu fui entrevistado por Dr. Francisco Leitte sobre o trabalho que realizo sobre a imprensa juazeirense, minha própria vida pessoal e profissional, além de questões ligadas a Juazeiro do Norte. O programa foi ao ar em primeira apresentação no dia 26 passado e em breve a gravação estará disponível no site do programa: www.programacafecomleitte.com.br 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
069: (25.08.2014) Boa Tarde para Você, Dr. José Nildo Rodrigues
Eu e você, meu caro amigo Dr. Nildo Rodrigues, fomos eleitos há poucos dias para presidirmos juntos o nosso Instituto Cultural do Vale Caririense, o ICVC. E vamos tomar posse exatamente pelos dias em que esta instituição completa 40 anos de existência, não sendo modesta a sua folha de serviços à nossa terra. Que enorme privilégio, este nosso, o de continuar os ideais daqueles doze, a começar pelo fundador Joaquim Lobo de Macedo (Joaryvar Macedo), e a seguir por Albis Irapuan Pimentel, Cícero Mozart Machado, Francisco Renato Sousa Dantas, Joaquina Gonçalves de Santana, José dos Anjos Dias, Lindalva Rodrigues de Alencar, Maria Alacoque Bezerra, Maria Antélvia Cândido, Maria Bezerra de Menezes, Maria Zélia Pinheiro de Melo, e da sua querida Nair Silva! Pensando nisto, creio sinceramente, Nildo que juntos poderemos realizar algo substancial para que não haja desapontamento sobre a confiança que os nossos pares empenharam nesta escolha. Deste modo, o nosso entendimento situa-se no caminho de mantê-lo em meio às demais instituições como agente promotora do desenvolvimento da comunidade. Temos um rito que nos coloca mensalmente em reuniões regulares para debates de questões de real importância para o desenvolvimento cultural, ao qual se ajunta, inevitavelmente, expedientes que alargam esta presença do ICVC entre nós. Você, Dr. Nildo, como nosso vice-presidente, é pessoa importantíssima para a primeira de nossas metas, no sentido de realizarmos a conquista de nossa sede própria, um sonho de há muito acalentado, para melhor exercício destes objetivos claros da missão da instituição que passaremos a dirigir. Somente assim, deixaremos de ser esta agremiação itinerante, por residências e locais públicos onde nos reunimos para tratar de temas diversos que reforçam esta nossa existência intelectual. Teremos chance de dispor nossa biblioteca e nossos acervos documentais para todos os interessados que reconhecem no ICVC um instrumento útil para seus trabalhos de pesquisas e fazer cultural. Com seu apoio, Nildo e bem assim, de todos os demais membros da diretoria, será esta a oportunidade para retomar velhos planos de nossos antecessores, metas frustradas pelo tempo, com vistas à maior inserção da agremiação na região, com uma melhor divulgação de todos os trabalhos de seus associados, mas também com a publicação de livros, de informativos, de jornais e da nossa revista tão preciosa. Temos que instituir concursos e prêmios escolares; patrocinar lançamentos de livros em noites de autógrafos; realizar exposições históricas, artísticas e culturais; retomar o PALCO – o Prêmio Anual de Literatura de Cordel; reeditar obras de interesse regional; interagir com todas as nossas instituições culturais, sem diferenças e presunções; e se fazer representação efetiva junto a conselhos municipais, clubes de serviço, entidades públicas e privadas. Recentemente, procedida a atualização dos nossos Estatutos, agora será a oportunidade de efetivar o Regimento Interno, para que as normas permitam boa funcionalidade de ações com os quadros de dirigentes e de associados. Felizmente, Dr. Nildo, agora somos mais de quarenta membros titulares e até poderemos chegar à casa de uma centena, devidamente escolhidos por critérios que pontuem a identidade dos seus proponentes frente à missão do Instituto. Teremos, enfim, mais braços, mais corações e mais mentes capazes de levar mais longe este mesmo ICVC de Joaryvar Macedo, de Nair Silva e dos outros dez, amar mais profundamente seus ideais, prezá-los como parte de nós mesmos e, por fim, pensar mais alto para continuar dignificando a sua trajetória. 

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
Por resoluções da egrégia Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, a cidade passou a contar com novos cidadãos honorários, nas pessoas de: Fábio José Rodrigues da Costa, Mirian de Almeida Rodrigues Sobreira e Mauro Roberto dos Santos. Vejamos os termos das concessões:
Pela Resolução N.º 716, de 19.08.2014, fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense
ao Senhor Fábio José Rodrigues da Costa, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Auricélia Bezerra; Coautoria: Danty Bezerra Silva; Subscrição: José Nivaldo Cabral de Moura – Antônio Vieira Neto – José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Cícero Claudionor Lima Mota - Cláudio Sergei Luz e Silva – Firmino Neto Calú - José Adauto Araújo Ramos – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – João Alberto Morais Borges – Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
Pela Resolução N.º 717, de 19.08.2014, fica concedido, nos termos do artigo 198 e seguintes da
Resolução n.º 297/2001 (Regimento Interno), o Título Honorífico de Cidadã Juazeirense a Ilustríssima Senhora Mirian De Almeida Rodrigues Sobreira. Autoria: João Alberto Morais Borges; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva e Glêdson Lima Bezerra; Subscrição: Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena - Cláudio Sergei Luz e Silva – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Danty Bezerra Silva – Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra.
Pela Resolução N.º 718, de 19.08.2914, fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense
ao Ilustre Senhor Mauro Roberto dos Santos, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena - Cláudio Sergei Luz e Silva – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Danty Bezerra Silva – Cícero Claudionor Lima Mota - Glêdson Lima Bezerra - João Alberto Moraes Borges – Maria de Fátima Ferreira Torres - Rita de Cássia Monteiro
Gomes e Auricélia Bezerra.
Fábio José Rodrigues da Costa é Coordenador do DINTER Artes UFMG-URCA (2013-2016), Chefe do Departamento de Artes Visuais, Líder do Grupo de Pesquisa Ensino da Arte em Contextos Contemporâneos - GPEACC/CNPq, Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ensino da Arte - NEPEA, Representante do Brasil no Consejo Latinoamericano de Educación por el Arte - CLEA, Diretor de Relações Internacionais da Federação dos Arte/Educadores do Brasil - FAEB, Membro da Rede Iberoamericana de Educação Artística - RIAEA, Membro associado da Federação dos Arte/Educadores do Brasil - FAEB. Membro associado da International Society for Education througt Art - InSea. Doutor em Artes Visuais pela Universidad de Sevilla - US/España (2007), Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (1999), Aperfeiçoamento em Aprendizagem da Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade de São Paulo - USP (2000), Graduado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1995). Atualmente é professor Associado da Universidade Regional do Cariri/Departamento de Artes Visuais/Curso de Licenciatura em Artes Visuais. Pró-Reitor de Extensão (2011-2012). Diretor do Centro de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau da URCA (2008-2011). Secretário Geral do Conselho Latino Americano de Educação pela Arte - CLEA (2010-2012). Membro do Projeto de Cooperação Internacional para América Latina com a Universidade Autonoma de Madrid com participação do Chile, Cuba, Brasil e Venezuela (2009-2011). Coordenador da área de Mediação Cultural da Hibrido Produções. Membro do Grupo de Apoio à Livre Orientação Sexual do Cariri - GALOSC. Atua e desenvolve pesquisas na área de Arte/Educação com ênfase na Formação de Professores de Artes Visuais, Didática do Ensino das Artes Visuais, Mediação Cultural. Ministra as disciplinas Pesquisa e Prática Pedagógica em Artes, Didática do Ensino das Artes Visuais e Estágio Supervisionado em Ensino das Artes Visuais no Curso de Licenciatura em Artes Visuais. 
Mirian de Almeida Rodrigues Sobreira, deputada estadual pelo PROS, é enfermeira. No seu perfil, no site da Assembléia Legislativa do Ceará lê-se: “Mirian Sobreira tornou-se um exemplo de grande líder para a cidade de Iguatu. Uma Mulher forte e determinada que foi acolhida e acolheu a todos, tornando-se uma leal amiga do povo. Em sua trajetória pública, foi primeira dama municipal de Iguatu, período em que ficou à frente da Secretaria Municipal de Ação Social, realizando um brilhante trabalho, desenvolvendo projetos sociais, afirmando a sua capacidade e força de vontade, gerando o reconhecimento de todos e iniciando uma longa caminhada na vida pública. Foi candidata à vice-prefeita e posteriormente à prefeita de Iguatu, onde obteve um alto percentual de votos válidos, demonstrando sua capacidade política. Em sua trajetória política foi filiada ao PPS e hoje ao PSB, sempre estando ao lado do governador Cid Gomes e da maior liderança política nordestina, Ciro Gomes. Com apoio de ambos disputou pela primeira vez um cargo no Legislativo cearense, conseguindo se eleger Deputada Estadual, conquistando o respeito e a confiança de 45.739 cearenses. Suas principais bases políticas são os municípios de Iguatu, Acopiara, Quixêlo, Jucás, Cariús, Crato, Juazeiro do Norte, Milagres, Farias Brito, Sobral, Viçosa do Ceará, Santana do Acaraú, Chorozinho e Fortaleza. Foi membro das seguintes comissões: Trabalho, Administração e Serviço Publico (Presidente); Seguridade Social e Saúde (Vice-Presidente); Ciência, Tecnologia e Educação Superior; Constituição, Justiça e Redação; Da Infância e Adolescência; Defesa do Consumidor; Defesa Social; Educação; Agropecuária; Cultura e Esportes (Suplente); Industria, Comercio, Turismo e Serviço (Suplente); Orçamento, Finanças e Tributação (Suplente)
(Infelizmente, não encontramos dados pessoais sobre o homenageado Mauro Roberto dos Santos.)

CINEMATOGRAPHO
Estamos divulgando a programação para o restante do mes de Agosto, do Cinematographo, no SESC de Juazeiro do Norte, sempre nas noites de quartas feiras.
Dia 27: Adeus, Lenin! (Alemanha, 2003).

GESTÃO ORGANIZACIONAL
Registro com prazer que no dia 22, pp, aconteceu no auditório do SENAI WCC, o encerramento da unidade curricular Gestão Organizacional coordenado pela professora Denise Almeida. Na ocasião, os alunos desenvolveram três empresas fictícias nos ramos da industria, comércio e serviço, colocando em prática o conteúdo que foi visto durante a disciplina. No encerramento foram apresentadas as empresas T.A - Indústria de fabricação de Trens; Confort Tur - empresa de serviço de turismo e a Pet Stop - uma empresa de pet shop que atua na área de comércio e serviços. A apresentação contou ainda com a presença da coordenadora pedagógica Cristiane Dionísio.

DANÇA EM TRÂNSITO
Dança em trânsito celebra 10 anos de existência com a maior e mais extensa edição do evento desde a sua criação em 2004. De 5 a 31 de agosto, o evento congrega mais de uma centena de profissionais de 11 países, e promove a circulação de 37 espetáculos, 8 oficinas e 2 residências por 11 cidades de 6 estados brasileiros. Braço maior da rede internacional Ciudades que Danzan, representando onze das 49 cidades que hoje integram a organização, o Dança em Trânsito chega à sua décima edição na condição de um dos mais importantes e longevos eventos de dança contemporânea do país, item obrigatório no calendário cultural do Rio de Janeiro e presença marcante em outras dez cidades brasileiras, para onde começou a se expandir em 2012. A mostra, idealizada pela coreógrafa Giselle Tápias, pisa ainda, pelo segundo ano consecutivo, em território francês, com roteiro e programação a serem definidos ao longo da edição brasileira por curadores convidados. A chave da longevidade? Talvez a feliz combinação de duas marcas registradas do evento desde a sua criação em 2004: a diversidade de estilos e linguagens da programação e uma política de ocupação do espaço urbano que promove apresentações a preços populares em palcos tradicionalmente dedicados à dança e performances a céu aberto em áreas – centrais, nobres ou desassistidas – de grande circulação. Some-se a isto uma programação paralela de intercâmbio, envolvendo mesas redondas, oficinas, residências de criação e a presença constante de curadores e diretores artísticos de festivais ou companhias de relevo no cenário internacional desta modalidade da dança, e está pronta a mistura. E se, de 2004 a 2013, em nove edições praticamente consecutivas do Dança em Trânsito (apenas em 2009, o evento deixou de ocorrer), 123 artistas e/ou companhias nacionais e estrangeiros puderam exibir suas criações coreográficas e vivenciar uma intensa troca de experiências, nesta edição comemorativa de seus 10 anos de vida, mais de uma centena de profissionais de 11 países1 farão circular sua arte e suas ideias por quase três dezenas de espaços públicos, abertos ou fechados, espalhados por oito cidades de cinco estados brasileiros. Além do Rio de Janeiro, que até 2011 reinou absoluta como cidade-sede do evento, figuram no roteiro, Duque de Caxias (RJ), Florianópolis (SC) e Entre Rios do Sul (RS) – incorporadas ao mapa de programação desde o ano passado – e, ainda, a exígua e longínqua Capivari de Baixo, também em Santa Catarina, com menos de 30 mil habitantes, Vitória (ES), Vila Velha (ES), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), Teresina (PI) e Parnaíba, (PI). O arco de público alcançado pelo evento, que tem curadoria e direção artística assinadas por sua criadora, Giselle Tápias, pode ser medido por dois pontos extremos na geografia da capital carioca, que abriga dez dos mais de vinte espaços públicos envolvidos nesta edição: o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no coração da cidade (com ingressos a 1 real), e o Centro Cultural Wally Salomão, sede do AfroReggae, em Vigário Geral, um de seus subúrbios mais distantes. A programação brasileira transcorre em três etapas, divididas por diferentes regiões do país: Sudeste (5 a 31 de agosto), Sul (19 a 22 de agosto) e Nordeste (26 a 31 de agosto). A mostra, que ano passado promoveu a circulação de quatro companhias cariocas apresentadas em sua 9a edição2 por dois subúrbios de Paris e duas cidades francesas3, volta a espraiar-se por território francês entre setembro deste ano e junho de 2015, em roteiro a ser divulgado oportunamente.
OS DESTAQUES DO DANÇA EM TRÂNSITO 2014
A capital carioca, que recebe a fatia mais extensa e generosa da programação, assiste com exclusividade algumas das grandes atrações do Dança em Trânsito 2014. Entre elas, as três coreografias apresentadas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que acolhe pela primeira vez o evento: Uphill, que marca a estreia na América do Sul da cultuada companhia dirigida em Berlim pelo bailarino e coreógrafo chinês Shang-Chi Sun; Romeo and Juliet, nascida da residência de criação do coreógrafo húngaro Ferenc Fehér com um coletivo de 18 integrantes do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, apresentada em programa duplo com Uphill dentro do projeto Domingo no Municipal; e Alforria, homenagem a Mercedes Baptista, primeira bailarina negra a subir ao palco do Theatro Municipal, na década de 60; idealizada pelo coreógrafo carioca Carlos Laerte e desenvolvida em colaboração com seis bailarinos negros selecionados em audição pública em mais uma residência promovida pela mostra, a peça, de curta duração, será apresentada nas janelas frontais do teatro. Dois outros palcos cariocas têm especial importância nesta edição do evento: o Teatro Cacilda Becker, seu “quartel general”, ocupado do primeiro ao último dia, e o Teatro 2 do CCBB, que em cinco dias exibe onze trabalhos, incluindo uma segunda apresentação de Uphill. Entre os destaques da programação, podemos citar ainda o bailarino Romual Kabore, de Ouagadougou (Burkina Faso), uma das revelações do último Festival de Avignon, com Sans D – Duo Soli, dueto com o músico Tim Wensey; a companhia La Macana, de La Coruña (Espanha), com No Title Yet, seu mais recente trabalho; e comemoração dos 20 anos de trajetória do Grupo Tápias, com a estreia nacional de Abundância – fruto da residência coreográfica que a bailarina e coreógrafa carioca Flávia Tápias acaba de cumprir, entre agosto de 2013 e junho de 2014, em Paris, onde foi à cena pela primeira vez em março último dentro da programação do Festival Rencontres Essonne Danse –, a oficina Prática Compartilhada do Espetáculo Abundância, ministrada pela artista, e a exibição do documentário Abondance – Processo de Criação, de Luciana Poso, que registra o processo de construção do trabalho. Circulam pelas outras praças das regiões Sudeste, Sul e Nordeste os seguintes intérpretes, companhias e espetáculos: Ferenc Fehér (Budapeste, Hungria), com Tao Te; La Macana (La Coruña, Espanha), com Ven; Staccato | Paulo Caldas (Rio de Janeiro, RJ), com Quinteto (Duo #3); Grupo Tápias (Rio de Janeiro, Brasil | Paris, França), com Abundância e Lightpiece; Romual Kabore (Ouagadougou, Burkina Faso, África), com Sans D – Duo Soli; e o coletivo efêmero especialmente formado para se apresentar na edição 2014 do evento, reunindo Flávia Tápias (Rio de Janeiro, Brasil | Paris, França), Romual Kabore (Ouagadougou, Burkina Faso), Gaetán Jamard (Paris, França), Alexis Fernandes (Havana, Cuba), Caterina Varela (La Coruña, Espanha), com Partilha – Improvisações.
FICHA TÉCNICA
Direção artística e Curadoria: Curator GISELLE TÁPIAS
Assistente de direção e Curadoria: FLÁVIA TÁPIAS
Coordenação e Contato com os artistas: ROSANE ALVES
Direção de produção: CDPDRJ
Produção executiva:BERNARDO CERVERÓ e MARÍLIA MILANEZ
Assistentes de produção: PALOMA CHEDIAK e LARISSA ALTOÉ
Produção executiva – Sul:TAILOR MORAIS
Gestor Cultural: CHIRLEY RIGON
Produção local: DUO FOTOGRAFIAS, EVANDRO E. DIDOMENICO
Gestor Cultural:MARCO AURÉLIO CASTRO RODRIGUES
Produção executiva – Nordeste: SAMARA GARCIA
Coordenação técnica de luz: DANI SANCHES
Coordenação de Som: CAPÃO ÁUDIO E EVENTOS
Técnicos de som: PEDRO CAPÃO e JORGE ARDILA
Assessoria de imprensa: LU MEDEIROS e ANGELA DE ALMEIDA
Assessoria de imprensa na região Sul: MARINA VESHAGEM
Desenho gráfico: LETÍCIA ANDRADE
Web Designer: DAVI ROJTENBERG

ORGULHO DE SER CARIRIENSE
Há muitos anos leio e coleciono o pensamento de José Humberto Mendonça. Ele é lúcido, muito esclarecido e tem a sensibilidade de tocar em temas de grande relevo, especialmente para este Cariri a que ele tanto se dedicou. Ele nasceu em Brejo Santo, trabalhou pelo desenvolvimento de Juazeiro do Norte e de Crato. E vivendo hoje em Fortaleza, não se desliga e mantém sua atenção e preocupações sobre o nosso desenvolvimento. Tem produzido ótimas páginas para a nossa reflexão. Como este texto inserido na página de opinião, na edição dominical (24.08.2014) do Diário do Nordeste, onde escreve quinzenalmente. Vale a pena ler e refletir. “Toda vez que retorno ao Cariri fico orgulhoso do progresso, da pujança que a região ostenta. Começa nos voos, onde os aviões só voam lotados, tanto chegando em Juazeiro, ponto de embarque e desembarque, como saindo para os inúmeros destinos das rotas intercaladas, como Fortaleza e São Paulo. Na região sul, Juazeiro, a grande locomotiva, é uma verdadeira capital, tendo o Padre Cícero ainda hoje, como seu grande prefeito, o maior benfeitor da cidade, sendo nessa tarefa capitaneada pela iniciativa privada, com o respaldo de seu povo simples. Afinal, ele é o beneficiário em último estágio do progresso irradiando por toda a região, a partir do triângulo geminado, atualmente composto por Crato, Juazeiro e Barbalha. Hoje, essas três cidades formam a Crajubar. O crescimento material se encarregou de interligá-las dando-nos a impressão de uma única urbe expandida, tão integrados estão seus vínculos pelas avenidas Padre Cícero e Leão Sampaio. Juazeiro se destaca nesse impulso evolutivo com um dos maiores centros industriais e comerciais do Nordeste. Mas não para por aí. O impulso empresarial se deve aos expoentes de sua representação comercial e classista. No setor educacional, aconteceu uma verdadeira revolução. Até uma Universidade Federal está sendo consolidada, merecendo destaque também a Universidade Regional do Cariri (Urca), instituída como decorrência do pioneirismo das Faculdades de Filosofia, Ciências Econômicas e Direito, surgidas a partir de 1959. Nessa ordem evolutiva, merecem destaque as Faculdades de Medicina de Barbalha e de Juazeiro, fomentadoras de nada menos de 80 cursos superiores isolados e de inúmeros grandes colégios. Agora, o que me entristece muito é o Crajubar político. Às vezes, fico imaginando o que seria desse Cariri acima descrito se os seus gestores, ao longo das últimas décadas, com raras exceções, tivessem realizado administrações técnicas e honestas. A região já teria dobrado a sua pujança. O maior esforço do que lá ocorre, hoje, se deve à iniciativa privada. Com tristeza é necessário alertar a opinião pública sobre denúncias gravíssimas contra executivos e Câmaras Municipais numa afronta à sociedade, que assiste a tudo isso indiferente e passivamente. O Cariri não merece esse tratamento. A região politicamente precisa ser repensada para o bem de todos. (Humberto Mendonça, Empresário)

ENTREVISTA DE D. CLÁUDIO
Recebi de Armando Lopes Rafael (Chanceler da Diocese de Crato) o texto que reproduzo abaixo, e que contém uma entrevista gravada e transcrita no site da Diocese de Crato (20.08.2014). Pelo seu valor, vale a pena estar inserida aqui para sua leitura. 
“O Cardeal Dom Claúdio Hummes fala da esperança na reabilitação do Pe. Cícero e deixa mensagem para a Diocese de Crato que vivencia seu primeiro centenário. Autora: Patrícia Silva 
Em entrevista exclusiva concedida à assessoria de comunicação da Diocese de Crato, o Cardeal Dom Claúdio Hummes, que atuou por quatro anos no Vaticano como prefeito da Congregação para o Clero, fez uma avaliação da igreja no Pontificado Papa Francisco, o qual é seu amigo pessoal e esteve com ele no momento do conclave, e logo após sua eleição, pediu que o até então Cardeal Jorge Mario Bergoglio, pensasse nos pobres em seu pontificado, fato que incentivou o Santo Padre a escolher o nome de Francisco, conforme afirmou em coletiva de imprensa realizada depois de sua nomeação. Dom Claúdio explicou como podemos fazer para ser uma igreja pobre para os pobres e como exercer o papel cristão na eleição que se aproxima. Tendo ainda vínculos diretos com o Vaticano também falou sobre o processo de Reabilitação do Pe. Cícero Romão Batista, o santo do popular que atrai milhares de romeiros, no decorrer de todo o ano, ao interior do Ceará; e, com relação a vivencia do ano centenário da Diocese de Crato, o Cardeal também deixou mensagem de felicitações pela caminhada jubilar de evangelização.
Patrícia Silva (PS): Dom Claúdio como a nossa Igreja pode fazer para ser uma Igreja cada vez mais pobre e feita para pobres?
Dom Claúdio Hummes (DCH): Eu creio que é um grande desafio este e que foi sempre o desafio da Igreja, claro, através dos tempos, sempre, porque o próprio Jesus Cristo nos indica este caminho de pobreza e também de amor aos pobres. Ele mesmo viveu, Jesus e os apóstolos viveram, uma situação, assim, muito simples, muito austera, de poucos bens, enfim, era muito próxima sempre dos pobres, dos sofridos, dos doentes. Então esse foi sempre o ideal da Igreja. E o papa atual, papa Francisco, volta isso com muita força – por isso ele também tomou Francisco por nome, exatamente, porque ele via a necessidade de a Igreja ser mais pobre – em termos também, digamos assim, de estilo de vida, de meios com que trabalha, enfim, tudo aquilo que fosse ostentação de riqueza, etc., deveriam ser evitados. E ele que trabalhou muito no meio dos pobres, em Bueno Aires, tinha todo um grupo de padres que ele trabalhava naquelas favelas todas – que lá eles chamam de “Villa Miseria” – fez um trabalho de muitos anos como cardeal de Buenos Aires. Então, ele indica isso para a Igreja. Ele mesmo fez isso, ele está fazendo isso. O simples fato de que se veste muito despojadamente, não usa nada que lhe pudesse aparentar riqueza, quis um carro mais simples, mora na casa de Santa Marta e não no Palácio Apostólico, assim chamado, onde normalmente mora o papa, e depois está muito no meio dos pobres. Interessante, por exemplo, que, quando Francisco vai fazer essas visitas, que ele fez como em Assis e outros lugares, muitas vezes almoça na Caritas com os pobres, enfim, e não aqueles almoços mais solenes, então ele diz: não, vamos almoçar lá com os pobres, ali junto com a Caritas. Isso tudo mostra um estilo também. Isso nos interpela, a todos nós, creio que a nós os padres, os bispos, que devemos procurar também um estilo mais simples. A igreja ser pobre, depois para os pobres: saber repartir, isso é ser pobre. Em primeiro lugar saber repartir com aqueles que não têm e ter um coração que se comove também com as pessoas, não é apenas fazer um discurso, ter alguma obra social. Não, o que o pobre, às vezes, quer é ser acolhido como gente, ser acolhido com amor, com carinho, mesmo que eu não consiga fazer nenhum milagre para ele, mas que ele se sinta gente, se sinta amado e, assim, nós também possamos dizer a ele que Deus o ama também assim, que Deus também está do lado dele, mas ele quer ver isso, claro, nos cristão. Por outro lado é interessante que nós, muitas vezes, pensamos na igreja pobre, pensamos nos padres e nos bispos. Não, mas são todos os cristãos, nós somos a Igreja! Como é que nós, cristãos, estamos indo às periferias? Como nós, cristãos, estamos lutando contra a pobreza de tanta gente? Ajudando para que o mundo seja menos desigual. A desigualdade social é que é o grande pecado. O que nós, cristãos, estamos fazendo? Porque não é só os padres e bispos isso de ser pobre. Cuidar dos pobres, repartir com os pobres vale para todos nós cristão. Eu acho que é um grande desafio, mas acho que há muitas respostas que vão sendo aos poucos encaminhadas. Tenho certeza que muitos cristãos se sentem interpelados com mais eficácia e convicção para trabalhar para que a desigualdade social diminua. Eu penso que há uma coisa que caminha nesse sentido.
PS: Dom Cláudio, já que o senhor falou sobre o papa Francisco, como o senhor avalia a Igreja sob o pontificado dele?
DCH: Eu acho que ele foi um grande dom que Deus deu a sua Igreja. Ele é um grande presente, na verdade, porque ele é um homem de carisma reconhecido não só pelos católicos, mas reconhecido pelo mundo todo. O mundo todo vê nele alguém que pode contribuir para melhorar o mundo e isso, certamente, a gente vê. A mídia mundial, mesmo as outras crenças religiosas, admira esse papa por tudo aquilo que ele é, pelas suas atitudes e suas palavras simples, mas muito reais e concretas. Ele não é de fazer muita abstração e discursos elaborados para, no final, dizer pouco. Não, não. Ele diz as coisas, com poucas palavras, mas muito certo, muito concretamente. O mundo vê nele alguém que, de fato, ajuda a encontrar, de novo, um sentido na vida, os caminhos, hoje, para a sociedade, mas, sobretudo, para a Igreja. Os católicos estavam bastante de cabeça baixa em meio àquelas crises todas, aqueles escândalos, humilhados, meio confusos. Com esse papa, de repente, os católicos estão, de novo, de cabeça erguida, alegres, felizes, porque veem e acreditam que esse papa vai encaminhar bem. Claro que os problemas existem, mas ele vai encaminhar bem os problemas. Isso faz também com que os católicos se sintam felizes. E isso, acho que é, realmente, uma grande graça de Deus. Nós estamos muito felizes com ele.
PS: Como nós podemos fazer para defender os ensinamentos de Cristo em um mundo onde os valores como família e religião estão sendo cada vez mais, dentro da sociedade do descartável, pormenorizadas em meio a tudo isso que a sociedade atual coloca, principalmente, para juventude?
DCH: Eu acredito que nós devemos não só anunciar os grandes valores que o evangelho nos apresenta em relação à família, em relação à vida social, em relação à questão dos pobres, da corrupção na sociedade, tudo isso, os conflitos, os individualismos muito fortes, as grandes crises da família, não só apresentar isso teoricamente em belos discursos, bons, certamente, são bons discursos, mas, na prática, tentar ajudar as pessoas a viver o evangelho no dia-a-dia. Isso significa a gente mesmo estar perto das pessoas, é o que o papa diz. A proximidade. Acho que nós podemos conseguir acender luzes nos caminhos das pessoas, essas luzes desses valores importantes do evangelho que Jesus Cristo nos trás, o amor ao próximo, a solidariedade, o perdão, a reconciliação, o pensar no outro, não em si mesmo, estando próximo das pessoas, sobretudo, aqueles que são mais vítimas de toda essa situação, mas também aqueles que estão perdidos por aí, acham que tudo já não vale à pena, que as coisas não têm sentido, que não existe nada depois dessa vida. Então as coisas ficam muito monótonas, sem rumo. Então o que o papa nos indica é que nós cristãos, mas, sobretudo, nós, pastores, padres, bispos, devemos estar muito mais perto das pessoas, conviver, sair em busca, não esperar que as pessoas venham buscar auxílio, orientação. Não, nós é que temos que ir, nos aproximar das pessoas. Ele (Francisco) até fala que, nós, os padres, os bispos, devíamos viver muito mais nas ruas, não para, simplesmente, nos divertir na rua. Não. Não, mas para encontrar com aqueles que precisam de nós, com quem nós possamos conversar, com quem nós possamos animá-los, encorajá-los, mostrar-lhes caminhos, porque as pessoas, muitas vezes dizem, eu não sei mais para onde ir, não sei o que vale à pena, o que é importante, o que é bom, o que é ruim. Ajudar as pessoas, indicar caminhos, acender luzes, ele diz, nessas noites que estão por aí. E eu acho que é o caminho que está aí, mas que todo cristão deveria fazer dentro da família, etc., se alguém tá sofrendo. Por exemplo, nesses dias até, a gente estava falando sobre isso. Muitas vezes uma pessoa, de repente, quase que perde a fé ou não quer mais nada, acha que tudo não vale à pena, não sei o quê, tal e tal. Em vez de a gente ralhar às pessoas, ser duros, devemos ter compreensão e acompanhar, ter paciência, tentar acender luzes. Aos poucos ela vai, de novo, começar a perceber que não é bem aquilo, enfim, ela volta, então aos poucos. Quer dizer, esse caminhar junto, esse aceder luzes, mas com paciência, perdoando, encorajando. É por aí que os valores cressem de novo.
Não adianta querer impor a força, com ameaças, tudo isso. Isso leva a pouco. Isso não leva a nada, porque Deus também faz assim. Deus nos encoraja, Ele também vai ao nosso encontro, não força ninguém. Então nós também devíamos ser assim, sermos pessoas desse tipo, os cristãos no meio da sociedade, hoje.
PS: O senhor falou em corrupção e logo mais, em outubro, o Brasil vai estar passando por mais um período eleitoral. Como podemos relacionar fé e política?
DCH: Ah, sim, isso aqui é muito importante! Sim, porque a fé tem tudo a ver com a política, porque a política é conviver socialmente, a política dirige, ela governa essa convivência. E a fé nos diz que nós devemos conviver como irmãos e não como adversários, como competidores, que estamos numa competição para ver quem ganha mais e em que cada um quer subir à custa dos outros, onde cada um quer fazer o máximo de dinheiro pra si mesmo e pouco se interessam, por isso ficam prejudicados ou não. Quer dizer, aí o evangelho tem tudo a dizer, claro. O evangelho tem alguma coisa a ver com a sociedade, com a convivência social e, portanto, com a política, porque a política é que rege a convivência social. E se a política tem outros interesses que não é a convivência social, um serviço para o povo, e eu sempre digo isso, o estado existe para servir ao povo, porque não foi o estado que criou o povo, foi o povo que criou o estado como um serviço de que o povo precisa para poder conviver bem na sociedade. É um serviço que o povo criou. O estado está a serviço desse povo e não pode fazer o inverso, quer agora, simplesmente, dominar esse povo, se aproveitar desse povo, arrancar desse povo tudo que puder e encaminhá-los para os interesses daqueles que tem agora na mão o estado, os governantes, etc. Não, eles estão a serviço de um povo. Isso vale até com aquela questão de estado laico. Claro que o estado é laico. E tem que ser laico. Mas ele está a serviço de um povo que é religioso, ele tem que respeitar isso, porque ele está a serviço, ele foi criado como um serviço que o povo precisa. Ele não pode ir contra um povo. Se o povo é religioso, mas o estado é laico, ele tem que respeitar, porque ele sabe que está a serviço de um povo religioso. Então, tudo, tudo vai por aí. A questão da corrupção, tudo isso. Eleger bons governantes é muito importante. E depois ajuda-los a governar também. Acho que o povo tem que se manifestar mesmo. Quando as coisas não vão bem, o povo tem que se manifestar mesmo. Não pusemos vocês aí pra servir a nós, pra nos ajudar a viver socialmente, viver bem, viver em paz, viver em fraternidade, viver com menos desigualdade, com menos individualismo. Não pode ser o inverso. Então eu, realmente, acho que são momentos importantes em que o povo tem que, de fato, pensar quando vai eleger pessoas, realmente, que possam estarem dispostas a estarem a serviço e não vão lá para encher os bolsos seus e de seus comparsas.
PS: Dom Cláudio, falando em política nós, aqui da Diocese de Crato, tivemos, em meio a tantos nomes, um que se destacou muito nessa questão da busca do bem comum, que é o padre Cícero Romão Batista. Qual a sua visão sobre ele?
DCH: O padre Cícero é uma figura que se torna até mesmo internacional, pouco a pouco. Hoje em dia existem estudos, mesmo internacionais, sobre essa figura. Ele é um homem que, sobretudo, tem relação com aspecto religioso do povo. Ele foi o padre que sustentou a fé desse povo do sertão, aqui, por tantos anos durante a vida dele e até hoje. É um grande contributo, digamos assim, ele ajuda o povo a manter os valores religiosos, a manter a sua fé católica, enfim. Nesse sentido ele tem um enorme mérito, certamente. E hoje, claro, houve muitos equívocos também, eu acho, durante a vida dele. Ele é vítima de muitos equívocos, certamente, ele foi. Hoje o que está se fazendo, o que está se procurando é que haja uma reabilitação canônica da figura dele dentro da igreja, porque ele sofreu algumas censuras na época da igreja, e o processo está agora em andamento, nós temos que esperar, de fato. E eu espero que, isso se consiga, essa reabilitação do padre Cícero. E depois a gente vai ver. Agora a figura dele, os frutos estão aí, o povo que o ama imensamente, o considera um grande intercessor junto de Deus, um homem que cuidou dos pobres, enfim, e nesse sentido a gente só pode dizer que vamos ver se conseguimos, de fato, reabilitá-lo.
PS: Existe alguma novidade sobre o processo de reabilitação do Pe. Cícero?
DCH: Não, não tem nenhuma novidade. Eu não tenho nenhuma informação a mais. Eu sei que estão trabalhando nisso. O departamento do Vaticano, que cuida disso, está de fato, aprofundando essa questão, para depois, então, ser levado parecer desse departamento ao papa, e é o papa que depois vai definir o que se pode fazer.
PS: Dom Cláudio, para encerrar, a Diocese de Crato, em outubro, vai estar completando seu primeiro centenário, estamos vivenciando jubileu, então eu queria que o senhor deixasse uma mensagem para esse povo romeiro e missionário, que faz parte de nossa Diocese.
DCH: Sim, eu desejo a Diocese, realmente, todas as bênçãos de Deus, porque é no jubileu em que a gente volta a pensar em tudo o que ocorreu nesses cem anos, tanta gente que viveu a fé, que aqui deu tudo pelos outros, enfim, todo esse povo, como é que eles viveram a fé, essa história religiosa por tantos antepassados dessa geração que está aí, eles que começaram, mas também essa geração faz parte desse centenário. Então acho que a primeira coisa é agradecer a Deus e também pedir perdão pelos erros, os pecados sempre existem, todos nós somos pecadores também. Então jubileu é sempre isso, agradecer tudo o que Deus fez e que as pessoas também fizeram de bem nesse mundo. Pedir perdão pelos erros que houve no meio do caminho e pedir para o futuro bênçãos, que Deus continue abençoando esse povo. É o que eu desejo muito, que esse povo sinta a presença de Deus, essa presença carinhosa de Deus, essa presença de um Deus que encoraja, um Deus que quer ajudar, quer ser solidário conosco. Que o povo viva isso com força nesse centenário. Aí terá força também para transmitir para as gerações futuras um exemplo de fé. (Reportagem: Patrícia Silva; Transgravação: Patrícia Mirelly)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

 BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
068: (22.08.2014) Boa Tarde para Você, Jackson Oliveira Bantim
Finalmente, levado por amigos, cheguei ao Memorial da Imagem e do Som do Cariri para conhecê-lo, como há algum tempo desejava, instalado que está na sede do Instituto Cultural do Cariri. Digo a você, meu caro Bantim, como foi, de certo modo, emocionante, percorrer as suas seções deste pequeno grande museu que coroa uma trajetória importante percorrida pelo cineasta, produtor, e grande animador cultural de nossa região. Já havia ouvido falar do pioneiro Luiz Gonzaga de Oliveira, seu bisavô, a quem com sensibilidade você elegeu como patrono desta obra, por ter sido o primeiro fotógrafo profissional do Cariri, cuja atuação se deu entre os anos de 1885 e 1930. Felizmente, Bantim, o Cariri contou com homens, como este seu antecessor, profissionais de grande sensibilidade e competência que produziram imagens eternas de nossas cenas urbanas e familiares, algumas expostas em certos recantos destas nossas cidades, e outras tantas reservadas como preciosas joias em guardados de famílias. Ora, se o Brasil, conforme nos diz o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, precisa urgentemente de mais museus, o que não se dizer de nós mesmos aqui neste recanto de Ceará, imersos em uma ambiência de tão farta historiografia e memórias? Não obstante estes termos de belas intenções, para uma missão tão educativa, o que vemos é, senão, a iniciativa ousada, arrojada, e acima de tudo, desprovida de apoio para sua realização, pois afinal, conceber, montar e manter um museu não é coisa para qualquer um. Louvo e proclamo, meu caro Jackson Bantim, a sua dedicada empreitada de dotar este Cariri de um equipamento que enche o visitante de encanto por lembrar páginas memoriais de nossos caminhos, marcados, por exemplo, pela lembrança sempre querida de seu Eloi Teles de Morais. No Memorial, e convido todos a viver a mesma oportunidade que tive, o visitante terá este encontro com a Cultural Popular de todas as manifestações regionais e de todos os mestres, pois o objetivo primordial é esta interação que é mediada por fotografia, cinema, música, artes plásticas e literatura. Quero destacar, meu caro Bola, a sua iniciativa de dotar este Memorial de autênticas revisões históricas sobre dois importantes ingredientes da nossa sociologia, tanto rural quanto urbana, percorrendo os caminhos antagônicos vividos por beatos e cangaceiros, entre rosários e bacamartes. Saúdo com entusiasmo a acolhida que você teve da parte do Instituto Cultural do Cariri que lhe cede o abrigo imprescindível para que a ideia viceje e se multiplique nesta terra de tantos recursos, mas de extrema aridez, quando se trata do fazer cultural. A sua iniciativa, Jackson Bantim, ao criar este respeitável Memorial da Imagem e do Som do Cariri não poderia ter sido mais feliz, partindo de um profissional tão experimentado que se consagrou, reunindo um acervo primoroso que nos conta parte do nosso passado. Faço daqui dois apelos e gostaria muito que desembocassem entre a gente do Cariri e os seus homens públicos, para que as famílias contribuam com doações para o seu acervo e que os gestores municipais, especialmente de Crato, tenham a sensibilidade para enxergar que em empreendimentos como este também se tem o dilema de se viver entre o feijão e o sonho. 
(Foto de Dihelson Mendonça)
CINE CAFÉ
O Cine Café, estará exibindo amanhã, sábado, no Centro Cultural BNB, às 17:00 horas, o premiado filme Plata Quemada, realizado em 2000, dirigido por Marcelo Piñeyro e com roteiro escrito por Piñeyro eMarcelo Figueras. Elenco: Leonardo Sbaraglia como El Nene, Eduardo Noriega como Ángel, Pablo Echarri como El Cuervo, Leticia Brédice como Giselle, Ricardo Bartis como Fontana, Dolores Fonzi como Vivi, Carlos Roffé como Nando, Daniel Valenzuela como Tabaré, Héctor Alterio como Losardo, Claudio Rissi como Relator, Luis Ziembrowsky como Florian Barrios, Harry Havilio como Carlos Tulian, Roberto Vallejos como Parisi, Adriana Varela como Cantante Cabaret. O filme retrata a história verídica de uma dupla de assaltantes conhecida como “Os Gêmeos”, amantes e marginais que, em 1965, fogem da Argentina com o valor de sete milhões de pesos e se refugiam no Uruguai, juntamente com o resto do bando. Nene e Ángel são contratados por um figurão para interceptarem um carro-forte que carregava 7 milhões de pesos, mas o roubo na verdade foi uma cilada e a dupla vê-se obrigada a matar para fugir. O relacionamento entre os dois bandidos (Nene e Ángel) é conturbado. “El Nene” é o lado inteligente e esperto da dupla; mesmo assim ele é apaixonado por Ángel. Por outro lado, Ángel é infantilizado. Fanático religioso, carrega a culpa pela sua vida (bandido e homossexual) e ouve vozes que o atormentam. O filme se baseou em fatos. Vários delinqüentes de nacionalidade argentina (porteños) realizaram um grande assalto no qual vários pessoas morreram em Buenos Aires; depois o casal, junto com outros bandidos da quadrilha, escapa para Montevideo, Uruguai. Numa noite de novembro de 1965 foram cercados pela polícia uruguaia, que após quatorze horas e milhares de balas atiradas no apartamento, terminou com um saldo de vários mortos, entre os policiais e os bandidos. Plata Quemada tem recepção favorável por parte da crítica especializada. Com tomatometer de 77% em base de 30 críticas, o Rotten Tomatoes publicou um consenso: “Plata Quemada conta uma história elegante e cheia de vapor sobre criminosos em fuga”. Tem 78% de aprovação, por parte da audiência, usada para calcular a recepção do público a partir de votos dos usuários do site. Já mereceu os seguintes prêmios: Festival de Havana: Melhor Cinematografia, Alfredo F. Mayo; Melhor Som, Carlos Abbate e José Luis Díaz; 2000; Prêmios Goya ao melhor filme estrangeiro de língua espanhola (2000), Marcelo Piñeyro, Argentina; 2001; Glitter Awards: Gay Film Festivals, Marcelo Piñeyro; 2002.

O GOLPE MILITAR NO CARIRI
Neste ano de 2014 Fortaleza estará o XXXIII Encontro Nacional de Estudantes de História, com o tema 50 anos de golpe e Jornadas de junho: A repressão na ditadura do passado e na democracia do presente.  Este evento terá como objetivo discutir diferentes temáticas que fazem parte das necessidades dos estudantes e militantes da História, desde a função social do historiador até a desmilitarização da polícia militar. As discussões em torno da ditadura civil-militar são prioridades da Federação do Movimento Estudantil de História, principalmente, no que diz respeito ao acesso aos documentos ainda inacessível desse regime. Nesse ano em que se completam 50 anos do golpe vêm a necessidade de se discutir esse tema: os momentos na ditadura e na democracia se assemelham pela violência policial, e repensar a desmilitarização da polícia militar assim como as heranças dos momentos de maior repressão na história recente do Brasil. Um dos participantes do evento é o professor Cicero Aurelisnor MATIAS Simião (Aurélio Matias)(URCA), que juntamente com Elcilândia  CARLOS de Lima(URCA) produziram o trabalho: O Golpe Militar no Cariri – Da Repressão ao Refúgio, que resumidamente se apresenta como: O presente trabalho aborda o golpe militar ocorrido no Brasil em 1964 e suas repercussões na região do Cariri cearense, em especial nas cidades mais desenvolvidas, na época, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. Para tanto, realizou-se uma revisão da bibliografia sobre o tema e uma reflexão sobre as consequências e os significados do golpe. Evidenciou-se a ação da Igreja Católica na região, que serviu de sustentáculo aos golpistas, desenvolvendo uma febril campanha anticomunista. Apresenta-se a efervescência do Movimento Estudantil no período, com maior representatividade na cidade do Crato. São utilizadas fontes escritas, como jornais da época e a colaboração metodológica da História Oral com depoimentos dos principais protagonistas. Por fim, é exposta através de relatos como a região do Cariri se transformou em rota de fuga e lugar de refúgio para militantes de diferentes regiões do país, perseguidos pelos algozes da ditadura.   

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte propôs, aprovou e remeteu para o Prfefeito Municipal que sancionou as Resoluções que nomeiam mais dois novos cidadãos honorários desta cidade: Antonio Barbosa Mendonça (nascido em Jucás, CE) e  Marco Valério Moura de Sousa (nascido em Cajazeiras, PB). Eis os termos: 
Pela Resolução N.º 714, de 12.08.2014, fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense
ao Senhor Antônio Barbosa Mendonça, pelos relevantes serviços prestados à esta comunidade. Autoria: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro; Coautoria: Danty Bezerra Silva – Antônio Vieira Neto; Subscrição: José Ivan Beijamim de Moura – Cícero Claudionor Lima Mota – Francisco Alberto da Costa – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Cláudio Sergei Luz e Silva – Rubens Darlan de Morais Lobo – Paulo José de Macêdo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – Maria Calisto de Brito Pequeno – Auricélia Bezerra – Rita de Cássia Monteiro Gomes.
Pela Resolução N.º 715, de 12.08.2014, fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense
ao Senhor Marco Valério Moura de Sousa, pelos relevantes serviços prestados à esta comunidade.
Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Coautoria: Glêdson Lima Bezerra – Antônio Vieira Neto – João Alberto Moraes Borges; Subscrição: José Ivan Beijamim de Moura – Cícero Claudionor Lima
Mota – Francisco Alberto da Costa – José Tarso Magno Teixeira da Silva – José Adauto Araújo Ramos – Rubens Darlan de Morais Lobo – Paulo José de Macêdo – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro - Cláudio Sergei Luz e Silva – Maria Calisto de Brito Pequeno – Auricélia Bezerra – Rita de Cássia Monteiro Gomes. Antonio Barbosa Mendonça nasceu em Jucás no dia 27 de dezembro de 1966. Possui MBA em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP). É empresário do ramo de moda, calçados e bolsas de couro e já tinha sido Secretário de Indústria e Comércio de Juazeiro do Norte na primeira gestão do prefeito Raimundo Macedo. Atualmente, é presidente do Sindindústria (Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuários de Juazeiro do Norte e da Região) por meio de cuja entidade tem incentivado a participação de empresários locais em feiras e eventos, bem como na promoção da Feira de Tecnologia e Calçados do Ceará (FETECC) em Juazeiro.
Marco Valério Moura de Souza nasceu em Cajazeiras (PB), no dia 30 de maio de 1970. É formado em Administração de Empresas pela Faculdade Leão Sampaio (2012). Foi Vereador em Juazeiro do Norte no período legislativo compreendido entre 1993/1996; Assessor de Imprensa da Prefeitura em 2005, Secretário de Esporte e Juventude (2007/2008) e Assessor de Imprensa do Cariri Shopping Center (2009/2010). É radialista já tendo trabalhado nas rádios Iracema, Verde Vale e, atualmente, é diretor comercial, locutor noticiarista e narrador esportivo da Rádio Vale FM.

PESQUISA SOBRE RABECAS É PREMIADA
O projeto de Gilmar de Carvalho e Francisco Sousa foi um dos seis vencedores do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Iphan, com a pesquisa Rabecas do Ceará. Em 2002, o jornalista e professor Gilmar de Carvalho partiu a desbravar o interior do Ceará e do nordeste ao lado do fotógrafo Francisco Sousa. A intenção era conhecer o universo das rabecas e dos luthiers, artífices dedicados a fazer reparos nos instrumentos. Nos mais de 10 mil quilômetros percorridos, a dupla mapeou a influência das rabecas no Estado. O resultado dessa pesquisa foi publicado no livro Rabecas do Ceará, em 2009. Na última quarta-feira, 13, a obra foi uma das seis selecionadas pela 27ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O trabalho de Gilmar e Francisco era um entre os 122 inscritos por pesquisadores de 22 estados. O processo começou com uma triagem para escolher 50 finalistas, dentre os quais saíram os seis vencedores, que participarão da cerimônia de premiação, no próximo 4 de novembro, no Clube do Choro, em Brasília. Pesquisadores de Minas Gerais, Pará, Goiás, Paraíba e Rio de Janeiro estão entre os vencedores. “A rabeca sugere festa. Quebra a monotonia de um sertão de tanta luz e, ao mesmo tempo, tão cinza, de tanto desamparo. Foi esse material que inscrevemos no prêmio. Deu certo. Nosso trabalho foi reconhecido”, festeja Gilmar. Nas andanças dos autores pelas brenhas do Ceará, muito foi descoberto. Diferentemente do que Gilmar e Francisco achavam, a região do Cariri tem poucos rabequeiros, diferentemente dos Inhamuns, onde foi descoberto um celeiro das rabecas. Gilmar destaca os municípios de Independência, Quiterianópolis, Novo Oriente, Parambu, Crateús, Arneiroz e Ibiapaba. “Podemos pensar na permanência das rabecas como índice de maior dificuldade de comunicação, de troca e do isolamento que marcou a vida de muitas comunidades”, analisa.
POUCA DISSEMINAÇÃO
As rabecas são instrumentos artesanais, normalmente com quatro cordas. A pesquisa de Gilmar de Carvalho sugere que o instrumento ainda é pouco valorizado como parte da identidade cultural nordestina. “Com exceção do (cineasta) Rosemberg Cariry, que fez um belo documentário sobre o Cego Oliveira, encontramos poucos registros sobre nossos rabequeiros.”
MULTIMÍDIA
Assista ao vídeo “Chico Rabequeiro e os ferreiros de Potengi”, feito para o caderno “Sertão a ferro e fogo”:  http://youtu.be/YcWXMbjKKy8
RABECAS
A rabeca é um instrumento semelhante ao violino, feito artesanalmente de madeira e cordas friccionadas com um arco. O som é entoado de forma triste, mas as nuances não são apenas de melancolia, mas de alegrias e festas de um Ceará repleto de histórias. Cada um dos vencedores do 27º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade receberão um certificado e o valor de R$ 25 mil. A escolha dos premiados ocorreu nos dias 12 e 13 de agosto, na sede do Iphan, em Brasília. Os tons e as texturas das abecas foram tema de cobertura especial do Vida&Arte (O POVO), publicada em julho do ano passado. 

CINE ELDORADO
O Cine Eldorado exibe nesta sexta feira, 22, filme brasileiro do período das chanchadas Aviso aos Navegantes, de 1950, dirigido por Watson Macedo. Conforme a Wikipaedia, “O filme foi restaurado em 2000, sendo a primeira chanchada da Atlântida a sair em DVD. O filme possui uma sucessão de números musicais, com destaque para Eliana, Oscarito, Ivon Curi (cantando em francês), Emilinha Borba, Francisco Carlos e as orquestras de Ruy Rei e do pianista Benê Nunes. O Elenco:Oscarito, como Frederico, o camareiro, Grande Otelo, como Azulão, o cozinheiro, Anselmo Duarte, como Alberto, o imediato do navio, Eliana Macedo, como Cléia, José Lewgoy, como Professor Scaramouche, Zezé Macedo, Sérgio de Oliveira, como o comandante do navio, Glauce Rocha, Mara Rúbia, Emilinha Borba, Ivon Curi, como o Príncipe Suave Leão, Adelaide Chiozzo, Cuquita Carballo, Iara Isabel, Nara Rios, Clélia Rios, Rubem Dourado, Grijó Sobrinho, Alfredo Rosário, Dalva de Oliveira, Elvira Pagã, Juliana Yanakiewa e seu balé, Benê Nunes e sua orquestra, Francisco Carlos, Jorge Goulart, Quatro Ases e Um Coringa, Ruy Rey e sua orquestra. A história se passa num luxuoso navio, onde uma companhia teatral brasileira, com as cantoras Cléo e Adelaide Chiozzo, retorna ao Brasil depois de apresentações em Buenos Aires, a embarcação também está um príncipe que se apaixona por Cléo, mas ela só tem olhos para o imediato do navio. Frederico, o camareiro de Cléo, embarca clandestinamente no mesmo navio, onde é descoberto pelo cozinheiro da embarcação. Surge entre os dois homens a relação de amor e ódio, cheia de implicância. A bordo há também um perigoso espião internacional, que precisa ser detido antes que todos cheguem ao Rio de Janeiro.

EXÉQUIAS DE EDUARDO CAMPOS
Vale a pena fazer a leitura da Homilia da missa de corpo presente do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e companheiros. Liturgia da Assunção de Nossa Senhora Palácio do Campo das Princesas, 18 de agosto de 2014, 10 horas, proferida por Dom Antônio Fernando Saburido, OSB Arcebispo de Olinda e Recife, que transcrevemos abaixo.
“Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão” (1Cor 15,22).
Este é o quinto dia desde a triste e tão dolorosa notícia da tragédia que vitimou sete irmãos nossos, pelos quais celebramos esta Santa Missa: os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins; Pedro Almeida Valadares Neto; Alexandre Severo Gomes e Silva, Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Marcelo de Oliveira Lyra e Eduardo Henrique Accioly Campos, pessoas que contamos entre nossos queridos familiares e amigos. Entretanto, este dia não é um dia qualquer. Hoje é Domingo, dia do Senhor, quando celebramos a Páscoa Semanal daquele que morreu dando a sua vida, oferecendo-a pela salvação do seu povo. Precisamente hoje, a liturgia da Igreja comemora a Assunção de Nossa Senhora ao céu. Diante dos corpos de três das sete vítimas do terrível acidente, é como se estivéssemos diante daquele mesmo calvário que a própria Maria viveu. Não pensemos que foi fácil o itinerário da sua vida. Foi escolhida por Deus para uma sublime missão: apesar de preservada de todo pecado, teve sua fé provada a todo instante, desde quando acolheu o anúncio de que seria a mãe do Filho de Deus. Enfrentando as dificuldades da vida, com a graça de Deus, teve forças para enxugar as lágrimas e confiar que a injustiça e a impunidade jamais teriam a última palavra. Por ter confiado no Senhor e ter sido fiel aos desígnios de Deus, mereceu ter um nome bendito e lembrado de geração em geração, como ela própria afirmou. Mais que isso, mereceu ter a mesma vitória que seu Filho. A solenidade de hoje recorda precisamente isto: por ela ter pertencido totalmente a Deus e ter se entregado sem reserva à vontade de Deus, ela foi a primeira associada à sorte de Jesus, como disse o apóstolo Paulo, na segunda leitura: como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão; porém, cada qual segundo uma ordem determinada: em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo. Ninguém como a própria mãe pertenceu tanto a Jesus. Entretanto, a vitória da ressurreição de Jesus não para por aí, pois está chegando até aos nossos dias. Quando o Papa Pio XII proclamou, em 1950, o dogma da Assunção de Maria, ele não estava criando nenhuma verdade nova; estava proclamando que é verdadeira a fé que desde o início do cristianismo espalhou-se entre os discípulos de Jesus: Maria foi elevada ao céu em corpo e alma; não poderia ter o corpo corrompido alguém que deu à luz o Salvador do Mundo. Como isto é algo que parece tão incompreensível para muitas pessoas, não só podemos como temos até que perguntar de que maneira tudo isto aconteceu. Na primeira leitura, escutamos referência à Arca da Aliança, que era aquele baú sagrado no qual estavam guardados os mandamentos que o Senhor havia dado a Moisés. Se era tão sagrada essa arca, muito mais sagrada é a arca definitiva, na qual se fez carne a Palavra de Deus. Maria é a nova e definitiva Arca da Aliança, onde Deus mesmo quis colocar a semente da salvação. E tudo isso foi possível porque Maria acreditou, não duvidou e deu credibilidade à Palavra de Deus. Como escutamos no Evangelho, há pouco proclamado, a própria Isabel disse que será cumprido na vida de quem acredita o que o Senhor prometeu. Por isso, a Virgem Maria é bendita entre as mulheres e, assim como Cristo, já tem realizada a glorificação que nós ainda estamos aguardando e pela qual trabalhamos. E o mais bonito, meus irmãos e irmãs, é que todos os que creem em Jesus reviverão, não somente depois da morte, mas desde o instante em que acreditamos na sua Palavra. Às vezes, a Palavra de Deus parece improvável e acreditar nela parece desvantagem diante das muitas vantagens do dinheiro e do poder. Todas as pessoas que acreditam na Palavra de Deus permanecerão lembradas para sempre e seus nomes continuarão como estrelas, indicando o caminho para os que buscam um novo horizonte. Quem é Maria? É alguém do povo de Deus, que esperava, como toda a sua gente, a vinda do Messias, daquele que traria dias melhores. E o Messias chegou! O Messias, porém, não se fez grande, mas pequeno; é o que serve sem ser servido; que veio para dar vida e vida em abundância a todos, mesmo que isso significasse perder a própria vida. Esta era a sua missão, mas, além disso, era a convicção mais profunda de sua mãe. Ela sabia que Deus demonstra o poder de seu braço: dispersa os orgulhosos, derruba os opressores, eleva os humildes, sacia os famintos e destrói toda riqueza injustamente adquirida. Queremos que a fé da Virgem Maria seja um estímulo para a nossa fé, que vacila em tantos momentos. Nesta hora, por exemplo, é como se estivéssemos diante de um outro calvário. Estamos ouvindo o clamor de tristeza de esposas e filhos, pais e irmãos, familiares e amigos, enfim, de todo o povo de Pernambuco e do Brasil. Perguntemos à Virgem Maria como é que ela foi capaz de permanecer de pé junto à cruz de seu Filho!? Deus lhe deu forças, mas também lhe deu força a convicção que levou seu Filho a amar-nos até o fim. O calvário não é o fim do percurso da vida de Jesus, nem de seus discípulos. As trevas caem sobre nós, a cortina da angústia encerra nosso coração, mas não podemos desistir. A Virgem Maria está de pé junto à cruz e nós devemos, igualmente, permaneceremos de pé. Fiquemos atentos ao que tem a nos dizer aquele que está crucificado. O que estes nossos irmãos falecidos têm a nos dizer? Diante de seus corpos inertes, destruídos pela fatalidade, ouve-se um silêncio que incomoda. Aqui estamos porque, no eco de suas convicções, escutamos a mesma sede que o Filho de Maria teve: fome e sede de justiça. Maria foi uma mulher forte que alimentou a coragem de seu Filho para que ele não desistisse. A força do calvário não é a força de um poder que mata inocentes, mas a força do amor que dá a vida, que se preocupa com os pecadores e está atento aos humildes, aos injustiçados, aos pobres. Naquele calvário, há um justo crucificado, que teve sua voz abafada por quem lucrava com a corrupção e a miséria dos outros. A voz de Jesus está hoje espalhada pelo mundo inteiro: é a voz dos profetas dos tempos atuais que querem um mundo melhor e lutam contra o pecado, que gera desigualdade social, é fonte de guerras e conflitos, alimenta discriminações e preconceitos. Apesar de ser um cenário de tristeza aquele do calvário, há uma alegria que a dor não abafa: está morto um homem que tem suas convicções vivas e que não teve a fraqueza de vender sua consciência; ele discordou de tudo o que não estava conforme a vontade do Pai e ousou questionar. Ensina-nos até hoje a fazer o mesmo, seguindo seu exemplo. Ele revoluciona nossos corações: amar a Deus sobre todas as coisas, amar nossos semelhantes como irmãos e irmãs, ter como nossas as suas causas. Cristo ressuscitou e, na nossa luta, onde dois ou mais estão reunidos em seu nome, ele continua presente, interpelando-nos. Estes nossos irmãos, cujos corpos serão plantados na terra como sementes de esperança, vivem. Não vivem somente na nossa lembrança, que tem dificuldade de acreditar que morreram, mas vivem porque estão em Deus, na vida definitiva. Pelo mistério da fé, estarão para sempre conosco e, aguardando o dia da glorificação definitiva. Continuam nos inspirando a não desistir da mesma luta que só trará o bem a nós e ao nosso povo. Quem acredita nas causas de Jesus e vive lutando pelas mesmas convicções que levaram o Filho de Deus à morte, experimentará a vitória de sua ressurreição. Esta é a esperança que nos mantém firmes para um adeus tão doloroso. No instante do acidente, todos aqueles que foram vitimados com nosso prezado Eduardo Campos estavam unidos em torno dele, como irmãos e amigos. Compartilharam com ele os mesmos ideais e participaram da mesma morte. Tão grande era a amizade que os unia, que suas famílias, igualmente enlutadas, estão aqui ao lado de sua esposa Renata Campos e seus filhos. Nós também sentimo-nos de luto, não somente porque Pernambuco e o Brasil perderam um grande líder, alguém realmente vocacionado para a política, mas porque sentíamos nele, acima do gestor que foi, um ser humano apaixonado pelo povo, especialmente os mais empobrecidos; um católico de convicção que fazia questão de transmitir para os filhos seus princípios de fé. Isso o aproximou muito de cada um de nós, mesmo daqueles que nunca o viram de perto, mas que admiravam seu jeito de valorizar a família como célula primeira e indispensável de todo fundamento social. Nesses últimos dias, nas redes sociais, foram veiculadas muitas imagens de Eduardo e nenhuma delas emocionou mais que as que o apresentavam no aconchego do lar, em companhia da esposa e filhos. Por ocasião do dia dos pais, seus filhos postaram um vídeo emocionante. Naquele mesmo dia, que foi também o dia do seu aniversário de 49 anos, estive com ele, pela última vez, na Missa de encerramento da festa de São Lourenço Martir, em São Lourenço da Mata. Nós temos família e sabemos o quanto é importante uma família feliz. Ontem, por coincidência, foi o encerramento da Semana Nacional da Família, cujo tema para reflexão neste ano de 2014 foi A espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo. Ou seja, tudo a ver com a família que Eduardo e Renata procuraram constituir e que viveram na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e que agora continua tão firme e estável como antes, na saudade e no amor que não morre. No dia em que celebramos a Solenidade de Nossa Senhora da Glória, peçamos à nossa mãe Maria que acolha sob o seu manto de amor e misericórdia estes nossos irmãos que partiram e os apresente ao Senhor que disse para Marta a irmã de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre. Você acredita nisso?” (Jo.11,25-26). Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Dom Antônio Fernando Saburido, OSB. Arcebispo de Olinda e Recife

IMPRENSA CENTENÁRIA
Juntamente com Daniel Walker, continuamos a escrever o inventário da imprensa centenária de Juazeiro do Norte. E isto não só se realiza com as anotações dos jornais correntes, bem como uma extensa busca sobre jornais do passado. Não é tarefa fácil, pois muitos deles são de pequena circulação, dirigida a clientelas específicas. É o caso deste O Econômico, fundado, redigido e editado pelo conhecido e conceituado empresário Leitte (Francisco Leite Oliveira Filho), bacharel em ciências contábeis e ciências jurídicas, profissional competente na área de contabilidade empresaria, diretor da Leitte Contabilidade e homem de imprensa televisiva, mantendo o seu apreciado programa Café com Leite, todas as terças feiras, na Tv Verde Vale, Canal 13 de Juazeiro do Norte. Eis aí os dados técnicos do jornal que ele editou entre 1992 e 1993. No nosso inventário ele é o de número 655, e na cronologia de Juazeiro do Norte foi o título jornalístico de número 189.
1992.08.01.07.189 – O Econômico
Jornal de informações sobre Contabilidade empresarial, editado para fornecer informações sobre Microempresas, Finanças, Assuntos Estaduais e Federais, INSS, Assuntos Trabalhistas, etc.; Data de Fundação: 01.08.1992; Fundador, Editor e Redator: Francisco Leite Oliveira Filho; Administração: Suarez Leite Machado/ Rubens Oliveira Machado; Assessor Técnico: Suarez Leite Machado; Assessor Jurídico: Paulo César Pereira Alencar; Redação: Rua Delmiro Gouveia, 296/ Rua Pe. Cícero, 1904/ Rua Delmiro Gouveia, 163; Impressão: Gráfica Royal Ltda. / Gráfica Mascote Ltda.; Dimensões: 22,5cm x 32,5cm; Tiragem: 2.000 exemplares;
ANO (I): (4 edições):I(1):01-15.08.1992, 4p; I(2):10.1992, 4p; I(3):11.1992, 4p; I(1):12.1992, 4p; (CRD: 4 exemplares); ANO (II): (3 edições): II(5):01.1993, 4p; II(6):.1993, 4p; II(7):10.1993, 4p; (CRD: 2 exemplares); ANO (III): (1 edição): III(8):10.1993, 4p; (CRD: 1 exemplar)

INVESTIMENTOS EM JUAZEIRO DO NORTE
Lemos ontem no site tecnologia.terra.com.br o seguinte informe: BNDES APROVA R$41,3 MILHÕES PARA EMPRESAS DE TI DE 5 ESTADOS (O maior desses financiamentos, R$ 15,3 milhões, vai para a implantação de dois call centers em Mossoró e Juazeiro do Norte). “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 41,3 milhões em financiamentos a seis empresas de tecnologia da informação localizadas nos Estados do Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, informou a instituição nesta quinta-feira. O maior desses financiamentos, R$ 15,3 milhões, vai para a implantação de dois call centers da AeC Centro de Contatos em Mossoró, no Rio Grande do Norte e Juazeiro do Norte, no Ceará. Esses recursos se somam a outros R$ 4,8 milhões do BNDES Finame, para aquisição de equipamentos via operações indiretas, totalizando R$ 20,1 milhões. Para a Arcon Informática, de Niterói, no Rio de Janeiro, o BNDES aprovou R$ 9,3 milhões para fabricação e venda de equipamento com hardware e software embarcado para segurança da informação. Outros R$ 7,6 milhões vão para a Magna Sistemas Consultoria, de São Paulo, que fará investimentos em infraestrutura, estruturação de processos e serviços, gestão empresarial, capacitação, treinamento, marketing e comercialização. Já para a Infnet Educação, do Rio, o BNDES aprovou R$ 5 milhões para infraestrutura, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, marketing e vendas. Os recursos visam à implantação de uma filial na capital do Estado, implementação de um modelo de educação à distância e criação de uma rede de centros educacionais especializados franqueados.

LIVRO 
Agradeço a Telma de Figueiredo Brilhante a remessa do exemplar deste seu livro, Sendas do Oriente Editora Novo Horizonte, Recife, 2009, 94p.), que veio com atenciosa dedicatória. Lerei com grande prazer. Este é seu oitavo livro, mas também participa em nove outras obras coletivas. Telma Brilhante é professora, nascida em Crato, e reside desde 1966 em Recife.