sábado, 25 de junho de 2016


SAUDADES DE IVENS DIAS BRANCO
É com imensa tristeza que partilho com sua família as angústias desses momentos em que nos despedimos do empresário Francisco Ivens de Sá Dias Branco (*Cedro, CE: 03.08.1934; +São Paulo, SP: 24.06.2016). Foi para mim um imenso privilégio que durou vinte e dois anos, no convívio diário com seus ideais, em meio às suas obras, e no dinamismo de sua ação empresarial. 

Vai fazer falta!... À repercussão desse infausto acontecido, muitos são os que se apressam em relembrá-lo como um figurante da Forbes, a expressão glamourosa de uma listagem restrita e exuberante pelas cifras que encerra. Felizmente, sem que isso nos coloque em antagonismo a tantos outros que assim pensam, nós nos lembraremos sempre, enquanto isso nos for possível, da sua extraordinária figura humana de um homem que, em sua essência, era de grande simplicidade no conviver e no trabalhar. De modestas padarias de interior e de bairro da capital, construiu algo que no presente nem sabemos avaliar na sua grandeza, pela repercussão magnífica com que desencadeou parte do desenvolvimento desse nosso Ceará, nas diversas áreas que empreendeu, gerando intermináveis somas de empregos diretos e indiretos e produzindo riquezas que se distribuem hoje por todo o território pátrio. Se alguma coisa mais me impressionou do seu posicionamento pessoal como expressivo homem de negócios, foi o seu sentimento cristalino de um cidadão angustiado com a lentidão com que a nossa sociedade ia aos poucos incorporando, e à duras penas, os benefícios que a levaria a uma melhor qualidade de vida e a justa retribuição por um esforço continuado para fortificar a nossa nacionalidade. Dessa sua exemplar conduta e pensamento, nasceram os gestos concretos de um empresário que acreditou de forma inabalável na função social de suas empresas e desses compromissos com os quais superava as seguidas crises financeiras que tanto tem maltratado a nação brasileira. Manteve aqui, em nossa terra, o núcleo gestor de suas ações, e daqui irradiou brilhantemente o sucesso da performance de toda a sua organização, superando as cíclicas convulsões de nossa economia, acreditando que crises se superam com crença, determinação e investimentos. Nosso Estado do Ceará aprendeu muito com Ivens Dias Branco e suas lições, as que o confirmaram como a mais legítima das nossas lideranças empresariais, arrogante nos horizontes, destemido em seu arrojo, criativo em suas soluções, amoroso cidadão cearense, serviçal impenitente de sua coletividade. Ao mencionar lhe respeitosamente nesta despedida, o faço com um sentimento profundo de gratidão, por tudo aquilo que me foi permitido presenciar, participar, colaborar, e até de certa forma influir, diante da missão que estava posta para que suas empresas fossem parte desse orgulho imenso que temos na indústria de nosso Estado. Apresento, em nome de toda a minha família, a dona Consuelo e seus filhos, Ivens Júnior, Graça, Regina, Cláudio e Marcos, os nossos sentimentos de grande pesar, porque junto a isso estarão as nossas orações e preces por seu repouso eterno, na crença no Ressuscitado. 

Juazeiro do Norte, 25.06.2016
BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
231: (24.06.2016) Boa Tarde para Você, Lais de Brito Norões
Uma das coisas mais angustiantes a nos torturar ultimamente diz respeito a como estamos enfrentando a desconcertante questão da saúde pública em nosso pais que tem que conviver a duras penas, sentindo em sua própria pele, ao que vai da falta de recursos à má vontade dos governantes.

Bem imagino, dona Lais, o que isso não é dolorido ao seu coração, uma profissional exemplar, por muitos anos dedicada aos cuidados e ao carinho para lidar com o sofrimento de tantos dessa nossa gente, você que se esmerou nos atendimentos de saúde como uma autêntica enfermeira leiga. Lembro isso, ao mencioná-la, dando graças a Deus porque por aqui tivemos dignas e muito honradas figuras como a sua, a nomeá-las brevemente, desde dona Guidinha Pereira, Edite Cabral, as irmãs Olivia e Soledade Magalhães, Zuila Figueiredo, Valdelice Magalhães e outras mais. E em citar tão poucas, seguramente aí estou cometendo uma omissão quase imperdoável, mais por ignorância de uma realidade que não vivi amiúde, mas que talvez se desculpe na ansiedade traída por não conhecer a fundo uma mais extensa lista de voluntariado dedicado a muitos profissionais.

Lembro, por exemplo, dona Lais, o papel de antigas visitadoras, como um dia lembrei aqui dona Alaide Bezerra e muita gente prática, em apoio aos quadros médicos de clínicos e cirurgiões, farmacêuticos, dentistas e tudo que havia mais expresso nas atenções básicas. Se existe algo notável à nossa percepção, dona Lais, isso emerge de como somos gratos a essa dedicação virtuosa de pessoas que lidaram por longos anos com o sofrimento alheio, pela humanidade, pela compaixão sentida e pela vocação de se dar ao próximo como a si mesmo. Desde o início do século XIX, a enfermagem ganhou páginas históricas memoráveis, a partir de Ana Neri e hoje, por formação bem cuidada, entre escolas e academias, a profissão se insere admiravelmente no desenvolvimento social de nosso pais. Mas, muito triste é constatar que apenas essa formação atenciosa e necessária, a partir dos cursos básicos de enfermagem não faz frente prevalente sobre as mazelas que se instalam junto a nossa cena rural e urbana, com a qual ainda convivemos com moléstias vindas da idade média. Se de um lado nos é muito difícil até compreender a lentidão das atitudes dos gestores públicos que tardam as iniciativas e soluções para esses emergências, de outra sorte, ou infelicidade, permanecemos chocados com os desvios dos recursos tão carentes demandados pela saúde. Parece até surrealista, dona Lais, como a senhora tão bem sabe, que dentre as riquezas materiais e humanas, nosso povo ainda viva a implorar a caridade pública por um mínimo de olhar sobre seus problemas, a mendigar um acolhimento fraterno e humanizado às suas dores. Na atualidade desse nosso pais, onde se lava a jato o dinheiro imundo da corrupção, nossas esperanças são profundamente abatidas, diariamente, como o noticiário volumoso e violento veiculado pela mídia informa e como entendemos que essa sangria parece não estancar. Quanto mais se vai ao fundo dessas investigações sobre a sanha incontrolável desses aloprados e desonestos homens públicos, mais fácil fica a nossa compreensão sobre tudo o que de mais perverso se instalou para findar na desgraça do nosso povo, preso a leitos de hospitais. Benditas essas vocações maravilhosas como a sua, dona Lais, mulher forte e de grande iniciativa e compreensão, que vivendo longamente dedicada ao serviço comunitário, deixou para nós um exemplo edificante e a mensagem contundente de que tudo o que foi necessário fazer, em cada caso, por mais simples que fosse, não passou por conveniência pessoal, diante da dor do ser humano. Certamente, o que mais nos comove diante de homens e mulheres iluminados, os que tem habilidades de mente e coração para nos auxiliar na superação desses obstáculos em nossas vidas, vem pelo testemunho dessa sensibilidade admirável e que se mede pela ternura de um olhar. Já disseram, e é grande verdade, dona Lais, que essa, felizmente, é a grande revolução, algo que nunca pode ser apartado da técnica, da evolução que até nos permite trocar órgãos vitais em pacientes, mas que deve conviver com esses impressionantes sinais da solidariedade. Boa Tarde para você, Lais de Brito Norões, pois sua vida e trabalho, desde sempre, é algo que nos comove, a cada instante em que nos encontramos para sentir-lhe disponível e feliz por realizar tudo aquilo que importa para minorar nossas dores e sofrimentos. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 24.05.2016)

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 27, segunda feira, às 19 horas, o filme O VENDEDOR (Le vendeur, Canadá, 2011, 107min). Direção de Sebastien Pilote. Sinopse: Marcel Lévesque (Gilbert Sicotte) tem 67 anos, trabalha como vendedor de carros e sua rotina é a esperada para alguém cujo futuro mais próximo é a aposentadoria. Dedicado ao ao trabalho e também à família, sua filha Maryse (Nathalie Cavezzali) e seu neto Antoine (Jeremy Tessier), ele sempre foi um grande campeão, superando a todos no quadro de vendas do mês. Mas o fechamento da fábrica de papel na pequena cidade Lac Saint-Jean, em Quebéc, acaba provocando uma revolução no local, interferindo diretamente na vida de todos os moradores, fazendo com que alguns valores necessitem ser revistos.
CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 29, quarta feira, às 19 horas, o filme AS FÉRIAS DO SENHOR HULOT (Les Vacances de Monsieur Hulot, França, 1953, 74min). Direção de Jacques Tati. Sinopse: Mr. Hulot (Jacques Tati) decide passar férias num hotel próximo a um balneário francês, mas acidentes e confusões insistem em acontecer onde quer que ele vá. O bem-intencionado Hulot acaba com a paz do local e impede o descanso dos demais hóspedes, provocando uma onda de catástrofes.

CINE CAFÉ VOLANTE (BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Parque da Cidade), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 01.07, sexta feira, às 19 horas, o filme CORAÇÃO SELVAGEM (Wild at heart, EUA, 1990, 98min). Direção de David Lynch. Sinopse: Marietta Pace Fortune (Diane Ladd) é uma sulista rica e de comportamento instável que não aceitava que Sailor Ripley (Nicolas Cage) namorasse sua filha Lula Fortune (Laura Dern), mas não por se preocupar com ela e sim pelo simples fato de que Marietta queria tanto transar com Sailor que foi ao banheiro masculino para tentar seduzi-lo. Mas como ele a repudiou categoricamente, ela imediatamente mandou Bob Ray Lemmon (Gregg Dandridge), um capanga, para cumprir uma ameaça dita no banheiro. Entretanto, Sailor reagiu prontamente e, com as mãos limpas, matou Bob Ray. Quase dois anos depois ele foi posto em liberdade e, juntamente com Lula, viaja para a Califórnia, fazendo com que Ripley quebre sua condicional. Durante o trajeto ele dá vazão à fixação que tem por Elvis Presley, eaquanto Lula tem obsessão por "O Mágico de Oz". Enquanto a viagem transcorre eles fazem muito sexo, compartilham seus passados, são perseguidos por Marcello Santos (J.E. Freeman), um assassino contratado por Marietta, e conhecem diversos tipos bizarros, mas principalmente conhecem Bobby Peru (Willem Dafoe), um ex-fuzileiro naval que convence Sailor a participar de um assalto a banco.
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 01.07, sexta feira, às 20 horas, dentro do Festival OSCAR, o filme O HOMEM QUE NÃO VENDEU SUA ALMA (a man for all seasons, Reino Unido, 1966, 129min). Direção de Fred Zinnemann. Sinopse: Na Inglaterra do século XVI, Henrique VIII (Robert Shaw) planeja se separar de sua primeira esposa para se casar com Ana Bolena (Vanessa Redgrave), mas não recebe a aprovação de Thomas More (Paul Scofield), um fervoroso católico que se tornou Lord Chanceler, um altíssimo posto que ele preferiu renunciar a trair suas convicções. Entretanto, a importância de Sir Thomas é tão grande que mesmo após sua renúncia o rei continua lhe perseguindo. Até que surgem "provas" que o incriminam como alta traição, um crime punido com a morte.
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 02.07, sábado, às 17:30 horas, o filme CONTRACORRENTE (Contracorriente, França/Alemanha/Peru,Colômbia, 2009, 100min). Direção de Javier Fuentes-Leon. Sinopse: Miguel (Cristian Mercado) é um pescador respeitado na vila onde mora e trabalha. Casado com Mariela (Tatiana Astengo), está prestes a ganhar o primeiro filho, mas ele vive um romance com Santiago (Manolo Cardona), artista chamado pelos moradores de Príncipe Encantado. O tempo passa, a hora da verdade está chegando e Mariela começa a questionar Miguel, que precisará decidir sobre sua sexualidade.

domingo, 19 de junho de 2016


BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
230: (13.06.2016) Boa Tarde para Você, Margarida Nair Chaves
Eu nasci na Rua São Francisco, lado par, a segunda casa após a esquina com a Rua São Paulo, mas parte de minha família materna vivia em três casas no quarteirão anterior, onde ainda hoje, como nossa vizinha de antigamente, vive você, Nair Chaves, a nos lembrar alegrias daqueles idos tempos.
Saúdo você, amiga tão estimada, por essa resistência que se traduz na fidelidade de guardar ainda por esses tempos a velha casa da família, de seus pais Doninha e Manoel Chaves, e de seus irmãos José, Isaura, Francisquinha, Alacoque, Nilton e Joaquim. Rememoro para você, Nair, a velha convivência do entorno de nossas moradas, de meus velhos e queridos avós, Eudócia e Antonio Soares, padeiros daquela época e do pão nosso de cada dia, assim sofrido e ganho com o suor do rosto, de forno que ficava em frente ao hoje Banco do Brasil. Noutro dia, Nair, percorri lentamente, a passos lerdos, numa tarde de sábado, quando a cidade se acalma e repousa, o itinerário dessas memórias que guardo das histórias de família, para não ir muito longe, por apenas uns poucos cem metros, tentando reencontrar vestígios de recordações. Comecei a andar a partir da esquina da Praça, lembrando o início dos anos 50, da velha Farmácia Brasil, de Dr. Belém, para me encontrar angustiado à hora incerta de menino sofredor de doença na garganta, medicado ali por dolorosas injeções, com a perícia do Valdo Figueiredo e do Aluísio. Do lado em frente, Nair, já não alcancei a casa das Beatas, armarinho tão sortido de aviamentos e tão festejado nas acontecências natalinas, com presépio que se fazia, não de estatuetas, mas por figurantes vivos, meninas bonitas feitas anjos dos céus a enfeitar a cena marcante. No começo dos anos 50 esse endereço já servia ao seu Mundinho Figueiredo que tinha uma bela loja de tecidos e onde já me encontrava com seu filho, a querida figura de José Figueiredo, pessoa a quem devoto uma reverência eterna por ter sido meu guardião entre Fortaleza e São Paulo. Parei na casa dos libaneses, pois era assim que nos referíamos a casa que ainda hoje está, uma clinica médica, quase como tal, construída pelos Belém, e que em seguidas vezes foi morada de galegos, como as famílias do Fauzer, do Jamil e do Barakete Jereissati, comerciantes de tecidos. Mais uns passos e estou diante do que restou da velha casa de Mariana e Ezequiel Almeida e de seus filhos Dão, Ferrér, Francisquinha, Geso, Assis, Terezinha, Alacoque e, principalmente, Maura Almeida, minha primeira professora no velho Grupo Rural Modelo da Escola Normal. Enquanto caminhava, Nair, fui puxando pela memória para lembrar de tantas famílias por quem longamente nos afeiçoamos, todos ali residentes naquele trecho, como por exemplo a de Conceição e Sebastião Marques, e os filhos Maria Alice, Iraci e o grande Lourival Marques, diretor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro; a de dona Barbinha Tavares e José Augusto, pais de Dolores, Zezito e do inesquecível Dr. Nei; a de Mariano Garcia e suas filhas Balbina e Maria de Lourdes; a de Nininha e Sandoval Parente, pais de Leide, viúva de José Viana Filho; de Dona Maria Miranda, de Mariinha e Mestre Pedro, pais de Pedro, Dolaide e Nerci; a de Vicentina e Raimundo Coimbra, pais do grande Mascote e do não menor Darim, de Estela, Helenita, Maria Edite e do padre Olavo. Isso sem falar daquelas que ficavam mais perto de nós, no outro quarteirão, a lembrar Luscélia, Celestino e seus filhos, Pedro Ana Lusce, Nicácio, José Roberto e Tarcísio, e para não esquecer meus padrinhos diletos Bernadete e Dr. Possidônio da Silva Bem. Minha família residiu na Rua São Francisco entre 1914 e 1938, pois com as instalações das Usinas de algodão da P. Machado e de Antonio Gonçalves Pita, ela teve que se mudar, imagine, para a Rua São Pedro, fugindo do ambiente insalubre e alergênico provocado pelos pós das fibras. Só depois de 1938 é que viemos nos refugiar na querida Rua São José, onde nos encontramos até hoje, lembrando todos estes pequenos relatos de famílias, de afeto e de muito amor. A verdade é que eu só habitei a Rua entre 1949 e 1953 e toda a minha lembrança mais consolidada vem do relacionamento estendido aos velhos moradores, nessa quase genealogia sentimental que lhe descrevi tão superficialmente, mas prazerosamente, ao encanto de uma memória juvenil. Com esses devaneios, Nair, aqui me encontro nessa tarde, para cumprimenta-la com essas recordações, para tributar-lhe com carinho parte dessa herança que persiste em nós, desde os tempos em que já a admirávamos no comércio, entre a velha Casa Abraão e a Social, de Adail Mendonça.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 13.06.2016)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 20, segunda feira, às 19 horas, o filme HELI (Heli, México, 2013, 105min). Direção de Amat Escalante. Sinopse: Guanajuato, México. Estela (Andrea Vergara) é uma garota de 12 anos que está namorando às escondidas com Beto (Juan Eduardo Palacios), um jovem recruta. Ele a pressiona para que tenham relações sexuais, mas ela sempre recusa a iniciativa. Um dia, Beto esconde na caixa d'água da casa de Estela alguns pacotes com cocaína, que deveriam ter sido queimados pelo exército. Sua ideia é vender a droga e, com o dinheiro, deixar a cidade e se casar com Estela. Entretanto, os planos vão por água abaixo quando os militares que desviaram a droga descobrem quem roubou os pacotes.

CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 22, quarta feira, às 19 horas, o filme NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS (Stagecoach, USA, 1939, 96min). Direção de John Ford. Sinopse: Um grupo de nove pessoas são obrigadas a embarcar em uma perigosa jornada em cima de carruagens através do Arizona, em um território indígena. Sendo levados por cavalos durante bastante tempo, cada um tem o seu motivo pessoal para realizar tal viagem. No meio do caminho eles terão que enfrentar Geronimo e seus guerreiros apaches, e contra eles contarão apenas com a ajuda do cowboy Ringo Kid (John Wayne).
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 25, sábado, às 17:30 horas, o filme DESEJO E REPARAÇÃO (Atonement, França/Reino Unido, 2007, 130min). Direção de Joe Wright. Sinopse: Em 1935, no dia mais quente do ano na Inglaterra, Briony Talles (Romola Garai) e sua família se reúnem num fim de semana na mansão familiar. O momento político é de tensão, por conta da 2ª Guerra Mundial. Em meio ao calor opressivo emergem antigos ressentimentos familiares. Cinco anos antes, Briony, então aos 13 anos, usa sua imaginação de escritora principiante para acusar Robbie Turner (James McAvoy), o filho do caseiro e amante da sua irmã mais velha Cecília (Keira Knightley), de um crime que ele não cometeu. A acusação na época destruiu o amor da irmã e alterou de forma dramática várias vidas.
CIDADANIA JUAZEIRENSE
Em atos publicados no Diário Oficial do Município de Juazeiro do Norte, foram concedidos diversos títulos honoríficos de cidadania juazeirense. Vejamos os atos:

RESOLUÇÃO N.º 830, de 07.06.2016, Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor Doutor ROSEMBERG FREITAS, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Cícero Claudionor Lima Mota; Coautoria: José Ivan Beijamim de Moura; Subscrição: Firmino Neto Calú, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Nivaldo Cabral de Moura, Danty Bezerra Silva, Antônio Alves de Almeida, Rubens Darlan de Morais Lobo, Antônio Vieira Neto, Paulo José de Macêdo, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.

Na foo: Dr. Rosemberg Pereira de Freitas, médico integrante da equipe da Medimagem Cariri, inaugurada recentemente.

RESOLUÇÃO N.º 826 de 24.05.2016, Concede Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor ANTÔNIO FREIRE DA COSTA, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade juazeirense.

Autoria: Rita de Cássia Monteiro Gomes. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva, José Ivan Beijamim de Moura; Subscrição: Paulo José de Macêdo, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Adauto Araújo Ramos, Antônio Alves de Almeida, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Danty Bezerra Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, Firmino Neto Calú, Cícero Claudionor Lima Mota, Rubens Darlan de Morais Lobo, Maria de Fátima Ferreira Torres e Maria Calisto de Brito Pequeno.

RESOLUÇÃO N.º 827 de 24.05.2016, Concede Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor GWERSON JOCSAN QUEIROZ DE FIGUEIREDO, pelos relevantes serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Paulo José de Macêdo Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Adauto Araújo Ramos, Antônio Alves de Almeida, José Nivaldo Cabral de Moura, Firmino Neto Calú, Cícero Claudionor Lima Mota, Rubens Darlan de Morais Lobo, Glêdson Lima Bezerra, José Ivan Beijamim de Moura, João Alberto Morais Borges, Antônio Vieira Neto, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha e Rita de Cássia Monteiro Gomes

RESOLUÇÃO N.º 828 DE 24.05.2016, Concede Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor TUDE GODOY NEIVA SOBRINHO, pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Autoria: Paulo José de Macêdo; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Adauto Araújo Ramos, Antônio Alves de Almeida, José Nivaldo Cabral de Moura, Firmino Neto Calú, Cícero Claudionor Lima Mota, Rubens Darlan de Morais Lobo, Glêdson Lima Bezerra, João Alberto Morais Borges, Antônio Vieira Neto, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha e Rita de Cássia Monteiro Gomes.

RESOLUÇÃO N.º 829 de 24.05.2016, Concede Título Honorífico de Cidadão Juazeirense e adota outras providências. Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor JOSÉ FERNANDES DOS SANTOS (Radialista J Fernandes), pelos relevantes serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos, Antônio Alves de Almeida, José Nivaldo Cabral de Moura, Firmino Neto Calú, Cícero Claudionor Lima Mota, Rubens Darlan de Morais Lobo, José Ivan Beijamim de Moura, Antônio Vieira Neto, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Paulo José de Macêdo, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Ivan Beijamim de Moura, Danty Bezerra Silva, Maria de Fátima Ferreira Torres, Maria Calisto Pequeno de Brito.
AEROPORTO REGIONAL DO CARIRI
Na edição passada desta coluna, mencionamos um projeto arquitetônico elaborado ainda em 2010, na Universidade Federal de Campina Grande, para um novo aeroporto em Juazeiro do Norte. Agora vejo notícia no Facebook sobre um novo projeto elaborado pelo aluno Vinicius Macedo. Em busca de melhores informações sobre ele, encontro no Facebook que ele é ex-aluno do Objetivo; Trabalhou como projetista do João Almeida Arquitetura e da 4R Arquitetura + Design; Estudou na DeVry Fanor e é formado em Arquitetura; Reside em Fortaleza. E quem acessar o https://www.flickr.com/photos/viniciusmacedo/ vai ver que é um excelente fotógrafo.

domingo, 12 de junho de 2016


BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
229: (13.05.2016) Boa Tarde para Você, José Flávio Bezerra Morais
Já seria um ato, minimamente civilizado, agradecer-lhe publicamente a gentileza de ter feito chegar a esse cronista, na semana passada, com simpático ofertório, um exemplar da sua mais recente obra literária, Padre Ibiapina, Histórias Maravilhosas, lançada em Crato, no ano passado. Desejo agradecer-lhe muito penhoradamente, Dr. Flávio, porque ao sentimento imediato da leitura mais apressada, ocorre-me o registro, e também gratidão, porque tenho sob as vistas um pequeno grande livro, tratando de alguém que se eternizou nesse Cariri como um extraordinário santo. Seus cuidados históricos e literários, de méritos tão emergentes, recaíram sobre a figura notável do advogado José Antonio Pereira Ibiapina, o amado Padre-Mestre, de quem principiei a admirar por leitura tão recuada em página notável do escritor juazeirense João Gonçalves Dias Sobreira, ainda no século XIX, sobre as famosas curas em “águas cálidas” barbalhenses. Por sorte, Dr. Flávio, em tão incipiente iniciação, aberei-me em José Joaquim Telles Marrocos para ler na edição de A Voz da Religião no Cariri, de 13 de dezembro de 1868, registrando pela primeira vez notícia de um milagre atribuído ao missionário cearense, quando a devota de nome Luzia, paralítica e aconselhada pelo padre, foi curada banhando-se na fonte do Caldas. Tomei, então, essa motivação para percorrer lhe em suas páginas, deliciando-me com essas histórias maravilhosas que são colhidas na fantástica trajetória do Pe. Ibiapina, homem que já se consagrara brilhante na judicatura do Nordeste brasileiro e que se santificou no Ministério. Aliás, essa menção que faço a José Marrocos, Dr. Flávio, se faz necessária para realçar a origem de precioso manancial de seus estudos, por ele escrito, Crônica das Casas de Caridade, felizmente publicado por iniciativa de Eduardo Hoornaert, depois que ele foi presenteado por Amália Xavier de Oliveira com o empréstimo dos seus originais, então integrante do Acervo do Padre Cícero. Devemos a vários autores, especialmente a Celso Mariz, com o seu Ibiapina, um Apóstolo do Nordeste (de 1942), bem como a Luitgarde Cavalcanti, pelo conjunto de sua obra mais nordestina (a partir de 1970), o admirável crescimento de bibliografia tão farta sobre Ibiapina, tendo isso provocado a apropriação mais que respeitável da academia sobre esse santo nordestino. É nesse contexto, Dr. Flávio, que o seu livro se insere, depois que em diversas oportunidades suas atenções já estavam confirmando esse foco sobre o missionário e que aparece em dois outros livros seus, como Histórias que ouvi contar (1993) e Histórias de Exemplos e de Assombração (1997). O Cariri, esses Cariris Novos, do tempo de Ibiapina, como sabemos, foi um dos alvos marcantes da visão, da missão e do zelo pastoral do Padre-Mestre, e será sempre por essas razões, ao roteiro fascinante dessas histórias maravilhosas, como na sua narrativa, que ele será lembrado eternamente. Quero, particularmente, exaltar esses seus predicados literários, por já ter produzido mais de uma dezena de obras, especialmente aquelas que não se situam apenas à margem dos misteres de sua ação civil de douto juiz da comarca cível, mas que mesclam suas atenções com as searas da cultura, da história, da literatura, do direito e da cidadania. Como não poderia deixar de figurar, encontramos noutro livro seu, A Sombra do Laço, Ibiapina se tornando inspiração para rever o intrigante caso de Brejo da Areia (PB), atuando como juiz da cidade para defender um réu que havia morto o padrasto por motivação passional. Concordo inteiramente com o que já lembrara Antonio Vicelmo sobre o valor dessa narrativa, para um ótimo “enredo cinematográfico com jagunços, prisões, injustiças, crimes, coronéis, padres, juízes, advogados e possíveis enforcamentos, tendo como cenário o sertão nordestino.” Não posso deixar de considerar também, Dr. Flávio, a sua polimorfa versatilidade literária, vista em sua produção livresca que não descurou da oportunidade de construir uma atenção sobre os novos quadros cidadãos, através da literatura infantil, exatamente você que vive a judicatura. Isso é uma preocupação fundamental que não serve apenas ao beletrismo, mas a uma função social de grande envergadura, embora possa parecer que se alimenta de veleidades e do trato com textos de menor significação, em falsa apreciação. Quero, enfim, Dr. Flávio Morais, fazer votos por sua felicidade pessoal, desejar-lhe sucesso pelas entrâncias da vida, ao modo em que nos sentimos também agraciados por seus serviços e missão. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 13.05.2016)

Obs.: Alguns amigos me procuraram para saber a razão pela qual a leitura das crônicas na FM Pe. Cícero há tempos não acontece. Infelizmente lhes informo que por diversos motivos, todos da minha inteira responsabilidade, as crônicas deixaram de ser escritas, mas esta semana voltarão a ser remetidas para a editoria do Jornal da Tarde para a sua respectiva leitura nos dias de segundas, quartas e sextas. Com isso, e com muito atraso, as minhas desculpas.

AEROPORTO
O Portal de Juazeiro e toda a imprensa do Cariri vem refletindo sobre a questão complexa do abandono do nosso aeroporto (evidentemente, naquilo que forma a extensa pauta de melhorias), a ponto de estar em curso uma retirada das empresas que ai operam, fato que determinará, inevitavelmente o encerramento de suas operações. Esperamos que isto não aconteça, pois é mais uma vez a população penalizada. Os políticos, pressionados pela opinião pública resolveram fazer o pior: ao invés de se unirem para o interesse público, estão brigando para ver quem será o vencedor na proclamação pública do “pai da obra” ou o “salvador da pátria”. Nesse instante, o mais lamentável é que diante dos problemas que se acumularam não há um só projeto para a superação das dificuldades já tornadas públicas, com respeito a taxi way, a extensão da pista, e o nível de sua compactação, além da ampliação da estação que deve ser bem mais de 2000 metros quadrados. Sem falar evidentemente de outras coisas como a dimensão do estacionamento, reduzido para a demanda atual. Na quarta feira próxima, dia 15, às 19 horas no Hotel Verde Vale (Lagoa Seca) haverá uma reunião aberta aos interessados para discutir estas questões e o modo como encaminhá-las. O convite é do coordenador de turismo da PM JN, Dr. José Roberto Celestino. 
A propósito de projeto para um novo aeroporto, nos informou Celestino que a prefeitura tem recebido sugestões de projetos para a reforma do Regional. Um desses é objeto de matéria encontrável na internet que aqui reproduzimos, pelos detalhes de ilustrações na sua concepção arquitetônica, devidamente ilustrada também pela situação física de localização e o pátio de estacionamento para clientes e passageiros. Transcrevo, a seguir, uma matéria que acompanha estas ilustrações. “Projeto Inovador para o Aeroporto de Juazeiro do Norte: Em 2010, foi divulgado por uma estudante de Arquitetura da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) um projeto para construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Juazeiro. Na verdade a aluna Tamires Oliveira Cabral o fez como trabalho de conclusão de curso, sendo o projeto aplaudido pelo reitor da universidade e o mesmo até foi encaminhado para o então prefeito de Juazeiro, Manoel Santana. O projeto conta com uma estrutura totalmente remodelada dando uma maior estrutura para o aeroporto para que o mesmo possua duas salas de embarque, praça de alimentação, escadas rolantes, elevadores, mais uma esteira de bagagens e um quesito inovador e ao mesmo tempo importante para o terminal, a presença de fingers que possibilitam o acesso direto ao aeroporto/aeronave sem contar com ações do ambiente externo, como chuva, ventania e sol. Contando ainda com ampliação do estacionamento e acesso coberto as entradas do aeroporto, o projeto tem tudo para ser a estrutura perfeita que atualmente se necessita para um aeroporto que quase triplica anualmente sua capacidade de passageiros frequentemente. Não se sabe ainda se este projeto foi aprovado pela Infraero ou pelo Governo do Estado e muito menos se foi estudado pela Prefeitura Municipal. Mas já podemos afirmar que este é o projeto que mais se encaixa com o terminal de passageiros e não vemos motivos para que o mesmo não seja concretizado.” Confira abaixo imagens divulgadas do projeto.








O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 13, segunda feira, às 19 horas, o filme PLANETA SOLITÁRIO (The Loneliest Planet, Alemanha/EUA, 2011, 133min). Direção de Júlia Loktev. Sinopse: Alex (Gael García Bernal) e Nica (Hani Furstenberg) formam um jovem casal apaixonado. Eles pretendem se casar, e alguns meses antes da cerimônia os dois fazem uma viagem pelas montanhas, com a ajuda de um guia. Mas eles se envolvem em um acidente violento com três moradores locais, transformando completamente a relação entre os dois.
CINENINHO (CRATO)
O CineNINHO (Casa Ninho, do Grupo Ninho de Teatro, em frente a RFFSA, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 14, terça feira, às 19 horas, o filme NOITE DE ESTRELA (Opening Night, EUA, 1977, 144min). Sinopse: Myrtle Gordon (Gena Rowlands) é uma famosa atriz de meia idade, que passa por uma crise de identidade por se sentir culpada pela morte de uma ardorosa fã na estréia de sua nova peça teatral. Myrtle passa a ver a mulher em alucinações e se recusa a aceitar o papel de uma mulher que envelhece.
CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 15, quarta feira, às 19 horas, o filme LUGARES COMUNS (Lugares Comunes, Argentina/Espanha, 2002, 110min). Direção de Adolfo Aristarain. Sinopse: A vida de um professor universitário argentino muda radicalmente depois que ele é obrigado - por decreto - a se aposentar. Ao lado de sua mulher, com quem forma um casal apaixonado e dedicado, viaja para a Espanha. Na volta, procura uma nova ocupação mudando-se para uma fazenda.
CINE CAFÉ VOLANTE (BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Parque da Cidade), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 17, sexta feira, às 19 horas, o filme AMOR EM ESCALAS (Up in the air, EUA, 2009, 109min). Direção de Jason Reitman. Sinopse: Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Anna para mostrar a realidade de seu trabalho. 
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 18, sábado, às 17:30 horas, o filme UM HOMEM, UMA MULHER (Um homme et une femme, França, 1966, 102min). Direção de Jean Claude Lelouch. Sinopse: Um Homem, Uma Mulher despertou os olhares do mundo para a obra do premiado diretor Claude Lelouch. Vencedor dos Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original, além da Palma de Ouro em Cannes, o filme faz uso de uma fotografia belíssima, e da música dos brasileiros Vinícius de Moraes e Baden Powell, para mostrar o despertar do amor entre um solitário convicto e uma mulhar precocemente viúva. Ele, um piloto de corridas de automóveis (Jean-Louis Trintignant); ela, roteirista de cinema (Anouk Aimée), tentam conduzir um relacionamento sincero e bem humorado em meio às insistentes demandas familiares e profissionais. Uma linda história de amor à francesa que conquistou o mundo, mas que poderia muito bem acontecer com você. 
REEDIÇÃO
Casualmente, numa livraria de Cajazeiras, encontrei esta reedição de um dos clássicos da bibliografia de Juazeiro: A Sedição do Juazeiro, de Rodolfo Teófilo. Essa reedição saiu pelo selo Sebo Vermelho, uma coleção preciosa de livros sobre o Nordeste, a cargo do sebista Abimael Silva, livreiro estabelecido na Av. Rio Branco,em Natal, RN. Ele mesmo declarou que a sua iniciativa se circunscrevia à celebração dos 100 anos da Sediçãqo. Abimael já publicou outra obra rara, a de Floro Bartholomeu da Costa, contendo o seu famoso discurso na Câmara Federal, em defesa do Pe. Cícero.
MEMÓRIA(I)
Nesta foto que publicamos estão dois amigos de grande relacionamento: Edgar Coelho Alencar (comerciante de material de construção) , sentado num fundo de quintal, e seu amigo “Zequinha das Bolsas” (comerciante de bolsas e malas). Eram solidários, fraternos, inseparáveis, exatamente porque ambos comercializavam, vizinhos, no famoso quarteirão progresso da Rua São Pedro (entre as ruas da Conceição e Santa Luzia, lado par). Zequinha tinha Edgar como seu guru, amigo de muitos conselhos e da melhor conversa. Conta-se, e parece que não é anedota, que um dia, descendo a rua São Pedro, observavam um cortejo fúnebre que seguia para a matriz para depois seguir para o cemitério do Socorro. Inesperadamente, Edgar decidiu acompanhar o féretro e chamou o Zequinha para acompanha-lo. Ele seguiu sem perguntar qualquer coisa. Acompanharam todo o cortejo e à hora do sepultamento no Socorro, Edgar pediu a palavra e pronunciou um daqueles seus antológicos discursos, muito emocionado em despedida ao pranteado. Já de volta à rua São Pedro, pela Santa Luzia, Zequinha interpelou o amigo sobre a razão daquele discurso inusitado. E conclui perguntando: meu compadre, quem era aquele homem que fomos sepultar? Ao que, para grande surpresa do Zequinha, Edgar respondeu: - Meu compadre, eu sei lá quem era aquele infeliz...

MEMÓRIA (II)
Recentemente, uma estudante me perguntou com respeito a existência de mapas antigos sore Juazeiro. Eu lhe respondi que os mapas do Ceará, a partir de 1870 já registram Joaseiro como distrito de Crato e assim vão se sucedendo até quando de fato estamos no mapa como município, pela lei de 1911. Planta de cidade mesmo, só conhecemos o croquis de Otávio Aires de Menezes que procura dar uma ideia do lugarejo de Joazeiro em 1875, já depois do estabelecimento do Pe. Cícero como capelão. Daí por diante, nada conhecemos, a não ser em alguns documentos oficiais, especialmente do governo estadual, ligados à área de planejamento de governo, alguns mapas sumários. É o caso deste de 1955 que nos mostra como a cidade era reduzida, a ponto de que boa parte da área dos Franciscanos se chamava Cidade Perdida e que hoje engloba, dentre outros o bairro do Pio XII. Felizmente, crescemos. Infelizmente, crescemos demais, muito desajeitadamente.

A SETIMA CHEGA À 32
Com a regularidade desejada, a Revista Sétima de Cinema chegou esta semana que passou à sua trigésima segunda edição, no terceiro ano de sua existência. É o órgão do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, coordenado por Elvis Pinheiro. Nesta edição referente a junho, a capa anuncia uma matéria de grande valia para uma página de memória sobre os cinemas de ruía da cidade, através do depoimento de Francisco de Sales, antigo projecionista dos cinemas Roulien e Eldorado. Na programação de lançamento, com a presença de Sales, foi exibido o documentário Sales e Salas, de Ravi Carvalho, contendo um fragmento do substancioso depoimento de Sales sobre sua atuação nestas salas de cinema. A revista contém ainda escritos assinados por Erick Linhares, Samuel Macedo, Davi Oliveira e Elvis Pinheiro, além da programação de cinema nas principais cidades do Cariri. Parte desta programação estamos reproduzindo aqui nesta coluna, como sempre fazemos. A revista pode ser encontrada com o coordenador Elvis Pinheiro que distribui gratuitamente os seus exemplares durante as exibições sob sua coordenação no programa de cinema alternativo no Cariri. 

AGENDE-SE

Anotadores do inventário da imprensa juazeirense, continuamos dando conta de novos títulos de jornais, especialmente de pequeno porte. Como este Agende-se, editado por Hudson Jorge, que procura prestar um grande serviço de informação sobre eventos na Região do Cariri. Desejo vida longa ao Agende-se e recomendo aos leitores que procurem ver as suas primeiras 3 edições no endereço: https://pt.calameo.com/accounts/4777215