quinta-feira, 22 de maio de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
029: (21.05.2014) Boa Tarde para Você, Irmã Edeltraut Lech
Ontem, ao reler um texto de Armando Lopes Rafael, eu relembrei que em abril de 1990, se o juízo não me atropela, tive uma longa conversa com um velho amigo de juventude, nesta época, subsecretário de saúde do Governo do Estado do Ceará, Frederico Augusto de Lima e Silva, ele médico de minha geração na UFC, pós 1968. Ao falarmos da saúde daquele Cariri de então, ele me disse que não tinha dúvida alguma que Deus, Nosso Senhor, havia enviado para esta região do Ceará um dos seus anjos, na pessoa da Irmã Edeltraut Lerch. Era, no mínimo, confortável para o Governo do Estado, me dizia ele, por nas mãos daquela freirinha, tão gentil e admirável, o dinheiro necessário para atender seus pleitos. Gestora magnânima da grandiosa obra do Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, em Barbalha, Irmã Edeltraut era um exemplo único, ao redor de muitas léguas, de confiança, de eficiência, de responsabilidade e de fidelidade ao serviço do próximo carente por atenções de saúde. Se não é verdade que este Estado lhe foi pródigo em apoiar suas iniciativas de tão grande mérito, vou lamentar, mesmo sabendo que, entre discurso e prática, a gente de Governo faz uma enorme distância entre estas coisas. O que não se fez em distância foi a coerência da vida dedicada deste anjo de Deus que em 1950, em Frankfurt – na Alemanha, já era uma noviça na Ordem Beneditina. Quem conhece bem a Irmã Edeltraut nos fala de sua vocação como um exemplo de como alguém pode ser tão fortemente impregnado pelo Ora et labora - Reza e trabalha, a Regra dos Beneditinos, a oração e o trabalho como disciplina para ocupar mente e corpo na direção do serviço ao próximo. Freira consagrada, Edeltraut se capacitou como enfermeira e anos mais tarde, com sua vinda e permanência em Olinda, começou a ganhar o Nordeste e os nordestinos. Entre nós, em 1969, ela aqui chegou para dirigir a recém criada Fundação do Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo. Em muitos anos de trabalho, com árduas jornadas, a Irmã Edeltraut construiu uma instituição que se tornou referência neste pais. Hoje, este complexo hospitalar responde exemplarmente com setores competentíssimos que compreendem Pronto Socorro (adulto e infantil), Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Pediatria, Maternidade, Ambulatório, Centro do Coração, Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Oncologia, Quimioterapia, Radioterapia, Laboratório e Patologia. É comovente falar da Irmã Edeltraut, especialmente para referir como a sua garra e determinação conquistou um grupo, felizmente numeroso, que se associou e hoje, fielmente, divide os ombros que o fardo reclama. Em 2005, depois de ter completado 75 anos de dedicação à Ordem Beneditina, na quase totalidade em terra brasileira, Irmã Edeltraut Lerch retornou à Alemanha. Felizmente, para nós, não demorou muito, ela voltou ao nosso convívio e está feliz e nos fazendo muito mais felizes. Sua obra é tão grandiosa que mesmo citando os seus equipamentos, ainda assim não saberemos estimar o seu valor. E pensar que uma pessoa como a Irmã Edeltraut teria tudo para nos falar de um certo orgulho pessoal por tanta realização! Que nada! A este Santo Anjo de Deus só se reserva uma palavra simples sobre a sua felicidade: a de ter cumprido todas estas missões para as quais foi chamada.

CINE ELDORADO
O Cine Eldorado, restabelecido por Francisco Humberto Menezes Bezerra e Edmilson Lima (Rua Pe. Cícero) exibirá no dia 23: Carnaval Atlântida. Preto e Branco, 95 min. A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: Carnaval Atlântida; Brasil, 1952; Direção: José Carlo Burle; Elenco:Oscarito (Professor Xenofontes); Eliana Macedo (Regina); Roberto Faissal (Cirollo); Cyll Farney (Augusto); Maria Antonieta Pons (Lolita); Grande Otelo (Piro); José Lewgoy (Conde Verdura); Renato Restier (Cecil B. de Milho); Colé Santana (Pedro) e Wilson Grey; Sinopse: Carnaval Atlântida é uma comédia e musical,  uma chanchada da Atlântida, desta vez explorando a paródia das grandes produções históricas de Hollywood, particularmente as do diretor Cecil B. DeMille. Aparecem nos números musicais, além dos atores do filme, os cantores Dick Farney, Francisco Carlos, Bill Farr e Nora Ney. Dois malandros cariocas, Piro e Miro, apresentam ao doutor Cecílio B. de Milho, produtor da Acrópoles Filmes, o argumento de uma chanchada. O grande produtor Cecil B. de Milho deseja fazer um filme sobre Helena de Troia e contrata o professor Xenofontes, especialista em história grega, para ajudar no roteiro. Mas os atores preferem realizar uma comédia musical e querem que o cineasta mude de ideia. Números musicais com grandes astros da música brasileira. Veja a relação: "No tabuleiro da baiana"   (Ari Barroso), com Grande Otelo e Eliana Macedo; "Acho-te uma graça"   (Benedito Lacerda, Haroldo Lobo e Carvalhinho); "Agora é cinza"  (Alcebíades Maia Barcelos e Armando Vieira Marçal); "Ai que saudade da Amélia"  (Ataulfo Alves e Mário Lago); "É bom parar"   (Rubens Soares); "Rasguei a minha fantasia"   (Lamartine Babo); "Serpentina"   (Haroldo Lobo e David Nasser); "O teu cabelo não nega"   (João Valença e Raul Valença); "Ninguém me ama"   (Fernando Lobo e Antônio Maria) com Nora Ney; "Um domingo no jardim de Allah"  (Lírio Panicalli e Ewaldo Ruy); "Marcha do conselho"   (Paquito e Romeu Gentil) com Bill Farr; "Valsa da formatura"   (Lírio Panicalli e Claribalte Passos), com a orquestra de Chiquinho; "Dona Cegonha"   (Armando Cavalcanti e Klecius Caldas) com Blecaute e Maria Antonieta Pons; "Quem dá aos pobres"   (Klecius Caldas e Armando Cavalcanti) com Francisco Carlos; "Máscara da face"   (Armando Cavalcanti e Klecius  Caldas); "Pastorinhas"  (Noel Rosa e João de Barro); "Pirata"   (João de Barro e Alberto Ribeiro); "Se a lua contasse"   (Custódio Mesquita); "Um pierrot apaixonado"   (Heitor dos Prazeres e Noel Rosa); "Praça 11"  (Herivelto Martins e Grande Otelo); "Marcha do sapinho"  (Humberto Teixeira e Norte Victor), com Oscarito e Maria Antonieta Pons; "Mambo caçula"   (Benicio Macedo e Bené Alexandre), com Maria Antonieta Pons e Oscarito; "Cachaça"  (Mirabeau Pinheiro, Lúcio Castro e Heber Lobato) com Grande Otelo e Colé Santana; "Baião"  (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); "Alguém como tu"   (José Maria de Abreu e Jair Amorim), com Dick Farney; "Queria ser patroa"   (M.Pinto e Airão), com Eliana Macedo.

NOVOS CINEMAS 
Já não é novidade que os cinemas do Shopping estão todos funcionando. Já estive em duas salas e nada há a considerar. Tenho observado que o pessoal de recepção (entrada das salas) tem-se desdobrado para permitir a adaptação da clientela barulhenta, ruidosa e desordenada. E está conseguindo aos poucos, mesmo que tenha que ler para cada um de nós qual é a localização da poltrona que escolhemos. Infelizmente, depois de uma sessão, a sala fica quase imprestável de tanta pipoca pelo chão, além de papéis e outros materiais descartáveis. Nossa ansiedade se reserva, por enquanto, para conhecer o que vai entrar em cartaz. Felizmente os dados dos filmes em cartaz e o que virá, já se encontra nos seguintes sites:
http://www.orientcinemas.com.br/ 
http://www.orientcinemas.com.br/programacao/20/orient-cinemas-cariri-shopping.htmlhttp://www.caririgardenshopping.com.br/entretenimento/cinema/ 

ESPERANDO COMADRE DAIANA
Se eu não bobear, como da última vez, agora vou conseguir, finalmente, assistir a bem sucedida peça Esperando Comadre Daiana, no próximo dia 30. Ela está anunciada no contexto de uma mostra de teatro que acontece no Memorial Padre Cícero. Duas mulheres nordestinas e interioranas, Esmeralda e Venância, resolvem fazer da criada Perpétua a afilhada da princesa Daiana. Elas acreditam cegamente que esta ação trará reconhecimento, fama e fortuna, mudando para sempre suas simplórias vidas. Para verem seus sonhos realizados escrevem uma carta a princesa Daiana, dando notícia do batismo e da tão aguardada visita. No palco, a Cia. de Teatro Livre Mente. A direção é de Renato Dantas e o texto, de Emmanuel Nogueira.