quarta-feira, 30 de julho de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
059: (30.07.2014) Boa Tarde para Você, Antônio Chessman Alencar Ribeiro
Temos em comum, professor Chessman, o sentimento que se abeira a um misto de indignação, revolta e muita tristeza, para expressar com alguma fidelidade o acontecido recente, ou remoto, com o acervo da Fundação Memorial Padre Cícero. Estive na mesma cadeira que você ocupa hoje e bem sei o quanto isto é angustiante, e pude senti-lo quando em uma das suas entrevistas você se referia a esta sensação, como se alguém tivesse nos roubado a própria alma. Portanto, a você, expresso a minha solidariedade nestas horas em que, sobre si recaem tantas cobranças e se põe tanta desconfiança sobre o zelo que não teria sido exemplar para proteger tão expressivo patrimônio. Em minha curta passagem por aí, professor Chessman, também me encontrei em situação muita aflitiva, quando entre novembro de 2009 e junho de 2010, a estrutura do museu necessitava, como ainda hoje, de uma reforma, especialmente na sua cobertura. Um intenso aguaceiro de chuva da temporada vazou para dentro do salão principal, atingiu o documento precioso do processo de execução do testamento do Padre Cícero e causou o definitivo estrago, afetando umas 50 páginas manuscritas de um dos três volumes. Como sofri com tudo aquilo, onde se destacava, principalmente, a extrema má vontade de uma fulana imprestável que ocupava a secretaria de infraestrutura no desgoverno municipal. Para mim, era como se me ferisse também na alma, porque eu já estava lá, antes mesmo que o museu abrisse suas portas ao grande público de todas as romarias ao Juazeiro. Naquela época, Pe. Murilo de Sá Barreto, Assunção Gonçalves, Daniel Walker e eu, mas outros também, recebemos a incumbência de ir, onde necessário fosse, para reunir as lembranças do Patriarca, obtendo-as de famílias e de colecionadores. Foi o que fizemos, em tempo recorde, com o grande reforço e prestígio de Mons. Azarias Sobreira, de dona Edith Figueiredo, de dona Stela Pita, e de outros juazeirenses notáveis. Assim, nasceu o acervo do Memorial, por doações as mais generosas, com livros, documentos, jornais, fotografias, objetos diversos, muitos dos quais oriundos da própria casa do Padre Cícero. Agora somos assaltados, duplamente, pela surpresa e pelo fato em si, quando alguém absolutamente desqualificado, estúpido e ignorante no pensar e no fazer, ousou tocar na nossa própria alma. Desculpe-me, Chessman, se lhe digo que este é um caso de polícia, não um procedimento meramente administrativo. Estou absolutamente convencido que não lhe cabe nenhuma imputação antecipada, face o acontecido. Faço-lhe a sugestão para que nos convoque e nos reúna, os antigos gestores, para que o auxiliemos nesta tarefa um tanto ingrata de correr atrás do prejuízo. Temos o dever cívico de colaborar com a instituição e, infelizmente, apenas algum prazer em estar aí para esclarecer sinais obscuros desta questão. O museu da Fundação Memorial Padre Cícero, nas estatísticas das suas congêneres brasileiras é uma das vitrines mais vistosas deste país e para cá vai continuar atraindo uma visitação que poucas superam em número. Até parece que ninguém consegue enxergar nada de surpreendente nesta constatação e insiste em perpetrar a mesma má vontade que marcou diversas administrações municipais, ignorando o seu grande papel civilizatório. 

NOVOS LIVROS
Registro com prazer novos livros de interesse da Biblioteca Juazeirense. O primeiro deles, nesta menção já com atraso, trata-se da reedição de TEIXEIRA, Francisco Nóbrega. – 2004 – Psicobiografia do Padre Cícero – do amor a si mesmo ao amor pelo próximo. Um estudo psicanalítico aplicado à biografia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 176p. Ele foi reeditado como: TEIXEIRA, Francisco Nóbrega. – 2013 – Padre Cícero, Biografia Psicanalítica. 2ª. Ed. São Paulo, Escrituras Editora, 191p. Baseando seus estudos na teoria clássica freudiana, acrescida dos ensinamentos mais modernos sobre o narcisismo formulados por Heinz Kohut e outros psicanalistas, o autor nos oferece uma Psicobiografia completa do padre Cícero Romão Batista, o consagrado “santo” do povo nordestino. Provavelmente um pioneiro estudo desta magnitude realizado no Brasil, ou seja, uma biografia abrangendo toda uma vida realizada sobre o prisma da Psicologia profunda.
O segundo livro é A Caminho dos Sonhos, do poeta juazeirense Ivan Fernandes Magalhães. Este é o sétimo livro do poeta que nasceu em Retalhos de minha vida (Fortaleza: Editora Henriqueta Galeno, 1985. 213p). Não bastasse a confirmação que o poeta é consagrado por tantas outras produções, este vem recomendado pela leitura atenciosa e de encantamento por Leandro Fernandes Cardoso, Anchieta Martinez de Mont´Alverne, Francisco Renato Sousa Dantas e Raimundo Araújo. Recomendo antecipadamente e vou ler o meu exemplar com muito carinho, pois assim me remeteu o poeta com atenciosa dedicatória.
O terceiro livro também é de surpresa para quem chega de viagem e encontra o presente em meio à correspondência. É o Por dentro da Cantoria (Fortaleza, BNB, 2013, 386p), do poeta e cordelista Pedro Ernesto Filho, meu quase vizinho de Rua São José. No folhear apressado de suas páginas, vou encontrando um misto da sua poesia bem reconhecida e apreciada, junto ao que chamaria de uma pedagogia de cantoria, pois o poeta se detém vastamente sobre seu histórico e gêneros de cantoria. Uma delícia para quem quer, como eu, aprender em ótima fonte. Meus agradecimentos a Pedro Ernesto por esta sua lembrança e a atenciosa dedicatória.


STÊNIO DINIZ NA ALEMANHA
José Stênio Diniz estará seguindo para a Alemanha, em mais um temporada de trabalho e exposições, no próximo mês de setembro, podendo ali se demorar até 90 dias, conforme o entendimento com a mentora de seu patrocínio.  

POLO INDUSTRIAL DO CAMPO ALEGRE
O Governo Municipal acaba de efetivar o instrumento legal para a doação de terras para a implantação das primeiras 30 empresas que passarão a constituir o Polo Industrial do Campo Alegre. Trata-se da Lei Nº 4359, de 24 de Julho de 2014, (Diário Oficial do Município, 28.07.2014) através da qual “Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a firmar instrumentos de doações de imóveis Próprios do Município de Juazeiro do Norte, objetos das matrículas abaixo identificadas, destinados a empresas interessadas no Projeto Municipal do Polo Industrial do Campo Alegre, nesta urbe, abaixo descritos e caracterizados:
Indústria de Fabricação de Calçados (18 unidades), Galpão para Guardar Equipamentos da Empresa (Caminhões, Maquinas, Geradores, Automóveis, Palco, e Estrutura de Alumínio) (2 unidades), Comercio por Atacado de Motocicleta e Motonetas (1 unidade), Fábrica de Confecção de Roupas Intimas Femininas (1 unidade), Fábrica de Roupas Femininas de Infantil (1 unidade), Indústria de Fabricação de Bolsas, e Acessórios do Vestuário (1 unidade), Indústria de Fabricação de Cosméticos, Produtos de Perfumaria e de Higiene Pessoal (1 unidade), Indústria de Fabricação de Facas e Manutenção de Maquinas (1 unidade), Indústria de Fabricação de Produtos de Aço e Derivados (1 unidade), Indústria de Fabricação de Produtos de Metálicos (1 unidade), Indústria Fabricação de Bijuterias e Artefatos Semelhantes (1 unidade), Recuperação de Materiais Metálicos, Exceto Alumínio (1 unidade).
I - EMPRESA PEDROZA INDÚSTRIA E COMERCIO DE CALÇADOS LTDA - ME, CNPJ/ MF 05.748.395/0001-29, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
II - EMPRESA L. & L. INDÚSTRIA DE CALÇADOS E COMPONENTES LTDA ME, CNPJ/ MF 17.213.791./0001-30, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
III - EMPRESA RAMAGEM COUROS INDUSTRIA DE ARTEFATOS DE COURO LTDA ME, CNPJ/ MF 07.646.707/0001-19, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE BOLSAS, E ACESSÓRIOS DO VESTURARIO);
IV - EMPRESA ANNY L. CALÇADOS LTDA - ME, CNPJ/MF 18.615.098/0001-57, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS); 
V - EMPRESA LUCY CALÇADOS LTDA - ME, CNPJ/ MF10.217.513/0001-90, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
VI - EMPRESA FREDSON DIAS QUEIROZ - ME, CNPJ/MF 08.680.427/0001-90, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
VII – EMPRESA GLÁUCIA DA SILVA LEITE – ME, CNPJ/MF 13.350.143/0001-75, (FÁBRICA DE ROUPAS FEMININAS E INFANTIL);
VIII - EMPRESA MARCOS RERALD BEZERRA-ME, CNPJ/MF nº 13.674.895/0001-91, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
IX – EMPRESA MARIA JOSÉ TEOTONIO VIEIRA – EPP, CNPJ/ MF 63.304.216/0001-60, (FÁBRICA DE CONFECÇÃO DE ROUPAS INTIMAS FEMININAS);
X – EMPRESA RAIMUNDO BENJAMIM– ME, CNPJ/ MF 01.984.596/0001-74, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XI – EMPRESA ANA LINS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SANDALIAS LTDA - EPP, CNPJ/ MF 12.233.390/0001-29, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XII – EMPRESA FRANCISCO ICARO DE LIMA PEDROSA - ME, CNPJ/ MF 17.764.560/0001-15, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XIII - EMPRESA YURI DO PAREDÃO EMPREENDIMENTOS EIRELE – ME, CNPJ/MF nº 11.999.449/ 0001-21, (GALPAO PARA GUARDAR EQUIPAMENTOS DA EMPRESA (CAMINHOES, MAQUINAS, GERADORES, AUTOMOVEIS, PALCO, E ESTRUTURA DE ALUMINIO);
XIV - EMPRESA M.C. COMPONENTES EMBORRACHADOS LTDA – ME, CNPJ/MF nº 10.600.402/0001-80, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XV - EMPRESA SAMARA RODRIGUES PIRES ME, CNPJ/MF nº 07.243.482/0001-50, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XVI - EMPRESA JOAO BATISTA TORRES ME, CNPJ/MF nº 06.822.449/0001-11, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XVII - EMPRESA AUGUSTO FERREIRA DA SILVA, CNPJ/MF nº 41.298.100/0001-23, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE COSMÉSTICOS, PRODUTOS DE PERFUMARIA E DE HIGIENE PESSOAL);
XVIII - EMPRESA ÚNICA CALÇADOS LTDA - CNPJ/MF 19.578.865/0001-68, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XIX - EMPRESA CASA DO AÇO LTDA ME- CNPJ/ MF 11.564.649/0001-51, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE BIJUTERIAS E ARTEFATOS SEMELHANTES);
XX - EMPRESA RESENDE INDÚSTRIA E COMERCIO DE CALÇADOS LTDA - CNPJ/ MF 03.760.159/0001-00, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS); 
XXI - EMPRESA SMILLE MONTEIRO GOMES – ME CNPJ/ MF 13.904.993/0001-78, (RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS METALICOS, EXCETO ALUMINIO);
XXII - EMPRESA JOSE MAURICIO FERREIRA DO NASCIMENTO – ME CNPJ/ MF 02.991.989/0001-78, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METALICOS);
XXIII - EMPRESA CICERA MENDES DIAS AZEVEDO – ME CNPJ/ MF 13.317.065/0001-07, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XXIV - EMPRESA MAQFIO INDÚSTRIA E COMERCIO DE MAQUINAS E NAVALHAS LTDA ME - CNPJ/ MF 10.627.824/ 0001- 40, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE AÇO E DERIVADOS);
XXV - EMPRESA PATAMAR MAQUINA E NAVALHAS LTDA ME - CNPJ/ MF 10.518.312/0001- 45, (INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE FACAS E MANUTENÇÃO DE MAQUINAS);
XXVI - EMPRESA AURINO F. DE OLIVEIRA SERVICOS E LOCACOES - ME - CNPJ/ MF 41.575.473/0001-02, (GALPAO PARA GUARDAR EQUIPAMENTOS DA EMPRESA (CAMINHOES, MAQUINAS, GERADORES, AUTOMOVEIS, PALCO, E ESTRUTURA DE ALUMINIO);
XXVII - EMPRESA MASSAYO INDÚSTRIA E COMERCIO DE CALÇADOS LTDA ME - CNPJ/ MF 14.565.443/0001- 34, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XXVIII - EMPRESA HAIKOU MOTOS LTDA ME - CNPJ/MF 17.992.867/0001- 73, (COMERCIO POR ATACADO DE MOTOCICLETA E MOTONETAS);
XXIX - EMPRESA CALÇADOS VIA FASHION LTDA – EPP CNPJ/ MF 04.503.776/0001-85, (
INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS);
XXX - EMPRESA ATELIE CALÇADOS VIA FASHION – ME CNPJ/ MF 07.175.032/0001-77, (INDÚSTRIA FABRICAÇÃO DE CALÇADOS). 
As condições de doação dos respectivos terrenos para a implantação destas unidades fabris foram as seguintes:
§ 1º - Fica, por esta Lei, autorizada a desafetação pública das áreas referenciadas nos incisos I a VI do art. 1º desta Lei (Quadras F5 e C2), nos moldes da Lei nº 6766/79 (Lei do Parcelamento do Solo
Urbano) e no Plano Diretor do Município de Juazeiro do Norte. 
§ 2º - A área de 12.200,00m2 (doze mil metros quadrados) do sistema viário das Ruas Educadora Antônia Vieira, Guilherme José Bezerra e Antônio Sátiro, será incorporada ao projeto Polo industrial no Campo Alegre.
§ 3º - As donatárias poderão usar e dispor da propriedade plena dos imóveis doados, e caso necessite, oferecê-los em garantia de financiamento, desde que para os fins destinados nesta Lei.
Art. 2º – As empresa donatárias do projeto Polo Industrial do Campo Alegre ficam obrigadas a construir no imóvel no prazo de 2 (dois) anos, e por em funcionamento suas atividades pelo prazo
mínimo de 10 (dez) anos no Município, sob pena de reversão.