quinta-feira, 22 de março de 2012

CÍCERO ROMÃO BAPTISTA, SACERDOTE EM CRISTO

Por estes dias aqui em Juazeiro do Norte está sendo realizada intensa atividade para lembrar o aniversário do Patriarca da cidade. E uma das coisas que mais se salienta diz respeito aos seus traços biográficos. De uma breve conversa aqui em casa, na redação deste Portal, surgiu uma pequena preocupação diante do imenso arquivo fotográfico que dispomos, especialmente sobre Pe. Cícero. Temos imagens do padrinho desde 1870 até sua morte e, sobretudo, em muitos eventos que participou. Como ele foi reprovado pela hierarquia da Igreja, em 1894, com a suspensão de ordens e isto perdurou praticamente até sua morte, com breves intervalos de concessão e reintegração de ordens, chegamos à conclusão que ele esteve sacerdote, ministro ativo da Igreja de Cristo, por algo em torno de uns 25 anos, apenas. Muito pouco para quem viveu 90 anos, e destes 64 após a sua ordenação em Fortaleza. Por isto mesmo, a rigor, sua atividade missionária, como ministro desta Igreja, praticamente não foi documentada. O fato é que não temos nenhum flagrante em que ele esteja ministrando sacramentos, celebrando uma missa, presente a uma procissão, ou coisa que o valha. Então, nos remetemos ao arquivo para garimpar pistas desta sua ação principal. Não foi fácil e como resultado, apenas encontramos um registro fotográfico – uma velha foto em que o Pe. Cícero, paramentado, usando um roquete branco e estola, está entre os presentes da cerimônia de encomendação e sepultamento dos restos mortais do comerciante Antonio Temóteo do Nascimento Flor, pai do Pe. José Jesu Flor. Infelizmente é de má qualidade e não temos a data em que isto aconteceu. Presumivelmente seria durante os anos 20. Sobre alguém mais que estaria na cerimônia, parecem se destacar o Pe. Manoel Correia de Macedo e o prof. Guilherme Ramos de Maria. Quando esta imagem nos foi presenteada por Amália Xavier de Oliveira, ela fez comentário de que alguém em Juazeiro do Norte ficou com este roquete e dele fez picotes e presenteou muita gente que queria alguma coisa que tivesse pertencido ao Pe. Cícero.