domingo, 26 de fevereiro de 2012

30.01.2012
INÁCIO LOIOLA DAMASCENO FREITAS


Inácio Loiola Damasceno Freitas, alagoano, natural de Piranhas, é engenheiro agrônomo, bacharel em Direito e historiador. Iniciou a carreira política em 1982, como vereador pelo município sertanejo, sendo logo na eleição seguinte, 1988, eleito prefeito pela primeira vez. Em 2000, assumiu pela segunda vez a Prefeitura Municipal de Piranhas onde fora reeleito em 2004. Nesse período assumiu a defesa intransigente do Rio São Francisco e tornou-se crítico da obra da transposição ao mesmo tempo que reivindicava a revitalização do Velho Chico por parte do Governo Federal. Esse seu posicionamento o levou a ser escolhido para assumir a Presidência do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Em 2010, eleito deputado estadual, colocou a defesa intransigente do meio ambiente em consonância com o desenvolvimento autossustentável como premissa de seu mandato parlamentar na Casa Tavares Bastos. Antes de ingressar na vida pública, Inácio Loiola, engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura do Estado de Alagoas atuou na região sertaneja como gerente do antigo Programa do Polo Nordeste, onde teve a oportunidade de conhecer melhor a vocação da região e ao mesmo tempo implementar projetos que contribuíssem para a sustentabilidade do homem no campo. Inácio Loiola tem sido desde algum tempo uma espécie de embaixador juazeirense no estado de Alagoas, onde faz intensa divulgação da cidade de Juazeiro e de seu fundador, o Padre Cícero Romão Batista, de quem é pesquisador e devoto. Por esses motivos, mereceu dignamente a cidadania juazeirense em sessão realizada na noite de 24 de setembro de 2011, no Memorial Padre Cícero, quando em Sessão Solene da Câmara Municipal lhe foi outorgado o título honorífico de Cidadão Juazeirense. Em sua terra natal, quando foi prefeito, realizou vários seminários culturais para estudo de temas regionais, dentre os quais figuras importantes da história de Juazeiro, como Padre Cícero 

Fotos: Flagrantes da Sessão Solene da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, em 24.09.2011, no Memorial Padre Cícero, para outorga do título de Cidadão Juazeirense ao deputado estadual alagoano (PSDB) Inácio Loiola Damasceno Freitas. 



29.01.2012
BIBLIOTECA JUAZEIRENSE (VII)
Continuamos a publicar referências bibliográficas sobre assuntos juazeirenses. Nesta coluna, ainda algumas indicações de leituras sobre a Família Bezerra de Menezes.
  
BEZERRA, Maria Alacoque. – 1995 – José Bezerra de Menezes, o pacificador. Juazeiro do Norte: Edições IPESC, 135p.

BEZERRA, Maria Alacoque. – 1998 – História Política dos Irmãos Bezerra de Menezes (Ações em Juazeiro do Norte-CE). Juazeiro do Norte: HB Editora e Gráfica, 16p.

BEZERRA, Orlando. – 1976 – Frei Damião, Cidadão Cearense. Discurso proferido em sessão solene, na entrega do título de cidadão cearense ao venerando frei Damião de Bozzano. Fortaleza: Tipografia Progresso, 16p.

BEZERRA, Orlando. – 1976 – O aproveitamento do vale do Carás. Pronunciamento na Assembléia Legislativa do Ceará, sobre o aproveitamento do vale do Carás. Fortaleza: Tipografia Progresso, 27p.

BEZERRA, Orlando. – 1983 – Nordeste, até quando?. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 12p.

BEZERRA, Orlando. – 1984 – Cinquentenário de morte do Padre Cícero Romão Batista. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 12p.

BEZERRA, Orlando. – 1985 – Açude Manoel Balbino. Discurso Pronunciado na Câmara Federal. Juazeiro do Norte: Gráfica Mascote, 1985, 10p.

BEZERRA, Orlando. – 1987 – Minha presença na Assembléia Nacional Constituinte. Brasília: Centro Gráfico do Senado, 17p.

BEZERRA, Orlando. – 1987 – Uma presença constante na Assembléia Nacional Constituinte. Brasília: Centro Gráfico do Senado, 68p.

BEZERRA DE MENEZES, Geraldo – 1991 – José Geraldo Bezerra de Menezes. Ascendentes, descendentes, colaterais. Niterói: Editora Cromos, 2a. ed., 107p;

BEZERRA NETO, Eduardo de Castro; BARROS LEAL, Vinícius & PINHEIRO, Gen. Raimundo Telles – 1982 – Os Bezerra de Menezes. Fortaleza: Tipografia Minerva, 94p.

BICBANCO – 1989 – Relatório Anual. Fortaleza: s. Ed., 72p.


28.01.2012

JOSÉ NOBRE GUIMARÃES
José Guimarães é advogado, formado pela Universidade Federal do Ceará. Filho de agricultores de Quixeramobim, no Sertão Central do Ceará, mudou-se para Fortaleza em 1977. Morando na Casa do Estudante, estudou no Colégio Estadual Liceu do Ceará. Ingressou no movimento estudantil e filiou-se ao PT, em 1985. Na UFC, dirigiu o Centro Acadêmico Clóvis Beviláqua, do curso de Direito. Como bancário, foi para a linha de frente da grande greve de 1979, fato que gerou sua demissão. Tornou-se assessor parlamentar e passou a militar no campo da defesa dos direitos humanos. Em 1978 e 1979 teve intensa participação no Movimento pela Anistia e na campanha das Diretas Já. Integrou a coordenação da campanha de Maria Luíza à Prefeitura de Fortaleza. Foi chefe-de-gabinete da prefeita e presidente do Instituto de Previdência do Município (IPM), durante a primeira administração petista em uma capital. Presidiu o PT no Ceará de 1992 a 2001, quando promoveu a interiorização do partido no Estado. Durante sua gestão, o PT passou de 40 para 80 diretórios municipais. Coordenou as campanhas de Lula em 1989 e 2002. Assumiu mandato de deputado estadual em 2000; Em 2002, foi reconduzido à Assembléia Legislativa com 31.613 votos. Foi líder da bancada do PT, presidente da CPI das áreas de Risco e integrou as principais comissões da Casa: Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Comissão de Orçamento e Comissão de Finanças e Tributação. Foi o primeiro deputado oposicionista relator-geral do Orçamento, em 2004.
Em 2006, foi eleito deputado federal com 88.486 votos, a maior votação dada a um candidato do PT naquele ano. Em 2010, na candidatura de reeleição, recebeu 210.366 votos, a segunda maior do Estado e o reconhecimento que os cearenses conhecem quem trabalha. José Guimarães foi eleito um dos 30 cearenses mais influentes da atualidade, em premiação realizada pela revista Fale!. Além da premiação, foi escolhido um dos três mais influentes da bancada federal, no Anuário do Ceará. Ganhou ainda o prêmio de Destaque da Política Cearense, entregue na Assembléia Legislativa, em 2008. Recebeu, também, diversas homenagens em todo o Estado, como forma de reconhecimento dos cidadãos cearenses dos seguintes municípios: Acopiara, Mauriti, Tamboril, Ocara, Iracema, Tabuleiro e Ererê.
  
O dep. José Nobre Guimarães presente à audiência do prefeito Manoel Santana no gabinete do então Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em Brasilia, Nov. 2010, para discutir o encaminhamento de projetos de interesse da celebração do centenário de Juazeiro do Norte, Vêem-se também, o Sr. bispo D. Fernando Panico e o chefe de gabinete do ministro.

27.01.2012
BIBLIOTECA JUAZEIRENSE (VI)
Continuamos a publicar referências bibliográficas sobre assuntos juazeirenses. Nesta coluna, algumas indicações de leituras sobre a Família Bezerra de Menezes.
  
ARAGÃO, Elizabeth Fiúza (coord.) – 2002 – O Fiar e o Tecer: 120 anos da indústria têxtil no Ceará. Fortaleza: Sinditextil/FIEC, 368p.

BARROS LEAL, Vinicius. – 1976 – Os Bezerra de Menezes: Origens. Fortaleza: Tipografia Minerva, 21p.

BELLINI, Antonio (ed.) – 2004 – Uma história para contar. São Paulo: A. Bellini Ed. Cult., 155p.

BEZERRA, Adauto – 1974 – Da Assembléia para o governo. Fortaleza: Imprensa Oficial, 11p.

BEZERRA, Adauto – 1976 – Aos universitários do Ceará. Fortaleza: Imprensa Oficial, 21p.

BEZERRA, Alacoque. – 1989 – Minha posse no Senado da República. Brasilia: Centro Gráfico do Senado, 10p.

BEZERRA, Antônio Herbert Paz. – Genealogia dos Bezerra de Menezes. História e diáspora. Premius Editora, 222p, ilus.

BEZERRA, Humberto – 1967 – Cultura e industrialização da mandioca. Brasilia: Imprensa Nacional, 8p.

BEZERRA, Humberto – 1967 – Homenagem a minha terra. Brasilia: Imprensa Nacional, 8p.

BEZERRA, Humberto – 1971 – Cidadão de Fortaleza. Fortaleza: Imprensa Oficial, 23p.

BEZERRA, Humberto – 1995 – José Bezerra de Menezes. Centenário de Nascimento. Juazeiro do Norte: s. Ed., 4p.

BEZERRA, Humberto; BEZERRA, Alacoque & BEZERRA, Adauto. – 2000 – Centenário de José Bezerra de Menezes. Discursos. Fortaleza: Tipografia Minerva, 19p.


26.01.2012
DES. EMANUEL LEITE ALBUQUERQUE


O desembargador Emanuel Leite Albuquerque nasceu em Crateús, Ceará, no dia 25 de maio de 1954, filho de Maria Hermília Albuquerque Leite e Manoel Albuquerque Cunha Leite. Ele é casado com Tereza Cecília Silva de Melo Albuquerque e tem os seguintes filhos: Theresa Larencya Albuquerque Melo, Thandara Yanna Albuquerque Melo, Nayanna Maria Albuquerque Melo, Giselle Emanuelle Albuquerque Melo e Emanuel Leite Albuquerque Filho. Sua formação Acadêmica é de Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) – 1982. É Especialista em Direito Constitucional e Direito Processual Constitucional pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) – 2006 e Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino (UMSA). Atualmente ocupa as seguintes funções: Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), desde 26 de novembro de 2009 e Integrante da 1ª Câmara Cível e das Câmaras Cíveis Reunidas do TJCE. Já exerceu as seguintes atividades: Juiz das Comarcas de Reriutaba, Mauriti, Redenção e Crateús, no período de 1986 a 1992; Juiz titular da 2ª Unidade dos Juizados de Pequenas Causas, no período de 1992 a 1993; Juiz titular da 31ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, de 1993 a 1999; Juiz titular da 22ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, de agosto de 1999 a 25 de novembro de 2009; Juiz membro da 2ª Turma do Fórum das Turmas Recursais Prof. Dolor Barreira, de junho de 2003 a agosto de 2007; Juiz Eleitoral da 117ª Zona de Fortaleza, no período de 12 de março de 2007 a 7 de janeiro de 2009; Juiz coordenador da Propaganda Política nas eleições de 2008; Juiz membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), de 8 de janeiro a 25 de novembro de 2009; 6ª Vice-Presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM); Diretor de Esportes da ACM; Membro titular da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional do Ceará (CEJAI), durante o biênio 2007/2008; Ex-professor do curso de Direito da Faculdade de Fortaleza (FAFOR) e da Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará (FAECE). Participou dos seguintes cursos, debates e seminários: Curso Perfil Constitucional da Jurisdição e do Processo Civil – Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (ESMEC), em 1996; III Congresso Internacional da Justiça: “Preparando a Justiça para o terceiro milênio” - Associação Cearense de Magistrados (ACM), em 1999; XVI Congresso Brasileiro de Magistrados, em 1999; Seminário “O Estatuto do Desarmamento e Legislação Específica de Arma de Fogo”, em 2004; I Encontro da Magistratura Cearense, em 2005 I Seminário de Direito Eleitoral para as Zonas Eleitorais – Eleições 2008: “Condutas vedadas a agentes públicos”, em 2008; I Seminário Mídia e Judiciário, da ACM e ESMEC, em 2008; IV Seminário Nacional de Juízes, Promotores e Advogados Eleitorais (SENAJE): “Movimento de combate à corrupção eleitoral (MMCE), em 2008
I Seminário Estadual de Combate à Corrupção Eleitoral: “As punições aos crimes de corrupção eleitoral”, em 2008.

Na informalidade da sua vida social, o des. Emanuel Leite Albuquerque e Sra.(ela Tereza). Fortaleza, 23.02.2011 (Fonte: Jornal O Povo)


25.01.2012
CARTA ABERTA A ABRAÃO BATISTA

Caro amigo,

Inicio esta carta reproduzindo a matéria que recolho do Juanorte, da edição do último domingo, 22.01.2011, em sua Coluna da Hora. E o faço porque há aí dois ingredientes que me obrigam a voltar a esclarecer, em nome da verdade que assumo e proclamo, em torno da propalada censura prévia de que o amigo se diz ter sido alvo, pela administração municipal de Juazeiro do Norte. Como desejei, logo no seu início, a questão foi para o domínio público. Assim, desejo também continuar a dialogar consigo, publicamente. Acho conveniente, inclusive, que o leitor conheça a integralidade de todas as peças emitidas pelos personagens. Então, estampou o Juanorte:  
“ABRAÃO BATISTA DESMENTE COMISSÃO DO CENTENÁRIO - Durante essa semana, o Governo Municipal de Juazeiro do Norte, sob gestão do prefeito petista Manoel Santana, esteve mobilizado tentando desmentir o Juanorte quanto à exclusão do mais importante poeta popular do Juazeiro na atualidade, Abraão Batista (foto), da Coleção de Cordéis do Centenário. Notas oficiais foram emitidas por assessores oficiais da Prefeitura, inclusive uma da Secretaria de Turismo e Romarias, negando ter havido censura, como indicou o Juanorte, e alegando que a exclusão se deu por conta de vontade do próprio poeta, por ser crítico severo do prefeito. Mas, a história, segundo o poeta Abraão Batista, é bem diferente. Primeiro, vejam a nota oficial da Secretaria de Turismo e Romarias, cujo titular é José Carlos dos Santos, coordenador executivo da Comissão do Centenário, divulgada à imprensa na terça-feira (17) e pela própria Prefeitura Municipal na quarta-feira (18): “Comissão esclarece que ausência de Abraão Batista da Coleção de Cordéis do Centenário foi por vontade dele próprio. A equivocada nota denunciando uma suposta exclusão do poeta Abraão Batista da coleção de 100 cordéis a serem reimpressos como parte da programação do Centenário de Juazeiro do Norte, ganhou esclarecimentos em nota publicada pelo professor Renato Casimiro que é um dos membros da Comissão Organizadora. Ele é coordenador editorial da Coleção Centenário e assegurou que o próprio cordelista se recusou a ter trabalhos seus dentre os 100 escolhidos. A princípio, seriam reimpressos dele os títulos: "A Terra da Mãe de Deus", "O Massacre dos Romeiros na Matriz de Juazeiro" e "Quando o Padre Cícero Chegou a Juazeiro do Norte". Segundo a nota, dentre os 50 títulos contemporâneos seriam incluídos outros dois volumes de Abraão e seu filho, Hamurabi Batista, todos os trabalhos em sintonia com a temática de homenagem a Juazeiro e seu fundador. Antes de fechar a relação, a comissão tomou conhecimento da negativa dos dois poetas por razões políticas, segundo alegaram, e o fato da cessão de direitos para a publicação dos folhetos ser remunerada com 10% em exemplares de cordéis e não em dinheiro conforme a nota publicada por Renato Casimiro. Ele explicou que o seu esclarecimento se dá por conta da informação veiculada no Juanorte, segundo a qual teria havido censura prévia.O autor da nota disse mais que, na condição de Coordenador Editorial da Coleção Centenário, dentro do Projeto Editorial do Centenário, jamais recebeu qualquer interferência sobre a inclusão ou exclusão de qualquer título de obra nesta coleção, bem como deste ou daquele autor. Renato Casimiro concluiu lembrando que o trabalho prosseguirá até o dia 22 de Julho, incluindo a reedição de mais 10 títulos de livros raríssimos, financiados pelo BNB, encerrando o Projeto e as festividades do Centenário”. A nota de Renato Casimiro, à qual se refere a Secretaria de Turismo e Romarias, e que foi divulgada no domingo (15), mesmo dia da veiculação do Juanorte, com a matéria “Mais famoso poeta cordelista do Juazeiro, Abraão Batista, censurado pela Prefeitura”, é a seguinte na íntegra: “Meus senhores, Por e-mail, em 30 de setembro de 2010, o prof. Renato Dantas (organizador das edições de folhetos de cordel na Coleção Centenário) me comunicou uma nova revisão sobre a lista de 50 cordéis clássicos que seriam editados em dois volumes (25 folhetos em cada) na Coleção Centenário. Nesta relação, o prof. Abraão Batista estava contemplado com os seguintes três títulos: "A Terra da Mãe de Deus", "O Massacre dos Romeiros na Matriz de Juazeiro", e "Quando o Padre Cícero Chegou a Juazeiro do Norte". A Coleção contemplaria também a edição de mais 50 títulos contemporâneos (a serem igualmente inseridos em outros dois volumes) que incluiriam títulos (tanto de Abraão Batista, quanto de seu filho Hamurabi Batista) a critério dos seus autores, mas em sintonia com a temática de homenagem a Juazeiro do Norte – a cidade centenária e seu fundador. Para nossa tristeza, tivemos a informação fidedigna, fornecida tanto por Renato Dantas, quanto por Rosário Lustosa (cordelista que finalizou os procedimentos iniciados por Renato Dantas), de que o prof. Abraão se recusara a participar da Coleção por dois motivos: 1. Suas restrições pessoais à gestão municipal; 2. A cessão de direitos para a publicação dos folhetos seria remunerada apenas com 10%, em exemplares das obras e não em pagamento em dinheiro para os seus autores. A recusa também foi reafirmada por Hamurabi Batista, quando instado a participar da Coleção. Achei conveniente prestar este esclarecimento a propósito de informação veiculada na edição deste domingo do Juanorte, segundo a qual teria havido censura prévia à participação do prof. Abraão Batista, o mais importante autor juazeirense de literatura de cordel contemporâneo. Como o prof. Abraão Batista é colaborador do Juanorte, poderá mais facilmente reafirmar ou desmentir o nosso esclarecimento. É oportuno dizer-lhes, igualmente, que como Coordenador Editorial da Coleção Centenário, dentro do Projeto Editorial do Centenário, vinculado às ações da Comissão do Centenário de Juazeiro do Norte, nunca recebi qualquer interferência sobre a inclusão ou exclusão de qualquer título de obra nesta Coleção, bem como deste ou daquele autor, e o trabalho prossegue para que até 22 de Julho, próximo, tenhamos êxito na reedição de mais 10 títulos de livros raríssimos, financiados pelo BNB, encerrando o Projeto e as festividades do Centenário de Juazeiro do Norte. Cordialmente, Renato Casimiro (Coordenador Editorial da Coleção Centenário). Citado por Renato Casimiro sobre a polêmica, o organizador dos folhetos de cordel da Coleção do Centenário, Renato Dantas, que faz parte da assessoria da Secretaria de Turismo e Romarias, também emitiu sua nota na terça-feira (17). É a seguinte: “Senhoras e Senhores: Respaldo o escrito de Renato Casimiro visto ter sido, EU, o primeiro organizador da lista em questão, onde na primeira versão constava uma série de folhetos do meu amigo Abraão Batista que, quando o convidei, disse: “Só participo por sua causa." Posteriormente, para o nosso pesar, pois Abraão é o maior - se não o melhor - folhetista sobre o Padre Cícero e Juazeiro, por motivos que respeitamos, retirou-se da publicação. Reafirmo, senti muito, mas respeitei a decisão do amigo Abraão. Caro Renato: O afirmado acima é de sua propriedade, podendo dispô-lo à sua vontade.Com respeito a todos. Francisco RENATO Sousa Dantas”. Agora, vejam a nota de esclarecimento do poeta Abraão Batista, colunista deste Juanorte, ex-professor universitário, membro da Academia Brasileira de Cordelismo (sic), com mais de 2 mil cordéis publicados, respeitado por sua honestidade, combatividade, correção, coerência e integridade moral, sobre sua polêmica exclusão da Coleção de Cordéis do Centenário do Juazeiro: “Eu tenho Renato Casimiro, Renato Dantas, Daniel Walker e Raimundo Araujo como pessoas de minha mais alta estima. Visitei-os por quatro vezes, no Memorial Padre Cícero (como membros da comissão organizadora para as comemorações do centenário de Juazeiro do Norte. Posteriormente, procurei Renato Dantas (no Memorial Padre Cícero) e revelei a minha intenção de ver editados e reeditados os meus cordéis (27) relacionados com o Padre Cícero e Juazeiro do Norte. Das minhas idas ao gabinete de Renato Dantas ficaram-me satisfação e alegria. Eu prestaria a minha homenagem a minha terra natal e ao Padre Cícero. Acontece que eu apresentei um projeto CEM ANOS PARA SEMPRE ao então Reitor da URCA, Plácido Cidade Nuvens. Outras novas esperanças. Plácido disse-me que se dependesse dele, o meu projeto seria aprovado. E o remeteu para a Pró Reitoria de Extensão. A Pró Reitoria enviou o dito projeto para o setor competente da Lira Nordestina para apresentar o seu parecer. O projeto CEM ANOS PARA SEMPRE: a. Aproveitaria o espaço físico do prédio onde funciona a Lira Nordestina para: a. uma mostra dos trabalhos de todos os xilogravadores de Juazeiro do Norte nos quais estariam enfocadas as homenagens ao centenário da terra do Padre Cícero e a ele mesmo (o milagre; a guerra de 1914, etc); b. painéis enfocando o cosmo da cidade centenária em parceria com os alunos e professores da escola de artes (que funciona no local); c. o espaço, a amostra, estaria aberta para as escolas da região e o povo em geral; d. o tempo da amostra – de 24 de março a 30 de dezembro de 1911; d. a amostra não inferiria nos trabalhos escolares do setor. Aconteceu que o parecer do setor competente da Lira Nordestina foi por um novo projeto, excluindo-me como curador e, apresentando outros curadores, colocando-me como convidado especial. Indignado afirmei que estava fora do projeto a partir daquele momento. E não procurei o amigo Plácido Nuvens para informá-lo da farsa. Posteriormente, passadas algumas semanas, recebi um telefonema através do qual Rosário Lustosa perguntou se eu desejaria participar do projeto de edição e reedição de cordéis, inclusive os de minha autoria. Ora se não (...). Alegrei-me. E o que levo com isso? Rosário respondeu entre os dentes: “Uns vinte cordéis!”. O meu constrangimento com relação ao projeto CEM ANOS PARA SEMPRE veio à tona e disse: esqueçam de mim. Dizer que eu recusei-me a participar da coleção porque: 1. Restrições pessoais à gestão municipal; 2. A cessão de direitos para a publicação dos folhetos seria remunerada apenas com 10% em exemplares das obras e não em pagamento em dinheiro para os seus autores, não é verdade. Eu desaprovo o modelo "santana de administração" mas não chego ao ponto de recusar uma proposta de edição de cordéis; é o meu desejo ver publicados não só três cordéis, mas duas dezenas deles sobre o Padre Cícero e sua cidade (e minha). Rosário e nem outra pessoa informou-me sobre esses detalhes. Eu não disse para ninguém, e nem falei que tenho restrições pessoais com a gestão municipal. Votei no prefeito atual mas, com raiva dos outros. Achei que Santana, por ser natural de Juazeiro do Norte, faria um excelente governo. Passei batido. Nunca vi um prefeito tão ruim! Alguém está faltando com a verdade, ou por dedução fantasiosa, ou por capricho, ou por má fé. Não queiramos arengar por coisas passageiras. Não nasci debaixo de cumbuca e nem tenho medo de caretas. Se assim fosse, já teria me mudado de Juazeiro do Norte desde a época na qual os “bezerra” mandavam e desmandavam. As comemorações do centenário de emancipação política de Juazeiro do Norte mais pareceram com um batizado comemorado em fundo de quintal, ou, sobre uma laje. Somente os esforços dos cidadãos citados geraram um pouco de açúcar e o devaneio de que a coisa poderia ser melhor. Eita cidade poderosa! Comemorando o seu centenário um ano após ter passada a data dos cem anos. E vamos comemorar até os seus 150 anos!!! Abraão Batista”. Como se observa a disfarçada censura começou quando o poeta Abraão Batista apresentou seu projeto de reimpressão dos seus cordéis à URCA, denominado CEM ANOS PARA SEMPRE, submetido à aprovação da Lira Nordestina, parceira da Prefeitura do Juazeiro,que lhe impôs condições para não serem aceitas, mas plagiou o projeto e fez como se fosse dela. Da mesma forma fez a Prefeitura do Juazeiro colocando condições sabendo previamente que não seriam aceitas. Segundo Abraão Batista, “alguém está faltando com a verdade, ou por dedução fantasiosa, ou por capricho ou por má fé”. Dá para concluir que o que houve, na verdade, foi uma censura velada. Há a censura política(imposta governos ditatoriais), a censura econômica(imposta por empresas patrocinadoras), autocensura (autoimposta por antecipação e medo para evitar problemas), censura de segurança (imposta em defesa do Estado) e há a censura velada, imposta por procedimentos condicionais maquiavelicamente adotados para serem, inevitavelmente, rejeitados pela instituição ou pela personalidade por qualquer razão indesejável ao ente censor. Foi isso o que aconteceu nesse caso de exclusão do maior poeta cordelista do Juazeiro, Abraão Batista, da Coleção do Centenário, e está confirmado pela nota do filho de Abraão, poeta Hamurabi Batista, também citado por Renato Casimiro. Vejam sua nota intitulada “SAIAM DE NÓS, COM SEUS PIRANHAS!” enviada ao Juanorte: “A censura contra o poeta Abraão Batista teve início quando o mesmo foi apresentar o projeto de sua autoria para edição e impressão dos cordéis em homenagem ao centenário de Juazeiro do Norte e ao Padre Cícero. A Universidade Regional do Cariri, aliada à Gráfica Lira Nordestina (mantida com recursos transferidos e com o apoio da Prefeitura do Município de Juazeiro), naquele trâmite, resolveu escantear convenientemente o poeta, que não poderia ser mais o curador, enquanto outros dois seriam nomeados para tal, sendo aquela a condição imposta para a aprovação do referido trabalho. Em não concordando com tamanha arbitrariedade, retirou-se. Chuparam o projeto, plagiaram-no grotescamente, nomearam seus agentes, e partiram para o abraço. A ilustríssima poeta me procurou para colher os cordéis de minha autoria relacionados com o tema. Já estava quase tudo combinado quando tomei conhecimento de se tratar do projeto chupado e plagiado. Imediatamente me coloquei solidário ao poeta e insisti em não participar daquela jogada, ainda mais por se tratar de meu genitor. Em momento algum foi sequer aludida forma de pagamento ou porcentagem destinada a minha pessoa, ou aos nossos compatriotas. Não me surpreendem atitudes como essa partindo daquela Universidade Regional, mesmo porque, em 1993, também fui vítima de censura, onde os seus protagonistas eram a URCA, a Lira Nordestina, e a Prefeitura Municipal de Juazeiro, quando meus cordéis foram censurados pelo prefeito e raptados da tipografia da Lira, instalada no campus da Universidade Regional. Não me surpreende ainda numa cidade desta, onde os artistas são tratados como indigentes, sonegados, traídos, e agredidos verbal e fisicamente pelos gestores da coisa dita pública, onde os artistas populares são agredidos e presos pela guarda municipal a mando do prefeito, onde os jornalistas são raptados e torturados por causa da liberdade de expressão (no tempo dos coronéis, por diversas vezes eu, ainda menino, atendi telefonemas de ameaças de morte ao poeta meu pai, por escrever cordéis defendendo os oprimidos e denunciando contra a ditadura coronelista de Juazeiro do Norte). Eu ainda era uma criança e admirava como meu pai escapava de ser morto em várias emboscadas, por ter o santo forte, o corpo fechado, e o Padre Cícero como guia. Em Juazeiro os grupos culturais e folclóricos são tratados à pão seco e água suja, desculpas esfarrapadas e miserê, isso quando conseguem, por fim da força, receberem os seus pagamentos devidos, após longas datas de humilhações e aporrinhamentos. Tratam-se de uns vampiros aqueles colonizadores que enviam e mantêm aqui os seus tiranos representantes, com seus agentes para chupar a nossa arte, a nossa cultura,o nosso pensamento e nossas idéias, em seus safáris e temporadas para servirmos de animais exóticos e paisagens belas, lançando-nos seus sobejos e poluição. Hamurábi Batista”. Como antecipou o Juanorte na edição passada, lamentavelmente, nesse episódio da Coleção de Cordéis do Centenário, o poeta Abraão Batista, juazeirense, o mais importante cordelista do Brasil contemporâneo, foi censurado, maquiavelicamente censurado, pelo atual governo municipal do Juazeiro por ser severo crítico ao prefeito Manoel Santana, o pior da história do Juazeiro. É na censura velada, disfarçada ou oculta que se escondem os governantes antidemocráticos, autoritários, fascistas, revanchistas, ignorantes e medíocres. Finalmente, como ensina Flaubert, censura, seja ela qual tipo for, é sempre uma monstruosidade.
Retomemos a questão. Em primeiro lugar, tiremos a instituição do centro. Não tenho procuração para responder por supostas descriminações que o amigo tenha sofrido por parte da atual gestão. Ocorreu-me, tão somente, de assegurar-lhe que neste caso há um grande equívoco: as tratativas do Projeto Editorial do Centenário e nele as edições/reedições de literatura de cordel estão no domínio de Renato Dantas / Rosário Cruz e Renato Casimiro. E só. E estes não receberam nenhuma provocação de quem quer que seja para impor-lhe, e bem assim a Hamurabi Batista, qualquer restrição ou censura, reafirmo. No mais, foi o que já contamos. É a verdade, embora você não aceite. Como já afirmei e comprovei, a não ser que tenhamos de propalar levianamente que Francisco Renato Sousa Dantas e Maria do Rosário Lustosa da Cruz são falsos, e bem assim, este que lhe escreve, e estavam e estão movidos por outros interesses que não o da verdade. Não é o meu sentimento. São honrados e testemunharam o que de fato aconteceu. Dou fé. Portanto, seja sensato e não procure desqualificar o esclarecimento já feito. Esta é uma questão simples e não devemos provocar nenhum expediente jurídico para dirimir a questão. Temos que voltar a nos habituar a crer na palavra de pessoas honradas.

A segunda coisa me parece tão grave quanto, reside nas acusações partidas de Hamurabi Batista, no que imagino seja você solidário, de que a Comissão do Centenário, por patrocinar as ações dos já mencionados, “chupou” e plagiou o seu projeto que se assemelharia, ou seria idêntico ao que estamos realizando. Das suas explicações sobre seu Projeto (Cem Anos Para Sempre), devo reconhecer que em suas visitas ao gabinete do Memorial, em meados de 2010, quando eu era o gestor, você me falou superficialmente sobre o Projeto, mas não me foi apresentado formalmente. Não o vi, não sei de seus detalhes, formatação e circunstâncias, a não ser que era o que você diz acima. Ele foi encaminhado, como diz, à Reitoria da URCA para a análise, possível financiamento e execução. Portanto, se o Projeto não foi adiante, não terá sido, nem a Comissão do Centenário, nem tais membros, os responsáveis pela frustração de não se ter realizado. Cabe-me dizer, a respeito, que bem recentemente, sem curiosidade, e informalmente, eu soube que no seu Projeto apresentado você solicitava uma curadoria de cinco mil reais. A instância que avaliou o pleito ponderou que, além deste custo, a Universidade não estava em condições financeiras para arcar com tal despesa, porque nesta época, também, a Lira Nordestina - braço da URCA (e não da PMJN), já tinha uma solicitação à administração para realizar uma Exposição com os artistas (cordelistas e xilógrafos). E era preferencial, nas suas decisões. Esta segunda insinuação de que “chupamos” e plagiamos o seu Projeto é muito grave. Nada mais desonesto que esta simples menção. Quanto mais converter isto em acusação. Nos meus arquivos, a formatação do Projeto Editorial do Centenário foi apresentado na Comissão, em reunião havida no Memorial Padre Cícero no mês de Setembro de 2009, e eu ainda não havia assumido a presidência da Instituição. De tal sorte que, logo nos documentos oficiais da Comissão, incluindo os que foram apresentados aos demais agentes financiadores, como BNB, UFC, BB, CEF, etc., a dita Coleção Centenário estava formatada para um conjunto de 100 volumes, dentre os quais seis deles eram dedicados a folhetos clássicos e novas produções. Naquele momento, não se tratava de editar e/ou reeditar folhetos no seu formato original. Os diversos títulos estariam inseridos em cada um dos volumes, formato típico de livro comum, precedido cada título com uma capa ilustrada por xilógrafo juazeirense. Hoje, a concepção é outra, e ao invés de seis volumes, deverão ser apenas quatro, e não mais como livros, mas como folhetos em melhor papel que o tradicional, sendo que cada conjunto de 25 títulos será encartado numa bolsa, artisticamente concebida para abrir a possibilidade de uma autêntica biblioteca de cordel, no futuro. Não precisaria mais me detalhar em explicações, pois a questão técnica tem a assessoria de bem experimentados cordelistas e artistas gráficos, a serviço da Coleção. Como, pois, aceitar que o Projeto que desconhecemos, e que só aparece em meados de 2010, quando foi apresentado apenas à Reitoria da URCA, foi roubado de Abraão Batista, ainda em 2009, justamente por uma fraude entre URCA / PMJN e Comissão do Centenário? É uma fantasia! Um delírio!
Espero, portanto, meu amigo, que ao lado da nossa estima comum tão exercitada, que assim nos mantenhamos sinceros e leais, pois eu também não deverei ceder a qualquer conveniência para romper estes laços de cordialidade, alicerçados em quase quarenta e cinco anos de admiração. Eu me esforçarei para não trocá-los em qualquer ocasião onde estejam sendo postas injunções de ordem ideológica ou financeira, sabidamente fictícias. Como tais, inverossímeis. Por não julgar oportuno, me perdoe, deixo de considerar as expressões, tanto suas quanto de Hamurabi Batista e que expressam as restrições pessoais à atual administração municipal juazeirense. Elas, em suma, creio, reafirmam e confirmam o teor inicial das minhas ponderações na primeira nota.
E, assim, na placidez, só me cabe renovar votos por sua felicidade pessoal.

Fraternalmente,

Renato Casimiro

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