ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Alexandre Rocha Santos Padilha nasceu em São Paulo, PS, em 14 de setembro de 1971. É médico infectologista e atual ministro da Saúde do Brasil. Formado em Medicina na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, pela Faculdade de Ciências Médicas. Pós-Graduação no Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi coordenador do Diretório Central de Estudantes desta Universidade e membro do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo entre 1991 e 1993 e foi membro da coordenação nacional das campanhas do presidente Lula de 1989 e 1994. Assumiu o cargo de Ministro da Secretaria de Relações Institucionais no lugar de José Múcio Monteiro, que foi indicado pelo então presidente Lula a vaga aberta no Tribunal de Contas da União (TCU). Antes era subchefe de Assuntos Federativos da própria secretaria. Foi nomeado como ministro da Saúde pela presidente Dilma Rousseff em substituição a José Gomes Temporão, que ocupava o cargo no findado governo Lula. Seu substituto na SRI foi o ministro Luiz Sérgio. Com 39 anos, foi escolhido por Dilma Rousseff para permanecer no governo, à frente do Ministério da Saúde. Padilha foi membro da executiva estadual do PT de São Paulo e membro da coordenação das campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e 2005. Na juventude, o futuro ministro da Saúde participou do movimento estudantil e se orgulha ter sido um "cara pintada" na época do impeachment de Fernando Collor. Nessa ocasião, Padilha era diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE). Depois de formado, trabalhou como médico durante quatro anos na Amazônia. No governo Lula, foi diretor nacional de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), autarquia ligada ao Ministério da Saúde. Padilha também exerceu os cargos de chefe de gabinete da Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República e de subchefe-adjunto de Assuntos Federativos da Presidência da República. Ao coordenar a pasta de Assuntos Federativos, Padilha participou das discussões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal programa de infraestrutura do governo Lula, que foi gestado e gerenciado sob a coordenação de Dilma Rousseff. Chegou ao cargo de ministro das Relações Institucionais de Lula contanto com o respaldo de Dilma Rousseff e do chefe de gabinete do presidente, Gilberto Carvalho. Padilha coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Numetrop/USP), entre 2000 e 2004, período que foi também coordenador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais , no Pará, realizado em parceria com a OPAS e o Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde. Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde. Nomeado ministro de estado chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em setembro de 2009, Alexandre Padilha já atuava na coordenação política do governo Lula desde agosto de 2005, quando ingressou na Subchefia de Assuntos Federativos (SAF), a qual chefiou entre janeiro de 2007 e a posse como ministro. Exerceu os seguintes cargos: Secretário-Executivo do Conselho Político da Coalizão; Secretário-Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES; Subchefe de Assuntos Federativos/Secretaria de Rel. Institucionais da Presidência da República, Período: Janeiro de 2007 - Setembro de 2009; Coordenador do Comitê de Articulação Federativa da Presidência da República; Coordenador do Foro Consultivo de Cidades e Regiões do Mercosul; Coordenaçãodo PAC e Territórios da Cidadania; Grupo de Trabalho Interministerial de Programas de Desenvolvimento Regional; Grupo de Trabalho Interministerial de Apoio a Gestão Municipal; Grupo de Trabalho Interministerial para as Regiões Metropolitanas; Coordenador do Comitê Binacional de Cooperação Descentralizada Brasil-França; Coordenador do Comitê Binacional de Cooperação Descentralizada Brasil-Itália; Subchefe-adjunto de Assuntos Federativos da Presidência da República, Período: Abril de 2006 - Janeiro de 2007; Chefe de Gabinete da Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República, Período: Agosto de 2005 - Março de 2006, Coordenando os avanços para estados e municípios; Diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa/Ministério da Saúde, Período: Junho de 2004 - Julho de 2005; Coordenador do Projeto Coartemeter/Pará/Brasil (ID: A10961 ) - Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais (TDR) da Organização Mundial de Saúde, Período: Fevereiro de 2001 – 2004; Coordenador do Protocolo de Cooperação Brasil e Suriname para as Ações de Controle de Malária em Fronteira/ Ministério da Saúde do Brasil-Ministério da Saúde do Suriname - Roll Back Malária/OPAS/OMS- Reserva Indígena Mapuera/ Oriximiná/Pará, Período: Fevereiro de 2002 - Dezembro de 2003; Coordenador do Plano de Controle de Malária da Frente Etno-Ambiental Cuminapanema (Povo Zo é)/Pará - Ministério da Saúde do Brasil, Período: Setembro de 2001 - Dezembro de 2003; Supervisor técnico do Centro de Referência em Imunização/ Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP/ Superintendência de Controle de Endemias ( SUCEN) da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Período: Fevereiro de 2001 - Fevereiro de 2002; Membro da Comissão Executiva Estadual do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo- 1993 a 1995; Membro do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores do Estado de São Paulo - 1991 a 1993.
COMPETÊNCIAS (I)
Em muitas edições do jornal eletrônico Juaonline eu me habituei a vasculhar as atividades de juazeirenses espalhados pelo país e no exterior, muitos dos quais ligados a instituições de ensino superior. Isto, felizmente, continua acontecendo, porque se trata de uma evidência inequívoca de competências que muitos dos nossos filhos exibem com exuberância. São pesquisadores, professores e técnicos que muito contribuem para o desenvolvimento do país. Vamos retomar esta linha, dentro desta coluna de Campus Universitário, especialmente para identificar, revelar e louvar aquela porção quase anônima do grande público, gente com a qual, de certa maneira, havíamos perdido o contato e que passará a ser mostrada aqui, nesta vitrine de competências. Abrimos esta porta com a presença de Silvana Sobreira de Matos.
Silvana Sobreira de Matos é nascida em Juazeiro do Norte, em 22.11.1980. Filha de Maria Zélia Sobreira de Matos e Francisco José Pereira de Matos. Em 1999 prestou exame vestibular para a Faculdade de Comunicação Social na UEPB em Campina Grande. Em 2000 fez novo exame vestibular para o curso de Ciências Sociais na UFCG. Em 2001 foi estagiário na redação do Jornal do Cariri. Em 2002 foi selecionada na UFCG com uma bolsa de estudos para ser monitora da disciplina Introdução a Antropologia. Em 2003 passou a ser bolsista do Programa Especial de Treinamento em Antropologia. Em 2003 concluiu a graduação em Comunicação Social e apresentou um vídeo e uma monografia sobre o Encontro para a Nova Consciência, um evento místico-esóterico, religioso, social que acontece em Campina Grande desde 1994, sob a orientação do professor Roberto Faustino. Desde a graduação em Comunicação Social vem estudando antropologia da religião e da família e da juventude. Em 2005 concluiu o curso de Ciências Sociais na UFCG com uma monografia sobre as relações de conflito entre Movimentos Nova Era e Evangélicos na Cidade de Campina Grande, sob a orientação da professora Elizabeth Christina de Andrade Lima. Em 2006 logrou o1º lugar na seleção do mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia na UFPE e foi orientada pela professora Roberta Bivar Carneiro Campos. Defendeu em 2008 a dissertação sobre as relações de tolerância e intolerância sobre evangélicos e carismáticos em Campina Grande. Em 2009 ingressou no doutorado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia na UFPE, sob a orientação da professora Roberta Bivar Carneiro Campos, e este ano foi selecionada com uma bolsa da CAPES chamada PSDE para realizar parte da sua pesquisa na Università Degli Studi Roma Ter, em Roma, sob a orientação do sociólogo Roberto Cipriani. Neste momento se prepara para fazer pesquisa de documental e entrevistas em Roma. No doutorado está estudando religião, catolicismo e juventude, mais especificamente, estudar beatos e santos jovens, sendo um destes a beata italiana chamada Chiara Luce. Seu projeto está registrado como: “Movimento dos Focolares e os novos modelos de família em "trânsito". Dentre as suas publicações, destacam-se:
MATOS, S.S. Juventude, virtuosismo religioso, e as novas formas de santidade no catolicismo. In: XVI Jornadas sobre Alternativas Religiosas en America Latina, 2011, Punta del Este, Uruguai.
MATOS, S.S. Comunidades de Vida e os novos modelos de família em trânsito. In: 27ª Reunião Brasileira de Antropologia, 2010, Belém.
MATOS, S.S. Conflitos, negociações e acomodações em famílias com pluralismo religioso intrafamiliar. In: XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, 2009, Rio de Janeiro.
MATOS, S.S. Conversação e subjetivismo religioso em famílias com pluralismo religioso intrafamiliar. In: VIII Reunión de Antropología del Mercosur (RAM), 2009, Buenos Aires.
MATOS, S. S. Representações acerca das práticas da Nova Era pelos evangélicos de Campina Grande - PB. In: 5º Encontro de História Oral do Nordeste, 2005, São Luís.
MATOS, S.S. Carnaval da Alma: Um Caminhar para a Nova Consciência. In: Associação Brasileira de Antropologia, 2003, Maranhão.
MATOS, S.S. Oralidade e Conflito no Encontro para a Nova Consciência. In: IV Encontro de História Oral do Nordeste, 2003, Campina Grande.
MATOS, S.S. Religião, lazer e sexualidade entre jovens evangélicos e carismáticos. II REA/XI ABANNE/ Direitos, Justiça e Diferença na América Latina, 2009. Natal.
MATOS, S.S. "Eu sou o Caminho a Verdade a Vida": Uma análise das representações sociais que os evangélicos fazem sobre a Nova Era. In: 57º Reunião Anual da SBPC - Do sertão olhando o mar - Cultura e Ciência, 2005. Fortaleza.
MATOS, S.S. O Conflito da Paz: A disputa de saberes e poderes no Encontro para a Nova Consciência. In: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 2003, 55º Reunião Anual da SBPC, 2003. Recife.
MATOS, S.S. Razão e Intuição no Encontro para a Nova Consciência: O homem em busca do equilíbrio. In: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 2003, 55º Reunião Anual da SBPC, 2003. Recife.
MATOS, S.S. O Conflito da Paz: A disputa de saberes e poderes no Encontro para a Nova Consciência. In: Sociedade Brasileira de Sociologia, 2003, Campinas.
MATOS, S.S. A Nova era no "Encontro para a Nova Consciência" ou o retorno ao tribalismo?. In: VI Semana de Ensino Pesquisa e Extensão, 2002, Campina Grande. Semana de Ensino Pesquisa e Extensão:- Espaço Público apropriação privada: As Ciências Humanas e o Mercado. João Pessoa: Idéia, 2002. p. 5-286.
MATOS, S.S. As imagens da Nova Consciência. In: VII Encontro de Iniciação à Docência, 2002, João Pessoa.
MATOS, S.S. O Jogo de imagens na cura do corpo e da alma no Encontro para a Nova Consciência. In: VI Semana de Ensino Pesquisa e Extensão, 2002, Campina Grande.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM ARTIGOS (II)
Continuamos a publicar uma síntese da produção científica de interesse de Juazeiro do Norte, por temas específicos, por origem de autor, por edições locais, etc.
11) A Compadecida no Juazeiro do Norte: performance de imagens bíblicas e emoções entre os Ave de Jesus. Ilha (Florianópolis), v.4, n.1, julho de 2002, p. 115-130. Roberta Bivar Carneiro Campos Programa de Pós-Graduação em Antropologia-Social, Universidade Federal de Pernambuco. Resumo: Este artigo explora a performance e ritualização de imagens bíblicas, na comunidade de penitentes "Ave de Jesus", associadas a sentimentos morais, tais como: amor, misericórdia, sofrimento e caridade. O principal objetivo é compreender os significados e papel das emoções no modo de vida desses penitentes.
12) Como Juazeiro do Norte se tornou a terra da Mãe de Deus: penitência, ethos de misericórdia e identidade do lugar. Relig. soc. vol.28 no.1 Rio de Janeiro July 2008. Roberta Bivar Carneiro Campos. Professora Adjunta em Antropologia do PPPGA da UFPE. Resumo: Este artigo discute o processo de enraizamento da tradição religiosa da penitência no Juazeiro do Norte, Ceará-Brasil. O que interessa aqui discutir é como em Juazeiro uma prática trazida por missionários católicos – e o ethos a ela relacionado (piedade e misericórdia) – se enraíza, tornando-se ela mesma identidade do lugar. Tomando a etnografia de um grupo de penitentes – Os Ave de Jesus exploro como deslocamento se combina com fixação.
13) Utopia e sociabilidade: imagens de sofrimento e caridade no Juazeiro do Norte1 . Rev. Antropol. vol.46 no.1 São Paulo 2003. Roberta Bivar Carneiro Campos. Professora adjunta do Programa de Pós-graduação em Antropologia – UFPE. Resumo: Neste artigo, ofereço uma discussão de como imagens de sofrimento e caridade estão relacionadas com imagens de uma sociedade ideal numa comunidade de penitentes do Juazeiro do Norte: os ''Ave de Jesus''. Através dos significados de sofrimento, pobreza e mendicância, estarei explorando a maneira como os Ave de Jesus criam uma sociabilidade baseada na generosidade, na hospitalidade e no compartilhamento, por meio da qual realizam uma espera messiânica. A análise dos dados etnográficos insere-se na discussão clássica sobre as bases da vida social, tomando-se criticamente a literatura antropológica tradicional sobre dádiva e reciprocidade.
14) Supergravity brane worlds and tachyon potentials. Phys. Rev. D » Volume 68 » Issue 8, 2003. D. Bazeia1, F. A. Brito2, and J. R. Nascimento1; 1Departamento de Física, Universidade Federal da Paraíba, Caixa Postal 5008, 58051-970 João Pessoa, Paraíba, Brazil; 2Departamento de Física, Universidade Regional do Cariri, 63040-000 Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil.Resumo: We study massless and massive graviton modes that bind on thick branes which are supergravity domain walls solutions in D-dimensional supergravity theories where only the supergravity multiplet and the scalar supermultiplet are turned on. The domain walls are bulk solutions provided by tachyon potentials. Such domain walls are regarded as Bogomol’nyi-Prasad-Sommerfield (BPS) branes of one lower dimension that are formed due to tachyon potentials on a non-BPS D-brane.
15) Análise das oportunidades para o desenvolvimento motor (affordances) em ambientes domésticos no Ceará – Brasil. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. v.19 n.1 São Paulo abr. 2009. Francisco Salviano Sales NobreI; Cícero Luciano Alves CostaI; Djevan Lopes de OliveiraI; Débora Azevedo CabralI; Glauber Carvalho NobreI; Priscila CaçolaII; IInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFET CE. Laboratório de Crescimento e Desenvolvimento Motor Humano - LACREDEMH, Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. IIMotor Development Lab, Texas A & M University , College Station , TX 88743-4243 , EUA. Resumo: Existe um consenso na literatura científica sobre a forte influência dos estímulos ambientais no desenvolvimento motor das crianças. O presente trabalho tem como objetivo analisar as oportunidades para o desenvolvimento motor em ambientes domésticos de diferentes níveis socioeconômicos no Estado do Ceará, Brasil. Os dados apresentados no estudo foram colhidos a partir das respostas ao questionário Affordances in the Home Enviroment for Motor Development - AHEMD - 18-42 meses quando se entrevistaram 128 tutores responsáveis por crianças com idade entre 18 e 42 meses. Os resultados do estudo são bastante preocupantes, pois mostram uma prevalência da inadequação das estruturas arquitetônicas das residências favorecedoras do desenvolvimento motor e a inexistência de materiais suficientes ao desenvolvimento da motricidade grossa e fina de crianças. Nota-se a necessidade, segundo os dados apresentados, de que seja avaliado o desenvolvimento motor das crianças para verificar se há uma associação entre as affordances e o desenvolvimento motor, e que haja uma aproximação das áreas de engenharia civil, arquitetura e educação física na busca de soluções para este problema. O estudo sugere, ainda, o surgimento de uma nova área de atuação para os profissionais que lidam com o movimento humano no sentido de prestarem consultorias para aquisição de brinquedos que auxiliem no desenvolvimento da motricidade grossa e fina.
16) Memória coletiva de culturas do Nordeste. Ciências Sociais Unisinos , v. 47, n. 3 (2011): Setembro/Dezembro. Domingos Sávio de Almeida Cordeiro. Resumo: Tomando Juazeiro do Norte (CE) como campo de aproximação empírica, este estudo tem como premissa a noção de que, para conhecer um território tanto em sentido social, como cultural e geográfico, é necessário conhecer as experiências do seu povo. O artigo aborda as memórias sociais do Nordeste a partir de narradores do Padre Cícero. Apresentamos algumas reflexões balizadas em captação de narrações orais de moradores nas quais identificamos conteúdos simbólicos sobre a cidade, o seu fundador, a transmissão e atualização de experiências, e propomos a perspectiva de que é indispensável dar vez às vozes sobre os mitos de origem das formações sociais, porque há neles sentidos que repercutem na subsistência da ordem simbólica local e constituem referências de conjuntos sociais.
17) Identidade Metaleira na Construção de um Espaço Social na Região do Cariri. Observatorium Revista Eletrônica de Geografia, v. V, p. 21-38, 2010. Cícera Andrade Ferreira de Lima, Cláudio Smalley Soares Pereira, e Domingos Sávio Cordeiro. Resumo: O presente trabalho apresenta uma análise do comportamento social dos “metaleiros”, um grupo social com especificas práticas culturais e presente em vários lugares do mundo. Os Metaleiros (do original headbangers) são indivíduos que aderem a costumes relacionados a um gênero musical que tem origem no rock, mais especificamente ao heavy metal e as suas variantes. Objetiva-se com esse trabalho analisar esta forma cultural, sobretudo, do grupo dos metaleiros, na perspectiva da construção de um espaço social pautado na sua identidade. O enfoque bibliográfico parte da literatura que trata de temas específicos a respeito de identidade e de espaço social no universo heavy metal e de análise de documentários produzidos sobre os metaleiros. Esse material é cotejado com observações de campo nas cidades de Araripe e Juazeiro do Norte, Sul do estado do Ceará. Busca-se entender o espaço social construído pelos metaleiros a partir de sua identidade e percebe-se, por meio da aproximação empírica, que os metaleiros assumem uma identidade bastante distinta e são reconhecidos como tal. Discute-se como, na construção de um espaço social, esses grupos enfrentam coerções sociais, estigmas e preconceitos que estão além de questões de gosto musical, mas também quanto a indumentária e as suas práticas específicas.
18) As trajetórias dos movimentos sociais urbanos e a produção de espaços de moradia em cidades médias brasileiras. Observatorium Revista Eletrônica de Geografia, v. II, p. 134-151, 2010. João César Abreu de Oliveira Filho e Domingos Sávio de Almeida Cordeiro. Resumo: O presente artigo tem por finalidade discutir elementos das trajetórias dos movimentos sociais urbanos de luta pela moradia no Brasil. Considerando a carência de estudos em cidades de médio e pequeno porte, este artigo demarca como universo geográfico o município de Crato, cidade média do Estado do Ceará. Trata-se de um estudo de caso, cujo objetivo é entender os processos da produção do espaço urbano a partir da ótica dos movimentos sociais em cidades de médio e pequeno porte que são palco de movimentos de luta pela moradia. Revisitamos a literatura existente sobre a temática dos processos de produção, organização e dinâmica dos espaços urbanos e apresentamos dados parciais de aproximação empírica, nos quais abordamos o papel das lideranças desses movimentos e sua trajetória recente.
19) Desponta novo ator no campo religioso brasileiro? O Padre Cícero Romão Batista. Relig. soc. 2007, vol.27, n.2, pp. 11-29. Pierre Sanchis. Resumo: É em torno dos vários sentidos possíveis do qualificativo de "popular" que gira a problemática deste artigo. A figura carismática do Pe. Cícero Romão Batista, patriarca de Juazeiro, integra de há muito o panteão da devoção popular de milhões de romeiros, mas era objeto até hoje de amplas reservas no seio da Igreja oficial. O momento parece ser de revisão destas perspectivas. A reabilitação institucional do "padrinho" pode estar em curso. Pergunta-se aqui em que medida e com que condições esta transformação da sua imagem pode confluir com certa metamorfose do que se convencionou chamar de "Igreja Popular", de modo a dotar inesperadamente de novo ícone o catolicismo brasileiro em seu conjunto.
JOAQUIM LOBO DE MACEDO (JOARYVAR MACEDO)
Joaquim Lobo de Macedo, ou Joaryvar Macedo – como era conhecido, nasceu no Sítio Calabaço, município de Lavras da Mangabeira, em 20 de maio de 1937, e era filho de Antônio Lobo de Macedo e de Maria Torquato Gonçalves de Macedo. Joaryvar Macedo foi casado com Antônia Saraiva de Macedo (Rosalba Macedo) e o casal teve duas filhas: Karen e Jessen. Era conhecido nas camadas sociais como Joaryvar Macêdo (o seu nome literário). Iniciou os estudos em sua terra natal, Lavras da Mangabeira. Em Crato, cursou o ginásio no Seminário Diocesano e Seminário da Arquidiocese de Fortaleza. Fez os cursos de Filosofia e Teologia (até o 2º ano) nos Seminários Arquidiocesanos de Olinda e Recife-PE e João Pessoa - PB. Fez curso de pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Católica de Salvador-BA. Em 1965 licenciou-se em letras, pela faculdade de Filosofia do Crato. Ingressou no magistério superior, identificando-se com a problemática regional, dedicando-se aos estudos de formação ética, histórica e cultural da região caririense. Recebeu da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte o Título Honorário de Cidadão Juazeirense, no dia 11 de Agosto de 1977. Fundou o Instituto Cultural do Vale Caririense ICVC, tendo sido o seu 1º presidente por 17 anos (1974-1991), quando realizou um trabalho fecundo, movido por amor à causa, boa vontade, capacidade, dinamismo e idealismo. Pertenceu a várias associações culturais na região do Cariri, Estado da Paraíba, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Argentina. Recebeu várias medalhas, diplomas e troféus. Foi professor na Faculdade de Filosofia, Colégio Estadual Wilson Gonçalves, Colégio Diocesano, Seminário Diocesano e Escola do Comércio, na cidade do Crato. Em Juazeiro do Norte foi professor no Colégio Salesiano, Ginásio Municipal e Colégio Meneses Pimentel. Foi também professor no Seminário Diocesano de Cajazeiras-PB, Colégio Pe. Félix de Recife-PE, Colégio Agrícola e Escola Normal em Lavras da Mangabeira-CE e Vice-Diretor do Colégio Meneses Pimentel em Juazeiro do Norte-CE. Foi Secretário de Cultura e Desporto do Ceará no Governo Gonzaga Mota. Foi Assessor Especial do Presidente do Conselho de Educação e Desporto. Em 19 de Agosto de 1983 foi eleito para a Academia Cearense de letras, ocupando a cadeira de nº 4, que tem como patrono o romancista Antônio Bezerra de Menezes. Foi, também, membro da Academia Cearense de Retórica, da Sociedade Cearense de História e Geografia, da Academia Cearense de Lingua Portuguesa e do Instituto do Ceará. Em Juazeiro do Norte, no bairro das Casas Populares existe a Escola de Ensino Fundamental Joaryvar Macêdo. Em Junho de 2002, por ocasião dos 400 anos da Fundação do Estado do Ceará, foi fixada uma placa comemorativa no casarão de cultura da cidade de Barbalha, contendo a relação das famílias que deram início à formação daquela cidade. Trabalho pesquisado pelo professor Joaryvar Macêdo. Joaryvar Macedo publicou os seguintes trabalhos: Caderno de Loucuras – 1965; Discurso de Orador Oficial da Turma – 1968; Apresentação de Fagundes Varela – 1971; Os Augustos – 1971; Otacílio Macedo – 1970; Um Bravo Caririense – 1974; O Poeta Lobo Manso – 1975; Templos, Engenhos, Fazendas, Sítios e Lugares – 1975; A Estirpe da Santa Teresa – 1976; Pedro Bandeira, Príncipe dos Poetas Populares – 1976; Fagundes Varela e Outros Rabiscos – 1978; Influência de Portugal na Formação Étnica e Social do Cariri – 1978; Origens de Juazeiro do Norte – 1978; Presença Inconcurssa de Norte-Rio-Grandenses na Colonização do Cariri – 1979; Composições Poéticas de Hermes Carleial – 1979; O Contigente Paraibano na Colonização do Cariri – 1980; Autores Caririenses – 1981; Lavras da Mangabeira – dos Primórdios a Vila – 1981; Alencar Peixoto, Um Clássico – 1981; Pernambuco nas Origens do Cariri – 1981; Orações Acadêmicas – 1983; O Talento Poético de Alencar e Outros Estudos – 1984; São Vicente das Lavras – 1984; Um Vernaculista e um Poeta – 1985; Povoamento e Povoadores do Cariri Cearense – 1985; Discursos Acadêmicos – 1986; Lavras da Mangabeira – 1986; Temas Históricos Regionais – 1986; Ocorrências e Personagens – 1987; Antônio Lobo de Macedo: o Homem e o Poeta – 1988; Império do Bacamarte – 1990; Ensaios e Perfis – 2001; e Na Esfera das Letras – 2009. Jorayvar Macedo faleceu em Fortaleza, aos 29 de janeiro de 1991.
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