domingo, 24 de março de 2013



AEROPORTO
A Infraero voltou a atualizar as suas estatísticas, divulgando para o público, por meio da sua página na internet, os números de Fevereiro, que como sabemos, acumula com os do mês anterior, para indicar os desempenhos de cada um dos 63 aeroportos sob sua jurisdição, no tocante a pousos e decolagens, movimentação de passageiros e cargas.  Na coluna passada demos a posição de Janeiro e hoje vamos continuar analisando a performance do Aeroporto de Juazeiro do Norte, frente aos demais. Como novidades, já anunciada, a Gol deixou de operar Fortaleza-Juazeiro do Norte direto no dia 27.02. E a Passaredo suspendeu suas operações em 02.03. Estes dois fatos, como já comentados, já dariam impacto sobre os números de março. Contudo, já agora em fevereiro, por algumas circunstâncias, o nosso aeroporto deu uma despencada, não muito expressiva, mas não foi capaz de segurar o que foi em janeiro. Hoje são 12 operações (pousos e decolagens) diárias (Avianca 06124/06125; 06376/0,6377 e 06378/06379; Azul 0477/0478; Gol 01630/01645), de acordo com o painel de informações da Infraero. Isto quer dizer que, computando a oferta de lugares nestes vôos, até 1.440 passageiros, aprox., podem transitar pelo nosso aeroporto, diariamente. Em fevereiro tivemos apenas 25.645, contra 40.632 em janeiro. Assim, aquele que era o melhor desempenho do Regional, frente aos congêneres domésticos do interior do Norte-Nordeste, passou da 2ª posição, logo abaixo de Ilhéus, para voltar à 3ª. colocação, abaixo de Ilhéus e Petrolina. Tempos melhores virão. 


CINE ROULIEN (I)
O que os nossos pais assistiam antigamente? Vamos procurar mostrar diversas produções do cinema que estavam em cartaz tanto no Cine Roulien (Rua São Pedro, 389), quanto no Cine Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. E começamos com este O Exilado, que segundo o Correio de Juazeiro estava sendo exibido naquele dia 16.01.1949, no Roulien, em sessão única às 19:30h. Na ilustração, a publicidade no jornal e um cartaz de divulgação encontrável na internet. A ficha técnica da película é: Título original: The exile; Estados Unidos,1947; Direção: Max Ophuls; Elenco: Douglas Fairbanks Jr., Maria Montez, Rita Corday, Henry Daniell, Nigel Bruce, Robert Coote, Otto Waldis, Eldon Gorst, Milton Owen, Colin Keith-Johnston, Ben Wright, Colin Kenny, Peter Shaw, Will Stanton, Ramsay Hill; Sinopse: Charles II, o rei da Inglaterra, se encontra em exílio na Holanda, onde ele se apaixona por uma bela menina da fazenda. Para assistir um pequeno trecho do filme acesse: http://saladeexibicao.blogspot.com.br/2013/01/o-exilado.html

CINE ELDORADO (I)
O segundo filme que estamos selecionando, Tarzan e a caçadora, esteve em cartaz tanto no Roulien (23.01.1949), como no Eldorado (25.01.1949). Título original: Tarzan and the Huntress; EUA, 1947; Direção: Kurt Neumann; Elenco: Johnny Weissmuller, Brenda Joyce, Johnny Sheffield, Patricia Morison, Barton MacLane, John Warburton, Charles Trowbridge, Ted Hecht, Wallace Scott; Sinopse: Para povoar novamente um zoológico após a 2ª. Grande Guerra, uma grande expedição de caçadores, consegue a permissão de um rei nativo para capturar um macho e uma fêmea de cada espécie de animal em uma área perto do rio sob a proteção de Tarzan. Tarzan, é claro, não vai deixar que capturem nada em seu lado do rio. Entretanto, o ganancioso sobrinho do rei faz um acordo com o chefe da expedição. Ele permite que os caçadores capturem todos animais que desejarem e, em troca, recebe uma grande soma em dinheiro. Esse acordo também inclui um tiro "acidental" que irá matar seu tio para que ele se torne o novo rei. Todo o plano parecia estar indo muito bem, até que Tarzan descobre que os caçadores estão capturando mais animais do que deviam e chama todos eles para seu lado do rio. Os caçadores ignoram os avisos e Tarzan e cruzam o rio atrás dos animais. Um grande confronto entre Tarzan e os caçadores tem início. Uma luta na qual Tarzan deverá empregar toda sua força para evitar que os animais sejam capturados e levados para fora da selva.

CASARÃO DO HORTO
Ainda não vi o resultado da nova pintura do casarão do Horto, como foi anunciado, para os dias 18 a 22pp. Soube apenas que um grande produtor de tintas ofereceu o serviço que, imagino, não deva ter custado aos Salesianos mais que um sincero agradecimento. Também a estátua do Pe. Cícero recebeu retoques. O informe diz que teriam gasto cerca de 180 litros de tintas das cores Azul Cabo Frio e Branco, produtos à base de resina acrílica ideal para superfícies com umidade excessiva e altamente suscetíveis à contaminação por fungos. Os técnicos da Sherwin-Williams  informaram que “Escolhemos este produto porque seus pigmentos resistem por um maior período de tempo sem desbotar”. Interessante que os pintores foram recrutados e capacitados pela indústria, dentre os moradores do Horto. Não obstante a generosidade do patrocinador, não se questionou em nada o retorno necessário ao antigo padrão do casarão. Seria desejável. Pessoalmente, confesso a minha total intolerância ao padrão adotado, desta tal cor azul cabo. Isto não tem nada a ver com o que era o velho casarão quando os Salesianos o receberam de presente.
    
MARIA DE ARAÚJO
O vereador Gledson Bezerra (PTB) deve ter apresentado o seguinte requerimento na Câmara de Veradores, ao tempo em que se colocou à disposição para mais sugestões. “REQUERIMENTO: Considerando que neste ano de 2013 estaremos comemorando o sesquicentenário de nascimento de Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo, a Beata Maria de Araújo; Considerando que a Beata Maria de Araújo é, indubitavelmente, uma das personalidades mais importantes da história do nosso município; Requeiro: 1 - Que seja enviado ofício à Secretaria de Cultura e Romaria, solicitando que promova eventos que enalteçam a data histórica, tais como realização de seminários e/ou simpósios, realização de concurso literário, bem como a construção de um busto em sua homenagem, a ser fixado no roteiro turístico deste município; 2 - Que seja enviado ofício à Secretaria de Educação, a fim de que sejam realizadas atividades junto aos alunos das escolas públicas, culminando com uma vasta programação artística, histórica e literária na semana do sesquicentenário; 3 – Que a Câmara Municipal promova uma sessão solene com participação de estudiosos e com a entrega de medalhas condecorativas às personalidades que se destacaram no estudo e divulgação da história dessa grande juazeirense; 4 – Que sejam enviados ofícios ao líder da bancada cearense no Congresso Nacional, para que intervenha junto ao Ministério das Comunicações, bem como ao diretor da Agência Nacional de Correios e Telégrafos, solicitando que seja criado um selo comemorativo, ação que, além de reconhecer a importância da homenageada, ajudaria na divulgação da nossa cidade pelo País.”

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (I)
Sobre Maria de Araújo, há ainda uma iconografia incerta. Duas imagens fotográficas aparecem em velhas publicações de livros e jornais. A primeira ( a partir da esquerda) aí apresentada parece ser a mais aceita. Contudo, na obra Mistérios do Joaseiro, de Manoel Pereira Dinis, de 1935, a segunda é mostrada como o retrato fiel da beata. Dr. Dinis era um homem muito criterioso, privou intimamente com o Pe. Cícero e deve ter mostrado a ele os originais de seu livro. Mas as duas são muito distintas. E nos perguntamos, qual seria a verdadeira? Pesa também na escolha da primeira o depoimento insuspeito de quem realmente a conheceu, como é o caso dos pais de Maria Assunção Gonçalves (por depoimento da própria), pois eram vizinhos na Rua Pe. Cícero. O fato é que qualquer trabalho mais recente, procurando reproduzir sua imagem, prefere utilizar a primeira foto, como se sobre ela não mais existisse nenhuma dúvida. Esta imagem tem ensejado uma série de recriações por parte de diversos artistas, tanto em aquarelas, como em óleo sobre tela e até mesmo em bico de pena.      

UFCA
Também, em coluna anterior, fizemos notificação sobre a escolha do relator na última comissão (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC) que analisará o Projeto 2208/2011, que cria a Universidade Federal do Cariri. Ali, de acordo com informação oficial da (CCJC), na página da Câmara Federal, o relator anteriormente escolhido, no dia 06.03.2013, Dep. Eduardo Sciarra (PSD-PR), foi substituído no dia 13.03, pp., pelo Dep. José Nobre Guimarães (PT-CE). Aliás, o referido Dep. Guimarães, como então membro da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e relator naquela Comissão, já tinha dado parecer favorável, em 31.10.2012, tendo sido aprovado por unanimidade. Esperamos que agora, nesta nova comissão, ele reafirme o seu parecer. 

COMENDA DÁRIO MAIA COIMBRA 
O Diário Oficial do Município de Juazeiro do Norte republicou o ato de criação da Comenda Dário Maia Coimbra, por conter imprecisões. Por isto mesmo, estamos também aqui republicando parcialmente o que saiu no Portal, pois além do equívoco identificado pela municipalidade, gostaríamos também de corrigir o nome de seu filho (Daíro, e não Dário) que foi por nós publicado e que nas duas publicações do Diário Oficial, também continua errado. Nossas desculpas. A expressão corrigida é: O patrono desta comenda é o cidadão DÁRIO MAIA COIMBRA, nascido em 12 de abril de 1932, e falecido em 22 de julho de 2001, aos 69 anos, filho de tradicional família Coimbra, sendo seus genitores Raimundo Fernandes Coimbra e dona Vicentina Fernandes Maia, de saudosa memória; Ele casou-se em 29 de junho de 1962, com a Sra. Cícera Silva Coimbra, (ex-vereadora de Juazeiro do Norte), com quem teve os filhos DAÍRO, casado com dona Vanúsia Tavares Coimbra e POLYANA, vereadora em Barbalha, casada com o Sr. Jorge Alberto Macedo Cruz; etc, etc. A comenda foi entregue ontem, em sessão acontecida no Memorial Padre Cícero, aos seguintes agraciados: Paulo Ernesto, da TV Verdes Mares Cariri; Elizangela Santos, do Diário do Nordeste; Murilo Siqueira, da Rádio Padre Cícero; Delton Sá, da Rádio Vale FM; Francisco Fabiano, da Rádio Tempo FM e Francisco Silva (Foguinho). Assim, foram agraciados grandes e merecidos nomes que fazem a imprensa local.

SEMANÁRIO LITÚRGICO
Em coluna anterior, referindo-me a novos jornais e edições, louvei a iniciativa da Basílica em substituir O Domingo pelo seu Semanário Litúrgico. Já estou com a terceira edição (17.03) e vejo que gradativamente os editores estão tratando de melhorar sua edição. Por exemplo, só a partir da segunda é que se identifica toda a equipe envolvida com a sua editoração. Mas, estou sabendo que há uma rejeição da parte dos fiéis pelo fato do jornal não inserir os textos da liturgia. Lamento também isto, bem como o que já referi, que não haja a indicação de leituras para os próximos 6 dias. Entendo as razões que levaram o Pe. Aureliano (Editor/Redator) a se justificar com base na falta de concentração pelo fiel na hora da leitura, procurando ele mesmo ler o texto. Mas, o texto, a meu sentimento, é fundamental. Deve figurar. Por questão de espaço, imagino, a diagramação poderia encontrar alguma solução fazendo a inserção dos textos com uma fonte que permita. Vejo que aos poucos surgem adesões para a sustentabilidade de sua tiragem, com patrocínios. Sugiro, também, que o seu título – Semanário Litúrgico, tenha maior destaque, para bem caracterizar o periódico, o que de fato ele é. Naturalmente, deverá prevalecer suas edições para a liturgia dominical, mas acredito que ele venha a circular em outras festas da igreja. Isso seria muito bom.   

LIVRO
Foi lançado no Museu do Ceará, no dia 21 pp, aqui em Fortaleza, o livro de poesias de Geová Sobreira, Canto Insone. Na programação, um recital de Daniel Sobreira, filho do autor, que interpretou ao violão algumas das mais bonitas canções de Luiz Gonzaga, Pixinguinha, Chico Buarque, Edu Lobo, Braguinha, Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Elomar Filgueira Melo. Usaram da palavra o ex-reitor da UFC, prof. Paulo Elpídio de Menezes Neto, o editor da obra, prof. Sebastião Moreira Duarte e o autor. Ao final, em meio a sessão de autógrafos, foi servido um coquetel no congraçamento de tantos convidados, dentre os quais podemos citar: o Secretário de Cultura do Estado do Ceará, prof. Francisco Pinheiro, o prof. Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes, o ex-governador Lúcio Gonçalo de Alcântara, o prof. Gilmar de Carvalho, o editor Raymundo Neto, o desembargador Durval Aires de Menezes Filho, o prof. Agamenon Bezerra, o jornalista Aldemir Sobreira, e o xilógrafo João Pedro de Carvalho Neto. Foi uma festa perfeita sob a coordenação da Diretora do Museu, Cristina Holanda.


MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (II)
Quem não lembra da família de Severino Alves Sobrinho? Empresário de grande sucesso no comércio de Juazeiro do Norte, ele era estabelecido com a sua grande empresa, A Vencedora, no ramo de miudezas, na Rua São Pedro, 524. A organização não mais existe, mas o então e imponente edifício construído pelo empresário ainda está lá, sendo ocupado por uma loja de eletrodomésticos. A família residia na Rua Pe. Cícero, 558, também numa casa cuja arquitetura a fazia um grande destaque. Mas, foi demolida e em seu lugar hoje existe um estacionamento para veículos, lamentavelmente. Na foto, de quase toda a família (estariam faltando duas filhas) vemos, da esquerda para a direita (De pé): Severino Alves Sobrinho, e os filhos Mário, José Maria e Marcondes. (Sentados): Marlene, Silvio (criança), Dona Marieta, Sávio (criança) e Marilê.


A MARCA PADRE CÍCERO
Resgato no arquivo da Universidade da Flórida (http://ufdc.ufl.edu/rdc) a cópia de interessante carta emitida de Recife, em 26 de abril de 1926, destinada ao Pe. Cícero Romão Baptista, assinada pelo tesoureiro da Companhia Agro Fabril Mercantil. Illmo. e Revmo. Padre Cícero, mui digno prelado de Joazeiro. Permita-nos a liberdade de vir a presença de V. Revma. Pedir sua valiosa atenção no que abaixo descrevemos. A nossa Companhia tendo em vista de criar diversas marcas de linhas de coser, procurou reunir os Diretores para tratar deste assunto. Das diversas marcas aventadas, destacamos a marca “Padre Cícero”, tendo um padre fotografado num dos topos do carretel, que julgamos não haver inconveniente algum, pois existe(sic) outras de procedência diferente, marca “Bispo”, etc. A marca projetada, é destinada ao consumo de zona sertaneja, e, assim sendo, pedimos a permissão de V. Revma. para usarmos da referida marca. Uma vez obtendo a permissão de V. Revma., impetramos sua valiosa recomendação aos seus obedientes servos de usarem-na. Enquanto não entramos em fabricação, enviamos a V. Revma., duas grosas de nossa marca “Estrella”, para V. Revma. distribuí-las, provando aos seus consumidores a superioridade desta marca, que será igual a marca projetada “Padre Cícero”. Outro sim: lembramos que, se porventura houver qualquer falta da nova marca, poderão os consumidores fazer uso da marca “ESTRELLA”, até ser a zona sertaneja suprida da nova marca em apreço. É oportuno lembrar a V. Revma., as amistosas relações sempre cultivadas entre V. Revma. E o nosso saudoso Chefe, Coronel Delmiro Gouveia, o criador de nossa indústria e fundador do Empório Fabril da Pedra, Alagoas, instalações hidroelétricas da Cachoeira de Paulo Afonso, etc., cujos herdeiros são hoje os dirigentes da nossa Companhia. Invocando, pois essas relações, apelamos para a reconhecida bondade de V. Revma., confiantes de que será amparada a nossa idéia, da qual claramente se traduz uma sincera homenagem ao patriótico vulto de V. Revma., de quem somos fervorosos admiradores. Nesta expectativa permanecemos, esperançosos de sermos contemplados com sua bondosa resposta, e, renovando os nossos protestos de alta estima e distinta consideração, nos firmamos, Attos. Servos & Admrs. Obgmos. Cia. Agro Fabril Mercantil, (ilegível) Baptista – Diretor Tesoureiro.  
Para se entender este momento que vivia a Companhia, é necessário revisar a sua história, pois esta correspondência ao Pe. Cícero se situa em meio a uma estratégia de tentativa de sua sobrevivência, já nas mãos de herdeiros de Delmiro Gouveia (assassinado misteriosamente em 1917), frente a pressão de mercado desenvolvida pelo grupo inglês Machine Cottons, cujos produtos de linhas para coser  exerciam um concorrência imensa aos produtos assemelhados e altamente competitivos da fábrica da Pedra. Por isto, sugiro a leitura da matéria do Diário de Pernambuco que está no link:
http://memo-delmirogouveia.blogspot.com.br/2008/12/o-desafio-de-delmiro.html
Sobre a carta, em si, observo duas coisas: 1. A ingenuidade do diretor ao fazer a proposta ao Pe. Cícero, sem nenhuma contrapartida pelo uso da marca; 2. Procurei encontrar uma resposta do Pe. Cícero a esta proposta, mas não localizei. Pode ser que tenha existido, embora desconheçamos, por esta época, algum produto assemelhado, com marca Padre Cícero. Pelos tempos, não resta dúvida, o nome Padre Cícero passou a conferir grande credibilidade a produtos comerciais. Alguns destes vemos com muita insistência (pomada, vinho, lojas comerciais, empreendimentos diversos, etc). Sem entrarmos no mérito desta propriedade, até lembraríamos a iniciativa da Ordem Salesiana, mais recentemente, em promover o registro de uma patente sobre o nome Padre Cícero, embora sem sucess