sábado, 29 de agosto de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
183: (24.08.2015) Boa Tarde para Você, Beto Fernandes
Foi com grande prazer que o reencontrei noutro dia vindo aqui em casa para juntos fazermos uma boa matéria a respeito dos noventa anos de nossa querida Irmã Neli Sobreira, gravação em vídeo que foi inserida na página do site Miséria, para aquela comemoração. Na paralela do encontro e do nosso objetivo, Beto Fernandes, falamos um pouco sobre algo que gostaria de continuar desenvolvendo neste cumprimento que lhe faço nesta tarde, com respeito ao quadro atual dos meios de comunicação, entre jornal impresso, rádio e novas mídias. Sobre imprensa escrita e impressa em jornais de folhas, coisa que você conhece bem, participando de diversas incursões, sendo a última, o Nação Romeira, segunda fase, de efêmero caminho, em cinco edições, triste é constatar que isto não resista mais, talvez nem ao jornalismo investigativo. Para ser bem sincero, Beto, como leitor inpenitente, a imprensa local faliu nos anos 80 porque não mais produziu jornalismo de qualidade, se deixando levar aos interesses menores de mantenedores de pequenos periódicos, ajudadores de publicidade para pagar as contas domésticas do editor. Nisso, desapareceu a essência da missão jornalistica que poderia ter contribuido enormemente para um melhor desempenho da economia da região, primando pela extensão de ações sociais de grande alcance, especialmente na área da educação. Não foi por falta de aviso que esta imprensa tergivessou de seus propósitos, pois na pequena história da imprensa juazeirense, desde o Rebate de 1909, a formação de opinião foi assumida como uma responsabilidade social intransferível, resultando daí a maior conquista de nossa cidadania. Tivemos grandes jornais, embora de pequena circulação, coisa que não se atingiu 150 edições, semanais, quinzenais, mensais ou até mesmo ocasionais, e alguns deles tiveram uma importância fundamental para grandes conquistas como eletrificação, ensino superior, industrialização, etc. Podemos lembrar o Gazeta do Joaseiro, de 1912, o Pharol, de 1921, o Ideal, de 1923, a Ordem, de 1930, o Diário e o Lavrador, de 1934, o Lutador, de 1945, o Correio de Juazeiro, de 1949, o Jornal do Cariri, de 1950, o Pioneiro, de 1953, o Tribuna de Juazeiro, de 1966, o Folha de Juazeiro, de 1969, a Verdade, de 1972, o Estado do Cariri, de 1976, o Folha da Manhã, de 1993, o Regional, de 2001, o Nação Romeira, de 2005, o Alternativo, de 2006, o Sem Nome e o Sovaco de Cobra, de 2009, apenas para referir os poucos que vieram para nos dizer alguma coisa de aproveitável. Em verdade, foram mais de seiscentos jornais que aqui nasceram e aqui mesmo desapareceram rapidamente, até mesmo com apenas uma edição de estreia, muitos dos quais sem dizer do seu propósito, enfraquecendo em muito aquela tradição que os primeiros procuraram semear. Mas, para não se deixar de falar na tal globalização que também nos atinge, esta questão do declínio dos jornais tradicionais que já tem motivado a drástica mudança de estratégia para a sobrevivência, se faz hoje pela avassaladora importância das mídias eletrônicas, em substituição às velhas folhas. Também é necessário falar dos custos gráficos elevados diante da versatilidade no uso da rede mundial de computadores, no tempo de elaboração do produto, a preocupação com a interatividade na questão da distribuição e circulação e a exigência crescente da notícia em tempo real. A morte anunciada do The New York Times em maio passado, a partir do encerramento de um ritual de mais de 60 anos com a produção da primeira página, não é um fato isolado neste contexto, onde até cidades muito menores enfrentam este fechamento sucessivo de seus jornais. A verdade é que, exemplos como o do site Miséria que se afirmou como empreendimento notável nesta virada de século para a opção mais confortável, se assim posso referir, na imprensa digital da mídia eletrônica, a nossa imprensa se acomoda gradualmente para se manter ativa. Isso é o que cabe ao jornalismo tradicional para reagir ao que internet e a televisão vêm conquistando, como grandes usuários da veiculação de som e imagem em tempo real, com interatividade, ao lado do rádio que se mantém majestade quase intocada, necessitando de reforma. Quero, portanto, Beto Fernandes, saudar o seu esforço de ser um diligente colaborador de todo este esforço para a reconstrução desta história de imprensa, por vias dantes e ainda pouco navegadas. Na grande história deste povo, a imprensa é parte de sua luta e isto precisa continuar acontecendo. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 24.08.2014)

BOA TARDE (II)
184: (26.08.2015) Boa Tarde para Você, Raimunda Gonçalves Oliveira
No começo dos anos sessenta, eu não era apenas um menino dedicado à sua escolaridade porque meu pai teve a sensibilidade de me fazer também seu colaborador na atividade profissional que desenvolvia no comércio de Juazeiro do Norte. Entre 1961 e 1964 eu fui balconista da loja que tínhamos na Rua São Pedro, o Centro Elétrico, empresa de bom reconhecimento público que havia sido criada sete anos antes da eletrificação e que depois de ter prestado enormes serviços, finalmente cerrou as portas nos anos 90. O comércio de nossa cidade foi e continua sendo ao lado de toda a sua história, por mais que procuremos resumi-la, a mais expressiva e duradora onda do nosso desenvolvimento, pois foi aí que ao longo de tantas décadas nos reanimamos para construir este grande centro urbano. Uma das presenças mais decisivas, uma contribuição das maiores se fez pela adesão de grandes aliados nesta cruzada e, sem sombra de dúvidas, foi e é o que nos tem sido prestado pelo chamado Sistema S, através do SESC, SENAC, SESI, SENAI, SEST e SENAT. O SENAC, Raimundinha, instituição que você gerencia executivamente com tão grande brilho, é parte deste orgulho que carregamos, desde 1973, quando a instituição aqui chegou, provisoriamente instalada no SESC, utilizando unidade móvel para os seus programas de capacitação. Na medida em que o comércio local foi se tornando usuário de seus programas e serviços de formação profissional, a comunidade foi celebrando os frutos de uma grande ação educacional que permitiu ao setor produtivo melhor se preparar para a dinâmica de grandes mutações. Nos caminhos do SENAC, a instituição estava consolidando sua instalação definitiva entre nós em 1978, para ser levado em 1985 à condição de Centro de Educação Profissional, como hoje se encontra, com ação regional, enfrentando crescentes e novos desafios há mais de quatro décadas. Não tenho a menor ideia, Raimundinha, se desejasse aqui dizer de números que tornaram estas ações do SENAC algo que nem sabemos quantificar, pelos milhares de jovens que formou nas mais diversas solicitações do mercado e em atenções às inquietantes preocupações do comércio. Já é bastante suficiente saber que estas atividades hoje são responsáveis pela adequação profissional de milhares de alunos em diversos segmentos de interesse da classe, e que passam por este Centro em busca de formação específica como para Técnico em Enfermagem, Especialização em Instrumentação Cirúrgica, Cabeleireiro, Operador de Caixa, Representante Comercial, ferramentas de informática, dentre outros. Por estes dias fui surpreendido e quero agradecer-lhe, Raimundinha, pela gentileza do presente que você me enviou com o belíssimo livro da Cláudia Leitão sobre a Memória do Comércio Cearense, uma bem cuidada publicação da própria Editora SENAC Nacional. Tenho pela Editora SENAC um grande respeito e admiração porque pude conhecer de perto, bem recentemente, o extraordinário serviço que realiza na elaboração de material bibliográfico para todas as suas demandas de programas de capacitação, além de um vasto portfólio editorial. Eu mesmo tive o patrocínio da Editora SENAC na edição de um dos meus livros, por ocasião do centenário de Juazeiro do Norte, ação que se revestiu de um fino trato de toda a equipe técnica, em Fortaleza e que resultou no acabamento gráfico primoroso. Aliás, esta sensibilidade também nos encheu de alegria quando o SENAC aderiu às celebrações do Centenário de Juazeiro e assumiu o compromisso de realizar a reforma de suas instalações e as entregou em 25 de julho de 2011, com bela homenagem ao grande lider José Leite Martins. Desejo nesta oportunidade, também fazer uma menção pública de admiração pela sua dedicada, entusiástica e benemérita colaboração para a fundação e a manutenção da Associação dos Amigos e Pacientes Renais do Cariri, desde 2003, apoiando Aroldo Barbosa. Quero dizer a você, Raimundinha, com estas palavras singelas, mas sensíveis, plenas da emoção e do reconhecimento, o quanto por você o SENAC tem o respeito de todos, pela grandeza deste trabalho, que não se alardeia tanto, mas que tem uma repercussão social e econômica digna das grandes locomotivas do nosso desenvolvimento.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 26.08.2015)

NOVA ITAYTERA
Criado o Instituto Cultural do Cariri, na cidade de Crato, em 04.10.1953, então dirigido por Dr. Irineu Pinheiro, logo em 1955 circulou o primeiro número de sua Revista, a Itaytera. Por longos anos ela foi editada com grande regularidade, se tornando um periódico muito lido, presença obrigatória nas melhores bibliotecas do pais e do exterior. Este ano o ICC vai completar 62 anos de existência e, na regularidade, deveria sair o volume nº 61. Contudo e graças a grande esforço de seu presidente atual, José Emerson Monteiro Lacerda, saiu o volume 45, referente ao ano de 2014. Portanto, circunstâncias adversas impuseram ao ICC, como a outras instituições culturais brasileiras o vexame da suspensão temporária, ou às vezes em definitivo, de seus periódicos. Uma perda lamentável que por vezes representa conhecimento em milhares de páginas que deixaram de ser editadas. Desejo parabenizar a sua diretoria atual, à frente o amigo Emerson Monteiro, por este grande empenho em retomar a sua circulação. Já comecei a ler o volume em suas 212 páginas (encontráveis nas livrarias do Cariri) e é ótimo constatar a qualidade dos textos ali contidos, dentre os quais um do amigo Anchieta Martinez de Mont´Alverne, sobre os estudos e a ordenação do Pe. Cícero, com dados de arquivo e sobre uma fase do patriarca pouco explorada. 

HISTÓRIA DO COMÉRCIO CEARENSE
Recebi como régio presente do SENAC de Juazeiro do Norte, a cargo de Raimunda Gonçalves Oliveira, Raimundinha), este belíssimo volume contando a História do Comércio Cearense, de autoria de Cláudia Leitão. É uma obra marcante para uma ótima leitura e um compêndio obrigatório para consulta sobre o desenvolvimento do Estado. Desejo agradecer a Raimundinha a gentileza sem par deste presente. Vou ler com muito prazer, mesmo porque também, como não poderia deixar de registrar, há ótimas referências sobre o comércio do Cariri.









MESTRE NOZA
Lamentavelmente, por motivo de saúde não pude participar do evento Noza, Tributo ao Mestre, que lembrou mais uma vez a grande figura de Inocêncio da Costa Nick. O acontecimento foi composto por uma exposição no Memorial Padre Cícero, organizada por Geová Sobreira, contendo peças de seu acervo, como diversas xilogravuras de álbuns produzidos por Mestre Noza e editados pela UFC, bem como por um conjunto expressivo de tacos de xilos para ilustrações de capas de cordel. A exposição foi patrocinada pelas UFC e UFCA e para tal, embora com curtíssimo período de visitação, contou com um bem elaborado catálogo, cuja capa está apresentada acima. 


NOVA EDIÇÃO DA SÉTIMA
No próximo dia primeiro de setembro acontecerá o lançamento do número 24 da Sétima Revista de Cinema, editada pelo grupo de estudos sobre cinema que se reúne nas tardes de quartas feiras no SESC de Juazeiro do Norte, mas que tem outras atividades no curso da semana através do circuito alternativo de de cinema no Cariri, coordenado por Elvis Pinheiro. Aliás, nesta ocasião, eu estarei participando a convite do grupo para fazer breves considerações a respeito da importância desta revista. Será na noite do dia 01.09, às 19 horas no SESC Juazeiro do Norte e o lançamento também ocorrerá em Nova Olinda, no dia 03.09, na Fundação Casa Grande. A propósito desta questão, aproveito a oportunidade para veicular aqui uma opinião de Elvis Pinheiro, postada na sua página no Facebook e que reflete a nossa inquietação por algumas coisas que acontecem perifericamente a estas maiores preocupações com a arte cinematográfica, a animação cultural da região e a própria formação de plateias que tratem do cinema mais que uma simples diversão. Vejamos o texto de Elvis Pinheiro: SOBRE BAGUNÇA EM EXIBIÇÕES DOS FILMES EM SALAS DE CINEMA DO SHOPPING: Minha singela opinião sobre o que acontece numa sala de cinema de shopping (qualquer shopping no mundo) é que esta sala divide espaço com lojas e restaurantes e onde o "consumidor" se sente no "direito" de fazer o que quiser, porque ele sempre tem a razão, porque todos estão ali para servi-lo, porque aquele espaço todo é pra entretenimento e porque a palavra que conta no final é o dinheiro e a satisfação garantida através da compra. Depois que a pessoa pagou pelo status de estar num ambiente com cadeiras maravilhosas, projeção maravilhosa, som espetacular, num "verdadeiro" cinema, então o negócio já se consumou. O filme não é importante. Ele é apenas um acessório, um descarte. As pessoas não se comportam diferente não é porque o shopping é em Juazeiro do Norte, ou porque é filme "é para crianças", ou dublado, ou porque o gerente não toma providências. É simplesmente porque num espaço de consumo o filme não foi apreciado enquanto obra de arte. Frente a uma obra de arte, o espectador, o cinéfilo, o apreciador se comporta com outra postura. Porque ouvir música é diferente de escutar som ambiente, porque se deliciar com o aroma, as cores e a variedade de sabores de uma refeição é diferente de matar a fome, porque ler um livro é diferente de saber o resumo, porque perceber toda a narrativa e movimento presentes num quadro é diferente de dar uma olhada numa imagem, porque esquecer todo o mundo ao redor e mergulhar de corpo e alma num filme projetado a sua frente é vivenciar a experiência mimética mais radical de todas as linguagens artísticas, o Cinema.
Em adesão a este posicionamento, eu escrevi em comentário: Caro Elvis Pinheiro. Assino embaixo este seu "manifesto" que não é apenas uma singela opinião. Vivemos hoje os abusos de uma certa liberalidade que perdeu a noção do que está no limite do público e privado. Por isto é de grande importância todas estas iniciativas do circuito alternativo de cinema para o Cariri como uma forma de, não só refletir sobre a importância do cinema em nossas vidas, mas para "anunciar", na arte e na vida, velhos caminhos de nossa própria cidadania. Cinema é arte mas é fundamentalmente escola. Tudo bem se muitos ainda vivem a quase ditadura da "melhor diversão". Cabe-nos uma parte desta cruzada em que o cinema se faz de instrumento para nos civilizar. Daí a importância que deve crescer mais e invadir escolas, centros culturais, e demais ambientes públicos para que o cinema não se descarte nos modismos e na pouca importância que se dá numa hora em que se frequenta uma sala de cinema onde se grita, se exibe vaidades, se faz um bom lanche, se transforma o espaço numa quase pocilga, e até se pode ver um bom filme. Já seria de bom sentimento que a barbárie ficasse da sala de espera para trás. Abraço.

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (SESC, Rua Cel. Francisco José de Brito, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 31, segunda feira, às 19 horas, o filme A MEMÓRIA QUE ME CONTAM (Brasil, 2012, 95 min), direção de Lúcia Murat. Elenco: Irene Ravache, Simone Spoladore, Otávio Augusto, Franco Nero e José Carlos Machado. Sinopse: Um drama irônico sobre utopias derrotadas, terrorismo, comportamento sexual e a construção de um mito. Um grupo de amigos, que resistiram à ditadura militar, e seus filhos vão enfrentar o conflito entre o cotidiano de hoje e o passado quando um deles está morrendo. Crítica: As angústias e conflitos de uma geração que sobreviveu a torturas durante o regime militar no Brasil são exploradas em "A Memória Que Me Contam", novo filme de Lúcia Murat, uma diretora ligada ao drama que os personagens sentem, já que ela mesma passou pela repressão da ditadura. O filme foi exibido em 2012 na 36ª Mostra de Cinema de São Paulo e no Festival de Tiradentes. Reunidos por conta da iminente morte de Ana, uma ativista que viveu com sequelas depois de ter sido torturada, um grupo de amigos reflete sobre a época que viveram, revelando ao espectador todo tipo de contradição e emoções que os personagens, todos acima de 50 anos, sentem. Irene Ravache retorna à parceria com Lúcia Murat quase 25 anos depois do lançamento de "Que Bom Te Ver Viva", longa de estreia de Murat e que também abordava a temática da ditadura, ainda que com um formato mais documental. Entre os amigos também está o ministro da Justiça José Carlos, interpretado pelo experiente Zé Carlos Machado, que é confrontado pela opinião pública por conta dos documentos ainda não revelados referentes à ditadura. Mesmo distante dos companheiros por conta dos deveres como político, o personagem mostra os mesmos conflitos e reflexões internas dos amigos. Parte sobre o que refletem os personagens é o conflito entre a visão política que possuem com a dos jovens, encarnados especialmente pelos atores Miguel Thiré e Patrick Sampaio, filhos da geração anterior. Com personagens homossexuais, eles representam uma contestação dos valores dos pais -- incluindo o preconceito velado, algo inesperado de um grupo de pessoas tido como intelectualizado. Já Simone Spoladore interpreta a versão jovem de Ana, uma memória com a qual dialogam amigos e parentes, sempre calma e pronta para analisar a vida que os resistentes tiveram entre uma baforada e outra de seu cigarro também virtual. Inspirada na militante Vera Sílvia Magalhães, amiga pessoal de Lúcia Murat e vítima da ação, a atriz é o elo de ligação entre todos no longa, servindo como espírito crítico para suas ações e reflexões. O filme também traz pequenas críticas à mídia e mostra como uma mensagem pode ser confusa quando transmitida durante o telejornal. Uma das cenas traz o personagem de Zé Carlos Machado tendo suas palavras deturpadas por conta da edição de uma reportagem de televisão. A mensagem chega aos velhos amigos do político, que reagem de forma variada ao que ele diz. (Fonte: http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/13/a-memoria-que-me-contam-mostra-conflitos-de-geracao-da-ditadura.htm)

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES 
A cidade tem novos cidadãos, nomeados e homenageados por nossa Câmara Municipal, conforme os atos abaixo transcritos:
RESOLUÇÃO N.º 786, de 20.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor Victor Timbó de Lima, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Danty Bezerra Silva; Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva; Subscrição: José Nivaldo Cabral de Moura, Paulo José de Macêdo, José Tarso Magno Teixeira da Silva, José Adauto Araújo Ramos, Rubens Darlan de Morais Lobo, José Ivan Beijamim de Moura, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Firmino Neto Calú, João Alberto Morais Borges, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Rita de Cássia Monteiro Gomes, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra. 
RESOLUÇÃO N.º 787, de 20.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor Fernando Cardoso Linhares Filho, pelos relevantes serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Subscrição: Paulo José de Macêdo, José Tarso Magno Teixeira da Silva, José Adauto Araújo Ramos, Rubens Darlan de Morais Lobo, Danty Bezerra Silva, Glêdson Lima Bezerra, Cícero Claudionor Lima Mota, José Ivan Beijamim de Moura, Antônio Vieira Neto, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Firmino Neto Calú, João Alberto Morais Borges, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Rita de Cássia Monteiro Gomes, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra. 
RESOLUÇÃO N.º 788, de 20.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor José Glauco de Norões Xenofonte, pelos relevantes serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Coautoria: José Adauto Araújo Ramos; Subscrição: Paulo José de Macêdo, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Danty Bezerra Silva, Glêdson Lima Bezerra, Cícero Claudionor Lima Mota, José Ivan Beijamim de Moura, Antonio Vieira Neto, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Firmino Neto Calú, João Alberto Morais Borges, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Rita de Cássia Monteiro Gomes, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra.
Obs.: O Sr. Victor Timbó de Lima é fortalezense, nascido em 04.07.1981, casado com a sra. Monalise Holanda, residiu em Juazeiro do Norte, onde exerceu o cargo de Delegado de Polícia Civil até 2014. Desde o dia 1° de janeiro de 2015, o Dr. Victor Timbó de Lima, é delegado regional em Tauá.
Dr. José Glauco de Norões Xenofonte é médico otorrinolaringologista, com clínica estabelecida em Juazeiro do Norte.

SEGUNDO MAIOR FÓRUM TRABALHISTA DO CEARÁ 
Recebemos e divulgamos com prazer a seguinte nota: O Tribunal Regional do Trabalho do Ceará vai inaugurar no próximo dia 28 deste mês, em Juazeiro do Norte, o maior fórum trabalhista do interior e segundo maior do Estado. O prédio, construído em um terreno de 4.700 metros quadrados, vai abrigar as três varas do trabalho da Região do Cariri e está preparado para receber uma quarta unidade da Justiça do Trabalho. “O novo fórum do Cariri representa um marco que ficará na história da Justiça do Trabalho no Ceará”, declarou o presidente do TRT/CE, desembargador Tarcísio Lima Verde Júnior. Ele lembra que a construção foi iniciada em 2013, durante a administração que o antecedeu. “É uma obra de duas administrações, fruto da tão falada e festejada continuidade administrativa, que só traz ganhos para o Poder Público e para os jurisdicionados”, enfatizou o magistrado. O novo fórum, que recebe o nome de Desembargador do Trabalho Paulo da Silva Porto, vai abrigar as duas varas do trabalho de Juazeiro do Norte e a do Crato. Juntas, as três unidades da Justiça do Trabalho resolvem conflitos trabalhistas de 26 municípios da região e são responsáveis por uma das maiores movimentações processuais do Estado. Em 2014, as varas receberam mais de 2.700 processos para julgar. Para o presidente do TRT/CE, a concentração dos serviços das três varas do trabalho em um único prédio facilitará vida de empregados, de empregadores e de advogados da região, além de propiciar uma melhor distribuição dos processos novos entre as varas, reduzindo prazos e julgamentos. Ainda segundo o desembargador, com as novas instalações, as despesas de manutenção serão reduzidas e haverá um melhor aproveitamento do quadro de servidores. Sustentabilidade - O fórum trabalhista do Cariri é um dos primeiros do país a possuir equipamentos que permitem o uso racional dos recursos naturais, como sistema de captação de águas pluviais, central de ar-condicionado inteligente e telhas de alumínio termoacústico. O prédio possui ainda espaços ergonômicos, vagas exclusivas para bicicletas e carros elétricos, além de coleta seletiva de lixo. Serviço: Inauguração do Fórum Desembargador do Trabalho Paulo da Silva Porto. Data: 28 de agosto, às 17h. Endereço: Rua Rafael Malzoni, 761, São José, Juazeiro do Norte, CE.

CONCURSO PARA O HOSPITAL REGIONAL
O Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), no Ceará, acaba de lançar 3 editais com normas de abertura de processo seletivo simplificado que visa preencher 296 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. As oportunidades são para lotação no Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar e nos Hospitais Regionais do Cariri e do Norte. Os candidatos aprovados serão contratados pelos preceitos da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e receberão salários entre R$ 788,00 e R$ 6.067,63. O primeiro edital, de número 26/2015, traz vagas para Médico Anestesiologista, Cardiologista, Cirurgião Geral, Cirurgião Vascular, Plantonista Clínico, Emergencista Clínico, Nutrólogo, Neurocirurgião, Radiologista, Ultrassonografista, Hematologista, Terapia Intensiva, e Traumato Ortopedista; Análises Clínicas, Enfermeiro, Terapeuta Ocupacional, Auxiliar de Laboratório, Auxiliar de Manutenção, Eletricista, Motorista de Ambulância, Recepcionista e Técnico de Enfermagem. Um segundo edital (n.27/2015) abre vagas para médicos (diversas áreas) e para cargos de Farmacêutico, Farmacêutico Clínico, Técnico de Laboratório e Jardineiro.
Já o terceiro e último edital, de número 28/2015, oferece oportunidades em funções de Médico (várias áreas), Farmacêutico, Auxiliar de Farmácia, Auxiliar de Laboratório, Técnico de Laboratório e Ajudante de Motorista. As inscrições encontram-se abertas e seguem até às 23h59min de 11 de setembro de 2015, pelo site do Instituto Pró-Município. A taxa de inscrição vai de R$ 40,00 a R$ 120,00. Os candidatos serão avaliados por meio de prova objetiva escrita, composta por 50 questões, distribuídas entre as disciplinas de língua portuguesa, raciocínio lógico matemático, Sistema Único de Saúde (para cargos da saúde) e conhecimentos específicos, de acordo com cada especialidade. A prova escrita será realizada nas cidades de Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral no dia 04 de outubro de 2015, em locais e horários que serão divulgados oportunamente no endereço eletrônico da organizadora. O gabarito preliminar será divulgado 24 horas após a realização da prova objetiva, através do site do Instituto Pró-Município. Os candidatos aos cargos de ensino superior serão submetidos, ainda, à prova de títulos. A admissão do candidato ocorrerá através de contrato de experiência, previsto em CLT, pelo prazo de 30 dias renováveis por mais 60 dias, a critério do ISGH, período este em que o ISGH avaliará o candidato, que em caso de bom aproveitamento, terá conversão para contrato por prazo indeterminado. A validade do certame é de dois anos, prorrogável por igual período, a contar da data de homologação do resultado, segundo deliberação do ISGH. (Consulte os editais.)


sábado, 22 de agosto de 2015

 BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
181: (18.08.2015) Boa Tarde para Você, Armando Lopes Rafael
Desejo agradecer-lhe pela gentileza tão característica dos seus atos, com a remessa da cópia da carta que você endereçou ao Pe. Joaquim Ivo Alves dos Santos, da Paróquia de São José, em Missão Velha, ao despropósito da veiculação recente de vídeo difamatório ao Bispo Diocesano. Devo lhe dizer que por vários motivos eu não vi a peça e talvez não a veja, pois agora não há como não aceitar a declaração da família sobre o estado mental do acusador, o que para mim compromete de forma definitiva uma eventual veracidade, de grande interesse para uma origem excusa. Considero que seu texto, endereçado ao Pe. Ivo, e nomeado de “As peripécias dos caluniadores do Bispo de Crato”, no dia 14 passado, é uma destas primeiras águas nos tons de indignação, face o lamaçal que se provocou na vida da diocese centenária, e que ainda nos enche de curiosidade. Nada aí me surpreende pelo que conheço de sua idoneidade, de sua retidão de caráter como cristão autêntico, que uma vez investido na titularidade da chancelaria da Diocese, presta à Igreja do Cariri, com grande propriedade, um enorme e valioso serviço de coordenação, além do burocrático. Ao mencionar a origem desta armação, produzida por uma “minoria ínfima”, “um grupelho” que tenta, há anos, desestabilizar o governo episcopal, nós nos perguntamos que blindagem é esta que tem prosperado para proteger estas pessoas que assim procedem, dentro e fora da Igreja. É no mínimo enigmática esta desinformação, ou melhor, esta ausência de procedimentos pela Cúria, e assim nos parece, que enseja no andar da carruagem outros vexames como boletins de ocorrências, inquéritos nas instâncias jurisdicionais e de dicastérios da própria Igreja de Roma. Muita gente se pergunta porque a Diocese não nos informa sobre as sanções disciplinares que foram ou devem ser imputadas a gente de tal mediocridade e que pela gravidade vinculada de tão absurda repercussão mereceria a execração pública pela traição e o desrespeito cometidos. Falamos, conforme me disse uma autoridade eclesiástica por estes dias, de algo que se articula sordidamente entre gente de sacristias e insignificantes senhores que vivem o submundo de uma sociedade civil desorganizada, pessoas que até falam da excomunhão do Padre Cícero, imagine. Em pouco tempo a Diocese foi atingida por denúncias de irregularidades de negócios imobiliários, de compra e venda de terrenos e imóveis urbanos de seu patrimônio, a honorabilidade de seu diocesano, a má gestão de recursos financeiros, que agora desemboca em desvios de dinheiro. Também acredito, e até me solidarizo consigo, no sentimento de que ao propalar estas calúnias esta minoria terá de acertar contas com a Justiça Divina, não obstante esteja isto muito distante da conformação que gostaríamos de experimentar, nos antecipando à certeza deste juizo final. Ora, meu caro Armando, em 04.08.2002, o jornal O Estado de São Paulo, ao relatar em longa matéria o andamento das ações da Comissão Diocesana sobre a Reabilitação do Pe. Cícero, já apurava uma fratura exposta na gênese das discordâncias internas que já inquietavam a Diocese. É provável que me digam que fui buscar muito longe o âmago destas razões do dito fôro íntimo, intra muros, para justificar alguma coisa que não transcende ao nosso conhecimento, em se tratando de palavras, gestos e procedimentos de membros da própria comunidade presbiteral. Não tenho nenhuma convicção que a Justiça Constitucional deste pais ainda vai prover soluções baseadas em boletins de ocorrências e inquéritos normativos para sanear aquilo que tem provocado graves estragos, tanto na ordem pessoal de alguns de seus membros, como na instituição. Nestes anos que vão se esticando a mais de um século, a Diocese de Crato já viveu algumas experiências muito traumáticas com gente que até se rotulou de maluca, psicótica e tresloucada, mas na maioria destes casos, deixaram-se de lado as circunstâncias das ações destes loucos. Deus me perdoe o sentimento que me toma, ao lembrar o trauma que tivemos quando também por estes loucos até a honra e a memória de Pe. Murilo de Sá Barreto foram agredidas inutilmente, na mal explicada transação secundária ao negócio autorizado da venda dos terrenos da Paróquia. Então, Armando, o que me pergunto é: Quem vai salvar esta Diocese se ela não se salva a si própria? Na vida, tememos as bruxas, e não deixamos de perseguí-las e destruí-las, se necessário, mesmo porque a advertência é velha: “Eu não creio em bruxas, mas que existem, existem.”
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 18.08.2014)

BOA TARDE (II)
182: (20.08.2015) Boa Tarde para Você, Geová Magalhães Sobreira
De algumas afinidades que alimentam a nossa fraterna amizade em muitos anos de convivência, temos eu e você o gosto particular com a cultura que se vive em Juazeiro do Norte, arrimada principalmente nos artistas da xilogravura, a partir da grande importância de Mestre Noza. Por razões várias, Geová, eu demorei muito a descobrir Inocêncio da Costa Nick, no começo dos anos 70 e sobre ele apenas em 1996 escrevi o primeiro texto para expressar ali os sinais desta grande admiração que tenho por sua arte como imaginário popular e xilógrafo de grande valor. E foi a partir, especialmente dos seus três álbuns (A Via Sacra, Os Doze Apóstolos e a Vida de Lampião) que eu iniciei uma coleção remissiva dos seus trabalhos, tendo para isto a contribuição valiosíssima do livro Xilógrafos de Juazeiro que você publicou em 1984, pelo selo da UFC. Em diversas ocasiões, mas particularmente quando celebramos o centenário do artista, em 1997, em grande evento no Memorial Padre Cícero, Mestre Noza foi por nós lembrado, tendo na ocasião a menção triste de que falecera em São Paulo, por volta de 1984. Vários anos depois, eu visitei sua família em São Paulo e soube que Mestre Noza ali falecera no dia 21.12.1983, caracterizado no atestado de óbito como de cor branca, escultor, natural de Garanhuns, com 91 anos de idade, casado, filho de Jovina Alves da Conceição. Neste atestado, deu-se como causa mortis de Inocêncio Medeiros da Costa uma parada cárdio-respiratória, e foi sepultado no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, deixando viúva Antônia Pereira de Oliveira, e uma filha, Doraci, com 54 anos de idade, sem legar bens e testamento. Anos depois, os restos mortais de Noza foram exumados pelo serviço funerário, e foram mantidos num ossário da municipalidade, até que fossem reclamados pela família, o que não aconteceu, e segundo o procedimento da legislação municipal, foi finalmente sepultado em uma vala comum. Lamentavelmente, Mestre Noza foi retirado de Juazeiro do Norte por sua família contra sua vontade, pois não queria ir e costumava dizer aos amigos que sabiam da insistência de sua filha: “São Paulo é o purgatório dos vivos. Nunca vou lá. Prefiro morrer numa calçada do Socorro”. Entre 1975 e 1977 eu me encontrei muitas vezes com Noza, em seu atelier, na antiga Rua Santo Antonio, num sobradinho apertado e com uma escadinha de difícil acesso, onde aí ficava por bom tempo proseando e vendo-o trabalhar, ora fazendo estatuetas do Pe. Cícero, ora cabos de revólver. Foi desta época, Geová Sobreira, que eu encomendei a Mestre Noza uma grande quantidade de estatuetas de santos, pois tencionava montar um pequeno oratório em casa e obtive dele a disposição e realização de 59 unidades que mantive comigo até recentemente. Com a minha aposentadoria da UFC em 2005, decidi por último fazer desta coleção uma doação para o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, que já mantinha em seu acervo um grande número de peças de Noza, entre xilogravuras, tacos originais e diversas estatuetas. Recebeu esta doação o reitor, prof. Jesualdo Farias, que atendendo solicitação do prof. Gilmar de Carvalho, grande amigo de Noza e dos artistas de Juazeiro do Norte, sugeriu que esta coleção fosse objeto de um rico catálogo que, finalmente, foi impresso e deverá ser lançado por estes dias. No próximo dia 21, aqui no Memorial Padre Cícero, Mestre Noza volta a ser objeto de nossas atenções, com a realização de uma sessão pública sob o título de Tributo ao Mestre Noza, promovido pelas UFC e UFCA, com a realização de mesa redonda e uma exposição alusiva. Sou muito grato a você, Geová, pela maneira cordial como você se dispôs a organizar todo este evento, para que tenhamos mais uma oportunidade para manifestar a estas novas gerações o nosso sentimento e as nossas razões que alimentam esta grande admiração pelo artista e sua obra. Faz pena ver que sua memória não é algo de permanente em nossas vidas, não fora a iniciativa de Abraão Batista, nomeando uma modesta galeria que recebe o seu nome, no Centro Artesanal, na antiga cadeia pública da Rua São Luiz, quase nenhuma lembrança restaria. As estatuetas do Padre Cícero não mais existem com a assinatura de Noza, mas cada dia mais, como uma recordação subliminar deste fato, mais e mais escultores vendem suas obras aos romeiros e a tantos turistas, pois Noza está vivo no trabalho de cada um destes, escultores e xilógrafos. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 20.08.2014)

PUNIÇÃO EXEMPLAR
Considero, no mínimo exemplar, a punição imposta ao homem que foi preso em Coremas (PB) por depredrar uma estátua de Padre Cícero. Eis o que diz o jornal local: “José Valdez de Paula da Silva, 36 anos, foi preso, no último sábado (15), por danificar uma estátua pública de Padre Cícero na cidade de Coremas, localizada Vale do Piancó paraibano. José estaria embriagado. Armado com um tubo de ferro, ele teria arrancado o braço da imagem que sustentava a bengala e perfurado outras partes da imagem religiosa. Revoltados, populares acionaram a polícia.  O acusado reside na Rua João Fernandes de Lima, nas proximidades do cemitério local, artéria onde também está localizada a estátua. Preso em flagrante, ele foi encaminhado para a delegacia de Itaporanga por falta de xadrez na sede da Polícia Civil de Coremas. “Aqui na delegacia, ele disse que, quando saísse da prisão, iria arrancar também a cabeça do Padre Cícero”, comentou um agente de investigação. O homem tentou justificar a ira contra a estátua dizendo informalmente aos policiais que era de outra Igreja. Ele foi autuado por dano ao patrimônio pelo delegado plantonista Raphael Alves, que arbitrou uma fiança de 1 R$ mil ao acusado, mas, como ele não pode pagar a quantia, foi recolhido à cadeia de Coremas. Conforme o delegado, o homem permaneceu calado durante o interrogatório e, além de sofrer a ação penal, poderá ser obrigado ainda a reparar o prejuízo que causou à estatua, que está situada em um espaço público.

RECONHECIMENTO PÚBLICO
A Municipalidade juazeirense acaba de reconhecer publicamente mais uma de nossas instituições meritórias. Eis o ato:
LEI Nº 4508, de 13.08.2015: Art. 1º – Fica reconhecida de utilidade pública a CASA DE APOIO MONSENHOR JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA, entidade civil sem fins lucrativos, constituída na forma de sociedade civil, tendo por finalidade recuperar jovens e adultos usuários de drogas/álcool, proporcionando apoio e condições para uma vida nova e saudável, com sede e foro na cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, com prazo de duração indeterminado, regendo-se por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Art. 2º – A presente lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Ficam revogadas as disposições em contrário. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 13 (treze) dias de agosto de dois mil e quinze (2015). Autoria: Vereadora Auricélia Bezerra. Coautoria: Vereadora Rita de Cássia Monteiro Gomes. 

NOVOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
A área urbana da cidade passa a contar com novas denominações para novas artérias abertas. Vejamos os atos já publicados:
LEI Nº 4509, de 13.08.2015: Art. 1º – Fica denominada de RUA JOSÉ EDILSON MONTEZUMA ROCHA, a rua projetada 01 do Loteamento Vista do Vale, com início na rua esportista Ananias Araújo e término entre as quadras 03 e 14 do Loteamento Vista do Vale, sentido sul/norte, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade. Autoria: Vereador Danty Bezerra Silva. Coautoria: Vereador José Nivaldo Cabral de Moura. 
LEI Nº 4510, de 13.08.2015: Art. 1º – Ficam denominadas as artérias públicas do Loteamento Vista do Vale, no bairro Beonôra Gondim Pereira, neste município, na forma abaixo: I – RUA JOAQUIM ANTÔNIO DE SAMPAIO, a rua projetada 02, do loteamento Vista do Vale, com início na rua esportista Ananias Araújo e término na Avenida Otaciano José de Oliveira, sentido norte/sul, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; II - RUA CÍCERO WANDERLÔ SOARES, a rua projetada 03, do loteamento Vista do Vale, com início na Avenida Otaciano José de Oliveira e término entre as quadras 14 e 18 do Loteamento Vista do Vale, sentido norte/sul, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; III - RUA FRANCISCA ARAÚJO SAMPAIO, a rua projetada 06, do loteamento Vista do Vale, com início na rua Cícero Wanderlô Soares e término na rua José Edilson Montezuma Rocha do Loteamento Vista do Vale, sentido leste/oeste, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; IV - RUA ZEZINHA PINHEIRO, a rua projetada 07, do loteamento Vista do Vale, com início na rua Cícero Wanderlô Soares e término na rua José Edilson Montezuma Rocha do Loteamento Vista do Vale, sentido leste/oeste, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; V - RUA MARIA ODETE SAMPAIO, a rua projetada 08, do loteamento Vista do Vale, com início na rua Cícero Wanderlô Soares e término na rua José Edilson Montezuma Rocha do Loteamento Vista do Vale, sentido leste/oeste, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; VI - RUA TEREZA PEREIRA DE AQUINO, a rua projetada 09, do loteamento Vista do Vale, com início na rua Cícero Wanderlô Soares e término na rua José Edilson Montezuma Rocha do Loteamento Vista do Vale, sentido leste/oeste, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; VII - RUA ANTÔNIO RAIMUNDO DOS SANTOS, a rua projetada 10, do loteamento Vista do Vale, com início na rua Cícero Wanderlô Soares e término na rua José Edilson Montezuma Rocha do Loteamento Vista do Vale, sentido leste/oeste, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; VIII - RUA MARIA DO SOCORRO XAVIER FERREIRA, a rua projetada 11, do loteamento Vista do Vale, com início na rua Cícero Wanderlô Soares e término na rua José Edilson Montezuma Rocha do Loteamento Vista do Vale, sentido leste/oeste, bairro Beonôra Gondim Pereira, nesta cidade; Autoria: Vereador Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha. Coautoria: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota 

SEMANA DO BEBÊ
Com o propósito de trabalhar por uma melhor qualidade de vida de gestantes e crianças, a municipalidade instituiu um  evento que pretende contribuir para esta finalidade. Veja o ato:
LEI Nº 4511, de 13.08.2015: Art. 1º – Fica instituída a Semana do Bebê, a qual passará a integrar o calendário oficial do município de Juazeiro do Norte, e ocorrerá na segunda semana do mês de outubro de cada ano. Art. 2º – A Prefeitura Municipal, através das Secretarias Municipais de Saúde, de Desenvolvimento Social e do Trabalho, de Educação e de Cultura e Romaria promoverá os eventos da aludida semana. Art. 3º – A Semana do Bebê tem os seguintes propósitos: I – contribuir para a diminuição do índice de mortalidade infantil; II – melhorar a qualidade de vida das gestantes e das crianças de zero a seis anos; III – diminuir as situações de exclusão através da realização de seminários, palestras, divulgação de serviços e programas oferecidos às gestantes e às crianças; IV – oferecer atendimento médico e psicológico aos bebês e suas respectivas mães; V – oferecer oficinas, cursos, palestras e atividades artísticas e culturais sobre o tema. Art. 4º – Os órgãos municipais que desenvolvem atividades relacionadas aos temas Saúde, Ação Social, Educação e Cultura, deverão, juntamente com o Gabinete do Prefeito, desenvolver ações sistemáticas e continuadas ao longo do ano, com vistas à orientação, prevenção e acompanhamento da gravidez. Art. 5º – Após cada Semana do Bebê realizada, os resultados serão mensurados e apresentados para a imprensa local escrita e falada, bem como serão afixados nos prédios públicos cartazes que demonstrem tais números e, ainda, ser apresentada no Plenário da Câmara Municipal. Art. 6º – A Semana do Bebê poderá ter como parceiros e colaboradores pessoas jurídicas públicas e privadas, as quais se comprometam com a causa, com o fim específico de contribuir para a realização dos eventos. Art. 7º – Será instituída comissão anual para a realização de cada Semana do Bebê, composta por 10 (dez) membros, sendo 02 (dois) da Secretaria Municipal de Saúde, 02 (dois) da Secretaria Municipal de Educação, 02 (dois) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e do Trabalho, 02 (dois) da Secretaria Municipal de Cultura e Romaria e 02 (dois) Vereadores, escolhidos pelo Presidente da Câmara, sem a possibilidade de recondução. Art. 8º – Os organizadores da Semana do Bebê enviarão convite para todas as pastorais da criança e da juventude das Paróquias de Juazeiro do Norte para que participem, dando maior amplitude ao evento e conferindo melhores resultados. Art. 9º – As despesas recorrentes da execução desta Lei, correrão por conta das dotações orçamentárias próprias das Secretarias Municipais envolvidas, suplementadas, se necessário. Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 13 (treze) dias de agosto de dois mil e quinze (2015). Vereador JOÃO ALBERTO MORAIS BORGES. 

REGISTRO DE ANIMAIS
Tem sido preocupante o trânsito de animais em vias públicas e estradas do município. O propósito da Lei abaixo transcrita tem por finalidade atribuir responsabilidade aos proprietários de animais, quanto ao abuso de sua circulação. Vejamos o termo da nova lei:
LEI Nº 4512, DE 13 DE AGOSTO DE 2015 Dispõe sobre a implantação do Sistema de Identificação e Registro de Animais no Município de Juazeiro do Norte e adota outras providências. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, Estado do Ceará. FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL decretou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Todos os animais de grande porte (equinos, bovinos, asininos e muares) que tenham residência no município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, deverão, obrigatoriamente, ser registrados com uma marcação permanente no animal com as iniciais do proprietário, do município e do Centro de Controle de Zoonose. Art. 2º – O Sistema de Identificação e Registro de Animais deverá ser feito de forma gradativa, com critérios estabelecidos pela municipalidade, para, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da publicação da presente lei, todos os animais estejam cadastrados. § 1º – Os primeiros 12 (doze) meses, a partir da publicação da presente lei, serão destinados a publicidade e orientação dos proprietários de animais acerca do conteúdo da presente lei. § 2º – Após o prazo estabelecido no parágrafo anterior, deverá ser dado início ao efetivo cadastramento de animais, que deverá findar-se no prazo estipulado no “caput” do presente artigo. § 3º – Os proprietários que não cadastrarem seus animais no prazo estipulado neste artigo, estarão sujeitos as penalidades, na seguinte ordem: 1 – advertência para que o mesmo providencie o cadastramento, no prazo de 30 (trinta) dias; 2 – multa no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por animal não cadastrado; 3 – apreensão do animal; Art. 3º – Os proprietários de animais residentes no município de Juazeiro do Norte deverão providenciar o cadastro dos animais, nos seguintes casos: I – a partir do 6º (sexto) mês de idade dos animais; II – animais originários de outras cidades deverão ser cadastrados no prazo de 90 (noventa) dias. Art. 4º – Os animais recolhidos por agentes públicos ao alojamento municipal de animais que não estiverem identificados, somente poderão ser resgatados por seus proprietários ou pessoa devidamente autorizada, mediante cadastro, sem prejuízo da legislação já existente. Parágrafo único – Os proprietários que tiverem animais recolhidos pelos agentes públicos e que estiverem devidamente cadastrados, deverão ser informados da apreensão do animal pelo controle de zoonose, sem prejuízo da legislação já existente. Art. 5º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Ficam revogadas as disposições em contrário. Autoria: Vereador Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha 

SOLIDARIEDADE
Foi publicado no Blog do Crato e encaminhado a esta coluna a nota de solidariedade de membros da Igreja nas cidades de Juazeiro do Norte, Barbalha e Caririaçú, (Forania II, com 14 Paróquias e 23 padres), embora a matéria se refira especificamente que “Padres de Juazeiro do Norte estão ao lado do Bispo de Crato”. Provavelmente, nos próximos dias o movimento de solidariedade se estenderá às outras 4 Foranias (Forania 1: 9 Paróquias; Forania 3: 13 Paróquias; Forania 4: 10 Paróquias e Forania 5: 10 Paróquias; totalizando 56 Paróquias assistidas por 99 sacerdotes, dentre padres, monsenhores e bispo auxiliar, sem contar com os 18 diáconos permanentes. Portanto, efetivamente, o gesto solidário atinge apenas uns 20% da comunidade eclesial. Eis a nota:  
NOTA DE SOLIDARIEDADE A DOM FERNANDO PANICO
Nós, párocos, administradores e vigários paroquiais das paróquias que integram a Região Farânea II (sic), desta Diocese de Crato, indignados com a perseguição e acusações veiculadas em alguns meios de comunicação, movidos pela caridade fraterna e pela comunhão que é exigida dos sacerdotes para com o seu pastor, vimos manifestar de público nossa solidariedade, apoio e nossas preces em favor de Dom Fernando Panico. Com efeito, os conhecidos acusadores do Bispo de Crato, num ato perverso e covarde postaram – semana passada – na Internet um vídeo eivado de acusações levianas, consolidando o processo de linchamento moral há muito alimentado contra Dom Fernando Panico. Esse vídeo, que não obteve aprovação nem credibilidade da imensa maioria dos católicos desta diocese, representa uma peça promovida sob a égide do dolo. E teve o único objetivo de causar dano não só a dignidade e moral de Dom Fernando, mas, espraiou o seu deletério à instituição Igreja Católica Apostólica Romana.      Lamentamos, profundamente, que essas acusações ao nosso legítimo pastor tenham trazido sofrimento a nós padres e à população católica da nossa Diocese, a qual foi agredida com especulações desonestas e injustas, que primam pela ausência do mais comezinho sentimento cristão. Reafirmamos, pois, a nossa solidariedade a Dom Fernando Panico, numa demonstração de que o clero da Região Forânea II, está ao seu lado neste momento de dor e perplexidade, motivada pelo funesto e perverso vídeo que foi montado para denegrir a imagem do nosso Pastor Diocesano. Juazeiro do Norte, 21 de agosto de 2015. 01 - Pe. Vaudenio Nergino Ferreira (Paróquia São João Bosco); 02 - Pe. Luciano Virgulino Coelho (Paróquia São João Bosco); 03 - Frei Raimundo Barbosa Filho - Franciscano Capuchinho (Paróquia São Francisco das Chagas); 04 - Pe. César Casseta  – Salesiano (Paróquia Sagrado Coração de Jesus); 05 - Pe. José Pereira Lima Filho – Salesiano (Diretor do Colégio Salesiano / Horto); 06 - Pe. Cícero José da Silva (Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores); 07 - Pe. Aureliano de Sousa Gondim (Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores); 08 - Pe. Cícero Gomes (Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores); 09 - Pe. Francisco Paulo Pereira da Silva (Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores); 10 - Pe. Antônio Romão Gomes Filho (Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores); 11 - Pe. Francisco Luiz dos Santos (Paróquia Nossa Senhora de Lourdes); 12 - Pe. Paulo César Andrelino (Paróquia Nossa Senhora de Lourdes); 13 - Pe. José Gonçalves da Silva (Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Palmeirinha); 14 - Pe. José Adelino Martins Dantas (Paróquia São José do Limoeiro); 15 - Pe. Cícero Leandro Cavalcante (Paróquia Menino Jesus de Praga); 16 - Pe. Francisco Edvaldo Marques (Paróquia Nossa Senhora Aparecida); 17 - Pe. Francisco das Chagas Alves Ferreira (Paróquia São Cristovão); 18 - Pe. Luciano Pinheiro de Brito (Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora); 19 - Pe. Cícero Alencar Ferreira (Paróquia Santo Antônio – Barbalha); 20 - Pe. Cícero Luciano Lima (Paróquia Santo Antônio – Barbalha); 21 - Pe. Emanuel Dias Alexandre (Paróquia Santo Antônio – Barbalha); 22 - Pe. Leonardo Pinheiro de Brito (Paróquia São Vicente de Paulo – Barbalha); 23 - Pe. José Cláudio da Silva (Paróquia São Pedro – Caririaçu). Assessoria de Comunicação da Forania II, da Diocese de Crato, que abrange os municípios de Juazeiro do Norte, Barbalha e Caririaçu. 

UFCA:CONCURSOS PARA PROFESSORES ADJUNTOS
No Edital 32/2015 do novo concurso UFCA 2015, estão sendo oferecidas quatro vagas para Professor da carreira do Magistério Superior, para atuação nas áreas de Cálculo Numérico, Construção Civil – Instalações Prediais e Técnicas de Construção, Construção Civil – Materiais de Construção Civil e Estruturas. Já no Edital 34/2015 são duas vagas para Professor da carreira do Magistério Superior. Nesse caso, os profissionais aprovados no processo de seleção irão atuar nos setores de Administração Pública e Produção e Logística. Os novos professores da UFCA farão jus ao salário que pode chegar a até R$ 9.012,50, valor que já inclui o auxílio-alimentação e a retribuição por titulação (o vencimento básico é de R$ 4.014,00, para quem tem apenas a graduação). A jornada de trabalho é de 40 horas por semana, com dedicação exclusiva. As inscrições para o concurso de professor da UFCA 2015 estarão abertas a partir do próximo dia 24 de agosto, devendo ser efetuadas exclusivamente pela internet, no site http://forms.ufca.edu.br. O prazo para se candidatar termina no dia 24 de setembro. A taxa de participação custa R$ 225,31 (pedidos de isenção para o concurso em Juazeiro do Norte CE 2015 serão recebidos online, até o dia 7 de setembro). Os participantes desses concursos 2015 no Ceará farão prova escrita subjetiva e prova didática, em datas que serão marcadas posteriormente. A seleção abrange ainda avaliação de títulos e defesa de projeto. 

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (SESC, Rua Cel. Francisco José de Brito, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 24, segunda feira, às 19 horas, o filme CABRA MARCADO PARA MORRER (Brasil, 1984, Direção de Eduardo Coutinho, 120 min). Elenco: Elisabeth Teixeira e família, João Virgínio da Silva e os habitantes de Galiléia (Pernambuco). Narração de Ferreira Gullar, Tite Lemos e Eduardo Coutinho. Contexto Histórico: As Ligas Camponesas vinham sendo criadas desde meados dos anos 50 com o objetivo de conscientizar e mobilizar o trabalhador rural na defesa da reforma agrária. Durante o governo de João Goulart (1961-64), o número dessas associações cresceu muito e, junto com elas, também se multiplicavam os sindicatos rurais. Os camponeses, organizados nessas ligas ou em sindicatos ganharam mais força política para exigir melhores condições de vida e de trabalho. A renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, após apenas sete meses de governo, abriu uma grave crise política, já que seu vice, João Goulart, não era aceito pela UDN e pelos militares, que o acusavam de promover agitação social e de ser simpático ao comunismo. Assim como esses setores eram contrários à posse de Jango, existiam outros que defendiam o cumprimento da Constituição, como o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. O impasse foi resolvido com a adoção do regime parlamentarista de governo, aprovado pelo Congresso. Com esse regime, Jango era apenas chefe de Estado, sendo que o poder efetivo de decisão estava nas mãos de um primeiro-ministro escolhido pelos deputados e senadores. Diante da crise econômica, o regime parlamentarista imposto pelos conservadores, se mostrava ineficiente, com a sucessão de vários primeiros-ministros, sem que a crise fosse atenuada. Esse cenário fortalecerá o restabelecimento do presidencialismo, conquistado através de um plebiscito em 6 de janeiro de 1963. Reassumindo a plenitude de seus poderes, Jango lançou as reformas de base apoiadas por grupos nacionalistas e de esquerda.. Elas incluíam a reforma agrária, a reforma do sistema bancário, a reforma tributária e a reforma eleitoral. 
Muitos comícios foram organizados em apoio às reformas, destacando-se um comício-gigante realizado na Central do Brasil do Rio de Janeiro em 13 de março. A mobilização popular nos comícios assustava as elites que, articuladas com as forças armadas e apoiadas pelos setores mais conservadores da Igreja, desferiram um golpe de Estado em 31 de março de 1964. No dia seguinte, o controle dos militares sobre o país era total e, no dia 4, Goulart se auto-exilou no Uruguai, sem impor qualquer resistência aos golpistas, temendo talvez o início de uma guerra civil no país. Iniciava-se assim um dos períodos mais obscuros da história do Brasil, com 21 anos de ditadura militar que promoveu uma violenta onda de repressão sobre os movimentos de oposição, além de ter gerado uma maior concentração de renda, agravando a questão social, produzindo mais fome e miséria. Os "anos de chumbo" da ditadura ocorreram após o AI5 (Ato Institucional número 5), no final do governo Costa e Silva (1968), estendendo-se por todo governo Médici (1969-1974).
(Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=242)

CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (SESC, Rua da Matriz, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, SEMPRE ÀS QUARTAS FEIRAS, mas neste dia 26 não haverá exibição.

CINE CAFÉ VOLANTE (BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Parque da Cidade), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 28, sexta feira, às 19 horas, o filme MINHA VIDA EM COR DE ROSA (Ma vie en rose, Bélgica/França/Reino Unido, 1997, Direção de Alain Berliner, 88 min). Elenco: Michèle Laroque (Hanna Fabre); Jean-Philippe Écoffey (Pierre Fabre); Hélène Vincent (Élisabeth); Georges Du Fresne (Ludovic Fabre); Daniel Hanssens (Albert); Laurence Bibot (Lisette); Jean-François Gallotte (Thierry); Caroline Baehr (Monique); Julien Rivière (Jérôme); Marie Bunel (Psychoanalyst); Gregory Diallo (Thom Fabre); Erik Cazals de Fabel (Jean Fabre); Cristina Barget (Zoé Fabre); Delphine Cadet (Pam); Morgane Bruna (Sophie); Raphaelle Santini (Christine Delvigne); Marine Jolivet (Fabienne Delvigne), etc. Sinopse: Com um tom de comédia, e muita sensibilidade, vemos o caçula Ludovic, um menino de sete anos interpretado com maestria pelo ator mirim George DuFresne, enfrentando obstáculos para assumir uma identidade feminina. Sua família, composta pela mãe Hanna (Michele Laroque), Pierre (Jean-Philippe Ecoffey), uma irmã e dois irmãos, fica entre as idas e vindas da recusa e aceitação: ora permitem que Ludovic vá de saia a uma festa na vizinhança, ora o repreendem por usar o vestido da amiga. Tudo começa quando Ludovic dá o que parece ser o seu primeiro sinal de transgeneridade: em uma festa promovida pela própria família, Ludovic se maquia e veste roupas tidas como femininas. O susto é imediato, mas sem tanta intensidade. A problemática aumenta quando Ludo, como é chamado, persiste nessa identificação, questionando até o seu próprio status enquanto “garoto” e reivindicando casar-se com Jerome (Julien Riviere), seu colega de classe. Uma vez aprendido que “meninos não casam com meninos”, Ludo acredita que, com o tempo, se transformará em uma menina e, dessa forma, poderá casar-se com outro menino. Nessa sua fantasia, tem a companhia da fada Pam, uma criação publicitária análoga à Barbie.

CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, ainda não divuilgou o que exibirá nesta próxima sexta feira, dia 28, às 20 horas.

CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 29, sábado, às 17:30 horas, o filme MONSIEUR VERDOUX (USA, 1947, Direção de Charles Chaplin, 118 min.  Elenco: Charles Chaplin (Henri Verdoux); Martha Raye (Annabella Bonheur); Mady Correll (Mona); Robert Lewis (Maurice Bottello). Sinopse: Em fins dos anos 20 do século XX, Henri Verdoux, um bancário francês que ficou desempregado após 35 anos de trabalho, desenvolve uma personalidade maníaca e começa a cometer assassinatos em série: suas vítimas são sempre mulheres de meia-idade, sozinhas e com algum tipo de propriedade ou renda. Assim que convence as mulheres a sacarem o dinheiro do banco (ele sempre alega que está por vir uma crise econômica) Verdoux as elimina, vende as propriedades e rouba o dinheiro. A maior parte do dinheiro roubado ele investe no mercado de ações, que está em crise, mas ele acredita que é a melhor hora para investir. Viajando de cidade em cidade à procura de vítimas ou fugindo, ele mal tem tempo de visitar sua família verdadeira: uma esposa paralítica e um filho pequeno. A família de sua última vítima chama a polícia, quando a mulher deixa de dar notícias. Com mais esse caso de mulher desaparecida, os policiais começam a suspeitar que estejam lidando com um assassino em série (ou assassino em massa, como é dito no filme), um novo "Barba Azul". Além das suspeitas policiais, as coisas começam a piorar para Verdoux quando ele não consegue assassinar sua segunda esposa (ele é bígamo), uma mulher que tem uma sorte terrível (ganhou seu dinheiro na loteria) e que consegue escapar de todas as tentativas de assassinato de seu "marido". No final, Verdoux acaba sendo preso e levado a julgamento, sendo condenado a morte. Antes de morrer, Verdoux faz um emocionante discurso afirmando que a guerra matou e foi mais cruel que ele. O filme termina mostrando Verdoux sendo levado a área de execução.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
178: (10.08.2015) Boa Tarde para Você, Paulo de Souza.
Das melhores lembranças que guardo dos meus tempos de ginasiano nesta cidade, entre os idos de 1961 e 1964, uma delas inevitavelmente se refere à grande convivência com inúmeros colegas de bancos escolares, muitos dos quais contribuíram enormemente para a minha própria formação. É nesse contexto que lhes falo hoje de Paulo de Souza, cumprimentando-o nesta véspera de seu aniversário natalício, lembrando a mim mesmo a frustração de que, efetivamente, tivemos pouco relacionamento, tanto na passagem pelo Salesiano, como pelo distanciamento pessoal e profissional.
Nunca deixei de lembrar-lhe porque nós, os colegas, frequentemente fazíamos uma espécie de chamada geral onde localizávamos residência, vida e ocupação para não perdê-los de vista, tendo com alguma frequência a tristeza de más notícias por alguns falecimentos prematuros. Por um tempo, imaginávamos que Paulo de Souza seria uma destas necessárias vocações do ministério sacerdotal, pois o sabíamos matriculado no Seminário São José, em Crato ou no velho Seminário da Prainha em Fortaleza, até que voltou ao Juazeiro para terminar o segundo grau. Fomos sabendo à distância o itinerário bem sucedido de sua formação universitária, na Engenharia Civil, exemplarmente cumprido na Escola Politécnica de Campina Grande, que resultou tanto no seu exercício profissional, como hoje se realiza, como também contemplou o magistério superior. Mas, Paulo de Souza era exatamente uma dessas pessoas que nos surpreendia, pois vivendo em Campina Grande, entre 1970 e 1974, ele ainda arranjava tempo e esbanjava competência para ser repórter, redator e chefe de reportagem dos Diários Associados, no rádio, no jornal e na televisão. De volta ao Cariri, Paulo se dedicou completamente à sua vocação e profissão, em empresas da construção civil e aí começou a construir esta legenda que hoje se encerra numa menção obrigatória que o elege engenheiro civil de grande competência para cálculos e estrutura, e docente da URCA nas disciplinas de Pratica das Construções, Patologia das Edificações e Fundações de Edifícios. Bem recentemente, uns seis anos atrás, eu me surpreendi em saber que Paulo de Souza também cuidava e muito bem, de uma faceta notável de sua sensibilidade com a música, com ótima formação em teclados, escolarizada em academia e de composição musical bem elaborada. Foi quando tomei conhecimento de peças de sua autoria como os Hinos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Menino Jesus de Praga, do Jubileu de Ouro Sacerdotal de Dom Newton Holanda Gurgel e os do Congresso Eucarístico e do Centenário da Diocese de Crato, bem recente. Na passagem para o terceiro milênio, Paulo de Souza se fez peregrino à Terra Santa e ali, diante de tantos e magníficos ambientes e ritos, ele começou a produzir canções que constituíram um rico CD, com todas as peças executadas na interpretação exuberante do nosso Francisquinho das Igrejas. Ainda na ocasião do Centenário de Juazeiro do Norte, em 2011, felizmente, e antecipando-se à nossa indecisão, na Comissão do Centenário, Paulo de Souza sentiu que era a oportunidade de presentear sua terra com um hino que falasse deste grande momento. Assim, ele foi aos livros, fez exaustivas leituras para conhecer minuciosamente a história deste velho Tabuleiro e numa síntese admirável pôs em versos e canção o que aquele momento ensejava: “Sob o manto de Maria tu nasceste / E o amor do Padre Cícero Romão. / Haverá lugar bendito como este? / Quanta honra, luz e glória neste chão! Teu passado, Juazeiro, é glorioso. / Teu presente um pujante florescer. / Teu futuro é grandioso. / Construído com trabalho e com fé. Dos pequenos e dos grandes és guarida. / Acolher é tua nobre vocação. / És refúgio para os náufragos da vida, / Que da Virgem buscam amparo e proteção. Nesta terra, cada lar é uma oficina, / Oratório de labor e devoção. / A semente que se lança aqui germina, / Multiplica, gera fruto em profusão. Maravilha! Celebrar teu Centenário / Grande festa de beleza singular. / Te saudamos, ó cidade-relicário, / Hoje e sempre haveremos de te amar.” Este é, principalmente, o sentimento elevado e eloquente do Dr. Paulo de Souza, honra e glória deste chão amado do Juazeiro que o reconhece como filho dileto e valioso. Parabéns, Paulo! E que todas estas graças que sua obra expressa e invoca iluminem sua vida longa. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 10.08.2015)

BOA TARDE (II)
179: (12.08.2015) Boa Tarde para Você, Sílvio Grangeiro
Ainda muito jovem eu comecei a participar do ambiente festivo que era a feira semanal, aos sábados nesta cidade, atraído pela cena invulgar da presença de violeiros, cantadores e poetas da literatura de cordel, num espetáculo à parte entre a Praça e o estirão da Rua São Pedro. Nascia ali em mim um sentimento profundo de acolhimento, de gosto, de admiração e de grande interesse por estas manifestações que já se faziam entre nós como uma das expressões mais legítimas da nossa própria evolução social e cultural, através de grandes poetas e repentistas. Como para tantos que me precederam ou me sucederam, na mesma e providencial inspiração, esta cidade se tornou o grande palco, vistoso e preferencial, de toda esta produção poética, que saiu das ruas, das praças e das feiras para chegar exuberante em eventos de todas as mídias na atualidade. Logo mais, quando a noite cair sobre esta cidade, muitos estarão no Memorial Padre Cícero, em meio à realização do XI Festival Nacional de Viola e Poesia, ocasião em que estará sendo prestada ao poeta Sílvio Grangeiro uma expressiva homenagem pelo conjunto de sua vida e obra. Vem gente de vários Estados brasileiros, como Francinaldo Oliveira, Hipólito Moura, Zé Viola, Zé Cardoso, Gilmar de Oliveira, Jonas Bezerra, Moacir Laurentino, Valdir Teles, Gilvan Grangeiro, Cícero André, Cícero Dias, Marcos Ferreira, B. Caboclo, Damião Enésio, Augustinho de Oliveira, José Alves, Zé Fernandes, Cícero Cosmo, João Bandeira, Pedro Bandeira, Nascimento Araújo, Sirlan Grangeiro e Azarias, todos apresentados por Vandinho Pereira e Totó Dudé. E, certamente, por toda esta motivação que envolve poesia, viola e Sílvio Grangeiro, os poetas, cantadores e cordelistas comparecerão em peso, tributando-lhe merecida reverência, na recitação, nos desafios e quanto mais não for, pelo afeto que se derrama por homem tão generoso. No pano de fundo deste acontecimento e nesta data de hoje estará a celebração dos 72 anos de vida deste bravo sertanejo, Expedito Alves Grangeiro, homem nascido em Abaiara, degredado filho da seca de 1958, refugiado temporário em outras plagas, mas que vive conosco há mais de 45 anos. No ano próximo, em 18 de março, deveremos nos lembrar também que serão cinquenta anos de dedicação à cultura popular, desde aquela sua primeira cantoria, através da Rádio Clube de Deodápoles, no Mato Grosso, no início de carreira, vivendo canto e poesia, entre ruas e sertões. No ano passado, mercê desta sua longa cruzada de exercício, prestígio e tanta animação, Sílvio Grangeiro foi distinguido pela Unesco, através do Governo do Estado de Minas Gerais, com a outorga do título de Embaixador da Cultura no Cariri, por tudo aquilo que tem realizado neste pais. Com uma biografia vastíssima, Sílvio Grangeiro fez pelo rádio, como desde o início na antiga Rádio Iracema de Juazeiro do Norte, e a ele se mantem fiel até hoje pela Verde Vale, como um eterno aprendiz, sempre muito focado na sua produção poética bem esmerada. Homem de intensa agenda cultural, não é fácil contabilizar tudo aquilo que traduz a sua mais ampla dedicação à poesia popular, entre folhetos de literatura de cordel – mais de uma centena de edições; poemas - muitos declamados frequentemente por outros poetas de nosso país. Na sua versatilidade, compôs diversas canções e tem inúmeras participações em CDs e DVDs por todo Brasil, e em muitos destes eventos e produções ele figura como parceiro de muitos outros poetas e repentistas, alguns dos quais estarão hoje reunidos no Memorial. Neste cumprimento que lhe faço nesta tarde, meu caro Sílvio Grangeiro, louvo a sua existência, a sua intensa batalha pela cultura e pela vida, ao lado dos seus amados em família, Marismar, dos seus filhos Gilvaneide, Siliomar, Simone, Sirlan, Silmara, Siele, e dos seus seis netos. Sua luta, no melhor que a vida lhe permitiu, é como parte de cada um de nós, seus admiradores, conquistas e troféus que mencionamos e juntamos neste dia festivo para a mais justa homenagem. Por isso mesmo, meu caro poeta, me permita que aqui lhe homenageie, tão simplesmente, lembrando versos primorosos do poeta Pedro Ernesto Filho: “O Cariri tem razão / de mantê-lo em sua história, / sabe receber vitória / e evitar decepção, / exemplo de cidadão / por ser bom e verdadeiro, / ah! se todo brasileiro / fosse igual a esse cara! / - Um filho de Abaiara / Radicado em Juazeiro.”
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 12.08.2015)

BOA TARDE (III)
180: (14.08.2015) Boa Tarde para Você, Irmã Maria Neli Sobreira da Silveira
De acordo com dados oficiais do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro está hoje na marca dos 75 anos, e isto para mim é no mínimo surpreendente, pois no país em que nasci, nesta cidade de meus amores, em meados do século passado, não enxergávamos muita coisa além dos 46 anos. As pequenas e médias cidades brasileiras continuam ainda hoje convivendo com imensas diferenças, em cenas diversas que efetivamente não se alteraram tanto, tal a agressividade e a perversidade com que fatores sociais se acumulam sobre as populações menos favorecidas. Felizmente, cresce aos nossos olhos a celebração prazerosa sobre a vida de muita gente longeva, pessoas que até ultrapassam a marca de um século e que nos falam por atingi-la ainda saudável, com grande lucidez e com tantas vontades para continuar vivendo na esperança a graça destes anos. Esta sexta feira, 14 de agosto, assinala a passagem festiva dos noventa anos de existência de uma das mais extraordinárias mulheres de que tenho notícia, a Irmã Maria Nely Sobreira da Silveira, uma destas criaturas tocadas e iluminadas pela graça de Deus. Em sua família se desejou que ela seguisse o itinerário político e assim foi convencida e estimulada a ser uma das nossas primeiras vereadoras, tendo sido eleita muito jovem para um único mandato, fato que seguramente a inspirou a sua inexcedível dedicação para a promoção humana. Mas, como dizemos, Deus escreve certo por linhas tortas e em seus desígnios, Neli Sobreira optou pelo serviço religioso, ingressando em 10 de janeiro de 1949 na Congregação das Irmãs de Jesus Crucificado, ordem religiosa que havia sido criada e aqui estabelecida pelo Monsenhor Macedo. É desta época, junto a Congregação, a fundação de uma das mais meritórias instituições juazeirenses, o Dispensário Nossa Senhora das Dores, obra que prestou um imenso serviço às famílias carentes desta cidade e que funcionou na Rua São José até o início de 1972. A partir daquela data, o Dispensário se transferiu para o bairro do Limoeiro, que não era ainda senão um sítio, herança da família Correia de Macedo, antiga paragem do padre Climério, uma propriedade muito aprazível que passou a abrigar inúmeras ações filantrópicas. O Dispensário foi o grande esteio desta sua obra, e dela a Irmã Neli e todas as religiosas e voluntárias que se somaram a esta cruzada dali irradiaram ações as mais diversas para privilegiar, especialmente, as maiores demandas de incontáveis famílias carentes desta cidade. No caminho destas realizações, Madre Neli – como assim sempre nos referimos em respeitoso tratamento, realizou uma benemérita ação assistencial, protegida em parte por convênios e associações com os poderes públicos e a iniciativa privada. Entre 23 de setembro de 1976 e o final de 1994 os seus esforços foram assistidos com o apoio da Legião Brasileira de Assistência, com o qual a comunidade construiu um Centro Social e uma Escola, mas que também foi dotada de creche para atendimento da infância pobre. Por longos anos a Irmã Neli foi e continua sendo a alma grandiosa de toda esta inspiração que motiva e realiza obras sociais no Limoeiro e em outros bairros do seu entorno, uma criatura quase divina, para quem olhamos com ternura e carinho, procurando compreender tanto desprendimento. Juazeiro continua sendo uma terra de imensas desigualdades sociais e hoje cresce assustadoramente desafiando cada um de nós a assumir parte desta ação civilizadora que gente como Ir. Neli Sobreira foi capaz de se dedicar para resgatar a nossa própria cidadania. Essa responsabilidade social ela assumiu exemplarmente e sua vida é um atestado eloquente desta sua opção preferencial pelos pobres e desassistidos, como se ainda hoje sua missão se orientasse pela herança de velho tronco familiar que aqui estava, antes que todos nós aqui chegássemos. É humanamente impossível quantificar o que a Congregação das Filhas de Jesus Crucificado realizou em Juazeiro do Norte, a partir daquela pequena célula do Dispensário, depois agigantada pela missão do Ginásio Monsenhor Macedo, hoje resistente pelo serviço social no Limoeiro, para nos demonstrar a grande dimensão do serviço ao próximo. Saúdo você, querida irmã Neli Sobreira, nos seus noventa anos, para lhe agradecer e para lhe desejar uma vida muito mais longa, plena das graças de Deus.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 14.08.2014)

FLOR DOS TRÓPICOS
Recebi e agradeço ao poeta Ivan Fernandes Magalhães este ótimo CD que contém algumas de suas poesias mais recentes. Ivan Magalhães já publicou diversos livros. Ao apresentar um deles em lançamento em Fortaleza, eu assim me expressei: “ Ivan Magalhães é um dos lídimos poetas do Cariri, plantado por entre serras e vales, às margens de, outrora, saudáveis regatos. Assim, em Ivan Magalhães, poeta da margem direita do Salgadinho, vamos encontrar a evocação ao nosso rio de aldeia, numa rememoração continuada das experiências da juventude, quando as águas corriam fortes e menos poluídas pelo progresso.” Ele continua realizando uma grande poesia, e neste CD ele volta a eleger sua mulher, Francisca Mirtes Josino, a quem dedica sua poesia título Flor dos Trópicos, em um poema acróstico, interpretado por João Kyor, com acompanhamento de grande musicalidade.


FILMES
Em vários pontos da cidade podemos encontrar a preço muito barato diversos filmes que já foram realizados sobre o Padre Cícero, como os de Helder Martins, Wolney Oliveira e Jonas da Silva, dentre outros, documentários e reportagens. O de Wolnei Oliveira, por exemplo, vez por outra volta ao cartaz, como agora na reabertura do Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, na última quinta feira, dia 13. O filme, ambientado em Juazeiro do Norte, em 1889, reconstitui o fenômeno em que durante a missa, Padre Cícero preside a cerimônia de comunhão. Ao dar a comunhão a Maria de Araújo, a hóstia se transforma em sangue na boca da beata. Mas quem explora este mercado pirata das produções faz outras trapalhadas, como usar ilustrações de capas de livros, ou mesmo trocar os discos. 

IRMÃ NELI SOBREIRA
E não era para menos: a festa de 90 anos da Irmã Maria Neli Sobreira da Silveira, na EMEI Monsenhor Macedo, no Limoeiro foi uma grande demonstração do afeto que a sua comunidade lhe tributa. Assim ela continua a realizar ali uma grande obra. Na ocasião, de presente, ela recebeu um projeto da arquiteta Gizelle Menezes, com o qual deverá dotar a creche com uma belíssima casa de bonecas, um dos seus mais ardentes desejos de complementação da área física daquele estabelecimento, com o qual as professoras e técnicas terão maiores recursos para desenvolver o aspecto lúdico da educação infantil.  




EXCOMUNHÃO
Em breve será lançado mais um livro do Pe. João Carlos Perini, desta vez enfocando a questão sempre suscitada na biografia do Pe. Cícero e que nos remete ao conhecimento de uma excomunhão que teria sido aplicada ao sacerdote. O Pe. João Carlos fez exaustiva pesquisa para esclarecer o fato. Ele inicia seu trabalho revisando todas as sanções punitivas ao Pe. Cícero, pela sequência cronológica, como foram aplicadas pela hierarquia da Igreja, e finaliza provocando o leitor para reconhecer que o processo de Roma tem erros que precisam ser reconhecidos e reparados. 









FESTA DA PADROEIRA
Estamos na contagem regressiva para mais uma tradicional festa da Padroeira de Juazeiro do Norte, Nossa Senhora das Dores. Esta devoção, como se sabe, vem de 15 de setembro de 1827. Portanto, esta data presente é a do ano 188 a partir da pedra fundamental da pequena capelinha na propriedade do brigadeiro Leandro Bezerra Monteira. Outrora, não faz muito tempo, esta romaria, com a vinda de peregrinos de todas as partes do Brasil, especialmente de gente nordestina, era a mais importante do ciclo de romarias, hoje suplantada pela romaria da Esperança, em 2 de novembro. Mas, continua sendo um grande momento de encontro do romeiro com seus santos, como aqui invocados, entre o Patriarca, Nossa Senhora das Dores, Maria de Araújo, José Lourenço, Frei Damião, etc. A Basílica Santuário está ultimando atenções para apresentar o templo com nova pintura e instalações bem cuidadas para atender a todos que virão.

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (SESC, Rua Cel. Francisco José de Brito, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 17, segunda feira, às 19 horas, o filme QUE BOM TE VER VIVA (Brasil, 1989, 95 min), dirigida por Lúcia Murat. Elenco: Irene Ravache. Sinopse: O filme Que bom te ver viva! retrata as histórias de mulheres sobreviventes da Ditadura (1964-1985) no Brasil. Contextualizando a obra historicamente, esse artigo pretende analisar as críticas do filme em relação ao que era dito e silenciado sobre as violências da Ditadura e tecer relações entre as transformações nessa memória e o processo de construção social e atuação política dos sobreviventes. 

CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (SESC, Rua da Matriz, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 19, quarta feira, às 19 horas, o filme AS VINHAS DA IRA (The grapes of wrath, EUA, 1940, drama dirigido por John Ford, baseado do livro de mesmo título, de John Steinbeck). Elenco: Henry Fonda (Tom Joad), Jane Darwell (Ma Joad), John Carradine (Casy), Charley Grapewin (avô Joad), Dorris Bowdon (Rose-of-Sharon Rivers), Russell Simpson (Pa Joad), O.Z. Whitehead (Al Joad), John Qualen (Muley Graves), Eddie Quillan (Connie Rivers), Zeffie Tilbury (avó Joad), Tom Tyler (Deputado Casy), Rex Lease (Policial), Walter Miller (Guarda do Novo México), Bob Reeves (Deputado), Walter McGrail (Líder da gangue), George O'Hara (Caixeiro). Sinopse: Oklahoma, Grande Depressão. Tom (Henry Fonda), filho mais velho de uma pobre família de trabalhadores rurais, retorna para casa após cumprir pena por homicídio involuntário. Ele planeja levar os parentes até a Califórnia, onde dizem que trabalho não falta. Durante a viagem eles passam por diversos tipos de provações e quando finalmente chegam na "Terra Prometida" descobrem que é um lugar bem pior do que aquele que deixaram. Uma ótima análise do filme pode ser lido em http://www.telacritica.org/VinhasDaIra.htm, escrita por Giovanni Alves (2006).

CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande) (alternando), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 21, sexta feira, às 19 horas, o filme SONATA DE OUTONO (Hostsonaten, Alemanha/França/Suécia, 1978, 99 min), direção de Ingmar Bergman. Elenco: Ingrid Bergman (Charlotte), Liv Ullmann (Eva), Gunnar Björnstrand (Paul), Erland Josephson (Josef), Mimi Pollak (instrutor de piano). Sinopse: Após ter sido uma mãe ausente por anos, Charlotte (Ingrid Bergman), uma renomada pianista, vai até a casa de sua filha Eva (Liv Ullmann) para lhe fazer uma visita. Ela se surpreende ao encontrar sua outra filha, Helena (Lena Nyman), que tem problemas mentais. Eva tirou Helena da instituição que Charlotte a havia internado para cuidar dela em casa. A tensão entre mãe e filha começa a crescer devagar até elas colocarem tudo em panos limpos, dizendo tudo que sempre gostariam de dizer.
o/mr15-cristina-marcos.pdf

CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 21, sexta feira, às 20 horas, o filme FÉRIAS DE AMOR (Picnic, EUA, 1955, 115 min), dirigido por Jushua Logan. Elenco: Kim Novak, William Holden, Susan Strasberg, Rosalind Russell, Betty Field, Cliff Robertson, Arthur O'Connell, Verna Felton. Sinopse: Hal Carter (William Holden) é um viajante errante, que chega em uma pequena cidade do Kansas para visitar e tentar conseguir emprego com um rico colega de faculdade, Alan (Cliff Robertson). Porém ele conhece e se apaixona por Madge Owens (Kim Novak), a linda namorada de Alan. Quando a mãe da jovem sente que esta paixão é correspondida entra em desespero, pois sonha ter a sua filha casada com o melhor partido da região.

CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 22, sábado, às 17:30 horas, o filme KATYN (Polônia, 2007, 118 min). Direção de Andrzej Wajda. Elenco: Andrzej Chyra (Jerzy), Maja Ostaszewska (Anna), Artur Zmijewski (Andrzej), Wladyslaw Kowalski (Professor Jan), Sergei Garmash (Major Popov), Antoni Pawlicki (Tadeusz), Krzysztof Globisz (Professor de química). Sinopse: Em setembro de 1939, após a invasão da Polônia pelos nazistas, tropas soviéticas ocupam o leste do país. Milhares de oficiais poloneses são mantidos prisioneiros e enviados a campos de concentração. Anna (Maja Ostaszewska) aguarda na companhia da filha o retorno do marido, Andrej (Artur Zmijewski). Quando várias covas coletivas são encontradas os soviéticos informam que os poloneses foram assassinados pelos nazistas na floresta de Katyn. Anna, no entanto, encontra o diário do marido e descobre que a verdade é outra.  

CIDADÃOS JUAZEIRENSES
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte concedeu novos títulos de cidadania a diversas pessoas. Vejamos os atos já publicados no Diário Oficial do Município.
RESOLUÇÃO N.º 775 DE 04.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido nos termo do artigo 198 e seguintes da resolução n.º 297/2001 – (regimento interno), o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor LUIZ GOMES DE MOURA. Autoria: João Alberto Morais Borges Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Nivaldo Cabral de Moura, Danty Bezerra Silva, José Ivan Beijamim de Moura, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Glêdson Lima Bezerra, José Adauto Araújo Ramos, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cícero Claudionor Lima Mota, Maria de Fátima Ferreira Torres, Rita de Cássia Monteiro Gomes e Auricélia Bezerra. 
RESOLUÇÃO N.º 777 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor LUIZ ANTÔNIO JUVÊNCIO DE ALMEIDA, pelos relevantes serviços prestados a esta cidade e ao seu povo. Autoria: José Adauto Araújo Ramos. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva e Danty Bezerra Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Ivan Beijamim de Moura, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Paulo José de Macêdo, José Nivaldo Cabral de Moura, João Alberto Morais Borges, Glêdson Lima Bezerra, Rubens Darlan de Morais Lobo, Maria de Fátima Ferreira Torres, Auricélia Bezerra e Rita de Cássia Monteiro Gomes. 
RESOLUÇÃO N.º 778 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor GLAUCO ROBERTO FURLAN, pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Autoria: Maria Calisto de Brito Pequeno Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Ivan Beijamim de Moura, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Nivaldo Cabral de Moura, João Alberto Morais Borges, Glêdson Lima Bezerra, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Paulo José de Macêdo, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra. 
RESOLUÇÃO N.º 779 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor FRANCISCO LEITE DE OLIVEIRA FILHO, pelos relevantes serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Auricélia Bezerra Coautoria: Glêdson Lima Bezerra, Paulo José de Macêdo e João Alberto Morais Borges. Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Antônio Vieira Neto, Rubens Darlan de Morais Lobo, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Danty Bezerra Silva, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes. 
RESOLUÇÃO N.º 780 DE 06.08.2015: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor MARCOS AURÉLIO MACHADO, pelos relevantes serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Maria Calisto de Brito Pequeno. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Adauto Araújo Ramos, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, João Alberto Morais Borges, Glêdson Lima Bezerra, José Nivaldo Cabral de Moura, Paulo José de Macêdo, José Ivan Beijamim de Moura, Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra. 

XYCO SÁ
Estive na Mostra Casa Cariri, no último sábado, dia 15, para ouvir Xyco Sá, este caririense de Santana do Cariri e que residiu entre nós nos anos 80, jornalista muito apreciado por redações e oficinas de grandes jornais do pais, escritor muito lido e figura muito presente na televisão brasileira. Ao conhecê-lo de perto, não deixei de contar-lhe uma pequena história que aconteceu comigo, há uns 15 anos atrás, durante uma das primeiras Bienais do Livro do Ceará. Naquela ocasião eu recebi um convite do jornalista Lira Neto, então coordenador da coleção Terra Bárbara, da responsabilidade da Fundação Demócrito Rocha (Jornal O Povo). Tratava-se do lançamento na abertura da bienal de um pequeno livro de autoria do Xyco Sá, sobre o beato José Lourenço. E fui lá, na expectativa, inclusive, de conhecê-lo. Mas chegando lá, encontrei o livrinho exposto e com surpresa, a capa era a do beato Francelino, e não do beato José Lourenço. Imediatamente fiz com que isto fosse comunicado ao Lira, que ainda não havia chegado ao recinto e apresentei justificativa. A secretária entrou rapidamente em contato com o Lira e este orientou o procedimento, conforme minha recomendação, para que todo o estoque fosse recolhido para se consertar o erro. De fato, toda a tiragem retornou para a gráfica no dia seguinte e uma nova capa foi feita. Dias depois, ainda no ambiente da mesma bienal, o livro foi lançado, agora com a capa correta. Contei isto para ele que me disse que tinha sido notificado, daquele modo, pelo Lira e isto agora era dessas histórias pitorescas de editoria de livros. Ele mesmo tem um exemplar da capa antiga (veja acima), como eu também guardo, mas o exemplar dele foi mais difícil de encontrar, pois quase tudo tinha sido consertado. Terminamos a noite com boas gargalhadas decorrente de histórias como esta. Xyco voltará ao Cariri proximamente e vamos nos encontrar para muita conversa. 

POSSIDÔNIO BEM, POR MÁRIO BEM
Já estão sendo distribuídos os convites para a sessão pública de lançamento do mais novo livro do escritor Mário Bem Filho, POSSIDÔNIO DA SILVA BEM – o legado. O evento será realizado no Memorial Padre Cícero, na noite do dia 29 próximo, às 20 horas. Desejo agradecer ao Mário a oportunidade de ter redigido o Prefácio da obra, excelente trabalho de pesquisa que ele realizou usando um farto documentário e ilustrações muito ricas sobre a vida e a obra deste grande médico que existiu entre nós. Encarecemos a todos para que reservem esta noite para uma grande sessão em homenagem ao Dr. Possidônio, merecedor de todas as nossas reverências. 

AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Mais uma vez estamos voltando com o movimento do Aeroporto de Juazeiro do Norte, com dados coletados na página oficial da Infraero na internet, com respeito a números de passageiros embarcados e desembarcados, aeronaves em pousos e decolagens, e o volume de carga que transitou no aeródromo. Em primeiro lugar, realçamos que este mês de julho a que se referem os dados apresentados, foi o primeiro mês da regularidade do mais novo voo na rota Brasília-Juazeiro do Norte-Recife-Juazeiro do Norte-Brasília, operado pela TAM. Conforme se pode ver na última tabela apresentada nesta sequência, após situar o desempenho do Aeroporto, tanto no mês divulgado (julho), quanto no período considerado (janeiro-julho, 2015), como vimos fazendo, também apresentamos alguns dados que nos permite estimar as variações deste desempenho. E dois números estão salientes: 1. O movimento entre Junho e Julho deste ano cresceu cerca de 36,48% quanto ao número de usuários em embarques e desembarques; 2. O movimento de Janeiro e Julho, entre 2014 e 2015, com relação ao mesmo indicador - usuários em embarques e desembarques, elevou-se em 54,30%. São ótimos sinais que confirmam, como um todo, o desenvolvimento regional e que se refere também em carga transportada. Este último indicativo certamente tem alguns condicionantes remanescentes, mas o início das operações da TAM tem um impacto maior. Na semana passada, entre nós em visita e contatos, o Ministro Mangabeira Unger, instado a falar sobre a questão de pendências do nosso Aeroporto, não deixou de referir-se a sua convicção de que o governo tem que prestigiar com boas e prontas ações para o setor de transporte aéreo regional, onde neste caso Juazeiro do Norte, por todos estes indicativos tem um papel muito relevante. Enfim, de posse destes dados, cada um poderá fazer a sua leitura, inclusive para constar algumas alterações significativas das operações do nosso Aeroporto, como no contexto regional (Norte-Nordeste, e congêneres do interior),