quinta-feira, 2 de abril de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
137: (30.03.2015) Boa Tarde para Você, prof. Geraldo Alves Silva
Uma das primeiras notícias sobre a história desta nossa cidade já era a sua atenção para com a educação dos seus filhos, a partir da constituição de nossa primeira escola Régia, oriunda de uma decisão imperial, antecedendo a república proclamada. Contudo, algumas obras livrescas escritas entre os anos 20 e 50, estão carregadas de muito ranço, descarregado sobre o nosso Patriarca, como se ele não tivesse realizado algo substancioso para que o perfil daquele miserável lugar se alterasse a partir de melhores ações sobre a educação. Felizmente, prof. Geraldo Alves, a história sincera do nosso município é bem outra e de há muito foi possível resgatar a verdade dos fatos, creditando ao Padre Cícero, quando prefeito, uma conduta exemplar nos cuidados e zelos para que pudéssemos chegar aonde estamos. Uma destas grandes referências neste particular foi a criação da nossa primeira escola pública, o que se denominou de Grupo Escolar Padre Cícero, homenagem que foi prestada por iniciativa do então juiz da comarca, Dr. Juvêncio Joaquim de Santana, ao lembrar o nosso maior benemérito. Em 1924, data que o Grupo passou a existir, embora ocupando outros edifícios, ele foi dirigido por uma das maiores educadoras da história de nosso Estado, a professora Maria Gonçalves da Rocha Leal, a terceira das nossas professoras públicas, a quem coube reorganizar o estabelecimento, já com 5 professoras e a construir a sede que ainda hoje conservamos. Depois, em sua longa história, de mais de noventa anos, o Grupo Padre Cícero pode e deve ainda hoje lembrar grandes nomes como Leontina Sobreira, Elvira Medeiros, Amália Xavier, Generosa Alencar, Alacoque Bezerra, Heloísa Camilo, Deceles Bezerra, Cícera Germano, Delce Vileicar, Maria Maia, José Alves Francisco, Conceição Souza Dantas, e a atual diretora Maria Helena Macedo Sampaio. Desde 2003 esta hoje denominada Escola de Ensino Infantil e Fundamental Padre Cícero que outrora pertencia à rede estadual de ensino foi transferida para o município e quando foi reaberto em 2005 passou também a abrigar atividades destinadas a alunos com necessidades educacionais especiais, em atenção aos direitos cidadãos inclusivos. É também merecedor de elogios o funcionamento do Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado, para atender às necessidades dos Alunos Especiais, como também aos alunos que têm déficit de aprendizagem através de atenções de especialistas. Isso é parte da gratidão que queremos manifestar ao esforço desta terra em resgatar pela cidadania e pela educação os mais legítimos caminhos de construção de seu povo que não pode desconhecer este direito e a obrigação do poder público para retirarmos estas diferenças que tanto nos segregam. Lembro particularmente que em administração passada, a propósito que o Padre Cícero havia sido parcialmente esvaziado pela transferência de seu alunado para um novo estabelecimento construído na Av. Dr. Floro, tentou-se encerrar as suas atividades, pelo fato de estar sendo subutilizado. Ao saudá-lo, nesta tarde, prof. Geraldo Alves, exatamente porque recai sobre sua pessoa as responsabilidades mais marcantes de um gestor público, como dirigente da Secretaria Municipal de Educação, desejo tão somente chamar sua atenção para que o Padre Cícero continue a ser esta escola sobre a qual se mantém os grandes ideais da missão educacional entre nós. Essa tradição de velhas escolas é algo que precisa permanentemente instigar nossa criatividade reciclando programas e procedimentos para que não percamos nunca este contato imprescindível de prover nosso desenvolvimento ao arrimo de suas luzes. E há nesta preocupação algo que se identifica com sua própria trajetória profissional quando dirigiu estabelecimentos como o Colégio Agrícola de Lavras, e a velha Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, de cujos bancos saíram grandes homens públicos de nossa terra. Finalmente, prof. Geraldo Alves, queremos tributar-lhe a nossa confiança para que a educação de nosso município encontre em suas forças, na sua mente e na sua vocação de educador, o melhor para que estes equipamentos e a formação continuada de nossos quadros não deixem nunca de ser as atenções maiores de sua gestão e empenho.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 30.03.2015)

BOA TARDE (II)
138: (01.04.2015) Boa Tarde para Você, Luiz Palmeira
Num dia como este, meu abençoado amigo Palmeira, não esqueço o quanto você gosta destas informações sobre a memória da história, para lembrar que a Igreja Católica celebra neste primeiro de abril o dia de São Hugo, homem de família nobre francesa, bispo de Grenoble que viveu 50 anos de um grande apostolado. Talvez seja oportuno também lembrar-lhe que neste dia foi proclamada a Lei abolindo a escravidão dos índios no Brasil e nasceram personalidades marcantes como o compositor Sergei Rachmaninoff; o escritor Roger Bastide, antropólogo francês que, inclusive, viveu no Brasil e escreveu sobre Juazeiro; e a atriz Debbie Reynolds, que vimos tantas vezes aqui no cine Eldorado. Mas, este dia se consagrou mesmo, Palmeira, porque “No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de D. Pedro, desmentida no dia seguinte.” Verdades e mentiras fazem parte da construção da notícia e um dia como este de hoje, quero crer, é muito apropriado para se fazer uma análise, mesmo que superficial ainda, sobre esta tendência que se abriga na imprensa e que não foge à constatação mais perversa dos psicólogos. Dizem eles que todo ser humano trapaceia, engana e mente, porque aparentemente convive bem com o hábito de elaborar mentirinhas, pequenas invencionices que se espalham, de forma determinada e bem resoluta, com alguma elaboração e não raras vezes, com critério de crueldade. Assim, Palmeira, a mentira é parte de uma estratégia de sobrevivência neste mundo conturbado, onde nossa atenção e cuidados nem sempre respondem bem a todos os compromissos e nisto seguimos dando pequenas desculpas, mentiras inventadas para nos desculpar pelo que não somos capazes de cumprir à risca. Neste universo, ser repórter de uma imprensa como você se propõe, Palmeira, a verdade tem um significado importante como critério básico de fidelidade à missão, embora aí não haja nada de novo ao se reafirmar este compromisso com o que intimamente se liga com o sincero, com o verdadeiro e, portanto, com a ausência da mentira. Fica claro, meu caro amigo, e você bem sabe, que a mentira no jornalismo deve ser, quando muito, o folclore, a informação que se deturpa desde a origem, no entorno da notícia, e que abre espaço para uma outra e expressiva missão do jornalista com a investigação que esclarece e desmascara. Tenho particular admiração por seu trabalho, Palmeira, porque você como profissional tem um perfil no qual se sobressai esta busca permanente pela verdade, com o desejo de comprovar a veracidade dos fatos e de fazer a distinção entre o verdadeiro do falso, primando pelo melhor serviço que se insere em um jornal como este, cuja colaboração é imprescindível. No dia de hoje, como em tantos dias mais recentes de nossa própria história, estar antenado com as noticias de todas as esferas, é uma tarefa ingrata e muito sofrida, pois isto realimenta a imensa frustração em saber o quanto esta pais ainda terá que percorrer para se livrar da mentira, da enganação, da mistificação desenfreada por valores inúteis à nossa cidadania. Por isso mesmo, Palmeira, o caminho da verdade no jornalismo é parte integrante desta cruzada diária para nos estimular na esperança e pela construção de um novo pais, à margem desta gente mentirosa que não honra cargos públicos, funções administrativas, e a cidadania de que são investidos. No caso particular do nosso Juazeiro do Norte e de todo o Cariri que queremos ver grande e muito maior que as nossas próprias ambições pessoais, a imprensa e este compromisso com a verdade se apresentam como parte deste ar que respiramos e que nos trás vida e vida em abundância. Nós, Luiz Palmeira, ouvintes de rádio, leitores de jornais, assistentes de televisão e usuários de mídia eletrônica, cobramos ainda mais de toda esta gente valiosa que há na imprensa deste pais, formando a opinião que promove a nossa nação para melhores conquistas, a voz contundente e esclarecedora para que tudo que seja dito, escrito e mostrado seja de fato o espelho de uma verdade irretocável.  
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 01.04.2015)

GRUPO ESCOLAR PADRE CÍCERO
A prefeitura municipal está divulgando a celebração dos 80 anos do Grupo Escolar Padre Cícero, com a seguinte nota; “A Escola Padre Cícero que foi inaugurada no início da Rua Santa Rosa pelo então prefeito José Geraldo da Cruz, em maio de 1935, vai comemorar 80 anos e a diretora Maria Helena Macedo Sampaio prepara uma programação para festejar a data. Recentemente, o prédio passou por uma profunda reforma já que o prefeito Raimundo Macedo assumiu o cargo encontrando a mesma escorada por estacas para não desabar. Em virtude da necessidade de uma reestruturação no estabelecimento, o município investiu recursos da ordem de R$ 331 mil e a escola ganhou uma pintura geral nas cores do município, nova cantina com depósito, forro em PVC, recuperação do telhado e das instalações elétricas e hidráulicas, bem como todo um reforço na estrutura.  Atualmente, são 320 alunos dos quais 30 especiais por integrar a proposta de inclusão social. Em recente contato com Raimundão, a diretora disse que a escola pleiteia como presente da municipalidade todo um revestimento cerâmico e ele prometeu executar tão logo seja possível. Trata-se de um dos mais antigos estabelecimentos de ensino de Juazeiro e integra o patrimônio arquitetônico do município estando bem ao lado do Memorial Padre Cícero que foi inaugurado mais de 50 anos depois.
Obs.: Convém salientar que esta celebração é devida a idade do edifício que atualmente abriga o o então Grupo Escolar, pois em verdade, o Grupo como escola, já tem 91 anos, tendo funcionado em outros locais, antes da construção do prédio referido.

NOVAS RUAS
Foram designados nomes oficiais para novas ruas abertas na cidade, conforme as leis abaixo:
LEI N.º 4450, DE 23 DE MARÇO DE 2015, pela qual fica denominada de RUA JOSÉ ALVES DE SOUSA, a rua projetada que inicia na rua Hilton Grangeiro Xavier e termina nos limites da casa de n.º 99, da rua Francisca Correia Cruz, no sentido Leste/Oeste, no bairro Leandro Bezerra, desta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Rubens Darlan de Morais Lobo.
LEI Nº 4424, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014, pela qual fica denominada de artéria pública do Loteamento Conviver Life-II, nesta urbe, a RUA JOSÉ SOUSA ALVES – (Rua Projetada 21), com início na Avenida Edgar Alvino Leite, sentido leste/oeste, no bairro Aeroporto. AUTORIA: Vereador Rubens Darlan Lobo.