sábado, 29 de junho de 2013

NOVOS CURSOS NA UFCA

 Criada a Universidade Federal do Cariri, muitos de nós aguardamos, ansiosos, o anuncio dos 16 novos cursos que serão oferecidos pela nova universidade. Como já existem 11 em funcionamento, passarão a ser 27 os diversos programas de graduação que a UFCA oferecerá para os 6.490 alunos que ela atenderá. Necessariamente não serão todos anunciados, nem tampouco implementados. Essa instalação de novos cursos será cumprida gradualmente, e não necessariamente no primeiro vestibular após a instalação da nova Universidade. De uma coisa já se sabe, a UFC, tutora da nova universidade tem um sentimento já expresso em instâncias acadêmicas sob dois pressupostos: o primeiro diz respeito à competência já provada da UFC em seus diversos cursos de graduação, o que não necessariamente implica na criação no Cariri de idênticos cursos já existentes em Fortaleza, mas programas outros, de formulações mais recentes, estribados na versatilidade do seu corpo docente que, por algum tempo, ainda se constituirá no esteio dos primeiros tempos da UFCA. O segundo ponto já transpirado diz respeito ao sentimento que, sendo o Cariri hoje um pólo universitário de expressão, especialmente pela oferta de mais de uma centena de cursos de graduação pelo setor privado, a nova universidade pública não pretende competir com este esforço, reforçando a ideia de novos tendências para o ensino de graduação, em sintonia com a demanda da região, como foi o caso de Design de Produtos, Jornalismo, Biblioteconomia, etc, ora em funcionamento. Dentro destas premissas a UFC poderá sugerir à UFCA alguns dentre as seguintes opções: Arquivologia; Automação Industrial;  Bioenergia sucro-alcooleira; Bioengenharia; Biotecnologia; Ciência dos alimentos; Ciência dos materiais; Desenho industrial; Design de interiores; Engenharia agrícola; Engenharia ambiental; Engenharia de alimentos; Engenharia de controle e automação; Engenharia de manutenção; Engenharia de materiais; Engenharia de sistemas eletrônicos; Engenharia de software; Engenharia de telecomunicações; Engenharia de transportes; Engenharia eletrônica; Engenharia industrial; Engenharia química; Engenharia sanitária; Gastronomia; Geologia; Gestão ambiental; Gestão da produção de calçados; Hotelaria; Logística; Marketing; Medicina veterinária; Museologia; Nutrição; Paisagismo; Publicidade; Química; Química ambiental; Química industrial; Radialismo (ou Rádio & TV, ou ainda Audiovisual); Recursos humanos; Saneamento; Turismologia; Zootecnia.
CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 26.04.1949 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme Estranha aventura. A ficha técnica da película é: Título original: When strangers marry; Estados Unidos, 1944; Direção: William Castle; Elenco: Dean Jagger (Paul Baxter), Kim Hunter (Millie Baxter), Robert Mitchum (Fred Graham), Neil Hamilton (Detetive Little Blake), Rhonda Fleming (Garota no trem). Sinopse: É um filme de suspense, no qual uma ingênua mulher chega a Nova Iorque para se encontrar com o marido, um vendedor que ela conheceu alguns meses antes, e desconfia que ele pode ser um assassino. No ano de lançamento a Variety reagiu de forma positiva, fazendo uma ressalva com relação ao título "When Strangers Marry", que sugere uma temática de recém-casados, diversa do enredo que é na verdade um thriller psicológico sobre um assassino, com perseguição cheia de suspense e emoção.Orson Welles disse, sobre este filme, em relação a outros do mesmo ano: "Não é tão habilidoso como Double Indemnity ou tão brilhante como Laura, mas que é melhor atuado e melhor dirigido... isso é. Relançado com o título de Betrayed, foi classificado como o melhor filme B já feito, pelo crítico e historiador de cinema Don Miller.
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 27.04.1949: Taça da amargura. A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: The upturned glass; Inglaterra, 1947; Direção: Lawrence Huntington. Elenco: James Mason (Michael Joyce), Rosamund John (Emma Wright), Pamela Mason (Kate Howard),  Ann Stephens (Ann Wright),  Morland Graham  (Argila),  Brefni O'Rorke  (Dr. Farrell),  Henry Oscar  (Médico legista),  Jane Hylton (Senhorita Marsh), Sheila Huntington  (Menina 1), Susan Shaw  (Menina 2), Peter Cotes  (Estudante), Nuna Davey (Sra. Deva), Judith Carol  (Joan Scott-Trotter ), John Monaghan (Motorista),  Maurice Denham (Policial). Sinopse: Um neurocirurgião de destaque relaciona-se com seus alunos na faculdade de medicina de uma história sobre um caso que ele teve com uma mulher casada e como, após o caso acabou, a mulher um dia caiu de uma janela e morreu.  O cirurgião, suspeitando que ela foi assassinada, partiu para encontrar o assassino - mas, em vez de virar o suspeito à polícia, ele planejava tirar sua própria vingança contra o assassino.

A CAPELLA DO JOASEIRO 
Por e-mail, e também publicamente no Facebook, o Pe. Francisco Roserlândio de Sousa (Diretor do Departamento Diocesano de História Pe. Gomes-DHDPG) nos deu a conhecer um velho documento encontrado nas suas garimpagens e que fala de uma atividade da então Capella da Senhora das Dores, da povoação de Joaseiro, como ai está na ilustração. No pequeno texto do documento, José Leite de Chaves e Mello(?) se dirige ao então Vice Presidente da Província do Ceará, José de Castro e Silva, em data de 12 de abril de 1831, no seguintes termos: Ilmo. Exmo. Senhor. Em cumprimento do Artigo 18 das Instruções do 1º de Dezembro de 1828, remeto a V. Excia. Cópias das Atas das Eleições de Juiz de Paz da Capella da Senhora das Dores e de Juizes Suplentes de Paz que se procederam nesta Villa e Capella de Sto. Antonio da Barbalha. (Saudações) Vila do Crato, 12 de Abril de 1831. Assinado: Irmão José Leite de Chaves e Mello. Nesta época, estava em vigor o Código Criminal de 1830, que foi o primeiro código penal brasileiro, sancionado poucos meses antes da abdicação de D. Pedro I, em 16 de dezembro de 1830. Vigorou desde 1831 até 1891, quando foi substituído pelo Código Penal dos Estados Unidos do Brasil (Decretos ns. 847, de 11 de outubro de 1890, e 1.127, de 6 de dezembro de 1890).(Wikipedia) Segundo este dispositivo legal, Juiz de Paz era a autoridade que exercia a inquirição dos noivos. Ele era eleito na comunidade com atuação na freguezia ou Capella filial. Segundo o Código (CAPITULO III - Dos crimes contra a segurança do estado civil e domestico. SECÇÃO I.- Celebração do matrimonio contra as Leis do Império (1). Art. 247. Receber o Ecclesiastico, em matrimonio, os contrahentes que se não mostrarem habilitados na conformidade das Leis. Penas - de prisão por dous mezes a um anno, e de multa correspondente á metade do tempo. Art. 247. Contrahir matrimonio clandestino. Penas - de prisão por dous mezes a um anno. (Sobre a nota (1), sugerida acima, o corpo do Código anota: “As disposições do Concilio Tridentino na Sessão 24, cap. 1.° de Roformatione Matrimonii, e da Constituição do Arcebispado da Bahia, no livro 1.0 , tit. 68 § 291, ficão em effectiva Observância em todos os bispados e freguezias do  Imperio, procedendo os parochos respectivos a receber em face da Igreja os noivos, quando lhes requererem, sendo do mesmo bispado, e ao menos um d'elles seu parochiano, e não havendo entre elles impedimento depois de feitas as denunciações canonicas, sem para isso ser neccessaria licença dos Bispos, ou de seus Delegados, praticando o parocho as diligencias precisas recommendadas no § 269 e seguintes da mesma Constituição, o que fará gratuitamente. Lei de 13 de Novembro de 1827. - A ultima disposição d'esta Lei não priva aos parochos dos emolumentos das denunciações e certidões que até a data d'ella costumavão receber. Lei de 28 de Julho de 1828. - O matrimonio não é regido exclusivamente pelas Leis ecclesiasticas; as civis tambem tem n'elle notavel interferencia: vede portanto, além de outras, as Leis de 19 de Junho e 29 de Novembro de 1775, e de 6 de Outubro de 1784, sobre as pessoas que não podem casar sem licença, pois que, na conformidade d'ellas, devem igualmente mostrar-se habilitados os contrahentes.” De acordo com um ótimo texto esclarecedor, sobre o Juiz de Paz, do Dr. Por José Carlos Teixeira Giorgis, advogado, desembargador aposentado e professor:  “... essa figura foi criada em 15 de outubro de 1827, tendo como atribuições a possibilidade de decidir demandas cujo valor não ultrapassasse 16 mil réis; ainda funções policiais nas vias públicas, como prender bêbados e corrigir meretrizes escandalosas; e comunicar ao presidente da Província todas as descobertas que, por casualidade ou diligências próprias, se fizerem no distrito, como também de qualquer outra útil ao reino mineral, vegetal ou animal, com remessa de amostras. Não necessitava conhecimentos específicos, embora a abrangência dos fins. Quando foi promulgado o Código Criminal de 1830 o juiz de paz também julgava as contravenções às posturas, aplicando multas; e com o estatuto penal noviço, recebeu missão de presidir o juizado de instrução contraditório, além de investigar a culpa do criminoso para encaminhar o respectivo expediente ao magistrado; e no âmbito passou a ditar as sentenças em crimes com multa de até 100 mil réis e aplicar a pena de prisão, degredo ou desterro de até seis meses. A partir de 1841 alteram-se suas competências ficam restritas à  celebração do casamento e conciliação, mas sem o caráter jurisdicional. Quando assumia o encargo assim rezava: -“Juro aos Santos Evangelhos desempenhar as obrigações de Juiz de Paz da freguezia ou Capella filial de...., guardar a Constituição e as Leis, e às partes o seu direito”, como consta em documento de dezembro de 1828.” (Fonte: http://www.espacovital.com.br/consulta/noticia_ler.php?id=21900)
Nestes textos, contextos, pretextos e entrelinhas, estava a minúscula comunidade do Joaseiro, ainda no seu nascedouro, dando mostras de sua inserção no aparato legal do Império para que sua sociedade nascesse e prosperasse sob a égide da Igreja e do Estado. Isso, pelo menos para mim, abre espaço para uma nova trilha de pesquisa histórica sobre nossas origens, especialmente sob a égide do que foi consagrado, como comunidade de oração e trabalho.

IMPRENSA CENTENÁRIA
Surgiu um novo jornal na cidade – NOSSA HISTÓRIA. Deve ser o de número 526, pois devidamente comprovados com exemplares temos 498 e 28 outros estão sendo procurados para o tombamento efetivo na História da Imprensa Centenária de Juazeiro do Norte. Trata-se do Informativo do 2º Batalhão da Policia Militar do Ceará, criado como um canal de comunicação que visa aproximar ainda mais o comando do 2º BPM e a tropa, e que também seja um elo entre a Polícia Militar e a sociedade. No mês de maio, a edição especial de lançamento de NOSSA HISTÓRIA teve como foco o aniversário da Polícia Militar do Ceará. Suas edições conterão estatísticas, homenagens, notícias e informações de utilidade pública. Aproveito a oportunidade para mencionar estes 28 que existiram e cujos exemplares estão sendo desejados por nós, apenas por empréstimo, para que façamos os devidos registros. São eles: A Rua; A Vóz do Cariri (I); Art Pop Zine; Avança Juazeiro; Boletim Arauto; Boletim do Seminário Batista do Cariri; Fique de Olho; Fome; Gota Serena; Informativo Cako; Informativo Flamax; Jornal Escolar da Escola José Bezerra; Lingua-Gens; Manifesto Macabro; Missões em Foco; Nossa Boca; Notícias da Gente; O Cinqüentenário; O Lince; O Repórter; O Sol; O Torcedor; Ovni; Porão; Programação SENAC Juazeiro do Norte; SAMA; Semanário Informativo; e Veja Esporte. Os que puderem nos ajudar ficaremos muito agradecidos, podendo as informações serem remetidas para este Portal.

ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL 
O Governo do Estado do Ceará acredita que é importante manter um Sistema Estadual de Arquivos Públicos, tendo à frente o Arquivo Público que funciona em Fortaleza. Hoje, dos 184 municípios, apenas Farias Brito, Caucaia, e Pacoti tem os seus arquivos públicos municipais. Isto é muito pouco, convenhamos. O sistema teria sido criado em 2000, com uma determinação que não foi levada muito a sério, gerando a sua inatividade, pouco tempo depois. Bem recentemente, o atual secretário de cultura, prof. Francisco Pinheiro, em 2011, voltou a incentivar o andamento do projeto “Implantação do Sistema Estadual de Arquivos do Ceará”, mas pouco se adiantou. Um dos senões é a disponibilidade de recursos. Mesmo assim, em 2012, foi formada uma equipe constituída por historiadores, para tratar do assunto. Como se sabe, o Estado não pode obrigar cada um dos municípios a criar seus arquivos. Mas, a ausência deste serviço é lamentável pelo serviços que ele prestaria. Além do mais, pode-se dizer que em consonância com a legislação vigente, ”os poderes e suas diferentes esferas devem gerir seus documentos”. De acordo com o diretor do Arquivo Público do Ceará, Márcio Porto, “por enquanto, dez municípios já manifestaram interesse em criar seus arquivos municipais, entre eles Aracati, Camocim, Sobral, Crato e Juazeiro do Norte.”
 UM CONTEXTO & UMA CONJUNTURA 
Vinha crescendo aos poucos a intranquilidade dos juazeirenses neste contexto muito instável da nova administração municipal, em meio a esta complexa conjuntura nacional. E, quem diria? A terrinha se alevantou para protestar e dizer um basta aos abusos cometidos pelos seus gestores. Nosso comportamento é um tanto dúbio se imaginarmos que em muitas circunstâncias nós continuamos sendo assaltados, roubados pelos desmandos que se cometem. Fala-se de muito dinheiro perdido no ralo do tesouro municipal. Nisto, nós temos uma tolerância razoável. Deploramos, mas aguentamos firmes. Diferente é quando se mexe no nosso salário. Aí, por centavos que sejam, já nos indignamos, reunimos a fúria e tudo de ruim que nossas mães não conseguiram resolver enquanto era o tempo de nossa meninice e adolescência e lá vamos nós para a rua, feito gente truculenta que não concilia a passividade anterior com a provocação dos últimos instantes. Foi isso, o disparo inevitável de um gatilho que puxou tudo que havia de mal passado e mal explicado. A nação voltou a acordar, e o Juazeirinho do Norte se deu a demonstrações um tanto exóticas como encurralar um prefeito em horas em agência bancária e pressionar até mais não poder para que um novo acordo surja em torno dos salários de uma classe trabalhadora que tem certeza de que ainda não é por agora que a questão da educação será tratada com respeito.
(Foto: Beto Fernandes)
MUSEU DO LOUVRE
Semanas atrás nesta Coluna, eu fiz uma menção muito orgulhosa sobre a participação de minha filha, a arquiteta Renata Carleial de Casimiro, numa seleção de candidatos para curso na França. O Ibram – Instituto Brasileiro de Museus, do Ministério da Cultura, instituição a que Renata pertence, sediada no Rio de janeiro, publicou no dia 26, pp., no Diário Oficial da União, o resultado final das candidatas selecionadas para o Intercâmbio Acadêmico Brasil-França para a Bolsa de Intercâmbio para formação no Seminário Internacional de Verão de Museologia (SIEM) da Escola do Louvre e estágio em museus franceses. Para as vagas destinadas ao público em geral, as selecionadas foram Fernanda Alvim Modiano e Marina Mazze Cerchiaro. E para a vaga destinada a servidor do Ibram, Renata Carleial de Casimiro foi selecionada. O estágio será realizado, portanto, no Museu do Louvre, em Paris, entre 01.09 e 30.11. Partilho com meus leitores esta imensa alegria. Na foto, Renata (vestido azul) está na companhia de sua irmã, Carolina Medeiros de Casimiro, que presentemente também está em temporada de estudos de língua francesa em Paris, por sete semanas.

ONDE ESTÁ O REBATE? 
Há muitos anos, eu soube por dona Amália Xavier de Oliveira que a coleção completa do jornal pioneiro de Juazeiro do Norte, O Rebate, devidamente encadernada, e que pertencia à biblioteca da antiga Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, havia sido tomada por empréstimo pelo pe. Cícero Fernandes Coutinho. Curioso, eu mesmo tentei consultá-lo e, de fato, fui atendido, tendo sido recebido na sua residência, à Rua São José, quando me facultou o acesso. Na época não havia equipamento disponível para uma microfilmagem, pelo menos ao meu alcance. Então, perdi a chance de fazer o que ultimamente muito tenho desejado, para ter uma cópia digitalizada deste importante jornal. Tendo falecido em 08.07.1976, o pe. Coutinho deixou expressa a vontade para que sua biblioteca fosse levada para o Seminário do Crato. Soube disto bem recentemente, quando uma pessoa amiga, surpreendeu-me confirmando que esteve presente à entrega do material a um representante da Diocese, um sacerdote, para levar para o Seminário esta parte do espólio de pe. Coutinho. E lá se foi também a coleção de O Rebate. Nunca mais ouvimos falar disto, e até gostaria muito de ser informado o que foi feito deste acervo, especialmente a coleção do jornal. Apelo para os amigos Armando Lopes Rafael (Chanceler da Diocese de Crato) e Pe. Francisco Roserlândio de Sousa (Diretor do Departamento Diocesano de História Pe. Gomes-DHDPG) para que nos dê alguma informação a respeito.

CALÇADAS 
Esse Portal já mencionou, em diversas ocasiões a situação vexatória que enfrenta um pedestre ao transitar pelas calçadas de Juazeiro do Norte. A questão crônica vem de longe quando os gestores acharam melhor reduzir a largura das calçadas para permitir o alargamento de algumas ruas e facilitar o fluxo de veículos. Não se pensou noutra, acreditando que a cidadezinha talvez não passasse disso. Outra questão gravíssima é a apropriação dos espaços públicos pelo privado, drasticamente acentuado ultimamente. E nisto não se salva nem o formal, pois o comércio bem estabelecido também ocupa as calçadas do centro comercial e arredores, para expor as suas mercadorias. Falta a responsabilidade municipal para cumprir a regra dos códigos e normas, coisa tão comum à nossa cultura. Isto teve diversos capítulos, como a questão do bares do entorno da Praça Pe. Cícero e a ocupação por verdureiros na Rua São Paulo, aparentemente resolvida. Mas, agora, como se a cidade não tivesse nenhum comando, vai voltando a ameaça e as imagens televisivas demonstram a total alienação do poder público municipal para conter este retorno da ameaça. No caso que vi recentemente num dos telejornais, a ambulante que ocupa espaço numa calçada da Rua São Paulo e que por ali, vendendo sucos, permanece o horário comercial, teve a cara de pau de dizer duas coisas: ela toma quase que a calçada toda e fica uma nesguinha que não atrapalha o transito de pedestres (?), e mais que foi autorizada pelo fiscal da prefeitura. Além do mais, o secretário municipal ao qual a questão está afeita, reafirma que a fiscalização está coibindo isto. Não se entende. Agora a perturbação se alastra pela Rua Santa Luzia. Isso é típico de uma cidade sem comando. 

CEL. JOÃO ALENCAR DE FIGUEIREDO
Recebi e agradeço sensibilizado o presente que me manda o historiador Marcio Gandhi Figueiredo Temóteo, filho de estimados amigos Zulmira e Marcos Pereira Temóteo (in memoriam) com esta preciosa fotografia de seu bisavô, o Cel. João Alencar de Figueiredo, ao tempo em que esteve residindo no Acre e integrava a Guarda Nacional naquele território, tendo atingido o oficialato, no posto de coronel. Raimundo Araújo e Mário Bem Filho, no seu apreciado livro Dados Biográficos dos homenageados em logradouros públicos de Juazeiro do Norte, já perfilaram este homem que nasceu em Garanhuns, PE, em 22.01.1881 e faleceu em Juazeiro do Norte, em 26.11.1945. A partir dos anos 20, residindo em Juazeiro do Norte, tornou-se grande amigo do patriarca, sendo inclusive, vizinho do padre Cícero. Há diversas outras fotografias em que o Cel. João Figueiredo se deixou fotografar ao lado do pe. Cícero e de outros cidadãos juazeirenses. 
MEMÓRIA (I)
Em atenção à gentileza de Marcio Gandhi Figueiredo Temóteo, faço aqui uma breve memória sobre seu pai, Marcos Pereira Temóteo. Marcos foi meu contemporâneo de Ginásio Salesiano, nos primeiros anos da década de 60. Nas duas fotografias aqui apresentadas, a primeira refere-se ao nosso ingresso no Ginásio Salesiano, em 1961. Muitos aí são reconhecidos como integrantes daquela turma A do primeiro ginasial, onde são vistos: Da frente para trás, da esq. para a dir.: 1ª. fila, sentados - (não identificado, aluno de apelido “Passarinho”), Antonio Renato Soares de Casimiro (apelido sacerdote), Lindovaldo Frutuoso Gino, José de Anchieta Gondim Machado, José de Anchieta Silva, Antonio Alves Teles, Francisco José Pinheiro (apelido Ciço Pititiu) e João Vianney (...); 2ª. fila, em pé - Francisco Tadeu Lustosa, Paulo de Sousa, Francisco Adonias de Morais Sobreira (apelido Ninizo), (não identificado), José Sá Silva Thé, Francisco Carlos Macedo Tavares (apelido Jesus), Jairo Bezerra, Sergio Belém de Figueiredo e Iderval Jurumenha Ribeiro; 3ª. fila, em pé - José Pereira, José Wellington Amorim Araújo, Marcos Pereira Timóteo, Francisco Eduardo van den Brule Matos, José Sodson Sabiá, José Alencar, Cícero Alves Teles e Cícero de Paulo; 4ª. Fila, em pé - João Reginaldo Tenório, Edson Freitas, Valdir Tavares, Antonio Isomar, (não identificado), (não identificado), João Bosco Silva Cavalcante (apelido Bosco Caboré), Francisco Wilton Barbosa da Silva (apelido Bolinha), (não identificado).

MEMÓRIA (II)
Na segunda foto, bem recentemente, revendo velhas fotografias que ainda estavam para ser identificadas, encontrei esta em que aleatoriamente se fazia, nos anos 70, provavelmente, um registro nas ruas de Juazeiro do Norte que fazíamos com frequência. Na cena se tem uma visão da Rua Conceição, entre as ruas São Paulo e São Pedro, sentido nascente-poente. A rua ainda guardava um pouco da fisionomia dos anos 50, com algumas residências (famílias de Diva e Manoel Gomes, Edgar Coelho, Cristina Almeida, por exemplo), à direita, um pequeno trecho do velho Clube dos Doze, e na esquina a construção da nova A Pernambucana, no local em que se erguia antes a loja comercial de Eliseu Bispo. E o surpreendente é a presença de Marcos Pereira Temóteo, visto aí no primeiro plano. No mais, uma Rua Conceição onde os veículos da época (aero Willis, Rural, corcel) podiam ir e vir, numa rua de duas mãos, com a tranquilidade de uma cidade que se desenvolvia e ainda nos dava alguma qualidade de vida.