segunda-feira, 25 de agosto de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
069: (25.08.2014) Boa Tarde para Você, Dr. José Nildo Rodrigues
Eu e você, meu caro amigo Dr. Nildo Rodrigues, fomos eleitos há poucos dias para presidirmos juntos o nosso Instituto Cultural do Vale Caririense, o ICVC. E vamos tomar posse exatamente pelos dias em que esta instituição completa 40 anos de existência, não sendo modesta a sua folha de serviços à nossa terra. Que enorme privilégio, este nosso, o de continuar os ideais daqueles doze, a começar pelo fundador Joaquim Lobo de Macedo (Joaryvar Macedo), e a seguir por Albis Irapuan Pimentel, Cícero Mozart Machado, Francisco Renato Sousa Dantas, Joaquina Gonçalves de Santana, José dos Anjos Dias, Lindalva Rodrigues de Alencar, Maria Alacoque Bezerra, Maria Antélvia Cândido, Maria Bezerra de Menezes, Maria Zélia Pinheiro de Melo, e da sua querida Nair Silva! Pensando nisto, creio sinceramente, Nildo que juntos poderemos realizar algo substancial para que não haja desapontamento sobre a confiança que os nossos pares empenharam nesta escolha. Deste modo, o nosso entendimento situa-se no caminho de mantê-lo em meio às demais instituições como agente promotora do desenvolvimento da comunidade. Temos um rito que nos coloca mensalmente em reuniões regulares para debates de questões de real importância para o desenvolvimento cultural, ao qual se ajunta, inevitavelmente, expedientes que alargam esta presença do ICVC entre nós. Você, Dr. Nildo, como nosso vice-presidente, é pessoa importantíssima para a primeira de nossas metas, no sentido de realizarmos a conquista de nossa sede própria, um sonho de há muito acalentado, para melhor exercício destes objetivos claros da missão da instituição que passaremos a dirigir. Somente assim, deixaremos de ser esta agremiação itinerante, por residências e locais públicos onde nos reunimos para tratar de temas diversos que reforçam esta nossa existência intelectual. Teremos chance de dispor nossa biblioteca e nossos acervos documentais para todos os interessados que reconhecem no ICVC um instrumento útil para seus trabalhos de pesquisas e fazer cultural. Com seu apoio, Nildo e bem assim, de todos os demais membros da diretoria, será esta a oportunidade para retomar velhos planos de nossos antecessores, metas frustradas pelo tempo, com vistas à maior inserção da agremiação na região, com uma melhor divulgação de todos os trabalhos de seus associados, mas também com a publicação de livros, de informativos, de jornais e da nossa revista tão preciosa. Temos que instituir concursos e prêmios escolares; patrocinar lançamentos de livros em noites de autógrafos; realizar exposições históricas, artísticas e culturais; retomar o PALCO – o Prêmio Anual de Literatura de Cordel; reeditar obras de interesse regional; interagir com todas as nossas instituições culturais, sem diferenças e presunções; e se fazer representação efetiva junto a conselhos municipais, clubes de serviço, entidades públicas e privadas. Recentemente, procedida a atualização dos nossos Estatutos, agora será a oportunidade de efetivar o Regimento Interno, para que as normas permitam boa funcionalidade de ações com os quadros de dirigentes e de associados. Felizmente, Dr. Nildo, agora somos mais de quarenta membros titulares e até poderemos chegar à casa de uma centena, devidamente escolhidos por critérios que pontuem a identidade dos seus proponentes frente à missão do Instituto. Teremos, enfim, mais braços, mais corações e mais mentes capazes de levar mais longe este mesmo ICVC de Joaryvar Macedo, de Nair Silva e dos outros dez, amar mais profundamente seus ideais, prezá-los como parte de nós mesmos e, por fim, pensar mais alto para continuar dignificando a sua trajetória. 

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
Por resoluções da egrégia Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, a cidade passou a contar com novos cidadãos honorários, nas pessoas de: Fábio José Rodrigues da Costa, Mirian de Almeida Rodrigues Sobreira e Mauro Roberto dos Santos. Vejamos os termos das concessões:
Pela Resolução N.º 716, de 19.08.2014, fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense
ao Senhor Fábio José Rodrigues da Costa, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Auricélia Bezerra; Coautoria: Danty Bezerra Silva; Subscrição: José Nivaldo Cabral de Moura – Antônio Vieira Neto – José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Cícero Claudionor Lima Mota - Cláudio Sergei Luz e Silva – Firmino Neto Calú - José Adauto Araújo Ramos – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – João Alberto Morais Borges – Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
Pela Resolução N.º 717, de 19.08.2014, fica concedido, nos termos do artigo 198 e seguintes da
Resolução n.º 297/2001 (Regimento Interno), o Título Honorífico de Cidadã Juazeirense a Ilustríssima Senhora Mirian De Almeida Rodrigues Sobreira. Autoria: João Alberto Morais Borges; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva e Glêdson Lima Bezerra; Subscrição: Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena - Cláudio Sergei Luz e Silva – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Danty Bezerra Silva – Maria de Fátima Ferreira Torres e Auricélia Bezerra.
Pela Resolução N.º 718, de 19.08.2914, fica concedido o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense
ao Ilustre Senhor Mauro Roberto dos Santos, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura – Rubens Darlan de Morais Lobo – Normando Sóracles Gonçalves Damascena - Cláudio Sergei Luz e Silva – Firmino Neto Calú – José Adauto Araújo Ramos – Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Danty Bezerra Silva – Cícero Claudionor Lima Mota - Glêdson Lima Bezerra - João Alberto Moraes Borges – Maria de Fátima Ferreira Torres - Rita de Cássia Monteiro
Gomes e Auricélia Bezerra.
Fábio José Rodrigues da Costa é Coordenador do DINTER Artes UFMG-URCA (2013-2016), Chefe do Departamento de Artes Visuais, Líder do Grupo de Pesquisa Ensino da Arte em Contextos Contemporâneos - GPEACC/CNPq, Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ensino da Arte - NEPEA, Representante do Brasil no Consejo Latinoamericano de Educación por el Arte - CLEA, Diretor de Relações Internacionais da Federação dos Arte/Educadores do Brasil - FAEB, Membro da Rede Iberoamericana de Educação Artística - RIAEA, Membro associado da Federação dos Arte/Educadores do Brasil - FAEB. Membro associado da International Society for Education througt Art - InSea. Doutor em Artes Visuais pela Universidad de Sevilla - US/España (2007), Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (1999), Aperfeiçoamento em Aprendizagem da Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade de São Paulo - USP (2000), Graduado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1995). Atualmente é professor Associado da Universidade Regional do Cariri/Departamento de Artes Visuais/Curso de Licenciatura em Artes Visuais. Pró-Reitor de Extensão (2011-2012). Diretor do Centro de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau da URCA (2008-2011). Secretário Geral do Conselho Latino Americano de Educação pela Arte - CLEA (2010-2012). Membro do Projeto de Cooperação Internacional para América Latina com a Universidade Autonoma de Madrid com participação do Chile, Cuba, Brasil e Venezuela (2009-2011). Coordenador da área de Mediação Cultural da Hibrido Produções. Membro do Grupo de Apoio à Livre Orientação Sexual do Cariri - GALOSC. Atua e desenvolve pesquisas na área de Arte/Educação com ênfase na Formação de Professores de Artes Visuais, Didática do Ensino das Artes Visuais, Mediação Cultural. Ministra as disciplinas Pesquisa e Prática Pedagógica em Artes, Didática do Ensino das Artes Visuais e Estágio Supervisionado em Ensino das Artes Visuais no Curso de Licenciatura em Artes Visuais. 
Mirian de Almeida Rodrigues Sobreira, deputada estadual pelo PROS, é enfermeira. No seu perfil, no site da Assembléia Legislativa do Ceará lê-se: “Mirian Sobreira tornou-se um exemplo de grande líder para a cidade de Iguatu. Uma Mulher forte e determinada que foi acolhida e acolheu a todos, tornando-se uma leal amiga do povo. Em sua trajetória pública, foi primeira dama municipal de Iguatu, período em que ficou à frente da Secretaria Municipal de Ação Social, realizando um brilhante trabalho, desenvolvendo projetos sociais, afirmando a sua capacidade e força de vontade, gerando o reconhecimento de todos e iniciando uma longa caminhada na vida pública. Foi candidata à vice-prefeita e posteriormente à prefeita de Iguatu, onde obteve um alto percentual de votos válidos, demonstrando sua capacidade política. Em sua trajetória política foi filiada ao PPS e hoje ao PSB, sempre estando ao lado do governador Cid Gomes e da maior liderança política nordestina, Ciro Gomes. Com apoio de ambos disputou pela primeira vez um cargo no Legislativo cearense, conseguindo se eleger Deputada Estadual, conquistando o respeito e a confiança de 45.739 cearenses. Suas principais bases políticas são os municípios de Iguatu, Acopiara, Quixêlo, Jucás, Cariús, Crato, Juazeiro do Norte, Milagres, Farias Brito, Sobral, Viçosa do Ceará, Santana do Acaraú, Chorozinho e Fortaleza. Foi membro das seguintes comissões: Trabalho, Administração e Serviço Publico (Presidente); Seguridade Social e Saúde (Vice-Presidente); Ciência, Tecnologia e Educação Superior; Constituição, Justiça e Redação; Da Infância e Adolescência; Defesa do Consumidor; Defesa Social; Educação; Agropecuária; Cultura e Esportes (Suplente); Industria, Comercio, Turismo e Serviço (Suplente); Orçamento, Finanças e Tributação (Suplente)
(Infelizmente, não encontramos dados pessoais sobre o homenageado Mauro Roberto dos Santos.)

CINEMATOGRAPHO
Estamos divulgando a programação para o restante do mes de Agosto, do Cinematographo, no SESC de Juazeiro do Norte, sempre nas noites de quartas feiras.
Dia 27: Adeus, Lenin! (Alemanha, 2003).

GESTÃO ORGANIZACIONAL
Registro com prazer que no dia 22, pp, aconteceu no auditório do SENAI WCC, o encerramento da unidade curricular Gestão Organizacional coordenado pela professora Denise Almeida. Na ocasião, os alunos desenvolveram três empresas fictícias nos ramos da industria, comércio e serviço, colocando em prática o conteúdo que foi visto durante a disciplina. No encerramento foram apresentadas as empresas T.A - Indústria de fabricação de Trens; Confort Tur - empresa de serviço de turismo e a Pet Stop - uma empresa de pet shop que atua na área de comércio e serviços. A apresentação contou ainda com a presença da coordenadora pedagógica Cristiane Dionísio.

DANÇA EM TRÂNSITO
Dança em trânsito celebra 10 anos de existência com a maior e mais extensa edição do evento desde a sua criação em 2004. De 5 a 31 de agosto, o evento congrega mais de uma centena de profissionais de 11 países, e promove a circulação de 37 espetáculos, 8 oficinas e 2 residências por 11 cidades de 6 estados brasileiros. Braço maior da rede internacional Ciudades que Danzan, representando onze das 49 cidades que hoje integram a organização, o Dança em Trânsito chega à sua décima edição na condição de um dos mais importantes e longevos eventos de dança contemporânea do país, item obrigatório no calendário cultural do Rio de Janeiro e presença marcante em outras dez cidades brasileiras, para onde começou a se expandir em 2012. A mostra, idealizada pela coreógrafa Giselle Tápias, pisa ainda, pelo segundo ano consecutivo, em território francês, com roteiro e programação a serem definidos ao longo da edição brasileira por curadores convidados. A chave da longevidade? Talvez a feliz combinação de duas marcas registradas do evento desde a sua criação em 2004: a diversidade de estilos e linguagens da programação e uma política de ocupação do espaço urbano que promove apresentações a preços populares em palcos tradicionalmente dedicados à dança e performances a céu aberto em áreas – centrais, nobres ou desassistidas – de grande circulação. Some-se a isto uma programação paralela de intercâmbio, envolvendo mesas redondas, oficinas, residências de criação e a presença constante de curadores e diretores artísticos de festivais ou companhias de relevo no cenário internacional desta modalidade da dança, e está pronta a mistura. E se, de 2004 a 2013, em nove edições praticamente consecutivas do Dança em Trânsito (apenas em 2009, o evento deixou de ocorrer), 123 artistas e/ou companhias nacionais e estrangeiros puderam exibir suas criações coreográficas e vivenciar uma intensa troca de experiências, nesta edição comemorativa de seus 10 anos de vida, mais de uma centena de profissionais de 11 países1 farão circular sua arte e suas ideias por quase três dezenas de espaços públicos, abertos ou fechados, espalhados por oito cidades de cinco estados brasileiros. Além do Rio de Janeiro, que até 2011 reinou absoluta como cidade-sede do evento, figuram no roteiro, Duque de Caxias (RJ), Florianópolis (SC) e Entre Rios do Sul (RS) – incorporadas ao mapa de programação desde o ano passado – e, ainda, a exígua e longínqua Capivari de Baixo, também em Santa Catarina, com menos de 30 mil habitantes, Vitória (ES), Vila Velha (ES), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), Teresina (PI) e Parnaíba, (PI). O arco de público alcançado pelo evento, que tem curadoria e direção artística assinadas por sua criadora, Giselle Tápias, pode ser medido por dois pontos extremos na geografia da capital carioca, que abriga dez dos mais de vinte espaços públicos envolvidos nesta edição: o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no coração da cidade (com ingressos a 1 real), e o Centro Cultural Wally Salomão, sede do AfroReggae, em Vigário Geral, um de seus subúrbios mais distantes. A programação brasileira transcorre em três etapas, divididas por diferentes regiões do país: Sudeste (5 a 31 de agosto), Sul (19 a 22 de agosto) e Nordeste (26 a 31 de agosto). A mostra, que ano passado promoveu a circulação de quatro companhias cariocas apresentadas em sua 9a edição2 por dois subúrbios de Paris e duas cidades francesas3, volta a espraiar-se por território francês entre setembro deste ano e junho de 2015, em roteiro a ser divulgado oportunamente.
OS DESTAQUES DO DANÇA EM TRÂNSITO 2014
A capital carioca, que recebe a fatia mais extensa e generosa da programação, assiste com exclusividade algumas das grandes atrações do Dança em Trânsito 2014. Entre elas, as três coreografias apresentadas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que acolhe pela primeira vez o evento: Uphill, que marca a estreia na América do Sul da cultuada companhia dirigida em Berlim pelo bailarino e coreógrafo chinês Shang-Chi Sun; Romeo and Juliet, nascida da residência de criação do coreógrafo húngaro Ferenc Fehér com um coletivo de 18 integrantes do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, apresentada em programa duplo com Uphill dentro do projeto Domingo no Municipal; e Alforria, homenagem a Mercedes Baptista, primeira bailarina negra a subir ao palco do Theatro Municipal, na década de 60; idealizada pelo coreógrafo carioca Carlos Laerte e desenvolvida em colaboração com seis bailarinos negros selecionados em audição pública em mais uma residência promovida pela mostra, a peça, de curta duração, será apresentada nas janelas frontais do teatro. Dois outros palcos cariocas têm especial importância nesta edição do evento: o Teatro Cacilda Becker, seu “quartel general”, ocupado do primeiro ao último dia, e o Teatro 2 do CCBB, que em cinco dias exibe onze trabalhos, incluindo uma segunda apresentação de Uphill. Entre os destaques da programação, podemos citar ainda o bailarino Romual Kabore, de Ouagadougou (Burkina Faso), uma das revelações do último Festival de Avignon, com Sans D – Duo Soli, dueto com o músico Tim Wensey; a companhia La Macana, de La Coruña (Espanha), com No Title Yet, seu mais recente trabalho; e comemoração dos 20 anos de trajetória do Grupo Tápias, com a estreia nacional de Abundância – fruto da residência coreográfica que a bailarina e coreógrafa carioca Flávia Tápias acaba de cumprir, entre agosto de 2013 e junho de 2014, em Paris, onde foi à cena pela primeira vez em março último dentro da programação do Festival Rencontres Essonne Danse –, a oficina Prática Compartilhada do Espetáculo Abundância, ministrada pela artista, e a exibição do documentário Abondance – Processo de Criação, de Luciana Poso, que registra o processo de construção do trabalho. Circulam pelas outras praças das regiões Sudeste, Sul e Nordeste os seguintes intérpretes, companhias e espetáculos: Ferenc Fehér (Budapeste, Hungria), com Tao Te; La Macana (La Coruña, Espanha), com Ven; Staccato | Paulo Caldas (Rio de Janeiro, RJ), com Quinteto (Duo #3); Grupo Tápias (Rio de Janeiro, Brasil | Paris, França), com Abundância e Lightpiece; Romual Kabore (Ouagadougou, Burkina Faso, África), com Sans D – Duo Soli; e o coletivo efêmero especialmente formado para se apresentar na edição 2014 do evento, reunindo Flávia Tápias (Rio de Janeiro, Brasil | Paris, França), Romual Kabore (Ouagadougou, Burkina Faso), Gaetán Jamard (Paris, França), Alexis Fernandes (Havana, Cuba), Caterina Varela (La Coruña, Espanha), com Partilha – Improvisações.
FICHA TÉCNICA
Direção artística e Curadoria: Curator GISELLE TÁPIAS
Assistente de direção e Curadoria: FLÁVIA TÁPIAS
Coordenação e Contato com os artistas: ROSANE ALVES
Direção de produção: CDPDRJ
Produção executiva:BERNARDO CERVERÓ e MARÍLIA MILANEZ
Assistentes de produção: PALOMA CHEDIAK e LARISSA ALTOÉ
Produção executiva – Sul:TAILOR MORAIS
Gestor Cultural: CHIRLEY RIGON
Produção local: DUO FOTOGRAFIAS, EVANDRO E. DIDOMENICO
Gestor Cultural:MARCO AURÉLIO CASTRO RODRIGUES
Produção executiva – Nordeste: SAMARA GARCIA
Coordenação técnica de luz: DANI SANCHES
Coordenação de Som: CAPÃO ÁUDIO E EVENTOS
Técnicos de som: PEDRO CAPÃO e JORGE ARDILA
Assessoria de imprensa: LU MEDEIROS e ANGELA DE ALMEIDA
Assessoria de imprensa na região Sul: MARINA VESHAGEM
Desenho gráfico: LETÍCIA ANDRADE
Web Designer: DAVI ROJTENBERG

ORGULHO DE SER CARIRIENSE
Há muitos anos leio e coleciono o pensamento de José Humberto Mendonça. Ele é lúcido, muito esclarecido e tem a sensibilidade de tocar em temas de grande relevo, especialmente para este Cariri a que ele tanto se dedicou. Ele nasceu em Brejo Santo, trabalhou pelo desenvolvimento de Juazeiro do Norte e de Crato. E vivendo hoje em Fortaleza, não se desliga e mantém sua atenção e preocupações sobre o nosso desenvolvimento. Tem produzido ótimas páginas para a nossa reflexão. Como este texto inserido na página de opinião, na edição dominical (24.08.2014) do Diário do Nordeste, onde escreve quinzenalmente. Vale a pena ler e refletir. “Toda vez que retorno ao Cariri fico orgulhoso do progresso, da pujança que a região ostenta. Começa nos voos, onde os aviões só voam lotados, tanto chegando em Juazeiro, ponto de embarque e desembarque, como saindo para os inúmeros destinos das rotas intercaladas, como Fortaleza e São Paulo. Na região sul, Juazeiro, a grande locomotiva, é uma verdadeira capital, tendo o Padre Cícero ainda hoje, como seu grande prefeito, o maior benfeitor da cidade, sendo nessa tarefa capitaneada pela iniciativa privada, com o respaldo de seu povo simples. Afinal, ele é o beneficiário em último estágio do progresso irradiando por toda a região, a partir do triângulo geminado, atualmente composto por Crato, Juazeiro e Barbalha. Hoje, essas três cidades formam a Crajubar. O crescimento material se encarregou de interligá-las dando-nos a impressão de uma única urbe expandida, tão integrados estão seus vínculos pelas avenidas Padre Cícero e Leão Sampaio. Juazeiro se destaca nesse impulso evolutivo com um dos maiores centros industriais e comerciais do Nordeste. Mas não para por aí. O impulso empresarial se deve aos expoentes de sua representação comercial e classista. No setor educacional, aconteceu uma verdadeira revolução. Até uma Universidade Federal está sendo consolidada, merecendo destaque também a Universidade Regional do Cariri (Urca), instituída como decorrência do pioneirismo das Faculdades de Filosofia, Ciências Econômicas e Direito, surgidas a partir de 1959. Nessa ordem evolutiva, merecem destaque as Faculdades de Medicina de Barbalha e de Juazeiro, fomentadoras de nada menos de 80 cursos superiores isolados e de inúmeros grandes colégios. Agora, o que me entristece muito é o Crajubar político. Às vezes, fico imaginando o que seria desse Cariri acima descrito se os seus gestores, ao longo das últimas décadas, com raras exceções, tivessem realizado administrações técnicas e honestas. A região já teria dobrado a sua pujança. O maior esforço do que lá ocorre, hoje, se deve à iniciativa privada. Com tristeza é necessário alertar a opinião pública sobre denúncias gravíssimas contra executivos e Câmaras Municipais numa afronta à sociedade, que assiste a tudo isso indiferente e passivamente. O Cariri não merece esse tratamento. A região politicamente precisa ser repensada para o bem de todos. (Humberto Mendonça, Empresário)

ENTREVISTA DE D. CLÁUDIO
Recebi de Armando Lopes Rafael (Chanceler da Diocese de Crato) o texto que reproduzo abaixo, e que contém uma entrevista gravada e transcrita no site da Diocese de Crato (20.08.2014). Pelo seu valor, vale a pena estar inserida aqui para sua leitura. 
“O Cardeal Dom Claúdio Hummes fala da esperança na reabilitação do Pe. Cícero e deixa mensagem para a Diocese de Crato que vivencia seu primeiro centenário. Autora: Patrícia Silva 
Em entrevista exclusiva concedida à assessoria de comunicação da Diocese de Crato, o Cardeal Dom Claúdio Hummes, que atuou por quatro anos no Vaticano como prefeito da Congregação para o Clero, fez uma avaliação da igreja no Pontificado Papa Francisco, o qual é seu amigo pessoal e esteve com ele no momento do conclave, e logo após sua eleição, pediu que o até então Cardeal Jorge Mario Bergoglio, pensasse nos pobres em seu pontificado, fato que incentivou o Santo Padre a escolher o nome de Francisco, conforme afirmou em coletiva de imprensa realizada depois de sua nomeação. Dom Claúdio explicou como podemos fazer para ser uma igreja pobre para os pobres e como exercer o papel cristão na eleição que se aproxima. Tendo ainda vínculos diretos com o Vaticano também falou sobre o processo de Reabilitação do Pe. Cícero Romão Batista, o santo do popular que atrai milhares de romeiros, no decorrer de todo o ano, ao interior do Ceará; e, com relação a vivencia do ano centenário da Diocese de Crato, o Cardeal também deixou mensagem de felicitações pela caminhada jubilar de evangelização.
Patrícia Silva (PS): Dom Claúdio como a nossa Igreja pode fazer para ser uma Igreja cada vez mais pobre e feita para pobres?
Dom Claúdio Hummes (DCH): Eu creio que é um grande desafio este e que foi sempre o desafio da Igreja, claro, através dos tempos, sempre, porque o próprio Jesus Cristo nos indica este caminho de pobreza e também de amor aos pobres. Ele mesmo viveu, Jesus e os apóstolos viveram, uma situação, assim, muito simples, muito austera, de poucos bens, enfim, era muito próxima sempre dos pobres, dos sofridos, dos doentes. Então esse foi sempre o ideal da Igreja. E o papa atual, papa Francisco, volta isso com muita força – por isso ele também tomou Francisco por nome, exatamente, porque ele via a necessidade de a Igreja ser mais pobre – em termos também, digamos assim, de estilo de vida, de meios com que trabalha, enfim, tudo aquilo que fosse ostentação de riqueza, etc., deveriam ser evitados. E ele que trabalhou muito no meio dos pobres, em Bueno Aires, tinha todo um grupo de padres que ele trabalhava naquelas favelas todas – que lá eles chamam de “Villa Miseria” – fez um trabalho de muitos anos como cardeal de Buenos Aires. Então, ele indica isso para a Igreja. Ele mesmo fez isso, ele está fazendo isso. O simples fato de que se veste muito despojadamente, não usa nada que lhe pudesse aparentar riqueza, quis um carro mais simples, mora na casa de Santa Marta e não no Palácio Apostólico, assim chamado, onde normalmente mora o papa, e depois está muito no meio dos pobres. Interessante, por exemplo, que, quando Francisco vai fazer essas visitas, que ele fez como em Assis e outros lugares, muitas vezes almoça na Caritas com os pobres, enfim, e não aqueles almoços mais solenes, então ele diz: não, vamos almoçar lá com os pobres, ali junto com a Caritas. Isso tudo mostra um estilo também. Isso nos interpela, a todos nós, creio que a nós os padres, os bispos, que devemos procurar também um estilo mais simples. A igreja ser pobre, depois para os pobres: saber repartir, isso é ser pobre. Em primeiro lugar saber repartir com aqueles que não têm e ter um coração que se comove também com as pessoas, não é apenas fazer um discurso, ter alguma obra social. Não, o que o pobre, às vezes, quer é ser acolhido como gente, ser acolhido com amor, com carinho, mesmo que eu não consiga fazer nenhum milagre para ele, mas que ele se sinta gente, se sinta amado e, assim, nós também possamos dizer a ele que Deus o ama também assim, que Deus também está do lado dele, mas ele quer ver isso, claro, nos cristão. Por outro lado é interessante que nós, muitas vezes, pensamos na igreja pobre, pensamos nos padres e nos bispos. Não, mas são todos os cristãos, nós somos a Igreja! Como é que nós, cristãos, estamos indo às periferias? Como nós, cristãos, estamos lutando contra a pobreza de tanta gente? Ajudando para que o mundo seja menos desigual. A desigualdade social é que é o grande pecado. O que nós, cristãos, estamos fazendo? Porque não é só os padres e bispos isso de ser pobre. Cuidar dos pobres, repartir com os pobres vale para todos nós cristão. Eu acho que é um grande desafio, mas acho que há muitas respostas que vão sendo aos poucos encaminhadas. Tenho certeza que muitos cristãos se sentem interpelados com mais eficácia e convicção para trabalhar para que a desigualdade social diminua. Eu penso que há uma coisa que caminha nesse sentido.
PS: Dom Cláudio, já que o senhor falou sobre o papa Francisco, como o senhor avalia a Igreja sob o pontificado dele?
DCH: Eu acho que ele foi um grande dom que Deus deu a sua Igreja. Ele é um grande presente, na verdade, porque ele é um homem de carisma reconhecido não só pelos católicos, mas reconhecido pelo mundo todo. O mundo todo vê nele alguém que pode contribuir para melhorar o mundo e isso, certamente, a gente vê. A mídia mundial, mesmo as outras crenças religiosas, admira esse papa por tudo aquilo que ele é, pelas suas atitudes e suas palavras simples, mas muito reais e concretas. Ele não é de fazer muita abstração e discursos elaborados para, no final, dizer pouco. Não, não. Ele diz as coisas, com poucas palavras, mas muito certo, muito concretamente. O mundo vê nele alguém que, de fato, ajuda a encontrar, de novo, um sentido na vida, os caminhos, hoje, para a sociedade, mas, sobretudo, para a Igreja. Os católicos estavam bastante de cabeça baixa em meio àquelas crises todas, aqueles escândalos, humilhados, meio confusos. Com esse papa, de repente, os católicos estão, de novo, de cabeça erguida, alegres, felizes, porque veem e acreditam que esse papa vai encaminhar bem. Claro que os problemas existem, mas ele vai encaminhar bem os problemas. Isso faz também com que os católicos se sintam felizes. E isso, acho que é, realmente, uma grande graça de Deus. Nós estamos muito felizes com ele.
PS: Como nós podemos fazer para defender os ensinamentos de Cristo em um mundo onde os valores como família e religião estão sendo cada vez mais, dentro da sociedade do descartável, pormenorizadas em meio a tudo isso que a sociedade atual coloca, principalmente, para juventude?
DCH: Eu acredito que nós devemos não só anunciar os grandes valores que o evangelho nos apresenta em relação à família, em relação à vida social, em relação à questão dos pobres, da corrupção na sociedade, tudo isso, os conflitos, os individualismos muito fortes, as grandes crises da família, não só apresentar isso teoricamente em belos discursos, bons, certamente, são bons discursos, mas, na prática, tentar ajudar as pessoas a viver o evangelho no dia-a-dia. Isso significa a gente mesmo estar perto das pessoas, é o que o papa diz. A proximidade. Acho que nós podemos conseguir acender luzes nos caminhos das pessoas, essas luzes desses valores importantes do evangelho que Jesus Cristo nos trás, o amor ao próximo, a solidariedade, o perdão, a reconciliação, o pensar no outro, não em si mesmo, estando próximo das pessoas, sobretudo, aqueles que são mais vítimas de toda essa situação, mas também aqueles que estão perdidos por aí, acham que tudo já não vale à pena, que as coisas não têm sentido, que não existe nada depois dessa vida. Então as coisas ficam muito monótonas, sem rumo. Então o que o papa nos indica é que nós cristãos, mas, sobretudo, nós, pastores, padres, bispos, devemos estar muito mais perto das pessoas, conviver, sair em busca, não esperar que as pessoas venham buscar auxílio, orientação. Não, nós é que temos que ir, nos aproximar das pessoas. Ele (Francisco) até fala que, nós, os padres, os bispos, devíamos viver muito mais nas ruas, não para, simplesmente, nos divertir na rua. Não. Não, mas para encontrar com aqueles que precisam de nós, com quem nós possamos conversar, com quem nós possamos animá-los, encorajá-los, mostrar-lhes caminhos, porque as pessoas, muitas vezes dizem, eu não sei mais para onde ir, não sei o que vale à pena, o que é importante, o que é bom, o que é ruim. Ajudar as pessoas, indicar caminhos, acender luzes, ele diz, nessas noites que estão por aí. E eu acho que é o caminho que está aí, mas que todo cristão deveria fazer dentro da família, etc., se alguém tá sofrendo. Por exemplo, nesses dias até, a gente estava falando sobre isso. Muitas vezes uma pessoa, de repente, quase que perde a fé ou não quer mais nada, acha que tudo não vale à pena, não sei o quê, tal e tal. Em vez de a gente ralhar às pessoas, ser duros, devemos ter compreensão e acompanhar, ter paciência, tentar acender luzes. Aos poucos ela vai, de novo, começar a perceber que não é bem aquilo, enfim, ela volta, então aos poucos. Quer dizer, esse caminhar junto, esse aceder luzes, mas com paciência, perdoando, encorajando. É por aí que os valores cressem de novo.
Não adianta querer impor a força, com ameaças, tudo isso. Isso leva a pouco. Isso não leva a nada, porque Deus também faz assim. Deus nos encoraja, Ele também vai ao nosso encontro, não força ninguém. Então nós também devíamos ser assim, sermos pessoas desse tipo, os cristãos no meio da sociedade, hoje.
PS: O senhor falou em corrupção e logo mais, em outubro, o Brasil vai estar passando por mais um período eleitoral. Como podemos relacionar fé e política?
DCH: Ah, sim, isso aqui é muito importante! Sim, porque a fé tem tudo a ver com a política, porque a política é conviver socialmente, a política dirige, ela governa essa convivência. E a fé nos diz que nós devemos conviver como irmãos e não como adversários, como competidores, que estamos numa competição para ver quem ganha mais e em que cada um quer subir à custa dos outros, onde cada um quer fazer o máximo de dinheiro pra si mesmo e pouco se interessam, por isso ficam prejudicados ou não. Quer dizer, aí o evangelho tem tudo a dizer, claro. O evangelho tem alguma coisa a ver com a sociedade, com a convivência social e, portanto, com a política, porque a política é que rege a convivência social. E se a política tem outros interesses que não é a convivência social, um serviço para o povo, e eu sempre digo isso, o estado existe para servir ao povo, porque não foi o estado que criou o povo, foi o povo que criou o estado como um serviço de que o povo precisa para poder conviver bem na sociedade. É um serviço que o povo criou. O estado está a serviço desse povo e não pode fazer o inverso, quer agora, simplesmente, dominar esse povo, se aproveitar desse povo, arrancar desse povo tudo que puder e encaminhá-los para os interesses daqueles que tem agora na mão o estado, os governantes, etc. Não, eles estão a serviço de um povo. Isso vale até com aquela questão de estado laico. Claro que o estado é laico. E tem que ser laico. Mas ele está a serviço de um povo que é religioso, ele tem que respeitar isso, porque ele está a serviço, ele foi criado como um serviço que o povo precisa. Ele não pode ir contra um povo. Se o povo é religioso, mas o estado é laico, ele tem que respeitar, porque ele sabe que está a serviço de um povo religioso. Então, tudo, tudo vai por aí. A questão da corrupção, tudo isso. Eleger bons governantes é muito importante. E depois ajuda-los a governar também. Acho que o povo tem que se manifestar mesmo. Quando as coisas não vão bem, o povo tem que se manifestar mesmo. Não pusemos vocês aí pra servir a nós, pra nos ajudar a viver socialmente, viver bem, viver em paz, viver em fraternidade, viver com menos desigualdade, com menos individualismo. Não pode ser o inverso. Então eu, realmente, acho que são momentos importantes em que o povo tem que, de fato, pensar quando vai eleger pessoas, realmente, que possam estarem dispostas a estarem a serviço e não vão lá para encher os bolsos seus e de seus comparsas.
PS: Dom Cláudio, falando em política nós, aqui da Diocese de Crato, tivemos, em meio a tantos nomes, um que se destacou muito nessa questão da busca do bem comum, que é o padre Cícero Romão Batista. Qual a sua visão sobre ele?
DCH: O padre Cícero é uma figura que se torna até mesmo internacional, pouco a pouco. Hoje em dia existem estudos, mesmo internacionais, sobre essa figura. Ele é um homem que, sobretudo, tem relação com aspecto religioso do povo. Ele foi o padre que sustentou a fé desse povo do sertão, aqui, por tantos anos durante a vida dele e até hoje. É um grande contributo, digamos assim, ele ajuda o povo a manter os valores religiosos, a manter a sua fé católica, enfim. Nesse sentido ele tem um enorme mérito, certamente. E hoje, claro, houve muitos equívocos também, eu acho, durante a vida dele. Ele é vítima de muitos equívocos, certamente, ele foi. Hoje o que está se fazendo, o que está se procurando é que haja uma reabilitação canônica da figura dele dentro da igreja, porque ele sofreu algumas censuras na época da igreja, e o processo está agora em andamento, nós temos que esperar, de fato. E eu espero que, isso se consiga, essa reabilitação do padre Cícero. E depois a gente vai ver. Agora a figura dele, os frutos estão aí, o povo que o ama imensamente, o considera um grande intercessor junto de Deus, um homem que cuidou dos pobres, enfim, e nesse sentido a gente só pode dizer que vamos ver se conseguimos, de fato, reabilitá-lo.
PS: Existe alguma novidade sobre o processo de reabilitação do Pe. Cícero?
DCH: Não, não tem nenhuma novidade. Eu não tenho nenhuma informação a mais. Eu sei que estão trabalhando nisso. O departamento do Vaticano, que cuida disso, está de fato, aprofundando essa questão, para depois, então, ser levado parecer desse departamento ao papa, e é o papa que depois vai definir o que se pode fazer.
PS: Dom Cláudio, para encerrar, a Diocese de Crato, em outubro, vai estar completando seu primeiro centenário, estamos vivenciando jubileu, então eu queria que o senhor deixasse uma mensagem para esse povo romeiro e missionário, que faz parte de nossa Diocese.
DCH: Sim, eu desejo a Diocese, realmente, todas as bênçãos de Deus, porque é no jubileu em que a gente volta a pensar em tudo o que ocorreu nesses cem anos, tanta gente que viveu a fé, que aqui deu tudo pelos outros, enfim, todo esse povo, como é que eles viveram a fé, essa história religiosa por tantos antepassados dessa geração que está aí, eles que começaram, mas também essa geração faz parte desse centenário. Então acho que a primeira coisa é agradecer a Deus e também pedir perdão pelos erros, os pecados sempre existem, todos nós somos pecadores também. Então jubileu é sempre isso, agradecer tudo o que Deus fez e que as pessoas também fizeram de bem nesse mundo. Pedir perdão pelos erros que houve no meio do caminho e pedir para o futuro bênçãos, que Deus continue abençoando esse povo. É o que eu desejo muito, que esse povo sinta a presença de Deus, essa presença carinhosa de Deus, essa presença de um Deus que encoraja, um Deus que quer ajudar, quer ser solidário conosco. Que o povo viva isso com força nesse centenário. Aí terá força também para transmitir para as gerações futuras um exemplo de fé. (Reportagem: Patrícia Silva; Transgravação: Patrícia Mirelly)