sábado, 30 de janeiro de 2016

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 01.02, segunda feira, às 19 horas, o filme DANÇANDO NO ESCURO (Dancer in the dark). Direção de Lars von Trier.Elenco: Bjork (Selma Jezkova), Catherine Deneuve (Kathy), Vladica Kostic (Gene Jezkova), David Morse (Bill Houston), Peter Stormare (Jeff), Joel Grey (Oldrich Novy), Jean-Marc Barr (Norman), Cara Seymour (Linda Houston), Vincent Paterson (Samuel), Siobhan Fallon (Brenda), Zeljko Ivanek (advogado). Sinopse: O filme se passa nos EUA, no ano de 1964, e a protagonista é Selma Jezková (BJork)), uma imigrante tcheca que se mudou para aquele país com seu filho Gene (Vladica Kostic)). Selma aluga um trailer na propriedade do policial local Bill (David Morse) e sua esposa Linda (Clara Seymour)), onde vive muito humildemente. Para sobreviver, trabalha em uma fábrica de indústria metalúrgica pesada com sua melhor amiga Kathy (Catherine Deneuve)) e com Jeff (Peter Stormare) que quer ficar com Selma.
CINENINHO (SESC, CRATO)
O CineNINHO (Casa Ninho, do Grupo Ninho de Teatro, em frente a RFFSA, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 02.02, terça feira, às 19 horas, o filme A PELE DE VÊNUS (La Vénus a la fourrure, França/Polônia, 2013, 96min). Direção de Roman Polanski. Elenco: Emmanuelle Seigner (Vanda), Mathieu Amalric (Thomas). Sinopse: Um livro de 1870 que deu origem à história, sobre um homem que por paixão e fetiche se torna escravo de uma mulher, com direito a chicote e roupas de couro, já é notoriamente autobiográfico. O austríaco Leopold von Sacher-Masoch reproduziu em Venus im Pelz as relações de dominação que mantinha em sua vida íntima, e sua figura se tornou indissociável do elemento central da novela, o masoquismo (termo cunhado a partir do sobrenome do escritor). No filme de Polanski, adaptação ao cinema da peça off-Broadway homônima de David Ives, um diretor de teatro procura uma atriz principal para sua releitura de Venus im Pelz, e o processo também traz à tona suas idiossincrasias. No filme, Emmanuelle Seigner, esposa de Polanski, vive Vanda, a atriz aspirante que aparece numa noite chuvosa no teatro onde o diretor Thomas (Mathieu Amalric) passou o dia fazendo testes com atrizes para sua montagem. Na trilha sonora lúdica de Alexandre Desplat, que neste começo de filme sugere uma premissa de terror (acompanhada dos devidos efeitos de relâmpagos na tempestade), e na câmera de Polanski, que desliza do lado de fora do teatro como um fantasma, a figura de Vanda imediatamente pode ser confundida com uma projeção: vinda dos sonhos ela invadiria o espaço de Thomas como materialização dos desejos e das fraquezas do dramaturgo.

CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 03.02, quarta feira, às 19 horas, o filme O MENINO E O MUNDO (Brasil, 2013, 80min). Direção de Alê Abreu.

Elenco: Alê Abreu, Vinicius Garcia, Emicida, Melissa Garcia, Nana Vasconcelos. Sinopse: Um garoto mora com o pai e a mãe, em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, no entanto, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 05.02, sexta feira, às 20 horas, na programação de OSCAR de Melhor Filme, o filme AMOR SUBLIME AMOR (West side story, EUA, 1961, 152min). Direção de Jerome Robbins e Robert Wise. Elenco: Natalie Wood (Maria), Richard Beymer (Tony), Russ Tamblyn (Riff), Rita Moreno (Anita), George Chakiris (Bernardo), Simon Oakland (tenente Schrank), Ned Glass (medico), William Bramley (oficial Krupke), Tucker Smith (Ice), Tony Mordente (Action), David Winters (A-Rab), Eliot Feld (Baby John), Carole D'Andrea (Velma), Jay Norman (Pepe), Tommy Abbott (Gee-Tar). Sinopse: À semelhança do que acontece na peça Romeu e Julieta de Shakespeare, o filme apresenta Tony, antigo líder da gangue de brancos anglo-saxônicos chamados de Jets, apaixonado por María, irmã do líder da gangue rival, os Sharks, formada por imigrantes porto-riquenhos. O amor do casal protagonista floresce entre o ódio e a briga das duas gangues e seus códigos de honras, tal qual a desavença histórica entre os Capuletto e os Montechio mostrada em Romeu e Julieta.

COLUNA CIDADE & CIDADANIA
No Portal da Raio Padre Cícero, FM 104,9, de Juazeiro do Norte, está sendo publicada uma página semanal em que deverei continuar abordando questões de interesse de nossa cidade e de nossa cidadania. Nesta coluna estes textos serão reproduzidos, como faço agora com o quarto da série dedicado aos problemas do trânsito na cidade.
O TRÂNSITO (IV)
O propósito desta pequena série de argumentos para iniciar uma discussão sobre a questão do trânsito na cidade pode ser completado aqui com alguns elementos da nossa própria observação em torno das dificuldades que enfrentamos no cotidiano. Provavelmente elencaremos como a primeira delas a condição das vias de tráfego, sempre muito maltratadas em vista da má conservação, fruto de péssima manutenção dispensada pelo poder público. Já falamos brevemente sobre o péssimo estilo de abertura de vias e a construção dos leitos, com tal fragilidade que não resistem bem a esta temporada de chuvas, por exemplo. O nível de compactação também é precário para a diversidade da frota que já inclui no livre trânsito o uso por veículos de grande porte, pleno de cargas além da capacidade que se poderia estabelecer. Junte-se a isto o proselitismo político que sempre visualizamos pelos governos, como agora que estabelece um medíocre plano de pavimentação de vias, absolutamente secundárias diante do necessitado para o momento. Neste instante, por exemplo, as principais vias da cidade estão necessitando um grande reforço de manutenção, mas um passeio por um desses bairros de grande adensamento eleitoral está ganhando uma pavimentação horrorosa para o devido efeito populista do gestor. Outra coisa lamentável decorre da insuficiente sinalização, tanto vertical como horizontal, exatamente pela mesma demanda de manutenção que exige pronta atenção da engenharia de trânsito. Mas este cuidado parece não despertar muito interesse, pois o que vemos é o trivial, aquilo que normaliza o trânsito no básico como direções, uma certa sistemática de fluxo que privilegia apenas grosseiramente o tráfego. Veja por exemplo a falta de sensibilidade para com diversos cruzamentos importantes da cidade, nos quais, por absoluto desleixo não se produz algo mais em agilidade quando é possível. Relevo neste caso o exemplo do cruzamento das avenidas Castelo Branco com Padre Cícero, na altura do Shopping, onde não se sinaliza para as possibilidades de duas vias simultâneas de direção em decorrência do semáforo instalado. Não há sinalização adequada e o sentimento é de que as alternativas sensatas são proibidas, mesmo porque fortemente vigiadas por foto sensores. E isto se repete em outros locais. Aliás, a questão dos foto sensores ainda carece de uma melhor caracterização de sua aplicação. Do modo como são instalados eles cumprem eficazmente a função punitiva em detrimento da sua razão educativa para melhor utilização das vias. Neste particular, basta ver o engano cometido na péssima sinalização de um destes últimos instalados na Av. Ailton Gomes, que só avisa o limite de velocidade no exato momento em que é “flagrado”. A cidade cresce, e há a necessidade de estabelecer limites bem diversificados de velocidades. Por isso mesmo já não somos capazes de memorizar locais, limites e circunstâncias destas advertências se não for por uma sinalização adequada. Outra coisa que requer um disciplinamento e disso já tratamos brevemente aqui é a repercussão sobre as rampas de acesso para estacionamentos privativos, especialmente o das residências. A construção livre, sem qualquer licenciamento da prefeitura, se dá, geralmente, com duas rampas: uma na própria via de tráfego de veículos, por vezes com cerca de um metro de extensão, e outra sobre a calçada. Essas construções em muitas ruas chegam a provocar obstáculos de até dois metros no afunilamento da via que já é tão estreita para a necessidade local. Outro fato lamentável nos nossos espaços de trânsito é o que decorre de alguns serviços básicos, principalmente como a manutenção na distribuição de água, o péssimo serviço de esgoto a céu aberto e drenagem de águas pluviais, pessimamente estabelecida, como podemos ver agora na temporada de chuvas. Por estes dias mais uma romaria toma conta da cidade e as condições de trânsito são postas em cheque por serem elementos importantes. São impactos notáveis em poucos dias, é verdade, mas que trazem repercussões mais duradouras para todos os setores da cidade. Também por estes dias estamos novamente enfrentando o retorno às aulas e isto significa um trânsito mais frequente da nossa frota, est mais própria da cidade, em muitos locais críticos das proximidades de escolas, faculdades, universidades. Mas isto também é bem verdadeiro por um expressivo número dos chamados veículos alternativos vindos de dezenas de cidades do nosso entorno, da nossa área de influência. Todos estes são partes interessadas no equacionamento das questões e trânsito, na expectativa de melhoria continua para tais serviços. Enfim, por todos estes elementos mencionados, mais como observador do que como técnico, já nos indica para a devida oportunidade de tempo para que os órgãos competentes e tão comprometidos com estas questões promovam estudos para implementar melhorias neste setor. Fica a sugestão para que tanto estes segmentos quanto o da Câmara de Vereadores também assuma parte destas insatisfações, realizando audiências públicas para ouvir sugestões que orientem a aplicação de soluções eficientes para minimizar os transtornos decorrentes do caos urbano que nos aflige. (Coluna Cidade & Cidadania, postada para www.radiopadrecicero.org.br, na data de: 26.01.2016).

CÍCERO: DE ORADOR EM ROMA A GURU DO SEBRAE
Transcrevo com prazer o artigo abaixo, escrito por Emílio Vieira, professor universitário, advogado e escritor, membro da Academia Goiana de Letras, da União Brasileira de Escritores de Goiás e da Associação Goiana de Imprensa (evn_advocacia@hotmail.com) publicado no Diário da Manhã, Goiânia (GO), edição de 27.01.2016. http://www.dm.com.br/opiniao/2016/01/cicero-de-orador-em-roma-a-guru-do-sebrae.html

“Há nomes que sugerem notoriedade, como por exemplo, Cícero, que lembra o célebre orador latino (106 a 43 a.C.), que se destacou em Roma antiga por sua eloquência forense e sobretudo quando se insurgiu no Senado romano contra a conspiração urdida por Catilina, pronunciando suas famosas Catilinariae Orationes e assim tornando-se reconhecido como salvador da república. A história parece repetir-se, sobretudo quando vemos agora grassar a corrupção no Parlamento brasileiro e então ouvimos o eco das palavras do célebre orador romano: “Oh tempora! Oh mores!” (Ó tempos! Ó costumes!). Essa impressão eu tive ao ouvir pela primeira vez o conferencista cearense, Cícero Sousa (foto), advogado e orador espírita, em recente palestra proferida na Irradiação Espírita de Goiânia, sobretudo quando se reportou aos tempos de sua formação jesuítica em Roma e traçou o panorama de sua experiência existencial e espiritual, agora com a missão assumida de iluminar a alma do povo. O título da palestra era, a propósito, “Alumeie”. Com diferença que o Cícero cearense (ao contrário do legendário padre Cícero de Juazeiro), não se interessa por política partidária e revelou-me que, embora convidado, jamais se dispôs a falar na Câmara dos deputados, porque ali eles mal ouvem a si mesmos e são cegos e surdos aos clamores do povo. Cícero Sousa hoje presta serviços ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) na condição de consultor e tutor (ou coordenador) do Projeto DET (Desenvolvimento Econômico Territorial). O trabalho que vem desenvolvendo em Goiás, como já o fez em outros estados, consiste no esforço de agregar em torno do Sebrae, entidades empresariais de classe, bancos oficiais, cooperativas, agências de desenvolvimento regional e até universidades, formando redes de cooperação entre a administração pública e a iniciativa privada, não agindo de cima para baixo, mas de baixo para cima, dialogando com as comunidades locais, a partir da mobilização dos pequenos produtores. O Projeto DET vem operando em Goiás nas regiões Oeste, Norte, Noroeste e Entorno de Brasília. E seu coordenador, Cícero de Sousa, desde agosto de 2015 já visitou todas essas regiões, que, segundo observa, destacam-se por diferenças impactantes.

Diferenças regionais
O nordeste goiano, que tem por cidades-polo, Posse e Campos Belos, ao olhar de Cícero, é a região mais rica em recursos naturais e a menos desenvolvida do ponto de vista socioeconômico. O norte, que tem por cidades-polo Uruaçu e Porangatu, é a região que melhor vem correspondendo às intervenções do Sebrae, até porque conta com grandes empreendimentos ligados inclusive a projetos de empresas multinacionais, principalmente no setor de mineração. O oeste goiano, tendo por cidade-polo São Luís de Montes Belos que abriga uma gerência regional, destaca-se pela agropecuária e pela presença de pequenas indústrias de confecções. A região noroeste, que tem Goianésia como sede de uma gerência regional que se estende ao município de Jaraguá, é o maior centro de confecções do Estado de Goiás. Já o entorno de Brasília, que se caracteriza pela densidade populacional das cidades circunvizinhas, tem por principal foco as atividades de comércio e serviços, sendo que as cidades-dormitório da circunvizinhança funcionam como fornecedoras de mão-de-obra à Capital federal. A principal preocupação do Sebrae nesta primeira etapa do Projeto DET, segundo Cícero, é fortalecer os pequenos negócios no sentido de aí reter a renda produzida e agregar valor à produção local. O projeto está previsto para durar até 2017 com recursos do Sebrae nacional, que nesta primeira fase já conseguiu envolver a sociedade civil numa rede de cooperação com o poder público. 

O guru do SEBRAE
O doutor Cícero, com seus dotes de orador (reencarnação romana?) e palestrante espírita, tornou-se uma espécie de guru do Sebrae, que em 1991 o descobriu no estado do Ceará, quando ali compareceu na condição de secretário do governo de Pernambuco (gestão de Joaquim Francisco), para acompanhar um encontro promovido em Fortaleza, com empresários e investidores que se mobilizavam para participar de ações do governo cearense. Apesar de suas constantes incursões na Europa, eis que viveu e estudou em centros cosmopolitas como Paris e Roma, o nobre cearense Cícero Sousa sempre acompanhou o processo de desenvolvimento de seu estado natal, que vê como um dos mais criativos estados nordestinos. Naquele encontro Cícero chegou à seguinte conclusão. O poder público pode, mas não pode tudo. A sociedade civil sabe, mas não sabe tudo. Era preciso somar esforços e então todos se movimentaram no sentido de criar, como de fato criaram um pacto de cooperação entre governo e empresários, admitindo-se que o estado poderia ser administrado na forma de uma grande empresa pública. O pacto cooperativo vingou e o estado do Ceará entrou numa fase de prosperidade servindo de modelo para outras unidades federativas que adotaram a mesma política participativa. Mais tarde, já como secretário Municipal de Juazeiro do Norte (1993-96), Cícero Sousa pensou também num pacto regional de desenvolvimento integrado da região do Cariri, à época uma das mais pobres do sertão cearense, tal como o nosso nordeste goiano, que era aqui estigmatizado como corredor da miséria. A questão seria descentralizar a administração pública da capital (lá Fortaleza, como aqui Goiânia), mediante um plano de desenvolvimento regional. E assim foi feito. A história é longa e, na explanação do doutor Cícero (já agora falando como tutor do Sebrae em Goiás), o que chama mais a atenção é a sua maneira de contar a história, que reflete sua maneira de dialogar com o povo, com a técnica do sim e do não, onde não cabe a palavra talvez. 

A técnica do sim e do não
Primeiro, uma pergunta (lá como aqui). De quem é esta região? É do governo? Não. É de Deus? Não. De quem é? É do povo? Sim. Então esta região é nossa. Sendo assim, paremos de reclamar de Deus pelo fato de que aqui não chove, e paremos de reclamar do governo, que “não chove nem molha”. O povo pode construir seu próprio destino quando se liberta da dependência governamental. Assim nasceu a ideia (lá como aqui) de que o pacto regional pode abranger todos os setores produtivos e não só os projetos dos grandes empresários. Quando a ideia pega, a notícia se espalha, o diálogo se estabelece efetivamente entre os agentes políticos e os representantes da comunidade: eis o que se chama pacto de cooperação. O papel do guru é conscientizar o povo de sua capacidade própria de criar soluções. Pobreza não existe só por falta de recursos financeiros, tecnológicos ou naturais. Pobreza é causada, sobretudo por questões culturais. As pessoas nascem e crescem admitindo ser pobres e nada fazem para mudar essa fatalidade. Como diria o poeta português, Bulhões Pato: “Ribeiros correm aos rios, os rios correm ao mar. São tudo leis deste mundo, que ninguém pode atalhar. Quem nasce para ser pobre, não lhe vale trabalhar.” Cícero reage a esse fatalismo, contando histórias que refletem experiências construtivas que levantam a autoestima das pessoas, mostrando exemplos de como devem reagir às situações adversas. Aqui entra novamente a sua técnica de dialogar. – Alguém aqui já levou uma carreira de boi? Sim ou não? Alguém responde: – Sim. – Então, se você já levou uma carreira de boi e se já saltou na altura de uma vara de dois metros, então você é capaz de saltar adiante na vida e sair de situações menos difíceis do que essa. E deduz que todos se enquadram na condição de saltar adiante na vida, quando acreditam em si mesmos. Cícero sabe levantar as expectativas da plateia, contando histórias em forma de parábolas das quais extrai lições de vida. Certa vez saiu viajando pelo Nordeste afora e, logo na entrada da cidadezinha de Monteiro, viu um monumento erguido em homenagem ao poeta popular da cidade, onde leu a curiosa inscrição: “Poeta é aquele que tira de onde não tem para botar onde não cabe.” Com a risada da plateia, Cícero conclui: – Vocês têm que fazer como o poeta: tirar de vocês mesmos e botar onde parece que não cabe. Interessante é que o povo entende o que Cícero cearense fala, seja no Nordeste como em Goiás (em Posse ou em Nova Roma), assim como o Cícero romano falava e era entendido pela classe dos plebeus na Roma antiga. Como é que esse povo, que tem tal sensibilidade, essa inteligência emocional, esse senso artístico, não é um povo civilizado? Ora, se é um povo civilizado, por que não utilizar seu potencial, mesmo no contexto da cultura popular? 

No nordeste goiano
Observei que Cícero consegue convencer as pessoas de que uma terra não é estéril quando elas têm a mente fértil. Mas como faz para ensinar que uma terra é fértil quando as pessoas têm a mente estéril? A resposta é positiva: “Mexendo no brio delas. Toda pessoa tem seu orgulho, mormente aquela que tem a mente menos fértil. Geralmente a pessoa mais orgulhosa pensa que vale mais do que as outras, então acha que todo mundo é responsável por ela, menos ela própria, inclusive Deus.”

Às vezes é preciso mexer com o brio dessa gente – enfatiza Cícero. – Como? Dando exemplos de como as pessoas de outros lugares reagem a situações mais adversas do que as delas. Mostrar, por exemplo, como aqui no cerrado goiano, há uma abundância de produção natural de pequizeiro e cajueiro nativos, prodigalizando seus frutos. Mostrar que cabe a essas pessoas, pelo menos colher o caju ou descascar o pequi para usufruírem daquilo que a natureza lhes oferece. Mostrar que há lugares piores onde as pessoas não têm outra alternativa, ou cultivam a terra e produzem o que comer, ou morrem de fome. Deus deu a vida, criou a natureza, mas as criaturas hão de produzir seus próprios alimentos com o suor de seus rostos. (Essas palavras aqui alinhadas na forma de discurso indireto livre foram extraídas de uma entrevista com Cícero, acompanhando-o em uma de suas andanças no município de Posse). E assim prossegue com a sua técnica de contar dessas histórias de vida, dar exemplos construtivos e concluir com a sua lógica do sim e do não, como na maiêutica de Sócrates, em que, dialogando com o povo, convence-o na base de perguntas e respostas. Cada história gera uma provocação do tipo: – Ninguém aqui é mendigo. É mendigo? Não. Pode até não ter as duas pernas e os dois braços, mas mendigo não é. Todos aqui têm uma mente sadia, não têm? Sim. Pois então vocês têm uma mente que é fértil, capaz de pensar e resolver seus problemas. Pergunta-se: Deus deu mais inteligência aos alemães? Não. Deus deu mais sabedoria aos japoneses? Não. No entanto, a Alemanha e o Japão, não são hoje potências mundiais? Sim. Mesmo tendo sofrido guerras, terremotos e até bomba atômica, pois não é? E assim arremata: “Nós somos um povo privilegiado, temos um país privilegiado. Goiás, coração do Brasil, é um estado privilegiado. Aqui há rios caudalosos, têm até nomes românticos: Rio Vermelho, Rio Verde, Rio das Almas.” Nessa tônica, o orador já prepara sua peroração: “Passarinho recebe de graça as coisas de Deus? Não. Mas o Pai Celestial se preocupa com eles? Sim. Os passarinhos buscam longe os gravetos para fazer os seus ninhos e nunca vão à prefeitura pedir ao prefeito um ninho popular: eles o constroem como nem a ciência faz igual. A ciência pode até inventar um ninho colorido, de plástico, mas nunca igual ao ninho que só o passarinho sabe construir. Basta olhar em derredor e ver que todos os entes da natureza trabalham para sobreviver, desde as avezinhas que se alimentam das sementes caídas no chão, até os insetos que saem do chão também em busca da própria sobrevivência.” As pessoas ouvem isso (palavras do Cícero), ficam silenciosas e depois se convencem de que têm mesmo que descruzar os braços. O homem do campo, que convive com a natureza e também acredita em Deus, precisa acreditar em si mesmo e ver que a pobreza material é antes de tudo uma pobreza mental. Dizendo essas coisas, o palestrante Cícero convence até as pedras a rolar dos morros, se necessário for, para o bem das comunidades assistidas pelo Sebrae.”

O PRIMEIRO DE 2016
Já está circulando o primeiro jornal editado no corrente ano de 2016. É o Jornal Ideia, jornalzinho impresso, versão das mídias eletrônicas do Grupo Cariri de Notícias, editado por MGM Artes Gráfica Rápida e Jr. Moral, impresso na mesma MGM Artes Gráfica Rápida, com primeiro número 
Saído em 06.01. http://grupocaririnoticias.blogspot.com.br/ ; https://www.facebook.com/Noticias-Cariri-620567057986669/ e https://www.facebook.com/Carirí-Notícias. Endereço: Rua 22 de Julho, esq. Rua Epitácio Pessoa; Periodicidade: semanal / quinzenal; Dimensões: 23,2cm x 31,4cm; Tiragem: 500 / 1000 exemplares. Edições iniciais: I(1):06.01.2016, 4p, I(2):13.01.2016, 4p, I(3):20.01.2016, 4p, I(4):27.01.2016, 4p.


ECOS DA RECONCILIAÇÃO


Transcrevo o artigo abaixo, de uma pessoa com a qual convivi esparsamente em Fortaleza. Ele hoje, ao que parece, vive em sua terra, Cajazeiras, depois que enviuvou há bastante tempo, perdendo sua esposa, nossa querida amiga Helena Cartaxo, uma das dirigentes da Associação Docente da UFC. Muito interessante seu artigo, publicado no jornal Diário do Sertão, de Cajazeiras (PB). Vejamos:


PADRE CÍCERO: POR QUE A IGREJA MUDOU?, por Francisco Cartaxo.

“Padre Cícero morreu amargurado. Punido pelo bispo do Ceará e pela Inquisição, cerceado no exercício de muitas funções sacerdotais. Durante mais de dois terços de seus 90 anos de vida, ele lutou para ser perdoado. Seu infortúnio começou quando se propagou o “milagre” da transformação da hóstia em sangue na boca da beata Maria de Araújo, em 1889, seguido da incontrolável atração de fiéis a Juazeiro, formando-se a onda de fanatismo. A luta de padre Cícero para provar sua inocência foi quase inócua. A reparação só chegou agora, após 81 anos de sua morte. Pelo menos é o que se deduz do anúncio e da leitura de trechos da carta, enviada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, ao bispo do Crato, dom Fernando Panico. A correspondência, de 20 de outubro de 2015, só foi divulgada em dezembro, de forma parcial, sem o inteiro teor. Segundo o jornal O Povo, de Fortaleza, 30 mil pessoas ouviram a leitura da carta-mensagem, feita por dom José González, ex-bispo de Cajazeiras, na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A mesma capela onde, em 21 de julho de 1934, foi sepultado o corpo do padre Cícero. Nada mais simbólico. Todas as tentativas de obter o perdão, antes e depois de 1934, foram frustradas. Agora ocorre a mudança. Fruto de grande mobilização intelectual e de massa, a diocese do Crato requereu a “reabilitação” do padre Cícero, requisito básico para a instauração do processo de beatificação, passo necessário à santificação. Equipe de especialistas do Vaticano interpretou que “reabilitação” equivale a recuperar as ordens suspensas, o que, à luz do direito canônico, seria ato jurídico-religioso impossível, posto que padre Cícero já havia falecido. Como solucionar o imbróglio? Promover a “reconciliação” da Igreja com o padre Cícero. Vale dizer, trazê-lo novamente ao seio da Igreja Católica Apostólica Romana, da qual foi marginalizado pela Sagrada Congregação do Santo Ofício, em 1894, em processo formal, instruído, em parte, pela hierarquia católica brasileira, fonte de informações e avaliações negativas. A história desse intrigante episódio histórico registra a influência decisiva de, pelo menos, duas autoridades eclesiásticas: dom Joaquim José Vieira, bispo do Ceará, e dom Joaquim Arcoverde. Este, contemporâneo de Cícero no colégio do padre Rolim, de Cajazeiras, na década de 1860. Então a Igreja mudou? Mudou. A Igreja oficial mudou. Demorou, mas fez o mea culpa. Veja-se este trecho da carta do chanceler do Vaticano: “Mas é sempre possível, com distanciado tempo e o evoluir das diversas circunstâncias, reavaliar e apreciar as várias dimensões que marcam a ação do Padre Cícero como sacerdote e, deixando à margem os pontos controversos, pôr em evidência aspectos positivos de sua vida e figura, tal como é atualmente percebida pelos fiéis. É inegável que o Padre Cícero Romão Batista, no arco de sua existência, viveu uma fé simples, em sintonia com o seu povo e, por isso mesmo, desde o início, foi compreendido e amado por este mesmo povo”. A longa carta, escrita por recomendação do Papa Francisco, ainda não foi divulgada na íntegra. Lamentável. Afinal, o documento mexe em fatos históricos que transcendem às fronteiras da Igreja. Mexe com as pessoas, fiéis ou não. Por isso, é preciso saber mais a respeito do olhar supremo, atual, da Igreja oficial, que mudou para ajustar-se ao sentimento e a fé do povo. Para este o padre Cícero já era santo. Desde sempre.”

PADRE MURILO (Por Geová Sobreira)
Em coluna anterior (19.12.2015) reproduzimos os oito artigos de Geová Sobreira, em depoimento sobre a vida e obra de Mons. Francisco Murilo de Sá Barreto. Através do Juanorte ele publicou mais um capítulo que aqui transcrevemos. 

PADRE MURILO (IX)
Por mais variadas que sejam as reações do visitante, do romeiro, do adventício, do turista, do pesquisador ao chegar pela primeira vez no Juazeiro a primeira delas e a mais marcante é uma constatação imediata e inevitável: o ambiente social do Juazeiro é atípico e diferente das demais cidades brasileiras. Dentro do registro histórico de recentes impressões de visitantes ilustres sobre a Terra do Padre Cícero, por julgá-la muito ilustrativa, escolho o espanto do senador por Santa Catarina, Jorge Konder Bornhausen, na época exercendo o cargo de Ministro da Educação: “nunca vi uma realidade social tão chocante quanto esta...” A comitiva de autoridades e de políticos que acompanhavam o Ministro da Educação ficou estarrecida com a inesperada reação...De fato, Juazeiro é um mundo. E um mundo diferente. Por essa razão não se é de estranhar que as autoridades eclesiásticas brasileiras e, de modo especial, do Ceará olhassem até com desprezo o movimento religioso popular do Juazeiro, as levas imensas de romeiros e os devotos do Padre Cícero. Adotando essa posição, o Seminário Arquidiocesano do Ceará, o Seminário da Prainha, a mais importante “casa de formação de sacerdotes e que desempenhou importante papel na formação cultural e intelectual do Ceará, até o ano 2000 inculcava sistematicamente em seus alunos de filosofia e teologia severas restrições e acerbas críticas ao Patriarca do Juazeiro, tendo-o por excomungado, embusteiro e aos romeiros e devotos do Padre Cícero taxava-os de analfabetos, jagunços e fanáticos. Foi nesse ambiente adverso que se deu a formação do jovem levita Francisco Murilo de Sá Barreto. Padre Murilo chegou ao Juazeiro, no dia 6 de fevereiro de 1958 como “vigário cooperador” do Mons. José Alves de Lima. Nesse período de quase 10 anos, em que foi vigário cooperador, o jovem sacerdote dedicou o seu tempo a estudar a vasta e complexa história do movimento religioso popular de Juazeiro, a vida do Padre Cícero e mergulhar a fundo na investigação do imaginário popular que fundamenta a romaria. Era um mundo fantástico, fascinante e de fé ardente e generosa que envolve todos os participantes da romaria. Foi nesse período que o Padre Murilo teve que aprimorar os dons de diplomata para não entrar em atritos nem com o vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, Mons. José Alves de Lima, nem com a hierarquia da Diocese do Crato, que tinha como lema combater de maneira radical a memória do Padre Cícero e o que eles chamavam de movimento fanáticos dos devotos do Padre Cícero.Com a morte de Mons. José Alves de Lima, em 28 de fevereiro de 1967, Dom Vicente Paulo de Araújo Matos, sem alternativas aceitáveis para ocupar a Paróquia de Nossa das Dores, porque o clero da Diocese não sentia disposição em assumir os graves desafios que se apresentavam no Juazeiro como vigário dos romeiros. Sem opções disponíveis, Dom Vicente Paulo de Araújo Matos nomeou Padre Murilo vigário de Juazeiro. Para o clero do Crato, aquela foi uma opção amarga em razão das posições defendidas por Padre Murilo em favor de maior assistência espiritual aos romeiros e a criação de uma pastoral totalmente devotada às romarias. Era exigido um delicado equilíbrio ao Padre Murilo: ser obediente ao seu bispo, fiel ao voto de sua ordenação sacerdotal e ao seu dever de pastor de zelar pelos seus fiéis e não eram “ovelhas” tresmalhadas da parábola evangélica. Eram almas generosas em busca da palavra de Deus, dos santos sacramentos, vindo de longe, sofrendo por íngremes caminhos, sofrendo os romeiros o desconforto aboletados em paus-de-arara, e a Igreja não podia fechar as suas portas ao “povo de Deus”, que vinha ao Juazeiro visitar a Mãe de Deus. Padre Murilo conquistou toda a Nação Romeira. A pastoral das romarias passou a ser a atividade principal da Paróquia de Nossa Senhora das Dores. Em 1994, ano do sesquicentenário do nascimento do Padre Cícero, Padre Murilo movimentou os sertões para prestar uma grande homenagem ao Patriarca do Nordeste. Mais de 190 sacerdotes de diversos pontos do Brasil aderiram e confirmaram presença numa magnífica concelebração eucarística. 5 bispos confirmaram presença na cerimônia religiosa. Nesta euforia, havia nuvens negras que angustiavam a alma do Padre Murilo: o Bispo de sua Diocese, Dom Newton Holanda Gurgel, não confirmava sua presença na Celebração Eucarística. No dia 24 de março de 1994, pressionado e a contragosto, Dom Newton Holanda Gurgel se fez presente no Juazeiro e diante de quase 200 Sacerdotes, 5 bispos de outras dioceses, autoridades políticas e militares participou do maior acontecimento religioso em homenagem ao Patriarca de Juazeiro. Aquele foi um dos dias mais felizes da vida do Padre Murilo.

domingo, 24 de janeiro de 2016

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
213: (13.01.2016) Boa Tarde para Você, Josenir Amorim Alves de Lacerda
Não faz tanto tempo assim que os nossos brios caririenses se engalanaram com a escolha de Josenir Lacerda, poetisa de tantos predicados, para sua posse em 19.12.2010, no Rio de Janeiro, numa cadeira na Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABCL. Ela se tornou a primeira caririense, filha muito estimada do Crato, ocupante da Cadeira n° 37, portanto – inserida no rol dos membros fundadores da agremiação, patrocinada pelo poeta e repórter paraibano José Soares, um dos quarenta que são referidos como grandes poetas populares. A Academia Brasileira de Literatura de Cordel tem dentre os seus grandes homenageados alguns dos poetas da literatura oral, vates cujas obras, e até parte de suas vidas, estão intimamente ligadas ao Cariri, como Leandro Gomes de Barros, João Martins de Atayde, Expedito Sebastião da Silva, José Bernardo da Silva, Delarme Monteiro Silva, Patativa do Assaré e Manoel Caboclo e Silva. De não menos nomeada, falamos de Josenir Lacerda, a mesma que já nos orgulhava pelo destaque merecido na Academia dos Cordelistas do Crato, em outra ocupação de grande honra, mérito e representação, por ter sido sucessora na cadeira n° 3 do grande Mestre Elói Teles de Morais. A existência de Josenir, felizmente, não é fato isolado porque a propósito da lembrança de Elói Teles, como radialista que manteve por 35 anos um programa radiofônico intitulado “Coisas do meu sertão”, aí começou nos anos 60 a despertar interesse a presença feminina no cordel com poetisas como Nair Silva, Mundinha Torquato, Esmeralda Batista, Bastinha Job, Rosimar Araújo, Anilda Figueiredo e Rosário Lustosa, dentre outras. Seu Elói foi um radialista, um grande folclorista que exerceu enorme influência na difusão da poesia sertaneja e do cordel, tanto de homens, como de mulheres, tendo sido o fundador e primeiro presidente da Academia dos Cordelistas do Crato. Deste modo, a literatura de cordel que habitualmente era o locus preferencial da presença de poetas, homens versejadores de grande excelência, abriu-se magistralmente para esta filiação de grandes talentos, e o Cariri terminou por ensejar a emergência de novos, grandes e surpreendentes talentos. Não posso deixar de mencionar aqui também a excelente contribuição que este feminismo poético no cordel revelou através de Salete Maria, Fanka Santos, Rivaneide, Edianne dos Santos, Madalena de Souza, Luiza Campos, Silvia Matos, Camila Alenquer, especialmente ligados ao grupo da Sociedeade dos Cordelistas Mauditos, aqui em Juazeiro do Norte. E não foi fato isolado apenas na poética, mas também na xilogravura em capas de folhetos que foram surgindo e revelando excepcionais valores femininos com grande sensibilidade para entalhar em umburana a expressão desta nova poesia feminina, através das ilustrações de Erivana, Edianne Nobre, Jô Andrade, Emanuele Alencar, Maria Rivaneide, Áurea Brito, Regilene Stéfanni e Eliane Nobre. Eu só fui conhecer Josenir Lacerda bem recentemente ao descobrir o seu recanto chamoso da Rua José Carvalho, em Crato, diria, a instituição Recanto Cordel e Arte, um local prazeroso para onde convergem figuras notáveis do cordel e da xilogravura, intelectuais e visitantes, todos sempre muito interessados num bom encontro, ótima conversa e um acervo maravilhoso de artesanato e poesia. No cordel, Josenir é uma poetisa de grande fertilidade, explorando com habilidade e criatividade o cotidiano e os seus fatos recorrentes, a linguagem sertaneja e suas raizes, pois se iniciou muito cedo, bem jovem, lendo os clássicos com quem se familiarizou muito com a temática e a construção métrica, de onde foi recolhendo inspiração para os versos que elaborava, caindo no gosto e no reconhecimento de Patativa do Asaré que não lhe regateava elogios. Gosto muito do seu estilo, da sua elegância discreta revelada em quase uma centena de folhetos que vou degustando e colecionando, de tudo que me aparece com seu nome, seja na sua produção regular, ou o que realiza em parcerias, e o que figura em coletâneas. Na minha limitada percepção, trago hoje à consideração esta figura notável de Josenir Lacerda, uma pioneira no que faz, porque dedica corpo e alma à preservação de nossas tradições, de sua riqueza cultural, num esforço continuado por tudo aquilo que vibra e pulsa em sua alma e coração. A vida e o trabalho de Josenir Lacerda é parte insubstituível desta felicidade que há no Cariri. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 13.01.2016)
BOA TARDE (II)
214: (21.01.2016) Boa Tarde para Você, Prof. Dr. Melquíades Pinto Paiva
É com imensa alegria, Dr. Melquíades, que o saúdo nesta tarde, por sabê-lo entre nós, visitando o seu Cariri tão amado, e nesta circunstância tão desconcertante: você ao nosso abrigo acalorado e eu, infelizmente, a milhares de quilômetros, nas graças de sua cidade maravilhosa. Malgrado este desencontro que era o não planejado, ambos temos o que falar destes estados de felicidades que invadem nossas almas, reencontrando velhos amigos, revendo paragens tão afetuosas e nos deliciando com o que ainda podemos falar desta convivência que persiste entre o histórico e tradicional, e o que ainda nos envaidece num recanto querido da nação. Você está de volta à sua Lavras de São Vicente Férrer para receber, como primeiro agraciado, a Medalha Prof. Joaryvar Macedo, comenda com a qual a municipalidade lavrense deseja firmar o seu melhor elogio a pessoas como você, gente de história e méritos, filho e glória dessa terra. Felizmente posso falar antecipadamente com algum conhecimento sobre o que a sua cidade viverá no próximo dia 20, por ocasião da cerimônia da entrega desta comenda, pois a vida me reservou nestes anos uma convivência com você e com Joaryvar. Em meados dos anos setenta eu conheci Joaquim Lobo de Macedo – Joaryvar Macedo, uma extraordinária criatura humana, professor, pesquisador e brilhante intelectual neste nosso Cariri, aqui tendo fundado o Instituto Cultural do Vale Caririense, aqui tendo produzido a sua maior riqueza humanística, entre o caráter e a bagagem intelectual que construiu brilhantemente. Tive o privilégio de ter sido um dos que tentaram substitui-lo à frente do ICVC, entusiasmado com o que vira de sua imensa dedicação para elevar no Cariri essa chama ardente e inflamante da pesquisa histórica, rebuscando velhos arquivos para rever e estudar páginas memoriais da história e da genealogia destes Cariris novos. Daqui, o professor Joaryvar Macedo foi chamado e aceitou prontamente para as funções honrosas de secretário estadual dos negócios da cultura, tendo sido o único dos colaboradores daquele governo que permaneceu entre o primeiro e o último dia. Todos sabemos o quanto o Estado do Ceará se beneficiou com a sua lucidez, com a sua competência e a prontidão como realizou uma administração eficiente, voltada para um amplo atendimento de tantas demandas institucionais. A biografia de Joaryvar Macedo foi algo que se enriqueceu substancialmente pela imensa acolhida e aclamação de inúmeras instituições culturais do Estado, todas beneficiadas nos seus propósitos de realizar dinâmicos programas de atuação, como institutos, academias, associações e grêmios. Faleceu precocemente Joaryvar Macedo e a sensação que tenho é que poucas foram as nossas lágrimas para testemunhar naquela comoção o sentido mais íntimo do agradecimento que gostaríamos de partilhar com sua família pelas beneméritas ações que realizara por seu Estado. Tão sumário quanto emocionado, Professor Melquíades, a lembrança de Joaryvar Macedo continua nos comovendo pela grandeza de sua simplicidade como cidadão honrado deste Cariri, agora mais resgatado em sua terra para firmar esta comenda aos que são exemplares à sua imagem. É deste modo que vejo o gesto concreto da Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira ao trazer a público, uma vez mais, o conhecimento da grandeza que há na vida e na obra do agrônomo Melquíades Pinto Paiva, o professor emérito – tantas vezes reconhecido, na cidade e no mundo. É deste modo que vejo esta homenagem ao cientista Melquíades Pinto Paiva, uma das glórias do Ceará, aquele que projetou a academia universitária, magistralmente criada por Antonio Martins Filho, inserindo-a brilhantemente, nas mais conceituadas revistas científicas do planeta. É deste modo que teremos a oportunidade de rever em relato sincero a imensa folha de sua contribuição, especialmente a partir da criação da Estação de Biologia Marinha, em 1960, à qual se sucederia em Laboratório de Ciências do Mar – LABOMAR, em 1969, para estar hoje como Instituto de Ciências do Mar, desde a sua transformação em unidade acadêmica da UFC, desde 1998, com competência para ministrar cursos de graduação e pós-graduação, mantidas as características de instituição multidisciplinar voltada para a pesquisa, ensino e extensão. Esta, sem dúvida, é a maior de suas obras em busca do desenvolvimento deste nosso Estado, mas muita coisa ainda se falará sobre seus predicados de diligente pesquisador de nossa História, o “Fideralino” que adentrou fundo nas histórias da vida de Lavras e de seus ricos personagens. Associo-me, mesmo à distância, prazerosamente, a este momento de tão justas e merecidas homenagens a este filho ilustrado de Lavras da Mangabeira, e também agradecido felicito-o fazendo votos por sua felicidade pessoal, com sua amada Arair e toda a família, para enfim, lembrar versos de sua querida amiga Rachel de Queiroz quando escreve: 
"Visitante mui amigo pode entrar, a casa é sua. Ah! como é tão bom nesta vida abrir-se a porta da rua como quem abre um abraço, dizendo assim como eu faço: Entre a gosto, a casa é sua".
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 21.01.2016)
COLUNA CIDADE & CIDADANIA 
No Portal da Radio Padre Cícero, FM 104,9, de Juazeiro do Norte, está sendo publicada uma página semanal em que deverei continuar abordando questões de interesse de nossa cidade e de nossa cidadania. Nesta coluna estes textos serão reproduzidos, como faço agora com o terceiro deles.
O TRÂNSITO (III)
No artigo anterior fizemos uma menção para analisar aqui a questão da frota de veículos que temos no município e como isto impacta sobre a desorganização do trânsito, de modo a exigir grande cuidado, redobrados esforços em planejamento, investimentos em engenharia de tráfego e gestão por parte do poder público. O Anuário do Cariri de 1949, ano em que nasci, registra para a cidade de Juazeiro do Norte os seguintes números de veículos em circulação: Automóveis (30); Caminhões (40); ônibus (3); Motocicletas (2); Bicicletas (18); Carros de bois (14); Carroças (14); Cabriolés (4), num total de 125 veículos. Bem mais recentemente, segundo as estatísticas do IBGE, de 2013, tínhamos naquela ocasião, os seguintes números: Automóveis (30.536); Caminhões (1.898); Caminhões-trator (129); Caminhonetes (6.463); Caminhonetas (1.117); Micro-ônibus (195); Motocicletas (45.928); Motonetas (7.953); Ônibus (231); Tratores (0); Utilitários (441), num total de 94.891 veículos. Os dados mais atuais são os do próprio DETRAN-CE que registram até outubro de 2015 os seguintes números: Automóveis (32.185), Caminhões Trator (142), Caminhões (1.958), Caminhonetes (7.094), Camionetas (1.048), Micro-ônibus (195), Motociclos (48.172), Motonetas (8.582), Ônibus (248), Reboques (1.023), Semi Reboques (1.023), Utilitários (499) e Outros (relacionando as seguintes categorias: Ciclomotor, Triciclo, Trator de Esteiras, Trator misto, Quadriciclo, Motor casa e Side-car), num total de 101.519 veículos registrados. A primeira coisa a considerar é evolução na diversidade desta frota, vista aqui historicamente pelos tipos de veículos e suas circunstâncias, tais como dimensões, potência, etc. Ora, qualquer gestão municipal veria obrigatoriamente, no seu planejamento, estes aspectos, de modo a minimizar elementos mais arrogantes da projeção que faríamos para o futuro, em vista do crescimento vegetativo desta frota ao clima tão pacato da cidade de então. Minimamente, isto requereria um novo olhar que aos poucos fosse contemplando algumas novas necessidades com respeito a dimensões de vias públicas, zoneamento para o trânsito e até mesmo as faixas exclusivas que iriam sendo necessárias. A realidade destes últimos anos, especialmente entre 2013 e 2015, demonstra que no período acumulamos uma variação de frota por volta de 7%, mas nela destacamos fatos relativamente novos como a variação na categoria de motos em 10%, observando que esta categoria, e assemelhados, numericamente já representa cerca de 56% do total da frota circulante. A frota de motociclos e assemelhados, espalhada por todo o município já demanda um estacionamento que ocuparia mais de 15 hectares e isto em parte é responsável por um dos componentes da pressão do trânsito sobre os problemas de mobilidade. Ultimamente tem-se tentado algumas estratégias para conter a desorganização inevitável por conta da excessiva frota, própria ou o total circulante, em razão do que ingressa na área central da cidade vindo de mais de uma centena de municípios. É o caso das centenas de vans e mini vans que chegam à cidade desde as primeiras horas da manhã, motivado pelos atrativos que a cidade exerce em sua área de influência, como pólos comercial, de educação e serviços em geral. Como a maioria aqui permanece por várias horas, a área mais central da cidade se reduz temporariamente em uns dois hectares. Algumas iniciativas tem minorado a questão, como o estabelecimento de zona azul, novos estacionamentos rotativos e algumas concessões do município, em áreas reservadas, particularmente nas romarias. Sobre as romarias, nota-se apenas um pequeno esforço concentrado nos períodos críticos e pouca coisa em termos de engenharia de tráfego. Veículos muito pesados trafegam danificando os leitos e este estado de coisas permanece sem uma reavaliação do problema que continua abrindo ruas juntando pedras para um capeamento dos mais medíocres e vagabundos. Ora, esse fluxo intenso de transporte coletivo é extremamente benéfico aos interesses do município, mas falta à municipalidade, como responsável pela organização destas atividades ligadas ao transporte intermunicipal um disciplinamento desejável e também a iniciativa de prover solução, inclusive com benefícios para a arrecadação. Agora mesmo, com o reinício da temporada chuvosa, já começamos a verificar como esta malha viária é precária. Alguém já usou a expressão sonrisal para qualificá-la muito bem, pois basta um pouco de água das primeiras chuvas e tudo se desfaz, como se solubilizasse todo o revestimento, restando montes de pedras a complicar mais ainda a vida dos motoristas. Quem anda pela periferia da cidade constata facilmente a estreiteza mental do gestor público em continuar repetindo os mesmo erros. A cidade se espalha e tudo acontece como se nada tivesse mudado neste tempo, pois as ruas continuam estreitas e se mostrarão incompatíveis com o trânsito mais denso e confuso que experimentaremos em anos futuros. Não vale a pena aqui discutir este aspecto, mas não podemos nos esconder diante da evidente irresponsabilidade dos gestores em não elaborar um novo plano diretor para a cidade, coerente com o momento que vivemos. Requeremos também uma revisão no código de posturas e o estabelecimento de novos e honestos critérios para a aprovação de novos loteamentos na área do município. Como podemos constatar com muita facilidade, estes loteamentos são barganhas que transitam com farta desonestidade entre os poderes do município e isto sem dúvida alguma compromete a qualidade de vida pela qual tanto lutamos e que à nossa revelia é negociado de forma infamante. Na etapa final destes modestos considerandos, vamos nos deter um pouco, mesmo superficialmente, sobre alguns pressupostos que a engenharia de trânsito preconiza, com o objetivo de agilizar soluções para este problema que já assume status de gravidade.
(Coluna Cidade & Cidadania, postada  em www.radiopadrecicero.org.br,  na data de 19.01.2016)

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
MOSTRA 21 (SESC, JN)
Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe nos próximos dias:
Dia 28.01, quinta feira, 14:00h – Lançamento do filme brasileiro “Alone: O início” (Dir. Cheyenne Alencar, Brasil, 2015, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Continuação do curta-metragem “Alone”. Lise Gregório, empresária do ramo de cosméticos, descobre pela internet, imóvel à venda.
MOSTRA 21 (SESC, CRATO)
Dia 25.01, segunda feira, 19:00h – A feiticeira da guerra (Dir. Kin Nguyen, Canadá, 2012, 90 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Menina de 12 anos é raptada por exército rebelde e forçada a ajudá-los durante a guerra.
Dia 26.01, terça feira, 19:00h – Albert Nobbs (Dir. Rodrigo García, Reino Unido/Irlanda, 2011, 113min, classificação indicativa: 16 anos) Sinopse: Um homem é obrigado a esconder sua identidade para poder trabalhar no século XIX.
Dia 27.01, quarta feira,  14:00h – O garoto da bicicleta (Dirs. Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, França, 2011, 87 min, classificação indicativa: 16 anos) Sinopse: O maior desejo de um garoto é morar com seu pai.
Dia 27.01, quarta feira, 16:30h – O silêncio de lorna (Dirs. Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Alemanha/ Bélgica/ França/ Reino Unido, 2008, 105 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Imigrante albanesa tenta a qualquer custo permanecer na Bélgica.
Dia 27.01, quarta feira, 19:00h – Gravidade (Dir. Alfonso Cuarón, EUA, 2013, 90 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Após uma reação de cadeia no espaço, astronauta tenta manter-se viva.
Dia 28.01, quinta feira, 19:00h – Isto não é um filme (Dir. Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Bélgica/França, 2002, 103 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Um carpinteiro tem como aprendiz o jovem que assassinou seu próprio filho.
Dia 29.01, sexta feira, 19:00h – Dois dias, uma noite (Dirs. Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Bélgica/França/Itália, 2014, 95 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Sandra tem pouco tempo para conseguir mudar a opinião de seus colegas de trabalho.
Dia 31.01, domingo, 14:00h – Blue Jasmine (Dir. Woody Allen, EUA, 2013, 98 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Mulher busca encontrar um novo rumo para a sua vida após falência.
Dia 31.01, domingo, 16:30h – O tempo que resta (Dir. François Ozon, França, 2005, 85 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Fotógrafo descobre que tem pouco tempo de vida.
Dia 31.01, domingo, 19:00h – Mommy (Dir. Xavier Dolan, Canadá/França, 2014, 134 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse:Uma viúva tenta conviver com seu filho adolescente.
MOSTRA 21 (CEU, BARBALHA)
Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Barbalha, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia:
Dia 29.01, sexta feira, 14:00h – Birdman or the unexpected virtue of ignorance (Dir. Alejandro González Inárritu, EUA, 2014, 119 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: Astro do cinema em franca decadência resolve estrear um espetáculo teatral.
MOSTRA 21 (CCBNB, JN)
Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe nos próximos dias:
Dia 30.01, sábado, 13:30h – Sessão encoberta
Dia 30.01, sábado, 17h30 – Contra a parede (Dir. Fatih Akin, Alemanha/Turquia, 2004, 121 min, classificação indicativa: 16 anos). Sinopse: O encontro de um casal em uma clínica de reabilitação.
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 29.01, sexta feira, às 20 horas, o filme O Agente da UNCLE (The man of UNCLE, EUA, 2015, 116min). Direção de Guy Ritchie. Elenco: Christian Berkel, Christopher Sciueref, Claudia Newman, Daniel Westwood, David Menkin, Elizabeth Debicki Gioacchino Jim Cuffaro, Guy Potter, Hugh Grant, Jorge Leon Martinez, Luca Calvani, Philip Howard. Sinopse: Nos anos 1960, durante a Guerra Fia, o agente da CIA Napoleon Solo (Henry Cavill) e o espião da KGB Illya Kuryakin (Armie Hammer) precisam deixar de lado as animosidades para unirem forças numa missão. Eles são incumbidos de derrubar uma organização criminosa e evitar uma catástrofe mundial.
MEMORIAL PADRE CÍCERO
Eis aqui uma notícia que vale a pena ser reproduzida e bem divulgada, a partir de um release da PMJN: “O Memorial Padre Cícero em Juazeiro do Norte está sendo reformado com o objetivo de oferecer uma melhor condição de acolhimento aos visitantes. A obra orçada em cerca de R$ 200 mil trata da recuperação das estruturas para garantir mais segurança e conforto como explicou a presidente da fundação, Solange Tenório Cruz. Banheiros e camarins estão ganhando novo piso, espelhos e revestimentos de porcelanato nas paredes. Além disso, os banheiros que acolhem milhares de romeiros durante as festas religiosas em Juazeiro vão passar a contar com o acesso para cadeirantes. Já os carpetes das salas de administração, da presidência, da coordenação, corredores e biblioteca estão sendo substituídos, pois são os mesmos da época de sua inauguração há mais de 30 anos. Estes setores do Memorial vão receber piso de granito o que favorecerá até mesmo na hora da limpeza.  Aquele importante equipamento público do município está ganhando ainda dois portões para saídas de emergência no auditório, a fim de atender as normas de segurança apontadas pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com Solange, o Memorial estava necessitando desses reparos há bastante tempo e o benefício atende ainda aos funcionários e juazeirenses que ali comparecem para suas pesquisas, além dos romeiros que visitam a cidade.” 

sábado, 16 de janeiro de 2016

BOA TARDE

Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.

212: (11.01.2016) Boa Tarde para Você, Elizângela dos Santos Bezerra

Há quase dezoito anos atrás, em 5 de setembro de 1997, Elizângela, eu comecei a conhecê-la integrando o primeiro time no nascedouro da quinta versão do Jornal do Cariri, você, uma jovem talentosa que saíra há pouco do curso de jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba. Bela experiência aquela primeira fase desse jornal, em cuja redação não posso deixar de lembrar Cícero Pereira, Socorro Ribeiro, Elisete Cardoso, Fabíola Nascimento e Elizângela Santos, em fascinante empreendimento para realizar um jornalismo impresso diário na Região do Cariri. Esse título, Jornal do Cariri é bastante emblemático e recorrente, pois já tivemos umas sete experiências assim nomeadas, a partir do Jornal do Cariry, com Y, que circulou em Barbalha, a partir de 23.11.1904. Ele era editado pela Empresa Tipográfica Caririense, fundada em 01.05.1903 por José Joaquim Telles Marrocos, Manuel Soriano de Albuquerque e José Bernardino Carvalho Leite, por sinal, bisavô do jornalista Vitor Casimiro, meu filho. Suas oficinas, inicialmente, funcionavam em Crato, na Rua do Comércio, e o programa do Jornal do Cariry visava a defesa dos interesses da agricultura, do comércio, da indústria, das artes e de tudo que pudesse servir à sociedade, à religião e à pátria. Seu lema era: “Terá de tudo para todos; só exclui o partidarismo político.” Com o afastamento de Soriano de Albuquerque, para Fortaleza (1905) e a morte de José Marrocos, em Juazeiro (1910) o Jornal do Cariry, sob a responsabilidade de José Bernardino, em Barbalha, parou de circular. Há referências a este mesmo título sendo usado por um jornal que circulou em Lavras da Mangabeira, sem confirmação. Nesta fase mais recente do Jornal do Cariri, eu me sentia parte do empreendimento, pois havia sido levado à circunstância de participar do seu conselho editorial, ao lado de grandes figuras como Antonio Martins Filho, Cícero Pereira, Geraldo Barbosa, Gilmar de Carvalho, Huberto Cabral, José Boaventura, José Roberto Celestino, Napoleão Tavares, Pe. Gonçalo Farias, Pe. Murilo de Sá Barreto e Raimundo Borges. Daí porque, minimamente, Eliz, lia minuciosamente cada um dos seus textos pela responsabilidade que nos cabia em analisar seus conteúdos, propriedade, legitimidade e precisão de termos e circunstâncias, para que o jornal cumprisse fielmente a sua missão. Foi assim que descobri o grande valor de seus escritos, esmerado com elegância vernacular, fato muito descuidado pelo jornalismo de então que começava a ser reciclado com a chegada de novos e poucos, mas notados jovens de expressiva vocação jornalística, burilada em Academias. Depois desta primeira e verdadeira impressão, foi mais fácil acompanha-la, Eliz, através do Jornal de Negócios, do Jornal Caminho da Fé, no Vitrine, no Cariri New, e por aí, até chegar neste Regional do Diário do Nordeste, sem deixar de lado o que você tem feito, e com maestria, pela comunicação social de empresas e instituições. Uma coisa que ainda me surpreende e assim desejo que permaneça, é que você, Eliz, não é uma profissional que cumpre apenas a pauta intransferível do bulício sócio-político-cultural-econômico e administrativo do Cariri. É muito simples encontrar neste seu modo peculiar de fazer jornal e comunicação a preocupação permanente de fazer a notícia pelo lado da investigação que se superpõe ao caminho mais fácil de quem apenas estende o microfone e diz: - que avaliação o senhor faz desse momento? Não há na minha exigência de qualidade sobre a matéria de jornal nenhum preconceito antecipado diante de qualquer estratégia que o profissional adote para cumprir a tarefa, mas eu penso que cabe ao jornalista, no rádio, na tv, em mídias e folhas, algo muito além das obviedades do cotidiano. Sinceramente, Eliz, seus textos me inspiram essa confiança, a certeza de uma leitura prazerosa e a confirmação de que as exigências que nutrimos para continuar acreditando que o jornalismo serve à nossa cidadania, eficiente e exemplarmente. Saúdo você, amiga Eliz, muito querida e estimada, nesse início de tarde de um novo ano, por sua intensa e dedicada observação, por seu importante e meticuloso trabalho na imprensa do Cariri. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 11.01.2016)

COLUNA CIDADE & CIDADANIA
No Portal da Raio Padre Cícero, FM 104,9, de Juazeiro do Norte, está sendo publicada uma página semanal em que deverei continuar abordando questões de interesse de nossa cidade e de nossa cidadania. Nesta coluna estes textos serão reproduzidos, como faço agora com os dois primeiros.

O TRANSITO (I)
Inicio esta Coluna, assim denominada – Cidade & Cidadania, com o propósito de aqui estabelecer comentários e reflexões sobre a nossa problemática urbana, como exercício periódico para analisar e sugerir, modestamente, soluções que contemplem e contribuam para uma melhor qualidade de vida em nossa cidade. Não tenho a pretensão de ser um expert, um entendido em tantos assuntos quantos sejam os nossos problemas, mas me ocorre o dever cidadão de expor, comentar e refletir sobre tantos temas que nos afligem, pois sou parte dessas angústias, aqui vivendo e experimentando o que há de ótimo a nos felicitar e também o que há de péssimo a nos martirizar. Começo por tratar da questão do trânsito urbano, de como a cidade se resolve para dispor, ao alcance de todos, o acesso aos equipamentos (comércio, indústria, serviços, educação, saúde, lazer, etc), especialmente aos serviços essências e tudo mais que nos importa nos nossos deslocamentos. Data de 1909 o primeiro planejamento, ainda muito rudimentar, sobre o crescimento da cidade, quando uns poucos amigos e fieis colaboradores do Padre Cícero, preparando o instante da nossa emancipação política, sacramentada em 1911, se dispuseram a fazer levantamentos, anotações e projeções. É um pequeno exercício mental imaginar o que era aquela vila de umas 15 mil pessoas (5% do que somos hoje), oriunda de uma velha e ancestral fazenda, um lugarejo de pouquíssimas ruas, duas ou três praças, uma área urbana que não chegava a 0,1% do que dois anos depois seria município, com pouco mais de duas centenas de quilômetros quadrados. Hoje, dizem os números da estatística oficial, já ocupamos mais de 95% desse território. Os primeiros sinais de que o trânsito de veículos começava a representar um sinal evidente na problemática urbana nos aparece em meados dos anos 20 quando cidadãos abastados começaram a importar os primeiros “fordinhos”. Era um luxo experimentar este passeio fogoso, entre as Malvas e a Praça, ou ir até Crato e Barbalha, alargando veredas que haviam sido abertas apenas para os animais. Nessa época, por alguma iluminação, o Patriarca arbitrou, diria – profetizou, que o centro da cidade seria o largo da recém construída estação ferroviária da Rede Viação Cearense, cujos trilhos acabavam de chegar, estirados desde Missão Velha. Nos próximos cinquenta anos, desde este fato, não existiu nenhuma preocupação maior para a necessária atualização daquele incipiente planejamento estruturado em 1909 e os grandes marcos que foram plantados na década de 60 pelo desenvolvimento da cidade. Esta referência é necessária, pois aí já estávamos agregando a este desenvolvimento alguns elementos importantes como a expansão e maior diversificação do comércio, a industrialização, aeroporto, eletrificação, comunicações (rádios, jornais, inclusive tv) rede escolar, e uma certa modernidade nos serviços públicos, ainda por um tímido modo de gestão pública. O plano da expansão urbanística, não bastassem os inúmeros exemplos históricos de soluções alentadoras, de cidades do porte médio no país, foi ficando para trás porque fomos perdendo quase todos os prazos que poderiam resgatar confortavelmente e a menor custo a atualidade necessária para um plano diretor que norteasse os novos rumos de nosso desenvolvimento. Nessa fase, no plano geográfico da urbe, lamentavelmente, pouquíssimo temos a contabilizar, pois não construímos largas avenidas que estruturassem as vias de circulação, mantivemos a “bitola” estreita de ruas como se ainda fossem apenas satisfatórias ao trânsito acomodado em dois sentidos, convivendo com certa harmonia poucos carros, carroças, bicicletas e umas algumas motocicletas. Em muitos casos, numa tentativa de salvar alguns traçados, sacrificamos calçadas, algumas de via ampla, reduzindo-as até meio metro de largura. A partir dos anos 70 esta cena urbana foi alvo de profundas modificações, especialmente pela vocação maior do município como centro comercial. Isso nucleou com extremo vigor a liderança que hoje vivenciamos em nossa cidade, pela referência de centenas de municípios que recorrem a nós, diariamente, mercê da diversidade de soluções que aqui se abrigam, entre comércio, indústria e serviços, em ampla satisfação às demandas regionais e em território mais largo, na sua área de influência. A verdade é que à expressão mais simples de um transeunte, motorizado ou não, de um certo caos no trânsito da cidade, hoje em dia, se deve agregar esta constatação mais simples de que ainda carecemos de uma visão mais larga de planejamento urbano para gerar e gerir soluções que mitiguem os impactos ambientais que vivenciamos. A essa questão básica, de como congelamos as melhores soluções para o nosso crescimento, algumas observações podem ser agregadas ao painel que formamos sobre a compreensão destes descaminhos: 1. Protelamos até mais não poder a descentralização, a desconcentração da cidade, contida no dito centro histórico; 2. Praticamos uma visão equivocada de zoneamento da cidade e das terras do município, de tal maneira que em certas e curtas áreas podemos perceber a desordem da convivência conflituosa de moradia, serviços, comércio, indústria, lazer; 3. Raras foram as iniciativas de prover a cidade com largas avenidas e praças, como se o poder público não fosse o maior latifundiário do lugar; 4. O sentimento precoce da explosão e emergência do centro urbano não foi acompanhado por um planejamento de uma ampla perimetral nos limites do município, não obstante o traçado de estradas estaduais e vias vicinais; 5. A ocupação do solo continua sendo um ato permissivo, nocivo em certos aspectos, fruto de um clientelismo insustentável frente aos melhores interesses desta nossa cidadania. Essas questões, e muitas outras que poderemos lembrar, estão postas aqui como se ainda tivéssemos tempo e recursos para implementar soluções que remediem e minimizem este panorama um tanto caótico. Apenas lidaremos com graves intervenções, longas e dolorosas, a custo bem mais expressivos para os parcos recursos. Deixo aqui, nesses termos, um tanto recheados de indignação, o pano de fundo de uma grave questão que voltaremos a falar em próximas edições. Se isto for, de fato, uma contribuição para o nosso melhor posicionamento, estarei feliz de ter auxiliado cada leitor num reencontro necessário com a cidade que queremos, espaço sagrado do nosso exercício de cidadania. (Coluna Cidade & Cidadania, postada para www.radiopadrecicero.org.br, na data de: 05.01.2016)

O TRÂNSITO (II)
No texto anterior, situamos apenas alguns pressupostos para a análise do que desejamos realizar com respeito ao trânsito nessa cidade, razão de muitas queixas que firmamos no dia a dia, face aos embaraços que isso nos ocasiona. Vejamos a primeira consideração que propus: “1. Protelamos até mais não poder a descentralização, a desconcentração da cidade, contida no dito centro histórico.” A cidade cresceu a partir de uma visão centralizada no que chamo de centro histórico, e ainda hoje há uma forte prevalência desse primeiro zoneamento. Foi uma pena o que experimentamos por muitos anos em gestos concretos, o que adensou a busca por serviços básicos. A própria administração da municipalidade descuidou-se ao acreditar que um equipamento básico construído no início dos anos 60 ainda seria o suficiente para gerir todas as ações da máquina municipal até depois da mudança de século. Vez por outra se ouve falar da necessidade de uma melhor organização reunindo secretarias e órgãos, como mais recentemente se falou da possibilidade de usar o espaço da velha Usina da Anderson Clayton. Algumas pressões foram determinantes do alargamento da zona de comércio, estirando-a ao longo dos corredores das Ruas São Pedro e São Paulo, até o Romeirão. Já não era possível a permanência e a abertura de novas empresas nas proximidades do velho centro, uma vez que o volume de cargas e a necessidade de estacionamento causava transtornos de grande montante. “2. Praticamos uma visão equivocada de zoneamento da cidade e das terras do município, de tal maneira que em certas e curtas áreas podemos perceber a desordem da convivência conflituosa de moradia, serviços, comércio, indústria, lazer.” Esse zoneamento tardou tanto que as áreas de comércio para novos bairros se faz com a nítida expulsão das moradias unifamiliar. Outro fato notório é a demora em se estabelecer com firmeza uma determinação sobre um distrito industrial, municipal, para contemplar pequenas e médias empresas, especialmente as que implicam em grave impacto ambiental. Outro caso digno de nota é a concentração de um certo pólo de serviços de saúde (clínicas, hospitais, etc) nas Ruas São José e Pe. Cícero. Essas menções denunciam, naturalmente, a grande repercussão sobre o trânsito da cidade que não dispõe de áreas expressivas de estacionamento. “3. Raras foram as iniciativas de prover a cidade com largas avenidas e praças, como se o poder público não fosse o maior latifundiário do lugar.” Aliás, a este respeito, verifica-se que em algumas destas oportunidades, o poder público negligenciou bastante até desvirtuando a real destinação de algumas áreas. As praças continuam sendo construídas, quando se fazem, com uma timidez típica nas enormes dificuldades de pequenas municipalidades, e não das reais necessidades de uma cidade do nosso porte. A abertura de avenidas ainda se faz com uma bitola que contempla em estado ainda precário os deslocamentos da grande frota de veículos em transito pelos bairros. É só ver o que temos de impedimentos na Castelo Branco, na Humberto Bezerra, na Dr. Floro, na Plácido Castelo, dentre outras. “4. O sentimento precoce da explosão e emergência do centro urbano não foi acompanhado por um planejamento de uma ampla perimetral nos limites do município, não obstante o traçado de estradas estaduais e vias vicinais.” O Governo do Estado assumiu a responsabilidade de realizar o Anel Viário da cidade. O seu traçado já nasce miúdo para nossas necessidades, nos trechos em obras. Não se sabe como isto será conduzido, para o restante do trajeto, mesmo porque não há algo que nos informe com precisão com o que se contará nos próximos anos. Uma primeira preocupação é que temos claramente uma pauta primeira de atendimento com as ligações aos 4 municípios que nos cercam (Crato, Barbalha, Missão Velha e Caririaçu). Além do mais, o traçado desta Perimetral deve ser estruturante para outras demandas com respeito às ligações necessárias com a malha viária estadual. Certo é que no presente momento por toda a ausência de informação e de algum planejamento que haja, a dita Perimetral não passa de uma nova avenida na cidade que liga o Salgadinho à Av. Paulo Maia. “5. A ocupação do solo continua sendo um ato permissivo, nocivo em certos aspectos, fruto de um clientelismo insustentável frente aos melhores interesses desta nossa cidadania.” Esse é um elemento grave do estado caótico em que se encontra a organização do nosso plano urbanístico, porque não há nenhuma intransigência do poder público disciplinar e em conter esta apropriação indevida. Poderíamos relacionar dentre estes abusos os seguintes casos isolados, mas que tem um forte componente de intervenção, ampliando sua gravidade: a) O aumento da frota do município levou cada proprietário a modificar sua residência com a construção de uma garagem para o veículo. O acesso se faz, necessariamente pela calçada que assim é modificada a critério do proprietário, tão somente, sem licenciamento, implicando também na extensão de uma rampa através do calçamento que na maioria dos casos produz barreiras e anomalias de 1,5 a 2,0 metro na via pública; b) Naturalmente, por direito adquirido, a abertura de garagem limita o espaço urbano para estacionamentos, e por motivos vários, e não só por isto, este é um elemento a ser considerado na verticalização das moradias na cidade; c) As vias urbanas são drasticamente obstaculadas através de diversos mecanismos de ocupação durante obras de construção civil, geralmente não licenciadas, acúmulo de lixo e depósito indevido de resíduos, sucatas, etc, carga e descarga, negócios comerciais não licenciados, a título de ambulantes, ou de extensão de firmas comerciais, além das calçadas já congestionadas pela exposição de estoque, mostruários, etc. Ainda vamos continuar este assunto, trazendo à análise algumas questões relativas à frota e sua diversidade, para elencar algumas sugestões que nos parecem razoáveis postular no sentido de mitigar estes impactos de que temos falado. (Coluna Cidade & Cidadania, postada para www.radiopadrecicero.org.br, na data de: 12.01.2016)
O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI: MOSTRA 21
A Mostra 21, o maior evento cinematográfico da região do Cariri tem sequência em alguns dos espaços do cinema alternativo (SESC, Juazeiro do Norte e Crato; CCBNB, Juazeiro do Norte e CEU, Barbalha), no período de 19 a 24 de janeiro. Vejamos o que está programado para a segunda semana de exibições. 
MOSTRA 21 (SESC, CRATO)
Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe nos próximos dias:
Dia 18.01, segunda feira, 19:00h, FEBRE DE PRIMAVERA (China/França, 2009, 116 min ). Direção de Ye Lou. 
Dia 19.01, terça feira, 19:00h, O FILHO ( Bélgica/França, 2002, 103 min). Direção de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne. 
Dia 22.01, sexta feira, 19:00h, LUNAR (Reino Unido, 2009, 97 min). Direção de Duncan Jones. 
Dia 24.01, domingo, 14:00h, A PELE QUE HABITO (Espanha, 2011, 120 min). Direção de Pedro Almodóvar.
Dia 24.01, domingo, 16:30h, A CRIANÇA (Bélgica/França, 2005, 100 min). Direção de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne.
Dia 24.01, domingo, 19:00h, FERRUGEM E OSSO (França, 2012, 120 min). Direção de Jacques Audiard
MOSTRA 21 (SESC, JN)
Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe nos próximos dias:
Dia 20.01, quarta feira, 14:00h, LAURENCE ANYWAYS (Canadá/França, 2012, 168 min). Direção de Xavier Dolan.
Dia 20.01, quarta feira, 19:00h, WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO (EUA, 2014, 106 min). Direção de Damien Chazelle.
Dia 21.01, quinta feira, 19:00h, MELANCOLIA (Alemanha /Dinamarca /França/ Suécia, 2011, 136 min). Direção de Lars Von Trier.
MOSTRA 21 (CCBNB, JN)
Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe nos próximos dias:
Dia 23.01, sábado, 17:30h, DE TANTO BATER, MEU CORAÇÃO PAROU (França, 2005, 108 min). Direção de Jacques Audiard.
MOSTRA 21 (CEU, BARBALHA)
Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Barbalha, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia:
Dia 22.01, sexta feira, 14:00h, NOTAS SOBRE UM ESC NDALO (Reino Unido, 2006, 92 min). Direção de Richard Eyre. 
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 23.01, sexta feira, às 20 horas, o filme O JOGO DA IMITAÇÃO. Direção de Morten Tyldum. Elenco: Benedict Cumberbatch (Alan Turing), Keira Knightley (Joan Clarke), Matthews Goode (Hugh Alexander), Mark Strong (Gen. Stewart Menzies), Charles Dance (Alastair Denniston), Allen Leech(John Cairncross), Matthew Beard(Peter Hilton), Rory Kinnear (Detetive Nock), Alex Lawther (Jovem Turing), Jack Bannon (Christopher Morcom), Victoria Wicks (Dorothy Clarke), David Charkham (William Kemp Lowther Clarke), Tuppence Middleton (Helen), James Northcote (Jack Good), Steven Waddington (Smith). Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta. Não demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas. Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley) sua grande incentivadora.
IMPÉRIO DA TIJUCA HOMENAGEIA JOSÉ WILKER
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Império da Tijuca fará do seu Carnaval 2016 uma grande homenagem. Com o enredo “O tempo ruge, a Sapucaí é grande e o Império aplaude o Felomenal”, a escola fará uma justa reverência ao ator, diretor, cineasta e produtor José Wilker, que morreu em 2014. Junior Pernambucano, carnavalesco da Verde e Branca, quer repetir o feito de 2013, quando conquistou a Série A com “Negra, pérola mulher” e conseguiu a Acesso para o Grupo Especial. Apontado como talento promissor no mundo do carnaval, embora já possua uma série de belos desfiles em seu currículo, Junior Pernambucano conta tudo sobre a preparação da escola do Morro da Formiga para a folia de 2016. Ele explica de onde surgiu a ideia da homenagem. “- O enredo foi a pedido do presidente, ele viu uma entrevista das filhas do José Wilker no Jô Soares e no outro dia veio com essa ideia de falar do ator. Eu apoiei de primeira. Achei fantástico. E assim surgiu o enredo”. No desenvolvimento do trabalho de pesquisa para a realização do carnaval, o carnavalesco ficou muito fascinado pela história de vida de Wilker. Muitas coisas curiosas foram descobertas, entre elas, umas despertou muito a atenção de Júnior Pernambucano. “- As coleções dele. Ele era um grande colecionador de óculos, meias, livros, orquídeas. Me despertou bastante curiosidade, não sabia que ele era um colecionador”. O Império da Tijuca quer mostrar para todos que assistirão ao desfile, seja nas arquibancadas ou pela televisão, o que foi a vida de Wilker, desde a sua infância até vir a ser o talentoso ator, produtor, cineasta, uma figura inesquecível. “- Através do desfile vai vir a parte do Nordeste, a sua infância em Juazeiro do Norte, depois toda a parte artística, é claro, que nós vamos trazendo no caminhar dele no cinema, no teatro e na televisão. É o próprio Zé na Avenida” Questionado sobre o que está gastando mais para a realização do desfile, Junior explica:” - Esse ano estamos na redução, ainda não dá para ter uma noção do que está mais caro e mais barato. Mas vamos dizer que um pouco mais caro é fantasia do casal de mestre-sala e porta-bandeira, que se gasta um pouco mais e tem um investimento um pouco maior - aponta. Sobre a parte que requer mais atenção, o carnavalesco já destaca outro quesito muito importante. “- O que eu tenho mais carinho, que cuido bem e faço um trabalho desenvolvido com bastante atenção, é a comissão de frente. Tenho atenção dobrada.” A utilização de material alternativo é uma prática muito recorrente nas escolas de samba. Junior Pernambucano dribla a crise com a criatividade reforçando a função principal do carnavalesco. “- Com essa crise financeira que está o Brasil inteiro, a gente tenta ser bastante criativo e estamos aí reciclando uma coisa ou outra, tentando fazer com que um simples material faça um grande efeito. Essa é a função do carnavalesco.” O Império da Tijuca vem composto por quatro alegorias e 22 alas no Carnaval 2016. Confira o roteiro completo do desfile: Setor 1: É o encontro do menino com a própria arte. O garoto Zé em Juazeiro do Norte, depois vem toda a formação artística, o encontro dele com os artistas de rua, a ligação com toda a arte de Juazeiro. Setor 2: É a ligação do Zé Wilker com o cinema. Toda a parte dos primeiros filmes que ele sai como ator até chegar nos mais consagrados. Setor 3: A parte das novelas. Vamos falar da maioria que ele esteve presente, sempre com muito sucesso de audiência. Setor 4: O Zé próprio como artista. Aparece entre obras e manias. Desde o primeiro prêmio como ator até suas coleções. A primeira peça infantil que ele produz, o primeiro seriado produzido por ele, o “Sai de Baixo”, foram oito anos de trabalho. Ou seja, o Zé como diretor, cineasta, produtor, colecionador. Nós fazemos uma grande homenagem ao artista, vem a família, vem amigos, todos juntos para realizar esta grande homenagem. Ficha Técnica: Enredo “O tempo ruge, a Sapucaí é grande e o Império aplaude o Felomenal”; Sinopse: Marcelo Caetano e Marcelo Martins; Diretor de carnaval: Luan Teles, Andrezinho.
PRAISO DA TUIUTI DESFILA COM PE. CÍCERO, ZÉ LOURENÇO E BOI MANSINHO
Desde 2014 o Paraíso do Tuiuti vem dando grandes passos no carnaval da Série A. Em 2016, buscando alcançar novamente uma boa colocação, a escola apresenta o enredo “A Farra do Boi”, que vai contar uma das histórias mais pitorescas e exóticas do Brasil, ocorrida no sertão cearense. Com bom humor, através da narrativa do Boi Mansinho e Padre Cícero, a Azul Pavão e Ouro de São Cristóvão fará uma crítica bem humorada ao fanatismo religioso. O carnavalesco Jack Vasconcellos recebeu a equipe do carnavalesco no barracão e contou mais detalhes dessa farra. - Tenho vontade de fazer esse enredo desde a minha época da faculdade. Meus pais eram livreiros e eu fui criado no meio dos livros. Em meados de 1998 ganhei do meu pai um livro com diferentes relatos de artesanato em barro, que contava as curiosidades das peças de barro encontradas em todo Brasil. Um dos capítulos contava exatamente a história do boi que Padre Cícero ganhou de presente, e de como, com o passar do tempo, no imaginário popular esse boi ganhou poderes de santo só por ter pertencido ao padre – revela Jack. Para desenvolver o enredo, e encontrar um caminho para contar a história com leveza, Jack mergulhou fundo em suas pesquisas. – Fui pesquisar as assombrações daquela região do Crato e descobri uma personagem muito bacana, a Velha Pisadeira. Conta-se que as pessoas que comem muito durante a noite precisam tomar cuidado senão a velha vem pisar na sua barriga. Uma maneira divertida de evitar a gula. Abrimos o desfile com as assombrações, tentando entender o porquê de tanta fé, porque as pessoas no sertão nordestino precisam acreditar tanto em alguma salvação, a ponto de acreditar no poder de um boi. Com 14 trabalhos assinados no carnaval carioca, Jack explica que um enredo histórico propicia o uso de materiais diferentes sem se tornar careta, e revela um perfil do desfile de 2016. – Estamos usando muita fibra natural, sisal, juta. É uma escola muito artesanal, com trabalhos manuais mesmo. O enredo pede e a região onde se passa toda história favorece. É também uma maneira de nos destacarmos das outras escolas, pois se não prestarmos atenção nos detalhes vamos deixando tudo se repetir. E com a crise assolando o país, demos sorte de escolher esse enredo facilitando todo processo. Jack revela que haverá padronagens exclusivas no desfile. – A realidade é que todos nós compramos em um mesmo lugar, então procurei criar algumas estampas exclusivas para diferenciar ainda mais nossa passagem na Avenida. Sobre o processo de criação do desfile, para o carnavalesco é importante que haja uma adequação no que as pessoas veem e ouvem durante a passagem da escola. – Quando escrevo a sinopse já deixo pronto todo esqueleto do desfile. Nos meus últimos carnavais tenho conseguido manter uma adequação entre o que o público vê e ouve. Nesse caminho vou definindo as alegorias e fantasias. O enredo dará ênfase à fé e ao medo das situações enfrentadas no sertão. – A escola de samba não é só para a gente brincar. Ela é uma manifestação que se diferencia das outras manifestações carnavalescas, uma vez que ela tem essa responsabilidade de contar uma história – afirma Jack. Saiba como será o desfile da Paraíso do Tuiuti para o Carnaval 2016:
Primeiro Setor – Assombrações
“Através das assombrações vastamente retratadas nos cordéis, falaremos da necessidade de somente a fé salvar aquele povo. Aquela forma tão conhecida de exclamarem “Valei-me meu Padim Ciço”!” “quando se encontram em uma situação de aperto”
Segundo Setor – A Seca e as Necessidades
“No segundo setor falaremos da seca, das necessidades daquele povo e daquele lugar. O Sol escaldante, a obra do cão, a chegada do boi, e o primeiro milagre, onde o boi “faz” chover”
Terceiro Setor – A Prosperidade
“No terceiro setor retrataremos a Construção do mito, quando o sertão começa a ficar mais verde, florescer e a roça dar fruto. É chegada a prosperidade. Encerramos esse pedaço com a devoção. Procissões, novenas, santinhos, fitinhas. E o ápice, quando ele ganha o apelido de Boi Ápis do Sertão”.
Quarto Setor – Herança Popular do Boi
“Todo santo precisa de uma morte épica. O boi foi sacrificado e virou santo. Assim o Cordel começa fazer seus livros e arrecada ainda mais devotos. Mestre Vitalino conhece a história e começa a fazer os bois de barro em homenagem ao Boi Mansinho, desta forma o boi entra para o folclore, permanece até hoje e é encontrado até na Feira de São Cristóvão, na porta do Paraíso... o Paraíso do Tuiuti”.
PMJN: APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA
A LEI Nº 4567, de 28.12.2015 Instituiu o Programa de Aproveitamento de Água de Chuva (PAAC) no Município de Juazeiro do Norte/Ce, para utilização não potável, nos seguintes termos: Art. 1º - Fica instituído no âmbito do Município de Juazeiro do Norte/Ce o Programa de Aproveitamento de Água de Chuva (PAAC), objetivando a instalação de reservatórios para captação e utilização de águas pluviais para uso não potável em condomínios, clubes, organizações da sociedade civil, conjuntos habitacionais, imóveis residenciais, industriais e comerciais, órgãos e entidades públicas, como forma de: a) Reduzir o consumo de água da rede pública e o alto custo de fornecimento da mesma; b) Evitar a utilização de água potável onde esta não é necessária; c) Estimular a economia e o não desperdício do mais importante recurso natural do planeta; d) Ajudar a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios; e) Encorajar a conservação de água, a autossuficiência e uma postura proativa perante os problemas ambientais do município. Parágrafo único - Para efeitos do presente diploma legal entende-se por uso não potável, a utilização específica para: a) Descarga em vasos sanitários; b) Irrigação de jardins; c) Lavagens de veículos; d) Limpeza de paredes e pisos em geral; e) Limpeza e abastecimento de piscinas; f) Lavagem de passeios públicos e calçadas; g) Lavagem de peças; h) Outras utilizações para as quais não seja necessária água potável. Art. 2º - O Programa de que trata a presente Lei, deverá obedecer aos seguintes requisitos: § 1º - Deverá ser instalado um sistema que conduza a água captada por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao reservatório. § 2º - O excesso da água contida pelo reservatório deverá, preferencialmente, infiltrar-se no solo, podendo ser despejada na rede pública de drenagem ou ser conduzida para outro reservatório para ser utilizada para finalidades não potáveis. Art. 3º - Conforme a conveniência e a necessidade do proprietário, para o sistema a ser implantado podem ser utilizados: a) Filtros de descida e caixas d´água acima do nível do solo, para soluções mais simples; b) Cisternas e filtros subterrâneos, para soluções mais completas de reciclagem. Art. 4º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a conceder incentivo fiscal aos proprietários de imóveis já edificados que optarem pelo Programa de que trata a presente Lei e aos proprietários de novos imóveis em cujos projetos de construção, constarem previsão de projeto de aproveitamento de águas pluviais. Art. 5º - Os interessados em obter o incentivo devem protocolar o pedido e sua justificativa no órgão competente, contendo a medida aplicada em sua edificação ou terreno, devidamente comprovada. Art. 6º - O incentivo fiscal desta Lei apenas será concedido aos contribuintes quites com suas obrigações tributárias para com o município e será revogado quando o proprietário: a) Inutilizar a medida que levou à concessão do desconto; b) Não fornecer as informações solicitadas pelos órgãos competentes. Art. 7º - A presente Lei será regulamentada por ato do Chefe do Executivo Municipal em até 90 (noventa) dias após sua publicação. Autoria: Cláudio Sergei Luz e Silva 
PMJN: CADEIRANTES NAS IGREJAS
A LEI Nº 4568, de 28.12.2015 Trata de acessibilidade para cadeirantes nos seguintes termos: Art. 1º – Em consonância com a Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 e com o Decreto nº 5296, de 2 de dezembro de 2004, fica a Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte autorizada a sinalizar vagas para deficientes e rebaixada das guias para cadeirantes em frente a todas as Igrejas e Templos Religiosos desta urbe. Art. 2º – Os Templos Religiosos e Igrejas, para terem o benefício terão que ter autorização de funcionamento da Prefeitura e todos os demais documentos exigidos. Art. 3º – As despesas com a execução da presente Lei correrão por conta das verbas próprias consignadas no orçamento. Autoria: Vereador Normando Sóracles Gonçalves Damascena
PMJN: RECONHECIMENTO PÚBLICO
A LEI Nº 4571, de 28.12.2015 Reconhece a utilidade pública de uma Associação nos seguintes termos: Art. 1º – Fica reconhecida de utilidade pública a ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO MARIA GELI DE SÁ BARRETO E ADJACÊNCIA, sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, beneficente, filantrópico e comunitário, sem caráter político partidário ou religioso, sem discriminação de sexo ou raça, nacionalidade ou profissão, constituída em 14 de outubro de 2015, com sede e foro na cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, com duração por prazo indeterminado, regendo-se por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Autoria: Vereador Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha; Coautoria: Vereador José Adauto Ramos Araújo. 

A LEI Nº 4572, de 28.12.2015 Reconhece de utilidade pública de uma Igreja, nos seguintes termos: Art. 1º – Fica reconhecida de utilidade pública a IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS UMA NOVA PORTA, organização religiosa, fundada nesta cidade de Juazeiro do Norte, tendo por finalidade proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, constituída em 20 de junho de 2015, com sede e foro na cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, com duração por prazo indeterminado, regendo-se por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Autoria: Vereador Firmino Neto Calú; Coautoria: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. 
PMJN: DIA MUNICIPAL DO CABELEREIRO
A LEI Nº 4573, DE 29.12.2015 instituiu o dia 19 de janeiro como o “Dia Municipal do Cabeleireiro” em Juazeiro do Norte, nos seguintes termos: Art. 1º – Fica instituído, no município de Juazeiro d Norte, o “DIA MUNICIPAL DO CABELEREIRO” a ser comemorado, anualmente, no dia 19 de janeiro. Art. 2º – o Dia Municipal do Cabeleireiro passa a integrar o calendário oficial do Município de Juazeiro do Norte. Art. 3º – No Dia Municipal do Cabeleireiro, esses profissionais poderão se organizar para realizar seminários, simpósios, conferências, palestras e intercâmbios e demais eventos relacionados ao exercício profissional dessa atividade laboral. Parágrafo único – Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a realizar parcerias e convênios para realização desses eventos. Art. 4º – O objetivo desta Lei é, sobretudo, promover a valorização e o reconhecimento dos profissionais que exercem suas atividades com o foco na estética e embelezamento dos cabelo de homens e mulheres, além de promover a higiene e a saúde capilar de toda a sociedade juazeirense. Autoria: Vereadora Maria de Fátima Ferreira Torres.
DPMJN: DIABEISSO?
No Diário Oficial do Município de JN, de 28.12.2015 está publicada a PORTARIA N.º 2944/2015 – SEGEST, de 28.12.2015 que dispõe sobre a exoneração do cargo de Secretário Municipal de Educação, o Sr. GERALDO ALVES SILVA. No dia 31.12 o Prefeito assinou a PORTARIA N.º 2957/2015 com a qual destituía Geraldo Alves Silva da função de Ordenador de Despesa da Secretaria Municipal de Educação de Juazeiro do Norte – Ceará. Na edição de 4 de Janeiro de 2016, o Prefeito assinou uma PORTARIA N.º 2953-A/2015 sobre a designação de Geraldo Alves Silva como Ordenador de Despesa da Secretaria Municipal de Educação de Juazeiro do Norte – Ceará “atribuindo, dentre outras, observar e acompanhar a regularidade da execução orçamentária da receita, autorizar o pagamento de liquidação de Notas de Empenho, emitir portarias de concessão de suprimentos de ajuda de custos e diárias, reconhecer dívidas, autorizar, adjudicar e homologar demais atos pertinentes aos processos licitatórios, firmar contratos, acordos, ajustes, ordens de compras e serviços, observar a regularidade da execução orçamentária das despesas, acompanhando os repasses a quem de direito e os valores pertinentes as receitas de consignações.” No mesmo dia o Prefeito assinou a PORTARIA N.º 2953-B/2015 que dispõe sobre a nomeação para o cargo de provimento em comissão de DIRETOR DE RELAÇÕES PÚBLICAS, integrante de estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Educação – SEDUC. “Prefiro não comentar”.