domingo, 29 de dezembro de 2013

NATAL E NOVO ANO

Na noite da celebração da natalidade do Senhor, muitos lares desta cidade estiveram festivamente comemorando a data. Em muitos outros mais, o Natal talvez não foi lembrado. Em muitos, pobreza e miséria fazem parte do seu cotidiano. Ao tempo em que lhes faltam alimento, acolhimento, atenção e carinho. São os apartados desta sociedade perversa que não os incluem para fazer mais fraterna esta grande data. Juazeiro do Norte e todo o Cariri se desenvolvem, mas os sinais destes tempos encerram a visão de um mundo profundamente marcado pelas diferenças sociais, onde uns tem tanto e outros quase nada. Este o fosso que se abre perante nossas vistas, contendo um grande passivo de responsabilidade social. Desejo expressar aos leitores desta coluna, tantos amigos que me deram o privilégio de sua atenção para com estas notas semanais, os meus votos sinceros para que vivam um santo e muito feliz Natal. Não esqueçamos a lembrança de que Natal ocorre por todo o ano. Sempre é Natal e sempre devemos festejar o Emanuel, o Deus conosco. Ele, aquele que nos fortalece. Pois tudo podemos naquele que nos fortalece. Sejam também essas as nossas esperanças por um novo mundo, por um novo ano. Exatamente o 2014, outro ano centenário na história desta cidade para que sejam lembrados os compromissos que cada um de nós tem para que esta seja uma civilização fraterna a partilhar os ganhos sociais de se engrandecimento. Tenham todos um Natal festivo, na paz do Senhor. E um ano novo próspero de realizações. Obrigado a todos pela a atenção a este colunista.  

AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Como temos feito, mensalmente, estamos novamente vendo os números oficiais da Infraero, não só com respeito a Juazeiro do norte, mas também no contexto dos demais 62 aeroportos brasileiros sob as atenções da Infraestrutura Aeroportuária. Pelos dados, verifica-se que permanece inalterada a posição do Regional do Cariri, frente às mesmas comparações que sempre fazemos, tanto no Brasil, como na região Norte-Nordeste.  Por estes dias o Aeroporto voltou a ser objeto de noticias auspiciosas, com respeito a novos voos. Na verdade, face ao período de maior demanda, as companhias estão disponibilizando voos extras. Não devemos ter maior preocupação com este fato. Realmente não cabe na cabeça de um vivente que as companhias que operam no Cariri esnobem este mercado. Isto deve durar pouco. A demanda crescente os fará pensar melhor. Por exemplo, estima-se que 3.600 usuários devem circular diariamente no Aeroporto, tal e a utilidade dos voos em pousos e decolagens. Com respeito a voos extras, dois casos – A Azul vem disponibilizando voos vindos de Campinas, em São Paulo, com destino à Juazeiro do Norte, com previsão de pouso diário por volta das 9 horas da manhã e decolagem para o destino de origem a partir das 9h40. A Gol, por sua vez, oferece voo extra, somente aos domingos, a partir do próximo dia 29, com previsão de encerramento no dia 26 de janeiro de 2014. O voo sairá de Guarulhos com destino a Juazeiro do Norte com pouso previsto às 7h15. A decolagem com destino a São Paulo, com escala em Petrolina, Pernambuco, está marcada para as 7h45. Segundo a superintendência local do Aeroporto, a Avianca não manifestou nenhum interesse nesta direção de novos voos. Na situação atual, o Aeroporto pode abrigar operações de mais duas empresas, mas não tem havido nenhuma procura. Da parte da Prefeitura Municipal, continuam as obras do alargamento do primeiro trecho da Av. Virgilio Távora, com previsão para entrega em Março próximo. Outras obras devem ser conduzidas pela PMJN de modo a permitir maior fluidez ao trafego entre as Avenidas Humberto Bezerra e Manoel Coelho Alencar.







HOMENAGENS
RESOLUÇÃO N.º 679 DE 03 DE DEZEMBRO DE 2013 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor Francisco João de Figueiredo, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Maria Calisto de Brito Pequeno; Coautoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Subscrição: Antônio Vieira Neto - Firmino Neto Calú – Francisco Alberto da Costa – Cláudio Sergei Luz e Silva Antônio – Glêdson Lima Bezerra - Cícero Claudionor Lima Mota – José Ivan Beijamim de Moura – Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Paulo José de Macedo –José de Amélia Júnior – Rubens Darlan Morais Lobo – José Tarso Magno Teixeira da Silva - João Alberto Morais Borges – Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 680 DE 05 DE DEZEMBRO DE 2013 Concede Medalha Cidade de Juazeiro Comenda do Mérito Legislativo ao Senhor José Ronaldo Leite, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade juazeirense. Autoria: Firmino Neto Calú; Coautoria: Danty Bezerra Silva; Subscrição: Francisco Alberto da Costa - Glêdson Lima Bezerra - Cícero Claudionor Lima Mota - José Ivan Beijamim de Moura - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro - Paulo José de Macedo – Rubens Darlan Morais Lobo - José Tarso Magno Teixeira da Silva - José de Amélia Pereira Júnior – Normando Sóracles Gonçalves Damascena – José Adauto Araújo Ramos – José Nivaldo  Cabral de Moura – João Alberto Morais Borges - Antônio Vieira Neto - Cláudio Sergei Luz e Silva e Maria Calisto de Brito Pequeno.
RESOLUÇÃO N.º 681 DE 05 DE DEZEMBRO DE 2013 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor Sidney Morais de Almeida Júnior, pelos relevantes serviços prestados à nossa comunidade e aos jovens desportistas. Autoria: José Duarte Pereira Júnior; Coautoria: Rubens Darlan Morais Lobo - Glêdson Lima Bezerra; Subscrição: Francisco Alberto da Costa – José Adauto Araújo Ramos - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro - José Nivaldo Cabral de Moura –Normando Sóracles Gonçalves Damascena - José Ivan Beijamim de Moura - João Alberto Morais Borges - Cícero Claudionor Lima Mota - José Tarso Magno Teixeira da Silva - Firmino Neto Calú – Danty Bezerra Silva - Paulo José de Macedo – Rubens Darlan de Morais Lobo – Antônio Vieira Neto – Rita de Cássia Monteiro Gomes - Maria Calisto de Brito Pequeno.
RESOLUÇÃO N.º 682 DE 05 DE DEZEMBRO DE 2013 Concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Empresário Marcos Fernandes de Araújo, pelos relevantes serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Maria Calisto de Brito Pequeno; Coautoria: Danty Bezerra Silva e João Alberto Morais Borges; Subscrição: Firmino Neto Calú - Francisco Alberto da Costa – Glêdson Lima Bezerra - Cícero Claudionor Lima Mota - José Ivan Beijamim de Moura – Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Paulo José de Macêdo – José de Amélia Pereira Júnior – Rubens Darlan de Morais Lobo – José Tarso Magno Teixeira da Silva – Normando Soracles Gonçalves Damascena – José Adauto Araújo Ramos e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
Obs.: Francisco João de Figueiredo, é cirurgião dentista; Marcos Fernandes de Araújo, empresário do ramo farmacêutico; Sidney Morais de Almeida Júnior, nascido em Ituituba, MG, é treinador do Icasa; José Ronaldo Leite, é juazeirense de nascimento, em 15.02.1972. 

sábado, 14 de dezembro de 2013

PE. GENÁRIO AUGUSTO DE MELO (SDB)


Esta Coluna deseja prestar uma homenagem ao Pe. Genário Augusto de Melo, salesiano de D. Bosco que integrou a comunidade em Juazeiro do Norte, tendo sido professor de Português no curso ginasial, entre os anos de 1962 e 1963. Não sabemos porque este dado foi omitido na sua resenha biográfica, aqui transcrita, abaixo. Em outra resenha a seu respeito, consta que entre os anos 1955 e 1957, portanto, antes de sua ordenação, teria sido aluno da Escola São José (Escola de Menores) que o então Ginásio Salesiano de Juazeiro do Norte mantinha nos arredores da cidade, dirigida pelo Pe. Celestino Capra, onde hoje funciona a Escola Estadual de Educação Profissional Raimundo Saraiva Coelho, localizada na Avenida Paulo Maia, no bairro São José. Usamos aqui dois textos: 1. Uma síntese biográfica escrita pelo Pe. Trajano Mascarenhas Horta, (http://cjcbasilica.blogspot.com.br/(25.11.2013); e 2. Um texto sobre a Comunidade de Jovens Cristãos, retirado de (index/cjchttp://www.inspetoriasalesiana.com.br/site//). As duas fotos acima foram capturadas na internet: 1. Pe. Genário, anos 80; 2. Pe. Genário durante a visita de João Paulo II a Salvador, em 1980. 

BIOGRAFIA
Pe. Genário Augusto de Melo nasceu em 10 de junho de 1933, em Bom Jardim cidade situada no estado de Pernambuco, filho de José Augusto de Melo e de Dona Maria da Conceição. Sua família era engajada na Paróquia de Sant’Ana, na mesma cidade, Diocese de Nazaré da Mata. Genário tinha família numerosa, sendo doze irmãos: Djalma, Maria Augusta, José Augusto, Ana Augusta, Genário Augusto, Jarbas Augusto, Edna Augusta, Zélia Augusta, Maria Helena, Maria Rejane e Ieda. Também Josefa de Jesus de Melo, tia dos irmãos, que foi criada como filha por Seu José e Dona Maria desde os oito anos de idade, quando seus pais faleceram. No seio dessa família numerosa e de profunda religiosidade, Deus semeou três vocações à vida consagrada: Genário se fez salesiano, José Augusto se fez beneditino assumindo o nome de Dom Ildebrando, sendo Prior do Monteiro de São Sebastião em Brasília e Josefa, sua tia, tornou-se também religiosa beneditina e assumiu o nome de Irmã Maria das Dores, falecendo poucos anos após Genário. Filho sempre dedicado, Pe. Genário manteve até o fim da vida os gestos de carinhosa atenção para com os pais e irmãos. Fazia-se sempre centro motivador da unidade, irmão e amigo de todas as horas.  Sua Mãe recordava e comentava sempre, em carinhosa saudade, como, desde pequeno, ele alimentava o sonho de fazer-se sacerdote. “Rodelinhas” de banana eram as hóstias que ele oferecia em comunhão nas suas “missas de criança”. Em Bom Jardim, iniciou sua primeira etapa de estudos no Colégio Santa’Ana, das Irmãs Beneditinas. Já nessa época, durante sua infância, era membro da Cruzada Eucarística e do Pequeno Clero. O contato com os salesianos iniciou-se muito cedo, quando começou a frequentar o Colégio Salesiano do Sagrado Coração em Recife (27.02.1946). Quatro anos depois, em 1950, inicia o Noviciado na cidade de Jaboatão, onde recebeu o hábito religioso aos 5 de março do mesmo ano. Em 31 de janeiro de 1951, ainda em Jaboatão, emitiu sua primeira profissão religiosa, como clérigo salesiano. Renovou sua profissão aos 22 de janeiro de 1954 após o curso de Filosofia em Natal – RN. Em dezembro de 1954 faleceu seu pai, José Augusto, deixando um vazio muito grande no coração da esposa e dos seus 12 filhos. Sua profissão perpétua se deu aos 31  de janeiro de 1957. Desde clérigo, Genário se caracterizou pela responsabilidade. Sempre levou muito a sério as tarefas que assumiu. Empenhado nos estudos, muito dedicado ao trabalho apostólico, persistente nas suas iniciativas, sempre voltadas  salesianamente para os jovens. Se, por um lado, o seu temperamento fechado, de poucas palavras, de sorriso difícil, não facilitava a primeira aproximação das pessoas, por outro lado a sua transparência, sua franqueza e, sobretudo, a sua dedicação constante e persistente à causa dos outros acabava destruindo as barreiras e criando sólidas e sinceras amizades. Aos 8 de dezembro de 1960, foi ordenado sacerdote em São Paulo, por Dom Camilo Faresin, bispo salesiano. Sua mãe, e alguns familiares, com muito sacrifício, viajaram três dias para estarem presentes à sua ordenação, o que causou imensa alegria do neo-sacerdote. Quase toda sua vida sacerdotal, ele a viveu no desempenho do serviço de pároco. Sempre imprimiu às paróquias onde trabalhou a característica salesiana da predileção pelos jovens. Foi vigário de Carpina de 1962 a 1967; Vigário de Fortaleza (Piedade) de 1967 a 1970; Vigário de Jaboatão de 1971 a 1975; Vigário de Salvador de 1976 a 1981. Sempre, em todas as paróquias onde foi pastor, sua apostólica preocupação com os jovens o levava a abrir espaços de participação, incentivando grupos, associações e movimentos. Um desses movimentos, CJC (Comunidade de Jovens Cristãos) espalhou-se por todo o Nordeste brasileiro, e o Pe, Genário se deslocava para acompanhar, prestar a necessária assistência como seu diretor espiritual. Sempre presente nas reuniões, às assembleias, aos congressos, encontros e missões Jovens, promovidas pelo Movimento, ele dava segurança aos jovens, fazia-se elo de união e garantia de fidelidade ao objetivo do Movimento: “Unir para Testemunhar”. Em 1991 o CJC celebrou 25 anos de segura caminhada. 32 grupos de Jovens já se espalhavam por todo o nordeste. Jovens Comunitários dedicara, ao Pe. Genário a alcunha de “Profeta dos Jovens”. Ao mesmo tempo, o Pe. Genário não descuidava as várias frentes de ação apostólica de sua paróquia. Organizador dinâmico da Catequese; animador constante dos trabalhos de Evangelização, de promoção humana. Sua preocupação com os pobres, sobretudo os trabalhadores rurais, o levava a organizar  cooperativas, padarias, pequenos armazéns, como fez em carpina, em Jaboatão e em Fortaleza. Sua morte foi repentina, inesperada. Na noite do dia 5 de junho de 1991, celebrou na Igreja do Coração de Jesus, na comunidade paroquial do Curado, imenso núcleo habitacional de mais de 10 mil moradias populares no município de Jaboatão, cuja assistência religiosa está confiada aos salesianos desta casa. Imediatamente após a celebração permaneceu até por volta das 21h30min à frente da igreja, rodeado de um grupo de jovens da comunidade. Dirigiu-se ainda até a casa de um dos líderes da comunidade, Ministro da Eucaristia, que naquele dia comemorava seu aniversário natalício. Voltando para casa, por volta das 23h, conversou com o vigia noturno da Escola Dom Bosco. Mostrava-se expansivo e alegre, como raramente acontecia. Deteve-se ainda algum tempo com um grupo de pré-noviços que se achava ainda em reunião, preparando a celebração litúrgica da manhã seguinte. Só então, por volta das 23h30min recolheu-se em seus aposentos. Era a ultima noite entre nós. Vitimado por um ataque cardíaco em consequência de edema pulmonar, faleceu por volta das 4h00min do dia 6. Era de se notar o seu amor à igreja e à congregação. Sua doutrina e suas normas ele as acatava e defendia com verdadeira radicalidade. Falava de Dom Bosco com inflamado entusiasmo, chegava a comover-se, na lembrança de Maria Auxiliadora. Quando estava cursando o último ano de teologia, ele fez, segundo nos contou sua irmã Maria Augusta, um “pacto” com Nossa Senhora Auxiliadora. “Ajude-me a ser um sacerdote bom e fiel, e pode encerrar minha vida aos 50 anos”. Quando ele completou 50 anos, não permitiu que lhe fizessem nenhuma festa, e recolheu-se em Retiro Espiritual. No ano de 1982 foi convocado para dirigir o Colégio Salesiano Sagrado Coração de Jesus de Recife. Prestou esse serviço até o ano de 1984, quando foi transferido para Fortaleza, no Ceará, bairro de Piedade. Aí desempenhou o Serviço de vice-diretor. Marcante para a vida sacerdotal e salesiana foi o ano de 1985, ano do Jubileu de Prata de seu Sacerdócio, quando lhe foi oferecida a oportunidade de participar do “Curso de espiritualidade” em Roma. Suas cartas e escritos daqueles meses retratam bem o que se passava em seu íntimo no contato com os ambientes onde, mais que em todos, palpita a vida da Igreja. A audiência particular com o Papa, durante a qual solicitou benção especial para o CJC e durante a qual ouviu de João Paulo II aquela expressão: “Gostaria que o seu trabalho com os jovens fosse além do território brasileiro e se estendesse por todo o mundo”, ele não esqueceria jamais. Não perdia ocasião para comentar e descrever suas emoções daquele dia, como também a emoção dos dias de contato com o Centro da Congregação, os lugares que marcaram a vida de Dom Bosco. Voltando de Roma, em junho de 1987, estabeleceu-se em Natal e, em 1988, na casa de Jaboatão – Colônia, sempre acompanhando de perto a Comunidade de Jovens Cristãos que já se estendera por todo Nordeste. Em 1989 foi destinado a trabalhar nesta casa do bairro do Bongi, em Recife. Viveu intensamente esses últimos dois anos e meio nesta casa. Preocupado sempre com a caminhada formativa dos Pré-Noviços que aqui têm a sua sede; preocupado salesianamente com a Escola Dom Bosco de Artes e Ofícios, cuja administração lhe foi confiada; preocupado sempre com a Cooperativa dos pequenos fabricantes e vendedores de picolé, que são a “menina dos olhos” desta comunidade salesiana; preocupado, sobretudo, com a comunidade do Curado, confiada aos salesianos do Bongi, ele se desdobrava em mil atividades. Seu maior prazer era servir á mesa dos salesianos, dos postulantes, nos dias de festa. Fazia-se o provedor em todas as necessidades da casa. Cercava a todos das melhores atenções, criando na comunidade um clima da mais agradável familiaridade. No bairro do Curado, Pe. Genário foi vigário zeloso e dedicado. Como sempre fez em todas as paróquias por onde passou, revitalizou as Associações, os Grupos já existentes e fez brotar também, com muito vigor, a Comunidade de Jovens Cristãos. Na Escola Dom Bosco, entre alunos e funcionários; no Postulantado entre os pré-Noviços e no Curado entre os paroquianos jovens e adultos deixou lembranças imorredoura. Tinha sido já convidado pelo Pe. Inspetor, Pe. Orsini Nuvens Linard, a assumir a paróquia de Jaboatão. Obediente, já se preparava para a sua nova missão. Mas, tinha chegado a sua hora. Soou mais forte o outro convite: “Vem, servo bom e fiel! Porque foste fiel nas pequenas coisas eu te confiarei grandes coisas. Entra no gozo do teu Senhor”. Seu sepultamento foi verdadeira apoteose: manifestação de carinho, de gratidão de milhares de pessoas de todas as regiões por onde ele passou ao longo dos 40 anos de vida salesiana. Recomendamos o nosso querido Pe. Genário às preces de todos os irmãos salesianos e pedimos, sobretudo, que a sua Páscoa, sua passagem, seja portadora de grande fecundidade para a vida religiosa e salesiana desta Inspetoria. Que o Testemunho de vida do Pe. Genário leve também muitos jovens, sobretudo do CJC, a se consagrarem a Deus e à igreja, a Dom Bosco e aos Jovens, com a mesma generosidade com que ele se consagrou. 

CJC – COMUNIDADE DE JOVENS CRISTÃOS
A sigla CJC, significa Comunidade de Jovens Cristãos. É um Movimento formando por comunidades de jovens. Este movimento nasceu no ano de 1966, na cidade de Carpina-PE. O idealizador deste movimento de jovens foi o Padre Salesiano Genário Augusto de Melo. Naquele ano ele era Pároco da Paróquia São José, única existente na cidade. Dedica-se com zelo de pastor aos trabalhos paroquiais. Particularmente dedicou-se com especial carinho aos jovens. Contatou logo no início do seu pastoreio paroquial uma situação desafiadora: a dispersão e desagregação da juventude. Não se sentia uma presença significativa dos jovens na igreja. Começa, então, o P. Genário a pensar um projeto de pastoral para os jovens. Estabelece aquele ano como um ano dedicado aos jovens. Enquanto o tempo ia passando, ele ia arquitetando na sua mente fértil um sonho. Pensava no seu silêncio, o que e como fazer. Surge no caminho uma oportunidade. No dia 20 de janeiro de 1966, por ocasião da festa de São Sebastião, jovem destemido e corajoso, o P. Genário anuncia feliz, de público, alto e bom som, pela 1ª vez, o seu sonho: Fundar um Movimento de Jovens na cidade de Carpina-PE. O dia 17 de abril é considerado por todos que fazem o CJC o dia da fundação do Movimento. Foi nesse dia que o Padre Genário, depois da missa com a comunidade paroquial, convocou os jovens para iniciar esse novo caminho. Expõe a sua proposta. Vários jovens aderem. As reuniões dominicais se sucedem com regularidade. O número de integrantes cresce. O Movimento no seu caminhar, recebe um nome: “Comunidade de Jovens Cristãos do Nordeste”, sintetizado com a sigla “CJC”. Aos poucos, o Movimento vai se estruturando e se organizando. Os seus três encontros básicos de formação são: TIC – Treinamento de Integração Comunitária; TOA – Treinamento de Oração e Ação; TVC – Treinamento de Vivência Cristã. Esses treinamentos são oferecidos aos jovens em linha crescente. A preocupação é dar um embasamento cristão aos jovens.  Tem início a experiência alternativa dos chamados Encontros estaduais nos anos pares e dos Encontros Gerais ou Congressos nos anos ímpares. Até agora o CJC já realizou 20 encontros gerais. Está este ano se preparando para realizar em janeiro de 2011, o seu vigésimo primeiro congresso geral. As normas diretivas foram sendo escritas ao longo dos anos. Os seus objetivos são: 1º) Unir os jovens. Incentivar o espírito e o estilo comunitário visando uma maior presença juvenil na Igreja. 2°) Favorecer o processo de formação humana e cristã dos jovens; 3º) Assumir como ideal de vida a Espiritualidade Juvenil Salesiana; 4º) Engajar-se como jovens cristãos na pastoral da Igreja e na transformação da sociedade. O Movimento CJC se espalha pelos estados do Nordeste do Brasil. Ultimamente, chegou ao estado de Minas Gerais. Ao longo desta história, vários grupos nasceram e se filiaram ao CJC. Nomes como “Frente Juvenil”, “Jovem Guarda”, “Atuantes”, “Combatentes”, etc, não são desconhecidos na história de Carpina. O salão paroquial torna-se “ponto de encontro’ para os jovens. Era aberto aos jovens. Ali eles se reúnem, jogam, brincam, conversam, estudam, refletem, trocam idéias, cantam, tocam, programam, rezam. Ali reina uma espontânea alegria. Ali vive-se um clima de franca amizade. Não demorou muito a surgir um Jornal Mural dos Jovens. Tinha um nome expressivo: “O Vanguarda”. Notícias, brincadeiras, poesias, piadas, reflexões encontram ali o seu espaço tudo isso alimentava o ideal sonhado: unir os jovens, incutir neles o espírito de convivência amiga e de amizade sincera. Com este Movimento envolvendo os jovens, foi iniciada na Paróquia a “Missa da Juventude”. Atrás do salão paroquial foi construída uma quadra de futebol de salão. Era esse mais um espaço onde os jovens se encontravam e brincavam animadamente. O Movimento se espalhava pelo Nordeste. O Padre Genário, fundador do CJC, identificava-se com o Movimento por ele fundado. Caminha com ele dando-lhe vida, organização, sentido, durante 25 anos. Dedicou sua vida aos jovens comunitários cristãos com muita capacidade de doação... até o último suspiro. Morreu de repente, na madrugada do dia 06 de junho de 1991, quando se preparava para comemorar alegre os 25 anos do Movimento. Morre o “Profeta da Juventude”, como foi chamado pelos jovens: “É o Profeta da juventude no outro mundo acordou”, cantou um jovem poeta comunitário. Morre um sonhador. Tomba na história um idealizador. Mas, a idéia não morre. O sonho continua vivo. Atualmente, o Movimento CJC está presente nos seguintes estados da federação: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Minas Gerais e conta com 55 comunidades de jovens. No Movimento contamos ainda com a presença de crianças, pré-adolescentes e adolescentes. Esses formam o chamado CJC-Mirim e são 16 comunidades. Um fruto atualmente positivo é a presença de sacerdotes saídos das fileiras do CJC. São aproximadamente vinte e seis sacerdotes atualmente existentes que participaram, quando adolescentes, do Movimento CJC. Deus seja louvado.