sábado, 29 de outubro de 2016


O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINE SESC (CRATO)
O Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 31, segunda feira, às 19 horas, o filme ONDE FICA A CASA DO MEU AMIGO (Khane-ye doust kodjast? Irã, 1987, 83min). Direção de Abbas Kiarostami. Sinopse: Ahmad (Babek Ahmed Poor), um garoto de 8 anos de idade pegou por engano o caderno de Mohammad (Ahmed Ahmed Poor), seu amigo de escola. Após seu amigo ter sido ameaçado de ser expulso se não levasse o dever de casa, Ahmad precisa devolver a ele o seu caderno, mesmo que tenha que desobedecer a mãe e procurá-lo no vilarejo distante onde ele mora.
ARTE RETIRANTE (SESSÃO CURUMIM-ORFANATO)
O Centro Cultural BNB promove de forma itinerante (Arte Retirante) uma sessão de cinema para crianças, denominada Sessão Curumim, com entrada gratuita, exibe no próximo dia 4, sexta feira, às 14 horas, no Orfanato Jesus Maria e José, Av. Pe. Cícero, s/n, Santa Teresa, Juazeiro do Norte/CE, com entrada gratuita, exibe no próximo dia 4, sexta feira, às 14 horas, o filme HEY, ARNOLD! O FILME (Hey Arnold!: The Movie, EUA, 2002, 75 min) 
. Direção de Tuck Tucker. Sinopse: Quando um poderoso empresário chamado Sr. Scheck chega a cidade e pretende derrubar todas as lojas e casas da vizinhança de Arnold para construir um enorme shopping center, parece que o bairro está prestes a desaparecer. Mas com a ajuda de seus amigos Gerald e Helga, Arnold tentará impedir o ganancioso industrial e salvar seu amado bairro.

CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 4, sexta feira, às 19 horas, o filme UM CONTO CHINÊS (Un Cuento Chino, Argentina, 2011, 93min). Direção de Sebastian Borensztein. Sinopse: Roberto (Ricardo Darín) é um argentino recluso e mau humorado. Ele leva a vida cuidando de uma pequena loja e tem o hobbie de colecionar notícias incomuns. A comodidade de sua vida é interrompida quando ele encontra um chinês (Ignacio Huang) que não fala uma palavra de espanhol. O imigrante acabara de ser assaltado e não tem lugar para ficar em Buenos Aires. Inicialmente relutante, Roberto acaba deixando o asiático viver com ele e aos poucos vai descobrindo fatos sobre o chinês.
CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 5, sábado, às 17:30 horas, o filme O VISITANTE (The visitor, EUA, 2007, 103min). Direção de Tom McCarthy. Sinopse: Walter Vale (Richard Jenkins) é um professor universitário de 62 anos, que não tem um objetivo na vida. Solitário desde o falecimento de sua esposa, ele permanece na universidade em que trabalha e finge ser co-autor de livros os quais nem lê. Um dia é enviado para uma conferência em Nova York, já que a autora de um destes livros está impossibilitada de comparecer. Reticente a princípio, mas sem escapatória, Water viaja. Ele resolve ficar em seu apartamento na cidade, o qual não visita há vários meses. Porém ao chegar descobre que o local agora abriga um casal de imigrantes ilegais, formado pelo sírio Tarek (Haaz Sleiman) e a senegalesa Zainab (Danai Jekesai).
PADRE ROLIM E PADRE CÍCERO
Francisco CartaxoTranscrevo com grande prazer este artigo do amigo Francisco Frassales Cartaxo (cartaxorolim@gmail.com), saído no Diário do Sertão, Cajazeiras (PB), de 23.10.2016. Cartaxo é escritor, filiado União Brasileira de Escritores/PE, ex-secretário de Planejamento da Paraíba, ex-secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco, ex-secretário-adjunto de Planejamento do Recife, Articulista semanal do jornal Gazeta do Alto Piranhas, de Cajazeiras, Consultor associado à CEPLAN, Consultoria Econômica e Planejamento.

BIOGRAFIA DO PADRE ROLIM (por Francisco Frassales Cartaxo)

Padre Rolim não é patrimônio da Igreja. Nem da família. Nem de Cajazeiras. Inácio de Sousa Rolim é patrimônio de todos. Da Paraíba, do sertão, do Nordeste, do Brasil. Por isso, qualquer cidadão pode falar de sua vida, de sua obra, de seu legado. Ou do menosprezo à memória dele, e até de possível injustiça praticada pela Igreja e pelas autoridades civis, como censurou em agosto deste ano o padre Francivaldo Nascimento, em desabafo-denúncia divulgado pela TV Diário do Sertão. Não sei se tal fala obteve a repercussão quea seriedade do assunto merece ou se as palavras caíram em corrente inútil do vento midiático. Esta semana, revi o vídeo produzido por José Dias Neto e Jocivan Pinheiro e o compartilhei em minha linha do tempo do Facebook, para registro histórico. O padre Rolim nunca foi estudado com profundidade. Explico. Não existe análise abrangente das múltiplas dimensões de sua trajetória, com interpretação crítica que resulte na formação de seu perfil completo. Os cajazeirenses nos habituamos a enaltecer suas extraordinárias qualidades de estudioso e educador, esquecendo de acompanhar seus passos em outras direções. Nos acomodamos, achando que a tarefa já fora cumprida. Engano. Deusdedit Leitão, o mais cuidadoso pesquisador de nossa história, deixou contribuição, até hoje inigualável, por meio sobretudo do livro O educador dos sertões: vida e obra do padre Inácio de Sousa Rolim, (1990), no qual ele corrige, inclusive, alguns enganos da biografia pioneira de padre Heliodoro Pires, Padre mestre Inácio Rolim: um trecho da colonização do Norte brasileiro e o padre Inácio Rolim, (1916). Além disso, há inúmeras contribuições esparsas, desde o artigo de Belisário Cartaxo (A Imprensa, 1903) a ensaios, reportagens e notas em revistas e jornais. É pouco, muito pouco. Muito pouco para a grandeza de uma das figuras mais expressivas do clero nordestino no século XIX. Falta a obra definitiva, de preferência crítica e menos laudatória, que alcance as profícuas ações do padre Rolim. Existem, é verdade, contribuições relevantes como o ensaio Padre-mestre Inácio de Souza Rolim, um retrato esquecido, do saudoso dominicano, professor da Universidade Federal Fluminense, Francisco Cartaxo Rolim, doutor pela USP, respeitado autor de livros de Sociologia da Religião. Dom José Gonzalez Alonso teve a iniciativa de encarregar o então vigário de Triunfo, padre José Andrade, de recolher dados para a elaboração de nova biografia do padre mestre. Pelo que sei, Andrade juntou tudo o que lhe chegou às mãos, coletou informações em arquivos de capelas e lugares por onde andou padre Rolim. Enfim, acumulou acervo desconhecido por cronistas, historiadores, memorialistas acerca da ação sacerdotal do filho de Mãe de Aninha. Esses dados demonstrariam que a missão do padre Rolim foi muito além da conhecida dedicação à educação dos sertanejos. Quem sabe, podem abrir clarões para a revisão da biografia do padre Rolim. A diocese abandonou o projeto? Não se tem notícia dos resultados do esforço realizado nem da sequência normal à minuciosa tarefa do padre Andrade. É lícito esperar que o novo bispo, dom Francisco de Sales, dê uma chance à história do padre Rolim, retomando a preocupação de seu antecessor na diocese. E impulsione o projeto, dando-lhe apoio e consistência. Afinal, a criação da diocese de Cajazeiras tem muito a ver com a figura e com os frutos duradouros da ação e do prestígio que o padre Rolim projetou na Igreja brasileira e no Nordeste.

Francisco Sales Cartaxo Rolim é autor do livro “Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero” (Recife: 2016).
NOVAS DESIGNAÇÕES DE VIAS PÚBLICAS


A cidade continua crescendo em quase todas as direções. Surgem novas ruas e bem ou mal os senhores vereadores, até esquecendo diversas dívidas antigas para com homens e mulheres que de fato contribuíram para o engrandecimento da terrinha, para não falar do servilismos e da subserviência como vivem estes gestores pela política mesquinha do toma-lá-dá-cá que só vêem como moeda comum das suas trocas. Lembrem-se senhores vereadores, também de uma lista enorme de gratidão que deveria ser resgatada por vossas excelências, conforme nosso desejo, o desejo de insignificantes votantes de vossas excelências. Vejamos as últimas leis assinadas nesse sentido. 

LEI N.º 4667, de 17.10.2016: Art. 1º - Fica denominada de RUA MARIA IVA MARCULINO, a artéria projetada entre as Quadras P1 e P2 do Loteamento Jardim Lagoa Seca, com início na Rua Dão Almeida e término na Rua Manoel Balbino, sentido Norte/Sul, Bairro Cidade Universitária, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Autoria: Maria Calixto de Brito Pequeno; Coautoria: José Nivaldo Cabral de Moura e Danty Bezerra Silva; 

LEI N.º 4668, de 17.10.2016: Art. 1º - Fica denominada de RUA PROFESSORA ASSUELIDA KÁTIA PEREIRA, a artéria localizada ao Norte com a Rua Augusto Dias de Oliveira, ao Sul com a Rua Manoel Piraca de Souza, Leste/Oeste com a Rua João Romão de Sá Barreto, no Bairro Brejo Seco, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; 

LEI Nº 4669, de 17.10.2016: Art. 1º - Fica denominada de RUA TALITHA PIETRA OLIVEIRA GARCIA, a artéria pública com início na Rua José Ferreira dos Santos (N), no sentido Norte/Sul, e término na via de penetração 01 (S), nos Loteamentos Crajubar Ville II, III e V, no Bairro Frei Damião, nesta cidade de Juazeiro do Norte. Autoria: Rubens Darlan de Morais Lobo; 

LEI N.º 4670, de 17.10.2016: Art. 1º - Fica denominada de RUA VICENTE LEITE DE FIGUEIREDO, a rua projetada entre a estrada do Brejo Seco e a rua sem denominação oficial do Loteamento Jardim Samuel, com início na estrada do Brejo Seco e término na rua sem denominação oficial do Loteamento Jardim Samuel, sentido Norte/Sul, Bairro Aeroporto, desta cidade. Autoria: Firmino Neto Calú;

LEI Nº 4675, de 20.10.2016: Art. 1º – Fica denominada de RUA ELIAS PEREIRA DE BRITO, a quarta rua paralela oeste a rua Joaquim Leandro de Souza, com início na Travessa Manoel Balbino e término na Rua Engenheira Andréia Araújo Souza, sentido norte/sul, no bairro Pedrinha, nesta cidade. Autoria: Vereador Firmino Neto Calú; 

LEI Nº 4676, de 20.10.2016: Art. 1º – Fica oficializada a RUA ROBSON IZIDRO DE SOUZA, (antiga rua não oficial Josefa Ramos), a primeira rua paralela norte à avenida Valdelice Leandro de Menezes Figueiredo, com início na rua Joaquim Leandro de Souza, sentido oeste/leste, e término à rua Inácio Duarte de Aquino, no bairro Pedrinhas, nesta urbe. Autoria: Vereador José Nivaldo Cabral de Moura; 

LEI Nº 4677, de 20.10.2016: Art. 1º - Ficam denominadas as artérias públicas do Loteamento Parque jatobá, no Bairro Antônio Vieira, neste município, na forma abaixo: I – RUA FRANCISCO EDMILSON SÁ, (rua projetada 01), primeira paralela Oeste a Avenida João Alves de Souza, início na Avenida do Anel Viário sentido Norte/Sul, término na Avenida Paulo Maia, entre as Quadras “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “l” e “j”; II – RUA DANIEL VALDIVINO DE SOUZA, (rua projetada 02), primeira paralela Oeste a Rua Francisco Edmilson Sá, início na Avenida do Anel Viário sentido Norte/Sul, término na Valdomiro Ferreira de Souza Filho, entre as Quadras “c” e “d”; III – RUA VALDEMIR FERREIRA DE SOUZA FILHO, (rua projetada 06), primeira paralela Sul a Avenida do Anel Viário, início na Rua Francisco Edmilson Sá sentido Leste/Oeste, término na Avenida do Anel Viário, entre as Quadras “c”, “g”, “e”; IV – RUA FRANCISCO VALDECI DE SOUZA, (rua projetada 07), primeira paralela Sul na Rua Valdomiro Ferreira de Souza Filho, início na Rua Francisco Edmilson Sá, sentido Leste/Oeste, término na Avenida do Anel Viário, entre as Quadras “e” e “f”; V – RUA HERMANO MACEDO JÚNIOR (Cel. Macedo), (rua projetada 08), primeira paralela Sul a Rua Francisco Valdeci de Souza Filho, início na Rua Francisco Edmilson Sá sentido Leste/Oeste, término na Avenida do Anel viário, entre as quadras “f”, “g” e “h”; VI – RUA ELIAS PEREIRA DE BRITO, (rua projetada 09), primeira paralela Sul a rua Hermano Macedo Júnior (Cel. Macedo), início na Rua Francisco Edmilson Sá, sentido Leste/Oeste, término na Rua projetada 03, entre as Quadras “g” e “l”. Autoria: Vereador Rubens Darlan Morais Lobo; Coautoria: Antônio Vieira Neto e Paulo José de Macedo. 
NOVAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


LEI Nº 4671, de 17.10.2016 Art. 1º - Fica denominado de Unidade Básica de Saúde EDUARDO GRANGEIRO FERNANDES, a UBS localizada na Rua Francisco Martins de Sousa s/n, na Vila Real, Bairro Frei Damião, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Autoria: Vereador José Nivaldo Cabral de Moura; 

LEI N.º 4672, de 17.10.2016: Art. 1º - Denomina de Vereador FRANCISCO GUALBERTO BRANDÃO, UBS TIPO II (Unidade Básica de Saúde), localizada na Rua José Teodoro do Nascimento, Vila Figueiredo, Bairro Betolândia, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Autoria: Vereador Paulo José de Macedo; Coautoria: Vereadora Maria de Fátima Ferreira Torres. 

LEI Nº 4674, DE 20.10.2016: Art. 1º – Denomina de DOUTOR HILDEGARDO BELÉM DE FIGUEIREDO, a UBS TIPO III (Unidade Básica de Saúde), localizada na Rua Joel Lobo de Brito com Rua Antônio Eliomar Félix, no bairro Aeroporto, nas proximidades do Loteamento Conjunto Habitacional Conviver, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Autoria: Vereador Paulo José de Macedo; Coautoria: Vereadora Maria de Fátima Ferreira Torres. 
RECONHECIMENTO PÚBLICO
LEI N.º 4673, de 17.10.2016: Art. 1º - Fica reconhecida de utilidade pública a Associação dos Feirantes de Artigos Religiosos do Bairro do Socorro – AFARBS, é uma entidade Não Governamental, sem fins econômicos, de caráter social, com duração por tempo indeterminado, e tem sede e foro no Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, regendo-se pelo seu estatuto social, bem como pelas leis e por costumes nacionais. Autoria: Vereador Cláudio Sergei Luz e Silva; 
JORNAL FJN
Já está circulando com 8 páginas o novo jornal da Faculdade de Juazeiro do Norte, em cujo expediente se destacam: Jornal da Faculdade de Juazeiro do Norte. Realização Grupo Objetivo e FJN / Marketing FJN; Direção: Andresson Lacerda; Design Gráfico: Aleksandr Ivanovitch; Redação: Lidiane Almeida; Fotografia: FJN; Impressão: BSG Serviço Bureal; Dimensões: 21,0cm x 29,5cm; Tiragem: 1.000 exemplares; Periodicidade: semestral; Na página 2 figura, de minha lavra, o seguinte EDITORIAL: “A Educação de nível superior é estruturada e apoiada universalmente sobre os pilares do ensino, da pesquisa e da extensão. Um programa importantíssimo para fortalecer a atuação da academia nesses três fundamentos é o que cuida da Iniciação Científica, atrelado aos cursos de graduação. Objetivamente, visa-se com isso proporcionar a inserção do alunado junto à pesquisa institucional, estreitando as relações com grupos e linhas que estejam constituídos na IES, voltados para a pesquisa acadêmica. O aluno que ingressa em projetos de iniciação científica abre-se para o contato mais íntimo com os saberes, mediado por profissionais de elevada competência e experiência. O fundamental de tudo isso é a forma como se pode, e se deve, potencializar a aprendizagem, muito além da sala de aula e das bibliotecas, a partir do exercício diligente de métodos e técnicas com os quais se pode equacionar soluções impostas pela abordagem dos problemas. Evidentemente, essa prática universitária traz excelentes resultados performáticos sobre a formação do pensamento cientifico e as ações criativas na vivência dos problemas da pesquisa, com ótimas repercussões sobre a sistematização de ideias e de referenciais teóricos, a escrita acadêmica, a realização de eventos, o intercâmbio científico, e a própria formação do pesquisador. Uma Semana de Iniciação Científica surge para proporcionar oportunidades de formação científica aos alunos em graduação, visando despertar a importância para as atividades de pesquisa e extensão com ampla divulgação para a comunidade acadêmica, científica, e em geral. Desde a sua fundação, a Faculdade de Juazeiro do Norte vem tratando da iniciação científica como um dos seus programas de tão grande magnitude quanto os das grades curriculares de seus cursos, como o da formação de grupos e linhas de pesquisas, e suas ações de extensão à comunidade. Agora, já estamos realizando a VIII Semana de Iniciação Científica, com o tema: “Inovações e Empreendedorismo para o Desenvolvimento Regional com Base na Ciência e Tecnologia.” Esse é o mote: a palavra de ordem com a qual abrimos discussões para realizar um amplo painel com reflexões e debates buscando compreender o comportamento da sociedade diante de fatores sociais, políticos, econômicos e culturais que promovem seu desenvolvimento e bem estar. No caso em questão, interessa-nos mediar as aplicações das bases científica e tecnológica para criar novas situações com as quais os ganhos, de toda a natureza, se imponham com criatividade inovadora e com o empreendedorismo de responsabilidade social. O Cariri cearense é uma das regiões brasileiras, especial e geograficamente situada em área onde historicamente se tem aprofundado significativos fossos de flagrantes desníveis sociais e econômicos e, por isso mesmo, um imenso laboratório a céu aberto para o exercício continuado de busca de novas soluções para a emergência de seu desenvolvimento. Seria de pouca valia o exercício de um programa de iniciação científica limitado apenas ao horizonte mais restrito do ensino-aprendizagem. O que buscamos, enfim, é a cristalização da nossa base científica como ferramenta de maior utilidade para concretizar avanços na direção de uma melhor qualidade de vida, associado à melhor capacitação de nossos alunos. A VIII Semana de Iniciação Científica da FJN coroa os nossos esforços para promover as mais significativas oportunidades de troca de experiências e informações entre profissionais, estudantes, pesquisadores, IES, órgãos colegiados e a comunidade em geral, articulando o processo de ensino-aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades de capacitação, tais como: palestras, concursos de fotografias e de literatura de cordel, mostra de fotografias e apresentação de trabalhos científicos com ênfase na pesquisa. Essa é a nossa contribuição para que não percamos o foco com o qual assumimos a nossa responsabilidade social pela formação de novos e relevantes quadros profissionais para continuar pensando cientificamente as nossas reais demandas, à disposição do desenvolvimento regional, através do empreendedorismo tão candente no perfil de sua gente. (por Renato Casimiro)”

VIII SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FJN
Como presidente da VIII Semana de Iniciação Científica da Faculdade de Juazeiro do Norte, coube-me a tarefa de fazer a saudação da instituição no ato de abertura do evento. Transcrevo, abaixo, o texto do discurso pronunciado.

Minhas Senhoras e meus Senhores:
Professor JOSÉ MARCONDES MACEDO LANDIM, Diretor Geral da Faculdade de Juazeiro do Norte;
Doutor FRANCISCO DANÚBIO ALVES PINTO e Professora ANA CLÁUDIA RIBEIRO SOARES, respectivamente, presidente e vice-presidente da Mantenedora da Faculdade de Juazeiro do Norte; 
Professora MILANA DRUMOND RAMOS SANTANA, Diretora Acadêmica da Faculdade de Juazeiro do Norte;
Dr. Giovanni Gondim Sampaio, vice-prefeito eleito de Juazeiro do Norte, aqui representando o sr. Prefeito eleito, Dr. José Arnon Cruz Bezerra de Menezes;
Professora TERESA MARIA SIQUEIRA NASCIMENTO ARRAIS, representando a Comissão Julgadora do V Concurso de Literatura de Cordel;
Professor ANDRÉ LUIZ PINHEIRO FERREIRA, representando a Comissão Julgadora do IV Concurso de Fotografias;
Professora MARIA SOCORRO SILVA, representando a Comissão Científica da VIII Semana de Iniciação Científica da FJN;
Discente JOYCE MARIA TAVARES MEDEIROS, do curso de Sistemas de Informação, representando o corpo de Monitores da Faculdade de Juazeiro do Norte. 

Minhas senhoras e meus senhores:
Decorridos 47 anos, boas lembranças me provocam emoções como se há pouco os fatos tivessem acontecido. Lembro com imenso sentimento de gratidão aquele setembro de 1970 quando a minha instituição de ensino me concedeu o privilégio de ser um bolsista de iniciação científica, jornada que rendeu quatro inesquecíveis anos de trabalho laboratorial, assentando definitivamente as bases do que vivi, os caminhos que trilhei na vida profissional e o espírito de investigação científica de que tenho me servido, ainda agora na maturidade, para questionar o mundo que me rodeia.

Pouco tempo antes, ainda impactado com a leitura que fizera do Grande Sertão & Veredas, do João Guimarães Rosa, eu relembraria a reflexão de Riobaldo quando nos assegurava: 

“Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo o mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre - o senhor solte em minha frente uma idéia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém! Olhe: o que devia de haver, era de se reunirem-se os sábios, políticos, constituições gradas, fecharem o definitivo a noção - proclamar por uma vez, artes assembleias, que não tem diabo nenhum, não existe, não pode. Valor de lei! Só assim, davam tranquilidade boa à gente. Por que o Governo não cuida?!”

Isso mesmo: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.”

Era, enfim, para mim, assim mesmo: desconfiar para aprender, desconfiar para perseguir, desconfiar para ser esclarecido, para crescer, para ser gente na vida. Bela sabedoria essa que um jovem aprendiz de alquimia, de feitiçaria, de cientista, do que diabo fosse, e buscou para enxergar o mundo, de dentro e por dentro, a partir da célula, a partir da biologia molecular das leguminosas, como o fiz. 

Falo-lhes tão superficialmente dessas coisas que um dia me aconteceram para iniciar essa breve falação ao tempo que cumpro prazerosamente a missão gratificante de pronunciar circunstanciada mensagem de nossa instituição neste grandioso momento com o qual abrimos essa nossa VIII Semana de Iniciação Científica.

Como pano de fundo, imersos na realidade que nos cerca, não podemos deixar de observar que a nação brasileira vive estarrecida diante destes instantes presentes nos quais apenas respiramos crises. Afinal, um pais tão aparelhado por regras, tratados, filósofos e sábios não consegue esconder a sua angústia ao momento grave como se encontra a felicidade de seu povo. 

O recente escrutínio popular parece não ter trazido nenhum novo alento para as nossas expectativas de Academia, pelo motivo farto do discurso falacioso com que se empurra e se protela a atenção sobre a educação brasileira, em todos os níveis.

Felizmente, não nos desanimamos ainda diante dessas evidências que nos impõe severas batalhas no cumprimento da missão educacional. Trazemos para ela a via de fato que recomenda ações produtivas entre os caminhos do ensino, da pesquisa e da extensão.

Saúdo, portanto, esse momento diante da exuberante força desse ato, a abertura de nossa Semana de Iniciação Científica, para reafirmar a nossa responsabilidade social, solidária ao gesto cívico e civilizado para produzir pesquisas e reflexões que formarão novos quadros que revolucionem a história que seguimos construindo. 

O que há de fundamental e isso cada um de nós, docentes, deve nuclear como facilitador desse entendimento é que, como em qualquer parte do mundo, a Iniciação Científica deve estar formatada institucionalmente como um programa para atender o corpo discente das diversas modalidades da graduação, com a finalidade precípua de inseri-lo junto aos grupos estabelecidos na instituição, e que fomentam investigações nas diversas linhas de pesquisa. 

A orientação que se proporciona, através de pesquisadores experimentados, se destina ao aprendizado de técnicas e métodos científicos, bem como a promoção e o estimulo para o desenvolvimento do pensamento cientifico, exercitando a criatividade, motivada pelo domínio de questões específicas e relevantes para a sociedade. 

Abre-se com isso a possibilidade de desenvolver pesquisa no âmbito da Iniciação Científica, mediante o fomento de instituições financiadoras de diversos níveis, a partir mesmo da esfera municipal, por captação de bolsas de trabalho e custeio em geral.

Desejo, de coração, assegurar-lhes que me comove agradecer o privilégio só em assistir a tanta dedicação, inspirando o sucesso desse evento, quando mais a mim, pela generosidade de meus pares que me fizeram o destaque que encaro aqui tão desconfiado, como outrora, modesto e curioso menino malino ajuntando tubos de ensaio.

Principio por nominar o prestígio oferecido pela Chancelaria de nossa Mantenedora que envidou grandes esforços em apoiar essa realização, como o faz em anos seguidos, exemplo honrado e digno da maturidade de grandes empreendedores que inovam para competir e granjear o lugar preciso que lhe cabe como educadores.

Festejamos o grande concurso do nosso alunado, objeto mais que direto de nossas preocupações, reunido aqui às centenas, pleno de entusiasmo e contentamento pela riqueza de exemplos colhidos e traduzidos nas centenas de trabalhos que a partir de amanhã começaremos a conhecer mais amiúde, lotando nossas salas. 

Relato de visão própria e próxima o empenho exemplar do nosso quadro docente, abundante e plural em competências, solidário em orientar e acompanhar de perto tantos jovens ansiosos por sua iniciação científica. Aos mestres com carinho, esse testemunho daquilo que tanto os move, à semelhança da reflexão do velho Rosa, a nos dizer: "Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." 

Não me perdoaria a omissão se deixo de lhes falar e fazer a respectiva louvação à nossa experiente e destemida retaguarda administrativa, a começar da alta direção da FJN com a qual vencemos tantos obstáculos entre o planejamento e a hora presente em que abrimos a festa. É para essa gente valiosa que dirijo uma palavra de gratidão, cheia de reconhecimento e da nossa expressão sincera. Particularmente, permitam-me que personalize em nossa Diretoria Pedagógica a maior parte dos louros desse momento. 

No meio acadêmico em que vivemos, a investigação científica é uma necessidade imperiosa para renovar o estoque de conhecimento que nos torna inovadores. Lembro a propósito que esta VIII Semana de Iniciação Científica da Faculdade de Juazeiro do Norte, tem como o tema: “Inovações e Empreendedorismo para o Desenvolvimento Regional com Base na Ciência e Tecnologia.” 

Isso deve refletir a nossa íntima relação com o meio a que servimos, enquanto instituição educacional responsável pela renovação de nossa força criativa e produtiva, formando competências para trabalhos especializados, mentes que reflitam sobre os nossos caminhos de desenvolvimento.

O Cariri, esse nosso chão tão amado, reclama de todos nós estas atenções básicas entre o cidadão que se capacita e a escola que o orienta. O nosso sucesso como coletividade operosa depende intrinsecamente da solução que daremos para realizar com criatividade esta interação de como pela arte, pela ciência e pela tecnologia somos capazes de inovar, empreender para superar a adversidade em troca de uma melhor qualidade de vida para o nosso povo. 

No texto de Sagarana, o Rosa já escrevera pela voz do capiau: “O sapo não pula por boniteza, mas porém por precisão.”

Pesquisar não é coisa de boniteza. É uma necessidade, uma precisão. Os que nos atiramos entre equipamentos, vidrarias, reagentes, materiais de laboratório, ou na imensidão dos livros em leituras alongadas, bem o sabemos quantas surpresas nos reservam. 

A pesquisa não abriga veleidades e vaidades pessoais. Antes de tudo nos abriga entre ferramentas conceituais poderosíssimas, entre postulados básicos das ciências humanas, da natureza e da saúde.

A semana que ora abrimos ao festejo da realização possível é um chamado amadurecido para a opção mais que correta da iniciação científica de todos os nossos jovens cientistas, e também para que todos nós, protagonistas deste ágape, semeemos definitivamente o grão verdadeiro que nessa boa terra do Cariri só produza frutos de grande valia.

A mensagem que aqui lhes deixo bem que poderia ser resumida numa proposta de convocação para que todas as semanas de nossa vida acadêmica sejam, ao lado dos programas de graduação, pós-graduação e extensão, também o sejam permanentemente dedicados aos trabalhos da iniciação científica. 

A história que esses jovens escreverão em seu futuro dirá mais alto sobre o quanto estaremos renovando nossas esperanças por um mundo melhor.

Muito obrigado!

(Discurso pronunciado pelo professor Antonio Renato Soares de Casimiro na abertura da VIII Semana de Iniciação Científica da Faculdade de Juazeiro de Juazeiro do Norte, em sessão realizada no Centro de Convenções do Cariri, Crato-CE, na noite do dia 19.10.2016).