sexta-feira, 29 de maio de 2015

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
156: (25.05.2015) Boa Tarde para Você, prof. José Patrício Pereira Melo
Apresento-lhe com algum atraso, prof. Patrício Melo, os meus cumprimentos de felicitações  pelo recente resultado da eleição ocorrida na Universidade Regional do Cariri e cujo resultado o consagrou como o novo e oitavo Reitor da instituição, sucedendo a profa. Otonite de Oliveira Cortez. A primeira coisa que relevo, se assim não estou desinformado, foi o clima da competição, os debates, as propostas e toda a participação dos segmentos compostos por servidores, alunado e professores, bem como a completa lisura da campanha até os últimos momentos do pleito. Do que pude observar, a disputa foi bastante acirrada, mas isto não foi motivo para que a campanha e o escrutínio tivessem mergulhado em algum fato notório que comprometesse toda a preocupação da comunidade em honrar esta grande demonstração de maturidade democrática. Quero louvar também alguns aspectos de sua própria conduta, a começar pelo que se realça de sua carreira universitária, por formação, dedicação e o compromisso já manifestado em diversos momentos e cargos assumidos em defesa da instituição que existe em sua vida desde sempre. Em julho próximo, prof. Patrício Melo, quando esta instituição passa ao seu comando, seguramente, a comunidade universitária que se manifestou por seu voto, estará ansiosa por algo novo, especialmente porque será oportuno lembrar, à maneira da sábia expressão do apóstolo Lucas: “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” Bem sabemos desta responsabilidade pessoal e institucional, quando vossa senhoria se prepara para assumir esta direção de uma instituição ainda muito jovem, na véspera dos seus trinta anos de existência, mas que tem também uma responsabilidade social imensa para com expressivo alunado, cuja origem se esparrama por quase uma centena de municípios ao nosso derredor. Como o senhor tão bem conhece, a URCA, por suas origens fincadas na velha e sempre lembrada Faculdade de Filosofia do Crato, e na ambiência acadêmica que se suplementaria com os cursos de Economia e Direito, é parte substantiva deste momento pujante do ensino superior no Cariri. Concordo inteiramente consigo, prof. Patrício Melo, quando nos diz o quanto ainda há para fazer por esta instituição, na base de sua organização, como o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos servidores da instituição, e que igualmente se relaciona a outras importantíssimas demandas atualizadas pela competência de seus quadros, e pela infraestrutura a caminho de sua excelência. Essa conjuntura que nos cerca, à maneira de como o Cariri vive hoje grandes expectativas na sua vida universitária, a partir mesmo de como suas comunidades esperam por novos olhares, novos cursos acadêmicos, principalmente, mostram como e o que se espera da instituição primeira. Crato, particularmente, que deverá contar em breve com dois grandes reforços na sua cena acadêmica, com os anunciados cursos da Faculdade de Medicina que será criada e do curso de Medicina Veterinária da UFCA, estará exigindo da URCA um posicionamento inovador nesta área. Mas, certamente, assim imagino, não serão apenas as atenções sobre a graduação o foco da URCA, de quem também cobramos novos cursos e projetos para com as atuais e novas unidades descentralizadas, bem além do Crajubar, Santana do Cariri, Iguatu e Campos Sales. Distinguimos a URCA por seu grande esforço em manter cursos de pós-graduação, em diversos níveis e em áreas inovadoras, algumas em fronteiras de conhecimento, fato que muito se fortalece na medida em que a instituição, por exemplo, se empenha por concurso e nomeação de novos professores para o seu quadro docente, como há poucos dias. Desejo-lhe felicidades, prof. Patrício Melo, e igualmente ao seu vice-reitor, prof. Francisco Lima Júnior, a quem formulo votos de pleno êxito nesta jornada que passarão a empreender na defesa, na sustentação e no amplo desenvolvimento de toda a universidade e de todas as suas atividades. Espero, sinceramente, que esta história que agora se recomeça a escrever seja mais uma vez parte da grandeza desta instituição e que esta administração seja exitosa e muito feliz em satisfazer toda esta expectativa que a mobilizou para entregar sua gestão em mãos dignas e honradas.  
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 25.05.2015)

PASSAGENS TAM PARA JUAZEIRO DO NORTE 
A TAM iniciou a venda das passagens dos voos que serão iniciados em julho nas cidades de São José dos Campos (SP), Bauru (SP) e Juazeiro do Norte. As novas rotas foram autorizadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A companhia é a única que oferece três voos diretos de Vitória para Brasilia. Os voos de Juazeiro do Norte começam no dia 13 de julho. A cidade cearense será atendida com uma frequência voo sem escalas para Brasília. As passagens estão sendo vendidas por R$ 249,00 na ida ou volta. De Juazeiro do Norte para Recife você encontra tarifas por R$ 99,00. Os voos também serão diretos. A Passaredo, parceira da TAM no compartilhamento de voos, deixou de operar em Juazeiro do Norte em janeiro de 2013. Atualmente operam na cidade cearense as companhias Avianca, Gol e Azul. Para embarque em Vitória, com troca de aeronave em Brasília, é possível encontrar passagens por R$716,00, na ida ou na volta. São José dos Campos vai ganhar voo direto para Brasília a partir de 14 de julho. As passagens estão sendo vendidas por R$ 139 o trecho. Em dezembro do ano passado a companhia Azul deixou de operar em São José do Campos, cidade paulista onde fica a fábrica da Embraer. A companhia ligava São José dos Campos ao Rio de Janeiro (Santos Dumont). A empresa chegou a oferecer três frequências diárias. De Vitória para São José dos Campos a passagens são encontradas por R$ 147,00. As passagens do voo de Bauru para Brasília estão sendo vendidas por R$ 109. A cidade paulista é atendida pela Azul e Gol. No início deste mês Bauru perdeu voo direto para Congonhas. A cidade passou a ser atendida com um horário para Guarulhos. De Vitória para Bauru a TAM oferece tarifas por R$ 121 na ida ou volta. 

DESTINOS RELIGIOSOS NO BRASIL
Sobre o movimento de milhões de brasileiros com vistas a destinos turísticos no próprio país, acabo de ler esta interessante notícia que aqui vai transcrita. “O número pulou de 3,94 milhões de viagens domésticas em 2013 para 17 milhões em 2014. O Nordeste reúne pelo menos 250 manifestações religiosas que mobilizam turistas, sendo a região brasileira com o maior número de procissões, romarias e celebrações religiosas do país. Alguns destinos turísticos, como Santa Cruz dos Milagres, a quase 200 Km da capital Teresina (PI), têm se firmado como ponto de peregrinação. Mais de 100 mil turistas por ano passam alguns dias no município em busca de bênçãos e milagres. Eles visitam, especialmente, uma cruz no alto de um morro, onde um beato previu que a região seria fonte de milagres futuros. “O santuário de Santa Cruz dos Milagres é o único do Piauí reconhecido pelo Vaticano para a peregrinação. A cidade tem a terceira maior romaria do Nordeste, ficando atrás de Juazeiro, na Bahia, e Canindé, no Ceará”, afirma o turismólogo Hildengard Alves, da Câmara Municipal de Turismo de Santa Cruz dos Milagres. Ainda no Piauí, a cidade de Oeiras também se destaca durante a Semana Santa, na encenação da Paixão de Cristo e durante a Procissão do Fogaréu. Marcada pela arquitetura portuguesa, Oeiras foi a primeira capital do Piauí. Em Santa Cruz, no mês de maio (1 a 3), é celebrada a Invenção da Divina Santa Cruz, que atrai cerca de 20 mil pessoas ao município. “Os romeiros ajoelham-se e beijam o chão 100 vezes”, conta Hildengard Alves. Em setembro, a Festa da Santa Cruz dos Milagres atrai o dobro de romeiros, segundo dados da cidade, quando a festa dura nove dias e as novenas são rezadas na Igreja Matriz. Em novembro, no segundo final de semana, ocorre o encontro dos santos padroeiros, com viajantes de várias partes do Nordeste e do país, em busca de realizações, como a chuva em períodos de forte estiagem. Em Canindé, no Ceará, milhares de fiéis vêm de todo o país para uma romaria, especialmente entre 29 de setembro e 4 de outubro. A Basílica de São Francisco, construída no início do século XX, a estátua de São Francisco das Chagas e um museu do santo são as principais atrações religiosas da cidade. Os peregrinos chegam à cidade de carro, ônibus e até mesmo a pé. Na igreja, uma surpresa: uma exposição de esculturas rústicas feitas em madeira que retratam, principalmente, órgãos do corpo humano, oferecidos à igreja como homenagem por uma graça recebida ou promessa cumprida. Juazeiro do Norte, também no Ceará, é outro ponto de peregrinação e recebe cerca de 2,5 milhões de devotos de Padre Cícero por ano. São, em média, 500 mil somente na Romaria de Finados, no dia 2 de novembro, de acordo com a Prefeitura de Juazeiro do Norte. A cidade, na região do Cariri, tem uma estátua do “Padim Ciço”, como é conhecido, de 25 metros de altura, no alto da Colina do Horto. Foi em Juazeiro, como sacerdote, que Padre Cícero viveu por mais de sessenta anos, até sua morte, e onde ganhou fama de milagreiro. Juazeiro tem ainda o Museu Vivo, que conta a vida do padre e fica bem ao lado da famosa estátua. A capital baiana da fé, como é conhecida Bom Jesus da Lapa, recebe romeiros durante todo o ano. Atualmente, o período mais movimentado vai de junho a janeiro, quando o município recebe 1,5 milhão de visitantes, de acordo com a prefeitura. Uma das mais importantes romarias é a da Terra ou das Missões, que começa em julho. Ainda na Bahia, Juazeiro celebra a manifestação religiosa dos Penitentes de Juazeiro durante a quaresma. Fiéis andam nas ruas cobertos por lençóis brancos, deixando apenas o rosto descoberto, para fazer orações pelas almas dos mortos. A tradição tem mais de 100 anos. (Notícia publicada na Tribuna da Bahia, em 18.05.2015).

SEU LUNGA
Seu Lunga não morreu, encantou-se, está no Ceu. Assim a própria literatura de cordel que mais deu projeção ao personagem, figura comum da nossa cena urbana, continua falando de seus causos, da maneira como era intolerante à burrice, à ignorância. É o caso destes dois últimos folhetos que foram publicados, de autoria do poeta João Peron de Lima, pernambucano de Recife, nascido em 14.08.1985 e autor de considerável lista de folhetos, dentre os quais uns 4 já referidos a Seu Lunga. Estes folhetos podem ser adquiridos na lojinha de artesanato do Aeroporto de Juazeiro do Norte e em muitos locais pelas feiras do Nordeste.

CDL, 40 ANOS
A Câmara de Diretores Lojistas de Juazeiro do Norte acaba de festejar o seu 40º aniversário. Dentre as celebrações, foi publicado este número especial de sua revista O Varejo, contendo substanciosas matérias sobre as suas atividades. Tivemos, eu e Daniel Walker, a oportunidade de contribuir com um texto sobre a História de Nosso Comércio. Agradecemos a oportunidade de ter participado desta comemoração.











CASA CARIRI, 6
Já está circulando o número 6 da revista Casa Cariri, da Editora 309, da responsabilidade dos diretores Isabela Bezerra e Renato Fernandes, na véspera da realização do seu empreendimento Casa Cariri Mostra, “um marco para a arquitetura e o design da Região do Cariri”, de 10 de junho a 5 de julho. De acordo com a divulgação, “A Casa Cariri Mostra une regionalismo à sua proposta, desafia os profissionais a utilizarem produtos e elementos caririenses em seus projetos. A mostra receberá durante 26 dias 10 mil visitantes em uma casa de 5 mil metros quadrados, na Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte. Ninguém pode deixar de ir.”









AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
















domingo, 24 de maio de 2015

 BOA TARDE (I)
 Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
153: (13.05.2015) Boa Tarde para Você, Francisquinho das Igrejas
Meu caro Francisquinho, imagino que você saiba e que é atribuída a Santo Agostinho a expressão bem conhecida, segundo a qual, “Quem ama canta e quem canta reza duas vezes.”  Quando João Paulo II veio ao Brasil pela primeira vez e encontrou no ânimo da juventude cristã deste pais, o grande entusiasmo e força na execução de cânticos litúrgicos, ele não deixou de observar o fato expressando-se deste modo, como já se dizia há séculos na tradição católica.  Agostinho, muito provavelmente, fez esta afirmativa entre os terceiro e quarto séculos, ao se referir à grande beleza dos cânticos da igreja de sua época, herdados da recitação de salmos judaicos que foram adaptados por São Gregório Magno, séculos depois, hoje conhecidos como canto gregoriano. De um modo geral, Francisquinho, não obstante o que está preconizado em documento oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, eu lamento que em muitos aspectos, ao meu sentimento, haja verdadeiros exageros na execução de cânticos litúrgicos em nossas cerimônias. Reconheço a grande atividade da Conferência em seguir e difundir recomendações do Concílio Vatricano II, segundo as quais “a música apropriada à liturgia é aquela que está mais intimamente integrada à ação litúrgica e ao momento ritual ao qual ela se destina”, exatamente porque “a música deve expressar o mistério de Cristo e a sacramentalidade da Igreja”. Mesmo observando que um dos pressupostos de uma eventual e maior identidade “seja considerada a cultura do povo do lugar”, convém mencionar que este cântico deve ser balizado por três critérios principais: a beleza da oração, a participação da assembleia e o caráter solene da celebração. A música litúrgica, penso eu também, Francisquinho, deve continuar arrimada na riqueza da expressão do canto gregoriano e na grandeza da polifonia sacra, como fonte inspiradora da criação e da execução das peças musicais. Espero que você também concorde comigo que o ato litúrgico não é um show, a celebração eucarística não é um espetáculo, e como tal não deve ser uma exibição artística, não obstante o canto esteja e se faça tão presente e forte, motivando uma maior participação no foco da celebração. Posso lhe dizer que em diversas situações, e isto não é o seu caso, o acompanhamento musical me trás um grande embaraço e até diria uma antipatia quando ele se estereotipa com requintes de ritmos, sons e coreografia que parecem não estar de acordo com a nossa sintonia fina no momento de oração. Já nem falo tanto pela parafernália de instrumental eletrônico, com sons estranhos, volumes excessivos, efeitos e muito mais barulho estridente, como se estivéssemos dizendo também: “gritemos porque Nosso Senhor Jesus Cristo é surdo”. Na contramão destes exageros que tanto me enervam, eu o encontro frequentemente, Francisquinho, com voz e violão, na sobriedade dos dias simples, pelo Socorro, na Basílica e pelas residências que se guardam sob as proteções seculares dos Sagrados Corações de Maria e de Jesus. Não pretendo fazer esta diferenciação apenas porque reconheço nas características de seu trabalho o mérito maior de preservar esta atividade com a mais completa identidade aos motivos que nos levam à prática mais corriqueira de nossa religiosidade e até da sua expressão pública. Como animador de música na liturgia, e isto é o que mais louvamos, sua grande contribuição reside nestes instantes de real aprofundamento pelo canto, belo e adequado, para que vivamos intensamente este recolhimento necessário, para refletir e orar. Esta animação que você realiza com a música litúrgica e que a todos nós inflama, eu penso que está na essência da solidariedade com a qual partilhamos alegrias, esperanças, tristezas e angústias, os que desejamos viver plenamente a experiência pascal com o Cristo ressuscitado. Por isso mesmo, Francisquinho, louvo o seu eficiente e dedicado ministério laico, que tanto anima este nossa Igreja no Juazeiro, como se permanentemente você estivesse a nos recitar o Salmo 98: “Cantai ao Senhor um cântico novo, pois Ele tem realizado maravilhas; sua mão direita e seu santo braço forte lhe deram a vitória! O Senhor manifestou a sua Salvação; aos olhos das nações revelou sua justiça.”
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 13.05.2015)

BOA TARDE (II)
154: (18.05.2015) Boa Tarde para Você, Luciene Mendes de Souza Araújo
No começo dos anos 70, ainda estudante de Engenharia Química, eu me interessei extensa e profundamente em estudar, pesquisar, trabalhar na indústria e produzir alguma coisa relevante em torno do imenso potencial da cajucultura em nosso Estado. Por uns 30 anos, Luciene, eu me liguei a empresas de caju, contribui para o Centro Nacional do Caju, para a Embrapa Agroindústria Tropical, para a Fundação Núcleo de Tecnologia do Ceará e até produzi monografias, dissertações, teses e livros a respeito deste trabalho. Naqueles anos, especialmente durante o governo César Cals, o Ceará viveu uma fase deslumbrante com o desenvolvimento, o plantio e a industrialização do clone de cajueiro anão precoce e o Estado experimentou um extraordinário momento na agroindústria do caju. Por todos estes motivos, Luciene, eu sempre me posicionei com grande admiração por todas aquelas pessoas, instituições e empreendimentos que procuraram dinamizar todas as iniciativas para um melhor aproveitamento dos recursos do caju, tanto por sua amêndoa – fruto tão apreciado, quanto por seu pedúnculo – maçã tão desperdiçada. De tal potencial eu me envolvi para fazer do caju produtos como cerveja, aguardente, vinagre, sucos, néctares, doces, vinhos, e terminei por dedicar particular atenção para a cajuína, em quem reconheço, por seu perfil nutricional e de processamento mínimo, um enorme potencial para transformá-la numa das melhores bebidas que a civilização já elaborou. Aliás, Luciene, a cajuína, como temos hoje, como refrigerante tão preferido, bebida à base de suco de caju clarificado e esterilizado, começou a ser desenvolvida por um baiano extraordinário que veio civilizar o Ceará, no século XIX, de nome Rodolfo Teófilo, cujo maior pecado foi, sem dúvida, e me permita a assertiva hilária, ser inimigo do Pe. Cícero. Brincadeira à parte, eu lembro vez por outra como já era desejável pelas crianças de meu tempo participar de festinhas de aniversários e renovações em casas de famílias, exatamente porque dentre as guloseimas havia a oferta de cajuína, contraposta ao velho guaraná champagne. Hoje, quando meço esta preferência em atividades de minhas disciplinas na faculdade, em práticas laboratoriais de análises sensoriais, já não me surpreendo que esta predileção atinja a consagradora liderança com mais de oitenta por cento deste mercado. Esse é o status formidável deste produto vitorioso, desenvolvido por José Geraldo da Cruz, ainda nos anos 30 e que passou depois ao controle do empresário Luciano Teófilo de Melo, nos anos 40, para chegar à família dos filhos de Firmino de Souza, no começo dos anos 50, especialmente sob a liderança do nosso inesquecível José Amâncio. Ao saudá-la nesta tarde, Luciene, gostaria que você me permitisse também estender com grande afeto e carinho, o meu abraço a toda esta imensa família, através dos irmãos Tico de Souza, seu pai, e igualmente a Celina, Tarcila e Terezinha, sem esquecer as lembranças permanentes de grandes ausentes como José Amâncio, Inês, Zefinha, e Lúcia, tão precocemente falecida. Na semana passada voltei a visita-los e quanto lhes agradeço pela acolhida amiga e tão fraterna, para sentir mais uma vez a grande importância desta organização, tão expressiva para o setor produtivo industrial de nosso Estado e que tanto nos orgulha. Reencontrei a Cajuína, Luciene, no calor de suas atividades, com o grande produto enchendo milhões de garrafas, em mais uma operação de expansão, reativando linhas com sabores, plantando novos processos e novos produtos, pensando em negócios de franquias. Que maravilha! Que exemplo grandioso este de como uma empresa como esta de vocês, Luciene, com tanto empenho e confiança em novos e altíssimos investimentos, vai continuar este trabalho que emprega, produz e distribui riquezas, no foco para a superação das crises cíclicas. Em tudo isto, admiro este patrimônio extraordinário que a organização construiu por todos estes anos e que se assenta em ética, qualidade, cultura, pessoas e produtividade, para cumprir uma missão que chega a clientes, colaboradores, comunidade, fornecedores, sócios e governo, graças à sua visão de mundo, o espírito competitivo e a responsabilidade social de seus negócios. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 18.05.2015)

BOA TARDE (III)
155: (22.05.2015) Boa Tarde para Você, José Pereira Gondim
No último dia 20 eu reli com grande atenção o folheto “Por que Padre Cícero foi excomungado”, com sua assinatura, Dr. José Pereira, pois seu texto já era conhecido anteriormente, veiculado pela imprensa local e ele reacendia pontos importantes para esta discussão. Cinco dias antes, em substancioso documento, no mesmo Folha da Manhã de 15 de Maio, Daniel Walker havia posto um longo texto sob o título “Afinal, Padre Cícero foi ou não excomungado?” Como eu, seguramente, você não deixou de reconhecer neste texto de Daniel, tão atualizado e didático, um grande serviço para nos esclarecer sobre este longo período de punições imputadas ao Patriarca de Juazeiro, entre 6 de agosto de 1892 e 3 de junho de 1926. Sem dúvida, as mais preocupantes foram as que afastaram o Pe. Cícero do seu ministério e isto aconteceu muito antes que houvesse sido excomungado latae sententiae, em 27 de julho de 1916. E como vimos, não tendo sido ela executada pelo Bispo Quintino, pelas circunstâncias locais conhecidas, verdadeiramente o fato não se consumou e o padre morreu, enfim, para muitos, submetido àquela condenação imposta por falta cometida, hipoteticamente, em razão do que a própria Igreja havia condenado nos Factos do Joaseiro. A circunstância se tornou mais importante que o fato, e o Pe. Cícero continuou sendo um rebelde, um indisciplinado que não se submetia às restrições impostas à sua conduta de religioso. Felizmente, à luz de novos e intensos estudos acadêmicos, isto foi superado e não há nada de estranho que nos parece necessário rever no nosso posicionamento que a reabilitação de fato já havia acontecido e aplicada pelo Papa Leão XIII, quando da viagem do Pe. Cícero a Roma, em 1898, faltando para isto apenas a reabilitação da própria Igreja. Por estas pobres observações, Dr. José Pereira, chego mesmo a manifestar publicamente, à minha maneira, um gesto de adesão ao seu meritório trabalho que ora empreende para cobrar desta hierarquia a pronta ação que abrevie esta espera sobre a reabilitação histórico-eclesial. Por ter participado como membro da então Comissão Diocesana que reavaliou a questão, para que esta tenha finalmente chegado ao ato de 31 de maio de 2006, perante o Santo Ofício, protocolando o extenso relatório e petição, eu gostaria de rever, apenas para citar, três dos pontos mais importantes ponderados naquela ocasião: a indisciplina do Pe. Cícero, a sua relação com a violência do seu tempo e a acumulação capitalista que empreendeu. E na questão específica da indisciplina, efetivamente não se deu muita importância à excomunhão, exatamente por não ter substância a sua aplicação, em face das demais restrições verificadas. Mais recentemente, numa crônica destas, eu me posicionei pela necessidade de se abrir a discussão neste Bispado sobre o efetivo impedimento que está posto, a ponto de se ver a conduta medíocre e insensata desta Igreja do Cariri que é refém de uns pobres ministros que até parecem ressuscitar aqueles momentos da truculência da Santa Inquisição. Pobres coitados estes, alguns padres destas nossas paróquias, cujos nomes, RGs, CPFs e CEPs bem sabemos de cor, cristãos que bem poderiam ser diferenciados, mas que como nós, pecam diariamente contra a caridade. Outrora, Dr. José Pereira Gondim, como comunidade cristã, obreira e ordeira, temente a Deus, poderíamos falar de grandes pastores, de homens dignos e de vocações exuberantes, gente que alimentava todas as nossas esperanças e que por palavras, gestos e grandes obras traziam o maior alento para viver a fé que remove montanhas.
Hoje, e em alguns momentos, quase estamos falando de marginais embatinados, pessoas de pouca fé, de vocações equivocadas e de gente que até ganha dinheiro em nome do condenado. Não há dúvida que isto que vivemos, nesta indecisão que se estende ao infinito do tempo de Roma, é parte da nossa indignação, centrada nesta falsa moralidade e na indigna conduta de pessoas que insistem em manter condenado o velho padrinho dos sertões nordestinos. Sei não, Dr. José Pereira, Deus tenha pena deste seu pobre servo, de coração tão duro, que ainda sofre e sofre muito na cena diária destes novos tempos.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 22.05.2015)

LIVROS (I)
Nós que já conhecíamos Barbalha entre os anos 50 e daí por diante, lembramos muito bem que logo na entrada da cidade havia uma placa onde se lia: “Alto lá senhores protestantes!  Barbalha de Santo Antonio já está evangelizada”. Esta era uma expressão que conhecíamos de cor, pois ela martelava contra a presença dos primeiros missionários americanos da Igreja Batista que vieram para instalar seus templos nas cidades do Cariri. Esta história de intolerância religiosa está sucintamente relatada no pequeno livro de S. David Smith, Perseguições no Cariri (1935-1970). Outro livro interessante, ainda em primeira forma, tipo apostila, é a História da Missão Baptist Mid-Missions no Brasil, 1935-2010. Vale a pena ler estes dois trabalhos para se conhecer o duro trabalho empreendido por estes missionários e os primeiros caririenses a aderir à Igreja Batista. Estes livros podem ser comprados pela internet e o atendimento é pronto, remetendo pelo correio o pedido. Custam ambos, cerca de R$65,00.


LIVROS (II)
Há poucos dias, visitando a livraria do Museu do Ceará, em Fortaleza, encontrei estas duas publicações sobre a dramaturgia no Cariri, enfocando alguns autores de renome, como Renato Dantas, Maria José de Sales, Lucion Caeira, Cacá Araújo e Zé de Matos. Interessante é observar que estes trabalhos, editados ainda em 2011 exibem os mesmos vexame das edições livrescas no nosso Estado: pequena tiragem, reduzida circulação, distribuição precária, e péssima divulgação. E é que o Ceará é uma das grandes referências nacionais em literatura. Imagine se não fosse...

CCBNB
Expresso o meu contentamento pela passagem dos 9 anos de atividades do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil. Sem medo de errar, animação cultural do Cariri tem esta marca primordial: antes e depois do CCBNB. Talvez seja eu um dos poucos a ter toda a coleção com os 108 catálogos já editados, contendo toda a programação realizada nestes 9 anos. Isto ainda vai servir para contar com muitas minúcias a história marcante deste equipamento importantíssimo para a Cultura do Cariri. Desejo parabenizar a todos que participam de sua gestão, ao tempo em que nos felicitamos mutuamente, todos nós do Cariri, agraciados com as atividades desta instituição. 









MEDALHA CIDADE DE JUAZEIRO (I)
Através da RESOLUÇÃO N.º 760, de 14.05.2015, o Presidente do Poder Legislativo de Juazeiro do Norte, concedeu a Medalha Cidade de Juazeiro, Comenda do Mérito Legislativo ao Ilustre Senhor ODILON BEZERRA DE MORAIS, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: João Alberto Morais Borges. Coautoria: José Tarso Magno Teixeira da Silva - Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Nivaldo Cabral de Moura, José Adauto Araújo Ramos, Glêdson Lima Bezerra, José Ivan Beijamim de Moura, Danty Bezerra Silva, Paulo José de Macêdo, Antonio Vieira Neto, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Alberto da Costa, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Maria Calisto de Brito Pequeno, Auricélia Bezerra e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
(Na foto: Sr. Odilon Bezerra de Morais.)


MEDALHA CIDADE DE JUAZEIRO (II)
Através da RESOLUÇÃO N.º 757, de 05.05.2015, o Presidente do Poder Legislativo de Juazeiro do Norte, concedeu a Medalha Cidade de Juazeiro, Comenda do Mérito Legislativo ao Reverendíssimo Padre JOSÉ VENTURELLI, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Antônio Vieira Neto. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cláudio Sergei Luz
e Silva, Cícero Claudionor Lima Mota, Firmino Neto Calú, Glêdson Lima Bezerra, João Alberto Morais Borges, José Adauto Araújo Ramos, José Ivan Beijamim de Moura, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Rubens Darlan de Morais Lobo, Maria Calisto de Brito Pequeno e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
(Na foto: Pe. Giuseppe Venturelli.)
MEDALHA CIDADE DE JUAZEIRO (III)
Através da RESOLUÇÃO N.º 758, de 05.05.2015, o Presidente do Poder Legislativo de Juazeiro do Norte, concedeu a Medalha Cidade de Juazeiro, Comenda do Mérito Legislativo ao Reverendíssimo Padre JOSÉ CEZAR RODRIGUES TEIXEIRA, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Rita de Cássia Monteiro Gomes. Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Antônio Vieira Neto, Cícero Claudionor Lima Mota, Danty Bezerra Silva, Francisco Alberto da Costa, Glêdson Lima Bezerra, João Alberto Morais Borges, José Adauto Araújo Ramos, José Nivaldo Cabral de Moura, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Paulo José de Macêdo, Rubens Darlan de Morais Lobo, Auricélia Bezerra e Maria Calisto de Brito Pequeno.

CIDADANIA JUAZEIRENSE
Pela RESOLUÇÃO N.º 759, de 05.05.2015, foi concedido o Título Honorifico de Cidadão Juazeirense ao Reverendíssimo Padre JOSÉ CEZAR RODRIGUES TEIXEIRA, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade juazeirense. Autoria: Rita de Cássia Monteiro Gomes Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Antônio Vieira Neto, Danty Bezerra Silva, Firmino Neto Calú, Glêdson Lima Bezerra, João Alberto Morais Borges, José Adauto Araújo Ramos, José Nivaldo Cabral de Moura, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Paulo José de Macêdo, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Ivan Beijamim de Moura, Maria Calisto de Brito Pequeno e Maria de Fátima Ferreira Torres.
Obs.: De acordo com dados da internet, salvo melhor juízo, o Pe. José Cézar pertence à Diocese de Nazaré da Mata, PE. Ele tem 51 anos e foi ordenado sacerdote há pouco mais de onze anos e integra o Conselho Presbiteral daquela Diocese.

NOVAS RUAS
A cidade passa a contar com novas ruas, designadas por homenageados. Vejamos os atos formais, oriundos da Câmara Municipal e sancionados pelo Prefeito.
LEI Nº 4468, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA FRANCISCA ALVES SILVA, a artéria que tem início na rua Sebastião Pereira e término com terras de Carlos Augusto dos Santos, localizada no bairro Gavião, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4469, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA AUGUSTO LUIZ DA SILVA, a artéria que tem início ao lado norte com terras de Carlos Augusto dos Santos e ao sul com a rua Sebastião Pereira, localizada no bairro Gavião, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4470, de 15.05.2015 através da qual fica denominada de RUA IVONE RIBEIRO DO NASCIMENTO, a artéria que tem início na rua Sebastião Pereira, e término com terras de Carlos Augusto dos Santos, localizada no bairro Gavião, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4471, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA MARIA DILMA BATISTA, a artéria que tem início na rua Sebastião Pereira, e término com terras de Carlos Augusto dos Santos, localizada no bairro Gavião, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4472, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA FRANCISCO JOSÉ DE NORÕES FLORÊNCIO, a artéria que tem início na rua Joaquim Alves Ribeiro, ao norte lado esquerdo, com terras de José Paulo Lucena, ao sul lado direito com terras de Maria Hilda Pereira Flôr e Carlos Augusto dos Santos localizada no bairro Brejo Seco, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4473, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA JOSÉ DE NORÕES MAIA, a artéria que tem início ao lado sul com terras de José Paulo Lucena, e ao norte com terras de Maria Hilda Pereira Flor, localizada no bairro Brejo Seco, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4474, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA MARIA JÚLIA DE NORÕES FLORÊNCIO, a artéria que tem início ao lado sul com terras de José Paulo Lucena, e ao norte com terras de Maria Hilda Pereira Flor, localizada no bairro Brejo Seco, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4475, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA ABÍLIO HONORATO DA SILVA, a artéria que tem início ao lado sul com terras de José Paulo Lucena, e ao norte com terras de Maria Hilda Pereira Flor, localizada no bairro Brejo Seco, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. AUTORIA: Vereador Cícero Claudionor Lima Mota. COAUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva.
LEI Nº 4476, de 15.05.2015, através da qual fica denominada de RUA ANTONIETA MARIA DA CONCEIÇÃO ( a via de ligação 02), sendo a primeira rua paralela a leste à rua Josias Inojosa de Oliveira, com início na via de penetração 01 e término na via de penetração 12, no sentido norte/ sul, no Distrito Industrial da cidade de Juazeiro do Norte/CE. AUTORIA: Vereador Rubens Darlan de Morais Lobo.


RECONHECIMENTO PÚBLICO
A Prefeitura Municipal da cidade de Juazeiro do Norte, através da LEI Nº 4467, de 12.05.2015, reconhece de utilidade pública o Centro de Estudos Lindaura Pinheiro – CELP SOCIAL e adota outras providências. Referido CENTRO DE ESTUDOS LINDAURA PINHEIRO – CELP SOCIAL, constituído em 10 de julho de 2012 como associação civil, pessoa jurídica de direito privado, filantrópica, de caráter sócio assistencial, cultural, educacional, saúde, direitos humanos e outros, sem fins lucrativos, com duração indeterminada, tendo sede e foro no município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, regendo-se por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. AUTORIA: Vereador José Nivaldo Cabral de Moura. COAUTORIA: Vereador Normando Sóracles Gonçalves Damascena
(Na foto: Professora Lindaura Pinheiro.)


quarta-feira, 13 de maio de 2015

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BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
152: (11.05.2015) Boa Tarde para Você, Adalberto Soares da Silva
Há décadas eu me imponho com alguma regularidade retornar ao Centro de Cultura Mestre Noza, no antigo quartel da Polícia Militar em Juazeiro do Norte, na Rua São Luiz, para acompanhar-lhe, mesmo que superficialmente, o que vem sendo feito por sua sobrevivência. Como um grande espaço dedicado a arte e a cultura nesta região, Beto, quem o visita logo percebe que o Mestre Noza padece cronicamente da indiferença do poder público que parece ter lavado as mãos quando concedeu aquele lugar privilegiado para a ocupação pelos astistas e artesãos. É sempre assim que somos levados a entender, pois este apoio devido pela municipalidade em desenvolvimento destas ações por algo que nos é tão caro e tanto representa para os nossos brios de cidadania, vai se tornando gesto raro pelo reconhecimento destes valores culturais. Na semana passada eu voltei ali anonimamente e foi quando mais uma vez dali sai com as mãos cheias de alguma coisa que sempre encontro para o meu gosto sempre insatisfeito de consumidor da arte dos artesãos juazeirenses. Como sempre, não vi nada que me dissesse do que de novo se estava ali fazendo para garantir um melhor funcionamento da casa, sempre carente de atenções para com seu espaço, aquilo que poderá ensejar melhores cuidados pela sobrevivência de mais de uma dezena de artistas, dos mais de uma centena de associados. Em verdade, permita-me a consideração, Beto, o Mestre Noza até sofre muito por seu espaço limitado e em nada acrescido nestes anos de seu funcionamento, parecendo muito mal utilizado, com o pouco que tem sido feito por sua melhor funcionalidade. Mas, animei-me em saber que o Mestre Noza vai estar no foco um projeto do Ministério da Cultura que vem sendo desenvolvido, por meio da parceria das Universidades (Federal Fluminense,  Federal do Cariri, e Regional do Cariri), para promover a recuperação do espaço e dar maior visibilidade ao trabalho dos artesãos, além de possibilitar que novos artistas sejam formados. Conforme li em matéria na imprensa, o projeto inclui atenções no Cariri, com o Centro de Cultura Popular Mestre Noza, a gráfica da Lira Nordestina, o sítio histórico do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, além da construção de um portal na internet para divulgar a história e o trabalho dos mestres de cultura da região. E alegrei-me, Beto, particularmente em saber que este trabalho terá a coordenação local do meu querido amigo Francisco Renato Sousa Dantas que está realizando o trabalho preliminar junto com os pesquisadores e corpo técnico das universidades envolvidas, cujos objetivos deverão contemplar a revitalização dos espaços e a recuperação de milhares de peças que se espalham pelo pátio, a céu aberto. É surpreendente saber que o Mestre Noza abriga hoje um acervo de mais de 40 mil peças, infelizmente na maior parte mantida em precárias condições de conservação, a exigir um pronto e eficiente trabalho de restauração. O Centro de Cultura Popular Mestre Noza é um equipamento que representa com grande propriedade parte do nosso próprio orgulho e eu gostaria de dizer-lhe, Beto, que me alegra muito saber que pelo menos dezesseis ações serão ali implementadas com o objetivo de melhorar suas instalações com sala de exposição, oficinas para os artesãos, museu de arte popular e espaço para apresentações artísticas. Aliás, um museu naquele espaço é algo que podemos ver como uma grande necessidade para fomentar ainda mais o interesse pela arte dos grandes mestres do Cariri, especialmente na xilogravura, na escultura e na literatura de cordel. Mestre Noza foi extraordinário na sua arte e na atualidade continua sendo um grande exemplo para todos os artistas populares, entre este Cariri e o resto do mundo. Mas, é tempo de recuperar este elo perdido, para continuar homenageando este grande homem que existiu por aqui e cuja genialidade se fez reconhecida, mundialmente, por sua grande habilidade em cortar tacos de imburana com simples canivete, para transformá-los em obras admiráveis.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 11.05.2015)

DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO (Ed. Nº 4.000)
O Diário Oficial do Município de Juazeiro do Norte é o veículo de comunicação da Prefeitura Municipal, pelo qual torna-se público todo e qualquer assunto acerca do âmbito municipal: leis, decretos, resoluções, instruções normativas, portarias e outros atos de interesse geral. Foi instituído em 19 de agosto de 1993, através da lei municipal 1.861/93. Contudo, somente iniciou a sua circulação em 13 de Outubro de 1998. Desde o seu primeiro número, passou a ser distribuído diariamente em todas as secretarias, órgãos municipais, Câmara Municipal e entre assinantes. A partir do Ano XI está disponível on-line no portal da Prefeitura (www.juazeiro.ce.gov.br). Ultimamente é remetido por e-mail e impresso apenas para assinantes; Dimensões (para a forma impressa): 21,0cm x 29,7cm; Periodicidade: diária (dias úteis);  O Diário Oficial do Município de Juazeiro do Norte tem sido publicado ao longo dos seguintes períodos administrativos dos respectivos prefeitos eleitos, constitucionalmente: Adm. José Mauro Castelo Branco Sampaio: I(1):13.10.1998 até III(549):31.12.2000; Adm. Carlos Alberto da Cruz: III(550):02.01.2001 até VII(1525):31.12.2004; Adm. Raimundo Antonio de Macedo: VII(1526):03.01.2005 até XI(2454):31.12.2008; Adm. Manoel Raimundo de Santana Neto: XI(2455):05.01.2009 até XV(3423):28.12.2012; e presentemente, Adm. Raimundo Antonio de Macedo:  XV(3424):02.01.2012 até XVII(4000):06.05.2015.


NOVAS RUAS
O Diário Oficial do Município divulgou as novas nomenclaturas de artérias com novas homenagens, de acordo com o ato abaixo: LEI Nº 4461, DE 05 DE MAIO DE 2015: Ficam denominadas as artérias públicas no bairro Salesianos, na forma abaixo: I – RUA COMERCIANTE JOÃO DANTAS SILVA, a artéria pública que tem início uma quadra antes da rua Monsenhor Lima, sentido NORTE/SUL, e término na quadra depois da rua projetada, que será denominada de Travessa Dona Helena, no Desmembramento Parque Antônio Vieira, no bairro Salesianos, na sede do Município de Juazeiro do Norte; II – TRAVESSA DONA HELENA, a artéria pública que tem início na rua Comerciante João Dantas Silva, e término nas terras não loteadas e a escola municipal, sentido OESTE/LESTE, no Desmembramento Parque Antônio Vieira, no bairro Salesianos, nesta cidade. AUTORIA: Vereador Danty Bezerra Silva; COAUTORIA: Vereadoras Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.

TAM, TAM, TAM...
A empresa TAM Linhas Aéreas, através do canal de vendas das Agências de Viagens, abriu a comercialização de passagens para vôos na direção de Juazeiro do Norte a partir do dia 13 de julho. A informação em tom de comemoração foi dada pelo Coordenador de Turismo do município, José Roberto Celestino, observando que a iniciativa se constitui na confirmação do início das operações desta empresa no Cariri. Para ele, vai incrementar o turismo na região e a movimentação de passageiros no aeroporto de Juazeiro. São vôos diários e diretos para Brasília e Recife, mas a TAM comercializa trechos com conexões, por exemplo, Juazeiro/São Paulo R$ 578,00 (ida e volta) ou Juazeiro/Fortaleza no valor de R$ 400,00. Segundo Roberto Celestino foi uma longa espera por essa empresa que se junta a GOL, Avianca e Azul as quais já operam no Aeroporto Orlando Bezerra. Mais recentemente, como disse, o prefeito Raimundo Macedo, dirigiu apelo neste sentido por meio de ofício enviado à Presidente da TAM, Cláudia Sender, no dia 24 de outubro. Na época, a GOL tinha anunciado que deixaria de operar na linha Juazeiro/Recife e o prefeito argumentou sobre a estreita ligação do Cariri com a capital pernambucana explicando que empresas industriais e comerciais, advogados, professores e estudantes universitários dependem desta ligação rápida, barata e pontual com Recife. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou o início das operações para a partir do dia 1º de julho, mas a TAM só começa a operar 12 dias após. Veja abaixo os horários que serão cumpridos nas rotas Brasilia-Juazeiro do Norte-Recife-Juazeiro do Norte-Brasilia.



quinta-feira, 7 de maio de 2015

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
151: (07.05.2015) Boa Tarde para Você, Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho
O carteiro passou aqui por casa há uns dias atrás e me deixou um pacote contendo o seu mais novo livro, denominado A Xilogravura de Juazeiro do Norte, obra que concorreu, e foi vitoriosa, na 26ª. Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovida pelo IPHAN, ainda em 2014. Demorei um pouco a registrar isso a você, Gilmar de Carvalho, e até fazer menção pública deste meu agradecimento por tão generosa atenção, porque eu queria não só fazer a leitura, como a beleza deste trabalho impõe, como queria também sorver deliciosamente cada um dos numerosíssimos dados do longo inventário apresentado. Você nos diz logo na abertura do texto que esta obra fecha um ciclo de sua vida que se iniciou ainda em 1976, na sua primeira visita a Juazeiro, pelas mãos de Stênio Diniz, quando você conheceu a Lira Nordestina e onde se iniciou a sua longa e produtiva interação com a arte de Juazeiro do Norte. Seu texto é primoroso, um misto de confissão amorosa pela arte e seus mestres, pleno das relações pessoais e da precisão da pesquisa remissiva a dados muito remotos, profundamente enriquecidos com este testemunho pessoal que já vai para uns quarenta anos, que é a grandeza do seu conhecimento por esta nossa causa. Não sei mesmo, Gilmar, o que este Juazeiro lhe deve por esta projeção insistente que você sempre conferiu a partir do seu próprio aprendizado, tão continuada ao longo de sua vasta produção livresca e do pesquisador esmerado que formou várias gerações de quadros na comunicação e na arte e que fez tudo isto chegar a nós em numerosos livros que assaltam nossas estantes. Muito didático no que pretendeu, sua linguagem não se rebuscou ao caminhar das efemérides minuciosamente reunidas ao tom cronológico que tanto nos ajuda a compreender ainda mais o conjunto da obra que nos aponta para esta realidade que nos permite enxergar, de fato, “Engenho e arte marcados pela crença em um mundo melhor, que construimos desde sempre”. Adorei o seu livro Gilmar, a partir do que você considera o marco zero, na existência desde as primeiras edições de O Rebate, a começar em 18.07.1909, e que já trazia as primeiras xilogravuras de Juazeiro, já em associação com as primeiras edições de literatura de cordel em folhetim. Dos gravadores, não resta nenhuma dúvida que isto, a instalação da gráfica do primeiro jornal já era o sinal de que nem demoraria muito íamos vendo esta construção da cena típica de grandes mestres onde pontificariam os pioneiros Mestre Noza, João Pereira, Manoel Lopes, Antonio Vicente, Manoel Santino, José Domingos, Damásio Paulo, Antonio Batista e Walderedo Gonçalves. No roteiro, louvores maiores sejam sempre proferidos a José Bernardo da Silva que já estava entre nós no início dos anos 20, usando outras gráficas, mas que definitivamente teria a sua em 1949, comprando acervo de João Martins de Athayde. Indiscutivelmente é necessário lembrar a sensibilidade de Antônio Martins Filho, o primeiro reitor no Ceará, esse cratense ilustrado que criou o Museu de Arte da Universidade e que atribuiu responsabilidades a Lívio Xavier, Floriano Teixeira e Sérvulo Esmeraldo para inserir a arte de Juazeiro no grande acervo do MAUC. Também quero mencionar preciosidades de sua coletânea mesmo nas simples menções de pequenos e desconhecidíssimos jornais desta cidade, como O Lápis (1910), O Estímulo (1912), O Almofadinha (1927), O Juaseiro do Cariry (1928) e O Juaseiro (1932). Enfim, me emocionei por suas lembranças afetivas, na casa do Pe. Murilo, os cafés nas tardes de sábado, a conversa solta regada à simplicidade da mesa posta por Alzirinha e dona Olindina, parta disso ir lhe ouvindo sobre estas incursões que desembocaram em todas estas revelações.  Pelo resto de nossas vidas, e isto não tem preço, aquelas cenas se repetirão como relicário pessoal de todos estes momentos vividos, agregando lembranças intermináveis, percorrendo a memória de gente querida, visitas de fins de tardes, conversas que não pareciam ter fim. Deus permita, Gilmar, que ao fecho de tudo isto, eu e os seus amigos, juazeirenses como você, de tão honorário, queremos ainda ter a oportunidade de aqui continuar recebendo você e suas missões, como a que se anuncia para 21 de agosto, com o lançamento do novo livro sobre Mestre Noza. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 07.05.2015)

CORDEL JUAZEIRENSE: Hamurabi Bezerra Batista 
Há muitos anos atrás eu iniciei um levantamento sobre o cordel juazeirense, cujo objetivo era, simplesmente, fazer o inventário da produção de folhetos de cordel nesta cidade, por autores locais, ou aqui residentes, e editados em gráficas locais. Comecei relacionando o poeta Abraão Bezerra Batista. Por motivos vários, deixei esta questão de lado, embora tenha me mantido sempre com aquisições, leitura e a coleção bem ativa. Hoje retorno com Hamurabi Bezerra Batista, filho de Abraão, cuja produção já vai se avolumando em muitos títulos e edições. Hamurabi Bezerra Batista nasceu em Juazeiro do Norte em 21 de março de 1971 e com seu pai aprendeu sobre a Literatura de Cordel e Xilogravura. Começou a escrever e publicar em 1991 abordando temas políticos. Em 1995 passou a se identificar mais com os temas folclóricos. Hoje possui várias dezenas de folhetos escritos, abordando principalmente o anedotário popular, a pesquisa histórica e cordéis de encomenda onde o cliente escolhe o assunto e paga para o poeta escrever. Controvertido e provocador, penetra o sacro e o profano usando a medida da arte e se permite ousar, fluir. 
Abaixo uma relação incompleta da sua produção.
01.A História da Beata Maria de Araújo e o Milagre de Juazeiro. 1ª. Ed., Juazeiro do Norte: 09.05.2013, 32p.
02.A História da Beata Maria de Araújo e o Milagre de Juazeiro. 2ª. Ed., Juazeiro do Norte: Projeto SESC Cordel, 20.03.2014, 32p.
03.A História da Guerra de 1914. Juazeiro do Norte: Projeto SESC Cordel, sem data, 32p.
04.A História da Pedra do Reino. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
05.A História de Bakunin. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 24p.
06.A História de Carlos Marighella. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 12p.
07.A História de Che Guevara. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
08.A História de Dragão do Mar e a Abolição no Ceará. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
09.A História de Getúlio Vargas. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 32p.
10.A História de Lamarca (No tempo da Ditadura). Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
11.A História de Luiz Gonzaga. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
12.A História de Paulo Freire. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
13.A História de Rubens Paiva. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
14.A História de Tiradentes. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
15.A História do Anarquismo. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 20p.
16.A História do Cangaço. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
17.A História do Capitalismo. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
18.A História do Ceará (Volume 1). Juazeiro do Norte: Projeto SESC Cordel, 09.11.2014, 32p.
19.A História do Comunismo. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 24p.
20.A História do Conflito Israel x Palestina. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 24p.
21.A História do Cordel e da Xilogravura. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
22.A História do Islamismo. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 12p.
23.A História do Rio São Francisco e o Fenômeno das Carrancas. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 12p.
24.A Loira do Banheiro. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
25.A Oração do Fechamento de Corpo que Padre Cícero deu a Lampião. 1ª. Ed., Juazeiro do Norte: Edição Projeto Cordel Vivo, sem data, 8p.
26.A Oração do Fechamento de Corpo que Padre Cícero deu a Lampião. 1ª. Ed., Juazeiro do Norte: Edição Projeto Cordel Vivo, sem data, 8p.
27.A Oração do Fechamento de Corpo que Padre Cícero deu a Lampião. 1ª. Ed., Juazeiro do Norte: Edição Projeto Cordel Vivo, sem data, 8p.
28.A Oração do Fechamento de Corpo que Padre Cícero deu a Lampião. 1ª. Ed., Juazeiro do Norte: Edição Projeto Cordel Vivo, sem data, 8p.
29.A Oração do Fechamento de Corpo que Padre Cícero deu a Lampião. 1ª. Ed., Juazeiro do Norte: Edição Projeto Cordel Vivo, Agosto, 2012, 8p.
30.A Papisa. A Mulher que virou Papa. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
31.A Peleja de Cão Danado e Capitão Gato Preto. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 12p.
32.A Primeira Guerra Mundial. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
33.A Real História de Drácula. Príncipe Vlad III, o Empalador. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 12p.
34.A Segunda Guerra Mundial. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 32p.
35.A Sogra. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
36.ABC do Chifre. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
37.Antonio Conselheiro e o Massacre de Canudos. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
38.As Façanhas de Sebasto. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 20p.
39.As Histórias de Bondim. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
40.As Mentiras de Benésio. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
41.As Piadas de Seu Boga. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
42.Assombrações do Recife – A Casa da Esquina do Beco do Marisco. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
43.Assombrações do Recife – Cabra Cabriola. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
44.Assombrações do Recife – O Sobrado da Estrela. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
45.Briga de dois Matutos numa Feira de Sulanca. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 16p.
46.Espiritismo na Bíblia. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
47.Galinha Caipira. Receitas: Galinhada e Galinha Atolada. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
48.Jesus Espírita. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 14p.
49.Massacre dos Índios na Ditadura Militar. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
50.Medo de Dentista. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
51.O Assassinato do Ex-presidente Juscelino Kubitscheck. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 14p.
52.O Cordel de Palavrão. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
53.O Cordel do Peido. 1ª. Ed. Juazeiro do Norte: Edição Projeto Cordel Vivo, 12.2011, 8p.
54.O Corno Abelha. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
55.O Extermínio dos Índios no Brasil. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
56.O Fantasma de Seu Noel do Horto- O homem que matou a mulher com 60 facadas e depois morreu. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
57.O Homem que Levou Chifre e se Casou com o Ricardão. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
58.O Massacre dos Sem Terra. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 12p.
59.Os Tipos de Peido. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
60.Padre Cícero. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
61.Politicagem. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
62.Reforma Agrária. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
63.Romance de Tõe Fulô e Rubra Rosa. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 18p.
64.Sonho para Jogar no Bicho. uazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
65.Tem político no Brasil que só peida e choca os ovos. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
66.Tipos de Corno. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
67.Tortura e Assassinato de Stuart Angel (No tempo da Ditadura). Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
68.Zumbi dos Palmares. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
69.Zumbi dos Palmares. Juazeiro do Norte: Editora Cordel Expresso, sem data, 8p.
70.Libertação pela Arte (com o pseudônimo de Mura Batista). Juazeiro do Norte: Ed. Cordel Engajado, sem data, 8p.



CIDADANIA JUAZEIRENSE 
Novos filhos adotivos desta cidade foram proclamados pelos respectivos atos formais tramitados na Câmara Municipal. Vejamos as Resoluções:
RESOLUÇÃO N.º 753 DE 28 DE ABRIL DE 2015, pela qual fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor ROSEMBERG PEREIRA DE FREITAS, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade. Autoria: Auricélia Bezerra; Coautoria: Danty Bezerra Silva, Normando Sóracles Gonçalves Damascena e Rita de Cássia Monteiro Gomes; Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cícero Claudionor Lima Mota, Rubens Darlan de Morais Lobo, José Tarso Magno Teixeira da Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, José Adauto Araújo Ramos, Francisco Alberto da Costa, Paulo José de Macêdo, Maria Calisto de Brito Pequeno.
RESOLUÇÃO N.º 754 DE 28 DE ABRIL DE 2015, pela qual fica concedido, nos termos do artigo 198 e seguintes da Resolução n.º 297/2001 (Regimento Interno), o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor VANDERLÚCIO LOPES PEREIRA (Vandinho Pereira).  Autoria: João Alberto Morais Borges; Coautoria:, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Tarso
Magno Teixeira da Silva, Firmino Neto Calú, José Ivan Beijamim de Moura, Cláudio Sergei Luz e Silva; Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Danty Bezerra Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, José Adauto Araújo Ramos, Glêdson Lima Bezerra, Antônio Vieira Neto, Paulo José de Macêdo, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 755 DE 28 DE ABRIL DE 2015, pela qual fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Senhor PAULO HERMANN FERNANDES MACÊDO, pelos inestimáveis serviços prestados à comunidade. Autoria: Antônio Vieira Neto; Coautoria: Normando Sóracles Gonçalves Damascena, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Firmino Neto Calú; Subscrição: Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, José Nivaldo Cabral de Moura, José Adauto Araújo Ramos, Glêdson Lima Bezerra, José Ivan Beijamim de Moura, Danty Bezerra Silva, João Alberto Morais Borges, Paulo José de Macêdo, Rubens Darlan de Morais Lobo, Maria Calisto de Brito Pequeno e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
RESOLUÇÃO N.º 756 DE 28 DE ABRIL DE 2015, pela qual fica concedido Título Honorífico de Cidadã Juazeirense a Senhora MARIA ROMANA DA CRUZ HOMEM, pelos relevantes serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Rita de Cássia Monteiro Gomes; Coautoria: Cláudio Sergei Luz e Silva; Subscrição: Firmino Neto Calú, Normando Sóracles Gonçalves Damascena, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Nivaldo Cabral de Moura, Danty Bezerra Silva, Paulo José de Macêdo, José Ivan Beijamim de Moura, João Alberto Morais Borges, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Glêdson Lima Bezerra, José Adauto Araújo Ramos, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Maria Calisto de Brito Pequeno, Maria de Fátima Ferreira Torres e Rita de Cássia Monteiro Gomes.

REVISTA GOURMET 
De olho nas edições de novos periódicos da imprensa juazeirense, damos conta da circulação da Revista Gourmet: Guia de gastronomia para a Região do Cariri, organizado por cozinha e por atividade. Data: 04.2015; Expediente: Realização – BR2 Comunicação & Marketing; Diretor de Marketing – Uca Barreiro; Diretor Comercial – Júnior Telles; Atendimento –Katia Lopes; Financeiro – Noeme Cardoso; Diagramação e Editoração – Tony Salgueiro; Impressão – Gráfica Rotativa; Distribuição – TK Distribuidora; Tiragem – 25.000 exemplares (distribuição direta em residência de consumidores nas áreas Lagoa Seca, Salesianos, Novo Juazeiro, Tiradentes, Aeroporto, Centro, Triângulo, Crato, Grangeiro, Centro, Pimenta, Barbalha, Centro; Periodicidade: Trimestral; Auditoria de Circulação: Editora: Derineide Barboza Advocacia & Consultoria; Rua Arnóbio Barcelar Caneca, 696, sala 103, Lagoa Seca; Dimensões: 13,5cm x 22,5cm; Circulando no seu número 001, a previsão é que ainda nesta anos saiam mais duas edições, em julho e em outubro. Indexação do exemplar: I (001): 04.2015, 36p.IA


segunda-feira, 4 de maio de 2015

 BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
149: (01.05.2015) Boa Tarde para Você, José Vasques Landim
Nos últimos dias eu tenho lido na página do Dr. Vasques Landim, no Facebook, expressões contundentes que nos dizem da sua revolta diante dos manifestos casuísmos do judiciário, tendo a frente a Suprema Corte, e que estranhamente, contribuem para perpetuar a corrupção em nosso pais.
Refere-se ele a esta interminável farra de decisões aparentemente bem concebidas e juridicamente bem suportadas que nos colocam perplexos diante destas decisões que nos mostram que em nosso pobre país a cadeia não foi feita para ricos e quanto mais dinheiro envolvido mais facilmente se põe essa raça desgraçada de contraventores em liberdade. Quem consultar seus textos, vai encontrar ali expressões fortes que indicam que os homens de bem desta nação estão chegando no limite de suas tolerâncias para não continuar passivamente assistindo a este desfile interminável de como partidos políticos continuam a sua ginástica irresponsável para se manter no poder. Essas agremiações, em associações com o banditismo, praticando uma roubalheira desenfreada e insaciável, terminaram por implantar o terror que tanto pareciam combater, montando uma poderosa máquina que tem destruído as bases sólidas das nossas maiores riquezas institucionais. Não há como não aplaudi-lo, deputado, quando nos diz que o país vive o seu pior momento nesses últimos 50 anos, diante do quadro negro da corrupção, da crise econômica, e da crise ética, onde instituições são desmoralizadas, e o Parlamento continua dirigido por indiciados em crimes, ao lado de um Executivo sob suspeita. Gostaria de dizer-lhe, deputado Vasques Landim, como somos solidários a esta sua angústia, e o quanto lamentamos ainda que sejamos este povo passivo, de sangue mais frio, absolutamente esperançoso e tolerante que acredita na ações isoladas de algumas e surpreendentes revelações de homens públicos para nos dizer que nem tudo está perdido. Recorro a uma destas suas palavras, Dr. Vasques, para reafirmar o que mencionei aqui noutro dia, e para fazer coro ao clamor de tantos quantos são os que reconhecem a crise ética e moral que se abate sobre nossos quadros políticos e na magistratura, desanimando o cidadão comum, eleitor e contribuinte, a quem cabe o custo maior de todos estes estragos que vivenciamos. Tem sido doloroso demais para todos nós, diante destas parcas prerrogativas que nos restam, interromper trabalho, sonhos e ambições, para aderir de fato a toda a sorte de manifestações que nos cabem para tentar dizer de modo definitivo o quanto estamos de saco cheio e que a nossa hora chegou para exemplar aquilo que nos impuseram como roubo e manobras desonestas. Agora, este clima de terror posto no caso da Petrobrás, como ponta de um enorme iceberg, e dizem alguns dos melhores observadores que ainda podemos ler e ouvir, militantes encontrados no que estas quadrilhas denominam de imprensa golpista, nos preparam para a derradeira pá de cal que se poderá sentir nas revelações no novo e tenebroso caso envolvendo o BNDES. Será que vamos ser capazes de resistir a tudo isto, Dr. Vasques? O que será sentir em nossas almas despedaçadas a anunciação das cifras do roubo continuado que ascende a escalada tétrica dos bilhões desta pobre moeda, a lista longa de criminosos, em cada caso como se fosse a fichinha do caso subsequente? Nesta quase orfandade como nos reconhecemos, completamente desprotegidos deste conforto que o pais reclama para continuar sendo o sonho que alimentamos para nossos filhos e netos, triste Dr. Vasques é reconhecer que chegaremos logo mais ao novo embate político para renovar os mandatários desta aldeia, sem nenhum horizonte que nos anime. Verdade é que quando as decepções locais se acentuam, porque tudo parece velha e podre farinha do mesmo saco, este nosso desânimo parece alimentar mais ainda a sanha indomável desta bandidagem que nos cerca para nos fazer presa fácil e reféns incautos de seus golpes. Ah, se isso fosse, Dr. Vasques, pelo menos o começo do fim anunciado para nos trazer de volta um sentimento mais leve de que ainda será possível acreditar em nossa representação política para que ela saiba e creia o quanto tão pouco estamos pedindo por nossa felicidade. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 01.05.2015)

BOA TARDE (II)
150: (04.05.2015) Boa Tarde para Você, Maria Ana Silva Barbosa 
Que imensa alegria para mim, no dia de hoje, nesse início de tarde ao cumprimenta-la, Zuzinha, neste exato dia que em que você celebra os seus oitenta anos de vida, protegida por todo este afeto de seus filhos, com os cuidados à distância dos sobrinhos que daqui se foram e do carinho da mana Maria Arruda. Quando lhe conheci, e isso já vai para uns cinquenta e dois anos, éramos vizinhos de poucos dias na Rua Santa Luzia, naquele quarteirão ainda tão tranquilo embora já fosse área de comércio buliçoso do centro e se contavam umas poucas famílias ali residentes como os seus, de Vicência e José Bernardo da Silva, os de Giuseppe Rota, os de Terezinha e Vicente Farias, os de Maria e José Catão, e os de Sebastiana Monteiro. Guardo gratas recordações da convivência fraterna com esta gente tão simples, tão amável, sempre tão disponível, que ainda tinha tempo para se reunir nas calçadas para falar dos seus lindos e dos seus graves momentos, para conversas bem estiradas em noites mais tranquilas e para se frequentar em datas festivas, especialmente nos momentos das orações na renovação do santo. Foi destes momentos desavexados que aprendi a admirá-los, sempre me deixando à vontade para ir participando desta intimidade que me levava a frequentar quase diariamente os ambientes da Folheteria Silva e a velha Tipografia São Francisco, conjunto que mereceu o batismo eterno de Patativa do Assaré, denominando-o de Lira Nordestina.
Foi a partir dali, pelo trabalho magnífico de seu pai, o poeta José Bernardo da Silva, e igualmente todo o apoio da família que se envolvia na produção, cada um dedicado, como o Lino que até fez xilogravuras, e que foi sucedido magistralmente pelo sobrinho Stênio Diniz, como a Maria de Jesus que era uma comerciante fina, de tradição bem herdada, e os demais, desde os pequenos que ajudavam a dobrar, encadernar e finalizar os folhetos. Muitos anos atrás, Zuzinha, quando vocês, os filhos de Zé Bernardo entenderam que era hora de passar adiante a Lira Nordestina, sua irmã, Maria de Jesus, me chamou e me disse que eu era o preferente para assumir a editora e seu acervo, comprando-a por preço facilitado e tão generoso. Mas, eu me acovardei, e me refugiei em tantas desculpas para hoje lhes dizer o quanto me arrependi, me reservando nestes anos para a defesa intransigente de um melhor futuro para a velha gráfica e seu acervo, protegendo os artistas que em torno dela continuam gravitando, e vez por outra recitando impropérios pela imprensa, dirigidos a prefeitos, gestores e reitores que não tem honrado este legado cultural de tantos méritos. Foi também dali que vimos sair tantos livros e tantos jornais desta cidade, principalmente como o Folha de Juazeiro, a mais longeva página da imprensa centenária desta cidade, o sexagésimo primeiro dos nossos periódicos, nascido em 17 de agosto de 1969, denominado “Órgão Independente a serviço da Região” e que ainda hoje existe em suas mãos e do Bernardo Neto. Este que é um dos mais duradouros jornais de Juazeiro do Norte, fundado por Francisco de Assis Sobreira Quintino, por seu marido, a inesquecível criatura de Jackson Pires Barbosa, por Abraão Bezerra Batista, resiste heroicamente, como herança desta tradição e parte do entusiasmo de vida de Jackson Barbosa. Queria também lembrar, agora que trato de homenageá-la nesta data, por sua missão de educadora, professorinha que se dedicou ao ensino fundamental de adolescentes desta cidade, junto ao velho e querido Grupo Escolar Padre Cícero, como me lembrava noutro dia, com tanto carinho, a nossa Cila Braz, que foi sua aluna, tantos anos passados e que não esqueceu a Zuzinha de Zé Bernardo. Passados estes anos, estou de volta, Zuzinha, trabalhando e transitando por esta cidade amada, reencontrando vocês alimentados e fortalecidos por todas as esperanças saídas daquele recanto amoroso de dona Vicência e de seu Zé Bernardo para continuar vivendo hoje a felicidade possível.
Desejo a você, Zuzinha, anos mais longos e muitos mais saudáveis para conservá-la na vivência querida de sua família, na estima tão grande de seus amigos, e na nossa reverência respeitosa, para exalta-la em tudo aquilo que vem sendo a sua existência de tantos e dignos exemplos. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 04.05.2015)

A XILOGRAVURA DE JUAZEIRO DO NORTE
Este é o mais novo livro do professor Gilmar de Carvalho, fruto de uma longa pesquisa que o autor realizou sobre a xilogravura de Juazeiro do Norte em quase quarenta anos de estudos. Em belíssima edição patrocinada, aliás, antes mesmo, premiada pelo IPHAN, o livro em suas 392 páginas contem extenso inventário e análises sobre o trabalho artístico dos gravadores, especialmente a partir do aparecimento da primeira gráfica de Juazeiro, que editada o jornal O Rebate. O autor revela que este último trabalho é o grande fecho de todo quanto realizou em prospecção à arte de dezenas de mestres da xilogravura juazeirense. Estamos todos de parabéns por este maravilhoso trabalho e cumprimentamos o prof. Gilmar de Carvalho por tanta dedicação em todos estes anos, sempre promovendo a divulgação dos nossos artistas.

INTERVENÇÃO NA SAÚDE
A decisão de uma auditoria excepcional na Secretaria de Saúde do município de Juazeiro do Norte está sendo objeto de questionamento através de periódico jurídico nacional. Assim, reproduzimos abaixo dois destes posicionamentos.

A (IR)RESPONSABILIDADE CONSTITUCIONAL QUE (NÃO) CONHECE LIMITES NO JUDICIÁRIO.(27.04.2015)
Por Lenio Luiz Streck e Martonio Mont'Alverne Barreto Lima
Recentemente tomamos conhecimento de algumas decisões de magistrados da justiça federal a chamarem nossa atenção por distintas razões. E opostas! A primeira delas vem da 2ª Vara Federal de Divinópolis, em Minas Gerais [clique aqui para ler]. Num feito a requerer determinado medicamento, o juiz Fabiano Verli, em 4 de fevereiro de 2015, não poderia ser mais objetivo (e mais feliz!): “Analisarei o caso com muita parcimônia, pois sou do Poder Judiciário e não faço política pública. Isto é do Poder Executivo e do Legislador”. Bingo! A antecipação de tutela não foi concedida num primeiro momento. A decisão em sua brevidade possui toda a consistência do respeito à Constituição e à vontade do povo que deverá arcar com as consequências de suas escolhas políticas, devendo atentar que o exercício do poder político conferido democraticamente pelas urnas é uma atribuição cotidiana de civismo a ser realizada pelo povo que elege seus representantes. Ao Poder Judiciário as atribuições, numa democracia, são outras e estão todas na Constituição da República. Entre tais atribuições não se encontra a de formulador de política pública. Não se pode infelizmente dizer o mesmo de decisão de 7 de abril de 2015 da Vara Federal de Juazeiro do Norte, no Ceará, de autoria do juiz Leonardo Augusto Nunes Coutinho [clique aqui para ler]. Em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal o magistrado decidiu pelo afastamento do Secretário Municipal de Saúde de Juazeiro do Norte, determinando “auditoria excepcional” para a Pasta, a cargo de docente, com vasto currículo de atuação docente em saúde pública. O juiz Leonardo Coutinho descreve o que seria verdadeiro descalabro na prestação do serviço de saúde pública daquele município, com suspeitas de corrupção, licitações dirigidas, e má prestação dos serviços de saúde. Noutro artigo, escrevemos sobre a falta que Paulo Brossard faz no Supremo Tribunal federal (clique aqui para ler). Agora, após sua morte, lamentamos novamente a falta que a leitura da obra de Brossard faz. Em seus votos sobre impeachment, dizia o jurista gaúcho — metaforicamente — que o presidente da República poderia vender a Nação, transformar a Presidência numa feira de negócio, trair os ideais do povo. Contra isso, nada poderia o Judiciário fazer. A atribuição é da política democrática. Não se está diante de um problema de juízes; porém de um desafio da democracia que se constrói todos os dias.
A atitude ativista (behaviorista) do juiz Leonardo Coutinho salta aos olhos. Atribuindo-se a tarefa de administrar um Ente da Federação, afasta ele o titular da Secretaria da Saúde, e sem o menor pudor, nomeia outro titular. Parece convicto de que fez o bem, de que só ele será capaz de realizar aos ignorantes munícipes — incapazes de escolhas políticas adequadas para a gerência de sua vita civita — a boa administração. Ou pelo menos está certo o juiz de que o virtuoso modelo federativo sairá de sua mente! O que fundamenta nossa divergência com tão profundos desrespeitos à Constituição e às leis praticados pelo juiz Leonardo Coutinho? Simples: o que ele mesmo diz, porém em sentido contrário: a inobservância, da parte da sentença do juiz, dos artigos 35 e 36 da Constituição. O artigo 35 não deixa qualquer dúvida: a União não pode intervir em município, a não ser que o município esteja em Território Federal, o que, claro, não é o caso.  Como pode uma autoridade de um dos Poderes da União Federal (o Judiciário Federal) nomear alguém para o exercício do cargo de secretário municipal de Saúde? Como não qualificar tal ato em esdrúxula intervenção federal em município? A tautologia da decisão é reveladora não somente do descompromisso do juiz Leonardo Coutinho com a Constituição: para ele, sua decisão não se caracteriza como intervenção em Município devido ao fato de se dar a mesma decisão no âmbito de uma ação civil pública. Em outras palavras: não é intervenção federal porque não é intervenção federal, e estamos resolvidos! Não surpreende que o juiz sequer tenha enfrentado o obstáculo ao seu entendimento baseado na qualidade do pacto federativo ou da separação de poderes que temos. Quer o juiz, ou qualquer de nós, goste ou não, a Federação brasileira será aquela que está na Constituição. Não cabe discussão sobre isso pelo prosaico aspecto de que nossos constituintes assim decidiram e vincularam todos os Poderes do Estado ao que está na Constituição, com a afirmativa: é daqui pra frente; não daqui para trás. Ou seja, a União jamais intervirá em município; o Estado deverá fazê-lo e tal processo está sujeito às exigências do artigo 36 da mesma Constituição. Simples assim. Neste processo não consta a competência da justiça federal para substituição de autoridade municipal decorrente de pedido judicial. Não concorda? Dirija-se à disputa democrática da política e convença-se o povo de que, noutra Constituição, o Juiz poderá desfazer o pacto federativo, poderá implementar política pública, poderá fazer o que lhe convier. Não com esta ordem constitucional; com outra. Se se detivesse alguns cuidadosos instantes nestes pontos, encontraria o juiz enormes dificuldades em sustentar sua tese de que ele pode ordenar a assunção do cargo de secretário municipal de Saúde. Por outro lado, se o juiz Fabiano Verli compreendeu perfeitamente a dimensão do significado da separação de poderes num sistema presidencialista, o juiz federal de Juazeiro do Norte sequer se deu ao trabalho de explicar as razões em seu entendimento que autorizariam o Poder Judiciário a executar política de saúde municipal. Não há uma linha sobre este assunto em sua decisão! Na condição de cláusulas pétreas de Nossa Constituição, o sério enfrentamento teórico sobre a natureza e os limites do pacto federativo e da separação de poderes, pela decisão judicial, não somente deveriam estar presente: seriam o fundamento da decisão a enfrentar tão importantes assuntos. Criticar a decisão enviesada aqui tratada não significa ignorar a gravidade do caso concreto ou deixá-lo sem solução, com o sofrimento da população de Juazeiro do Norte. É o próprio juiz Leonardo Coutinho quem aponta um sem número de inquéritos civis, além de outro inquérito criminal e de ação judicial para fazer funcionar hospital. O papel do magistrado é neste âmbito, qual seja: punir abusos e irregularidades, condenar criminosos, comunicar autoridades gestoras do Sistema Único de Saúde da existência de fatos comprovados e aplicar a lei. Mais longe não pode ele ir. Diante de um verdadeiro caos no sistema municipal de saúde,  o Poder Judiciário — estadual ou federal — poderia impor determinações cautelares, que se acham à disposição do processo civil para serem utilizadas e julgarem os feitos com prioridade. Em boa tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Carlos Marden Cabral Coutinho estudou o tempo kairológico sob o ponto de vista da duração dos processos judiciais. O trabalho acaba de ser publicado e recomendamos a leitura. O estudo calha para o caso que comentamos. Alguns processos necessitam de maturidade para serem decididos e seu tempo pode não corresponder ao que desejam suas partes, sendo importante a certeza da decisão. Noutros, as circunstâncias concretas, o Direito, a teoria etc. autorizam soluções mais rápidas e necessárias. Não falta arcabouço legal ou teórico que pudesse favorecer a ação do juiz federal de Juazeiro do Norte para agir no limite de sua constitucional competência. O que lhe faltou foi obedecer a Constituição e as leis. Parece-nos razoável imaginar que o município de Juazeiro do Norte, na defesa de suas prerrogativas, ajuizará remédios processuais para o restabelecimento da ordem constitucional.  E parece-nos mais acertado que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região reveja esta decisão. Esperamos que o caso não pare por aqui. Ainda, numa palavra: O Conselho Nacional de Justiça, diante de tão grave ameaça à Constituição Federal e às leis, merece ser provocado e mostrar para toda a magistratura os limites de atuação dos juízes, que é o limite da Constituição da República.
(Lenio Luiz Streck é jurista, professor, doutor e pós-Doutor em Direito. Martonio Mont'Alverne Barreto Lima é professor titular da Universidade de Fortaleza, Unifor), doutor em Direito pela Universidade de Frankfurt.)

JUIZ QUE FOI CRITICADO EM ARTIGO PUBLICADO NA CONJUR AGIU CERTO. (30.04.2015)
Por Antonio César Bochenek
A Associação dos Juízes Federais do Brasil — Ajufe — vem a público se manifestar e prestar esclarecimentos sobre o artigo intitulado "A (ir)responsabilidade constitucional que (não) conhece limites no Judiciário", assinado pelos professores Lenio Luiz Streck e Martonio Mont'Alverne Barreto Lima, publicado pela ConJur em 27 de abril de 2015, em que dirigem duras críticas à decisão proferida pelo juiz Federal Leonardo Augusto Nunes Coutinho, da Subseção Judiciária de Juazeiro do Norte, na ação 00117-31.2015.4.05.8102, em trâmite na 16ª Vara Federal do Ceará.
O cerne da crítica consistiria em ter o juiz determinado o afastamento do secretário municipal de Saúde de Juazeiro do Norte e nomeado um outro titular de sua livre escolha. Na visão dos articulistas, tal medida, produzida "sem o menor pudor", configuraria uma "exdrúxula intervenção federal" e violaria os princípios federativo e da separação de poderes, a demonstrar o "descompromisso do juiz Leonardo Coutinho com a Constituição". Ao final, sugerem que o Conselho Nacional de Justiça, órgão de supervisão administrativa do Poder Judiciário, seja provocado para "mostrar para toda a magistratura os limites de atuação dos juízes". A leitura da decisão, cujo inteiro teor pode ser acessado em "link" disponibilizado no corpo do artigo, revela uma realidade bem diferente: em nenhum momento o juiz determinou o afastamento do secretário municipal e, por óbvio, tampouco indicou outro titular em substituição. As ácidas palavras dos articulistas partem, portanto, de uma premissa totalmente falsa. Ao deferir apenas em parte os pedidos formulados pelo Ministério Público Federal, a decisão foi clara ao determinar a realização de uma auditoria excepcional na área da saúde do município de Juazeiro do Norte/CE, a cargo da Controladoria Geral da União (CGU), do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) e de uma profissional especialista na área de Administração em Sistemas de Saúde, designada para esse específico fim, a quem caberá, em 30 dias, colher informações, supervisionar os atos gerenciais e produzir relatórios. Repetindo: não houve afastamento do secretário municipal de Saúde, nem de qualquer outro agende público, nem mesmo nomeação de substitutos. Aliás, um dos comandos contidos na decisão — qual seja, a obrigação de o município de Juazeiro do Norte/CE, durante o período da auditoria, manter em pleno funcionamento os serviços de saúde — é destinado justamente ao atual secretário municipal de Saúde, que continuará como gestor responsável pela pasta. A crítica a decisões judiciais é um legítimo exercício de uma liberdade fundamental e fator crucial ao fortalecimento da democracia. Com efeito, a doutrina, ao escrutinar a forma e os argumentos dos atos decisórios dos juízes, apontando-lhes virtudes e falhas, méritos e inconsistências, cumpre papel de extrema relevância para o aperfeiçoamento do Poder Judiciário e do próprio Direito. Entretanto, ao acusarem um magistrado de violentar a Constituição e a lei, a partir de premissa falsa, os articulistas acabaram por promover desinformação aos seletos leitores da ConJur. A Ajufe manifesta apoio irrestrito e confiança no trabalho desenvolvido pelo juiz federal Leonardo Augusto Nunes Coutinho.
(Antonio César Bochenek é presidente da Ajufe. É juiz federal de Ponta Grossa (PR), ex-presidente da Associação Paranaense de Juízes Federais e diretor do Instituto Brasileiro de Administração do Sistema Judiciário (Ibrajus). Mestre e doutor em Direito pela Universidade de Coimbra.