sábado, 27 de abril de 2013

Rosemberg Cariri



Há uns dias passados, em face de combinado anterior, esteve aqui em casa o cineasta Rosemberg Cariry, querido amigo, que me solicitou um depoimento sobre a vida do Pe. Cícero, alguma coisa sobre a relação com Lampião e minha amizade a Mons. Murilo de Sá Barreto. A gravação foi longa e muito prazerosa. Rosemberg está coletando material para uma nova produção com a qual deseja continuar o seu trabalho de documentarista com respeito à terra do padre Cícero. Não esgotamos tudo o que se poderia anotar como de grande interesse para sua curiosidade e mesmo para atender a todo o seu planejamento. Brevemente voltaremos a dedicar mais algum tempo, retomando os temas e procurando atender o amigo que é uma figura extraordinária de juazeirense emérito, incansável no registro de nossas manifestações populares, romarias e a cultura. Eu é que agradeço, e muito, a todo este desprendimento deste grande cineasta e produtor. 

VIAS PÚBLICAS: NOMENCLATURA E PROLONGAMENTOS
O Diário Oficial do Município publicou mais alguns atos com os quais o poder executivo dá nova nomenclatura a algumas novas vias públicas, bem como toma providências para o prolongamento de outras ruas, conforme a relação de Leis abaixo.
LEI Nº 4170, DE 08 DE ABRIL DE 2013: Fica denominada de RUA JOSÉ DOURADO CABRAL, a primeira rua paralela norte à rua Vereador Francisco Vasques Landim e primeira rua paralela sul à rua Juazeiro, com início nos fundos do PSF (USBF) do bairro Timbaúbas, da Avenida Virgílio Távora e término na Travessa Moisés Fernandes (rua do Capim), localizada no bairro Timbaúbas. Autoria: Rubens Darlan de Morais Lobo; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos.
LEI Nº 4171, DE 08 DE ABRIL DE 2013: Oficializa o nome da RUA JUAZEIRO, a primeira rua paralela sul à Avenida José Bezerra, com início na Avenida Virgílio Távora, com sentido leste/oeste e término na Travessa Moisés Fernandes (rua do Capim), localizada no bairro Timbaúbas. Autoria: Rubens Darlan de Morais Lobo; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos.
LEI Nº 4173, DE 08 DE ABRIL DE 2013: Fica denominada de RUA FRANCISCA FAUSTINO FRANÇA, a primeira rua paralela sul, à rua Antônio de Sousa, com início na rua Joaquim Leandro de Souza, sentido oeste/leste, no bairro Pedrinhas. Autoria: José de Amélia Júnior; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos.
LEI Nº 4174, DE 08 DE ABRIL DE 2013: Fica denominada de RUA MARIA ODETE FEITOSA, a primeira rua paralela leste, à rua Raimundo Alves de Sousa, com início na Avenida Castelo Branco, sentido norte/sul e término n Rua José Sabiá, no bairro Tiradentes. Autoria: Glêdson Lima Bezerra.
LEI Nº 4169, DE 08 DE ABRIL DE 2013: Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a fazer o prolongamento da Rua Vereador Francisco Vasques Landim, a partir da Avenida Virgílio Távora, no sentido leste/oeste, até a Travessa Moisés Fernandes (Rua do Capim), localizada no bairro Timbaúbas. Autoria: Rubens Darlan de Morais Lobo; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos.
LEI Nº 4172, DE 08 DE ABRIL DE 2013: Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a fazer o prolongamento da Rua Cônego Climério, a partir da Rua João Paulo I, no sentido sul/norte, até a Rua Juazeiro, localizada no bairro Timbaúbas. Autoria: Rubens Darlan de Morais Lobo; Subscrição: José Adauto Araújo Ramos.

CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 13.03 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme A Sinfonia Pastoral. A ficha técnica da película é: Título original: La Symphonie Pastorale; França, 1946; Direção: Jean Delannoy; Elenco principal: Pierre Blanchard, Michele Morgan, Line Noro, Andrè Clemènt, Rosine Luquet; Sinopse: Criança cega é criada por um pastor, ainda que contra a vontade de sua esposa. Já crescida, ela torna-se uma bela mulher, faz uma cirurgia e volta a enxergar. Mas agora terá de lidar com uma situação delicada que envolve amor e ódio. A Sinfonia Pastoral é um clássico do cinema, assim considerado pelos amantes do cinema pelo mundo, que discute o problema da cegueira. É um daqueles poucos filmes na história do cinema francês, com o qual algumas das personalidades mais importantes da cultura francesa têm sido relacionados. Pode-se citar os nomes de Michèle Morgan, André Gide e Jean Delannoy. Este filme é uma adaptação honesta do livro de André Gide "La Symphonie Pastorale". Jean Delannoy o realizou maravilhosamente, com uma atriz talentosa e charmosa, Michèle Morgan. É verdade que o amor e suas implicações é o tema principal do filme, mas também temos a chance de ver outros sentimentos como ciúme e inocência. Após ver este filme, dificilmente alguém não teria sido influenciado pela figura heróica da protagonista Gertrude. É uma maravilha que este filme eo livro têm permanecido livre de controvérsias, apesar da presença da religião.
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 14.03: Miragem Dourada. A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: Variety Girl; Estados Unidos, 1947; Direção: George Marshall; Elenco principal: Dorothy Lamour, William Holden, Gary Cooper, Alan Ladd e Paulette Goddard. Bing Crosby e Bob Hope; Sinopse: Miragem Dourada é um filme do gênero comédia musical, produção que mostra a galeria de astros da Paramount Pictures em participações especiais. Apesar de feito em preto e branco, o filme apresenta uma sequência com os Puppetoons de George Pal rodada em Technicolor. As sete canções mostradas na tela foram compostas por Frank Loesser, Jimmy Van Heusen-Johnny Burke e outros. O filme serviu de grande propaganda para o Variety Club, uma entidade internacional que prestava assistência a crianças e que agia no meio do show business. No enredo, Catherine Brown, uma jovem de origem humilde, chega a Hollywood disposta a tornar-se estrela. Ela encontra uma companheira, Amber La Vonne, que deseja a mesma coisa. Juntas, elas invadem os estúdios da Paramount, na tentativa de impressionar todas as personalidades que cruzam seus caminhos. 

BILHETE DE ARMANDO LOPES RAFAEL
Bilhete aberto a Renato Casimiro, por Armando Lopes Rafael. Meu caro Renato: Quando soube que você ia assumir a direção do Memorial Padre Cícero, ocorreu-me um pensamento: Você possuía as qualidades exigidas para tal mister, mas a política no Brasil –– aí incluído o exercício de cargos político-administrativos –– virou atividade marginal. Você seria um estranho ao ninho... Não deu outra. Acredito que as decepções foram bem maiores do que aquele seu desejo (primícias do seu ideal de vida) onde pontifica servir desinteressadamente a sua terra natal e à causa do Pe. Cícero. Entretanto, e perdoe-me a franqueza, não gostei quando você escreveu: “Vão ter que me pagar, nem que seja no inferno, onde deveremos estar todos juntos”. “Ad majores res tu est”! (Você é chamado a coisas mais importantes). Tanto por seu reconhecido preparo intelectual, sua generosidade, a correção de suas atitudes, dentre outros atributos que ornam a sua personalidade.  O mundo e as criaturas humanas – no seu sentido mais amplo  - não são ruins, até porque saíram das mãos de Deus. Somos criaturas d’Ele. E porque “Deus olhou para sua criação e viu que tudo era muito bom” (Genesis 1,7). A rigor não mereceríamos o Céu, pois todos nós – sem exceção – somos dotados de imperfeições, as mais variadas. Somos nós, também, quem torna ruim e feio – com nossos pecados e atitudes opostas aos planos de Deus – este mundo tão maltratado dos dias atuais. No entanto – como afirmou recentemente o Papa Francisco – “Deus não nos cansa de perdoar. Nós é que cansamos de pedir perdão”. Daí porque temos razões, motivos e garantias de que podemos aspirar esperançosamente ao Céu... E, como bem disse São Josémaria Escrivá: “Deus nos espera, e está conosco, todo dia: no laboratório, na cátedra da universidade, na fábrica, na oficina, no seio do lar, e em todo o imenso panorama das nossas atividades”.  Mais do que isso: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20-21). Isso é a garantia da filiação divina, da dignidade de Filhos de Deus que todos possuímos. E finalmente digo eu: Temos que ser sempre otimistas na esperança de irmos para o Céu. O indescritível sofrimento do calvário, advindo do sacrifício da Cruz, aceito voluntariamente por Cristo, para nos salvar a todos, indistintamente, nos anima a acreditar que alcançaremos essa meta.  A constante intercessão da Vigem Santíssima, a melhor de todas as mães, é outra garantia de que se salva a quem a Ela recorre. É este o nosso caso. Nos encontraremos no Céu. No momento e na hora que Deus assim determinar... Cordial abraço. Conte sempre com a admiração e apreço de Armando Lopes Rafael. 
Comentários: Hesitei em publicar este bilhete nesta coluna. Afinal, em sendo um desabafo, a quem interessaria? Contudo, pesou o sentido da solidariedade manifestada e por isto resolvi publicá-lo. Agradeço a Armando Lopes Rafael a sua manifestação. E não discordo da sua observação pelo destempero que misturou coisas às quais estão intimamente relacionadas à Fé que professo e da qual não desejo me afastar. Evidente que muito naturalmente a imagem que fazemos do Inferno relaciona-se à concepção de que a maldade, parta de quem partir, habita estas trevas e é a imagem da exclusão para aqueles que não tiveram a iluminação para se sentirem nos braços do Pai. Não há como aceitar, nem por brincadeira, que este é o fim de quem se reconhece filho de Deus. Por muitos anos na minha existência, eu me considero um homem temente a Deus, alguém que dedica sua vida a um testemunho pela conversão. Não é correto, portanto, que este destempero abusado persista na falsa impressão que aí está expresso com fidelidade aquilo que realmente eu desejo. É persistir no pecado, com a mesma violência com a qual se teria sido vítima. Mas, por que esta pressa em julgar?  Meus agradecimentos sinceros por sua reflexão e a franqueza de sua amizade, tão estimada.

CIDADÃO JUAZEIRENSE
Através da RESOLUÇÃO N.º 650, DE 18 DE ABRIL DE 2013, a municipalidade concedeu o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Reverendíssimo Padre Adolfo Serripierro, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. A autoria da propositura foi de: Glêdson Lima Bezerra, com Subscrição de: José Tarso Magno Teixeira da Silva, Cícero Claudionor Lima Mota, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, João Alberto Morais Borges, Paulo José de Macêdo, José Adauto Araújo Ramos, José Ivan Beijamim de Moura, Rubens Darlan de Morais Lobo, José Nivaldo Cabral de Moura, Antônio Alves de Almeida, Maria Calisto de Brito Pequeno.
O homenageado nasceu na cidade de Verona, na Itália no dia 03 de junho de 1938. Padre Adolfo Serripierro graduou-se em Filosofia, em 1958 e em Medicina, em 1962, ambos pela Universidade de Pádua, na Itália. Especializou-se em Pediatria pela Universidade de Verona, em 1971 e em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Pádua. No período de 1975 a 1976, já no Brasil, cumpriu residência em Ginecologia e Obstetrícia na Universidade Federal de Minas Gerais. No ano de 1978, conquistou o título de Mestre em Ginecologia e Obstetrícia. Padre Adolfo pós-graduou-se em Infertilidade, em Ecografia e Obstetrícia - Ginecológica e em Gestação de Alto Risco e Tococardiografia, todos os cursos realizados na Universidade LAVAL de Quebec, no Canadá, no período de 1979/1981, 1982/1983 e 1983, respectivamente. Dentre os diversos cursos, podemos destacar o de Ecomamografia, pela Universidade de Verona, em 1991; Dopplerfluxometria, pela Universidade de Milão, em 1991 e o de Ecografia - Ginecologia e Obstetrícia, também pela Universidade de Milão, em 1991. Sobre as experiências profissionais, ressaltamos as seguintes: Sacerdote pertencente à Província Camiliana Brasileira;  Diretor da Maternidade do Hospital Escola São Camilo e São Luis de Macapá, no período de 1972 a 1989;  Responsável pelo Serviço de Medicina materno-fetal do Hospital Cura D´Ars de Fortaleza, desde dezembro de 1989, e, Responsável pelo Serviço de Ultrassonografia e Tococardiografia do Hospital Cura D´Ars de Fortaleza, desde o ano de 1989, até a presente data. Dentre os conhecimentos linguísticos, podemos citar o Italiano, Português, Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Latim. Vários seminários tiveram a participação de Padre Adolfo. Dentre muitos citamos o Seminário Sobre Prostituição Infantil, realizado em Fortaleza, em 1993; Seminário Sobre Prostituição Infantil, realizado na cidade de Salvador, em 1995 e depoimentos na CPI da Prostituição Infantil em Fortaleza. Todas essas atividades o crendenciaram a fazer parte do Pacto e do Fórum contra a Prostituição Infantil;  membro da American Infertility Society e do AIUM - American Institute Ultrasound in Medicine. Padre Adolfo, ao longo de todo esse período, vem prestando relevantes serviços à população cearense, especialmente às crianças e adolescentes em situação de risco através da Associação Maria Mãe da Vida, da qual foi fundador e é atualmente o Presidente. Através daquela instituição são oferecidos cursos profissionalizantes, cursos de orientação sexual e atendimento a adolescentes e crianças grávidas abandonadas pelas famílias tóxico-dependentes, vítimas de abuso sexual, portadores do vírus HIV e de doenças sexualmente transmitidas. O homenageado, sem sombra de dúvidas revelou-se com um incansável defensor e educador de crianças e adolescentes em situação de risco, seja nas ruas, nas praças, favelas e zonas de prostituição.

AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Mais uma vez voltamos a apresentar os dados oficiais da Infraero, de embarques e desembarques de passageiros em aeroportos brasileiros, especialmente em Juazeiro do Norte. Temos feito este pequeno repertório de dados para permitir a nossa compreensão com o desenvolvimento dos serviços de transporte aeroviário de passageiros, procurando avaliar as perspectivas de crescimento do movimento em nosso aeroporto, ainda pequeno e tão carente de investimentos. Felizmente, nas últimas semana algumas notícias foram particularmente importantes. Em primeiro lugar a informação de que a Infraero assume definitivamente o ônus das desapropriações que permitirão a ampliação da área do aeroporto. Outro fato relevante foi o entendimento da municipalidade para que Juazeiro do Norte abrigue um terminal da Rede Postal dos Correios, com construção de uma base nas proximidades do aeroporto, uma vez que o transporte deste tipo de carga se fará por aeronaves de propriedade dos Correios. Outros fatos relevantes foram as informações de companhias com respeito a novos voos da Avianca, o início de operações da Trip e o provável retorno de operações da Passaredo. Mas, enquanto isto não acontece, o desempenho do aeroporto de Juazeiro do Norte andou perdendo posições anteriormente alcançadas. Continuamos a fazer a nossa avaliação incluindo o nosso aeroporto dentre os 63 administrados pela Infraero, e constantes do seu relatório mensal (março, 2013), disponível em www.infraero.gov.br, procurando enxergar a sua participação dentre todos (internacionais e domésticos) e domésticos, tanto no Brasil, como na Região Norte/Nordeste. 








sábado, 20 de abril de 2013

COMENDA MEMÓRIAS DO JUAZEIRO, 2013


Aconteceu na noite de ontem, na Chácara do Rei, propriedade da família do presidente da AFAJ – Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro do Norte, no Bairro de Alagadiço Novo, distrito de Messejana em Fortaleza, a décima terceira concessão da Comenda Memórias de Juazeiro. Abaixo transcrevo a íntegra do discurso de saudação aos homenageados (in memoriam): Expedito Ferreira Lima, João Maurício e Silva e Teodoro de Jesus Germano.

Excelentíssimo Senhor, Dr. Odival Limeira Lima, Presidente da Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro do Norte (AFAJ);
Excelentíssima Senhora, Antonia Limeira Lima, viúva do homenageado, Expedito Ferreira Lima, através de quem saudamos com apreço seus filhos, netos, e bisnetos, e bem assim todos os demais membros da família;
Excelentíssima Senhora, Maria de Fátima Siqueira, filha do homenageado João Maurício e Silva, por quem apresentamos nossos cumprimentos a toda sua família e amigos;
Excelentíssima Senhora, Maria do Perpétuo Socorro Sampaio, viúva do homenageado Teodoro de Jesus Germano, em nome de quem cumprimentamos todos os membros da família e seus amigos;
Excelentíssimas autoridades;
Senhoras e senhores, membros da Diretoria da AFAJ e do seu quadro social;
Minhas senhoras e meus senhores, queridos filhos e afilhados de Juazeiro do Norte.
Eis-nos aqui reunidos, mais uma vez, para celebrar, embora com alguma demora, a festividade de nascimento do Patriarca de Juazeiro, a centésima, sexagésima nona da existência de nosso fundador, Padre Cícero Romão Batista. Pois como é sabido, esta dignidade concedida, nomeada de Comenda Memórias de Juazeiro, foi instituída para homenagear nomes de expressiva significação no nosso desenvolvimento sócio-político-administrativo-religioso e cultural. E tratou-se, na época, de fazer a entrega desta concessão, exatamente no dia ou nas proximidades do 24 de março de cada ano. Ora, se já era verdade que em tempos de nossa meninice escutávamos o bordão cantado por Doca do Oião, pelas ruas e praças do Juazeiro (“meu padim é o dono do lugar”), não é menos verdadeiro que esta menção memorial ligue tão grados e ilustres cidadãos, à sua cidade natal ou adotiva, de Juazeiro do Norte, e o respeito e a admiração à figura do reverendíssimo capelão. Sempre lembrado, agora parece ser finalmente reconhecido como o santo do lugar, a ponto de nos parecer, não muito longe, o dia em que esta mesma Igreja deverá se retratar para reabilitá-lo de culpas atribuídas ao calor da hora, durante o milagre eucarístico, para finalmente, reconciliar a grande Nação Romeira. Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e a Trindade Santa, por cujas luzes tantos foram os inspirados, aqueles que com o suor de seus rostos contribuíram para a construção desta nova Jerusalém.     
É por alguns destes que estamos aqui hoje. Em anos anteriores, foram homenageados com a Comenda Memórias de Juazeiro, as seguintes personalidades: na primeira concessão, em 2001: José Geraldo da Cruz, Manoel Francisco Germano e Odílio Figueiredo; Em 2002: Antonio Fernandes Coimbra, Dário Maia Coimbra e José Monteiro de Macedo; Em 2003: Felipe Néri da Silva, Expedito Pereira e Francisco Erivano Cruz; Em 2004: Francisco Néri da Costa Morato, Mozart Cardoso de Alencar e José Bezerra de Menezes; Em 2005: Expedito Guedes, José Teófilo Machado e Antonio Corrêa Celestino; Em 2006: Samuel Wagner Marques de Almeida, Walter de Menezes Barbosa e Mons. Francisco Murilo de Sá Barreto; Em 2007: Amadeu de Carvalho Brito, Aureliano Pereira da Silva e Edgar Coelho de Alencar; Em 2008: Durval Aires de Menezes, Getúlio Grangeiro Pereira e Tarcila Cruz Alencar; Em 2009: Antonio Conserva Feitosa, Gumercindo Ferreira Lima e Francisca Pereira de Matos; Em 2010: José Perboyre Sampaio Sabiá, José Pereira Nobre e Tereza de Sousa Pereira; Em 2011: Luiz Gonçalves Casimiro, Orlando Bezerra de Menezes e Valdetário Pinheiro Mota; Em 2012: Manuel Rodrigues Veloso, Raimundo Saraiva Coelho e José Feijó de Sá. Neste ano de 2013, são reverenciados os senhores: Expedito Ferreira Lima, João Maurício e Silva e Teodoro de Jesus Germano.
EXPEDITO FERREIRA LIMA
Entre os anos 40 e 50, Juazeiro do Norte viveu os últimos tempos de uma fase dourada de sua existência como centro urbano, bem provinciano. Lembraremos sempre a pertinência de expressão tão consagradora quanto aquela que Dário Maia Coimbra eternizara, ao se referir a um pequeno trecho de sua cidade. Era o quarteirão da Rua São Pedro que começava na Rua São Francisco e ia até 100 metros depois, no cruzamento da Rua da Conceição. Nasceu pelo Centro Regional de Publicidade, na voz do locutor que vos falava, a designação do Quarteirão Sucesso da Cidade. Esta cidade, já estendida desde a Rua do Brejo até por além da Feira do Capim, ia acabando com os ariscos e firmando um novo zoneamento para comércio e residências. Mas, os arredores da Praça ainda guardavam a graça, o buliço e o glamour de jovens tardes de domingos, quando se frequentava o Roulien, para ver cenas inesquecíveis das mocinhas daquele tempo, como Ava Gardner, Bette Davis, Dorothy Lamour, Ginger Rogers, Gloria Swanson, Greta Garbo, Hedy Lamarr, Jean Simmons, Joan Collins, Judy Garland, Kim Novak, Lauren Bacall, Loretta Young, Mae West, Marlene Dietrich, Maureen O’Hara, Rhonda Fleming, Rita Hayworth, Shirley Temple, Silvana Mangano,Virginia Mayo,Vivien Leigh e Yvonne De Carlo, dentre tantas, e outros tantos astros consagrados como para em seguida se deliciar com o sorvete da Sorveteria Havai, de Guimarães, ou um combinado de salda de frutas e sorvete da Sorveteria Rex, de Né Cansanção. 
Bons tempos aqueles em que num percurso meticuloso, palmilhado com gosto se podia ver a elegância da cidade, posta em tantas lojas de calçados, tecidos e presentes. Saindo da Praça, a começar da esquina da Pernambucana, e seguia-se pelo armarinho de dona Sinhá Augusto, passando pelo Armazém Feijó, chegando a Casa Alencar, a Casa Rosada (de Vicente Teixeira), e a Casa Menezes (de Zé Menezes). Do lado oposto, era para se ver as vitrines da Casa Sampaio (de Dorgival Pinheiro), a Casa Branca (de Antonio Ferreira), a Simpatia (de José Gondim Lóssio), a Casa Celeste (de Celestino) e a Sapataria de seu Pereira. Para a elegância masculina, especialmente, era assim: boas lojas de tecidos e ótimos alfaiates. Pela Rua São Pedro e arredores, havia o Moura, o Zé Magalhães, o Zé Catão, o Alcântara e pegado ao seu Pereira, de sapataria e material esportivo estava a Alfaiataria e Camisaria Iracema - Rua São Pedro, 401, telefone 543, de seu Expedito Ferreira Lima. No piso de baixo, o atelier e as vendas, onde se tomavam as medidas e se providenciavam as confecções. Em cima, era a oficina onde até uns 10 colaboradores se esforçavam para por a costura em dia, enquanto que os menos iniciados, a garotada da família, punham os ilhoses da fabricação em massa da velha cueca tipo samba-canção. Era assim, nessa época.
Expedito Ferreira Lima veio à luz no dia 4 de junho de 1919, no município de Serrita, Pernambuco, dos pais Helena Silva Lima e do joalheiro ambulante Virgulino Ferreira Lima. Dona Helena enviuvou muito jovem, ao tempo em que constituira uma família com quatro filhos: Gumercindo, o mais velho, personagem muito referenciada na vida do Juazeiro, Maria Helena, Expedito, e Neuma. Ainda pelos anos 30 a família decidiu mudar-se para Juazeiro do Norte, atraída pela religiosidade da cidade, cujo patriarca, Pe. Cícero Romão Baptista, sempre despertara grande amor e muito devoção. 
Estabelecidos na cidade, Dona Helena montou uma pequena pensão e de sua atividade de costureira, fazendo especialmente peças de camisaria, fez o sustento da família. Gumercindo, o mais velho, já se iniciara no trabalho bem cedo e ajudava a criar os irmãos. Expedito em plena juventude, se fez grande aprendiz da arte de sua mãe, tornou-se autodidata e vem daí a sua grande habilidade com a costura o que o levaria a empreender mais tarde seu próprio negócio, abrindo loja de muitos êxitos no quarteirão sucesso da cidade. 
Em 1941, aos 22 anos de idade Expedito casou com Antonia Limeira Lima, nascida em Cajazeiras na Paraíba, em 15.08.1919, hoje com 94 anos, entre nós, reouvindo estas histórias que viveu. Veio com seus avós para Juazeiro do Norte, onde passaram a residir na propriedade Arraial, nos arredores da cidade. A família de Expedito se fez numerosa, de 13 filhos, embora 6 não tenham sobrevivido e não se criaram. Os que construíram parte destas histórias de Tonha e Expedito mencionamos: Maria Helena Limeira Lima Costa (que conhecemos como Vera Lúcia), graduada em Pedagogia e História, funcionária pública aposentada, casada com Nelson Costa, com três filhas médicas e duas netas; Oduvaldo Limeira Lima, oficial do Exercito Brasileiro, reformado, solteiro, residente em Fortaleza; Odival Limeira Lima, economista e administrador de empresas, casado com Graça Cruz Limeira Lima, com 4 filhos e 2 netos; Orivaldo Limeira Lima, administrador de empresas, casado com Cláudia Maria Macedo Lima, com 4 filhos; Osélio Limeira Lima, cirurgião dentista, solteiro, com 2 filhos; Oriel Limeira Lima, médico, casado com Elisabete Lima, 2 filhos; Ana Lúcia Limeira Lima Leite, bacharel em História, casada com Hernane Leite, com 3 filhos; e Maria do Socorro Lima, pedagoga, casada com o jornalista Eliomar de Lima, com 2 filhos. 
No início de sua atividade profissional, Expedito já era reconhecido como profissional habilidoso, mercê de sua experiência doméstica com a costura. E princípio foi operário da costura na alfaiataria do Moura, de grande conceito na sociedade de Juazeiro. Homem humilde e destemido, muito trabalhador, Expedito alcançou uma larga simpatia por seu trabalho, tornando-se o mais famoso alfaiate da cidade, confeccionando especialmente roupas personalizadas para a elite juazeirense da época. Expedito Ferreira Lima fundou a Alfaiataria e Camisaria Iracema no seu primeiro endereço da Rua São Pedro, em 1952. Ali ele confeccionava produtos que comercializava em sua loja ou atendia clientes sob encomenda e sob medidas do interessado. Também vendia tecidos. Sua loja empregava cerca de 10 operários de máquinas e também locava mão de obra de diversas costureiras em Juazeiro que trabalhavam em suas casas. 
Em 1956, Expedito promove uma mudança da sua empresa que passou a atender no novo endereço da Rua da Conceição esquina com Rua São Paulo, apenas como alfaiataria. Era um trabalhador incansável, esticando a jornada até altas horas, para prover meios com os quais pode se dedicar à educação de seus filhos, pondo-os para estudar nos melhores colégios da cidade e fora dela, até que atingissem a sua formação universitária.  
O hobby por excelência de Expedito Ferreira Lima era o futebol. Grande entusiasta do esporte em nossa terra, era de sua cadeirinha cativa, pequena e desmontável, transportada para o velho campo da LDJ em memoráveis tardes domingueiras em tempos de Treze e Guarani. Era assim que já se reconhecia à distância , Expedito o torcedor vibrante e entusiasmado, na beira do campo. Fundou uma equipe com o nome de Panamá Esporte Clube, integrado pelos operários de sua empresa. No emblema do time o símbolo de sua tarefa diária, uma tesoura. 
A gradual saída dos filhos de Juazeiro do Norte para a educação na capital do Estado fez com que dona Tonha e Expedito Ferreira Lima decidissem por vir morar em Fortaleza, por volta de 1970-71. Deixando o ramo de alfaiataria para trás, empreendeu atividade com os filhos, montando uma farmácia no centro da capital. Antes de deixar Juazeiro do Norte, onde viveu cerca de 40 anos, foi diretor do Matadouro Industrial da cidade, nos anos 60. Também procurou diversificar seus negócios, abrindo um bar. Mas a alfaiataria, a confecção, a arte de costurar roupas era algo visceralmente ligado à sua vida. Em diversas ocasiões foi para os serviços de alfaiataria que ele se voltou. Como foi o caso de, já em Fortaleza, ir trabalhar numa alfaiataria especializada em roupas militares, na Rua Liberato Barroso. 
Com a sua aposentadoria encontrou mais tempo disponível para ajudar os filhos e a viver mais intensamente a experiência de vovô, o chefe de família que tinha imensas alegrias em reunir a família para os almoços dominicais e ter todo o tempo do mundo para brincar com os netos e encher-lhes os bolsos de balas e bombons.  
Expedito Ferreira Lima faleceu em Fortaleza, próximo dos seus 83 anos de idade, no dia 10 de março de 2002 e está sepultado no Cemitério Parque da Paz. 
JOÃO MAURÍCIO E SILVA
A história oficial do Bairro de São Miguel, segundo os livros, teve um marco principal quando foi eregida a Capela de São Miguel, fundada pelo Padre Cícero, cuja construção operária se deve ao Beato Manoel Cego, por cima do antigo cemitério dos variolosos. Muitos anos depois, a paróquia de Nossa Senhora de Lourdes foi instituída no dia 1º de Maio de 1958, pelo então bispo diocesano Dom Francisco de Assis Pires, cuja cerimônia litúrgica da bênção oficial se deu em 4 de Outubro. Sendo a segunda paróquia de Juazeiro do Norte, depois da Matriz de Nossa Senhora das Dores, ela teve como seu primeiro vigário o padre Antônio Onofre de Alencar, recentemente falecido, que foi empossado em 29 de Setembro do mesmo ano. No dia 10 de Outubro de 1958 foi erigida a via-sacra da Igreja, pelo frade capuchino Frei Egídio. Em 12 de Outubro aconteceu a primeira cerimônia da crisma, tendo 720 pessoas crismadas, pelo então bispo Dom Vicente de Paulo Araújo Matos. A sede provisória ficou sediada na Capela de São Miguel, próxima ao Hospital São Lucas. Em 12 de Maio de 1959, teve início a construção da nova igreja de São Miguel que passou a sediar em definitivo a Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes.
Como se percebe, neste sumário relato, o nome de João Maurício e Silva não aparece, mesmo que modestamente, ai citado. Contudo, não se pode omitir que no desenvolvimento daquela parte da cidade, o nome de João Maurício já figurava como Presidente da Sociedade Pró Melhoramentos do Bairro São Miguel, fundada em 29 de setembro de 1956. Por sua iniciativa pessoal, ele fez a instalação de um gerador de luz para servir à Casa Paroquial de São Miguel, fundada em 29 de setembro de 1956, ainda como capelania. 
Alguns ainda não esqueceram que ele fez a reforma desta capela que a tornaria sede da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes. E que foi ele quem fez a cessão e reforma da casa, outrora pertencente a sua genitora, na Rua São Francisco, para instalação da Casa Paroquial e residência do primeiro Vigário, Padre Onofre, efetuando transferência definitiva no Cartório Machado. Sem falar que era ativo participante do movimento paroquial, tendo sido Presidente da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Paróquia. Também, de suas preocupações com o novo bairro, foi ele quem fez a cessão de um prédio de sua propriedade para instalação da Delegacia de Polícia, à Rua São Benedito.
O Bairro São Miguel tinha em João Maurício o mais expressivo dos seus beneméritos. Por sua iniciativa, também se pode alardear a construção de 3 “barragens” para obstruir os antigos “valados” ou trincheiras da  Guerra de 1914, nas Ruas São Benedito e do Cruzeiro, construídos como parte do Círculo da Mãe de Deus, para defesa do Juazeiro, por Padre Cícero e Floro Bartolomeu da Costa e a doação de uma quadrada de terreno de sua propriedade, no Sítio Malvas, para construção de internato e escola para as crianças pobres e abandonadas.
Tão simplesmente assim apresentado, este era João Maurício e Silva. Um juazeirense nascido em 20 de julho de 1901, no Sítio Timbaúbas. Seus pais eram Joaquina Maria da Conceição e Manuel Maurício da Silva. Exerceu, exclusivamente, a profissão de agricultor até que, em sonho, foi convencido pelos conselhos do Padre Cícero e, trabalhando sob a inspiração do Dr. Miguel de Oliveira Couto, passou a estudar e cultivar plantas e ervas medicinais, exercendo a prática da medicina alternativa de então. Para isto, fabricava o “Bálsamo de Babosa” (Bálsamo Amargo).
Durante sua vida, atendeu a todos sem discriminação, preferencialmente as pessoas pobres e, gratuitamente, as viúvas e órfãos, receitava auscultando o pulso. Após fixar residência em Juazeiro, em 1957, exerceu sua arte nos estados nordestinos, em viagens e, no sertão de Ouricuri, Pernambuco, a partir da Fazenda Viração, percorreu estradas receitando e distribuindo medicamentos (ervas e bálsamos), ajudando em partos difíceis, acidentes com agricultores na roça ou com animais, etc.
João Maurício casou em primeiras núpcias com Idalina Maria da Conceição, e o casal teve um único filho, Januário Maurício da Silva. Viúvo, contraiu segundas núpcias com Maria Gomes de Siqueira e Silva, e geraram os filhos: Deusdedit Maurício Silva, Tarcísio Maurício e Silva, Maria Gomes de Queiroz, Heleniza Maria de Siqueira, Expedito Maurício da Silva, Francisco Maurício e Silva, Epifânio Siqueira Neto, Joaquina Maria de Siqueira, Maria de Fátima Siqueira e Silva, Hermínia de Siqueira e Silva, João Bosco de Siqueira e Silva e Cícero Elias Siqueira e Silva. Viúvo, novamente, aos 71 anos de idade, convolou novas núpcias com Maria das Dores Bezerra e Silva, e tiveram os filhos Maria das Dores Bezerra e Silva, Emanuel Maurício Bezerra e Silva, Márcia Maria Bezerra e Silva, Maura Bezerra e Silva e Marcos Robério Bezerra e Silva.
Permitam-me que introduza aqui este emocionado testemunho filial, de Expedito Maurício da Silva sobre seu pai. “João Maurício retornou para de onde veio ao por do sol de 19 de outubro de 2001, nesta santa cidade de Juazeiro do Padre Cícero Romão Batista, exatamente aos cem anos de sua existência, neste Nordeste onde a vida é conquistada a duras penas e a morte tem que ser sempre tangida para longe, pois sua presença é insidiosa e permanente. Os nove meses que lhe faltaram aos cem anos já tinham sido vividos com a nossa avó Joaquina Maria da Conceição, já ida, na juventude dos seus quase noventa anos. Foi-se nosso pai como se vão estes inúmeros bravos nordestinos, estes inúmeros e teimosos homens que só se vão após pelejar uma longa vida, numa dura terra que parece querer reter seus filhos em seus caminhos e veredas, num pacto de sobrevivência, pois a cada partida, vai-se um pouco dela; e ela é como uma mãe que morre um pouco na morte de cada filho seu. João Maurício, este nosso pai de cem anos, criou e recriou seus dezoito filhos como se fosse eterno, na ilusão de que nunca os deixasse. Certamente, pela dureza de sua vida, quisesse permanecer vivo, numa morte sempre adiada até que cada um criasse ramas na terra ou todos fossem capazes de se transportarem, dirigindo seus próprios passos, rumo sul ou norte de suas vidas. Nosso pai, João Maurício, sabia da natureza da vida e de como comprá-la, pois a vida para ele tinha que ser vivida à vista, como ele começou a vivê-la nos sertões de Ouricuri, nas caatingas no Navio ou nas ribeiras do Pajeú onde as alpercatas ferradas do Capitão Virgulino Ferreira da Silva deixou guias e o Santo Antônio Aparecido, o Conselheiro, deixou cruzes para serem seguidas até os vales dos Cariris, para onde ele se dirigiu com sua récua de meninos para aprenderem a ler e escrever na cartilha do Padre Cícero Romão Batista, de Dona Clara Taveira e Dona Maria Pedrina, já iniciados pela professora Adelina. Assim ele nos falava em suas longas conversas com o compadre Antônio Neco e nossa mãe Maria Gomes de Siqueira e Silva, no alpendre da casa das Malvas. João Maurício comprou sua vida e adiou suas mortes à vista, desde sua infância quando, escapando da Guerra de Quatorze, refugiado no Círculo da Mãe de Deus, vindo da Timbaúba, começou a entregar leite na casa do Padrinho Cícero, recebendo a sua paga das mãos da Beata Mocinha. Aprendeu a comprar sua vida e adiar suas mortes observando a dureza da vida do Beato José Lourenço no Caldeirão da Santa Cruz, três vezes corrido e quatro vezes voltado ao Santo Juazeiro onde, hoje, repousam no Cemitério do Socorro, bem próximos de onde também deveria estar a santa dos pobres Maria de Araújo. Das três vidas de João Maurício da Silva me vem, de imediato, após a notícia de sua morte da UTI da Clínica São José, lembranças da primeira, no sertão de Ouricuri, onde nosso pai era um homem de mil atividades, um fazedor de coisas de sobrevivência, do viver de cada dia, da feira de cada semana, das safras ou secas de cada ano. Sempre na preocupação de alimentar e cuidar dos seus meninos foi um homem que dominou as manhas da terra da Fazenda Viração, onde plantava o milho para quando não tivesse o arroz, andu para quando não tivesse o feijão, a manjirioba para quando não tivesse o café, o jerimum, a abóbora, a cana, a banana e coisas mais para trocar nas feiras pelo açúcar e o sal que são podia fazer. Onde a água mais falta construiu com a ajuda de seus meninos e de seus compadres três açudes: o de beber, o dos animais têm o mesmo direito dos homens, um na dependência do outro. A segunda vida de João Maurício transcorreu nos quarenta e cinco anos de Bairro São Miguel para onde ele levou a meninada com o objetivo de aprender a ler e escrever e, lembramos bem, quando o caminhão atravessou o Arco do Santo Juazeiro. Vimos a luz elétrica pela primeira vez, conhecendo o gelo nos picolés da Praça Almirante Alexandrino e a massa de milho já pronta, pois isto pula três séculos num só dia, conhecendo o progresso deixado pelo Padre Cícero e que era isto que ele queria para o povo  da Mãe de Deus. João Maurício e Silva, chegado ao Juazeiro, continuou no seu hábito de fazedor de coisas. Botou os meninos no Grupo Escolar Padre Cícero, as meninas na Escola de Dona Anita e um no seminário, que tinha de ter um padre na família e nos levou para conhecer o trem, ver os Franciscanos e tomar a bênção a Frei Francisco e Frei Jesualdo. Meteu-se a melhorar as portas da Igreja de São Miguel, a fazer uma parede de cimento na Rua São Benedito, esquina com a do Cruzeiro, para assorear a areia dos aguaceiros que desciam pelo imenso valado do Círculo da Mãe de Deus ainda existente e melhorar as ruas, pois o Bispo do Crato viria medir, como veio, a passos largos o cumprimento e a largura da igrejinha construída pelo Beato Manoel Cego para aprovar ou não a Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes. Instalou até um motor de luz que funcionava com óleo comprado na Cirol para ajudar na iluminação da Igreja e melhorou a casa da nossa avó para hospedar o primeiro Vigário, Padre Antônio Onofre de Alencar, pois João Maurício tinha a instituição de um futuro melhor para aqueles ariscos, antigo cemitério de variolosos.  Ajudou a fundar e foi Provedor da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Participava com orgulho das longas rezas e procissões com seus irmãos de fé e do jejum cuja ceia se fazia como muita solenidade, seriedade e respeito,  com reza antes e depois. João Maurício gostava dos pobres e era com redobrado orgulho que os atendiam, receitando pelo pulso, mais ouvindo queixas a lamentações como se fora um psicólogo das vidas desafortunadas e ajudando-os na cura com alguns medicamentos que receitava, sempre acompanhados do seu bálsamo de babosa, feito em casa, num ritual e fórmula que levou consigo. A sua profissão de receitador e de curador espalhou-se pelo Nordeste inteiro e não houve uma cidade cruzada pelas sandálias de Frei Damião, como curador das almas, que João Maurício não tenha visitado e onde não deixasse a certeza de uma pessoa salva, como curador do corpo. Admirador e defensor das manifestações culturais do Nordeste eram longas suas conversas com José Bernardo da Silva, da Tipografia São Francisco, cujos cordéis nos levavam ao mundo mágico do Príncipe Oscar e a Rainha das Águas, do Pavão Misterioso, da Donzela Teodora e outros romances destes vendedores de sonhos nas feiras semanais. Uma das satisfações de João Maurício era trazer o reizado para suas evoluções guerreiras e coloridas, na sala, e em frente a nossa casa da Rua Cruzeiro, com o alarido do Mateu correndo atrás da meninada curiosa. Como esquecer também o seu orgulho em fazer-nos ouvir as vozes potentes de João Alexandre, Antônio Aleluia, Pedro Bandeira, seus irmãos e outros nos embates plangentes de violas afinadas e desafios gigantescos, marcos e mourões perguntados e romances violados que acordavam e adormeciam o Cariri, como se todas as cantigas árabes se tivessem transportado para esta terra, oásis do Nordeste. João Maurício viveu sua terceira vida ao lado de sua terceira família, agora já preocupado em visitar os meninos que estudavam na capital, em acompanhar formaturas e casamentos, conhecendo netos e bisnetos, sempre cheio de afazeres e ainda criando os cinco mais novos. Quando sua mente se iluminava e voltava aos seus momentos de lucidez sempre perguntava pelo seus amigos Frei Egídio e Frei Virgílio, por andava Dom Beda e por outras pessoas do seu mundo. Com olhos miúdos nos olhava e se recolhia em um silêncio profundo e triste como desistindo, sem querer demonstrá-lo, de tentar forçar a vida e espantar a morte. Deve ter soluçado silenciosamente na certeza de que não controlava mais vidas e talvez isto tenha apressado a sua. Mas agora João Maurício se foi de verdade nos seus duzentos anos, como bem lembrou e disse o Poeta Pedro Bandeiro pois duas vida tem que ser contada em dobro: cem anos de dias e cem anos de noites, tanta a sua vontade de viver que já nos acostumava com a eternidade de sua presença. Nosso pai João Maurício se foi junto com o por-do-sol, tão ele no outro dia, cedo como era acostumado a fazer. Que os sinos do São Miguel e dos Franciscanos dobrem as tuas excelências, meu pai, dizendo que “a hora é hora, ajunta os carregadores que o corpo quer ir embora e quando passares em Jordão e fores perguntando sobre o que é que levas, dize que levas cera, capuz e cordão, mais a Virgem da Conceição...”
João Maurício e Silva faleceu em Juazeiro do Norte, na Rua da Luz, 26 – Bairro Juvêncio Santana (Sítio Malvas), onde morou seus últimos tempos,  em 19 de outubro de 2001, com quase cem anos. Sua família considerou muito significativa a homenagem prestada pelo prefeito Raimundo Antônio de Macedo que, através da Lei nº 3.303, de 23 de fevereiro de 2006, deu o nome de João Maurício e Silva ao PSF – Posto de Saúde da Família, situado à Avenida Dr. Floro, 1514 – Bairro Juvêncio Santana (antiga Malvas).
TEODORO DE JESUS GERMANO
Daqui a poucos dias, em primeiro de maio, vamos celebrar os cinqüenta anos do Icasa Esporte Clube, fundado, portanto, em 1963. Não haverá, nesta ocasião, no campo de futebol, pela cidade, e em muitas partes deste pais, como não lembrar de Teodoro de Jesus Germano, por ter sido, dos fundadores, aquele que mais se sobressaia pela determinação e entusiasmo.  Doro Germano, pelo nome afetivo de família, nasceu na Rua do Horto, em Juazeiro do Norte em 26 de fevereiro de 1934. Seus pais, os romeiros alagoanos Manoel Francisco Germano e Maria Francisca Germano, vieram de Murici, casados e com três filhos (Maria das Dores, a primogênita, professora normal rural), nascida em 1918; Manuelzinho (o Noé, que seria Padre Jesuita), de 1919, e José (que faleceria aos 14 anos de idade). Seu Manoel, pela segunda vez estava decidindo pela vida em Juazeiro. Na tristeza da família, a morte de Luzia, ainda em Alagoas, a segunda filha, com 3 anos de idade. A família seria muito numerosa, e antes e depois de Doro, se seguiram: Antonio, (que seria o Pe. Jesuíta) nascido em 1927; Maria de Jesus,( a Zuis, freira Salesiana) de 1929; Cícera, (a professora normal rural), de 1931; Maria Dircíola, (a Loló, outra professora normal rural), de 1932; Ceilde (que o escrivão registrou como Maria Cleide), de 1935; Francisco Alcides (o Alci, o engenheiro pelo ITA e primeiro PhD da UFC), de 1936; o economista José Milton, de 1938; João Célio, que faleceria precocemente, em 1940; Carlota Célia (a Celita, professora da UFC), de 1941; e Maria Luisa (a Isa, professora ruralista que completava um clã de 12 irmãos), de 1942.   
Doro Germano fez os seus estudos iniciais, o curso primário, no então Instituto Salesiano Padre Cícero, quando ainda recém fundado. Em meados dos anos 40 transferiu-se para a Escola Apostólica de Baturité, onde cursou dois ou três anos do ginásio. Deveria ter sido o terceiro padre jesuíta da família, mas resolveu deixar e voltar para Juazeiro e reingressar no Instituto Salesiano retomando os estudos de ginasiano, até 1952. Seguiu com o irmão Alci, em 1953, para o Colégio Salesiano Santa Rosa, em Niterói, quando cumpriu os estudos no nível do então científico. Retornou a Juazeiro do Norte em 1956, quando então se dedicou a auxiliar os negócios de compra e venda de algodão e às atividades agropecuárias com seu pai, em diversas propriedades da família. Foi por excelência o herdeiro da vocação para os negócios, pois a escola de seu pai tornou-se uma legenda em matéria de êxito empresarial, somente afetada quando da grande crise, pelo advento da praga do bicudo.
Em 1957, Doro Germano começou a participar, em sociedade com Antonio Correia Celestino e José Feijó de Sá, da empresa Industrial de Óleos Cariri S.A., que sucedia à velha organização fundada por Fenelon Gonçalves Pita e seqüenciada por seu filho Antonio Gonçalves Pita, cuja atividade industrial era a produção de algodão em pluma e a extração de óleo comestível, na sua sede da Rua São Francisco, onde hoje está o Banco do Brasil. Esta razão social foi a precursora da que se tornou mais conhecida, algum tempo depois, como Indústria e Comercio de Algodão Sociedade Anônima - ICASA. Em 1961, face o desenvolvimento deste grande empreendimento, a empresa se transfere, da sua sede na praça Almirante Alexandrino, para a margem da rodovia Juazeiro-Crato, onde novo parque industrial é construído, implementado por moderníssimos equipamentos no processamento de pluma e óleo. 
Sobre a presença de Doro Germano nestes primeiros anos de atividade da ICASA, damos a palavra a um antigo colaborador da empresa, Geraldo Moreira, que nos diz: “Conheci Doro Germano na ocorrência da explosão de uma bomba em sua mão, tirando-lhe um pedaço de seu dedo indicador para sempre. Transcorria o ano de 1958, mês de junho, comemoração da copa do mundo na Suécia. No início dos anos sessenta (61/62) passei a trabalhar na ICASA - Indústria e Comércio de Algodão S.A., da qual Doro era o seu Diretor Industrial. Jovem, rico, bonito, vaidoso, dinâmico e organizado. Fazia o que gostava e sentia-se muito à vontade na execução de suas atividades. Diariamente, visitava o parque industrial, várias vezes, verificando o seu funcionamento, a qualidade dos produtos, como o algodão em caroço que entrava, buscando junto a Jaime Melo, não somente o volume, classificação e a fibra do algodão bruto. A qualidade do algodão em pluma, o caroço de algodão, a linter e na parte destinada a indústria de óleo lá estava Doro querendo saber do encarregado Domício como estava a acidez do óleo, a qualidade do resíduo e da torta de caroço de algodão, estes dois últimos produtos responsáveis pela engorda  do rebanho bovino e sua produção de leite. Doro, quando necessário, também atuava na área financeira, solucionando problemas inerentes às instituições financeiras da época. Doro era organizado, exigente e disciplinado. Seus objetos de uso pessoal, no escritório da Icasa, sempre estavam nos mesmos lugares, a sua disposição. Esse procedimento era, também, cobrado de seus subordinados.”
Em 1963, Doro Germano sensibiliza seus sócios para a fundação do Icasa Esporte Clube. Na verdade, Doro na sua juventude tinha um bom relacionamento com o esporte, especialmente o futebol, tendo inclusive integrado a equipe do então Volante Atlético Clube, formando uma zaga que se anunciava como Doro, Bagaceira e Zé Moleque, o que desagradava profundamente Seu Manoel Germano. Ouçamos, a continuação do depoimento de Geraldo Moreira: 
“Na área esportiva, Doro era um apaixonado pelo futebol de campo, tendo certa habilidade com a bola, em que pese a resistência e até a proibição, quando estudante, por parte de seu pai, Manoel Germano. Atuou no futebol de salão, na época em que figuras como Dr. Nei, Dr. Zí, George, e outros que praticavam o esporte da bola pesada. Pesada porque, naquela época, a bola era confeccionada com crina de cavalo. O dia-a-dia do esporte juazeirense era acompanhado "pari passu" por aquele desportista, torcedor do Fortaleza e do Vasco da Gama e foi em primeira mão que ele teve a notícia da possível extinção do Volante Atlético Clube, então clube juazeirense. Preparou o ambiente junto a José Feijó de Sá para abrigar grande parte dos jogadores que atuavam no clube dos motoristas para formar uma nova equipe. Na ICASA, sob o incentivo de Doro e Feijó, existiam duas equipes de futebol, formadas por operários da Usina de Algodão e Indústria de Óleos e dois ou três funcionários do escritório. As equipes eram denominadas de ÓLEO e ALGODÃO e geralmente disputavam entre si, memoráveis partidas nas tardes de domingo. Assim, praticamente, houve apenas uma transferência de jogadores do Volante Atlético Clube para a nova equipe com a denominação de Icasa Esporte Clube. O Icasa Esporte Clube nos idos dos anos sessenta, sob a direção de Doro Germano, como presidente, cumpria fielmente suas obrigações, bem como seus jogadores. Assim, cada jogador dispunha de um pequeno armário onde continha, um par de chuteiras, um par de meiões, calção, camisa, suporte, ataduras e protetores de canela. Cada jogador apanhava o seu material e ao final do treino colocava o que precisava de lavagem separado dos demais. Jogador de futebol se submeter a esse tipo de procedimento, à época, era por demais admirável. E essa maneira de ser ficou bastante evidenciada quando na véspera de uma decisão do campeonato juazeirense, entre Icasa x Guarani, o famoso zagueiro do Icasa, Pirajá, revoltado com a qualidade da comida, arrasta a toalha  da mesa de jantar existente no local da concentração e tudo vem ao chão. Doro, comunicado do fato, lá compareceu e dispensou a “muralha” da lateral direita do Icasa. Enquanto torcida e dirigentes do Guarani vibravam com a notícia, no Icasa a preocupação era enorme, mas o apoio a medida extrema era unânime por parte da diretoria alviverde. Para surpresa de todos, no dia seguinte, lá estava Pirajá arrependido e pedindo desculpas a Doro e uma nova oportunidade para continuar defendendo as cores do maior campeão juazeirense de todos os tempos. Com a compreensão de Doro, e superada a questão, o Icasa foi novamente campeão, o que se repetiria por oito vezes consecutivas, coisa nunca antes vista no futebol juazeirense.”                         
Com o desaparecimento prematuro do empresário José Feijó de Sá, o Pe. Manoel Germano Filho, seu irmão, assumiu o cargo de Presidente da ICASA, Antonio Correia Celestino, o de vice-presidente, e Reginaldo Duarte como Diretor Industrial. Doro Germano passou a ocupar o cargo de Diretor-Gerente. A organização chegou a contar com uma folha de cerca de uma centena de colaboradores. Todo o algodão que beneficiava era negociado paro o pólo algodoeiro e têxtil do Nordeste, mostrando o papel expressivo desta empresa para o desenvolvimento regional.
Em 1976, o nome de Doro Germano foi posto como alternativa para a sucessão municipal de Juazeiro do Norte, pós interventoria sob a chefia de Erivano Cruz, pela ARENA. O partido estava dividido na cidade, em dois grupos. De um lado, um grupo numeroso que era chefiado pelo então governador do Estado do Ceará, Cel. José Adauto Bezerra, e do outro um grupo menor cujo mentor era o então deputado federal Mauro Sampaio. No dia 27.08.1976, aconteceu na Câmara Municipal, presidida pelo Dr. Possidônio da Silva Bem e secretariado por Gumercindo Ferreira Lima, a Convenção do Partido que deliberou pela homologação das duas chapas, Arena 1 (com 32 votos, pela eleição de Ailton Gomes de Alencar, prefeito municipal e Getúlio Pereira Grangeiro, vice-prefeito) e Arena 2(com 13 votos, pela eleição de Teodoro de Jesus Germano, prefeito municipal e Severino Gonçalves Duarte, vice-prefeito). No dia 15.11.1976, as eleições foram realizadas em 137 seções, com um total de 38.267 voantes habilitados. Houve uma abstenção de cerca de 18,6%. No resultado, a chapa da Arena 1 foi vitoriosa por uma maioria de 9.581 votos. Os adeptos da candidatura de Doro Germano ficaram indignados com os resultados e jamais se convenceram de que aquele pleito e aquela apuração tivessem sido realizados dentro de critérios aceitáveis de honestidade.       
Com 26 anos de idade, Doro Germano contraiu primeiras núpcias com Maria Mirtes Assunção Feitosa, filha de Heloisa e Antonio Conserva Feitosa. Deste relacionamento conjugal nasceram os filhos: Mitzi Maria Costa, formada em Enfermagem, divorciada do empresário Olivio Costa, de cujo consórcio nasceram os filhos Olivio Costa Neto e Lucas Germano Costa; Mirna Maria Feitosa Germano, graduada em Enfermagem, solteira e residente nos Estados Unidos; Cícero Teodoro Germano, agropecuarista, divorciado, pai de Cícero Teodoro Neto, Mateus e João Pedro; e Heloisa Maria Feitosa Germano. Divorciado, Doro Germano contraiu segundas núpcias, em 31 de janeiro de 1990, com a odontóloga, graduada pela UFPE, Maria do Perpétuo Socorro Sampaio, filha de Rosa Arrais Sampaio e Antonio Oliveira Sampaio. 
Depois da Icasa e dos desenganos que a política lhe trouxe, Doro Germano ainda empreendeu atividades de agropecuarista nas suas propriedades Fazendas Faustino (município do Crato) e Emboscada (município de Missão Velha). Também realizou empreendimentos imobiliários em Juazeiro do Norte. Ainda nos anos 70 teve um empreendimento em sociedade com Reginaldo Duarte, cuja razão social era CONDISPEL, cujo objeto de negócio era a venda do combustível querosene, enlatado.
Teodoro Jesus Germano faleceu em 14 de março de 2007, e está sepultado em Juazeiro do Norte.  Bem recentemente, em 22.07.2012, foi prestada uma homenagem a Doro Germano, com a inauguração de uma praça, no Bairro Leandro Bezerra, dentro das comemorações dos 101 anos de Emancipação Político Administrativa de Juazeiro do Norte. 
Meus senhores e minhas senhoras:
Estes são os homenageados desta décima terceira versão da Comenda Memórias de Juazeiro. A AFAJ está plenamente gratificada com a presença de suas distintas famílias que nesta noite recebem o nosso tributo. Feliz é nossa gente e nossa cidade querida, a Juazeiro do Norte de seu santo padrinho, por terem tido o privilégio de tê-los como figuras beneméritas de sua cidadania. 
Muito obrigado. 
(Discurso pronunciado por Antonio Renato Soares de Casimiro, em nome da Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro – AFAJ, na noite do dia 20 de Abril de 2013, por ocasião da sessão solene para a entrega da Comenda Memórias do Juazeiro, na Chácara Recanto do Rei, no Bairro Alagadiço Novo, Distrito de Messejana, em Fortaleza, Ceará).

CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 04.03 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme O Pirata dos sete mares. A ficha técnica da película é: Título original: The Spanish Main; Estados Unidos, 1945; Direção: Frank Borzage; Elenco principal: Paul Heireid, Maureen O'Hara e Walter Sleakaz; Sinopse: Primeiro numa série de filmes technicolor contratados pela RKO, O Pirata dos Sete Mares é um típico filme de pirata ajudado imensamente pela performance enérgica de Heireid, O'Hara e Sleakaz. Sleazak faz um vilanesco governador espanhol que ordena destruir um navio e esscravizar os marinheiros holandeses e seu capitão, Henreid. Os holandeses escapam no entanto, e formam uma gang de piratas que se concentram na costa espanhola. Em busca de vingança, Henreid e seu homem de confiança, capturam O'hara, prometida de Sleazak, e a levam no navio para o méxico. Henreid força O'hara a casar-se com ele, mais pela segurança dele que enfrentará toda a armada espanhola em retaliação sobre sua cabeça. Henreid leva então O'hara a sleazak para evitar um massacre. Inafortunadamente para Sleazak, O'hara apaixona-se por Henreid e ela torna-se assistente do capitão pirata em seus esforços para tê-la de volta.
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 04.03: Deuses de barro. A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: Disputed Passage; Estados Unidos, 1939; Direção: Frank Borzage; Elenco principal: Dorothy Lamour, Akim Tamiroff, John Howard, Judith Barrett e William Collier; Sinopse: Praticidade versus idealismo é a tônica deste filme , ricamente executado, baseado em um romance de Lloyd C. Douglas (The Robe Obsession). O filme é estrelado John Howard como o jovem estudante John médico Beaven Wesley. No curso de sua educação, Beaven está dividido entre duas filosofias: o pragmatismo frio do Dr. Forster (Akim Tamiroff) e as atitudes humanistas do gentil Dr. Cunningham (William Collier) A crise de Beaven vem à cabeça quando ele deve escolher entre sua carreira e seu casamento iminente com Audrey Hilton (Dorothy Lamour). Um clímax literalmente explosivo no devastado pela guerra na China traz a história de uma solução lógica e satisfatória.


sábado, 13 de abril de 2013



MULTA DO TCM
Eu fui com tanta disposição, e de coração e mente abertos para dirigir a Fundação Memorial Padre Cícero que ultimamente estou colhendo o lado pior desta disponibilidade. Em muitas oportunidades meus amigos me advertiram sobre a ingratidão deste serviço público a que somos chamados, mas que somente alguns loucos e outros tantos desonestos aceitam. Depois que deixei, aliás fui demitido, já tive que providenciar defesa para dois processos movidos pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por irregularidades das quais, efetivamente, não participei, pois só pagava quatro contas: luz, água, telefone e folha de pessoal. Outra qualquer assinatura foi numa ou outra licitação para compra de material de expediente, onde tantos outros secretários também assinaram. Mas, chegou uma outra, a terceira e desta por irresponsabilidade do setor de contabilidade da PMJN não teve mais defesa. Embora as contas tenham sido julgadas regulares com ressalva, aplicaram-me uma multa de R$ 744,87. É mais uma que uns safados vão ter que me pagar, nem que seja no inferno, onde deveremos estar todos juntos.
(Nota do Editor do blog: Hipotecamos ao nosso colunista a mais irrestrita solidariedade pelo vexame imerecido pelo qual está passando, pois conhecemos sua honestidade, reputação, capacidade e amor a sua terra natal. Renato Casimiro, ninguém duvida,  é um cidadão probo no mais extenso e legítimo sentido do termo. Um ilustre professor universitário, filho de Juazeiro, a quem a cidade muito deve pelos seus relevantes e indiscutíveis serviços prestados). 

LIVRO
Depois da Glória – Ensaios sobre personalidades e episódios controversos da História do Brasil e de Portugal, é um dos novos livros do embaixador Vasco Mariz editado pela Civilização Brasileira (2012, 375p, ilus.). Este seu último livro, inclui 18 ensaios sobre personagens mais ou menos ilustres da história do Brasil e de Portugal desde o século 16 ao 19. Propõe o exercício interessante de analisar problemas gerais a partir de um personagem central conjugado a um episódio capital na história luso-brasileira. Uma viagem fascinante ao percurso de grandes nomes da história, que nos convidam a conhecer o cômico e o trágico de suas vidas. Por meio de um texto consistente, elegante e bem-humorado, Vasco Mariz nos leva ao encontro de personagens que costumam desaparecer no esquecimento dos livros escolares. Visita momentos candentes como as invasões francesas, a presença flamenga, a guerra do Paraguai dentre outros tantos episódios complexos e controvertidos. O leitor encontrará neste volume 18 ensaios, em ordem cronológica, sobre temas variados da história do Brasil e, indiretamente, de Portugal. São textos que apresentam curiosidades a respeito da "história depois da história", a vida "depois da glória". Desfilam no livro personagens de grosso calibre, a exemplo de Antônio Vieira, Maurício de Nassau, D. Pedro I, Duque de Caxias, Joaquim Nabuco, Villegagnon, Domingos Fernandes Calabar, e Pe. Cícero, dentre outros. 

PÚBLICO
O Governo Municipal sancionou e promulgou a LEI Nº 4167, DE 04 DE ABRIL DE 2013 que reconhece como de utilidade pública a ASSOCIAÇÃO VIDA PARA TODOS, fundada em 23 de fevereiro de 2013. Ela é uma associação civil, de direito privado, de caráter beneficente e cultural, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, doravante denominada AVPT, com atuação em todos os municípios do Brasil, com sede e foro no município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, regendo-se por seus estatutos sociais bem como, pelas leis usos e costumes nacionais. O projeto foi de autoria do vereador Cláudio Sergei Luz e Silva. Comentário: Pode parecer estranho que a municipalidade tenha declarado de utilidade pública uma instituição que acabou de ser fundada na cidade. Contudo esta organização existe em muitas cidades do país e reconhecidamente vem prestando relevantes serviços às suas comunidades.

CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 25.02 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme Tudo por uma mulher. A ficha técnica da película é: Título original: Along came Jones; Estados Unidos, 1945; Direção: Stuart Heisler; Elenco:Gary Cooper, Loretta Young e Dan Duryea; Sinopse: Os astros do cinema, Gary Cooper e Loretta Young, estrelam este western com pitadas de humor. Melody Jones (Cooper) é um cowboy que mal sabe a diferença entre um 6 tiros e uma carabina, mas quando ele chega a Paynesville imediatamente conquista o respeito e também o medo de toda a população da cidade. Populares pensam que ele é o famigerado Monte Jarrad (Dan Duryea), um fora-da-lei que aterroriza a todos praticando violentos assaltos. Inicialmente Jones gosta da fama adquirida, mas ela rapidamente acaba quando ele se vê no meio do fogo cruzado entre um homem da lei e o verdadeiro Jarrad. 
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 26.02.1949: A volta de Monte Cristo. A ficha técnica, sumariamente, era: Título original: The return of Monte Cristo; Estados Unidos, 1946; Direção: Henry Levin; Elenco: Louis Hayward, Barbara Britton e George Macreadt; Sinopse: Edmond Dantes, sobrinho do Conde de Monte Cristo, está determinado a receber a riqueza do seu antepassado. Quando Dantes chega em Marsaille para receber a herança, ele é preso como impostor pelo juiz Lafitte de la Roche. De La Roche e Blanchard forjaram um golpe para que a filha de Blanchard, Angela, receba a herança, e, que De la Roche case com Angela para controlar o dinheiro que pode compensar Blanchard do desfalque do banco nacional. Dantes é preso e enviado para a Ilha do Diabo, mas consegue escapar. Chegando na França, Dantes busca vingança contra os adversários e usa disfarces e meios para prender cada conspirador, um por um, agindo rápido, antes de que De la Roche possa enviar força policial para conter Dantes e se casar com Angela para completar sua plano. 

MEMORIAL
Está sendo instalada na cidade do Crato o Memorial da Imagem e do Som do Cariri. É uma iniciativa de Jackson Bantim e será abrigado do edifício do Instituto Cultural do Cariri. Excelente iniciativa. Estamos nos congratulando com todos pelo acerto desta providência e aqui fica a sugestão para que o Memorial, na verdade, também se estenda a todos os elementos que implicam na preservação da história do Cariri, como uma grande biblioteca temática, hemeroteca e a arte criativa da região. É em boa hora que isto ocorre, e sinceramente espero que haja um efeito multiplicador, não só no Cariri, mas em outras regiões, pois não podemos nos consagrar como gente de pouca memória.

MEU PAI, CENTENÁRIO  
Luiz Gonçalves Casimiro, meu pai, tinha em seus documentos fundamentais, registrado que nascera na cidade paraibana de Sousa, no dia 06.12.1916. Nas histórias familiares, esta menção sempre era referida com certo humor, pois minha mãe nos lembrava que o cartório do registro civil de Sousa havia se incendiado e daí que seu Luiz teve de realizar novo registro e aí teria alterado a data de seu nascimento. Mas, na prática, nunca tivemos qualquer comprovação e a coisa era tratada com bom humor. Recentemente encontrei em meio a diversas correspondências de meu pai uma cópia do seu batistério, emitida pela Paróquia matriz de Nossa Senhora dos Remédios, em 28.11.1948. Interessante que isto foi a apenas 10 dias do seu casamento. E o que diz aquele documento? “ Certifico que revendo os livros de termos de Batismo realizados nesta Paróquia, foi encontrado o do seguinte teor (Livro 34, fls 121,nº 56): Aos onze de dezembro de mil novecentos e quatorze , em oratório particular, batisei solenemente a Luiz, nascido nesta Freguesia, aos vinte e três de novembro do dito ano, filho legítimo de Antonio Alves Casimiro e Ana Maria de Jesus, naturais e moradores nesta Paróquia. Padrinhos Joaquim Gomes da Cunha e Luisa Amaral de Sousa. E para constar mandei fazer este termo que assino.O Vigº Cônego Bernardino Vieira da Silva.Nada mais se continha no dito termo a quem me reporto, o qual foi fielmente copiado do original ITA IN FIDE PAROCHI. Matriz de Sousa, 28 de Novembro de 1948. Cônego José Viana. Aí está, surpreendentemente. De fato, ao invés de ter nascido em 06.12.1916, meu pai, efetivamente nasceu em 23.11.1914. Logo, para o ano deveremos, em família, lembrar Seu Luiz Casimiro, celebrando-lhe o centenário. Quando faleceu, em 28.08.1989, ele estava aos 74 anos, há 87 dias dos 75 anos.         

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
Relembramos a visita do então Presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco a Juazeiro do Norte em 1965, sendo recebido com sua comitiva no Hospital São Lucas. Na foto de cima a saudação feita pelo Dr. Possidônio da Silva Bem, vendo-se, da esquerda para a direita: Gregório Calou de Sá Barreto, Dr. Hildegardo Belém de Figueiredo, dona Odorina Castelo branco Sampaio, Dr. Leão Sampaio, Dr. Mário Malzoni, o presidente Castelo Branco e o general Ernesto Geisel. Na foto inferior, na mesma ordem, são vistos: O presidente Castelo Branco, Dr. Mário Malzoni, Dr. Mauro Sampaio, Dr. Newton Gomes de Alencar, Dr. Leão Sampaio e Dr. Hildegardo Belém de Figueired

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Acervo Memorial


ACERVO DO MEMORIAL
Eu dirigi a Fundação Memorial Padre Cícero, tendo este privilégio por pouco tempo, apenas sete meses. Mas eu o conhecia intimamente bem antes que o tivessem inaugurado, pois fui dos primeiros entusiastas para formar-lhe o seu acervo, o seu patrimônio material. Desconfio que também tenha contribuído bastante para que sua imagem de instituição tenha se consolidado e hoje seja um dos museus mais visitados em todo o país. Por isto, excetuando-se apenas a administração de Abraão Bezerra Batista e a recente, do prof. Chesmman (por recente e desconhecimento meu) temos uma longa pauta de queixas sobre seus serviços, patrimônio e funcionamento. Nisto, claro, eu reconheço que eventualmente esteja inteiramente inserido no meio destas críticas, pois não sou melhor ou pior que tantos outros. Falo deste assunto porque foi com certa apreensão que ouvi no Jornal da Tarde (FM Pe. Cícero, de 29.03, pp.) uma matéria relevante elaborada por Murilo Siqueira com respeito às deficiências do Memorial que praticamente não tem memória sobre tantos eventos ali acontecidos e as suas instalações padecem de diversos males. Uma coisa gravíssima já era evidente de longa data: o desaparecimento misterioso de muitas coisas que pertenciam ao acervo e dos quais se tem até registro, pois tombadas ao patrimônio da instituição. Não há mistério. O Memorial, equiparado a uma secretaria municipal, praticamente, não obstante esteja sob tutela da atual Secretaria de Cultura e Romarias, não goza de nenhuma autonomia. Nenhum secretário da administração o tem. Ele parece até ter dinheiro e caneta, e não tem nenhum dos dois. Por isto mesmo, até em consonância com as suas responsabilidades civis e do cargo que ocupa, o secretário, com o presidente da Fundação, é submetido a grandes vexames por ingerências de terceiros que, aparentemente nada tem com a linha administrativa da Fundação. Fica muito difícil (e foi isto que observei, vivenciei e sofri), assumir as dores, a defesa intransigente do órgão e realizar o que ele necessita para ser o que se propõe. Fácil, isto sim, é usá-lo como trampolim, escritório de negócios, cabide de emprego, ambiente de pose para suas vaidades pessoais, e por aí. Fazer como vi fazer o “maluco” do Abraão Batista, indispondo-se com Deus e o diabo, para por ordem na casa, para ter tudo sob controle no seu patrimônio, para não permitir que qualquer um depredasse suas instalações ou qualquer coisa que ameaçasse a sua integridade – eu mesmo, avisado a tempo e a hora, não fui capaz de imitar palidamente. Daí porque, quando se fala do que o Memorial se ressente, é de nós – os gestores que por lá passaram, inclusive eu, que se põe sob suspeição, especialmente na crença de que esta casa seja dirigida, não por outro maluco (sem aspas) que lhe apareça. Mas por alguém que consiga sensibilizar o chefe-prefeito de que aquilo é das coisas mais sérias que este município já teve o acerto em criar.         

O PAPA E O PADRE
A possível, e ainda pouco provável, atenção do pontífice Francisco com respeito à pauta existente na Sagrada Congregação da Doutrina da Fé, com respeito à reabilitação histórico-eclesial de Cícero Romão Baptista continua estimulando muitas reflexões pelos jornais e pela imprensa, de um modo geral. Nas redes sociais, então, nem se fala. E isto vai durar muito, se pensarmos que em Roma o tempo é eterno. Mas os cardeais não precisam exagerar muito nesta demora. Assim esperamos (tanto do verbo esperar quanto do esperançar). Aproveito a oportunidade para expressar a minha gratidão a Cristiana e Rui Aguiar, pois estando no Vaticano, no dia da inauguração do novo Pontificado, eles passaram numa banca de revistas e me trouxeram de presente a edição especial do L´Osservatore Romano, comemorativa do Habemus Papam. Um documento precioso, para ler (não sem muita dificuldade para este ignorantão em italiano) e guardar. Vai que o Papa Francisco tem algo para nos dizer em breve... Seria uma graça!!!  

RECONHECIMENTO PÚBLICO
O Governo Municipal acaba de sancionar Leis com as quais oferece o seu reconhecimento, tornando-a de utilidade pública, às seguintes instituições, manifestação e eventos: 
ASSOCIAÇÃO DOS GUIAS DE TURISMO DO CARIRI CEARENSE – AGTURC (LEI Nº 4161, DE 27 DE MARÇO DE 2013), fundada em 03 de fevereiro de 2012, tembase territorial e atuação em toda região do Cariri Cearense, com sede e foro nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, é uma entidade de direito privado, constituída por tempo indeterminado, sem fins lucrativos, de caráter organizacional, filantrópico, assistencial, proporcional, recreativo e educacional, sem cunho político ou partidário, com a finalidade de atender a todos que a ela se dirigirem, independentemente de classe social, nacionalidade, sexo, raça, cor ou crença religiosa, regendo-se por seus estatutos sociais e bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Autoria: Paulo José de Macedo; Subscrição: Danty Bezerra Silva.
ASSOCIAÇÃO CULTURAL ARTE BRASIL CAPOEIRA – EABC, (LEI Nº 4162, DE 27 DE MARÇO DE 2013), fundada em 18 de abril de 2012, sociedade civil, sem fins lucrativos, de caráter sócio-cultural, de duração indeterminada, com sede e foro no município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, regendo-se por seus estatutos sociais e bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Autoria: Rubens Darlan Lobo; Subscrição: José Tarso Magno Teixeira da Silva.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO DE FÁTIMA, (LEI Nº 4163, DE 27 DE MARÇO DE 2013), fundada em 18 de abril de 1993, entidade de sociedade civil, sem fins econômicos, de natureza assistencial e de proteção aos associados, com duração por tempo indeterminado, com sede à rua José Barbosa dos Santos, n.º 109, bairro Vila Fátima, em Juazeiro do Norte, registrada no Cartório do 2.º Ofício, Livro A-9, fls. 030/031, registro n.º 1345, protocolo n.º 41.585, inscrita no CNPJ/MF n.º 10.789.504/0001-96, regendo-se por seus estatutos sociais e bem como pelas leis, usos e costumes nacionais.
A MÚSICA GOSPEL e os eventos a ela relacionados como manifestação cultural (LEI Nº 4164, DE 27 DE MARÇO DE 2013). A Secretaria Municipal de Cultura e Romaria – SECROM fica autorizada a destinar recursos do Fundo Municipal de Cultura para a realização de projetos que atendam a música e os eventos gospel. Fica, também, criada a Semana da Expocristã com o festival Juazeirense de Música Gospel, feira de exposições de produtos do segmento, a ser realizada na 2.ª semana do mês de julho de cada ano. Institui no Município de Juazeiro do Norte, o dia 20 (vinte) de julho como o Dia do Evangelho, onde serão desenvolvidas manifestações em alusão ao Evangelho de Cristão Jesus, com apresentações culturais dentro da Semana Expocristã. Autoria: Glêdson Lima Bezerra; Coautoria: Firmino Neto Calú e José Tarso Magno Teixeira da Silva; Subscrição: Antônio Alves de Almeida, Antônio Vieira Neto, José Nivaldo Cabral de Moura, Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, José Ivan Benjamim de Moura, Paulo José de Macedo, João Alberto Morais Borges, Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro, Cláudio Sergei Luz e Silva, Danty Bezerra Silva, Cícero Claudionor Lima Mota, José Adauto Araújo Ramos, Ronaldo Gomes de Lira, Maria Calisto de Brito Pequeno e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
Se não me equivoco, a quase totalidade da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte deseja que o dia 20 de julho (data do falecimento de Padre Cícero), um dia em que a cidade se enche de romeiros, católicos-apostólicos-romanos, seja um dia para uma ampla programação ecumênica, com muita música, e de preferência a que romeiro não canta. Entendi tudo.

CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 06.02 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme Simbad, o marujo. A ficha técnica da película é: Título original: Sinbad, the Sailor; Estados Unidos,1947; Direção: Richard Wallace; Elenco: Douglas Fairbanks Jr., Maureen O'Hara, Walter Slezak, Anthony Quinn, George Tobias, Jane Greer, Mike Mazurki, Sheldon Leonard, Alan Napier, John Miljan; Sinopse: Numa época de fantasia, nos tempos do califa Harun-Al-Rashid, na antiga Pérsia, o marujo Simbad (Douglas Fairbanks Jr.) narra suas aventuras espetaculares - algumas mentirosas, outras verdadeiras. Conta como salvou um navio em companhia do amigo Abbu, quando se apossou do mapa do tesouro de Alexandre o Grande. Na perigosa jornada, Simbad enfrenta Emir (Anthony Quinn) e Melik (Walter Slezak), dispostos a qualquer coisa para se apossar do tesouro. A bela Shireen também é disputada por heróis e vilões. Simbad, o Marujo é uma das maiores aventuras épicas da história do cinema, uma grandiosa produção da RKO Radio Pictures, com cenários exuberantes, figurinos deslumbrantes e uma caprichada fotografia em Technicolor. Douglas Fairbanks Jr. esbanja carisma e demonstra suas habilidades acrobáticas durante as lutas. O humor comanda a ação, mas há espaço também para as malvadezas de Anthony Quinn, no papel de um vilão árabe. A beleza estonteante da ruivíssima Maureen O´Hara também merece uma menção. Simbad é um contador de histórias que tece grandes aventuras sobre si mesmo. Se elas são verdadeiras ou não, ninguém sabe. Em sua oitava peripécia, ele conta sobre o que aconteceu num navio, durante uma viagem diferente e misteriosa. Num dia muito especial, um mapa do tesouro que mostra o caminho para as riquezas de Alexandre, O Grande, desaparece sem deixar pistas. Os suspeitos são, a bela Shireen (mulher que roubou o coração de Simbad), o diabólico Amir, obcecado pelo valioso artefato, e o mortal Melik, que fará de tudo para chegar ao tesouro, inclusive dar cabo da vida de quem o atrapalhar. Uma viagem perigosa para onde acreditam estar escondida uma das grandes riquezas deixadas pelo maior general da antiguidade.
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 06.02.1949: A mulher de branco. A ficha técnica, sumariamente, era: Título original: The woman in white; Estados Unidos, 1948; Direção: Peter Godfrey; Elenco: Alexis Smith, Eleanor Parker, Sydney Greenstreet, Gig Young, Agnes Moorehead, John Abbott, John Emery, Curt Bois, Emma Dunn, Matthew Boulton, Anita Sharp-Bolster, Clifford Brooke; Sinopse: Um jovem pintor se depara com uma variedade de caracteres estranhos em uma propriedade Inglês onde ele foi contratado para dar aulas de arte a bela Laura Fairlie. Entre eles estão Anne Catherick, uma estranha mulher jovem vestida de branco que ele encontra na floresta e que carrega uma semelhança impressionante com Laura; astúcia Conde Fosco, que espera obter uma herança para Sir Percival Glyde nobre, a quem ele tem planos para Laura casar, o Sr. Fairlie, um hipocondríaco que não podem estar para ter alguém fazer o menor ruído, e Fosco Condessa excêntrico que tem seu próprio segredo obscuro. O artista também se sinta atraído por Marion Halcomb, um parente distante de Laura quem o Conde também tem planos para.

ENCONTRO
No próximo fim de semana, 13 e 14, vou conhecer uma das mais esquecidas cidades do interior cearense: Salitre. É que ali vai acontecer o “XI Encontro Estadual de Jornalistas, Radialistas e Blogueiros”.  Espera-se a participação de centenas de comunicadores do Ceará, Pernambuco e Piauí, estarão no Cariri.  O evento acontecerá é promovido pela Associação Cearense de Jornalistas do Interior (ACEJI) e pelo Sindicato dos Correspondentes de Jornais e Emissoras de Rádio e Televisão do Ceará (SINCORCE). Será a oportunidade adequada para discutir questões pertinentes à categoria e a problemática regional. São palestrantes o jornalista Juciê Cunha, Júnior Pentecoste e este colunista. Também serão celebrados os 50 anos da ACEJI. Será outorgada, durante o encontro, a algumas personalidades a Comenda Jornalista Dutra de Oliveira, concedida pela ACEJI. Entre os agraciados estão o governador do Ceará, Cid Gomes, o vice-governador, Domingos Filho, e o bispo diocesano de Crato, Dom Fernando Panico. Meu conhecimento sobre a existência da Associação Cearense de Jornalistas do Interior (ACEJI) data de 1969. Nos dias 19 a 23 de junho a ACEJI se reuniu em Juazeiro do Norte na realização do seu V Congresso de Jornalistas do Interior, nas sede do antigo Juá Tenis Clube (antigo Clube dos Doze) tendo a organização envolvido alguns dos que militavam como correspondentes na região, e de Juazeiro, especialmente Walter Menezes Barbosa, Geraldo Menezes Barbosa, Daniel Walker Almeida Marques, Francisco Francílio Dourado, Fátima Dourado, Sílmia Sobreira, José Maurício Xavier de Oliveira, Roberto Almeida, Jucier Lima de Sousa e Pedro Bandeira Pereira de Caldas, dentre outros. Na foto acima, os jornalistas interioranos visitam as obras do Estádio Romeirão, ciceroneados pelo próprio prefeito Mauro Sampaio, dentre os que estão sendo vistos na foto, Luiz Bezerra de Sousa, José Maurício Xavier, Espedito Cornélio e Francílio Dourado. Foram visitadas outras obras, incluindo a Estátua no Horto.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI  
Na Reunião Ordinária Deliberativa da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, da Câmara Federal, o Relator do Projeto PL 2208, que cria a Universidade Federal do Cariri, o relator dep. José Nobre Guimarães apresentou Relatório e Voto favorável, sem reparos ou emendas, à criação da UFCA. Abaixo o inteiro teor dos textos lidos na Reunião:
PROJETO DE LEI Nº 2.208, DE 2011 Dispõe sobre a criação da Universidade Federal do Cariri – UFCA, por desmembramento da Universidade Federal do Ceará – UFC, e dá outras providências. AUTOR: Poder Executivo RELATOR: Deputado José Guimarães
I - RELATÓRIO
O Projeto de Lei nº 2.208, de 2011, cria a Universidade Federal do Cariri - UFCA, de natureza jurídica autárquica, vinculada ao Ministério da Educação, com sede e foro no Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará.  A nova Instituição terá por escopo ministrar ensino superior, desenvolver pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária, caracterizando sua inserção regional mediante a atuação multicampi. Para tanto, passam a integrar a UFCA os campi já existentes de Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, que serão desmembrados da Universidade Federal do Ceará – UFC, além daqueles criados pelo presente projeto, os campi de Icó e de Brejo Santo. Conforme explicita a Exposição de Motivo Interministerial (E.M.I) nº 186/2011/MP/MEC, que acompanha a proposição, a UFCA será pautada por princípios orientadores que visam à integração da região e o desenvolvimento dos municípios da região do Cariri e entorno, destacando-se entre esses princípios o desenvolvimento regional integrado, o acesso ao ensino superior, a qualificação profissional e o compromisso de inclusão social, o desenvolvimento do ensino da pesquisa e da extensão, e a interação entre as cidades e os estados que compõem a região. A proposição tramitou pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), Comissão de Educação e Cultura (CEC) e pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) tendo sido aprovada, unanimemente, em todas as comissões.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. No âmbito da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, onde a proposição será examinada quanto à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa não foram apresentadas emendas durante o prazo regimental. É o relatório.
II – VOTO
O projeto de lei em exame observa os requisitos constitucionais relativos à competência legislativa da União, às atribuições do Congresso Nacional e à iniciativa parlamentar, nada havendo a obstar o prosseguimento da matéria no que concerne à sua constitucionalidade formal ou material. No que se refere à juridicidade, entendo que o projeto não diverge de princípios jurídicos que possam obstar sua aprovação por esta Comissão. Ainda, quanto á técnica legislativa, não tenho reparos a fazer. Com relação a emenda saneadora apresentada na Comissão de Finanças e Tributação, não cabe a esta comissão analisar o mérito da matéria, mas tão somente a constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. À luz do exposto, sou, portanto, favorável à aprovação do projeto de Lei nº 2.208, de 2011, que dispõe sobre a criação da Universidade Federal do Cariri – URCA, por desmembramento da Universidade Federal do Ceará – UFC, e da outras providências. Sala da Comissão, em 03 de abril de 2013. Deputado José Guimarães, Relator
Comentários: Mesmo eufóricos, ainda não conseguimos a UFCA. Saibam que, mesmo festejando, o que se conseguiu foi o trâmite normal. Terminada a temporada de comissões, o projeto vai para a decisão do plenário da Câmara. Se aprovado, como acreditamos, mesmo emendado, irá mudar de casa, indo para o Senado Federal, onde não deve haver surpresa, e passará pela etapa decisiva. 

CÓDIGO DE POSTURAS
Pode ser que esteja desinformado. Mas, pelas contas, já passa dos setenta e cinco anos que o Código de Posturas, à sua época, tenha tido uma publicação como merece. Mal comparando, a Constituição do Município que foi promulgada pouco depois da Constituição da República Federativa do Brasil, exatamente para se adaptar às novas normas, é o Estatuto de nossa cidadania municipal. Já o Código de Postura, por assim dizer, é o Regimento Interno do Município. Por isto mesmo, sempre que ele vier a ser alterado dever-se-ia fazer a sua respectiva publicação. Claro que no âmbito do Diário Oficial isto já acontece, mas ele é um documento que mexe com cada um de nós, munícipes. E seria desejável que ele estivesse disponível para compra por interessados, em livraria, pelo menos. Este cuja capa está mostrado, surgiu ainda no governo do prefeito José Geraldo da Cruz. Agora que o vereador Cláudio Luz está tentando sensibilizar a própria Câmara Municipal para a publicação de um volume consolidado de leis municipais, nada melhor que se esperar pela inclusão obrigatória deste Código de Posturas.  

LIVRO
Esta semana, soube pelo seu autor, amigo Mário Bem Filho, que dentro de poucos dias sairá a 4ª. Edição do seu livro, Juazeiro do Norte, seu espaço físico (1ª. Edição, 1999, Juazeiro do Norte: Gráfica Mascote Ltda., 176p; 2ª. Edição, 2001, Fortaleza: ABC Editora, 296p; 3ª. Edição, 2007, Fortaleza: ABC Editora, 208p). Este trabalho de Mário é um documento precioso para o acompanhamento do expressivo crescimento de nossa cidade. Ele é do ramo. Engenheiro de profissão, sempre ligado a obras públicas, faz questão de que esta nova edição se apresente atualizadíssima, incluindo os quatro novos bairros criados e, inclusive, o que está em planejamento, Alacoque Bezerra, que deverá compreender as áreas de Salgadinho e Logradouro, dentre outras. Saúdo, portanto, com grande entusiasmo, a continuação deste esforço fabuloso do engenheiro Mário Bem Filho em dotar Juazeiro do Norte de um instrumento muito efetivo na hora do planejamento urbano desta cidade. Um livro que deve ser uma espécie de Vade mecum do urbanismo juazeirense. Nossos parabéns, e a nossa disposição para divulgar o seu valioso trabalho.

BENJAMIM ABRAHÃO BOTTO
Na biografia de Benjamim Abrahão Botto, recentemente lançada pelo escritor Frederico Pernambucano de Melo, este secretário do Padre Cícero é apresentado como um espertalhão, por ter se locupletado com a amizade e o cargo de confiança que ocupou na casa do padre. E é uma verdade. No início já havia uma mentira, pois ele dissera na apresentação que nascera na terra de Jesus. Em verdade, Benjamim nasceu no Líbano, na cidade de Zahle. Mas, julgue o leitor ao conhecer um pouco mais desta figura. Benjamim tinha negócios em Juazeiro, como um jornal e uma loja de tecidos. Também era proprietário de um rancho para romeiros. Veja o que ele diz neste boletim de publicidade que estampamos acima. “CASA DOS ROMEIROS DO PADRE CÍCERO, de Benjamim Abrahão. Antiga Casa São Jorge. Aviso a todos os romeiros que a Casa dos Romeiros do Padre Cícero, não trata de negócio, pois foi aberta por ordem do Padre Cícero, exclusivamente para receber os Romeiros pobres e ricos, dar-lhes ranchos asseados e facilitar-lhes a entrada na casa do mesmo Padre, grátis, e sem nenhum interesse, respondendo as suas cartas, com a máxima brevidade. O encarregado desta casa é amigo íntimo do Padre Cícero, residindo ou morando com ele. Portanto, os Romeiros devem procurar a Casa dos Romeiros do Padre Cícero que serão bem servidos. Os Romeiros não devem iludirem-se com certas pessoas suspeitas que fazem pelas estradas propaganda contra esta casa que é a única que não explora ninguém, e é amiga de todos os romeiros. Encarregado geral: Benjamim Abrahão, Escrivão do Padre Cícero, Joazeiro-Ceará.” Deu para entender aí, ou querem que eu explique? Interessante que na lateral do boletim está a expressão: Para evitar disgosto, a casa não acceita pessoas com moléstias contagiosas. 

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (I)
De vez em quando nos aparece uma fotografia nova do Padre Cícero. Ou sozinho, ou em grupo. É o caso desta que me chegou através de uma cópia muito precária. Nela, sem data, mas pela fisionomia do Padre e as vestimentas dos figurantes, pode-se dizer que ela deve ser dos primeiros anos do século 20. Talvez da década de 10. Nela, só identificamos dona Joana Tertulina de Jesus, a beata Mocinha. Se algum leitor souber quem é o casal, seus três filhos e a babá, agradecemos por uma notícia. Pode ser que seja alguma família em visita a Juazeiro, e não uma família aí residente.     

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA (II)
A primeira oportunidade que tive para conversar com Rachel de Queiroz foi no ano de 1970, quando participei de uma equipe que celebrou, no Seminário da Prainha, o centenário de ordenação sacerdotal do Padre Cícero Romão Baptista. O Mons. Azarias Sobreira me pedira que eu a atualizasse acerca das pesquisas que se faziam sobre novos documentos sobre diversas questões ligadas à vida do Patriarca de Juazeiro. E foi só, uma tarde na Sala de História Eclesiástica da Prainha.  Depois, só uns trinta anos mais tarde me foi possível reencontrá-la durante um evento cultural em Fortaleza, ligado à realização do Cine Ceará, quando ela foi homenageada. E não é que ela se lembrava disto... Foram uns poucos minutos, deliciosos, com aquela mulher extraordinária que eu tanto admirava. Não pense o leitor que o copão de cerveja à frente era meu. A Rachelzinha tomou depressa este aí e eu chamei o garçom para servir um outro. E ela aceitou de bom grado.