sábado, 19 de março de 2016


BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
220: (14.03.2016) Boa Tarde para Você, Rosiane Limaverde Vilar Mendonça
Já lhes digo e não creiam que o faça apressadamente, se começo por dizer-lhes que há poucos dias eu tive o imenso privilégio de ouvir, por causa muito relevante, a palavra da Dra. Rosiane Limaverde Vilar Mendonça, em evento promovido pela Cariri Revista. Tratava-se de dar inicio a um necessário projeto que visa incentivar o encontro de cabeças pensantes do Cariri, exatamente para por em prática, pelo menos nos termos de uma boa dialética, isso como denominamos, essa caririensidade, com a qual alguns de nós manifestamos este sentimento de afinidade e grande amor à Região. E para começar bem, Isabela e Renato Fernandes de Oliveira programaram o agradabilíssimo encontro com um destes emblemas maiores, de profunda identidade com o que de bom se faz por nosso Cariri, na pessoa da Dra. Rosiane Limaverde. Ainda sob forte e emocional impressão, permitam-me que a referencie, meritoriamente, como parte de um certo orgulho que podemos sentir, ao identifica-la como técnica de grande expressão, Historiadora graduada pela URCA, em 1999, no início de sua carreira profissional. Em 2006 ela continuou investindo na sua formação acadêmica tornando-se Mestre em Arqueologia e Preservação do Patrimônio, pela Universidade Federal de Pernambuco, com uma Dissertação de grande valia intitulada “Os Registros Rupestres da Chapada do Araripe, Ceará, Brasil”. Um pouco mais adiante, ela alçou voo para a Europa e na continuidade de seus estudos tornou-se Doutora em Arqueologia pela Universidade de Coimbra, em 2015, junto ao Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio, da Fundação da Ciência e Tecnologia de Portugal. Com seu marido, Alemberg Quindins, os dois instituíram a Fundação Casa Grande e o Memorial do Homem Kariri, bem filantrópico e cultural em Nova Olinda, onde realizam atividades de pesquisas arqueológicas e educativas desde 1992, com a participação de crianças e jovens sertanejos abrangendo as áreas de memória, comunicação, artes e turismo. Atualmente é a Presidente do Conselho Científico da Fundação Casa Grande, mantendo o interesse e aprimorando a experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Pré-Histórica e especialidade em arte rupestre, realizando trabalhos de arqueologia preventiva e de salvamento. Com formação em música e educação, desde 1983 realiza atividades de pesquisas sobre as lendas e os mitos do povo Kariri e por serviços prestados nas áreas de educação, patrimônio e cultura, recebeu em 2002 o prêmio Claúdia da Editora Abril, a medalha da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, em 2004 e, em 2006, foi agraciada com o Selo de Responsabilidade Social do Governo do Estado do Ceará. Com tal renome, a Dra. Rosiane trabalha com o objetivo de realizar o inventário do patrimônio arqueológico da Chapada do Araripe, ao tempo em que documenta as manifestações da cultura imaterial da região do Cariri cearense, e também faz pesquisa etno-musical, com a finalidade de inventariar o universo sonoro das lendas e mitos do povo Kariri. A grande contribuição já legada pelos estudos da Dra. Rosiane está para desembarcar na iniciativa de criar, no âmbito da Universidade Regional do Cariri, juntamente com a Universidade de Coimbra e a Universidade Federal do Piauí, o Instituto de Arqueologia do Cariri, com o qual mais ainda se avançará no conhecimento científico para a compreensão da origem do homem Kariri. Boa tarde para você, Dra. Rosiane Limaverde, que nos ensina por seu trabalho como compreender este sentimento forte de pertença pelo Cariri, realizando uma trajetória não só técnico-científica e cultural, senão também profundamente humanística, alimentada pelo sonho que a anima e embala. O seu trabalho, como forte instrumento por uma Arqueologia Social Inclusiva é imensamente valioso, não apenas pelo alargamento do nosso estoque de conhecimento, sobre causa tão candente, mas pela fertilíssima possibilidade de maior envolvência da comunidade, especialmente dos jovens. E isso é o que já vimos assistindo desde o início da Fundação Casa Grande. Não será por acaso que seu trabalho, sua luta, e o seu sonho mereçam ainda mais o reconhecimento desse seu povo Kariri, para continuar recebendo a unanimidade, e a consagradora menção com a qual se aprova tanta competência e desprendimento, e se atribui com afeto, louvor e distinção.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 14.03.2016)

BOA TARDE (II)
221: (16.03.2016) Boa Tarde para Você, Renato Fernandes Oliveira 
Reunir, com certa periodicidade, um grupo de pessoas, de cujas cabeças privilegiadas se pode ouvir algo inovador para superar a grave crise que a sociedade experimenta, na continuidade de suas ações pelo desenvolvimento, é uma oportuna e grande ideia, na classe das beneméritas. É com esse espírito, Renato Fernandes, que eu saúdo essa iniciativa que há pouco deu partida na pauta de realizações da Cariri Revista e de sua Editora 309, no afã de colocar em evidência a enorme preocupação esboçada em certos setores da região, angustiados com nosso futuro. Complexo é caracterizar que esta crise vivenciada e que nos impõe tantos percalços, não é apenas o vazio de valores monetários e financeiros, senão algo muito mais profundo que se abastece em predicados de ordens moral e ética, na base de nossa existência. Realmente, Renato, fica muito mais fácil encontrar soluções inovadoras nos estoques de nossas belas expressões empresariais, institucionais, classistas e profissionais, identificando mentores de processos, métodos, técnicas, produtos e trajetórias de sucesso. Muito difícil tem sido encarar as interfaces dos planos políticos e sociais, os que fomentam nossa crença cidadã e regulam a oferta renovadora de lideranças identificadas com o necessário vínculo às causas da comunidade, empenhadas em ser agentes de compromisso social e de desenvolvimento. Veja-se, neste instante, quando toda esta região padece, e o fato nos aparece cronicamente, sazonalmente, quando se abre a temporada de caça ao voto popular para renovar lideranças de casas de executivos e parlamentos legislativos, onde a realidade é bem outra, assim o sabemos. Triste é a cena comum, habitada por gente de oportunidade, pessoas medíocres que nada tem a dizer, a não ser da aparente e bem resolvida questão pessoal, imersas em mantos protetores de corporações, entre o quase nada das ideias e o que há apenas por trás de uma caixa registradora. Verdadeiramente, Renato Fernandes, é de grande ensejo trazer gente de sucesso para uma conversa franca, se possível desnudada do glamour dessas veleidades de sucesso e de empolgação por coisas de curto espaço e de circunstâncias restritas aos planos pessoais. Todos nós do Cariri estamos em busca de autênticos salvadores da pátria, gente amadurecida em reflexões e planos bem concebidos na macroscópica visão de uma região-estado, algo de grandioso e arrogante, em certo sentido, capaz de alterar o curso dos perversos indicadores que nos assolam. Todas estas questões flagrantes, entre a estrutura e o serviço educacional, no atendimento às ações básicas de saúde, e na fruição de uma infraestrutura bem cuidada, preenchem o imaginário popular no sonho que se alimenta por uma vida melhor. No caso específico desta grande cidade, Renato, você e eu bem sabemos como são vistosos e exemplares os casos de grande êxito que enxergamos aqui e no nosso entorno, e que preenchem parte de nossas expectativas na direção do inovador e das soluções que passam pela gestão pública. Contudo, temos sempre a lamentar que a política local e regional, mercê das constantes demonstrações destas nossas lideranças improvisadas, numa grave e profunda repercussão, sintonia e sincronismo com o plano nacional, só exibem despreparo, desonestidade e descompromisso. Falta-nos uma verdadeira escola de governo, algo que nos municie através do exercício permanente da crítica, da análise sistemática de todas estas iniciativas por seus custos e benefícios, e nos conduzam ao planejamento como premissa de estratégias de sucesso na visão do bem comum. De fato, Renato, recomeçar a reouvir a sociedade por seus maiores e dignos exemplos é parte destas tarefas inadiáveis com as quais nos situamos diante de novas rotas, de auspiciosos caminhos para continuar fazendo por este Cariri, na busca permanente por seus sonhos em suas entranhas. É bom que se relembre que o sucesso que vemos e assistimos entre a iniciativa privada e o bem comunitário não foi fruto de estrada fácil, de vereda curta, de chão aplainado, mas foi trajetória quase sempre narrada aos tons de heroicidade, de garra, e de desprendimento inimaginável. Por isso mesmo, toda a sociedade precisa conhecer e refletir sobre estas conquistas, na certeza de que seus exemplos e perfis são protótipos disponíveis para o aperfeiçoamento e a imitação. Desejo agradecer-lhes, Renato Fernandes e Isabela Geromel, por esta iniciativa de tão grandes méritos, e com a qual vamos avançando mais ainda para a felicidade desse nosso grande Cariri. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 16.03.2016)

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI
CINEMARANA (SESC, CRATO)
O Cinemarana (Teatro Adalberto Vamozi, SESC, Rua André Cartaxo, 443, Crato), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 21, segunda feira, às 19 horas, o filme DOIS IRMÃOS (Dos Hermanos, Argentina, 2010, 105min). Direção de Daniel Burman. Sinopse: Eles precisam um do outro, mas não conseguem ficar juntos por muito tempo. Susana, uma agente imobiliária egoista, possessiva e dominante, que parece ser incapaz de entender o irmão, Marcos, que protege a mãe, é bondoso, sensível e amigo de seus amigos.




BIBLIOCINE (FAP, JN)
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE), está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para as terças e quintas feiras, de 12:00 às 14:00h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: 3512.3299. Neste mês de Março está em cartaz, o filme JOGO DE PODER (Fair game, Emirados Árabes/EUA, 2004, 106min). Direção de Doug Liman. Sinopse: O diplomata Joseph Wilson (Sean Penn) escreveu um editorial para o jornal New York Times, no qual alega que a administração do presidente George W. Bush manipulou informações de relatórios sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque, de forma a justificar a invasão. Como retaliação Valerie Plame (Naomi Watts), esposa de Wilson e agente secreta da CIA, tem sua identidade revelada intencionalmente. É o início da luta de Wilson para que os responsáveis por este ato, um crime federal, sejam punidos. Ao mesmo tempo Valerie precisa se adaptar à nova realidade, afastada do trabalho e com a vida exposta pela imprensa.
CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 23, quarta feira, às 19 horas, o filme INFÂNCIA CLANDESTINA (Infancia, Argentina/Brasil/Espanha, 2011, 112min). Direção de Benjamin Ávila. Sinopse: Juan vive na clandestinidade. Assim como sua mãe, seu pai e seu adorado tio Beto, fora de sua casa, ele tem outro nome. Baseado em fatos reais ocorridos em 1979, dujrante a ditadura militar argentina.




CINE CAFÉ VOLANTE (BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Parque da Cidade), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 24, quinta feira, às 19 horas, o filme ACUSADOS (The Accused, EUA, 1988, 105min). Direção de Jonathan Kaplan. Sinopse: Depois de estupro em bar, moça precisa provar que não foi culpada.





CINE CAFÉ VOLANTE (MISSÃO VELHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Missão Velha (Auditório do Centro Social Urbano, CSU, Rua Pe. Cícero), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 24, quinta feira, às 19 horas, o filme UMA AMIZADE SEM FRONTEIRAS (Monsieur Ib rahim et les fleurs du Coran, França, 2003, 93min). Direção de François Dupeyron. Sinopse: Ibrahim Deneji (Omar Shariff) é o dono de uma mercearia em Paris, muçulmano, que fica amigo de Momo, um pobre garoto judeu de 13 anos.




CINE ELDORADO (JN)


O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 25, sexta feira, às 20 horas, o filme A DAMA DOURADA (Woman in gold, Reino Unido/EUA, 2015, 109min). Direção de Simon Curtis. Sinopse: Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro "Woman in Gold", de Gustav Klimt - retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds).



CINE CAFÉ VOLANTE (VÁRZEA ALEGRE)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Várzea Alegre (Associação Comunitária Manoel Rodrigues, Sítio Umari dos Costas, Várzea Alegre), com entrada gratuita, exibe no próximo dia 26, sábado, às 18 horas, o filme FOGO PAGOU (Documentário, Brasil, 2012, 9min). Direção de Ramon Batista. Sinopse: Um cemitério abandonado no meio do sertão cercado de lendas e histórias que são contadas pelos próprios moradores das redondezas.






QUESTIONÁRIO HISTÓRICO, VOL.II
Quero registrar aqui um agradecimento ao amigo Raimundo Araújo pelo presente remetido com o segundo volume de sua obra Questionário Histórico. Na concepção, ainda apresentada em jornal da Câmara Municipal, Raimundo elaborou, com base em dados biográficos de personalidades de Juazeiro do Norte um questionário que era apresentado a cada edição. Isto terminou por ir parar numa primeira edição, o volume I desta obra que agora prossegue. O autor presta uma homenagem ao Pe. Neri Feitosa, pela inspiração e, por assim dizer, por ser o patrono da obra. Parabéns ao Raimundo.





QUESTIONÁRIO HISTÓRICO, VOL.II
Também quero agradecer a gentileza do Pe. Sebastião Monteiro pela amável dedicatória no seu último livro que me foi remetido. Trata-se de Aos Pés da Cruz, das Edições do Grupo Filhos Amados do Céu. Pe. Monteiro é o mentor espíritual da comunidade, que segundo uma nota no Diário do Nordeste, “Eram apenas 30 pessoas reunidas, na rua Santa Rosa. Rapidamente teve que mudar de espaço, para o Colégio José Geraldo da Cruz, com um público de três mil; depois para o Ginásio Poliesportivo, lotando o local, com pelo menos 15 mil pessoas, e agora preenche arquibancadas e gramado do Romeirão. Toda uma estrutura é montada no local, com palco, telões e ambulâncias na área para atendimento ao grande público. A comunidade é movida por doações em roupas, dinheiro e transforma isso num meio de evangelização. Essa multidão de 30 a 40 mil pessoas tem sido a média toda semana. Nas sextas-feiras, tem a Caravana da Misericórdia, em que se deslocam todos os servos para áreas mais distantes, especialmente na zona rural, para dar sequência ao trabalho missionário.

CARIRI REVISTA EM NOVA EDIÇÃO
Já está circulando, sendo distribuída gratuitamente aos seus leitores a mais nova edição da Cariri Revista, da Editora 309. A matéria principal da edição é com o Dr. Jaime Romero, diretor geral da Facukldade Leão Sampaio, um exemplo marcante de sucesso empresarial, especialmente no tocante ao boom de ensino superior no Cariri. Vale a pena ler o seu depoimento. Veja também em http://caririrevista.com.br/entre-fabrica-e-universidade
JOTA FARIAS COM NOVO DVD
Jota Farias não esquece esse seu amigo e sempre que lança um novo disco (CD ou DVD) já “apruma” gentil dedicatória e vem me deixar. Muito grato a você, meu caro Jota. Desta vez foi o DVD Olha lá Romeiro, uma bela coletânea do Cantor do Pe. Cícero que tanto sucesso faz por este Nordeste e em meio às romarias do Juazeiro. Já assisti, gostei muito e recomendo a todos para que adquiram e se deliciem com este autêntico artista juazeirense. Meus parabéns e que sua arte seja eterna.
O ROMARIA
O informativo da Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores, editado pela jornalista Ingrid Monteiro já está circulando com sua edição do mês de março. Mas como a Ingrid não brinca em serviço, a edição de Abril já está pronta também e sendo remetida pelo correio para milhares de romeiros que se inscreveram na Paróquia, na Campanha Romeiros da Mãe das Dores. Agradeço a equipe da Paróquia pelo convite para que participasse desta nova edição de abril e aí eu estou presente com um texto sobre o Centenário de nossa Paroquia a transcorrer em 2017.

PADRE MURILO, POR GEOVÁ SOBREIRA (X)


(Nós vimos republicando os textos de Geová Sobreira sobre o Mons. Murilo de Sá Barreto. Ultimamente havíamos alterado a publicação, editando textos sem a devida continuidade estabelecida pelo próprio autor. Assim, retomamos a republicação, com os últimos três textos. Grato pela compreensão.)

Julgo que o termo mais adequado para traduzir o sentimento que tomou conta de toda a população de Juazeiro e da Nação Romeira com a chegada de Dom Fernando Panico, como Bispo da Diocese do Crato, era de júbilo. Realmente, foi com exultante júbilo que Juazeiro assistiu a posse, em 29 de junho de 2001, de Dom Fernando Panico como bispo da Diocese do Crato. O único e obrigatório assunto da cidade era que o novo Bispo do Crato havia declarado publicamente que era devoto do Padre Cícero. Era natural essa reação. Era, também, pública, notória e sentida a posição da Diocese do Crato contra o movimento religioso popular de Juazeiro, e, em especial, era radicalmente adversária do Padre Cícero. Nos seminários do Crato e da Prainha, em Fortaleza, os candidatos ao sacerdócio eram instruídos, inculcados e educados para combater as romarias, acoimadas de fanatismo, e combater a memória do Padre Cícero, taxando-o ostensivamente de embusteiro. Nos quase 100 de Diocese do Crato, os bispos só vinham a Juazeiro, e quando vinham, era uma vez por ano, para uma rápida visita pastoral e realizar a cerimônia do sacramento de crisma. Agora, vinha o novo bispo, declarando-se, senão de devoto, ao menos admirador do Patriarca de Juazeiro, participando de procissões junto com os romeiros, usando um chapéu de palha, quase emblemático das romarias, ficando horas a fio ouvindo em confissão levas sem fim de romeiros. Isso era surpreendente! Visitando dona Assunção Gonçalves, em setembro de 2001, fui recebido com uma explosão de alegria e ela, radiante de contente, me anunciava a boa nova: agora, temos um bispo que é devoto do Padre Cícero. No mesmo dia, encontrei-me com o Padre Murilo na Av. Padre Cícero em companhia de velhos amigos. Falamos rapidamente generalidades e de chofre ele me perguntou: Você já sabe da novidade? Disse que sim e ele me convidou para no outro dia tomar café com ele na Casa Paroquial às 08:00 da manhã. Cheguei à Casa Paroquial um pouco mais cedo do que foi agendado e fiquei esperando-o na calçada da casa do antigo secretário e amigo do Padre Cícero, José Ferreira. Percebi o Padre Murilo deixando a Matriz de Nossa Senhora das Dores, acompanhado de um grupo de pessoas, e fui esperá-lo junto à porta da Casa Paroquial. Fui cumprimentá-lo alegremente e ele me apresentou, então, ao novo bispo da Diocese do Crato, Dom Fernando Panico, e aos outros sacerdotes que o acompanhavam como primo e amigo do Padre Azarias Sobreira. Travamos conversas amenas e de assuntos diversos durante o lauto café. Dona Alzira, uma espécie de “zeladora” da casa veio me cumprimentar e me perguntou se eu tinha voltado de vez para Juazeiro. Disse que não e que estava apenas fazendo minha pequena e sentimental romaria à Terra da Mãe de Deus. Depois do café, Dom Fernando Panico chamou os sacerdotes para uma reunião numa sala ao lado e o Padre Murilo aproximou-se e disse-me que aquela reunião tinha sido uma surpresa e me acompanhando até a porta da Casa Paroquial muito alegre e confidenciou que a “causa do Padre Cícero” ganhava, agora, novas e excelentes perspectivas, porque nosso novo bispo tem por ele uma imensa veneração e grande desvelo pelas romarias. Veja, disse-me, nunca se viu um bispo do Crato num confessionário ouvindo confissão de levas e mais levas de romeiros. Isso é maravilhoso. Deixei a Casa Paroquial feliz pela contagiante alegria do Padre Murilo, sentindo que o seu trabalho e dedicação para acolher, como pastor, milhares e milhares de romeiros devotos do Padre Cícero tinham conquistado espaço junto à hierarquia eclesiástica e não tinha sido em vão sua entrega total aos romeiros de todo o nordeste por quase quarenta anos. No entanto, refletindo calmamente à noite cheguei à conclusão de que seria necessário apoiar com mais afinco e persistência o trabalho do Padre Murilo e do novo bispo, que se declarava devoto do Padre Cícero, porque haveria com certeza uma reação àquele movimento. O trabalho, dali para frente, seria imenso e difícil e que consistiria na construção da conciliação da ortodoxia dogmática, ciosa na defesa da “pureza” da Fé proclamada pela Cúria Romana e pela burocracia eclesiástica com o maravilhoso sincretismo cultural e religioso das romarias com seus ritos, suas práticas e suas crenças tidas e julgadas como heterodoxas, fanáticas e esdrúxulas. Abriam-se novos e desconhecidos desafios para o movimento religioso popular de Juazeiro para manter-se fiel às suas ricas e maravilhosas tradições romeiras.

PADRE MURILO, POR GEOVÁ SOBREIRA (XI)
O atual capítulo da História de Juazeiro exige do analista e do historiador “de oficio” cuidados especiais e uma leitura mais abrangente das mudanças em gestação na cúpula da Igreja Católica diante da imensa evasão de fiéis, perdendo espaços e adeptos para as Igrejas Pentecostais para compreender o novo posicionamento da Diocese do Crato, liderado pelo novo bispo, Dom Fernando Panico, desde sua chegada ao Cariri no sul do Estado do Ceará A população de Juazeiro e a “família romeira” estavam, de fato, realmente extasiadas de contentamento vendo, pela primeira vez, um Bispo do Crato enaltecendo publicamente as excelsas virtudes do Padre Cícero e dedicando grande parte do seu tempo às ações da pastoral aos romeiros. Nunca se tinha visto isso antes. Como já afirmaram muitos estudiosos de diversas áreas das Ciências Humanas “Juazeiro é um mundo” e o movimento religioso popular liderado pelo Padre Cícero é um dos mais complexo e rico movimento de sincretismo religioso e cultural da História do Brasil. Por essa razão, a população de Juazeiro ficou surpresa com as declarações do novo bispo diocesano, que era um italiano, que ainda jovem ingressou na Sociedade dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus, que fez seus estudos esclesiásticos na memorável, rígida e ultraordoxa Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, reduto mais conservador dominado pela Cúria Romana e com mestrado e doutorado em Teologia Litúrgica. Dona Assunção Gonçalves disse-me entusiasmada: só um bispo estrangeiro assumiria a defesa da causa de Juazeiro. Dom Fernando Panico chegou ao Brasil, em 1974, com vigário da cidade de Pinheiro (MA), logo em seguida foi nomeado Reitor do Seminário e chanceler da Cúria Diocesana. Em 1982, foi nomeado Reitor do Seminário Interdiocesano de São Luís (MA). Naquela época, muitos membros da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) viam com muita preocupação o crescimento vertiginoso do movimento eclesial de base, influenciado e dirigido por renomados teólogos adeptos, defensores e militantes da Teologia da Libertação e por isso a CNBB se empenhava em ter, principalmente no Nordeste, bispos de sólida formação eclesiástica e com fortes laços intelectuais com a Cúria Romana. O sacerdote Fernando Panico, ex-aluno da Pontifícia Universidade Gregoriana, ex-Reitor do Seminário Diocesano de Pinheiro (MA) e do Seminário Interdiocesano de São Luís (MA) preenchia o perfil definido pela CNBB para ocupar uma diocese no semiárido sertão nordestino onde se tornavam cada vez mais tensas as relações sociais em razão da miséria em que viviam populações inteiras atingidas por secas inclementes. Assim, em 1993, foi eleito bispo da Diocese de Oeiras (PI), com uma imensa área de mais de 15 mil km², contando, no entanto, com apenas 7 dioceses e 12 sacerdotes. Em 2001, nomeado Bispo do Crato Dom Fernando Panico iniciou suas atividades pastorais em uma Diocese detentora da mais dramática, rica, densa, tensa história de todas as dioceses da Igreja Católica do Brasil com centenárias cicatrizes ainda sangrando e tendo como epicentro Juazeiro, cidade santa, com seu maravilhoso e fantástico sincretismo cultural e religioso e lugar sagrado para milhões de romeiros e devotos do Padre Cícero, santo do povo e grande patriarca de todo o nordeste. Seus primeiros atos, após tomar posse como Bispo da Diocese do Crato, foi permanecer o maior tempo possível em Juazeiro, não como Visita Pastoral e sim como assumisse as funções de Vigário da Matriz de Nossa Senhora das Dores, procurando imitar os gestos e as falas do Padre Murilo, inclusive diante dos romeiros usando um surrado chapéu de palha, numa imitação grotesca do Padre Murilo. Era fácil perceber que Dom Fernando Panico estava assumindo todas as funções do Vigário de Juazeiro, desestruturando o grupo de pesquisadores e estudiosos reunido em torno do Padre Murilo e procurando pessoalmente controlar e dirigir todas as romarias. O fato mais concreto desse objetivo de Dom Fernando Panico foi afastar o Padre Murilo da Capela do Socorro, que é o centro vivo da devoção romeira e onde está o túmulo do Padre Cícero. A Capela do Socorro foi desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora das Dores e transformada em Reitoria, ligada à Cúria Diocesana e ao Conselho Presbiterial, com status de paróquia. O desmembramento da Capela do Socorro da Matriz de Nossa Senhora das Dores e o afastamento do Padre Murilo com a nomeação do Padre Bosco Lima, como seu vigário da Capela do Socorro foi um golpe horrível e doloroso para o Padre Murilo que, a partir da posse do Padre Bosco Lima, nunca mais foi convidado sequer para celebrar uma única Missa nos dia 20 “in memoria” do Padre Cícero. Essa decisão da Diocese do Crato foi o princípio da Via Crucis do Padre Murilo depois de mais de 40 anos servindo com dedicação total à Igreja e à Diocese do Crato. Iniciava-se sua caminhada para o Calvário.
PADRE MURILO, POR GEOVÁ SOBREIRA (XII)
A Capela do Socorro ocupa um lugar muito especial na geografia sagrada das romarias dos devotos do Padre Cícero. O roteiro dos rituais romeiros do movimento religioso popular de Juazeiro se compõe de uma tríade específica: visitar Matriz de Nossa Senhora das Dores, palco maravilhoso dos fatos extraordinários da transformação em sangue da hóstia, quando da comunhão eucarística da Beata Maria de Araújo; subir em penitência o Horto Santo, local onde o Padre Cícero viveu angústias, aflições e tormentos insondáveis pelas mentiras, calúnias e injúrias movidas contra ele pelos seus próprios irmãos de sacerdócio e por autoridades eclesiásticas - o horto foi o seu calvário; e, finalmente, o túmulo do Padre Cícero na Capela do Socorro, para agradecer as graças alcançadas e pedir a bênção e proteção do Padim e onde estão esculpidas sobre a lápide as suas últimas palavras: "no céu intercederei por todos vocês..."Essa é a geografia sagrada do ritual romeiro, com suas práticas sincréticas e seu simbolismo religioso. A Capela do Socorro sempre foi objeto de graves atritos com a Diocese do Crato desde o início de sua construção, quando Dom Quintino, usando falsas e errôneas informações tentou impedir o prosseguimento das obras obrigando o Dr. Floro Bartolomeu assumir pessoalmente e com desassombro a total responsabilidade pela conclusão das obras da Capela do Socorro apesar da intransigente oposição da Diocese do Crato. Foi a Capela do Socorro escolhida pelo Padre Cícero e por Dr. Floro para o sepultamento dos restos mortais da Beata Maria de Araújo em 1914. Lá se encontram, também, as sepulturas de sua mãe, Dona Quinô, e de Angélica, irmã do Padre Cícero. Em 1930, sendo vigário da Matriz de Nossa Senhora das Dores, Monsenhor José Alves de Lima determinou, sem autorização legal, não a exumação, mas a violação do túmulo da Beata Maria de Araújo. Somente em 1932 é que a Capela do Socorro foi sagrada e consagrada aos cultos religiosos. Ali, tendo em seu imaginário as vivas e até doloridas tradições desse conjunto de fatos que compõe a dramática história da Capela do Socorro onde o povo simples, pobre, deserdado da sorte nas suas amargas angústias, grita os seus desesperos. É ali, onde o romeiro invoca a proteção e amparo do Padim e pede sua proteção e bênção com a certeza de que será atendido. É ali, na Capela do Socorro que o romeiro agradece as graças alcançadas por intercessão do Padre Cícero. Foi o Padre Silvino Moreira que iniciou a tradição da celebração da missa no dia 20 de cada mês "in memória" da alma do Padre Cícero com afluência de grande parcela da população de Juazeiro, vestindo luto para expressar seus sentimentos de pesar pelo falecimento do Padre Cícero. Com a morte do Padre Silvino, o Padre Murilo assumiu as atividades pastorais da Capela do Socorro e com as sugestões de Dário Coimbra e da professora Nair Silva incorporou a celebração festiva do aniversário do Padre Cícero no dia 24 de Março com bolo, cantata de parabéns e da serenata com os artistas da cidade e logo, logo, o evento ficou sendo um dos mais importantes da vida social e religiosa da cidade, atraindo não só a população de Juazeiro como também das cidades vizinhas. A pastoral do romeiro era a razão de viver do Padre Murilo. Tomando posse na Diocese do Crato, dom Fernando Panico resolveu afastar o Padre Murilo, de início, da Capela do Socorro para assumir pessoalmente a missa dos dia 20 de cada mês e recolher os óbolos e esmolas para a Diocese. Essa decisão abalou profundamente a saúde emocional do Padre Murilo. No entanto, em razão do voto de obediência ao bispo da Diocese manteve-se o Padre Murilo, mesmo abatido e sofrendo, totalmente dedicado a seu apostolado junto ao povo romeiro. Seu canto "canto de cisne" foi o III Simpósio Internacional Sobre o Padre Cícero, em 2004. Atendendo ao chamado do Padre Murilo renomados pesquisadores e cientistas sociais do Brasil e do exterior acorreram ao Juazeiro para a Ciência e a História mostrarem a grandeza de vida do Patriarca de Juazeiro que acolheu o povo humilde e deserdado dos sertões para construir uma cidade dedicada ao trabalho e oração que se projetou no Brasil como a Capital da Fé.Com a saúde frágil e abalada com sua destituição das funções do Vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, o Padre Murilo não teve mais forças para resistir esse mais duro golpe, afastando-o do seu povo romeiro porque quem dedicado toda a sua.. No dia 5 de dezembro de 2005, Padre Murilo se despediu dos seus queridos romeiros partindo para as glórias do céu encontrar-se com seu grande amigo e antecessor o Padre Cícero, ficando seu nome memorável gravado nos corações da população de Juazeiro e de todos os romeiros e devotos do Padre Cícero. (Originalmente publicado em http://www.juanorte.com.br/geova.html Acesso em 13.03.2016)

NOVO VOO DA AZUL


A Azul Linhas Aéreas Brasileiras estreia hoje sua primeira ligação diária e sem escalas entre Juazeiro do Norte e o Recife. A operação, que é exclusiva, será feita com o moderno turboélice ATR 72-600, de 70 assentos. Tarifas estão disponíveis a partir de R$ 69,90 ou 5.000 pontos do Tudo Azul o trecho, de acordo com as regras vigentes da companhia. A nova ligação faz parte de uma expansão no Recife anunciada pela Azul no fim de janeiro, que envolve voos da capital pernambucana para 12 novas cidades em todas as regiões do país. Com a opção de voo para o Recife, os clientes que partem de Juazeiro do Norte poderão chegar, por exemplo, a todas as demais capitais nordestinas e interior da região – ao todo, são mais de 20 opções de conexão. “Para os clientes de Juazeiro do Norte que buscam, sobretudo, acesso mais rápido às demais cidades do Nordeste, mas também boas conexões para todo o Brasil, este é um ganho muito importante. Com a novidade do voo para o Recife, facilitamos negócios e turismo para o Cariri, melhorando o acesso a Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha”, afirma Marcelo Bento, diretor de Planejamento e Alianças da Azul. A Azul também passa, a partir de hoje, ter o quarto voo diário do Recife para a Capital cearense, também como parte dos investimentos no Nordeste. A Azul conta com até três voos por dia em Juazeiro do Norte atualmente, com destino ao Recife e a São Paulo (Campinas). E com até 13 voos diários em Fortaleza. Os destinos servidos são: Belém, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Recife, São Luís, Teresina e São Paulo (Campinas e Guarulhos). 
Obs.: Na ilustração, os horários de voos em nosso Aeroporto, a partir de informações da Infraero.

JESUALDO FARIAS NA GALERIA DE EX-REITORES
A Galeria dos ex-Reitores da Universidade Federal do Ceará será acrescida do retrato do Prof. Jesualdo Pereira Farias, assinado pelo pintor Ernane Pereira. A aposição do retrato, que tem 1,16m de altura por 81cm de largura, aconteceu às 10h da última sexta-feira (18), no Salão Nobre da Reitoria, no bairro do Benfica, em Fortaleza. O Reitor Henry de Holanda Campos recebeu a comunidade universitária para a solenidade. Jesualdo Farias foi Reitor da UFC entre 2008 e 2015. Ele deixou o cargo para ser o atual secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, em Brasília. Tem, em seu currículo, a criação do Laboratório de Engenharia e Soldagem da UFC, além de ser um dos fundadores de cursos de graduação e pós-graduação do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Instituição. Foi consultor de órgãos de educação e pesquisa, como CNPq, Funcap e MEC. Participou de missões oficiais em vários países e publicou mais de 190 trabalhos, dentre outros feitos. (Fonte: Coord. de Com. Soc. e Marketing Inst. da UFC)
PROGRESSO, A PRIMEIRA A MIGRAR PARA FM
A Rádio Progresso, de Juazeiro do Norte (CE), a mais de 500 quilômetros de Fortaleza, foi a primeira emissora a fazer a migração da AM para a FM no País. A solenidade foi realizada, nesta sexta-feira (18), às 20h30, na sede da emissora e contou com a participação do ministro das Comunicações, André Figueiredo. A migração é uma antiga reivindicação dos radiodifusores brasileiros. Com a alteração, as emissoras transmitirão com melhor qualidade e menor interferência. Além disso, os veículos poderão ser sintonizados por dispositivos móveis, como celulares e tablets. A mudança de faixa foi autorizada por um decreto presidencial em 2013. Atualmente, 1.781 emissoras estão na frequência de AM no Brasil. Desse total, 1.386 pediram a mudança de faixa e 937 rádios já poderão fazer a migração neste ano de 2016. Outras 437 emissoras terão de aguardar a liberação de espaço na faixa de FM, o que vai ocorrer com a digitalização da TV no País. No mês passado, o Ministério das Comunicações começou a emitir os boletos de pagamento da outorga para mudança da faixa. Os valores para começar a transmitir a programação em FM variam de R$ 8,4 mil até R$ 4,4 milhões. A tabela foi elaborada com base em critérios como índices econômicos, sociais e população do município em que a rádio está localizada, além do alcance. Após a quitação do boleto pelo radiodifusor, o Ministério das Comunicações emite o ato que autoriza a migração de faixa. Na sequência, as rádios devem apresentar uma proposta de instalação da FM e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a permissão de uso da radiofrequência. Depois da liberação gerada pelo órgão regulador, os veículos já podem começar a transmitir a programação na faixa de FM.

Obs.: A foto que ilustra esta nota é do dia da inauguração dos transmissores da Rádio Progresso, no Salgadinho, em 1967, com a presença do então governador do Estado do Ceará, Dr. Plácido Aderaldo Castelo. Dentre outros, são vistos o Gov. Plácido Castelo, a sra. Maria Amélia Bezerra, o Dr. Mauro Sampaio, e os jornalistas Walter e Geraldo Barbosa.