domingo, 26 de fevereiro de 2012

24.02.2012
QUE RUA É ESSA (II)

Vamos continuar provocando a curiosidade de nossos leitores, pedindo ao mesmo tempo que eles se pronunciem – nos escrevam esclarecendo nossa ignorância sobre estes flagrantes que vamos colecionando sem que saibamos ao certo do que se identifica completamente. Hoje vamos facilitar um pouco, dando opções. Vamos transformar a questão numa provinha de múltipla escolha. Estamos usando alguns nomes antigos como Rua Nova, Rua São João, Santo Antonio. Como tratamos de cruzamentos como referência, considere o mais próximo do que a foto registra. Divirtam-se, se for possível. E, bom passeio por este Juazeiro antigo.







23.02.2012
VIRGÍLIO DE MORAES FERNANDES TÁVORA
Virgílio de Moraes Fernandes Távora nasceu em Fortaleza, em 29.11.1919, filho de Manuel do Nascimento Fernandes Távora e de Carlota Augusta de Moraes Fernandes Távora. Filho do médico, jornalista e político Fernandes Távora, revolucionário em 1930 a 1931, constituinte de 1934 e de1946, deputado federal de 1935 a 1937 e de 1946 a 1947 e senador de 1947 a 1951 e de 1955 a 1963. Seu antepassado mais ilustre teria sido o marquês de Távora que, perseguido por Pombal em 1759, se refugiou no sertão do Ceará. Entre seus tios, Juarez Távora participou da revolta de 5 de julho de 1924, em São Paulo, integrou a Coluna Prestes e teve atuação fundamental na Revolução de 1930, tornando-se a partir de então ministro da Viação e Obras Públicas (1930) e da Agricultura (1932-1934), candidato a Presidência da República em 1955, deputado federal pela Guanabara de 1963 a 1964 e novamente ministro da Viação e Obras Públicas de 1964 a 1967. Outro tio, Joaquim Távora, participou do levante tenentista de Mato Grosso em 1922 e morreu em combate na revolução de 1924, em São Paulo. Seu filho, Carlos Virgílio Augusto Távora, eleito deputado federal pelo Ceará na legenda do PDS em novembro de 1982. Seu concunhado, Flávio Marcílio, foi governador do Ceará (1958-1959) e deputado federal (1963 e 1964-1987, 1990-19920.
Estudos e Graus Universitários: Curso Primário no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, em sua cidade natal; Secundário nos colégios Militar do Ceará e Militar do Rio de Janeiro, no então Distrito Federal. Escola Militar do Realengo, 1938; Curso de aperfeiçoamento de oficiais, 1942; Escola de Estado-Maior do Exército, 1947; Escola Superior de Guerra, 1953.
Atividades militares: Aspirante-a-oficial da arma de engenharia, Escola Militar do Realengo, Rio de Janeiro, 1938; Segundo-tenente e Primeiro-tenente, 1941; Diretor da Escola Regimental, chefe do escritório técnico da rodovia Itajubá-Piquete (SP) e instrutor do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR); Comandante, Companhia de Equipagens e Pontes; Capitão, 1944; Instrutor, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e da própria ECEME, 1947; Major, 1950; Tenente-coronel, 1953; Coronel, 1960; Instrutor da Escola de Aperfeiçoamento do Exército; Instrutor da Escola de Estado Maior.
Atividades PartidáriasSecretário-Geral, Executiva Nacional da União Democrática Nacional (UDN),1953; Vice-Presidente, Executiva Nacional da União Democrática Nacional (UDN),1957 e 1959; Secretário-Geral, Comissão Nacional pró-candidatura Jânio Quadros, 1959; Vice-Líder da Arena, 1969-1974; Membros Executivas Nacional e Regional da ARENA,1968; Segundo-Secretário, Executiva Nacional da ARENA,1969; Vice-Presidente, Executiva Nacional da ARENA,1975-1976. CONGRESSO NACIONAL Presidente da Comissão Mista de Orçametno do Congresso Nacional, 1970. SENADO FEDERAL Vice-Líder do Governo para assuntos econômico-financeiros ,1973-1974; Vice-Líder do Governo,1975 a 1978 e 1982-1984; Vice-Líder do PDS, 1985.
Atividades Parlamentares: ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE: Suplente da Subco-missão de Princípios Gerais, Intervenção do Estado, Regime da Propriedade do Subsolo e da Atividade Econômica; Suplente da Comissão da Ordem Econô-mica e Titular da Comissão de Sistematização. SENADO FEDERAL: Encarregado da defesa da política econômica do governo no Senado, 1969-1974; Vice-Presidente da Comissão de Finanças e Membro Titular das Comissões de Relações Exteriores, de Trans-portes e de Segurança Nacional, bem como da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Relator dos projetos da TELEBRÁS e da Perimetral Norte. Vice-Líder do Governo para assuntos econômico-financeiros (1973-1974). Vice--Presidente da Comissão de Finanças (1973-1974). Vice-Presidente da Comissão de Relações Exte-riores do Senado (1975-1976). Membro da Comissão de Relações Exteriores (1982 a 1984); Relator da Comissão Mista, 1983; Titular das Comissões de Finanças, de Economia, de Ciência e Tecnologia, de Fiscalização e Controle (1982, 1984 a 1986). Primeiro-Vice-Presidente da Comissão de Relações Exteriores (1985-1986). Suplente da Comissão de Serviço Público CMI (1985-1986). CÂMARA DOS DEPUTADOS: COMISSÕES PERMANENTES: Economia: Titular, 1952-1954, e Suplente, 1955-1957; Orçamento: Presidente, 1970, e Titular, 1967-1970; Orçamento e Fiscalização Financeira: Titular, 1955-1958; Relações Exteriores: Suplente, 1967-1970; Segurança Nacional: Titular, 1951-1952.
Cargos Públicos: Ministro de Viação e Obras Públicas; Membro do Conselho Nacional do Serviço Social Rural; Membro do Conselho Consultor da Novacap.
Profissões: Engenheiro e Militar.
Mandatos: Deputado Federal (1950 a 1954, 1954 a 1958, 1966 a 1970); Governador do Estado do Ceará, 1963 a 1966, 1979 a 1982); Senador (1971 a 1978, 1983 a 1988).
Homenagens Recebidas: Medalha Duque de Caxias; Prêmio Valor Militar; Medalha de Bons Serviços; Medalha Marechal Hermes (Estrelas de Ouro); Medalha Mauá; Medalha do Pacificador; Medalha da Ordem do Tesouro Sagrado (Primeira Classe - Japão); Medalha do Mérito Nacional (Primeira Classe - Alemanha); Medalha do Mérito Agrícola; Medalha de Tamandaré; Medalha do Patriarca; Medalha Cândido Rondon; Medalha José Bonifácio; Medalha do Sesquicentenário do Senado Federal; Medalha Bárbara de Alencar; Medalha Nilo Peçanha; Medalha da Abolição; Medalha da Escola Técnica Federal do Ceará, 70 Anos; Medalha da Ordem do Mérito Militar, Grande Oficial; Medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho; Cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro; Doutor Honoris Causa (Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Filosofia do Ceará, Escola de Administração do Ceará); Cidadão Honorário de Parnaíba; Cidadão Honorário de inúmeros Municípios do Ceará, incluindo Juazeiro do Norte (07.09.1965).
Trabalhos Publicados: Távora, Virgílio de Moraes Fernandes. Acordo Sobre Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear; assinado entre a República Federativa do Brasil e a República Federal da Alemanha (Bonn - 27 de junho de 1975). Brasília, Senado Federal, 1976. 2v. Il.; Contas do Presidente da República, 1975. Parecer. Brasília, Senado Federal, 1978. 179 P. Il.; Em Defesa da Política Nuclear Brasileira. Brasília, Senado Federal, 1973-1974. 166 P. Il.; Petrobrás. Brasília, Senado Federal, 1975. 236 P.; Pronunciamento. Brasília, Senado Federal, 1976. 623 P. Il.; II Simpósio de Estudo de Problemas Brasileiros: Acordo Nuclear Brasil - Alemanha. Fortaleza, Unifor, 1977. 100 P. Il.; Trabalhos Legislativos, 1971; Discursos. Brasília, Senado Federal, 1972. V. Il.; Trabalhos Legislativos 1971; Discursos. Brasília, Senado Federal, 1972. V. Il.
Missões Oficiais: Viagem de estudos a diversos países da Europa; Observador Parlamentar junto à XII Conferência Geral da Agência Internacional da Energia Atômica (AlEA), Viena ,1968; Simpósio Regional do Algodão, Recife, PE, 1968; Membro da Delegação Brasileira à Conferência Interparlamentar de Roma,1973; Chefe da Delegação Brasileira à LXI Conferência Interparlamentar de Tóquio ,1974; Chefe da Delegação Brasileira ao 118º Congresso Interparlamentar - Cidade do México ,1976; Membro da Comitiva Oficial do Exmo; Sr; Presidente da República, em sua viagem ao Japão ,1976; Observador Parlamentar junto à XXI Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Rio de Janeiro,1976; Membro da Delegação Brasileira à Conferência Interparlamentar na Bulgária ,1978; Membro da Comitiva Oficial do Exmo Sr; Presidente da República, em sua viagem à Alemanha ,1978.
Algumas homenagens: Aeroporto Coronel Virgílio Távora - Boa ViagemAutódromo Internacional Virgílio Távora - EusébioAvenida Senador Virgílio Távora – Fortaleza; Centro Administrativo Governador Virgilio Távora – Fortaleza; Centro Administrativo Governador Virgilio Távora - Boa Viagem; Escola de Ensino Fundamental Senador Virgílio de Morais Fernandes Távora - PacajusEstádio Municipal Governador Virgílio Távora - CratoAvenida Governador Virgílio Távora - Jaguaribe; Avenida Virgilio Távora – Juazeiro do Norte.
Era casado com Luisa Moraes Correia Távora e o casal teve dois filhos: Carlos Virgílio e Tereza Maria. Faleceu em São Paulo, em 03.06.1988


Fotos: Presença do Governador Virgílio Távora nas celebrações do dia da Pátria (07.09.1965) cumprindo uma programação de inaugurações no município (1.Nova sede da Prefeitura Municipal – Palácio José Geraldo da Cruz; Centro Artesanal Pe. Cícero Romão Baptista; Praça Dirceu Figueiredo; Quadra de Esportes da CELCA; Sede do Centro Estudantal Juazeirense; Centro Telefônico da COTEJUNO; Sede do 4º Batalhão Policial), tendo à frente o prefeito municipal, Cel. Francisco Humberto Bezerra e o presidente da Câmara Municipal, Antonio Fernandes Coimbra (Mascote).
Foto 1: Corte da fita inaugural do Palácio José Geraldo da Cruz, nova sede da PMJN: (da esq. para a dir.) Adonias Sobreira, (chefe da casa militar do governo estadual), -secretário de administração do governo estadual, Cel. Humberto Bezerra – pref. Municipal de JN, Dr. Edwar Teixeira Férrer, ...(?), gov. Virgílio Távora;
Foto 2: Momento em que o gov. Virgílio Távora chega ao prédio da PMJN, acompanhado do Dr. Edwar Teixeira Férrer, sob a observação dos jornalistas Walter de Menezes Barbosa e José Ribeiro de Matos;
Foto 3: Mesa dos trabalhos que presidiu a concessão do título de Cidadão Juazeirense, composta (da esq. para a dir.): Gov. Virgílio Távora, Mascote, Cel. Humberto Bezerra, .....(?), e Dr. Manoel do Nascimento Fernandes Távora. À frente da mesa, à direita, está o então deputado estadual, Adauto Bezerra. Por trás da mesa, os jornalistas Huberto Cabral (Rádio Educadora do Cariri) e Coelho Alves (Rádio Iracema de Juazeiro do Norte).
Foto 4: O Gov. Virgílio Távora faz o seu discurso de agradecimento pela concessão do título de Cidadão Juazeirense. (Da esq. para a dir.): Filemon Telles, ...(?), Gov. Virgílio Távora, Mascote e Cel. Humberto Bezerra. Por trás, Orlando Bezerra, Huberto Cabral e Coelho Alves.


22.02.2012
JOSÉ MARIA DE FIGUEIREDO
José Maria de Figueiredo nasceu na cidade de Juazeiro do Norte, aos dezesseis dias do mês de setembro de 1918. O seu pai, João Alencar de Figueiredo é descendente de portugueses e sua mãe, Zulmira Rosa de Figueiredo, descende das ilustres famílias Rosa, Figueiredo e Brasileiro, de grande influência política no Estado de Pernambuco, onde no ano de 1914, tendo como palco a cidade de Garanhuns, aconteceu uma grande hecatombe política, na qual perderam a vida pessoas, proeminentes da família, destacando-se o Sr. Júlio Brasileiro, chefe político de grande influência e liderança inconteste. Em conseqüência, grande parte da família se dispersou. Recém-casados, João Alencar de Figueiredo e Zulmira Rosa de Figueiredo decidiram fixar residência em Juazeiro do Norte. onde o pai de José Maria foi escolhido secretário particular do Padre Cícero Romão Batista.
Aos seis anos de idade, José Maria de Figueiredo já recebia orientação direta do próprio Padre Cícero, a mando de quem foi encaminhado para estudar, em regime de internato, no Colégio dos Irmãos Maristas, no Horto de Dois Irmãos, em Recife. Anos depois, regressava a Juazeiro do Norte. onde contraiu núpcias com Maria Alacoque Bezerra de Figueiredo, de cujo matrimônio nasceram os seguintes filhos: Amélia Maria de Figueiredo Thé, casada com o major do Exército Nilo Sá Silva Thé; Francisco Ivanhoé Bezerra de Figueiredo,  engenheiro civil, ex-chefe do Dapartamento de Engenharia Civil da COELCE, em Fortaleza e Margarida Magda Bezerra de Figueiredo, casada em segundas núpcias com o magistrado César Ásfor Rocha. Homem de grande visão empresarial,  José Maria de Figueiredo foi um dos pioneiros do Grupo Empresarial Bezerra de Menezes e, na política. foi eleito vereador no ano de 1950, tendo ocupado a presidência do poder Legislativo Municipal por três vezes consecutivas. Em 1982, atendendo o chamado de sua grande legião de amigos, ingressou novamente na política, quando ao lado.do médico Manoel Salviano Sobrinho disputou a Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, numa campanha memorável,  na qual também saiu vitorioso, sendo um dos grandes baluartes do progresso da terra que lha serviu de berço. Divorciado, José Maria de Figueiredo contraiu segundas núpcias com a Sra. Girlena Rosa de Toledo, jovem de fino trato, portadora de uma formação moral, religiosa e humana digna dos maiores elogios, ao lado de quem procurou desenvolver um trabalho amplo a par de uma solidariedade e de uma compreensão sem limites, com simplicidade e abnegação comprovadas. Do casal José Maria de Figueiredo e Girlena Rosa de Toledo, nasceram os seguintes filhos, que completaram a felicidade e o encantamento do lar: João José de Figueiredo Neto, Morgana Zulmira Rosa de Figueiredo e José Maria de Figueiredo Filho. Afeiçoado ao romantismo desde os tempos da mocidade, José Maria de Figueiredo lê e escreve poesias, e assim como conserva com carinho uma invejável coleção dos melhoras cancioneiros do Brasil. Participe de muitos movimentos literários, José Maria de Figueiredo sempre que procurado, tem emprestada a sua contribuição em campanhas de âmbito cultural, razão porque é tido entre os artistas da terra como um dos maiores benfeitores da cultura regional. Afilhado de batismo do Padre Cícero Romão Batista, de quem é devoto fervoroso. José Maria de Figueiredo recebeu diretamente do Taumaturgo do Nordeste as lições de humanidade e de amor ao próximo, qualidades que lhe são características no convívio diário com pessoas de todas as classes e de todos os credos. Desprovido de qualquer tipo de vaidade pessoal é, no entanto, figura de grande destaque no seio da sociedade caririense, onde goza de largo prestígio e dispõe de vasto círculo de amizades, sendo uma das pessoas mais queridas e estimadas da cidade. Zezinho Figueiredo, como era mais conhecido José Maria de Figueiredo faleceu em Fortaleza, no dia 29 de novembro de 2010, aos 93 anos. Seu corpo foi velado em Fortaleza e no dia seguinte, 30, o cortejo fúnebre o levou para sepultamento no Cemitério Parque da Paz.

Foto 1: Álbum de família – A família de João Alencar de Figueiredo na casa do Pe. Cícero, 1923; (Da esq. para a dir.): no primeiro plano: Maria Consuelo de Figueiredo (filha), Pe. Cícero Romão Batista, João Alencar de Figueiredo e José Maria de Figueiredo (filho); Por trás: Joana Tertulina de Jesus (beata Mocinha), Maria Violeta de Figueiredo (filha) e Zulmira Rosa de Figueiredo (esposa). 

Foto 2: Álbum de família - A família Bezerra de Menezes, começo dos anos 50, reunida na Casa Grande. (Da esq. para a dir.): Sentados: Salete Cruz Bezerra de Menezes (com Tereza Fátima, no colo); Neide Bezerra Tavares, José Bezerra de Menezes (com Amélia Maria – Neneca, filha de Alacoque e José Maria de Figueiredo), Maria Amélia Rodrigues Bezerra (com Moema, filha de Lídia e Adauto), Alacoque (com Ivanhoé, no colo); De pé: Leandro Bezerra de Menezes, Cap. Francisco Humberto Bezerra, Aderson Tavares, Ivan Rodrigues Bezerra, Lídia de Almeida Bezerra, José Adauto Bezerra, Orlando Bezerra de Menezes e José Maria de Figueiredo.


21.02.2012
TRÂNSITO

Recebi por e-mail, da parte de Chagas Lima, RP da empresa Cajuína São Geraldo um convite para “participar ativamente do resgate de amor à nossa Juazeiro.” Confesso: com tal explicitação, não havia ainda recebido uma convocação tão incisiva. Uma vez chamado, é o caso de se dizer, “...e verás que um filho teu não foge à luta”, exatamente pelo motivo primeiro de achar que isto é um dever cidadão de cada um de nós. A motivação mais objetiva vem da constatação de um dos problemas graves do crescimento desordenado de nossa cidade amada, nossa cidade mãe. Reside, neste instante, no trânsito a maior preocupação de quem nos convoca, na certeza de que pela formação de um amplo fórum de discussões esta questão será bem encaminhada e, possivelmente, melhor equacionada. Não tenho dúvida. Aos governos, geralmente, assoma uma condição de onipotente por seu aparelho administrativo que parece frequentemente dispensar a participação popular e das lideranças acreditadas. E quando se diz participativa, na iniciativa do próprio governo, geralmente incorre num discurso falacioso, enganoso, populista, desde a raiz. O trânsito é bem um exemplo disto. Sempre albergado nos aparelhos da própria segurança do município, e não resta dúvida, suas ações costumam vir por decisões de cima para baixo, sem consultas e a discussão necessária com a qual se amadurece a ação a ser implementada. A convocação a que aludi começa por mencionar forças vivas da sociedade, instaladas institucionalmente no que se tem de melhor nos clubes de serviços, faculdades, universidades, sindicatos e associações que, objetivamente, trabalhariam idéias que promovam a requalificação do nosso trânsito. O pedido de socorro, bem assim se pode ler, parece dizer bem alto que há uma enorme obstrução em todas as vias de utilização de veículos e povo. É como se viajássemos céleres para um impasse que levaria o tráfego ao colapso inevitável. A questão envelheceu rapidamente e porque não se fez qualquer planejamento ao que se vislumbrava há quase 90 anos atrás, agora temos um grande embrulho. Temos muito escrúpulo em tratar da promoção da descentralização das zonas ativas da cidade. Os bairros vão adquirindo suas autonomias porque, minimamente, município, estado e até união vão provendo as áreas por instalações da estrutura de atendimento, mas há o vácuo do planejamento global, o plano diretor que deve orientar a propriedade desta expansão. Até admito que exista um plano diretor que oriente ações municipais. Mas, até quando, em cima desta premissa, o tal planejamento participativo municipal se faz, senão com o clamor patético de quem até poderia dizer: então, pessoal, o que é vocês estão querendo? Ora, no caso específico das vias trafegáveis, nós continuamos a privilegiar a implantação de loteamentos e abertura de novas vias como se só tivéssemos carroças em dias de sábado. Vias que já nascem superadas para a atual realidade do volumoso número de veículos em trânsito pela cidade. E se a cidade se verticaliza, gradativamente, introduz mais um complicador ao quase caos. Com a objetividade com que a questão se apresenta, a convocação enumera alguns itens que são preocupantes. O primeiro deles é a via de acesso ao aeroporto. Convenhamos que mesmo reconhecendo que a utilização do aeroporto está mais vinculado às direções da saída da cidade (Crato, Barbalha) através das avenidas. Virgilio Távora, Manoel Alencar, Humberto Bezerra, e Castelo Branco, não se pode deixar de considerar a propriedade de uma terceira via que possa estar incluída no traçado já esboçado para um anel viário no entorno da cidade. Neste particular, recebo com muita simpatia a indicação de uma via marginal à via férrea que, uma vez considerada, será oportunamente objeto da extensão do metrô do Cariri para Missão Velha, pois será muito estranho não considerar a presença do terminal da Transnordestina, em construção. A convocação nos indica também a necessidade de se rever o binário São Pedro/São Paulo, através da viabilização de alternativas, talvez por uma melhor qualificação das São José/da Glória, penso eu. Além do mais, são menções importantes a abertura da cidade em direções preestabelecidas como as direções de Missão Velha e Crato, via Logradouro. Nesta última, já foi dada alguma partida para admitir a Paulo Maia como uma destas possibilidades que envolvem a congestionada via Juazeiro-Crato. A engenharia de trânsito, certamente, dispõe de trunfos que permitirão uma boa revisão e um equacionamento temporário para estes problemas. Muito se tem falado na possibilidade de começar a implantar viadutos em cruzamentos críticos, ou de passagens inferiores que alguns já tratam com “túnel”. De qualquer modo, os usuários de veículos e todo o povo de Juazeiro do Norte espera, sinceramente, que a situação complexa deste dia-a-dia não seja mais protelada e cada um de nós trate de influir, institucionalmente, para que este drama ceda a outras preocupações maiores que possam garantir a vida em nossa cidade, para nosso trabalho e dedicação civil, em busca de uma melhor qualidade para nosso viver. O que não pode acontecer é que a questão do trânsito seja a principal luta neste caminho. Seria reduzir demais a nossa condição de pessoas que podem competentemente gerir o seu futuro. Aí, sim, bem encaminhados nesta direção, haveremos como responder claramente o que é este Cariri que queremos, para que ele seja uma região forte e promotora do bem estar de seus cidadãos. Não é simples. Não tenho ilusões. Mas, se bem entendo, é necessário reunir, discutir, convencer, realizar, por menor que seja a iniciativa. Não podemos apenas nos acostumar a fazer barulho, embora reconheçamos que há muitos encastelados nos poderes que esperam por isto, pois se habituaram a responder apenas às provocações ruidosas. O civilizado está noutra direção: naquela em que não se pode fugir às boas e convincentes argumentações. Com elas, avançamos. E, certamente, assim, o Juazeiro do Norte e o Cariri serão muito melhores que este espanto que vivemos presentemente.        



20.02.2012
JOSÉ AFONSO DE OLIVEIRA
José Afonso Oliveira, nasceu na cidade de Sousa, Paraíba, em 2 de junho de 1942, sendo seus pais, Manoel Casemiro de Oliveira e Hermínia Couras de Oliveira. Viveu boa parte de sua infância na cidade paraibana de Cajazeiras. Ali ele pode ingressar nas primeiras letras, quando fez o curso primário na Escola Pública do Distrito de Engenheiro Ávido. Logo após este período ingressou no ginásio, sendo desta feita, no Salesiano Padre Rolim, onde fez as últimas séries do primário e o ginasial completo, terminando em 1959. Sua família neste período resolve fixar residência na cidade de Juazeiro do Norte, onde José Afonso começa uma nova jornada de vida, principalmente pela luta de sua própria sobrevivência, encontrando ai o seu primeiro emprego, de balconista de uma loja de tecidos. Não parecia esta a sua inclinação para os negócios do comércio e tratou logo de fazer o Curso Técnico de Contabilidade e ingressava no mundo dos números, quando foi contratado pelo Banco de Crédito Comercial S/A (BCC), agência de Juazeiro do Norte, nas funções de agente de serviços. O curso Técnico era concluído em 1962 e o aprendizado bancário lhe fora favorável, pois numa margem muito curta de tempo, apenas três anos, já exercia as funções de Contador do referido estabelecimento bancário. Sua visão no futuro o credenciava para novos rumos naquela fascinante e ascendente profissão que abraçara. Foi quando deixou o BCC e ingressou no Banco da Bahia S/A. no qual foi assistente da Gerência e, em seguida, Gerente nas cidades de Juazeiro do Norte, Crato, Fortaleza e Teresina. Em 1968 José Afonso já estava casado com a sua primeira esposa e dessa união nasceram Hermínia Lúcia e Roberta. Por sua visão e competência no ramo bancário, foi convidado a compor o Grupo Bezerra de Menezes, no quadro diretivo do Banco de Juazeiro S.A., na função de Diretor Gerente, vindo a ser transformado anos depois em Banco Industrial e Comercial S/A (BIC). Nesta função Jose Afonso permaneceu até 1975, foi quando resolveu fortalecer o seu currículo e principalmente lhe dar maior respaldo na atividade que ocupava, indo fazer o vestibular na Universidade Federal da Paraíba, logrando excelente colocação. José Afonso de Oliveira, homem de sete instrumentos, não esmorecia e o seu maior sonho seria atingir uma grande instituição bancária na órbita estatal, e isso ele tinha certeza que um dia chegaria. Foi convidado pela direção central do Banco do Ceará – Bancesa para gerenciar a agência de Juazeiro do Norte, no que aceitou prontamente, permanecendo ali ate 1979. Foi quando recebeu o convite por parte do então governador do Estado, Virgilio Távora, para assumir a Diretoria de Câmbio e Comércio Exterior do Banco do Estado do Ceará - BEC. O seu grande sonho se realizava e suas metas atingidas. Neste ínterim José Afonso de Oliveira colava grau na Universidade Federal da Paraíba, Campus de Sousa, como bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, por aquela Universidade. Após o término do governo de Virgílio Távora, José Afonso era convidado pelo então Ministro das Minas e Energia, César Cals Oliveira Filho, para assumir uma das assessorias do Gabinete, em Brasília, onde permaneceu até o final do mandato, em 1985. Sua maior paixão sempre foi o futebol, principalmente quando se falava do Guarani Esporte Clube de Juazeiro do Norte, defensor ferrenho deste simpático clube esportivo da terra do "Meu Padim". Com essa marca registrada de grande desportista, José Afonso empresariou grandes promoções esportivas no Vale do Cariri, trazendo do Sul do País os maiores nomes do futebol nacional, destacando-se principalmente, Garrincha, Pelé, Rivelino, Zico, Carlos Alberto e outros. Mas não bastava estes empreendimentos, ele conseguiu trazer de uma só vez, para toda a região do Cariri, lotando o "Romeirão" de Juazeiro do Norte, as duas maiores equipes do Rio de Janeiro e São Paulo, como eram Vasco da Gama e Corinthians, quando pela última vez o jogador Sócrates vestia a camisa do clube paulista, seguindo depois para a Itália. Homem de ilimitado número de amigos, pois uma das características que mais enfatiza a personalidade de José Afonso é o poder de comunicação o que o tornou perante as entidades de que fez ou faz parte como um líder nato. Por isso foi guindado à Presidência da Associação Comercial de Juazeiro no Norte, com destacado trabalho junto a comunidade comercial do município, onde pelo seu efetivo desempenho foi reeleito em dois mandatos. Também foi membro da Loja Maçônica Cavaleiros Espartanos, pertencente ao Grande Oriente do Ceará, na cidade de Juazeiro do Norte. Foi Senador da Câmara Júnior do Brasil, com larga folha de serviços prestados aquela sociedade, além de pertencer a várias entidades de cunho social e cultural. Politicamente José Afonso esteve ligado a ala do deputado federal Mauro Sampaio a quem seguiu fielmente, norteado pelo mesmo espírito de luta e defesa dos interesses maiores de sua gente. A vida de José Afonso Oliveira não se detém apenas ao trabalho diuturno, pois sempre aliou o seu impulso de dinamismo a criatividade, tornando assim a vida mais amena e saudável, principalmente com o conhecimento adquirido através das viagens feitas ao exterior destacando-se Uruguai e Argentina, em 75, países da Europa, em 75, África e Estados Unidos, em 78, dentre outros. Mais recentemente esteve na Inglaterra, em viagem de estudos e Estados Unidos. Durante a sua larga folha de serviço prestado ao seu Estado José Afonso recebeu vários elogios por parte de autoridades, destacando-se o do Ministro das Minas e Energia,César Cals Oliveira Filho, do deputado federal Mauro Sampaio, e recebeu o Título de Cidadão Honorário de Juazeiro do Norte. José Afonso Oliveira é casado em segundas núpcias com Sandra Maria Nery. Nas Eleições de 2010, José Afonso concorreu a uma vaga de deputado estadual à Assembléia do Ceará, pela legenda do Partido da Mobilização Nacional (PMN), não logrando êxito. Atualmente é Procurador do Município de Cascavel.
Foto: Encontro de confraternização com a crônica esportiva de Juazeiro do Norte. (Da esq. para a dir.): Luiz Marques, José Viana Neto, Luiz Carlos de Lima, ...(?) Pe. Murilo de Sá Barreto, Orlando Bezerra de Menezes, José Wilton Bezerra, José Afonso de Oliveira, Wellington Amorim, Coelho Alves, José Carlos Pimentel, Jackson Pires Barbosa, João Eudes Bernardo e Erivan Xavier. Sem data.


19.02.2012
AMÂNCIO QUINTINO GONÇALVES
Amâncio Quintino Gonçalves, mais conhecido como Amâncio Quintino ou Mestre Amâncio, nasceu em Juazeiro do Norte aos 28 dias do mês de Novembro de 1910. Filho de João Quintino Gonçalves e Maria Aureliana de Lima Gonçalves, seu pai era juazeirense e sua mãe uma alagoana.
Mestre Amâncio é uma dessas figuras inesquecíveis por sua bondade, desprendimento e, sobretudo, pelo pioneirismo e atividade que sempre marcaram as ações de sua vida. Iniciou-se no trabalho aos 15 anos, aprendendo muito cedo os segredos da carpintaria e marcenaria na oficina do falecido Antonio de Melo, que também mantinha a única casa mortuária de Juazeiro à época da morte do Padre Cícero. E não podemos deixar de registrar um caso, no mínimo curioso, na vida do jovem mestre Amâncio. Coube-lhe a tarefa de confeccionar não uma, mas duas urnas mortuárias para o taumaturgo do Nordeste. Duas, porque a primeira foi totalmente desfeita pelo povo que lhe tirava pedaços para servir de relíquia do Santo Padim. Aos 18 anos já era o homem de confiança de Antonio de Melo que lhe dava total apoio e incentivo. Graças à sua fértil imaginação e iniciativa montou a primeira fabriqueta de telas de aço para camas, com uma máquina alemã adquirida em Fortaleza.  Anos depois, quando instalou sua própria oficina de móveis e uma casa mortuária, aproveitou a oportunidade para "inventar" também uma máquina de fazer telas para cama e estuque, chegando a construir, sob encomenda, mais de dez máquinas para várias cidades do interior nordestino. Em 1938 mudou-se para o Crato e lá, alguns anos depois, montou a primeira serraria do Cariri de propriedade de Simões Louro um português de muita visão. Por causa da II Grande Guerra, comprar máquinas era muito difícil, então a solução era construir lá mesmo as serras de fita, as tupias, serras circulas e os desempenos. E assim, por força da necessidade, Mestre Amâncio transforma-se num quase inventor, resolvendo com competência e criatividade, os problemas industriais de uma empresa em formação. Na Princesa do Cariri os seus negócios prosperaram rapidamente. Fundou a Movelaria Elite, com um salão de exposições na Praça 13 de Maio (hoje seria um "show-room") e paralelamente a Carpintaria Progresso, fabricante de carrocerias de Ônibus e caminhões e tesouras de madeira para construções. Em 1947 mudou-se definitivamente para Juazeiro do Norte, onde em sociedade com Odilon Figueiredo, instalou outra serraria, tendo também, de construir as máquinas que não eram encontradas em Fortaleza e Recife. Os seus conhecimentos da região caririense e sua curiosidade pelas máquinas, o levaram a representar a Sociedade Brasileira de Máquinas e Motores (a antiga OTTO DEUTZ), e graças a um trabalho inteligente conseguiu quebrar vários recordes, vendendo máquinas para oficinas mecânicas, serrarias, olarias e pequenas metalúrgicas, financiando, muitas vezes do próprio bolso, a entrada que os clientes não podiam pagar. Encaminhou muita gente na vida profissional, ensinando os ofícios de carpinteiro, marceneiro, serralheiro e até de mecânico. Sempre de mente aberta, procurou estimular nos seus amigos a idéia de industrialização do Cariri e para isso deu sua contribuição. Como pioneiro, introduziu no Cariri a primeira folha de compensado, a primeira folha de flandres, a primeira fabricação de portas pantográficas e de enrolar. Brinquedos, de madeira, espanadores e até navalhas para desempenos foram fabricadas e largamente vendidos por Mestre Amâncio, um artesão com sonhos de industrial. Amâncio Quintino foi casado com Edite Sobreira Quintino, a companheira leal e amiga por mais de 50 anos. Do casamento nasceram os filhos Aldemir, José Alceli, Almeri (falecida). Francisco de Assis e Célia. Foi, por toda a vida um batalhador inquieto, de olhos vivos, sempre disposto a atender aos seus amigos na solução de problemas ligados à pequenas indústrias do Cariri.
18.02.2012

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NOVOS DOCUMENTOS....
De vez em quando surge um novo documento assinado pelo Pe. Cícero. Encontro no site a seguinte nota: “Padre Cícero Romão Batista (1844/1934) tinha diversos afilhados espalhados por todo o Nordeste. Na Paraíba e em Esperança não podia ser diferente! Ele próprio chegou a dizer: “Conheço de perto o coração parahybano: lá, quem não é meu afilhado é meu compadre” (A União, 21/02/1930). Em nossas pesquisas encontramos uma carta endereçada a um de seus compadres residentes em nosso município. A missiva, de difícil leitura, está escrita a mão e tem o timbre oficial do religioso. Em algumas linhas podemos identificar o local e a data (Juazeiro, 22 de setembro de 1931) e o objetivo (procurar uma pessoa de bem da sociedade para apresentar os meninos em meu lugar). Estas pelo menos foram as palavras inteligíveis que conseguimos decifrar, com a ajuda do nosso amigo Marquinhos da Xerox. O documento pertence ao acervo do colega José de Arimatéa, que gentilmente nos cedeu para cópia digital.” Eis o link do site:

http://historiaesperancense.blogspot.com/2012/01/esperanca-carta-do-padre-cicero.html

DONA JOSEFA...
Li com prazer, numa reportagem do Diário do Nordeste (15.02) a notícia da celebração dos 108 anos da senhora Josefa Maria da Conceição, uma pernambucana do Brejo da Madre de Deus, que chegou a Juazeiro do Norte em 1919 e aí residiu por muitos anos. Certamente, uma das mulheres mais resistentes deste Ceará. Ela dá um depoimento muito interessante sobre a cidade que conheceu nos seus primórdios, a chegada do trem, a figura do padre Cícero e a seca de 1932, dentre outros fatos marcantes de sua existência. Hoje ela vive modestamente numa casa de taipa, num distrito de Antonina do Norte, sob as atenções de uma filha de 76 anos de idade. Como está muito lúcida, até alertaria a algum interessado, especialmente dedicado a história oral, para que aprofundasse mais este conhecimento que está na memória de dona Josefa, pois isto é importantíssimo para se conhecer os caminhos de nossa própria existência.

IVONETE...
Quando decidimos pela abertura da festa centenária do município de juazeiro, coincidindo com o centenário de O Rebate, eu fui à Associação Cearense de Imprensa, dirigida por Ivonete Maia para pedir o apoio da instituição na realização de uma exposição sobre a centenária imprensa de Juazeiro do Norte. Ela me recebeu com grande entusiasmo, pois já nos conhecíamos da UFC, onde ela exercia a função de Ouvidora, convidada por Jesualdo Farias. Na nossa programação, era Ivonete Maia que abriria a exposição que aconteceu no CCBNB no exato dia deste centenário. Mas, Ivonete já tinha duas coisas que a limitava: a sua agenda já comprometida e a indisposição para viajar, especialmente de avião. No dia, Ivonete esteve “presente” com uma gravação de uma mensagem em vídeo e isto nos confortou muito. Há pouco, mal havia saído de uma leitura prazerosa nas páginas azuis de O Povo, recebo a notícia de que Ivonete faleceu neste dia 14.02 para grande tristeza nossa. Ela foi vítima de um câncer no esôfago, apesar do tratamento que vinha realizando. Vai fazer falta.

RAPIDEX...

O processo que trata da criação da Universidade Federal do Cariri está estacionada na Comissão de Educação e Cultura, à espera do parecer do seu relator, deputado federal Francisco Ariosto Holanda. Enquanto isto, não há nenhuma reunião ordinária agendada. Esta ainda é a segunda instância de uma comissão técnica, devendo ainda passar por mais duas outras.

Ah! O tempo, como voa. Já passamos um ano inteiro de saudades de Francisco de ASSIS FERREIRA dos Santos (Cronista do jornal Folha da Manhã). Até parece que foi ontem. Sua família (principalmente Maria de Oliveira dos Santos, e os filhos, Leonardo, André, Juliano e Lucas) esteve reunida por ocasião da Missa do primeiro ano de falecimento, que foi celebrada no dia 13.02.2012, às 12:00, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus (Salesianos).

Já foi lançado o projeto para a construção do Bristol Golden Towers Hotel, Avenida Plácido Castelo, 1755 (Bairro Lagoa Seca) em Juazeiro do Norte, mais novo empreendimento hoteleiro da cidade. Embora a obra só fique pronta em maio de 2015, com seus 238 apartamentos, me surpreendeu o fato de que no site de reserva do hotéis da Bristol (http://www.bristolhoteis.com.br/br/home/) já conste a opção de Juazeiro do Norte, com uma um pequeno aviso: em breve.

A Chery Automobile Ltda. é a maior montadora independente da China. Está presente em 80 países e possui 16 fábricas. Ela que já dispõe de uma concessionária instalada em Fortaleza, está elegendo Juazeiro do Norte como sua próxima investida para uma nova loja, até o fim do ano. Esta empresa produz os modelos S18, Chery QQ, Face, Cielo, e Tiggo.  


17.02.2012
JOSÉ ALCELI SOBREIRA

Filho de Amâncio Quintino Gonçalves e Edite Sobreira Quintino, nasceu em Crato aos 26 dias do mês de março de 1938. Foi um dos mais aplaudidos radialistas do Ceará. Ainda menino veio morar com a família em Juazeiro do Norte, onde, levado pela paixão que dedicava aos serviços de auto-falantes, começou a trabalhar no Centro Regional de Publicidade (CRP), escolinha de todos, ou quase todos os radialistas da cidade, graças à oportunidade que lhe deram os então arrendatários da empresa: Dário Maia Coimbra (DARIM) e João Batista de Menezes Barbosa. Em 1954 ingressou na Rádio Iracema de Juazeiro, estimulado pelo saudoso Edésio Oliveira e com o beneplácito do seu diretor artístico, Espedito Cornélio. Na pioneira, Alceli fez de tudo: rádio-teatro, dic-jockey, humorismo, rádio-jomalismo e animação de auditório, escrevendo e produzindo programas os mais variados. Foi através da Rádio que conheceu a que pouco depois seria a sua esposa: Zizi Menezes. Ela atuava em peças de rádio-teatro e cantava em dupla com sua irmã Fantinha Menezes. O casamento foi a 13 de outubro de 1956. O casal teve os seguintes filhos: Alceli Júnior, Christianne, Fernanda, Joaquim Menezes Neto e Aline. Assumindo muito jovem a responsabilidade de chefe de familia, não concluiu seus estudos de 2º. Grau, o que só mais tarde, aconteceu, terminando o Curso Técnico de Contabilidade na velha Escola Técnica de Comércio de Juazeiro do Norte. Outra atividade que sempre lhe fascinou foi o magistério. Foi professor de Inglês durante vários anos no Ginásio Salesiano e na própria Escola Técnica de Comércio. Começou a lecionar com a idade de 16 anos, por incentivo do Professor Alexandre Moreira Passos e do Padre Paulo Góis. Retomou a Juazeiro, em 1976, depois de conhecer Fortaleza, Salvador e outras cidades, principalmente em S. Paulo, Rio, Paraná e Minas Gerais, onde também exerceu funções de viajante de laboratório. Num pequeno intervalo de sua carreira artística, Alceli é levado, logo em 1977, ao cargo de Assessor de Imprensa do Prefeito Ailton Gomes, sendo em seguida nomeado Secretário de Finanças do Município, passando, depois para a chefia de Gabinete, obedecendo a um rodízio administrativo ditado pelas circunstâncias. Sua dedicação ao Rádio o levou varias vezes a tentar outras paragens, tendo trabalhado na Rádio Piratininga de São Paulo, como narrador de notícias, copy-desk, e logo depois Secretario e Redator Chefe do Departamento de Rádio-Jornalismo. Ali, uma nova experiência: trabalhar simultaneamente em mais duas estações: a Eldorado e a Marconi. Em meio a tantas atividades, dirigiu os jornais O ESTADO DO CARIRI, FOLHA DE JUAZEIRO e O MUNICIPIO, sendo também correspondente dos principais jornais da capital. Nesse mesmo período foi secretário executivo da Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte, presidente municipal do MOBRAL e Diretor Tesoureiro do Frigorífico Industrial do Cariri. Nas eleições municipais de 1982, candidatou-se a uma cadeira na Câmara de Vereadores, obtendo uma votação expressiva de 434 votos, mas não logrou ser eleito. Seu partido era o PDS. Foi também vice-Presidente do Partido Democrático Trabalhista -PDT. Deixou o Rádio depois de passar pela Gerência da Rádio Iracema de Juazeiro, onde substituiu o inesquecível Coelho Alves e pela Rádio Vale do Cariri, onde era Redator-Chefe. Trabalhou como contabilista de uma empresa comercial do ramo de tecidos, em companhia de seu filho mais velho, Alceli Júnior. Em 1984, a Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte lhe outorgou o título de Cidadão Juazeirense. Alceli faleceu em Juazeiro do Norte, em 07.02.2009, com saudades de todos os seus sucessos ao longo de mais de quatro décadas de competente desempenho profissional, lamentando o controle político das emissoras que de certo modo cerceia o profissional e marginaliza o radialista de maneira cruel, atrofiando sua capacidade criativa e suas tendências ideológicas. (Outras informações sobre Alceli Sobreira podem ser encontradas em http://alcelisobreira.blogspot.com/ e em http://www.portaldejuazeiro.com/2010/11/quando-alcely-sobreira-faleceu-em-07.html

Foto 1: José Alceli Sobreira, ao lado do então presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, José Viana Neto e de seu pai, José Viana de Sousa, em cerimônia religiosa na Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte. Anos 70. 



16.02.2012
JERÔNIMO FREIRE DOS SANTOS

O comerciante Jerônimo Freire dos Santos, um dos mais ativos empresários do Cariri de sua época, nasceu em Juazeiro do Norte em 27 de janeiro de 1931, sendo filho de Miguel Freire dos Santos e de Maria Tereza de Jesus. Foi casado com Maria Nazareth Secundo dos Santos, conhecida carinhosamente por Lourdinha, tendo o casal os seguintes filhos: Humberto, Antonio, Jeane, Andréia e Jerônimo Junior. Profundamente religioso estava presente em todos os acontecimentos de sentido religioso de sua terra. Sua presença em movimentos de sentido filantrópico também se fazia notar com grande evidência, sendo participante de numerosas entidades e instituições de ajuda a carentes e deficientes. Um vitorioso na vida, enfrentou nos tempos da infância e juventude grandes provações que o tomaram grande e forte para vencer obstáculos e empunhar a bandeira do sucesso. Quando garoto foi vendedor ambulante de miudezas e literatura de cordel nas cidades do interior nordestino, acompanhando sua mãe, lutando duramente para sobreviver com a família. Por algum tempo foi vendedor de pães nas ruas de Juazeiro do Norte. Mas, prometeu consigo mesmo manter acesos os ensinamentos de seus pais e prosseguir a batalha pela vida, o que ele passou a ensinar aos seus filhos. Jerônimo Freire dos Santos, até falecer, foi Diretor-Gerente da SIDERAL - Sociedade Comercial de Drogas e Representações Ltda., estabelecida à rua Santa Luzia, 405, no Centro de Juazeiro do Norte, iniciou os seus estudos em Juazeiro do Norte. E na mesma cidade natal cursou o 2º. Grau na Escola Técnica de Comércio, armazenando notáveis conhecimentos que foram de uma total utilidade para a vida prática. Estudando, já enfrentava a dura luta pela vida. Enquanto aprendia, trabalhava na Padaria de Antonio do Café, muito conhecida àquela época e no local onde fica hoje a agência do BIC, em Juazeiro do Norte. Também trabalhou na bodega de Joca de Freitas em frente à Prefeitura Municipal. Por dez anos, trabalhou na tradicional Casa Alencar e, finalmente, na Drogaria Souza, inicialmente como gerente e posteriormente como sócio-gerente. Muito prático, hábil, inteligente e objetivo, conseguiu fabulosa experiência da vida comercial. Tinha sempre em mente o seu próprio negócio e, despertado para os bons resultados do comércio drogas àquela época, deu preferência a esse ramo do comércio. Os resultados do trabalho eficiente e diuturno fizeram-no logo bem sucedido, sendo a firma SIDERAL uma das maiores e mais conceituadas no gênero, na região Sul do Ceará. Junto com sua esposa, Maria Nazareth, Jerônimo formou par ideal na movimentação e expansão dos negócios. Também com Nazareth teve uma atuação extraordinária nos movimentos sociais, religiosos e filantrópicos de Juazeiro do Norte. Associou-se ao Lions Clube de Juazeiro do Norte em 28 de outubro de 1975, tendo exercido as seguintes funções no clube: 1º. Vice-Presidente AL em 1976/77; 1º. Tesoureiro AL, 1971/84; Presidente AL 1984/85. No Distrito L-15 foi Presidente da Divisão J-I AL, em 1981/83; Vice-Presidente Região J AL, em 1982/83; Vice-Governador Região F AL, 1983/84. Participou de todos os eventos leonísticos do Distrito L-15, como convenções, seminários e debates, o que o fazia guardar com grande orgulho muitos certificados e diplomas que comprovavam a sua participação. Só para citar uns dos vários diplomas de reconhecimento por serviços prestados: O Governador do DL-15 considera o CL Jerônimo Freire dos Santos o Leão do “Sim Constante”; No Concurso Distrital de Eficiência, foi classificado com “4 estrelas”; Numa promoção do Léo Clube, foi considerado "Melhor do Ano" nas atividades por ele exercidas no ramo farmacêutico, em 1980, gozando novamente dessas distinções. Jerônimo também colecionou os seguintes títulos: Ministro da Eucaristia; Radio Amador PT7, com diploma matrícula nº 49.452; Sócio fundador do Clube de Diretores Lojistas, com os cargos de Secretário, por oito anos e Conselheiro, por dois anos; Sócio da Associação Comercial de Juazeiro do Norte; Sócio do Treze Atlético Juazeirense; Sócio do Balneário do Caldas; Congregado Mariano – Secretário e Presidente; Cursilhista – Presidente; Encontreiro; Sócio do Grêmio Monsenhor Joviniano Barreto, sendo Secretário e Presidente; Secretário da Escola de Datilografia Leão Sampaio; Sócio do Círculo Operário São José; Sócio da Sociedade Padre Cícero; Membro do Movimento Familiar Cristão; Sócio da Liga de Defesa do Estudante Pobre; Sócio do Centro Estudantal Juazeirense; Sócio da Sociedade de Pais e Amigos do Colégio Monsenhor Macedo-membro da Diretoria; Membro da Diretoria da APAE – Tesoureiro e 1º Vice-Presidente. Um dos pontos e imensa satisfação de Jerônimo era sua família. Ele enaltecia com justo orgulho os êxitos de seus filhos, formados e com famílias constituídas com grande sucesso.
Foto: Final de uma promoção do Lions Clube de Juazeiro do Norte, com a entrega de um prêmio ao sorteado, Luiz Gonçalves Casimiro, que recebeu do comerciante Batista, um conjunto de televisor, rádio e gravador portátil, nas presenças de Jerônimo Freire dos Santos, José Alceli Sobreira e Dário Maia Coimbra. Começo dos anos 80.



15.02.2012
RISCO AVIÁRIO EM JUAZEIRO DO NORTE

Recentemente, nesta coluna, eu tratei muito superficialmente, por desconhecer elementos pertinentes mais objetivos, sobre uma coisa que reconhecidamente preocupa a administração dos aeroportos brasileiros, com respeito ao chamado risco aviário e segurança de vôo. Conceitualmente, risco aviário é caracterizado pela ocorrência de aves no espaço aéreo de uma dada região, pela presença das mais distintas espécies de papagaio, pato, anu, falcão, pica-pau, gaivota, garça, pequenos pássaros, morcego, bacurau, andorinha, gavião, pombo, coruja, carcará, urubu, codorna, mergulhão, etc. Na verdade, nas estatísticas também são incluídos pequenos animais, repteis ou mamíferos. Definiu-se o risco aviário através de um índice de colisão, como a relação de colisões reportadas, portanto, notificadas e registradas, para cada 10.000 movimentos (pousos + decolagens) de aeronaves, para cada aeroporto. As colisões podem ocorrer em diferentes fases do vôo, tais como decolagem, arremetida no solo, cruzeiro, procedimento de aproximação, táxi, subida, à baixa altura, circuito de tráfego, descida, subida inicial, reta final, corrida após pouso, revisão de pista, aproximação final, inspeção de trânsito, pouso. O local de colisão pode ser também diverso, podendo atingir motor, cauda, hélice, nariz, trem de pouso, pára-brisas, asa, fuselagem, etc. O CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos é o órgão do Ministério da Aeronáutica que controla estas ocorrências a partir das notificações que recebe. No seu site (http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/index.php/estatisticas/estatisticas/risco-aviario-e-fauna) há um formulário que pode ser usado para o competente registro da ocorrência. Estes registros alimentam séries estatísticas que aquele departamento mantém para orientar sobre a segurança de vôo no território nacional. Foi com base nestas estatísticas para os anos de 2009 e 2010 (ainda não estão disponíveis os dados de 2011) que fomos buscar elementos para fazer breves considerações com respeito ao que se verifica em Juazeiro do Norte, no contexto das demais instalações aeroportuárias do país. Para tal, tomamos daquelas tabelas apenas o caso de 12 deles, fragmentados em dois segmentos: os primeiros 10 de maior risco em cada ano, seguido dos dois últimos da série considerada. Isto decorreu da constatação de que Juazeiro do Norte, nos dois anos, figura entre estes 10 primeiros de maior risco aviário. Os dois últimos aí constam nas duas tabelas abaixo apresentadas, para que saibamos os respectivos valores mínimos da estimativa deste risco, sendo naturalmente um nível de referência para a medida. Assim, verificamos que em 2009, o aeroporto de Juazeiro do Norte apresentou um índice de 9,11, significando que naquele ano, pouco mais de nove casos de colisões de aves, por cada 10.000 operações (pousos + decolagens) com aeronaves, foram notificados ao CENIPA. Neste caso, o Aeroporto Regional do Cariri era o oitavo de mais alto risco aviário do país, dentre os 71 aeródromos registrados. No ano seguinte, 2010, esta situação piorou razoavelmente, pois o índice apesar de ter crescido discretamente para 10,16, colocou o Aeroporto Regional na quarta posição de maior risco, dentre todos os 60 aeroportos nacionais que entraram no cômputo da medida de risco. Leve-se em consideração que a medida não discrimina o aeroporto por qualquer injunção (porte, região, movimento, etc.). Fizemos estas considerações para relevar que ponderações oriundas da Infraero tem sido apontadas, judiciosamente, com respeito à definição da localização do Aterro Sanitário que o Governo Estadual deve construir na região, para atender, especialmente aos municípios da chamada Região Metropolitana do Cariri. Como já se levantou que Juazeiro do Norte deverá contribuir com cerca de 70% do volume dos resíduos que se destinariam a este Aterro, há uma certa animosidade na região com respeito à possível localização do Aterro em outro município. Com certeza, este será um dos parâmetros a ser levado em conta, no momento em que se vive uma certa apreensão pela definição desta localização, por ser Juazeiro do Norte um município de reduzida área geográfica e as disponibilidades de terra, aparentemente, não se ajustam perfeitamente quanto a melhor localização do Aterro. Um caso a se pensar com muita isenção de ânimos, para que os espíritos, desarmados, venham a contribuir para uma discussão madura que orienta a melhor solução. Não se trata de resolver apenas um problema de Juazeiro do Norte, mas o de encaminhar uma solução que integre ainda mais todas as comunidades do Cariri, uma vez que obrigatoriamente, o regime de administração deste equipamento deverá recair na formação de um consórcio onde estarão previstos com muita clareza os riscos, direitos e deveres da cada um dos municípios participantes.
 Risco Aviário nos Aeroportos Brasileiros (CENIPA, 2009)

Posição
Aeroporto
Colisões
Pousos + Decolagens
Índice de Colisões
Macaé, RJ
6
2.562
23,42
Joinville, SC
11
6.441
17,08
Corumbá, MS
3
2.621
11,45
Tabatinga, AM
3
2.701
11,11
Petrolina, PE
7
6.422
10,90
Teresina, PI
12
11.423
10,51
Navegantes, SC
12
13.020
9,22
Juazeiro do Norte, CE
5
5.849
9,11
Foz do Iguaçú, PR
9
12.382
7,27
10º
Rio de Janeiro, RJ – Galeão
93
128.622
7,23
...............
........................................
..............
....................................
...............................

70º

Uberlândia, MG

1

25.374

0,39
71º
Campinas, SP
2
53.070
0,38

Risco Aviário nos Aeroportos Brasileiros (CENIPA, 2010)

Posição
Aeroporto
Colisões
Pousos + Decolagens
Índice de Colisões

Joinville, SC
17
8.796
19,33
Navegantes, SC
29
16.703
17,36
Corumbá, MS
3
2.907
10,32
Juazeiro do Norte, CE
6
5.906
10,16
Petrolina, PE
6
7.480
8,02
Campo Grande, MS
30
40.077
7,49
Campinas, SP
56
74.948
7,47
Maringá, PR
10
13.627
7,34
Teresina, PI
10
14.581
6,86
10º
Imperatriz, MA
6
9.290
6,46
...............
........................................
..............
....................................
...............................

59º

São Paulo, SP – C. de Marte

2

123.106

0,16
60º
Rio de Janeiro, RJ–S.Dumont
1
70.983
0,14

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