quarta-feira, 16 de julho de 2014

BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
052: (16.07.2014) Boa Tarde para Você, José Pedrolina de Farias (Jota Farias)
Desejo agradecer, e até publicamente o faço, Jota Farias, a gentileza de sua felicíssima visita que recebi recentemente. Sou grato, portanto, a este seu gesto fraterno de ter deixado suas tantas ocupações e me ter dedicado várias horas ao sabor de minha inconveniente curiosidade sobre sua vida e seu vistoso e apreciado trabalho artístico. A tudo aquilo que desejava saber sobre si, você mais que correspondia, como ótimo contador de histórias e uma criatura de excelente bom humor. Particularmente, e para começo de conversa, por tudo que fui sabendo, como sua origem, em 5 de Fevereiro de 1953, na Palmeirinha, neste município de Juazeiro do Norte. Mais precisamente, nascido no histórico Moquém, que para mim é o berço desta civilização do Taboleiro Grande, o primeiro dos sítios, dos pais do pioneiro Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, lá pelos idos dos meados do século XVIII. Louvo aqui as suas origens de gente romeira, povo nascido em Bezerros, Pernambuco, que veio muito cedo para esta região, há mais de cem anos, em 1902, agricultores que se dedicaram por mais de trinta anos à propriedade do Maroto, no Horto, até quando morre seu proprietário, o Pe. Cícero, em 1934. Você me contou que seu pai foi um daqueles voluntários de 1913-1914, durante a Sedição de Juazeiro, tendo pegado em armas para defender esta santa terrinha, desde o flanco do Horto. Bendita aquela professorinha do Grupo Padre Cícero que em 1969 lhe descobriu como uma cara que levava jeito para cantar forró. Era quase um garoto viciado em ouvir Seu Eloi Teles pelo rádio. E assim você, Jota, passou a cantar e formou um trio com sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro. Foi desta maneira que o Jota Farias e seu Regional foi se destacando e sendo convidado para muitos eventos por este Nordeste. Não demorou muito e surgiu a oportunidade de gravar o primeiro disco, ainda uma daquelas bolachas de vinil, o LP, numa gravadora de Caruaru. Já naquela primeira incursão à mídia musical, você já gravou uma música que falava das orientações do Pe. Cícero ao Povo nordestino. E isto se tornou uma praxe em muitos outros trabalhos. Daí porque hoje você é este consagrado “Cantor do Padre Cícero”. Quero lhe agradecer, Jota Farias, a sua cordialidade que me encheu as medidas me trazendo de presente fausto grande parte de sua obra musical. Uma mão cheia de CDs e DVDs que mais irão me encantar com a sua bela performance de artista popular. Dou graças a Deus pela sua felicidade pessoal e de toda a sua família, sua esposa, seus seis filhos e netos. Há alguns meses atrás fiquei feliz em conhecer seu filho o Pe. Máximo, sabendo que toda esta obra está coberta de bênçãos. Eu continuo lhe acompanhando pelo rádio, Jota Farias, e é muito agradável ouvir seus últimos trabalhos, a sua interação com o público, e as suas provocações com adivinhações. Observo que hoje você vem gravando todos os anos um CD de músicas para os romeiros e um CD de músicas de forró. Do seu repertório são centenas de músicas gravadas, e está sempre viajando para Pernambuco e Alagoas, fazendo shows em eventos em homenagem ao Padre Cícero. É assim que este Nordeste imenso lhe prestigia e lhe agradece, por levar a toda esta nação romeira a sua alegria e aquela mensagem de fraternidade que o Patriarca nos deixou e você ajuda a propagar.

COPA DO MUNDO, AINDA
Uma das coisas mais comuns nestes dias, por jornais, rádios e tv, após o vexame brasileiro na Copa do Mundo 2014 tem sido a série de comentários sobre o desempenho do nosso selecionado. Vez por outra encontramos algum que vale a pena fazer uma referência. É o caso deste texto de Leonardo Boff que veio a público pela agência de notícias Adital. O prof. Ralph Della Cava me mandou e achei conveniente aqui reproduzi-lo.
DESLUMBRAMENTO E HUMILHAÇÃO: O JOGO BRASIL E ALEMANHA
O jogo para as semifinais entre Brasil e Alemanha do dia 8 de julho no grande estádio de Belo-Horizonte significou uma justa vitória da seleção alemã e uma arrasadora e vergonhosa derrota brasileira. Milhões estavam nas praças e ruas de todas as cidades. A atmosfera de euforia dos brasileiros, a maioria enfeitados de verde-amarelo, as cores nacionais, não toleraria jamais, sequer por imaginação, semelhante humilhação. E ela caiu como um raio em céu azul. Vejo duas razões básicas que explicam o resultado final de 7×1 gols em favor da Alemanha. Os alemães, bem como outros times europeus, renovaram as estratégias e as formas de jogar futebol. Investiram, a meu ver, em três pontos básicos: cuidadoso preparo físico dos jogadores para ganharem grande resistência e velocidade; em segundo lugar, preparar craques individuais que pudessem jogar em qualquer posição e correr todo o campo e por fim criar um grande sentido de conjunto. Excelentes jogadores que não pretendem mostrar sua performance individual mas sabem se integrar no grupo formando um grupo coeso, tornam-se fortes favoritos em qualquer competição. Não que sejam invencíveis, pois vimos que, jogando com os USA, a seleção alemã teve grande dificuldade em ganhar. Mas as referidas qualidades foram o segredo da vitória alemã sobre o Brasil. A grande questão foi a seleção brasileira. Criou-se quase como consenso nacional de que somos a pátria do futebol, que somos ganhadores de 5 copas mundiais, que temos o rei Pelé e craques excepcionais como Neymar e outros. Houve por parte da mídia corporativa e das agências de apoio, a criação do mito do "Jogador da Copa”, elevado a herói e quase a um semideus. Esta atmosfera de euforia que atendia ao marketing das grandes empresas apoiadoras,, acabaram contaminando a mentalidade popular. Poderíamos perder, mas por pouco. Mas, para a grande maioria, a vitória era quase certa, ainda mais que os jogos estavam se realizando no próprio país. Essa euforia generalizada não preparou a população para aquilo que é próprio do esporte: a vitória ou a derrota ou o empate. A maioria jamais poderia imaginar, nem por sonho, que poderíamos conhecer uma derrota assim humilhante. A vitória era celebrada por antecipação. Grave equívoco, em grande parte, induzido pela mídia do oba-oba e da euforia, orquestrada por uma famosa rede de TV e seus comentaristas. Mas houve também um penoso erro por parte da comissão técnica brasileira. Pelo nosso passado glorioso, ela julgou-se mestra a ponto de pretender ensinar aos outros como deve ser o futebol. Ficou sentada sobre as glórias do passado. Não se renovou. Enquanto isso, em outros lugares, na Europa, especialmente na Alemanha e na Espanha,mas também na América Latina como na Colômbia e em Costa Rica, se desenvolvia uma nova compreensão do futebol, criaram-se novas táticas e formas de distribuir as posições dos jogadores em campo. Nada disso foi aproveitado pela comissão técnica brasileira, especialmente seu treinador Luis Felipe Scolari (chamado de Felipão). É uma figura paternal, severa e terna ao mesmo tempo, amada pelos jogadores e, em geral, respeitada pelo público. Mas é teimoso e persistente em suas fórmulas, boas para o passado, mas inadequadas e questionáveis para o presente. Ele não se deu conta de que o mundo do futebol havia se transformado profundamente, embora tenha trabalhado fora do Brasil. Não conseguiu duas coisas que permitem entender o fracasso fragoroso da seleção brasileira. Scolari não desestimulou o tradicional e exacerbado individualismo dos jogadores. Cada qual quer mostrar sua boa performance, quer dar o seu show particular, até em vista de eventual contratação por grandes times estrangeiros. Em segundo lugar, não conseguiu criar um grupo coeso com espírito de grupo. Os jogos deveriam colocar ênfase no grupo e em seguida nas qualidades específicas de cada jogador. Deixou os jogadores dispersos. Criaram vácuos inadmissíveis no meio do campo. Não souberam marcar os principais craques do time adversário. Os alemães se deram conta desta fraqueza estrutural da seleção brasileira. Souberam explorá-la com habilidade. Nos primeiros minutos marcaram já o primeiro gol aos 29 minutos do primeiro tempo já era 5 a 0. Tal desastre futebolístico criou uma espécie de pane na seleção brasileira. Ficou totalmente desnorteada. Faltou-lhe a serenidade diante das dificuldades e deixaram-se tomar pela desorientação. O próprio treinador Felipão Scolari não soube fazer as substituições necessárias. Estas ocorreram apenas no segundo tempo. O jogo parecia uma disputa de um time suburbano e popular enfrentando uma seleção de nîvel internacional. Isso não era o futebol que sempre conhecíamos, cujos dirigentes não quiseram aprender nada dos outros, fechados em sua arrogância. Perdemos por arrogantes e ignorantes. Tivéssemos 11 Neymares em campo sem um grupo coeso e ordenado, o resultado não seria tão diferente. Perdemos porque jogamos mal e jogamos mal porque não soubemos nos apropriar do novo que se ensaiou fora do Brasil. E não formamos um grupo articulado e versátil. Sinto, pessoalmente, grande pena dos "brasileirinhos” que com entusiasmo torceram pela seleção, como bem escreveu o jornalista André Trigueiro. A maioria agora se sente órfã. Aqui, nesse país pluridiverso, com uma população hospitaleira e lúdica, para ela quase nada funciona bem nem a saúde, nem a educação, nem o transporte e nem a segurança. Tirando o carnaval, não somos bons em quase nada, dizem. Mas pelo menos somos bons no futebol. Isso dava ao simples povo o sentido de autoestima. Agora nem mais podemos apelar para o futebol. Por muitos e muitos anos esta terça-feira sinistra de 8 de julho de 2014 com 7 gols a 1 para a Alemanha nos acompanhará como uma sombra funesta. Mas o povo que suportou já tantas adversidades saberá dar a volta por cima. Ele detém uma resiliência histórica como poucos. Espero apenas uma coisa: que a elite que, na abertura, vergonhosamente vaiou a Presidenta com palavrões indizíveis não volte a envergonhar o Brasil diante do mundo, quando ela entregar a taça ao vencedor. Como tais elites não costumam frequentar os estádios e têm pouco compromisso com o Brasil, mas muito mais com seus privilégios serão capazes de renovar este ato despudorado. Elas apenas mostrariam como se comportam diante do povo e do seu próprio país: com soberano desdém, pois sofrem por não viver em Miami ou em Paris e se sentirem condenadas a viver acumulando aqui no Sul do mundo. Menção honrosa merece a seleção alemã que foi discreta na celebração e não se prevaleceu sobre uma vitória tão deslumbrante. E o povo brasileiro soube entender esta atitude e lhe reconheceu a dignidade na vitória aplaudindo-a, pois se mostrou realmente melhor.
(Sobre Leonardo Boff: Doutorou-se em teologia pela Universidade de Munique. Foi professor de teologia sistemática e ecumênica com os Franciscanos em Petrópolis e depois professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Conta-se entre um dos iniciadores da teologia da libertação. É assessor de movimentos populares. Conhecido como professor e conferencista no país e no estrangeiro nas áreas de teologia, filosofia, ética, espiritualidade e ecologia. Em 1985 foi condenado a um ano de silêncio obsequioso pelo ex-Santo Ofício, por suas teses no livro Igreja: carisma e poder (Record). A partir dos anos 80 começou a aprofundar a questão ecológica como prolongamento da teologia da libertação, pois não somente se deve ouvir o grito do oprimido, mas também o grito da Terra porque ambos devem ser libertados. Em razão deste compromisso participou da redação da Carta da Terra junto com M. Gorbachev, S. Rockfeller e outros. Escreveu vários livros e foi agraciado com vários prêmios.
(Fonte Adital / por e-mail de Ralph della Cava

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
RESOLUÇÃO N.º 711 DE 10 DE JULHO DE 2014, concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor ANDRÉ TAVARES EVANGELISTA, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa comunidade. Autoria: Firmino Neto Calú. Coautoria: José Nivaldo Cabral de Moura. Subscrição: Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura - José Adauto Araújo Ramos - Rubens Darlan de Morais Borges - Normando Sóracles Gonçalves Damascena - José Tarso Magno Teixeira da Silva - Glêdson Lima Bezerra – Cícero Claudionor Lima Mota - Paulo José de Macêdo - João Alberto Morais Borges – Maria de Fátima Ferreira Torres - Maria Calisto de Brito Pequeno - Auricélia Bezerra e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
(O Dr. André Tavares Evangelista é cardiologista, com larga folha de serviços prestados na medicina pelo o Hospital Maternidade Santo Antônio, em Barbalha.)
RESOLUÇÃO N.º 712 DE 10 DE JULHO DE 2014, concede o Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao ilustríssimo Senhor FRANCISCO ALVINO. Autoria: João Alberto Morais Borges. Coautoria: Danty Bezerra Silva, Cícero Claudionor Lima Mota e Cláudio Sergei Luz e Silva. Subscrição: José Nivaldo Cabral de Moura - Antônio Cledmilson Vieira Pinheiro – Antônio Vieira Neto - José Ivan Beijamim de Moura - José Adauto Araújo Ramos - Rubens Darlan de Morais Borges - Normando Sóracles Gonçalves Damascena - José Tarso Magno Teixeira da Silva – Maria de Fátima Ferreira Torres - Auricélia Bezerra e Rita de Cássia Monteiro Gomes.
(Francisco Alvino é dirigente da empresa Engenho do Lixo, em Juazeiro do Norte e por nós já foi focalizado na coluna do dia 11.07.2014)

AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
Com a nova planilha fornecida pela Infraero, com respeito ao movimento de pousos e decolagens, passageiros e cargas, voltamos a considerar o desempenho do Aeroporto de Juazeiro do Norte, no mês de junho passado. No geral, quase nenhuma alteração. O mês fechou com 567 pousos e decolagens e uma movimentação de 31.708 passageiros, aproximadamente 56 passageiros por operação. Nos últimos doze meses esta média é de 59 passageiros/operação. Este mês de Julho, com o parte das festividades pelo dia do município e centenário da cidade, finalmente será inaugurado o primeiro trecho do acesso ao aeroporto, na Av. Virgílio Távora. Muito pouco para o que ainda precisamos fazer.








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