sábado, 31 de janeiro de 2015



BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
114: (31.01.2015) Boa Tarde para Você, Juliana Ferreira Alencar e Dílson de Oliveira Alencar
Desde o recente dia 9, não temos parado em confraternizações com vocês, Juliana e Dilsinho, e conosco também, seus amigos e famílias, pela chegada tão ansiosamente aguardada de suas duas primeiras filhas, as ISAS, como apelidamos – Isabela e Isadora. Nenhum de nós, felizmente, esqueceu de ver em tudo isto a grande manifestação da graça de Deus, pois se o grande presente já era um filho saudável, o que se diria deste imenso privilégio de uma concepção de gêmeas, sem artifícios de uma reprodução assistida? Em situações como estas, o santo Hélder Câmara assim já nos manifestava: “Deus, você não me engana...” O fato é que entre o riso, o siso e a lágrima dissimulada, vimos Isabela vir para casa, deixando Isadora na frieza e nas incertezas de uma UTI. 
Respiramos fundo para acreditar na nossa pouca fé, de que muitas mãos seguraram nas mãos das ISAS e nos uniram entrelaçados para viver aqueles dez dias de idas e vindas e de angustiantes momentos de procedimentos médicos, se aparentemente tudo estava bem. Louvo a fortaleza de vocês em viver estes instantes tão preocupantes, para sair daí fortalecidos, seguindo em frente o desafio, provados naquilo que a natureza demonstra a cada um de nós, quando fracos nos enchemos de dúvidas e desesperança. Agora, sim, é tomar estes lindos presentes, agradecer e fazê-lo sempre, enquanto se segue pelas veredas da vida. Pelos caminhos, Juliana e Dilsinho, haverá a tentação intransferível de que não será difícil dizer em certos momentos que os filhos são chatos, são birrentos, são opiniosos, são chantagistas. Fernando Pessoa tinha outra maneira de dizê-lo: “Filhos? Melhor não tê-los... Mas, se não tê-los, como sabê-los?” A verdade é que sabê-los, depois de vida uterina, é que é o grande desafio da criação. E não serão apenas as madrugadas indormidas, os plantões quase intermináveis diante das febres, das tosses, das amigdalites, das viroses, das esperas pelos efeitos salutares e por vezes incertos dos medicamentos que nos confirmarão na missão. O filósofo Mário Sérgio Cortella costuma dizer em suas conferências que “O mundo que vamos deixar para os nossos filhos depende dos filhos que deixamos para este mundo”. E, realmente, o nascimento de um filho em nossas famílias tem este grave e decisivo questionamento: Que filhos queremos deixar para este mundo, e que esperança temos que este velho mundo se reforme pelo nosso legado? Este instante ainda deve parecer para vocês, e assim deve continuar sendo, meus queridos amigos Juliana e Dilsinho, que nenhuma angústia macule esta alegria maravilhosa de se poder correr no quarto e encontrar na paz de Deus o sono tranquilo destas duas criaturinhas que dormem, enquanto lá fora o mundo explode. Por enquanto, na paz dos nossos domínios, na segurança de nossas mãos, nos planos do nosso paraíso terrestre, melhor será escutar o santo mais antigo quando nos diz pelo Eclesiaste: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. / Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; / Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; / Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; / Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; / Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; / Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; / Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.” Felicito a vocês, Juliana e Dilsinho, pois até pode não parecer, mas a maternidade, pelo menos para mim, é o ato consciente e mais corajoso que a vida nos tem ensinado para que continuemos nos amando, como assim era o desejo do Criador.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 31.01.2015)

NOVO TRIBUNA DO CARIRI (III)
Está circulando na cidade a primeira edição do primeiro jornal do ano 2015, que parece ser o de número 528 de um provável inventário da Imprensa Juazeirense. É bem trabalhado graficamente e se compõe de matérias interessantes e atuais. Contudo, é péssimo que  não se tenha maiores informações sobre sua origem. Foi sonegado ao leitor as informações básicas sobre a sua propriedade e propósitos. O jornal contém muitas matérias de interesse do Partido dos Trabalhadores, focadas nas pessoas do ex-prefeito Manuel Santana e do deputado José Guimarães. Vamos aguardar novas edições, mas é justo que se louve aqui a retomada de uma velha ideia com respeito a instalação de um possível gasoduto (gás natural), desde o litoral para o Cariri. Este título não é novidade. Ele aparece em três outras publicações anteriores, conforme nossos registros de arquivo, como se lê abaixo:
Data de Circulação (Primeiro Número): 16.06.1970; Data de Encerramento (Última Edição): 25.12.1971; Editores: Tibério César Sobreira Cabral e Abraão Bezerra Batista; Periodicidade: quinzenal/mensal; Dimensões: 32,0cm x 46,0cm;
ANO (I): (12 edições: I(1):16.06.1970 a I(12):25.12.1971)
I(1):16.06.1970, 6p                            I(2):07.1970, 6p                                 I(3):08.1970, 6p
I(4):09.1970, 6p                                 I(5):10.1970, 6p                                 I(6):11.1970, 6p
I(7):12.1970, 6p                                 I(8):01.1971, 6p                                 I(9):02.1971, 6p
I(10):03.1971, 6p                               I(11):04.1971, 6p                               I(12):25.12.1971, 6p
Suplemento Regional de Tribuna do Ceará, Fortaleza; Data de Circulação (Primeiro Número): 04.1972; Data de Encerramento (Última Edição): 04.1972; Dimensões: 29,0cm x 35,0cm; Periodicidade: mensal;
ANO (I): (1 edição)
I(1):04.1972, 8p
Liberdade – Independência – Justiça. Data de Circulação (Primeiro Número): 21.04.1997; Editor: Joaquim Pereira Muniz Barros; Diretor Comercial: Afonso Moura de Freitas; Redação: Rua Luis de Freitas, 132 – Bairro Triângulo; Colaboradores: Geraldo Menezes Barbosa, Silva Neto, Josélio Araújo, Francisco Demontier Cândido Tenório; Composição e Impressão: Gráfica Ecoprint; Dimensões: 24,0cm x 32,5cm; Periodicidade: mensal;
Obs.: Continuação de 2001.05.00.14.279 – Tribuna Popular, com versão eletrônica para algumas edições em http://www.tribunapopulardocariri.blogspot.com
2015.01.26.01.528 – Tribuna do Cariri (III)
Data de Circulação (Primeiro Número): 26.01.2015; Editor: ???; Expediente:???; Periodicidade: ???; Endereço: ???; Oficinas: ???; Dimensões: 32,5cm x 46,4cm;
ANO (I): (1 edição: I(1):26.01.2015
I(1): 27.01.2015, 4p              

CÓDIGO DE ENDEREÇAMENTO POSTAL
Está cada vez mais importante a identificação do Código de Endereçamento Postal (CEP), originalmente previsto para facilitar o transito de correspondências e encomendas através dos Correios, mas que tem também uma grande importância para as empresas, como as dos serviços de água, luz, telefone, gás, tv, provedor de internet etc. Não há engano que as cidades crescem muito mais rápido que as atenções de prefeituras e Correios para dotar todos os logradouros públicos com a sua respectiva indicação de CEP. Por exemplo, cada superintendência regional dos Correios, como a de Fortaleza, para todo o Ceará, dispõe de um técnico que é responsável para prover esta escolha, uma vez que este número no Ceará varia de 60.000-000 até 63.990-999. Em Juazeiro do Norte, muitas ruas estão ainda sem códigos. A responsabilidade, me dizem na Agência Central, local, é da PMJN. Ela é que deve encaminhar a solicitação, anexando a cópia da Lei que nomeia a rua, bem como um documento oficial, feito croquis, ou fragmento de mapa oficial da cidade, indicando a localização exata da via pública. Contudo, a prefeitura, através, por exemplo da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura) não toma esta atitude regularmente, e espontaneamente, à medida que estas nomenclaturas aparecem no Diário Oficial do Município. É o caso da rua onde estou prestes a ir residir, que não tem CEP, embora esteja cercada de outras vias já com os seus devidos CEPs. Então, felizmente, também o Correio aceita que o cidadão possa se interessar e fazer esta solicitação. Basta comparecer à Agência local e protocolar o pedido, levando uma correspondência sobre o pretendido e juntar os documentos referidos. Não é tão complicado. Eu, pelo menos tive que fazer isto, pois a operadora Oi não troca meu endereço de domicilio pelo fato de a rua não ter seu CEP. Então talvez vá me caber a iniciativa de encerrar a conta do meu telefone fixo que funciona no centro da cidade, porque para onde ele deve ir não tem ainda CEP, e como tal, como isto é fundamental para operadora, nada feito. Lamentável, mas é verdade. Este é um lado da ditadura dos códigos que a organização da sociedade impõe contra a marginalidade. Então, ao cidadão comum, não basta apenas RG e CPF, mas também o CEP de onde ele vive.

DIÁLOGOS CULTURAIS
Uma grande reunião entre o secretário Guilherme Sampaio, a equipe da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e artistas, produtores, técnicos, gestores, educadores, formuladores e articuladores do setor cultural, em um pacto pelo fortalecimento das políticas de cultura no Estado. Essa é a proposta do encontro “Diálogos Culturais - 1º Ato”, que acontece na segunda-feira, 2/2, no Crato (na Escola Profissional Violeta Arraes, no bairro São Miguel) e na quarta-feira, 4/2, em Fortaleza, na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Ambos os eventos começam às 17h. Os encontros serão oportunidades de apresentação do novo gestor da Secult e um espaço de diálogo aberto entre a Secretaria e os protagonistas do cenário artístico e cultural no Ceará, além de representantes dos mais diversos setores da sociedade – unidos pelo interesse em fortalecer a arte e a cultura como instrumentos para o desenvolvimento do Ceará. "É tempo de afirmação da cultura como maior riqueza do nosso povo e base do projeto de desenvolvimento do Estado. Esperamos que todos os envolvidos com a produção cultural, os militantes da área e todos os interessados participem deste importante momento de diálogo e construção", afirma o secretário Guilherme Sampaio, convidando todos a tomar parte nos “Diálogos Culturais”, que, após as primeiras edições no Crato e em Fortaleza, seguirão como um programa permanente, de promoção de diálogo direto entre a Secult e os cidadãos, tanto de forma presencial quanto através da Internet. Segundo o secretário, a decisão de realizar em um município do Interior do Estado o primeiro grande encontro de interlocução da nova gestão da Secult com os diversos segmentos interessados nas políticas de cultura é uma demonstração prática e simbólica de um dos compromissos da Secretaria para os próximos quatro anos: ampliar ações e recursos no Interior. “Esse compromisso está expresso no plano de governo, definido pelo governador Camilo Santana após amplo debate com vários setores da sociedade, e norteará as políticas e ações da Secult, de várias formas. Desde este primeiro encontro acontecendo no Cariri até compromissos como a construção, no Interior, de quatro centros culturais e de 13 escolas profissionalizantes de caráter cultural”, detalha Guilherme Sampaio.
Compromissos e diretrizes
Entre outros compromissos destacados pelo secretário ao longo deste primeiro mês de atividades estão a ampliação gradativa do orçamento da Secult, com a meta de chegar ao equivalente a 1,5% do orçamento do Governo do Estado em 2018, a realização do primeiro concurso público da história da Secretaria, a retomada atividades regulares do Cine-teatro São Luiz e o início das obras de reforma geral da Biblioteca Pública Menezes Pimentel. A afirmação da riqueza da cultura cearense e a conscientização quanto a seu potencial estratégico para o desenvolvimento do Estado são ressaltadas diretrizes para a gestão, assim como o objetivo de manter permanente diálogo com todos os setores capazes de contribuir, de forma conjunta, para fortalecimento das políticas e ações.
SERVIÇO:
Diálogos Culturais – 1º Ato: Segunda-feira, 2/2, 17h – Crato
(Escola Profissional Violeta Arraes, São Miguel). Quarta-feira, 4/2, 17h – Fortaleza (Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Informações: Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – Secult - (85) 3101-6759 / (85)
9181-3595 / 8543-7826

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