terça-feira, 14 de abril de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
143: (13.04.2015) Boa Tarde para Você, Joaquim Felipe da Silva
Nosso personagem de hoje, um desses nordestinos fortes que nasceu em 12 de abril de 1935, a quem cumprimento com este simplório Boa Tarde, é um dos 11 filhos dos sertanejos paraibanos José Felipe da Silva e Joaquina Teodorina da Conceição, gente que nasceu e viveu no antigo Belém do Rio do Peixe, hoje município de Uiraúna. Joaquim Felipe da Silva, bem como seus outros 10 irmãos (Benu, João, Duca, Maria, Nega, Antônio, Manoel, Leandro, Vicente e Quininha) foram meninos e adolescentes que viveram em meio a uma ambiência rural, no Sítio Fazenda Nova, de agricultura familiar onde se criava gado, e se plantava e colhia, entre arroz, feijão, milho e o que mais a terra desse. Dessa gente, pessoas valorosas, mas de grande anonimato, sobressaíram com o orgulho familiar os irmãos Antônio que ocupara cargo de representação diplomática do corpo consular brasileiro em Berna, na Suíça, Manoel que foi vereador e presidente da câmara municipal, João Felipe que dirigiu o BIC em Juazeiro, e Maria que se entregou de corpo e alma ao serviço de Deus, dentre as Filhas de Jesus Crucificado. Na maior parte, pouco depois da morte de José Felipe, mãe e filhos vieram para Juazeiro e aqui se estabeleceram em 1957, com residência na Rua São Francisco, deixando que outros filhos ainda cuidassem do Fazenda Nova para o sustento da família.
Nesta época, Joaquim já tinha seus 14 anos, e como seus irmãos, fez os seus estudos até o velho ginásio em escola pública da cidade, para depois alguns se destinarem a negócios de vendedores ambulantes, enquanto Joaquim foi trabalhar na Durabel, a primeira fábrica de calçados plásticos de Juazeiro do Norte, de propriedade de Francisco José de Melo. Seu Chiquinho da Durabel, esse pioneiro que foi o primeiro a fabricar calçados plásticos, no estilo das famosas sandálias japonesas, tinha esta empresa na antiga Rua São João, e foi o mesmo que plantou a semente deste hoje polo calçadista, para anos depois transferir a empresa e seu acervo para o empresário Severino Gonçalves Duarte. Ainda muito cedo, Joaquim descobriu que além de grandes predicados de cidadania, seu Chiquinho tinha algo mais valioso para os seus interesses de um jovem de vinte e poucos anos, e se tratava de uma moça bonita e formosa, a Francisquinha, por quem se afeiçoara como destas coisas de amor à primeira vista. Foi um namoro de pouco mais de três anos, onde figuraram desde a benfazeja alcovitagem do irmão João Felipe, naquele leva e trás de recados e gracejos, os passeios na Praça, os instantes deliciosos na Sorveteria Rex, e os momentos da intimidade do casal, onde se jurava amor eterno. Num desses dias, Francisquinha entregou a Joaquim uma pequena imagem fotográfica, da formosura que era sua pessoa, escrevendo no verso com letra tão bonita: “Joaquim, se é que me queres, aqui me tens tua, eternamente”, e datou de 9 de janeiro de 1960. Pe. Murilo de Sá Barreto, aos pés de Nossa Mãe das Dores, selou este compromisso em 24 de dezembro de 1962, indo ele mesmo dirigindo sua rural, depois do casamento, entregar o casal de volta à casa dos pais da noiva, onde da porta mesmo foi gritando: “Chiquinho receba aqui estes dois irresponsáveis e depois me diga as consequências”. E as consequências foram aparecendo porque Joaquim e Francisquinha geraram Haydée, que é bióloga, técnica em radiologia e empresária; Solange, que é contadora e empresária do ramo de joalheria; Cícera Danielle, que é administradora de negócios de empreendimentos imobiliários; e Paulo Roberto, que é representante comercial na área de calçados, rapaziada bonita que se esmerou para legar a Joaquim e Francisquinha, entre o duro trabalho dos dias e o grande amor das noites, nove netos e um bisneto. Em 1961, Joaquim  e Francisquinha resolveram montar um Bar, como tantos que a cidade já tinha, mas que de um jeito particular ficou conhecido como O Pinga Certo, num batismo popular por seus fregueses que iam lá com tal religiosidade, mercê de algumas “especialidades”, como boteco que não tinha bagunça e nunca se quebrou um copo, e o trato dos donos da casa com bom atendimento. Mas, não era só isto o que reservava O Pinga Certo, podendo se falar das coisas bem cuidadas da cozinha, onde se destacavam rolinha assada, ova de curimatã, preá, aves diversas, a água de coco vinda da Paraíba, e o peixe na gordura de porco, num ambiente de tão boa frequência com clientes tradicionais como Darim e Zé Tavares, de grande cantoria, e de repente, se ouvir um inusitado recital de Patativa do Assaré. Como bom maçom que ingressara na Loja Cavaleiros Espartanos, em 1978, Joaquim reunia grande número de irmãos e muitos amigos nas noites de quintas feiras, e por isto mesmo o Pinga Certo foi uma casa que por muitos anos se fazia respeitar e onde ninguém se metia a besta para lhe tirar a tranquilidade de tantos frequentadores. O Pinga Certo existiu na Delmiro Gouveia com Alencar Peixoto até 1985 quando dona Francisquinha e a filha Haydée o encerraram, porque uns dois anos antes Joaquim, de comum acordo com a família, foi se aventurar no garimpo de Serra Pelada e aí ficou até 1994, numa história de grandes lances que talvez um dia a gente conte aqui. Em 1994, Joaquim e Francisquinha que ainda encararam juntos negócios ambulantes de confecções e joias pelo Maranhão, decidiram retornar ao convívio mais íntimo da família e reclamaram a merecida aposentadoria, vivendo as alegrias de suas vidas, saudáveis e amorosos, aos quase 53 anos de vida conjugal, como se estivessem nos dizendo que com isto descobriram como se faz a felicidade de um mundo inteiro. 
Parabéns a vocês, Joaquim, Francisquinha, e toda a família, mas parabéns especialmente a você Joaquim, que acaba de chegar a esta marca invejável dos seus 80 anos.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 13.03.2015)

MOSTRA A DITADURA REVISITADA
O Cinematógrapho (SESC, Juazeiro do Norte), com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, continua com a Mostra A Ditadura Militar Brasileira Revisitada, nesta quarta feira, 15 de abril, com a exibição do filme Diário de uma busca (Brasil, 2010), Direção de Flávia Castro, com duração de ;105 minutos. A mostra estará acontecendo sempre às 4as feiras, às 19 horas, no SESC Juazeiro do Norte-CE, com entrada gratuita. 
Sinopse: Outubro, 1984. Celso Castro, jornalista com uma longa história de militância de esquerda, é encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrou a força. A polícia sustenta que se trata de um suicídio. O episódio, digno de um filme de suspense, é o ponto de partida de Flavia, filha de Celso e diretora do filme que decide reconstruir a história da vida e da morte do homem singular que foi o seu pai. É uma viagem no tempo e na geografia: a diretora volta a Porto Alegre, Santiago, Buenos Aires, Caracas e Paris, cenários do exílio familiar, da ilusão e do fracasso de um projeto político. O resultado é um documentário poderoso e comovente que combina magistralmente a intriga policial, os testemunhos de familiares e companheiros e o relato na primeira pessoa de uma infância vivida entre o exílio e a luta armada.  As vozes imbricadas de Celso (de suas cartas) e de sua filha constroem um retrato íntimo de uma relação marcada pela história e pela ausência. Crítica: Se no poema de Drummond a pedra que estava no meio do caminho a quebrar a rotina era um colírio, para Diário de Uma Busca esse elemento de surpresa é um alívio e atende por um nome: infância. Não fossem os questionamentos infantis de quem não entende a seriedade adulta, teríamos apenas um documentário importante, com função social, a acompanhar a geração de exilados políticos da Ditadura Militar no Brasil (1964-85). Por existirem as crianças, temos um bom e terno filme. Sério, mas terno. “O que seus pais fazem da vida?”, pergunta uma colega de colégio à jovem Flávia. “Ah, eles fazem reunião”, responde a menina, sem nenhum pingo de ironia na afirmação. Para o espectador, uma resposta engraçada: seus pais fazem reunião? Quebra-se a sisudez com a perspectiva de uma criança que cresceu assistindo ao pais militantes escapando de golpes militares na América do Sul, morando em embaixadas, fugindo de batidas policiais de regimes ditatoriais. Pais, mães, casais e famílias de classe média que, quando o pau quebrou após a cessão de todas as liberdades no Ato Institucional nº5, passaram uma década fora do Brasil. Assistiram de longe ao tricampeonato da Seleção Brasileira, ao Milagre Econômico, ao desbunde de Caetano Veloso, à tortura e aos dribles de Zico. Mas é preciso conter a tentação de generalizar. Diário de Uma Busca, Melhor Documentário do Festival do Rio em 2010, não quer falar do mundo, mas de um pai: Celso Afonso Gay de Castro, pai da diretora Flavia Castro, que narra seu filme como um diário pessoal. Este documentário tem a interessante capacidade de centrar atenções em uma família e, com isso, jogar luzes em muitas outras que sequer conhecemos. Fala-se da História com uma pequena história. O enredo de Celso é uma saga cujo roteiro começa parecido com o de militantes que se opuseram à ditadura e termina com um estranhíssimo mistério: aos 41 anos, morreu ao invadir, com um amigo, o apartamento de um alemão que integrara o alto escalão nazista. A polícia alega suicídio. Um legista contesta a hipótese. Uma trajetória que sai de um nobre lugar-comum (militante reprimido pela ditadura) e se encerra com um acontecimento nem um pouco digno de nota. Existem pelo menos quatro filmes dentro de Diário de Uma Busca, restando apenas a escolha por acessar o que mais parecer interessante. O mais óbvio é a busca de uma filha que tenta entender as decisões de seu pai, o real motivo de sua morte e recuperar o que houve de belo na turbulência da infância. Cartas trocadas pela família são um poderoso e terno instrumento narrativo. Um espectador mais militante pode optar por observar a vida de Celso como a de milhares de exilados, procurando diferenças e semelhanças, por exemplo, entre ele e Vladimir Palmeira, ex-presidente da UNE. Outra leitura plausível é o esforço de um filme em resumir a trajetória de um homem. A última porta de leitura, e que considero mais interessante, é o filme que não houve e não haverá. Diário de Uma Busca, também laureado com o Prêmio da Crítica em Gramado, não só é dirigido por Flávia Castro, mas narrado e conduzido pelo olhar da irmã mais velha. Porém, existe o mais novo, Joca, que participa pelas beiradas. Enquanto Flávia, no começo do exílio no Chile já tinha 6 anos, Joca era um bebê. Enquanto a menina cresceu já compreendendo um pouco do que se passava, Joca nunca teve explicações. “Ele era muito pequeno, ninguém precisava explicar nada”, diz uma tia. Por que o pai foi preso quando, no Chile, Salvador Allende sofreu um golpe militar? Por que estavam na embaixada argentina aos montes sem poder ir para casa? Por que não frequentavam a escola? Indiretamente, o documentário não é apenas a busca de uma filha pelo pai, mas também da confusão de um filho injuriado pelas decisões desse mesmo pai. Um dos grandes documentários de um tema político desde Cidadão Boilesen. Com várias portas: escolha a sua e entre. (Por Heitor Augusto, http://www.cineclick.com.br/criticas/diario-de-uma-busca 

HOMENAGEM A CRATO
SAUDANDO ROSÁRIO LUSTOSA E O CRATO
Excelentíssimas autoridades,
Meus Senhores e minhas Senhoras.
Ao saudá-los nesta ocasião, permitam-me que enumere vários motivos me enchem de alegria, e diria, até de certo orgulho pessoal, ao participar nesta noite do lançamento deste mais novo livro de Maria do Rosário Lustosa da Cruz, a quem tenho o privilégio de suceder à frente do Instituto Cultural do Vale Caririense.
O primeiro deles me remete à consideração de que, a despeito de tantas solicitações que nos enchem o dia-a-dia, ainda é a literatura, e especialmente a poesia, uma das atividades humanísticas que mais nos congregam e nos animam para a superação das imensas dificuldades com as quais lidamos à procura de nossa felicidade. E isto é uma coisa para se pensar.
Outra coisa importante é que isto acontece, privilegiadamente, em meio a este congraçamento em que nossas cidades se sensibilizam para celebrar a sua convivência, outrora tão desarmônica, para reafirmar a sua maturidade em dias presentes e o faz particularmente na seara das letras e das artes, muito mais que em qualquer outro campo de atividades. E isto é uma coisa para se pensar.
É importante também mencionar e agradecer que isto se faça com o pano de fundo deste consagrado programa Ceará Diverso, mediado por este extraordinário agitador cultural, Vandinho Pereira e sua equipe, que reúne em torno de si e de sua proposta o que de melhor a cultura nordestina tem a oferecer aos nossos gostos cada vez mais refinados e exigentes.
Merece uma menção particular que esta noite reserve, não apenas uma constatação, mas um festejo com o qual essa cultura regional e universal, para lembrar o mote de Antônio Martins Filho, se refestela ao convívio de grandes mestres que aqui estão, cada um em particular às suas competências, todos em geral pelas manifestações que elegeram a literatura de cordel como estética, como linguagem regional e que universaliza o nosso sentimento, nesta noite. E isto é uma coisa para se pensar.
Mais ainda, estamos aqui diante da necessária comemoração, para a qual nos reunimos com afeto e admiração por esta gente cratense e que deve se estender até mais não se poder, com esta passagem comemorativa dos 250 anos da Vila Real do Crato, matriz desta constelação de comunidades, mercê de todos os predicados que se afirmaram no tempo e dos quais somos todos herdeiros, entre amados, amantes e desafetos. Salve o Crato, matriz desta identidade cultural e da força que esta região construiu em tantos anos do seu desenvolvimento social e econômico. E isto é uma coisa para se pensar.
A mim, particularmente, meus senhores, como dirigente de uma destas instituições da nossa cena cultural que tanto tem se empenhado para manter viva estas preocupações que alargam a nossa vivência regional, recai substantiva responsabilidade no sentido de honrar o esforço daqueles que nos precederam.
E me permitam que não deixe de proclamar aqui os imensos benefícios que herdamos de verdadeiras legendas que povoaram este Vale, e de muitos, não posso deixar de citar quatro deles, pessoas que conheci, mesmo que superficialmente, sem nenhum menosprezo ou indiferença a tantos outros, nas pessoas de J. de Figueiredo Filho, de Joaryvar Macedo, de Antônio Marchet Callou e do mestre Eloi Teles de Morais. 
Poderia ir mais adiante trazendo para esta oportunidade a consideração importante de que o momento que vive esta nossa região enseja motivos, preocupações e atitudes com as quais se faz necessário refletir um pouco mais sobre o que desejamos viver como agentes desta cultura, tão comprometida com os valores deste homem Cariri. E isto também é uma coisa para se pensar.
O livro que ora se lança, mais que uma homenagem que se impõe, é um grande painel que nos ajuda a revisitar heroicas páginas da construção desta civilização ao sabor de uma narrativa por versos de cordel, como linguagem de eleição, para espelhar de forma inequívoca como este povo escreveu sua própria história, como conviveu com seus sofrimentos, angústias e conflitos sociais, ao mesmo tempo que enriqueceu seu imaginário com sonhos e desejos.
Felizmente, ao tempo em que tantas associações e academias, como esta, a dos Cordelistas do Crato, venceram o anátema do “isto vai se acabar”, a literatura de cordel ressurgiu com grande força para que seus folhetos, sua produção, represente ainda a chama acesa dessa cultura que toma para si os ideais de preservar, valorizar e difundir o conhecimento que se produz, a caminho de uma universalização como patrimônio imaterial da humanidade.
Por isso mesmo, é de grande importância o papel que vem sendo desenvolvido por estas instituições, produtoras de valores culturais, e também por outras tantas, grandes entusiastas, financiadores e fomentadores que se juntam a este esforço continuado dos poetas, produtores e intelectuais, arrimados neste autêntico mecenato que em nossa região responde pelo trabalho benemérito do SESC e do BNB
E não seria demais pedir-lhes que possam ainda mais fomentar novos grupos de estudos, atenção para com novas gerações de poetas, a abertura de novos espaços para a comercialização de literatura popular e xilogravura, além de oficinas de iniciação ao cordel, e ao surgimento de tipografias e editoras.
Nesta oportunidade é conveniente lembrar, a propósito deste momento que vivenciamos nesta noite, com esta obra de Rosário Lustosa, a necessidade de estender o conhecimento desta produção à Escola para que as novas gerações reconheçam o valor da literatura de cordel como linguagem e instrumento valioso para o seu próprio desenvolvimento. Acredite quem quiser.
Como você pode perceber, minha caríssima Rosário Lustosa, seu trabalho, não obstante o grande valor intrínseco ao propósito de realizar esta homenagem, é também o mote indispensável para que não percamos a oportunidade para repensar caminhos e estratégias que nos animam pela permanência do cordel.
Relevo a felicidade com que Dane de Jade se refere a este livro, logo na introdução, para qualifica-lo como “uma tapeçaria poética da História do Crato”, exatamente porque sua autora esmerou-se em percorrer um itinerário que se exubera entre ricos personagens, fausto acontecimentos, e emblemáticas datas, para se sobressair como uma peça que enriquece a narrativa heroica de seu povo.
Gostaria também de registrar, com agradecimento, exatamente porque somos beneficiados com a iniciativa, a maneira com a qual a secretária de cultura, literalmente, danou-se ao conceber este Projeto Manuscritos Crato, que abriga esta primeira produção, abrindo espaço para um trabalho de grande mérito pela permanência de uma ação cultural exemplar, digna e honrada no propósito de preservar memória e difundir valores.   
O “Só no Crato”, conforme nos lembra Armando Lopes Rafael, em sua apreciação, não é o que abriga o pernóstico, o desabusado, senão tudo aquilo que há para referir com grande orgulho o que de fato aqui encontramos e só aqui encontramos. 
Esta especificidade histórico-cultural realçada nos versos de Rosário Lustosa é o maior sentido desta riqueza antropológica que permeia a luta de muitas gerações em respeito à construção desta civilização e em respeito a esta diversidade cultural que permite o diálogo e a convivência entre a tradição e a modernidade.
E não mais lhe digo, Rosário, porque nada mais me foi perguntado. Mas se o fosse, ainda diria da minha imensa alegria de ter lido seu trabalho, com grande encantamento, e de ter encontrado ali tanta coisa interessante, fatos idos e vividos, fatos que antecederam a nossa própria história de povo romeiro.
Muito obrigado e meus parabéns por esta homenagem à qual viemos aqui para nos associar prazerosamente.
(Discurso pronunciado em 10 de abril de 2015, por ocasião do lançamento do livro Crato na Literatura de Cordel: 250 anos de sua Vila Real, de Maria do Rosário Lustosa da Cruz, no auditório da Rádio Educadora do Cariri, em Crato)


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