sábado, 7 de novembro de 2015

SAIU NO 
PRAVDA (MOSCOU)

Padre Cícero não fez gol com a mão de Deus, mas merece ser canonizado. (Fernando Soares Campos). Padre Cícero Romão Batista, importante líder religioso brasileiro, nasceu em 1844 na cidade do Crato, Estado do Ceará. Em 1889, 19 anos depois de sua ordenação, Padre Cícero foi reconhecido pelos fiéis de sua paróquia como "milagreiro", pelo suposto fato de uma hóstia por ele consagrada ter-se transformando em sangue na boca de uma beata. A notícia repercutiu em âmbito nacional, chegando ao conhecimento da cúpula da Igreja Católica. Eminentes autoridades eclesiásticas condenaram o alardeado "milagre", consideraram-no uma manifestação de exacerbado fanatismo religioso, com o qual Padre Cícero teria se tornado conivente. Assim, cassaram-lhe o direito de exercer o ministério sacerdotal. Entretanto ele viajou para Roma e conseguiu a absolvição com o Papa João XIII. Entrou para a política e foi, por 15 anos, prefeito da cidade de Juazeiro. Padre Cícero também foi responsável pela criação e desenvolvimento da comunidade Caldeirão de Santa Cruz do Desterro, no Sertão do Cariri (CE). Canudos é conhecida mundo afora, principalmente através de "Os Sertões", obra de Euclides da Cunha, que relata drama envolvendo essa comunidade em verdadeira guerra que a levou à destruição. Porém Caldeirão da Santa Cruz do Desterro, apesar de ter tido idêntico destino, sua história é desconhecida pela maioria das pessoas que conhecem os acontecimentos de Canudos. Em meados dos anos 20, José Lourenço, um beato que foi preso por pregar em praça pública, acabou sob a proteção do Padre Cícero do Juazeiro, que lhe concedeu o direito de habitar uma propriedade abandonada, num pé da serra. Não demorou muito, o beato atraiu cerca de 500 famílias para o local, onde fundaram um vilarejo, a comunidade Caldeirão, no Sertão do Cariri. O vilarejo prosperou, com suas casinhas simples, igrejinha, escola, trabalho, atividades culturais, religiosas e de lazer, tudo sob sistema de mutirão, sem qualquer ajuda externa. A comunidade era formada por retirantes de diversos estados nordestinos. Caldeirão tornou-se uma comunidade autossuficiente, até mesmo ferramentas de trabalho eram fabricadas no local, algumas foram desenvolvidas apropriadamente para o trabalho em condições peculiares. Sobre a agricultura, remanescentes daquela experiência relatam que tudo era tratado de forma ecologicamente correta, atentando-se para a preservação do solo, dos mananciais hídricos, da fauna e flora, cujas explorações atendiam às normas específicas da comunidade, as quais, provavelmente, devem ter sido elaboradas sob um conjunto de preceitos, hoje conhecidos como... Os 10 Mandamentos do Padre Cícero: 1 - Não derrube o mato. Nem mesmo um só pé de pau; 2 - Não toque fogo no roçado. Nem na caatinga; 3 - Não cace mais. Deixe os bichos viverem em paz; 4 - Não crie o boi nem o bode soltos. Faça cercados. Deixe o pasto descansar para se refazer; 5 - Não plante de serra acima. Nem faça roçado em ladeira muito em pé. Deixe o mato protegendo a terra, para que a água não arraste a sua riqueza; 6 - Faça uma cisterna no oitão de sua casa, para guardar a água da chuva; 7 - Represe os riachos, de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta; 8 - Plante cada dia pelo menos uma árvore. Um pé de caju, de sabiá, ou qualquer outra. Até que o sertão todo seja uma mata só; 9 - Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, tais como a maniçoba, a favela, a jurema, e tantas outras. Elas podem ajudar você a conviver com a seca; 10 - Se obedecer esses preceitos, a seca vai se acabando aos poucos. O gado vai melhorando e o povo terá sempre o que comer. Se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só. Criações de bovinos e caprinos garantiam o fornecimento de carne e leite, que por sua vez geravam a produção de charque, queijo e manteiga, enquanto as peles se transformavam em calçados, cintos, bolsas e artesanatos. A produção atendia ao consumo interno, e o excedente era vendido nas cidades vizinhas, principalmente nas prósperas Juazeiro e Crato, gerando receita para a aquisição de produtos necessários à sobrevivência naqueles confins. Em fevereiro de 2007, escrevi artigo sobre a comunidade do Caldeirão de Santa Cruz. Publicamos aqui na Pravda, alguns parágrafos acima foram extraídos desse artigo: "O caldeirão que o diabo abominou". Profecia: Contam que o Padre Cícero dizia que o rio São Francisco um dia iria passar por muitas outras cidades dos sertões nordestinos. "Muitos lugares por onde hoje ele não passa", afirmava. Antão, o povo ficava abismado. Muitos diziam: "O Padim Ciço tá caducando!". Outros pediam para que os romeiros tivessem fé e aguardassem os acontecimentos. Ainda existem algumas pessoas que, quando criança, ouviram o santo padre profetizar e agora testemunham o cumprimento da profecia através da transposição do rio São Francisco, um projeto de deslocamento de águas do rio São Francisco por canais de concreto construídos em dois grandes eixos, ao longo de aproximadamente 700 km, atravessando regiões do semiárido nordestino, passando por dezenas de municípios, beneficiando centenas deles, formando açudes, perenizando trechos de alguns rios temporários e alcançando cidades litorâneas. Padre Cícero morreu no ano de 1934, tornando-se uma das principais figuras religiosas da história do país. Hoje, a cidade de Juazeiro, onde repousam os seus restos mortais, é considerada "A Meca Nordestina", por ser um local de intensa peregrinação religiosa, um dos mais importantes do Brasil. Ele não é reconhecido como santo pela Igreja Católica, porém é assim considerado por muitas pessoas, principalmente pelos nordestinos. Para reconhecer e declarar como santo um indivíduo falecido, segundo as regras e rituais prescritos pela Igreja Católica, a Sé Apostólica exige que sejam realizadas investigações necessárias à comprovação de que tal indivíduo tenha-se revelado possuidor de virtudes que sirvam de exemplo aos fiéis, para que estes se edifiquem e se valham de suas intercessões. Se me fosse dada a oportunidade de argumentar em favor da canonização do Padre Cícero perante o Papa Francisco, eu diria que ele não fez o milagre do gol com "La Mano de Dios", mas merece ser canonizado, pois jogou um bolão de virtudes, enquanto atuou na equipe dos homens de boa vontade que, vez ou outra, passam uma temporada aqui na Terra. 

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

ARTE RETIRANTE (SESSÃO CURUMIM, JN)
O Centro Cultural BNB promove de forma itinerante (Arte Retirante) uma sessão de cinema para crianças, denominada Sessão Curumim, em diversas cidades do Cariri, com entrada gratuita, exibe no próximo dia 10, terça feira, às 14 horas, o filme DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO (Hoodwinked!, EUA, 2005, 80min), direção de Cory Edwards, Todd Edwards, Tony Leech. Elenco: Anne Hathaway, Glenn Close, James Belushi, Patrick Warburton. Sinopse: A tranquilidade da vida na floresta é alterada quando um livro de receitas é roubado. Os suspeitos do crime são Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, o Lenhador e a Vovó, mas cada um deles conta uma história diferente sobre o ocorrido. Cabe então ao inspetor Nick Pirueta investigar o caso e descobrir a verdade.


BIBLIOCINE (FAP, JN) 
A Faculdade Paraiso do Ceará (FAPCE), está incluída no circuito alternativo de cinema do Cariri, embora seja restrito aos alunos desta Faculdade. As sessões são programadas para as terças e quintas feiras, de 12:00 às 14:00h, na Sala de Vídeo da Biblioteca, na Rua da Conceição, 1228, Bairro São Miguel. Informações pelo telefone: 3512.3299. Neste mês de Novembro, está em cartaz, o filme CURVAS DA VIDA (Trouble With The Curve, USA, 2012, 111min), direção de Robert Lorenz. Elenco: Clint Eastwood (Gus Lobel); Amy Adams (Mickey Lobel); Justin Timberlake (Johnny Flanagan); John Goodman (Pete Klein); Matthew Lillard (Phillip Snyder); Robert Patrick (Vince Freeman); Scott Eastwood (Billy Clark); Matt Bush (Danny); Bob Gunton (Watson); Ed Lauter (Max); Chelcie Ross (Smitty); Darren Le Gallo (Enfermeira); Rus Blackwell (Rick); Joe Massingill (Bo Gentry); Jay Galloway (Rigo Sanchez); Terry Wilson (Desportista); Peter Hermann (Greg). Sinopse: Gus Lobel (Clint Eastwood) é um veterano olheiro de baseball, daqueles que se recusam a trabalhar usando o computador e apostam todas as fichas em seu feeling sobre os jogadores. Restando apenas três meses para o fim de seu contrato, ele começa a ter problemas de visão devido a um glaucoma. Escondendo a doença de todos, Gus é enviado para analisar Bo Gentry (Joe Massingill), um promissor rebatedor que pode ser a escolha de sua equipe no próximo draft. Entretanto, ao desconfiar que há algo errado com o velho amigo, Pete Klein (John Goodman) pede à filha dele, Mickey (Amy Adams), que o acompanhe na viagem. Mickey trabalha como advogada e está prestes a se tornar sócia na empresa em que trabalha, mas passa por cima dos compromissos profissionais para acompanhar o pai, apesar deles terem um relacionamento problemático. Juntos, eles avaliam o potencial de Gentry e encontram Johnny Flanagan (Justin Timberlake), um ex-jogador de baseball que é agora olheiro de outra equipe. 


CINEMATÓGRAPHO (SESC, JN)
O Cinematógrapho (Teatro Patativa do Assaré, SESC, Rua da Matriz, 227, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 11, quarta feira, às 19 horas, o filme AS BALEIAS DE AGOSTO (The Whales of August, EUA, 1987, 90 min), direção de Lindsay Anderson. Elenco: Bette Davis (Libby Strong), Lillian Gish (Sarah Webber), Vincent Price ()sr. Maranov), Ann Sothern (Tisha Doughty), Harry Carey Jr. (Joshua Brackett), Frank Grimes (sr. Beckwith), Margaret Ladd (Libby jovem), Tisha Sterling (Tisha jovem), Mary Steenburgen (Sarah jovem), Frank Pitkin (Randall velho), Mike Bush (Randall jovem). Sinopse: Duas irmãs idosas, Libby e Sarah, vivem em uma grande casa no litoral do Maine, onde costumavam passar as férias na infância, olhando as baleias que apareciam no mês de agosto. Elas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Até que um velho nobre russo, fugido da Revolução de 1917, começa a vistá-las, levantando a desconfiança de Libby de que ele apenas está querendo se aproveitar delas.

CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 13, sexta feira, às 20 horas, o filme O CANGACEIRO (Brasil, 1953, 195 min) dirigido por Lima Barreto. Elenco: Alberto Ruschel (Teodoro), Marisa Prado (Olívia), Milton Ribeiro (Galdino), Vanja Orico (Maria Clódia), Adoniran Barbosa (Mané Mole) Jesuíno Alves Moreira (Tiburcio), Zé do Norte, Lima Barreto, Antonio V. Almeida, Hector Bernabó, Horácio Camargo, Ricardo Campos, Antônio Coelho, Cid Leite da Silva, Jesuíno G. dos Santos, Galileu Garcia, João Batista Giotti, José Herculano, Nieta Junqueira, Homero Marques, Victor Merinow, Maurício Morey, João Pilon, Leonel Pinto, Maria Luiza Sabino, Nicolau Sala, Neusa Veras, Pedro Visgo. Sinopse: O filme tem diálogos criados por Rachel de Queiroz. O Cangaceiro foi o primeiro filme brasileiro a conquistar as telas do mundo e considerado o melhor filme da Companhia Vera Cruz e sua história se inspirava na lendária figura de Lampião. O Cangaceiro ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora no Festioval de Cannes. A música Mulher Rendeira é interpretada pela atriz Vanja Orico acompanhada pelo coro dos Demônios da Garoa. O sucesso em Cannes levou o filme para mais de 80 países e ele foi vendido para a Columbia Pictures. Só na França, ficou cinco anos em cartaz. Durante as gravações, os Demônios da Garoa conheceram o compositor Adoniran Barbosa. O filme foi rodado em Vargem Grande do Sul, no interior do estado de São Paulo. Segundo o diretor, a paisagem da cidade se parecia muito com a nordestina. Após o sucesso do filme, semelhante ao que acontecia com os atores de filmes de faroeste americanos, o ator Milton Ribeiro virou personagem de histórias em quadrinhos criadas por Gedeone Malagola para Editora Jupiter na década de 1950. A diferença do Milton Ribeiro dos quadrinhos para o Galdino do filme, era que nos quadrinhos Milton era um herói do Sertão. O cangaceiro "Capitão" Galdino aterroriza vilarejos pobres do Nordeste, saqueando e matando com frequência com seu bando armado. Num de seus ataques ele rapta a professora Olívia e pede 20 contos de resgate por ela. Mas ele e o seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela bonita cativa e a discórdia se instaura no bando.


CINE CAFÉ VOLANTE (BARBALHA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Barbalha (Auditório do Centro de Esportes e Artes Unificados Mestre Juca Mulato, Parque da Cidade, Parque da Cidade), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 13, sexta feira, às 19 horas, o filme SALVE O CINEMA (Salaam cinema, Irã, 1995, 75 min), direção de Mohsen Makmalbaf. 
Elenco: Shaghyeh Djodat (Ele mesmo), Behzad Dorani (Ele mesmo), Feizola Gashghai (Ele mesmo), Maryam Keyhan (Ela mesma), Mohsen Makhmalbaf (Ele mesmo), M.H. Mokhtarian (Ele mesmo), Mirhadi Tayebi (Ele mesmo), Azadeh Zanganesh (Ela mesma), Moharram Zaynalzadeh (Ele mesmo). O diretor coloca um anúncio no jornal a quem quisesse trabalhar no novo filme dele, em 1995, no centenário do cinema. Foram mais de mil pessoas para participar do elenco, Mohsen, querendo filmar a todos aproveita a ocasião e filma um documentário sobre pessoas que querem ser artistas. O diretor interroga 100 pessoas sobre o que fariam para entrar no cinema. Faz testes com essas pessoas com frases como: "Você prefere ser bondosa ou uma artista?". O diretor, Mohsen interroga cidadãos iranianos e estrangeiros sobre a busca pela fama e seus limites. No final todos as 100 pessoas entram para o cinema, no filme de Mohsen Makhmalbaff.

CINE CCBNB (JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), exibe nos próximos dia 14 (sábado), 15 (domingo), 16 (segunda), e 17 (terça) às 16:00 horas, a programação da MOSTRA SESC CARIRI DE CULTURAS, com uma série de curtas metragens. Veja a Programação, nos respectivos dias: 
Dia 14.11
NUVEM, 15 min, direção de Vanessa Sandre, Florianópolis, SC;
O curta metragem NUVEM, que tem no elenco a coordenadora do N.A.F.T. Fabiana Franzosi, foi premiado no Festival Primeira Janela em Porto Alegre/RS (2014) e recebeu o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular. NUVEM conta a história da sonhadora Francielly, que vive em um sítio com sua amargurada mãe, Irene. Rose, a tia, conta para a menina que fará uma viagem de avião para o Rio de Janeiro e pergunta o que ela quer de presente. A resposta é surpreendente...
DOMUM, 13 min, direção de Júlia Delmondes, Aracaju, SE;
Domum foi selecionado dentro da categoria de videodança brasileira, mas foi exibido entre filmes de outras nacionalidades. O filme mostra uma performance de dança utilizando como cenário, uma casa abandonada e, parcialmente, destruída. 
DJACIR MENEZES – O HOMEM E SEUS LIVROS, 31 min, Gavulino Filmes, Fortaleza, CE;
Documentário sobre o cearense Djacir Lima de Menezes, 
filho de Paulo Elpídio de Menezes e Olga Freire Lima de Menezes, foi professor, sociólogo, jurista, economista e filosófico. Nasceu no município de Maranguape, em 16 de outubro de 1907. Fundou, em 1938, a Faculdade de Ciências Econômicas do Ceará, sendo também o seu primeiro diretor, e foi Inspetor Regional de Ensino e sócio efetivo do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará. Nos anos de 1940, depois de ser aprovado em um concurso na Faculdade de Filosofia e outro na Faculdade de Economia da então Universidade do Brasil, Djacir Menezes mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor catedrático da Faculdade de Economia, ensinando Historia e Doutrinas Econômicas. Também exerceu outros cargos administrativos, destacando-se particularmente como reitor da Universidade do Rio de Janeiro, no período de 1969 a 1973. Ao término de sua gestão, tornou-se professor emérito dessa Universidade. Publicou livros de Filosofia, de Critica Social e Estudos Brasileiros. Também produziu obras literárias e livros didáticos. 
ALGO MAIS SOBRE A FALA E O SILÊNCIO, 19 min, direção de Felipe Camilo, Fortaleza, CE. 
Uma jovem observa silenciosa em um píer a chegada de um homem desconhecido vindo de dentro do mar.
Dia 15.11 (Mostra de Filmes Goianos)
CHICO DOIDO, 15min; BABILÔNIA, 21min; RIBEIRINHO, 15min; ADVENA, 10min; ÁGUA, 3min; O SOM DO SILÊNCIO, 7min; SE O MUNDO FOSSE 1 FILME, 1min; O PREÇO DO MAL, 8min; CEGAMENTE SEU, 7min; LAGO DO SOL, 8min;

NOVA OPÇÃO DE VOO
Conforme o site Aviadores do Cariri, “A partir do dia 19.12.2015 a empresa aérea GOL, inicia um novo voo para Juazeiro do Norte, sendo que o mesmo será provisório, com o intuito de atender a alta demanda dos voos para Guarulhos-SP nesta alta estação. A empresa terá o novo voo com a mesma rota do atual, e com a mesma aeronave, Boeing 737-700. O novo voo GLO 9157 com a rota Guarulhos (GRU) – Juazeiro do Norte (JDO), e GLO 9158, Juazeiro do Norte (JDO) – Guarulhos (GRU), já está disponível para vendas no site da empresa. O horário é um pouco interessante, pois os dois voos se coincidirão em rota. O voo decolará às 22:20 de Guarulhos e pousará às 00:10 no Cariri, decolando novamente às 00:40 e pousando em São Paulo às 04:40. Sendo que a empresa tem um voo com o mesmo trecho cumprido os horários na seguinte ordem, GRU-JDO-GRU / 00:30-02:30 | 02:45-6:35. Sendo assim não faltará opção para São Paulo para quem sai do Cariri, com esta nova opção para São Paulo. Com este novo voo Juazeiro passa a ter nove voos diários.” Obs.: Na verdade, esta é o décimo voo no Aeroporto de Juazeiro do Norte que passará a ter 20 operações diárias de embarques e desembarques. Veja o quadro abaixo.
Obs.: Os horários acima estão pelo horário LOCAL, de Juazeiro do Norte, até o final do Horário de Verão.

REVISTA SÉTIMA DE CINEMA, EDIÇÃO 26

Já é do conhecimento público a vigésima sexta edição da Revista Sétima de Cinema, editada pelo Grupo de Estudos, sediado no SESC de Juazeiro do Norte. Nas suas 16 páginas estão as seguintes matérias: Editorial (Elvis Pinheiro); Relatório de muita atividade audiovisual; Boa sorte nos próximos filmes (Erick Linhares); Nenhum pecado será perdoado (Saulo Portela); Meus 10 melhores filmes de todos os tempos (Indicações com o texto, a respeito de minhas escolhas, por Elvis Pinheiro); e Programação de Cinema Alternativo. O lançamento da Revista aconteceu na última quinta feira, dia 5, no Teatro Patativa de Assaré, do SESC Juazeiro do Norte. A edição da Revista estará acontecendo mensalmente, com lançamentos nas primeiras terças-feiras do mês. Nossos cumprimentos a todo o Grupo pela maravilhosa edição deste periódico. 

JUAZEIRO EM NOVOS LIVROS

Eu tenho uma biblioteca que procurei especializar em assuntos juazeirenses. Daí porque fico sempre com as atenções voltadas para o que estão lançando, no tocante a uma bibliografia mais ampla possível sobre os nossos temas. Aí estão registrados por nós os seguintes títulos: 

MARLENE LOPES CIDRACK. Visitadoras de Alimentação – Legado da Escola Agnes June Leith, Fortaleza, Edições UFC, 2011, 202p. Resumo: Trata de uma pesquisa que questiona aspectos da emergência do campo de saber em alimentação no Brasil, com abordagem centrada na estratégia de formação de recursos humanos, no caso as visitadoras de alimentação. Pressupõe o processo de formação profissional como estratégia articulada a um conjunto de medidas voltadas para a busca de representação e legitimidade social e política desse saber que emergia e traçava caminhos para sua consolidação. E isto se verifica com a história desta escola de nutrição que foi dirigida nos anos 40 por uma juazeirense, a profa. Maria Gonçalves da Rocha Leal.

FÁTIMA MARIA LEITÃO ARAÚJO. Mulheres letradas e missionárias da luz – Ideal de Formação nas Escolas Normais Rurais do Ceará (1930-1960). Fortaleza, Edições UFC, 2014, 235p. Resumo: A presente tese tem por objeto o estudo da proposta de formação docente das escolas normais rurais do Ceará em idos de 1930 a 1960. Propõe responder aos questionamentos acerca da compatibilização entre o ideal preconizado pelos discursos e documentos oficiais e o perfil de professora produzido na prática cotidiana da sala de aula. Os caminhos percorridos a partir da pesquisa, leva a que se entenda a proposta de formação docente das escolas normais rurais do Ceará, analisando a sua inserção no contexto sociopolítico e ideológico do Ceará/Brasil pós-1930 (Era Vargas), além de compreender o significado do projeto escola normal rural na definição de um perfil ideal de educadora para o meio rural. Dessa forma, analisam-se as idéias, experiências, práticas, representações e o lugar reservado às professoras ruralistas naqueles efervescentes anos das primeiras décadas do século XX. A escrita ora apresentada é fruto da persistente busca dos vestígios deixados e dos relatos expressos pelas personagens que fizeram parte da trama cotidiana de histórias que se cruzam, na consecução de idéias e práticas vividas no âmbito da educação escolar daqueles idos. As fontes utilizadas foram de várias naturezas, tais quais: oral, relatórios, arquivos escolares e particulares, documentos oficiais, discursos de autoridades políticas e intelectuais, diretores, professores e ex-alunas, monografias de conclusão de curso, fotografias e fonte hemerográfica. Em tal percurso teórico-metodológico, destaquei a oralidade como importante fonte da pesquisa., haja vista a tentativa de efetivar a (re)construção histórica numa perspectiva da “história vista de baixo”, dando voz às pessoas que tiveram papel central no projeto escolar encetado pelas escolas normais rurais do Ceará. Assim, coloca-se no cerne da história educacional cearense de meados do século XX, a mulher, ou seja, a professora rural, a educadora e missionária que assumiria a árdua tarefa de iluminar o sertão via luz da instrução primária. O trabalho revisa as experiências educacionais de várias escolas, dentre as quais a de Juazeiro do Norte e a de Limoeiro do Norte, ambas dirigidas por juazeirenses, respectivamente Amália Xavier de Oliveira e Maria Gonçalves da Rocha Leal.

MARIA JURACI MAIA CAVALCANTE, PATRICIA HELENA CARVALHO HOLANDA E ZULEIDE FERNANDES QUEIROZ (Orgs.). HISTÓRIAS DE MULHERES – Amor, violência e educação. Fortaleza, Ed. UFC, 2015, 578p. Trata-se de uma coletânea de artigos que abrange um amplo espectro de questões feministas, especialmente no Cariri. Ao abrir esta coletânea, os leitores se deparam logo no começo com a lente visionária do cineasta e a memória fotográfica do historiador, Rosemberg Cariry, que relata e eterniza a vida de uma grande e sofrida mulher caririense - vinda de uma classe social subjugada pela injustiça social - que modelou criaturas de barro e, numa imitação de Deus, transformou o barro em vida. Vida a que ela mesma deu a sua criação, emprestando–lhe voz, sentimento e história. Dona Ciça do Barro Cru modelou a partir do seu chão, histórias de personagens tão vivas e tão reais, quanto a sua fé na vida, no trabalho e na proteção do seu Padim Ciço. Mas há muito mais neste livro extraordinário.

MARIA JOSÉ RONDON RÉGIS BOTELHO. Trilha de uma Rondon do Pantanal ao Litoral Cearense. Fortaleza, Exp. Gráfica Ed., 2011, 343p. O livro trata do itinerário de vida da sua autora, sra. Caio Lóssio Botelho, ilustrado juazeirense residentes em Fortaleza. A obra tem cunho biográfico e como não poderia deixar de ser, narra a vida de trabalho e a relação conjugal, entremeadas por narrativas familiares e experiências de vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário