sábado, 25 de março de 2017


BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que semanalmente estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de quartas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
252: (22.03.2017) Boa Tarde para Você, Candace Slater.
Pela quinta vez consecutiva, desde aquela data memorável de abril de 1988 quando foi aberto o Primeiro Simpósio Internacional Sobre Padre Cícero e os Romeiros do Juazeiro, temos a grata satisfação de recebê-la, Candace, para ouvi-la sobre a atualidade candente de seus estudos. Para nós, é muito expressivo que a sua instituição de origem, a Universidade da Califórnia, no campus de Berkeley, continue a fomentar por seu intermédio o interesse pela história e a cultura desse nosso recanto de vida e personagens, você que iniciou aqui, em tão recuado ano da década de 70. Refiro-me, particularmente quando em verdes anos de sua juventude abeirou-se de Juazeiro do Norte e do Cariri para elaborar tão significativa pesquisa patrocinada pelo Centro de Estudos Latino-americanos da Universidade de Stanford, sobre a literatura de cordel em nosso pais. Por tal motivo é que iniciamos a tê-la aqui por perto numa sucessão de incontáveis idas e vindas ao Juazeiro do Norte, ao sabor gratificante de uma convivência que foi se amiudando entre você, estudiosos e gente de famílias, amigos que se eternizaram, já com várias perdas para a eternidade. Assim, vimos surgir o original Stories on a string – The Brazilian Literatura de Cordel, em sua primeira edição americana, de 1982, pelo selo da University of California Press, para que em breves dois anos, a seguir, tivéssemos a tradução para o português, como A vida no Barbante, de 1984. Prosseguindo com sua investigação, também foi assim que vimos sair da prensa, Trail of Miracles – Stories from a Pilgrimage in Northeast Brazil, também pelo selo da UC Press, de 1986, ainda inédito para nós, no Brasil, a reclamar tradução para o nosso acesso, que provavelmente ainda poderá ser denominada de Trilha de Milagres – “Estórias” de peregrinação ao Nordeste do Brasil. É o caso de se dizer, que vexame!, pois não é a leitura da Academia que importa apenas, senão a vulgata tradução para o nosso vernáculo, em edição que nos interessa tanto e que vem tardando da parte dos negócios editoriais, lamentavelmente em terra de pouca leitura – lamentavelmente. Mas nós, aqui em Juazeiro do Norte, sediados em seu meio universitário, reclamamos apoio e a oportunidade que tarda para mais de trinta anos, um pouco dessa pretensa cabeça pensante para retirar desse aparente ostracismo um texto bonito e inteligente que, felizmente, não caducou. Nesses anos sentimos de você, Cândida, a partir dessa maneira como a tratamos, uma amorosa dedicação aos estudos de nossa cultura, uma inexcedível e, diria, até compulsiva participação de suas inquietas e provocativas participações para continuar contribuindo positivamente aos estudos. Como temos a lhe agradecer, apenas para relembrar esse passivo de duas riquíssimas contribuições já saídas e tantas outras coisas esparsas em sua relação bibliográfica de inúmeros artigos em revistas, além da participação de eventos, onde você se fez nossa representação fiel e competente. Nessa jornada de hoje, aqui entre nós, e logo mais no Memorial, teremos todos os ouvidos disponíveis para receber sua mensagem acerca de “Algumas respostas dos romeiros à reconciliação” dentro da temática proposta para essa quinta edição do Simpósio. Tiro por mim, que lhe apresentei tantas indagações sobre o modo como isso nos veio a ser apresentado, tanto pela correspondência do Cardeal Gerhard Ludwig Muller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício, quanto por aquela tida como a mais impactante, assinada como termo de Reconciliação da Igreja com o Padre Cícero, “jamegada” pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé e das Relações com os Estados, como se fora efetivamente assinada por sua santidade o Papa Francisco. Vamos ouvi-la, Cândida, vamos lhe escutar atentamente para captar mais uma vez e com a sua atualizada ausculta essas certezas x incertezas que emanam de corações tão puros como são os dessas nobilíssimas, anônimas e valiosas expressões de tantas almas devotas do Pe. Cícero. Ainda ontem, por ocasião da conferência de John Eade, vimos emergir de sua exposição e da consideração de alguns presentes, a precipitação de um esboço de pauta para que daqui a dois anos novamente “as coisas do Joaseiro” e seus debates novamente animem outra edição desse Simpósio. Realmente inesgotável é essa pauta, face ao curioso e o intempestivo das provocações acadêmicas. Quanto a mim, esse seu amigo menor, tão admirador dessa sua força interior que nos traz tanto, só lhe digo que vá se preparando para que não deixemos de contar com você por perto, sempre que essas histórias nos permitam reunir festivamente e celebrar a graça de nos reencontrarmos.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 22.03.2017)

BOM DIA!
Continuo transcrevendo nesta coluna semanal o conjunto de sete textos que estão sendo publicados na minha página do Facebook, tratando de questões relacionadas com a atualidade da vida juazeirense, com o objetivo de fomentar uma ampla discussão sobre esses temas de nosso interesse. Os que desejarem contribuir com esse propósito, poderão dispor do espaço na rede social, ou encaminhando sua opinião para o nosso endereço. Muito grato.
BOM DIA! (75) Por Renato Casimiro
MINHA MÃE, DORALICE SOARES CASIMIRO, CENTENÁRIA... Certa vez eu li um texto que comentava o resultado de uma pesquisa no Canadá com respeito à memória na primeira infância. A pesquisa havia detectado que efetivamente a memória da criança vai se consolidando após o quarto ano de vida, em decorrência de uma questão óbvia: esquecemo-nos de acontecimentos enquanto ainda somos crianças. E daí outra questão que emerge é o conhecimento de que o nosso cérebro vai se aprontando aos poucos para guardar, para arquivar memórias para o resto dos nossos anos. Ao saber disso que até parece tão elementar, eu fui conscientizando porque eu tenho tido uma relativa facilidade para conduzir essas Memórias da Rua São José, pelo fato relevante que eu estou retornando a acontecimentos da fase em que eu estava ultrapassando os 4 anos de idade, ao tempo em que aí cheguei para residir. Parte significativa dessas lembranças vai para o lado afetivo da minha relação com minha mãe, em quem pude enxergar uma figura doce, amorosa, absolutamente disponível, extremamente protetora e que marcaria a minha existência definitivamente, especialmente quando ingressei da fase de escolaridade. O acervo dessas lembranças realmente esconde parte de minha existência, anterior aos quatro primeiros anos. Mas na Rua São José, exatamente porque coincide com essa transição, eu percebo que a memória como que explodiu para revelar, se assim não exagero, uma enciclopédia de informações que me permitem hoje celebrar com riqueza de detalhes quem foi e a importância da minha mãe em toda a minha formação. Por isso, ao celebrar hoje, 19 de março de 2017, o seu centenário, eu gostaria de revisitar um pouco da sua vida e sua obra para trazer esse conforto que me invade o ser, pela felicidade única e o privilégio incomensurável da sua tutela física, moral e espiritual, em quase todos os maiores momentos de minha existência. Por isso, começo dizendo que Doralice Soares da Silva, depois Doralice Soares Casimiro, nasceu no dia 19 de março de 1917, no município de Juazeiro do Norte, Ceará. Filha de Antonio Soares da Silva e Eudócia Soares da Silva, ambos nascidos em Alagoas. Iniciou seus estudos no colégio do prof. Anchieta Gondim, aí por volta de 1926, e temos até uma fotografia de toda a sua turma naquela ocasião. Interessante observar que nesta foto também está Luiz Casimiro, com quem, 26 anos depois, se casaria. Em seguida no Grupo Escolar Pe. Cícero, onde concluiu o primário. Continuou estudos na recém-fundada Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, então dirigida pelo Dr. Plácido Aderaldo Castelo, juiz da Comarca. Ela colou grau como professora rural na segunda turma daquele estabelecimento, em 22.11.1938. Naquela noite uma das mais festivas daquele ano na cidade, no Cine Teatro Roulien, com a presença do então governador do Estado, Dr. Menezes Pimentel, as professores Ruralistas, cujo paraninfo foi o Dr. Plácido Aderaldo Castelo, na época já residindo em Fortaleza, e exercendo a função de Secretário da Fazenda, receberam seus diplomas, assistidas por uma grande comitiva de autoridades onde estavam também: Capitão Cordeiro Neto, Secretário da Segurança Pública; Dr. Brasil Pinheiro; Secretário da Interventoria; Dr. Torcápio Ferreira, Diretor do Departamento de Terras e Colonização; Dr. Aristóbulo de Castro, Diretor Geral da Agricultura; Dr. Ramir Valente, Diretor do Departamento Fiscal e Classificação do Algodão; Dr. Fran Martins, Secretário da Imprensa Oficial; Dr. Adonai de Medeiros, da Associação Cearense de Imprensa; Capitão Ponce de Leão, Ajudante de Ordens; Dr. Joaquim Guedes, da Rede de Viação Cearense; Dr. Vicente Augusto, Prefeito de Lavras da Mangabeira; Prof. Stenio de Lucena Lopes, Delegado do Ensino; Cel. Antonio Gonçalves Pita, Prefeito Municipal de Juazeiro do Norte; Mons. Joviniano da Costa Barreto, Vigário da Paróquia; Dr. Fernando Barros, Inspetor da Rede Viação Cearense; Dr. Luiz Montenegro, Industrial; Dr. Edilberto Ferreira, Agrônomo Inspetor. Sua turma era composta por dezessete formandas: José Sebastião da Paixão, Maria Menezes Pereira, Maria Assunção Gonçalves, Cenobilina Cruz Luna, Maria Nelse Silva, Doralice Soares da Silva, Maria das Dores Germano, Zilda Figueiredo, Nerci Matos Pereira, Isa de Sousa Figueiredo, Maria Venúsia Cabral, Marcionília Jácome de Carvalho, Rici Acioli Maia, Maria Zuila Belém de Figueiredo, Ana Aderaldo Castelo, Emir Landim e Maria Nazaré Pereira. Diplomadas, Doralice Soares, Nazaré Pereira, Zuila Belém e Maria Meneses fundaram uma escola particular, o Instituto Dom Vital, que funcionou na Rua São José, num casarão vizinho ao casarão construído pelo Pe. Cícero para abrigar a pretendida Diocese do Cariri, ao lado da sua residência. Foi professora estadual, tendo exercido seu magistério no Círculo Operário São José, até a data de sua aposentadoria, nos anos 60. No Círculo Operário, quando ainda estava dedicada no período matinal alfabetizou seus filhos, Ana Célia e Antonio Renato. Este emprego de professora foi obtido graças à renúncia de sua irmã, Maria dos Anjos que transferiu a cadeira de sua responsabilidade para Doralice e da mediação do então vigário da paróquia, Mons. Joviniano da Costa Barreto, com o propósito de oferecer escolaridade aos filhos dos associados do Círculo, então sob a presidência de Luiz Coimbra. Colaborou também, ao lado de Maria Menezes e Maria Germano, com o ensino na Escola Técnica de Comércio, pouco depois de sua fundação. Casou com Luiz Gonçalves Casimiro, paraibano de Sousa, bancário do então Banco do Juazeiro, e a partir de 1953 viajaram pelo interior do Nordeste, particularmente no sul da Bahia, onde negociavam joias do artesanato de Juazeiro, labirinto, rendas e bordados do Aracati. Em 1954 se estabeleceram no comércio de Juazeiro com uma loja de material elétrico, o Centro Elétrico. Nesse empreendimento, Doralice e Luiz se dedicaram completamente até praticamente quando faleceram ambos, em 1989. Especialmente na fase da chegada da Energia Elétrica de Paulo Afonso ao Cariri, época de intensa atividade comercial, Doralice continuou a lecionar no Círculo Operário São José, no período noturno, dedicada à alfabetização de adultos, com alunado do serviço militar do Tiro de Guerra, ou dentre os empregados no comércio da cidade. Mãe e esposa exemplar, sua crença na família como a célula da sociedade pode ser avaliada por um texto que escreveu em 1970: “A família constitui, para o homem, o centro do universo, onde se delineiam os traços decisivos de sua personalidade, onde se vivencia as experiências mais significativas, onde se reúne energias e esperanças para sonhar os grandes sonhos do porvir. O mundo da família estrutura, ou desmantela a personalidade. Forma, ou deforma o ser humano. Educa para a coragem e o sucesso, ou mergulha o homem na timidez e no fracasso. Do lar partem os homens fortes para a conquista do mundo, e os fracos para os seus revezes. A família encaminha para o amor ou desencaminha para o ódio. A família pode constituir um ninho quente de amor, ou um universo gelado de solidão. A família constrói para o homem um oásis sereno de paz, ou uma agitada atmosfera que marca para sempre a alma de inquietação. A felicidade se encontra no seio do lar, ou não se encontra em parte alguma”. Trabalhou sempre para legar aos seus filhos o melhor exemplo, levando-os até o ensino superior, quando a tudo assistiu nos mínimos detalhes. Em 20 de Janeiro de 1972 foi acometida de trombose cerebral que a vitimou por mais de 17 anos. Desse acidente, teve boa recuperação e muito lúcida e disposta voltou a trabalhar no comércio por pelo menos 10 desses anos de doença, sempre muito solidária aos esforços do marido. O agravamento das sequelas do acidente vascular cerebral, especialmente nos últimos 3 anos, veio a determinar o seu falecimento na noite do dia 22 de julho de 1989, em Juazeiro do Norte, aos 72 anos de idade. Todos nós e, particularmente Luiz Casimiro, sofremos muito com essa morte que de há muito se anunciava. Tanto que, decorridos apenas 36 dias após o sepultamento de Doralice, Luiz Casimiro faleceu em decorrência de complicações em sua saúde, com uma gripe, e por uma embolia pulmonar no derradeiro instante. Se tivéssemos, nós da família, que estabelecer sua causa mortis, não teríamos nada mais a acrescentar, senão, de que o motivo teria sido saudade... Bom dia.
(Postado em Facebook: https://www.facebook.com/renato.casimiro1, em 19.03.2017)

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINE CAFÉ VOLANTE (NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 31, sexta feira, às 19 horas, o filme MINHA VIDA NA OUTRA VIDA (Yesterday´s children, EUA, 2006, 93min). Direção de Marcus Cole. Sinopse: Jenny Cole (Jane Seymour) mora com o marido e filho na América. Ela está grávida e começa a ter sonhos fortes sobre uma pequena cidade que tem uma grande igreja. Jenny fala para a mãe sobre os sonhos e ela mostra alguns desenhos que Jenny fez na infância que são idênticos aos sonhos. Elas descobrem que a cidade ficava na Irlanda na década de 30 e Jenny vai até lá para tentar entender seus sonhos e saber se já viveu lá no passado.

CINE CAFÉ (CCBNB, JN)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte), realizando sessões semanais de cinema no seu Cine Café, com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 11, sábado, às 17:30 horas, o filme SUSPEITA (Suspicion, EUA, 1941, 99min) Direção Alfred Hitchcock. Sinopse: Lina McLaidlaw (Joan Fontaine), uma moça rica e tímida, se apaixona pelo malandro Johnnie Aysgarth (Cary Grant), um playboy que vive apostando com o dinheiro dos amigos. Os dois se casam, mas logo após a lua de mel Lina começa a conhecer a verdadeira personalidade de Johnnie e passa a desconfiar que o marido é um assassino que fará dela sua próxima vítima.
CINE ELDORADO (JN)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no próximo dia 31, sexta feira, às 20 horas, dentro do Festival de Filmes Inesquecíveis, o filme SISSI (Sissi, Austria, 1955, 105min). Direção de Ernst Marischka. Sinopse: É o ano de 1853. A então princesa Isabel da Baviera, de 15 anos, acompanha sua mãe e irmã mais velha Helena para a corte austríaca em Bad Ischl, onde o noivado entre Helena e o jovem imperador Francisco José I, seu primo-irmão, será anunciado. Este, contudo, apaixona-se pela outra prima, Isabel (mais conhecida como Sissi), enquanto ela está pescando. Sissi também ama Francisco José, mas o casamento encontrará a oposição da exigente mãe do imperador.

Livro faz críticas a Igreja Católica (Foto: Mário Flávio/G1 Caruaru)
PADRE CÍCERO: NOVO LIVRO
Foi lançado sábado passado, 18.03,  em Caruaru,  no Agreste de Pernambuco, o livro 'Cícero Romão Batista – Meu Padim: Quando a Igreja vai (re)ordená-lo Padre?'. O evento aconteceu em uma livraria do Shopping Difusora, a partir das 18h. A autoria da obra é do juazeirense José Pereira Godim, de 71 anos.
Segundo um release da imprensa pernambucana, “O livro fala sobre a trajetória de padre Cícero como sacerdorte, depois membro excomugado da Igreja Católica em 1916 e também prefeito de Juazeiro do Norte-CE, até sua morte em 20 de julho de 1934. A imagem de padre Cícero é ligada ao possível milagre da hóstia ensaguentada, causa de perseguições ao religioso. Ele é o considerado o "santo popular" por muitos fiéis mesmo tendo sido afastado da Igreja. Em 2015, o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a Igreja Católica. Esse é o primeiro livro de um trilogia que será complementada nos próximos anos.”

NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
A noite Da última quarta-feira (22.;03) foi marcada por uma cerimônia solene no Memorial do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, para a condecoração do bispo Dom Gilberto Pastana e oito padres da Diocese de Crato como “cidadãos juazeirenses”. A ocasião representou o ápice da Semana do Padre Cícero, que este ano chega a sua 35ª edição. A concessão simbolizou um reconhecimento do poder legislativo municipal aos trabalhos de evangelização prestados ao povo e é a maior honraria que pode ser concedida pelo parlamento, tendo sido já agraciada a religiosos como Dom Fernando Panico, hoje bispo emérito. Os oito padres homenageados foram Vileci Basílio Vidal (coordenador diocesano de Pastoral e pároco de Araripe), Paulo Costa (administrador paroquial de Tarrafas), Cícero José da Silva (pároco da Basílica Santuário de Juazeiro do Norte), Sebastião Monteiro (da Comunidade Filhos Amados do Céu), João Carlos Perini e César Casetta (ambos salesianos do Sagrado Coração de Jesus de Juazeiro do Norte), Francisco das Chagas Alves (pároco da Paróquia São Cristóvão de Juazeiro) e José Gonçalves da Silva (pároco de Palmeirinha, distrito de Juazeiro). “Gostaria que essa certificação, que é muito importante para mim, fosse compartilhado com outras pessoas: primeiramente, os padres, religiosas, leigos e leigos, que me ajudam no pastoreio desta grande cidade. Também reparto este reconhecimento com os amigos que já fiz deste que aqui cheguei”, disse Dom Gilberto, ao iniciar seu discurso de agradecimento. Para o bispo, a ocasião simboliza “a manifestação de hospitalidade e respeito por um bispo da Igreja Católica”, advinda do poder legislativo, confirmando, desse modo, um “estado de alma” que o vem nutrindo desde que passou a fazer morada na diocese. “Sinto-me muito alegre de ver, oficializada, a minha condição de cidadão honorário de Juazeiro do Norte. Digo, oficializada, porque, espiritualmente, desde que cheguei ao Cariri, em julho do ano passado, já comecei a me considerar um cidadão de cada município de nossa diocese”, considerou. A comenda, um quadro com certificação, foi entregue ao pastor pelo bispo Dom Fernando e aos padres, por vereadores. Centenas de pessoas, entre personalidades, representantes de movimentos e pastorais da Igreja participaram da cerimônia. Fonte: Diocese de Crato. (Na foto: da esquerda para a direita: Padres Vileci Vidal, José Gonçalves, Francisco das Chagas, Cícero José da Silva, Dom Gilberto Pastana, João Carlos Perini, Sebastião Monteiro e Paulo Costa.  Foto: Rozelia Costa)

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