sábado, 27 de julho de 2013

PADRE CÍCERO NO INSTITUTO DO CEARÁ

No dia 22 de julho, no Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), o Dr. Wellington Alves, médico e membro da SOBRAMES-CE – Sociedade Brasileira dos Médicos Escritores, fez uma conferência sob o tema: "PADRE CÍCERO - atuação histórica e permanência no imaginário popular". A mesa foi conduzida pelo Presidente Ednilo Soarez e o conferencista foi apresentado pelo escritor Juarez Leitão. Com grande participação, importantes intelectuais, o tema despertou um interessante debate, após a apresentação do conferencista. Quem também esteve presente e participou dos debates foi a professora Núbia Ferreira. Ela me escreve para dizer: “Fiquei animada com o interesse de todos pela história de juazeiro - mesmo - sem novidades. Foi bem polêmico e, em um dado momento me senti obrigada a falar - e, neste momento falei sobre a importância do Mons. Murilo para as Romarias e também, fui obrigada a defender a nossa história) - Lucio Alcântara e Mauro Benevides, entre outros, me aplaudiram e parabenizaram, depois da minha interferência. Assim, acredito que eles alem de conhecerem bem a história do Padre Cícero, também, não comungam com certas idéias deturpadoras. Foi uma bela tarde.” (Fontes: Blog da Sobrames e Núbia Ferreira).
 
CINE ROULIEN
O que os nossos pais assistiam antigamente? Voltamos aos cartazes dos cines Roulien (Rua São Pedro, 389) e Eldorado (Rua Santa Luzia, 429) durante o ano de 1949. No dia 29.05 o Roulien exibiu em sua sessão às 19:30h o filme Débil é a carne. A ficha técnica da película é: Título original: The foxes of Harrow; Estados Unidos, 1947; John M. Stahl; Elenco: Rex Harrison, Richard Haydn, Victor McLaglen, Gene Lockhart, Charles Irwin, Hugo Haas, Dennis Hoey, Roy Roberts, Maureen O'Hara, Vanessa Brown, Patricia Medina; Sinopse: Drama baseado no livro de Frank Yerby. Em Nova Orleans, um jogador irlandês tenta entrar na sociedade, coisa que não podia fazer em seu país, por ser ilegítimo. Vendendo-se e ganhando um jogo de cartas, Harrison encontra a bela Maureen OHara, mas seu casamento é atraplhado pelos incessantes tentativas de Rex..
CINE ELDORADO
O Eldorado exibia no dia 31.05: Absolvida. A ficha técnica, sumariamente, é: Título original: Criminal court; Estados Unidos, 1946; Direção: Robert Wise; Elenco: Elenco: Tom Conway (Steve Barnes), June Clayworth (Joan Mason), Martha O'Driscoll(Georgia Gale), Robert Armstrong(Vic Wright-dono do Clube), Addison Richards(District Attorney Gordon), Pat Gleason (Joe West), Steve Brodie(Frankie Wright - irmão de Vic), Robert Warwick(Sr. Marquette); Sinopse: Drama policial, em cujo enredo Steve Barnes é um advogado famoso e brilhante que quer trabalhar para o promotor. Uma noite, ele acidentalmente mata um bandido, que é dono da boate onde o cantor está trabalhando como sua namorada Georgia Gale. Steve pretende esconder o seu envolvimento no assassinato, apesar de sua namorada descobre o corpo de chance de topar com ele, e após o assassinato acusado. Barnes olhando como se pode dissipar as suspeitas de crime envolvendo Georgia sem realmente mostrar como aconteceu, por que você tem que recorrer a uma trama bizarra que não pode ser retirado. 
O PRESENTE A DOM MALAN
Como já foi noticiado nesta coluna da semana passada, foi realmente inaugurado o monumento em frente à catedral de Petrolina, cujo nome é O Presente de Pe. Cícero a D. Malan. Voltamos ao assunto apenas para registrar um momento que antecedeu a inauguração, com os finalmentes das obras, e da inauguração, através de imagens produzidas na ocasião e que foram incluidas  no blog do Vinícius Santana (Petrolina), cujo link é: http://blogviniciusdesantana.com/dom-malan-e-padre-cicero/. 

 “FOME ZERO” E “VELHOS DINOSSAUROS”
Em 2009 eu inventei uma reunião aos sábados, na qual vários amigos compareciam para tratar de amenidades, ao tempo em que degustávamos de bom churrasco e cerveja. Nesta época eu recebia a adesão de amigos como Luiz Carlos de Lima, Daniel Walker, Demontier Tenório, José Carlos dos Santos, Raimundo Araújo, Abraão Batista e Demontier Fernandes, que batizou o encontro como Fome Zero, pelo fato de que eu sempre pagava a conta, pois como era de bom tom, tinha convidado todos. Vez por outra, um forasteiro saudoso como o Francisco Zênio, que vinha de Brasilia (foto da esquerda, superior). No último fim de semana, o jornalista Demontier Tenório nos reuniu em sua casa do Pirajá, em grupo muito mais ampliado (demais fotos). Aí contamos com as presenças de Wilton Bezerra, do ex-craque Ramos, Aderson Borges de Carvalho Júnior, Joaquim Edvan Pires, Fabiano Rodrigues, Raimundo Araújo, Marcel Bezerra, Natan Lima, Ronaldo Costa, Zacarias Silva, Vicente Reginaldo Tenório, César Bezerra Filho, dentre outros. Era uma velha guarda muito entusiasmada que esticou a conversa por mais 

REVISTAS DO CARIRI
Em edições anteriores, já mencionamos que em breve aparecerá na região do Cariri a revista Casa Cariri, dos mesmos empreendedores de Cariri Revista. Agora capturo de uma rede social a informação de que o jornalista Wilson Melo, à frente de uma nova Editora na cidade, além de vir trabalhando decididamente para a circulação de um jornal diário para o Cariri (Diário do Cariri, já anunciado por nós na coluna passada) está promovendo a seleção de pessoal qualificado para a publicação de uma revista semanal. Ainda não há o título escolhido, mas estamos aguardando mais este veículo de nossa imprensa escrita.


JOAQUIM EDVAN PIRES
Registro com prazer outro excelente trabalho do jornalista Marcel Bezerra, enfocando a figura muito estimada de Joaquim Edvan Pires. A matéria está na edição desta semana do Jornal do Cariri e com o título irretocável de “Um semeador de esperanças”. Verdadeiramente, este é um atestado eloquente e insofismável para o biografado. Sua pastoral reside, precisamente, no fato de ser este semeador, por seus livros, por sua participação na radiofonia, nas amizades que cultiva, e na vida exemplar que procura cumprir, pessoal e profissionalmente. Parabéns, mais uma vez, ao Marcel por ter captado isto com tanta clareza e vigor.


FRANCISCO E O JOAZEIRO
Não foi divulgado que a Nunciatura Apostólica no Brasil (representante legal da Santa Sé Romana) tenha confirmado a pretensão de deputados cearenses de se encontrarem com Sua Santidade o Papa Francisco por ocasião de sua visita ao Brasil, para tratar do caso Padre Cícero. Assim, o que vimos na recepção do Palácio Guanabara, onde protocolarmente só caberia a apresentação dos mais altos quadros dos Estados (Brasil e Vaticano) foi a quebra do rito pela presença dos deputados José Nobre Guimarães e Maria Gorete Pereira. Nos cumprimentos, sob o olhar surpreso da presidente, foi entregue um presente. Agora, pela revelação do jornalista Marcelo Fraga (ex-presidente do Memorial Padre Cícero) se sabe que “a caixa foi preparada nos estúdios do Programa Multimidia (TV Verde Vale, com o auxilio da bibliotecária Deusimária Dantas que ajuda no trabalho de catalogação do acervo das mais de 100 relíquias e livros do sacerdote, que estão expostos na Produtora.” 
de 6 horas de encontro e boas recordações. Saí de lá certo que esta era a sessão inaugural de uma nova confraria: Os Velhos Dinossauros. Um grande abraço a Demontier Tenório pela fraterna amizade, o convite gentil e bela acolhida. Qualquer dia destes, vamos repetir a dose. Aliás, as doses.

CENTENÁRIOS
Preparei o seguinte texto que foi encaminhado à Secretaria de Cultura, para subsidiar a Municipalidade na proclamação da abertura do ano dos centenários de Juazeiro do Norte. Não vi nenhuma divulgação nem repercussão. Daí porque me animo a divulgá-lo.
Há cerca de dois anos, esta cidade do Padre Cícero celebrava o seu centenário de elevação a vila. Era, até então, um povoado encravado no próspero município do Crato. E assim estava desde 1827 quando, pelo sinal da cruz e na devoção a nossa Mãe das Dores, havia sido dado um certo foro de cidadania, empenhado pela absoluta dedicação de algumas famílias que aqui habitavam, oravam e trabalhavam. Daquele momento, até o reconhecimento pelo Governo do Estado do Ceará, foi necessário o transcurso de quase 84 anos para que conquistássemos a nossa emancipação política, o que nos permitiu, com mais um século de devotamento, atingir o estágio de desenvolvimento que experimentamos, exibindo uma condição exemplar de progresso que procuramos, dia a dia, aperfeiçoar e estender à felicidade de seu povo. 
Exatamente hoje, aos 102 anos desta conquista, estamos vivendo a véspera de novos centenários e expressivas comemorações. Falo-lhes, caríssimos munícipes, das celebrações que nos permitirão, ao longo do próximo ano - 2014, recordar e festejar a edição da Lei estadual de número 1177, de 23 de Julho de 1914, com a qual o Governo do Estado do Ceará elevou a comarca de primeira entrância o termo de Joazeiro, da Comarca do Crato. Este fato trouxe para nossa então vila, o foro necessário, reconhecido pela constituição jurídica, autônoma, com a qual o exercício de nossa cidadania se fazia mais pleno. Há cem anos, portanto, nascia a Comarca de Joazeiro e, como tal, avançava a nossa organização e a autonomia cidadã.
Neste mesmo dia, 23 de Julho de 1914, e a exatos cem anos, pela lei de número 1178, o Governo do Estado do Ceará, na pessoa de seu presidente, o dr. Benjamim Liberato Barroso, acatando o que decidira a representação popular junto à Assembleia Legislativa do Estado, sancionava o ato com o qual nossa então vila do Joazeiro era elevada à categoria de cidade. Entre 1911 e 1914 o operoso e determinado povo desta comunidade já havia dado a conhecer a este país o quanto ansiava por sua elevação, com a qual o lugarejo era inserido em um concerto mais amplo da geografia e da história do Brasil. Nascia a cidade de Juazeiro do Padre Cícero, mantendo-se até hoje como uma peculiar comunidade deste Nordeste, inquieta e progressista.   
No dia 17 de Janeiro de 2014, bem mais próximo de nós, falecia nesta cidade a beata Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo. Dispensável se torna, quero crer, estender qualquer outra consideração sobre este fato de tanta significação para nossas vidas. Foi Maria de Araújo um personagem da maior grandeza na história desta cidade. Protagonista dos fatos miraculosos que passaram à crônica do Estado como um dos mais expressivos milagres eucarísticos da nossa Igreja, e cuja repercussão marca os nossos dias presentes com a força e o carisma de um grande milagre, sobre o qual ainda aguardamos o completo reconhecimento e a devida consideração, ao mesmo tempo em que isto venha a significar a reabilitação eclesial do nosso santo Padrinho que se manteve fiel, reverente e obediente à sua Santa Madre Igreja.
Este próximo ano de 2014, necessário é que também se mencione, assinala a memória da luta pela defesa intransigente que foi necessário fazer quando sobre nossa cidadania e autonomia, forças externas se arregimentaram para um combate fratricida, em cenário de guerra civil. A Sedição de Joazeiro, entre os anos 1913 e 1914, foi um dos capítulos mais angustiantes da vida deste Estado. Por isso mesmo, dispensável seria celebrá-lo, mesmo em data tão emblemática, de cem anos do seu final. Contudo, a experiência vivida por esta comunidade e seu Patriarca, nos remete hoje, um século decorrido, a uma reflexão sobre os caminhos que eventualmente devemos percorrer para garantir ao seu povo a esperança de novos horizontes, sem que, jamais, tenhamos que repetir aqueles atos que nos demonstraram, claramente, do que seríamos capazes para defender o sonho que nos levaria a realizar, literalmente, uma grande batalha diária pelo nosso crescimento e desenvolvimento. Assim, a lembrança da Sedição de Joazeiro não é um sentimento arrogante, mas uma celebração pelo que a vida nos ensinou, mesmo que nisto jamais tenhamos que repeti-la.
Seria necessário, igualmente, lembrar a cada um de nós que esta oportunidade de celebração de centenários deve se estender por sobre a memória honrada de muitos homens e mulheres que marcaram suas vidas por exercícios de grande valia e exemplo, e ao que acumulamos de experiências em nossa caminhada. Em cem anos de nossas vidas, esta cidade muito amada recebeu de cada um de nós a demonstração inequívoca de um dedicado e exemplar serviço comunitário, o que muito contribuiu para nosso engrandecimento social, político, econômico e religioso.
O Governo Municipal da Cidade, quase centenária, de Juazeiro do Norte, toma, neste momento, a iniciativa de proclamar oficialmente a abertura deste ano de preparações para as devidas e oportunas celebrações que foram referidas, na certeza de que honra esta caminhada de reverência aos nossos fatos históricos e deles continua a extrair lições de grande valia para a caminhada e a felicidade deste povo a que procura servir com fidelidade. Deste modo, entre esta data e o próximo dia 23 de Julho de 2014, o Governo estará empenhado em celebrar condignamente todos estes fatos e todos os personagens que a eles se relacionem. Declaro, portanto, aberto, o novo ano de comemorações centenárias na Cidade de Juazeiro do Norte. (Juazeiro do Norte, 22.07.2013)     

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