sexta-feira, 20 de março de 2015

BOA TARDE (I)
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
130: (13.03.2015) Boa Tarde para Você, Cícero Batista Lúcio
Amanhã, 14 de março, completa-se o primeiro ano desta minha atividade de cronista do cotidiano, inserido no Jornal da Tarde, para oferecer em cada oportunidade e a cada personagem destacado no Boa Tarde para Você, uma palavra de reconhecimento, de homenagem, de estímulo e de gratidão. Foram cento e trinta pequenos e bons momentos para 134 personagens que fui escolhendo, ao sabor de motivos diversos, sempre num conexão com a atualidade, e em vista da memória que acumulamos e que sempre nos traz, por vezes com atraso, esta imagem de um resgate necessário. Revejo o primeiro texto, ainda tão tímido para o que aos poucos foi se afirmando, e era ele dedicado a uma quase vizinha, a senhora Marlene Balbino, que acordara naquela madrugada para ver o seu pobre filho abatido com balas traiçoeiras de uma madrugada, na calada do sono da Rua São José, que eu há tão pouco tempo experimentava. Nasceu deste modo, Cícero Lúcio, ao tom fortíssimo da violência urbana destes nossos dias, coisa que você conhece tão bem, o meu sentimento de indignação diante de cenas fortes que eu nem imaginava encontrar no retorno com a vida nesta minha terra, tantos anos longe daqui. Confesso, e me perdoe por isto, que demorei a ter alguma consideração por este trabalho que você realiza no rádio e na televisão, pois ele carrega para dentro de nós as angústias vividas por esta cidade amada, cada vez mais recheada do sofrimento de seu povo diante do perverso e das dores inimagináveis.  Posso lhe dizer, Cícero Lúcio, que tive de me reeducar para ouvi-lo e vê-lo entre rádio e televisão, de modo a assimilar a importância desta presença nos noticiosos como um serviço que a mídia deve e não pode se escusar de fazer, porquanto se faz porta-voz de uma comunidade que quer ser ouvida em seus lamentos e aos relatos de seus dramas. É sempre difícil imaginar que a Folha Policial seja um serviço necessário, quando necessário sempre nos parece que é a luta insana de um povo para merecer a tranquilidade que o embala na vida em sociedade, no trabalho digno e no lazer tão merecido. Mas, enfim, Cícero, você está aí, abrindo este jornal com as notas mais tristes, com as informações precisas e pauta sempre cheia de acontecimentos lamentáveis, trazendo principalmente, a sua denúncia, a orientação, a investigação que reclamamos, como igualmente reclamamos a escalada desta violência que parece não cessar nunca. O jornalismo policial brasileiro não é um gênero recente, pois é tão antigo quanto a violência vivida nas comunidades que diariamente reclamaram da imprensa o seu papel contundente de denúncia. Os fatos mais recentes que o torna vistoso e com programas de grande audiência ganhou muito fôlego nos casos dos grandes sucessos experimentados na televisão, como o Cidade Alerta, da Rede Record, o Brasil Urgente, da Rede Bandeirantes e o Linha Direta, da Rede Globo. O programa policial na mídia brasileira, televisiva ou pelo rádio, se configura com um estilo próprio e é muito marcado pelo sensacionalismo, pelo que se tem denominado de Datenismo, numa referência explicita ao apresentador Datena, que é um dos expoentes do estilo no Brasil. Realmente, este estilo tem elementos importantes desta empatia com o público curioso pela tragédia das ruas, especialmente no encontro com a linguagem coloquial, a interatividade com apresentadores populares e, especialmente, com o tom de veracidade e autenticidade necessário para firmar este pacto cativo com o ouvinte. Eu encontro nestas premissas, Cícero Lúcio, uma justificativa razoável para o seu sucesso, com o Rota e aqui entre nós no Jornal, pois apesar do traço comum, você foi capaz de esmerar-se num estilo que colabora e dialoga com a humanidade, como sentido de vida, abstraindo destes infortúnios o choque traumático que se faz pela banalização da violência. Cumprimento-o por isto, e mais pelo esforço continuado para prestar este serviço através do qual tem se tornado admirado, profissional competente, respeitado e valioso para falar em nome deste povo que tanto sofre. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 14.03.2015) 

BOA TARDE (II)
131: (17.03.2015) Boa Tarde para Você, Jefferson de Albuquerque Júnior
Na semana passada, por ocasião da visita empreendida pelo ministro Juca Ferreira a uma parte deste nosso Cariri cultural, vimos como você, de viva voz, protestou pela programação parcial da comitiva que, dentre outras coisas, excluiu uma participação mais amiudada com setores de Juazeiro do Norte. Algumas desculpas oficiais foram oferecidas, como o curto tempo disponível, e outras ficaram mesmo evidentes que se tratou de fazer uma certa manipulação da agenda para contemplar apenas Nova Olinda e Crato, não obstante nesta última, um encontro com os mestres do Cariri. Não é de hoje, meu caro Jefferson, que temos nos habituado a vê-lo a assim proceder, pois sua voz tão esclarecida e o seu trabalho tão diligente, competente e persistente por todas estas atividades da arte, especialmente no audiovisual, o tem credenciado a ser a interlocução desta cena autêntica em nossa defesa. Em todos os campos, mas especialmente nas áreas da cultura, o Cariri está se incomodando muito ultimamente para que de fato façamos uma revisão sobre o divisionismo que nos marcou há uns tempos, pois a emergência desta região nos tem imposto uma postura nova para novas conquistas. Damos graças para falar que gostaríamos muito que fossem para mais longe os velhos tempos das lutas meramente paroquianas quando o clientelismo serviçal e governista presidia os ganhos que amealhávamos em pretensões muito louváveis para preservar tradições e para firmar programas e equipamentos por esta cultura regional, tão rica e valiosa. Você é parte importantíssima disto, Jefferson, porque devemos lembrar que “corre nas vossas veias o sangue velho de avós e vós não amais o que é fácil”, e esta é uma grande diferença naquilo que prepara, elege, purifica, legitima e consagra o líder que fala por todos nós. Mais que isto, é parte de sua formação ética, estética, moral e cidadã, uma visão avançada e muito aperfeiçoada que esta terra de bravos pais é hoje motivo de nossas maiores atenções, pois aqui vivemos e continuamos, para fazer como você nestes dias, pondo nos braços ansiosos e felizes, a netinha Bárbara, que só pelo nome já nos lembra o sentido desta missão libertária nestes ideais. Você, Jefferson Júnior, é parte indissociável desta nossa caminhada, por um Cariri forte e firme em sua vocação de grande centro irradiador de como uma sociedade constrói, pela manifestação cultural de seu povo, um futuro que nos anima a prosseguir na caminhada. Não há como protelar até perder de vista o novo foco destes interlocutores da arte e da cultura caririense a um grande acerto de contas para que a região se afirme no que resta ainda de barganha frente ao poder de Brasília que mergulhou sem apelação aos impositivos do sudeste. No caso específico da lei de incentivos fiscais, Jefferson, onde se procura identificar parcerias para a proteção, o fomento e o financiamento das atividades, necessário se faz que o Cariri se sensibilize para empenhar este apoio, via renúncia fiscal, de modo a garantir a sua sobrevivência. Inaceitável é conviver com a mínima atenção do espírito maligno que perdura na feitura de orçamentos municipais, destinando tão pouco para algo que realmente reforma e modifica a sociedade, ao lado das imensas demandas de Educação e Saúde por dinheiros públicos. O Cariri almeja que a região cresça com grandes eventos culturais em calendários mais permanentes e que isto não se sobreponha à necessária manutenção e construção de equipamentos efetivos tão desejáveis como museus, teatros, cinemas, bibliotecas, salas de exposições e centros culturais. Felizmente, Jefferson, nossa convivência, herança de um tempo juvenil em dezenas de anos de lutas e trabalhos é hoje o testemunho eloquente desta vocação de serviço comunitário que você, mais que cada um de nós, exercitou e continua a manifestar para legar a este chão adorado do Cariri, o melhor da colheita, de tudo o que se plantou desde aqueles anos dourados. Salve esta Nação Cariri, de grandes terreiros e de grandes mestres e salve, salve, principalmente, a voz, o espírito, a vocação e a emocionante dedicação de um dos seus filhos, nascido Jefferson de Albuquerque Júnior, cuja vida e competência tão necessárias, continua nos emocionando pela vida afora.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 17.03.2015) 

BOA TARDE (III)
132: (18.03.2015) Boa Tarde para Você, Marília Pinheiro Falcioni
Há mais ou menos 50 anos, um pouco mais, o Cariri vivia a véspera de um dos seus grandes momentos, talvez o maior de sua história, quando se preparava para a sua autonomia energética, esticando por ruas de suas cidades os postes e fios que trariam a energia de Paulo Afonso até nós. Sem muito esclarecimento e a noção mais perfeita do que aquilo significava, e ainda significaria, eu estava no foco de uma destas trincheiras, pois um menino há pouco saído das calças curtas ajudava seu pai no balcão da pequena loja de material elétrico na Rua São Pedro. Como se de um grande salto no tempo, acordo hoje neste Cariri, e a propósito, Marilia, lendo nesta manhã um folder empresarial que me fala da Falcioni Consultoria e Treinamento que existe entre nós, não sei há quanto tempo, mas que busca conosco reafirmar o sucesso desta região, preparando-a ainda mais para a competitividade necessária aos grandes avanços. Nos dois últimos anos eu reservei um pouco de tempo das segundas feiras para não perdê-la de vista, admirando-a por esta proposta de estar nos falando sobre o seu sentimento mais técnico de uma profissional que se empenha neste foco de resultados pelo desenvolvimento dos negócios. É um hábito meu, muito particular, de me sentir ainda ligado a estas demandas, a estes saltos que empreendemos, fruto do que pude aprender pela vida, como profissional que se ligou por quase 25 anos, a um dos mais importantes grupos empresariais deste pais, o grupo M. Dias Branco. E a cada nova participação sua neste Jornal, Marilia, posso lhe dizer que tem sido bem prazeroso sentir o que se configura neste foco de resultados, preparando profissionais, e capacitando empresas diante dos novíssimos instrumentos de gestão de negócios, por sua atualíssima visão de mundo. E foi exatamente por esta visão de mundo e de como uma empresa de consultoria se propõe a planejar e a auxiliar na gestão de pessoas, de finanças, de comunicação e marketing e da organização e processos que eu comecei a refletir sobre esta necessária parceria que uma empresa que desenha ambições não pode ficar alheia no tempo e ao último trem. Não deixei de olhar, Marília, com certos olhos de melancolia por sobre aqueles tempos de grandes desafios que nos eram impostos a partir das luzes mais permanentes da CHESF, para lamentar que, efetivamente, na maior parte nos faltou este preparo visceral, que nos leva à competência e à competitividade. Foi por aquela época, no bem próximo do pós eletrificação que tivemos, em parte a tutela de um grande projeto da Universidade da Califórnia, através do Plano estratégico de semear indústrias e negócios no Cariri, a cargo do inesquecível professor Morris Asimow. Até que demos partida nisto e vários profissionais foram para os diversos campi da UCLA para depois aqui voltarem assumindo o comando dos empreendimentos em empresas de alimentos, de óleos lubrificantes, de equipamentos eletro-eletrônicos, de materiais cerâmicos e do setor metal-mecânico. Penso, Marilia, que esta foi uma grande lição que ficou nos caminhos do desenvolvimento do Cariri, infelizmente com um tom nostálgico do que vimos de pouca duração, exatamente por falta de assistência para esta atualização das organizações e de seus gestores, em busca da melhoria contínua de gestão, produtos e processos. Aquelas empresas do Projeto Morris Asimow, esperanças plantadas em uma dezena de fábricas, terminaram por serem extintas, mercê de um conjunto de fatores bem conhecidos, mas que principalmente se revelavam no despreparo de como tentavam sobreviver à margem de recursos e estratégias que, enfim, já existiam, mas que não lhes eram ofertados. Agora, Marilia, e é você mesma quem nos diz, o quanto o Cariri é esta região mais madura, que já era exuberante na sua proposta original de mercado, de empreendimentos em vários setores e que conta com gente como você para arejar-lhe os caminhos e os instrumentos destas novas conquistas. Faço melhores votos a você, Marília Falcioni e a toda a sua equipe, por grandes sucessos na trajetória de sua empresa, para que ela de fato continue como já tem feito, honrando os compromissos que a inventaram e que hoje serve à nossa região com tal entusiasmo.
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 18.03.2015) 

BOA TARDE (IV)
133: (20.03.2015) Boa Tarde para Você, João Martins Gonçalves
Já mencionei nestes escritos a minha intenção de, sempre que possível, trazer-lhes ao conhecimento as minhas lembranças sobre figuras notáveis que tanto realizaram por esta cidade e seu povo, servindo esta oportunidade, na maioria das vezes para resgatar algumas dívidas que se acumularam. Penso que este é o caso de João Martins Gonçalves, um missãovelhense nascido em 1925 e que há mais de sessenta anos vive entre nós, sendo reconhecido como profissional de alfaiataria e um dos músicos mais versáteis que tivemos a chance de conhecer. Permitam-me, sim, que lhes faça estas anotações biográficas sobre este homenageado de hoje, que já aos 10 anos de idade tocava cavaquinho com grande habilidade, e que paralelamente a este seu gosto musical, dedicou-se a fazer roupas sob encomenda, assim se mantendo até bem recentemente. João Martins e seus irmãos, José Martins (Zezinho), Ancilon, Raimunda (Mundinha), Liquinha, Alzira, Dilzete (Nilza), Geraldo e Angelita são os 9 filhos de Martinho Zacarias Gonçalves e de Maria das Dores do Espirito Santo, todos nascidos em Missão Velha. Em Missão Velha, já alfaiate por profissão e músico diletante, João Martins casou em 1946 com uma sua prima, Maria André Gonçalves e esta união que dura ate os nossos dias, resultou numa familia de seis filhos, 20 netos e 11 bisnetos. Dois anos depois de casados, em 1948, João Martins e Maria se mudaram para Milagres onde ele continuou sua dedicação exclusiva ao trabalho como alfaiate, até que em 1950 um fato mudaria o seu itinerário de vida. Os cantores juazeirenses, Alberto e José Brasileiro, foram realizar um show em Milagres e necessitavam do apoio de um regional que por indicação recaiu sobre João Martins, como lider e organizador, já considerado um músico de grande competência. O resultado foi tão bom que Alberto, uma espécie de cover do cantor Bob Nelson, e seu irmão, o  tenor José Brasileiro induziram João Martins a vir para o Juazeiro, onde encontraria melhores condições de trabalho, tanto na alfaiataria, quanto na música. De fato, João Martins foi aos poucos vindo para cá, tendo inicialmente uma participação no Regional de Badiar, da novíssima Rádio Anhanquera de Juazeiro (depois Rádio Iracema), tendo inclusive figurado no grande show do seu primeiro aniversário, em memorável espetáculo no então Clube dos Doze, em 15 de novembro de 1951. Nessa época - coisas do destino, João Martins retoma o seu contato pessoal com Vicente Alves dos Santos, o inesquecível mestre Coelho Alves, que então dirigia a pioneira, e havia sido seu aprendiz na alfaiataria de Missão Velha. Finalmente, em 1954, João Martins se transfere com sua familia para esta terra, continua seu trabalho profissional de alfaiate, pois a cidade era carente deste serviço, e contava apenas com o velho Moura, e na música formaria um regional, na companhia do saxofonista Maurício de Barros, que se ligaria à Rádio Iracema, até 1958. Neste período, o regional da Iracema participou de grandes temporadas de renomados cantores nacionais, como Jorge Goulart, Nelson Goncalves, Nora Ney, Carlos Gonzaga, Luiz Gonzaga, Blackout, que por sinal fez o show de inauguração da Casa Rosada. No início dos anos 60, João Martins e seu sobrinho Rosiel, formaram no conjunto de Hildegardo, na Rádio Educadora do Cariri. Em 1962, João Martins estruturou o J. Martins e seu conjunto, consigo na guitarra e com os seguintes valores: Antonio Miguel (Piston), Edmundo (Trombone de vara), Geraldo Martins (Baterista), Wilson Borges (Ritmo e Crooner), Roterdan Martins (Contrabaixo) e Zezinho (Acordeon). Em 1969, o grupo passou a ser conhecido como J. Martins Show, cuja existência se alteraria em virtude do encerramento do conjunto de Hildegardo. Os dois articularam uma sociedade, em 1971 e nasceu o HildeMartins Som, nome que prevaleceu até 1978, assim batizado pelo inesquecivel radialista Maciel Silva. Desfeita a sociedade, o conjunto  passou a ser conhecido com a sua denominacao final, Martins Som, até o ano 2000, quando realizaram o último espetáculo, com a seguinte formação: João Martins (Guitarra), Manito (Sax tenor), Zé dos Prazeres (Ritmo e Percussão), Toni (Piston), Pirralho (Bateria), Carlo (Contrabaixo), Antonio (Teclados) e e João Paulo Junior (irmão de Alcimar Monteiro, Crooner). Isto é, sumariamente, um pouco da vida e da obra desta figura notável que hoje vive mais recolhido a sua vivência familiar, habitando a Rua da Gloria, com um pequeno negócio de compra e venda de instrumentos musicais. Só bem recentemente, João Martins gravou o seu primeiro disco, um CD em parceria com sua irmã, Mundinha, e que contem um belo repertório de velhas canções que ele executa magistralmente ao velho e inseparável violão. Gostaria de finalizar esta singela homenagem a João Martins Gonçalves, recomendando a nossa Câmara Municipal a concessao do título de Cidadania Juazeirense, com o qual teremos a oportunidade de tributar-lhe o nosso reconhecimento por tudo quanto fez na música que nos embalou em inesquecíveis momentos de nossas vidas. E só para lembrar-lhes, no próximo dia 29 de agosto de 2015, João Martins Gonçalves estará chegando, felizmente com grande vitalidade e entusiasmo pela vida, na marca dos noventa anos de existëncia, quando seria muito oportuno celebrar esta data dignamente. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 20.03.2015)

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