domingo, 24 de dezembro de 2017


BOM DIA!
LOURIVAL MARQUES, SEU CRIADO, OBRIGADO!
Por Renato Casimiro
Só posso lhes dizer que nem imaginava, mesmo, a despeito de notícias esparsas, mas de gente de grande afeto a Lourival Marques de Melo – alguns, dentro de minha própria familia, que eu me encontraria, de frente, nessa empreitada, tão diletante, com um personagem de tal densidade, para esse propósito de traçar-lhe um perfil biográfico. Tem sido, verdadeiramente, uma grande experiência, encontrá-lo como algo inesgotável, a premiar o garimpador – modesto, mas vontadoso, a cada nova pista, com grandes aberturas para lhe revelar, não apenas o personagem quase anônimo em sua terra, mas um grande brasileiro que efetivou uma das mais amplas e prodigiosas folhas no rádio nacional. Resolvi a esse tempo, não alinhavar textos e seguir o curso da exploração continuada para barganhar muitas ilações e trilhas, sempre com o propósito de mais reconhecê-lo “missionário” dessa jornada, tentando inovar e deixar marcado o seu trajeto de grande realizador – se possível, e ao meu orgulho pessoal, mais que outros já tenham feito. Diante disso, e nem sei quando isso se esgota, mesmo se um dia temos que dizer – “basta!”, já é o suficiente, se a cada página a tarefa se mostra tão prazerosa. Contudo, tomo nova liberdade de encerrar temporariamente, enquanto busco organizar nova pauta, diante de tantas propostas que me afloram. Ainda é necessário se demorar sobre diversos outros programas que foram ao ar. Acho que nem falamos de meia dúzia da mais de uma centena desses que por pouco ou mais tempo fizeram o encanto de gente simples – o povão que lhe escrevia milhares de cartas, ou de gente requintada, como li um dia de Elis Regina, a dizer ”... era acordando e já ligando para ouvir a Rádio Nacional”. Importantíssimo será falar das suas incursões sobre empreendedorismo (jornais, revistas, gravadora, produtora) a relevar no rádio, não apenas as novas oportunidades de negócios, a concepção de emprego, de renda e de uma relação intensa com mais de uma centena de emissoras, da Amazônia ao Pampa, veiculando a sua criatividade exposta em atrações musicais ou informativas, ou ao calor de dramas vasculhados por radionovelas. Será importante vê-lo transitando entre o rádio e a tv, no momento em que decidiu enfrentar o que, reconhecidamente, nunca superaria o rádio – segundo a sua própria convicção, mas que não impediu que ali também brilhasse, e muito tenha escrito e produzido. Espero poder ouvir o seu longo depoimento, ou lê-lo se assim for mais conveniente, no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, para beber muito mais ao longo dos seus trajetos. Vou em busca de conhecer cada uma das suas vinte e uma novelas, nem que seja apenas nas súmulas, já que quase tudo se perdeu. Desejo, particularmente, mergulhar mais ainda no que lhe fizeram de reconhecimento ou no que lançaram como antipatias, por sua personalidade forte e exigente com a criação, talvez como a reação mais ingênua de pô-lo no ostracismo. Até confesso que devo “destilar” a minha ira pela sistemática forma com que a informação bibliográfica insiste em minimizar essa folha aqui referida, pois é no mínimo incômoda a constatação de não se explica à luz de tantas fontes, o porquê desse quase menosprezo a alguém que nunca mendigou a popularidade nessas mídias de então, exatamente porque tinha em sua consciência a nítida significação do valor do seu trabalho, sem concessões medíocres a troco de popularidade fácil. Mais estranho é constatar que isso já foi objeto de reconhecimento e o tempo, em novas gerações, terminou por levantar uma cortina de fumaça sobre a sua expressiva vida profissional. Por que será que houve isso, aparentemente tão inexplicável? Será muito bom, mais uma vez reencontrá-lo no universo grandioso das grandes canções mostradas em programas memoriais, inesquecíveis e de todas as nossa lembranças. Prometo que haverá muita coisa mais, e com isso só peço a paciência de meus leitores para me permitir mergulhar outra vez mais para daí - daqui uns dias, emergir novamente com mais textos que nos continuem revelando o brilho dessa mente privilegiada, que como eu, nasceu na Rua São Francisco, nesse Joazeiro até de sua juventude, partilhando também a intimidade de minha familia que abreviadamente dizia, “... era passando uma casa, a outra era a de Lourival”. Então, até qualquer hora dessas com muitas outras histórias sobre Lourival Marques. No curso dessa empreitada, seja o tempo generoso para me ensejar boa colheita entre os guardados da memória nacional, e me sejam favoráveis os caminhos para sistematizar esse conhecimento na forma desses textos que lhes darei com algo do melhor de mim. Novos capítulos sugirão, ampliando as emoções que já me tomam para conduzir isso para uma obra em livro que se mais orgulho não tiver, guardará o propósito de realçar a vida e a obra de um desses juazeirenses que guardamos no coração. De tanto orgulho, do tanto que se pode sentir. 

(Na Foto: Lourival Marques e esposa, Luci Landim, e o ator Robert Ryan, Los Angeles (Califórnia, EUA), 1959.). O ator nesta época havia concluído as filmagens de "Por um pouco de Amor" (Lonely Hearts, EUA, 1958, 100min), ao lado de Montgomery Cliff e Myrna Loy, e estava filmando "Day of the outlaw" (um western, algo como "O dia do fora da lei", com Burl Ives e Tina Louise). Na revista Radiolândia há o registro de que essa pessoa na foto é o homem de Tv americana, Barry Sullivan. Mas houve o equívoco, conforme me esclarece Vania Maria Landim, filha de Lourival Marques, residente no Rio de Janeiro).

O CINEMA ALTERNATIVO NO CARIRI

CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no dia 28, quinta feira, às 19:30 horas, dentro do Festival Cinema Europeu, o filme ARROZ AMARGO (Riso amaro, Italia, 1949, 108min). Direção de Giuseppe De Santis. Sinopse: Produção dividida entre o realismo social e o melodrama passional que projetou mundialmente o cinema italiano e revelou um dos grandes mitos eróticos do pós-guerra: Silvana Mangano. A denúncia das duras condições de trabalho das plantadoras de arroz, no vale do Pó, fez com que milhares de espectadores se divertissem pela ingênua e transbordante sensualidade da atriz, então estreando. Ao seu lado brilharam astros como Raff Valone, que seria galã em numerosas produções internacionais, e o excêntrico e versátil Vittorio Gassmann. O diretor, Giuseppe de Santis, foi um dos idealizadores do movimento neo-realista.
CINE ELDORADO (JUAZEIRO DO NORTE)
O Cine Eldorado (Cantina Zé Ferreira, Rua Padre Cícero, 158, Centro, Juazeiro do Norte), com entrada gratuita e com a curadoria e mediação do prof. Edmilson Martins, exibe no dia 29, sexta feira, às 19:30 horas, o filme PRÍNCIPE DO NATAL (Christmas prince, EUA, 2017, 92min). Direção de Alewx Zamm. Sinopse: Uma jovem jornalista recebe como um belo presente de Natal a chance de ser enviada para cobrir a história de um príncipe playboy prestes a se tornar rei. Contudo, ela acaba se enredando numa intriga real e por tabela, também encontra o amor. Mas ela será capaz de manter sua mentira?
CINE CAFÉ VOLANTE (CASA GRANDE, NOVA OLINDA)
O Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, promove sessões semanais de cinema no seu Cine Café, na cidade de Nova Olinda (Fundação Casa Grande), com entrada gratuita e com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro, exibe no próximo dia 29, sexta feira, às 19 horas, o filme O PREÇO DO AMANHÃ (In Time, EUA, 2011, 101 min). Direção de Andrew Niccol. Sinopse: Em um futuro próximo, o envelhecimento passou a ser controlado para evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. Quando Will Salas (Justin Timberlake) recebe uma misteriosa doação, passa a ser perseguido pelos guardiões do tempo por um crime que não cometeu, mas ele sequestra Sylvia (Amanda Seyfried), filha de um magnata, e do novo relacionamento entre vítima e algoz surge uma poderosa arma contra o sistema e a organização que comanda o futuro das pessoas. 

O FUTURO DO SOLAR DOS VIANA
O Decreto Municipal Nº 358, de 07.11.2017 declara de interesse social para fins de desapropriação por utilidade pública, o imóvel situado à Rua Padre Cícero, nº 376. Diz o decreto nos seus dispositivos: “Art. 1º – Declara de interesse social para fins de desapropriação por utilidade pública, na forma da legislação pertinente, o IMÓVEL residencial urbano, pertencente a Sra. MARIA VIANA DE SOUZA, brasileira, desquitada, inscrita no CPF/MF nº 034.424.203-00 e a Sra. MARIA EDITE DE FIGUEIREDO VIANA, brasileira, viúva, inscrita no CPF/MF nº 311.412.933-15, ambas residentes e domiciliadas nesta cidade, sendo o imóvel desapropriado localizado à Rua Padre Cícero, nº 376, fazendo esquina com a Rua São Francisco, nesta urbe, objeto da Matrícula nº 19.511, do Livro nº 2, em 30/08/ 2011, do Cartório Machado – 2º Ofício local, apresentando suas medidas dentro dos seguintes limites e confrontações: ao NORTE (lateral esquerda), em três segmentos, o primeiro com a casa de nº 362, que faz frente para a citada Rua Padre Cícero, pertencente aos herdeiros de José Bezerra de Menezes, onde mede 31,00m (trinta e um metros), o segundo com os fundos da casa de nº 389, que faz frente para a Rua São José, pertencente ao espólio do Sr. Orlando Bezerra de Menezes, onde mede 3,10m (três metros e dez centímetros), e o terceiro segmento com a casa de nº 81/83, que faz frente para a Rua São Francisco, pertencente a José Viana Neto, onde mede 2,20m (dois metros e vinte centímetros); ao SUL (lateral direita), com o leito da Rua São Francisco, onde mede 36,30m (trinta e seis metros e trinta centímetros); ao LESTE (frente), com o leito da Rua Padre Cícero, onde mede 15,90m (quinze metros e noventa centímetros); OESTE (fundos), com três segmentos, o primeiro com a casa de nº 81/83 já citada, onde mede 5,80m (cinco metros e oitenta centímetros); o segundo com a citada casa, onde mede 5,70m (cinco metros e setenta centímetros) e o terceiro segmento com a casa de nº 389 já mencionada, onde mede 4,40m (quatro metros e quarenta centímetros), encerrando o terreno uma ÁREA de 541,31m² (quinhentos e quarenta e um vírgula trinta e um metros quadrados), contendo uma CASA RESIDENCIAL com 435,00m² (quatrocentos e trinta e cinco metros quadrados). Art. 2º – O imóvel acima descrito e caracterizado, encerrando uma ÁREA de 541,31m² (quinhentos e quarenta e um vírgula trinta e um metros quadrados), inclusive as benfeitorias de edificações existentes, destina-se à construção e funcionamento de um complexo socioeducativo voltado, especialmente, para estudos, pesquisa, interação literária e oficinas artísticas, objetivando impulsionar o desenvolvimento educacional do Município, através da Secretaria Municipal de Educação de Juazeiro do Norte/CE. Art. 3º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Ficam revogadas as disposições em contrário e em especial o item 5, do art. 1º do Decreto Municipal nº 425, de 10 de setembro de 2010. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 07 (sete) dias do mês de novembro de dois mil e dezessete (2017). JOSÉ ARNON CRUZ BEZERRA DE MENEZES PREFEITO MUNICIPAL DE JUAZEIRO DO NORTE. 

POEMAS PARA MARIA

Vai acontecer a 1ª MOSTRA – POEMAS PARA MARIA. Para tanto saiu no Diário Oficial do Município o REGULAMENTO. A Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte, por meio da Biblioteca Pública Municipal Dr. Possidônio da Silva Bem, convida todos os poetas e poetisas do município de Juazeiro do Norte a participarem do processo seletivo de poemas para a 1ª Mostra – Poemas para Maria - Beata Maria de Araújo. O tema do concurso é “Beata Maria de Araújo: Milagre e esquecimento”, sendo aceitos todos os estilos poéticos. Poderão participar poetas e poetisas residentes e domiciliados no município de Juazeiro do Norte-CE. Cada participante poderá enviar 01 (um) poema inédito, em língua portuguesa, digitado, com fonte “Time New Roman”, tamanho nº 11, de no máximo 01 lauda, para o e-mail: mostrapoemasparamaria@gmail.com a partir de 13 a 31 de dezembro de 2017. O trabalho deverá ser enviado, constando nome completo do autor; título do poema; endereço completo; telefone para contato - indicar DDD; e-mail e um breve currículo do autor. Os poemas (selecionados) serão publicados em um livreto. Os poemas serão julgados por uma comissão de convidados e servidores da Secretaria Municipal de Cultura, cuja decisão de seleção será irrevogável e irrecorrível. Serão considerados na decisão: a correção da linguagem, a beleza das imagens poéticas e a originalidade com que o tema foi tratado. Serão selecionados os 20 melhores poemas, para publicação de 500 (quinhentos) livretos. Esta edição não prevê pró-labore para autores, porém todos os poetas selecionados receberão 05 (cinco) exemplares da publicação, os demais serão distribuídos gratuitamente para a sociedade, bibliotecas e estudantes. No dia 8 de janeiro será divulgada lista, no site oficial da Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte com o nome dos selecionados e em 17 de janeiro, às 19h, na Biblioteca Pública Municipal Dr. Possidônio da Silva Bem, ocorrerá evento público de lançamento e recital dos poemas selecionados em homenagem a Beata Maria de Araújo. O nome da Mostra é em homenagem a Beata Maria de Araújo e a todas as Marias, mulheres que fizeram e fazem a história de Juazeiro, povoando com fortaleza, resistência, sensibilidade e mistério o imaginário desse povo. A 1ª edição da mostra traz o nome da inspiração desse momento espaço de compartilhamento e beleza. Pedimos a todos os participantes que ao enviarem poesias, que indiquem a disponibilidade de comparecer ao lançamento do livro no dia 17 de janeiro de 2018, ou o nome de outra pessoa que possa representá-lo(a). Outras informações na sede da Biblioteca Pública Municipal Dr. Possidônio da Silva Bem ou através do e-mail: mostrapoemasparamaria@gmail.com. Quem está à frente das gestões a esse propósito é Rosana Pereira Marinho, Coordenadora da Biblioteca Municipal Dr. Possidônio da Silva Bem.

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